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______________________________________________________________________________________ Curso de Pedagogia Artigo Original A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS PARA O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DOS ALUNOS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL THE CONTRIBUTION OF PLAYS FOR THE LEARNING PROCESS OF STUDENTS TEACHING IN SOCIAL VULNERABILITY AS WELL SITUATION Alinne Cristina Bezerra Marques 1 , Joaquim Luiz dos Santos 1 , Patrícia Tomaz Mattão Rodrigues 2 Resumo Este trabalho apresenta uma análise de pesquisa bibliográfica, tem como tema a A Contribuição das Brin- cadeiras no Processo de Ensino-Aprendizagem de Alunos em Situação de Vulnerabilidade Social.Neste processo de ensino-aprendizagem, busca-se um maior entendimento sobre o fenômeno, bem como as inú- meras causas e dimensões associadas ao processo. O qual propõe analisar as situações que ocorrem nas escolas. O objetivo geral é Identificar a contribuição do lúdico no processo de ensino aprendizagem dos alunos em situação de vulnerabilidade social. A partir dessa perspectiva, este estudo foi dividido nos seguin- tes tópicos: Referencial teórico, embasando a análise de dados, procedimentos metodológicos e considera- ções finais. No primeiro momento do artigo faz um breve retrospecto sobre o que é vulnerabilidade social e quando surgiram suas primeiras discussões, e também abordar-se o lúdico e sua contribuição no processo de aprendizagem dos alunos em situação de vulnerabilidade social. No segundo momento, busca-se abor- dar a pesquisa de campo e como é o processo das brincadeiras em sala de aula e qual a contribuição na aprendizagem. Por meio desta pesquisa, observa-se que para reverter estas dificuldades na aprendizagem das crianças em condições de vulnerabilidade é necessário investir em uma escola que seja inclusiva e acolhedora em todos os sentidos. Ao ficarem expostas á condições de risco, as crianças acabam desenvolvendo traumas que carregam para o resto da vida. Se não forem trabalhadas, por meio de uma educação prioritária, inclusiva e estruturada, suas necessidades as transformarão em futuros adolescentes problemáticos para a sociedade de amanhã. Palavras-chave: Brincadeiras; Ensino aprendizagem; Vulnerabilidade social. Abstract This paper presents a literature analysis, which has the theme " The Contribution of Play in the Process of Students Teaching and Learning in situation of social vulnerability. In the process of teaching and learning, we seek a greater understanding of the phenomenon and the many causes and dimensions associated with the process. This aims to analyze the situations that occur in schools. The overall objective is to identify the playful contribution in the teaching learning process of students in socially vulnerable. From this perspective, this study was divided into the following topics: Theoretical framework and can provide input data analysis, methodological procedures and final considerations. At first the article makes a brief review of what is social vulnerability and when their first discussions came, and also talk to the playful and its contribution in the learning process of students in socially vulnerable. In the second phase, seeks to address the field of re- search and how the process of play in the classroom is and what contribution learning. Through this re- search, it is observed that to reverse these difficulties in children's learning in vulnerable conditions is neces- sary to invest in a school that is inclusive and welcoming in every way. To be exposed to hazardous condi- tions, children end up developing trauma they carry for the rest of life. If not worked through a priority, inclu- sive and structured education, their needs have turned them into future troubled teens to society morning. Key-Words: Jokes; Teaching and Learning; in Situation of Vulnerability Social; 1 Graduandos do curso de Pedagogia.

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______________________________________________________________________________________ Curso de Pedagogia Artigo Original

A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS PARA O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DOS ALUNOS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL THE CONTRIBUTION OF PLAYS FOR THE LEARNING PROCESS OF STUDENTS TEACHING IN SOCIAL VULNERABILITY AS WELL SITUATION Alinne Cristina Bezerra Marques

1, Joaquim Luiz dos Santos

1, Patrícia Tomaz Mattão Rodrigues

2

Resumo Este trabalho apresenta uma análise de pesquisa bibliográfica, tem como tema a “ A Contribuição das Brin-cadeiras no Processo de Ensino-Aprendizagem de Alunos em Situação de Vulnerabilidade Social.” Neste processo de ensino-aprendizagem, busca-se um maior entendimento sobre o fenômeno, bem como as inú-meras causas e dimensões associadas ao processo. O qual propõe analisar as situações que ocorrem nas escolas. O objetivo geral é Identificar a contribuição do lúdico no processo de ensino aprendizagem dos alunos em situação de vulnerabilidade social. A partir dessa perspectiva, este estudo foi dividido nos seguin-tes tópicos: Referencial teórico, embasando a análise de dados, procedimentos metodológicos e considera-ções finais. No primeiro momento do artigo faz um breve retrospecto sobre o que é vulnerabilidade social e quando surgiram suas primeiras discussões, e também abordar-se o lúdico e sua contribuição no processo de aprendizagem dos alunos em situação de vulnerabilidade social. No segundo momento, busca-se abor-dar a pesquisa de campo e como é o processo das brincadeiras em sala de aula e qual a contribuição na aprendizagem. Por meio desta pesquisa, observa-se que para reverter estas dificuldades na aprendizagem das crianças em condições de vulnerabilidade é necessário investir em uma escola que seja inclusiva e acolhedora em todos os sentidos. Ao ficarem expostas á condições de risco, as crianças acabam desenvolvendo traumas que carregam para o resto da vida. Se não forem trabalhadas, por meio de uma educação prioritária, inclusiva e estruturada, suas necessidades as transformarão em futuros adolescentes problemáticos para a sociedade de amanhã. Palavras-chave: Brincadeiras; Ensino aprendizagem; Vulnerabilidade social.

Abstract This paper presents a literature analysis, which has the theme " The Contribution of Play in the Process of Students Teaching and Learning in situation of social vulnerability. In the process of teaching and learning, we seek a greater understanding of the phenomenon and the many causes and dimensions associated with the process. This aims to analyze the situations that occur in schools. The overall objective is to identify the playful contribution in the teaching learning process of students in socially vulnerable. From this perspective, this study was divided into the following topics: Theoretical framework and can provide input data analysis, methodological procedures and final considerations. At first the article makes a brief review of what is social vulnerability and when their first discussions came, and also talk to the playful and its contribution in the learning process of students in socially vulnerable. In the second phase, seeks to address the field of re-search and how the process of play in the classroom is and what contribution learning. Through this re-search, it is observed that to reverse these difficulties in children's learning in vulnerable conditions is neces-sary to invest in a school that is inclusive and welcoming in every way. To be exposed to hazardous condi-tions, children end up developing trauma they carry for the rest of life. If not worked through a priority, inclu-sive and structured education, their needs have turned them into future troubled teens to society morning.

Key-Words: Jokes; Teaching and Learning; in Situation of Vulnerability Social;

1 Graduandos do curso de Pedagogia.

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INTRODUÇÃO Observando a necessidade de conhecer

a realidade das nossas escolas na contribuição de um universo melhor e mais acolhedor e, a importância das brincadeiras lúdicas na integra-ção entre as diversidades culturais nas series iniciais. E observar a importância das brincadei-ras para os alunos que estão em situação de vulnerabilidade social, para que haja uma estru-tura de igualdade social em seu período de en-sino e aprendizagem.

A pesquisa foca principalmente em alu-nos que vivem em situação de vulnerabilidade social e que quando chegam às escolas não conseguem se inserir pela realidade que vivem, e ao mesmo tempo não conseguem acompa-nhar as demais da mesma idade, a análise está voltada para o tema à construção das brincadei-ras para o processo de ensino e aprendizagem em estado de vulnerabilidade social, e o que pode ser feito para ajuda-las a superar as difi-culdades na aprendizagem por meio do lúdico.

O atual momento é de relevantes trans-formações na nossa sociedade, o contexto ao qual passamos é de preocupação, a sociedade impactada pela rápida expansão tecnológica e cercada de crescentes problemas sociais e educacionais, nota-se que esta situação exige novas mudanças nas ações educacionais e sociais do País.

A situação de vulnerabilidade social e o reflexo da fragilidade da economia, que durante anos vem sofrendo com o desenvolvimento do País e, as famílias, as comunidades são as mais afetadas com essa situação econômica, pois passam dificuldades financeiras, onde mui-tos se encontram desempregados e sem pers-pectivas de trabalho e assim, refletindo na edu-cação dos filhos.

Por herança da economia, muitos cida-dãos que na sua geração não tiveram acesso à educação, perderam a oportunidade de se pro-fissionalizarem, sendo reflexo da situação a qual se encontram essas famílias atualmente, quase sempre numerosas e pobres, demonstrando assim, prejuízos no desenvolvimento psicológi-co, cognitivo, emocional, social, motor e educa-cional.

Com a economia em estado de estagna-ção a qual passamos hoje, a educação tende a ser prejudicada, com cortes no orçamento e com isso gerando prejuízo na aprendizagem.

Ter um crescimento econômico hoje se torna necessário para melhorarmos a situação da sociedade, precisamos de mais investimen-tos na educação e nas áreas essenciais do de-senvolvimento humano, para que o país mude e que haja mais transformações na educação por meio de brincadeiras e atividades lúdicas.

A literatura do referencial teórico encon-tra-se embasadas nos autores como: Yunes e Szymanski (2001), Mann (1993), Carneiro e

Veiga (2004), UNESCO [4], Pizzaro (2001), Wisner, et. al (2003), Carvalho, Barros & Franco (2003/2009), Katzman (2005), Erikson (1987), Smith (2001), Soares (2004), Jardim (2005), Vygotsky 1998, Almeida (2003), Freire 1997, Ribeiro & Bussab ( 2005), Morais, 2004), Cas-cudo (2001), Kishimoto (2007), Huizinga (2010), Santos (2002), Marcellino(2007), Celso (2012), Lei 8.069, de 13/07/90, Paiva (2009), essas obras foram essenciais no desenvolvimento dessa pesquisa.

Dessa maneira, o artigo compõe-se de uma pesquisa bibliográfica, pesquisa a campo com caráter exploratório e de natureza qualitati-va. O desenvolvimento dessas metodologias visa chegar às respostas da questão problema-tizada em foco: Qual a contribuição do brincar no processo de ensino aprendizagem dos alu-nos em estado de vulnerabilidade social?

Para responder esse problema a pesqui-sa buscou o seguinte. Objetivo Geral: Identificar a contribuição do lúdico no processo de ensino aprendizagem dos alunos em situação de vulne-rabilidade social.

Objetivos específicos: Conceituar a vulne-rabilidade social; Relatar o processo histórico da vulnerabilidade social e do lúdico; Relacionar o lúdico e a contribuição no processo de aprendi-zagem das crianças em estado de vulnerabili-dade social.

A partir dessa perspectiva, este estudo foi dividido nos seguintes tópicos: Referencial teó-rico, embasando a análise de dados, procedi-mentos metodológicos e considerações finais.

No primeiro momento do artigo faz um breve retrospecto sobre o que é vulnerabilidade social e quando surgiram suas primeiras discus-sões, e também aborda-se o lúdico e sua con-tribuição no processo de aprendizagem dos alunos em situação de vulnerabilidade social.

No segundo momento, busca-se abordar a pesquisa de campo e como é o processo das brincadeiras em sala de aula e qual a contribui-ção na aprendizagem.

São várias as dificuldades encontradas pelos professores para utilizarem as brincadei-ras durante o processo de ensino e aprendiza-gem. Existem dificuldades, como a falta de es-paços adequados para atividades lúdicas, salas mal projetadas e desestruturadas, para que os professores propiciem mais brincadeiras ade-quadas na aprendizagem dos alunos, em situa-ção de vulnerabilidade social.

Assim proporcionando uma aprendiza-gem mais prazerosa, observa que as diferenças que existe entre elas são esquecida no momen-to das brincadeiras a interação uma com as outras, ajudando os professores a realizar me-lhor seu trabalho.

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1. VULNERABILIDADE SOCIAL, O QUE É ISSO? A vulnerabilidade é uma particularidade que indica um estado de fraqueza, que se refere tanto ao comportamento das pessoas, como objetos, situações, ideias, fraqueza, destrutibili-dade, indefensibilidade, entre outros. Para entender o significado de vulnerabi-lidade é importante descobrir como surgiu este termo, em busca de uma melhor compreensão os autores Yunes e Szymanski (2001) afirmam que o conceito de vulnerabilidade foi criado na década de 30 pelo grupo de pesquisa de L. B. Murphy, que acabou por definir o termo como “susceptibilidade à deterioração de funciona-mento diante de estresse” (p. 28-29). Murphy focou a pesquisa nas diferenças individuais das crianças e suas formas de lidar vulnerabilidade associada às dificuldades a presença ou não de suporte social. O termo vulnerabilidade social surgiu na área dos Direitos Humanos por volta da década de 60 e 70, mais tarde, foi trabalhado no campo da saúde com as pesquisas realizadas sobre AIDS, na Escola de Saúde Publica de Harvard por Mann em 1993.

As primeiras discussões articulavam dois tipos de visibilidades de pessoas que eram dis-criminadas socialmente. Tais como homossexu-ais, usuários de drogas, e a doença – AIDS, associada ao medo e a moral, essa composição inicial de grupos específicos que remetiam as questões de medo e moral. Levou a ampla dis-seminação do termo vulnerabilidade no grupo de risco. Após alguns anos foram percebido que a vulnerabilidade não estava ligada somen-te as pessoas com AIDS.

Assim, durante a década de 80 ocorreu uma pesquisa, com o título “Pobreza urbana e política social no contexto de ajuste”, realizado na Divisão de Desenvolvimento Urbano do Ban-co Mundial com a coordenada por Caroline Mo-ser. O projeto contou com pesquisadores dos quatro países analisados (Zâmbia, Equador, Filipinas e Hungria). O segundo relatório (Mo-ser, 1997) foi preparado como parte do compo-nente de redução da pobreza urbana do Pro-grama de Gestão Urbana, uma iniciativa conjun-ta da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (UN-HABITAT) e do Banco Mundial.

Em busca de um maior entendimento so-bre o fenômeno vulnerabilidade social, Caroline Moser e seu Grupo do Banco Mundial em 1998, iniciou pesquisa sobre estratégias de redução da pobreza urbana, em que foi considerado como inovador no que diz respeito à formulação de políticas.

Esse trabalho ressaltou a importância das famílias ativas, influenciando no grau de vulne-rabilidade social, renda e a capacidade de res-

ponder as crises, bem como suas inúmeras causas e dimensões associadas a esse proces-so.

As pesquisas e relatórios apresentados por Caroline Moser buscou aprimorar a obser-vação e captação do fenômeno da pobreza, destacando seu desembaraço e a capacidade de reação das pessoas a essa condição.

A partir da pesquisa realizada por Moser, a terminologia vulnerabilidade social ganha for-ça nas discussões das ciências sociais na dé-cada de 90.

Conforme os estudos apresentados pela UNESCO ao final dos anos 90, na América Lati-na, a vulnerabilidade apresenta-se como um elemento marcante conforme a realidade social de cada indivíduo.

Após os estudos da UNESCO3, Pizzaro

(2001) relata que os fatos das condições de pobreza e concentração de renda, próprias dos países subdesenvolvidos, geram um aumento da insegurança e, portanto, da vulnerabilidade para grande número de indivíduos das classes médias baixa, pois, estão expostos a riscos, como a violência, preconceitos, falta de sanea-mento e desemprego, principalmente nas zonas urbanas.

No entanto, vários estudiosos como, Wis-ner (2003), Carneiro e Veiga (2004), Carvalho, Barros & Franco (2003), buscaram apropriar-se desta terminologia, sendo assim, tem sido bas-tante empregado nas últimas décadas, com distintas perspectivas de interpretação.

Para Wisner (2004), a vulnerabilidade e a capacidade são lados de um mesmo processo, pois a primeira está intimamente relacionada à capacidade de luta e de recuperação que o indivíduo pode apresentar. Relata que o nível socioeconômico, ocupação e a nacionalidade também se relacionam a esse processo, pois repercutem sobre o acesso à informação, aos serviços e à disponibilidade de recursos para a recuperação, os quais, por sua vez, potenciali-zam ou diminuem a vulnerabilidade.

No entanto, Carneiro e Veiga (2004), de-finem vulnerabilidade como exposição a riscos e baixa capacidade material, simbólica e compor-tamental de famílias e pessoas para enfrentar e superar os desafios. Assim, associa-se aos riscos às intempéries do ciclo da vida, condi-ções das famílias, comunidades e do ambiente em que as pessoas de desenvolvem, Vulne-rabilidade.

Para Carvalho, Barros & Franco (2003 e 2009), com base em dados das PNADs

4, Vulne-

rabilidade se-associa a quantidade de recursos

3 UNESCO - Organização das Nações Unidas

para Educação, Ciência e Cultura. 4 PNADs - Pesquisa Nacional por Amostra de

Domicílios

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que a família precisa para satisfazer suas ne-cessidades básicas, requerido por uma família socialmente considerada “padrão”, com isso observa-se que a vulnerabilidade é a caracterís-tica, de vulnerável que é susceptível de ser ex-posto a danos físicos ou morais devido à sua fragilidade, pode ser entendida também, como “exposição a riscos e baixa capacidade material, simbólica e comportamental de famílias e gru-pos de pessoas”.

Observa-se que vulnerabilidade é o resul-tado negativo da relação entre a disponibilidade dos recursos materiais ou simbólicos dos atores (indivíduos ou grupos), e o acesso à estrutura de oportunidades sociais econômicas e cultu-rais. Esse resultado se traduz em debilidades ou desvantagens para o desempenho e mobilidade social dos envolvidos.

Conforme Katzman apud Brasil (2007), as questões de vulnerabilidade social podem ser analisadas a partir da existência ou não, por parte dos indivíduos ou das famílias, de ativos disponíveis e capazes de enfrentar determina-dos casos de risco.

Assim, podemos colocar que a vulnerabi-lidade de um indivíduo, família ou grupos sociais faz referência ao grau de capacidade de contro-lar as forças que impactam no bem-estar, ou melhor, a dominação de ativos que constituem os recursos necessários para o aproveitamento das oportunidades sinalizadas pelo estado, mercado ou sociedade.

Nesse contexto, a vulnerabilidade deve considerar a condição das pessoas no que diz respeito à inserção e estabilidade no mercado de trabalho; a fragilidade de suas relações soci-ais; e o grau de regularidade e de qualidade de acesso aos serviços públicos ou outros modelos de proteção social.

Atualmente falar em vulnerabilidade soci-al nos remete a colocar pessoas e lugares ex-postos à exclusão social, ou seja, este fenôme-no está geralmente ligado à pobreza, onde famí-lias ou indivíduos solitários não têm voz.

Pessoas que se encontram nessas condi-ções, tornam-se excluídos, esses indivíduos são impossibilitados de partilhar dos bens e recursos oferecidos pela sociedade, fazendo com que sejam abandonados e expulsos dos espaços da sociedade, geralmente moram na rua e dependem de favores de outros.

Compreende-se que características, re-cursos e habilidades inerentes a um grupo soci-al, são insuficientes para lidar com o sistema de oportunidades oferecido pela sociedade.

Assim é possível enxergar a vulnerabili-dade social como ferramenta positiva para me-lhor entender a situação das crianças, jovens, idosos, mulheres em relação à violência, espe-cialmente os das camadas mais populares.

Segundo a UNESCO, as crianças e ado-lescentes em situação de vulnerabilidade social, vivem negativamente as consequências das

desigualdades sociais, pobreza, trabalho infantil, sujeitando a riscos de vida, excluindo a possibi-lidade de ter um bom estudo e uma profissão digna, a ausência da família dentre outros, de-sencadeando assim, em marginalização, segre-gação e perda dos direitos fundamentais.

Enquanto este cenário nos permitir visua-lizar fatores que possivelmente causam esta vulnerabilidade, tais como: economia instável, desemprego, evasão escolar, poder aquisitivo baixo, descaso das autoridades competentes, dentre outros fatores. Especialistas da área vêem a educação como um provável meio de salvação da pátria, para que se possa reverter este quadro.

Observa-se que as políticas públicas es-tão sendo feitas, mas ainda não é o bastante, as diretrizes e ações por parte do Governo Federal, de preferência com consultas por meio de deba-tes com os profissionais da área, visando alcan-çar uma educação justa e igualitária, permitindo as classes menos favorecidas ensino de quali-dade e uma perspectiva de vida melhor, dentro da sociedade.

Faz-se necessário que as políticas públi-cas contribuam para ajudarem as famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social, pois as mesmas não tem o mínimo para viverem em dignidade, são famílias pobres sem forma-ção educacional, sem formação profissional e sem um emprego fixo para dar uma vida digna a sua família, trazendo assim prejuízos na forma-ção intelectual, educacional, social, cognitiva e psicológico.

Muitas vezes, essas famílias são obriga-das a mora, em favelas, sem o mínimo de estru-turas básicas para viverem e tudo isso gera problemas que acabam refletindo na vida das crianças. A situação de moradias, do desem-prego, da falta de recursos para manterem suas famílias e seus direitos, e assim, ocasionando risco aos seus filhos.

E tendo de sobreviver de bico em servi-ços subalternos de servente, de diárias e quan-do não conseguem esses serviços vão trabalha-rem nas ruas de catadores de material reciclá-veis, sem o mínimo de condições, essas famí-lias que não tem acesso aos meios necessários para sua sobrevivência, trabalhos, saúde, segu-rança, transporte, habitação e assistência social para darem a seus filhos uma vida digna.

Chegando a uma situação de vulnerabili-dade social, causado por diversos fatores, com a escassa disponibilidade de recursos materiais ou simbólicos aos indivíduos e grupos excluídos da sociedade. O não acesso a esses recursos básicos pode causar transtornos na vida educa-cional dessas crianças e, com a falta desses recursos, trabalho, saúde, transporte, seguran-ça, lazer e cultura, podem ser diminuídos as chances de vencerem na vida, sendo esses direitos garantidos pela carta magna, a Consti-tuição Federal.

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Fatores esses que todos os cidadãos te-riam que ter acesso, pois está na Constituição Federal todos os direitos de cada cidadão brasi-leiro, é obrigação do Estado garanti a população esses direitos e, as crianças e os adolescentes uma boa educação, segurança pública, saúde, saneamento básico lazer e cultura.

Observa-se que ainda temos muitas difi-culdades de encontrar vagas nas escolas, por falta de estruturas nas escolas, distanciando essas crianças e esses adolescentes de terem no futuro uma acessão num bom emprego.

É necessário que ocorra a verificação de índices de Vulnerabilidade Social, visando iden-tificar e localizar as pessoas com maiores ne-cessidades.

Esses indicadores permitem ao Estado um detalhamento sobre as condições de vida das camadas mais pobres. Um dos caminhos para diminuir a exclusão social, é o aumento da escolaridade e da qualidade educacional e cul-tural.

1.2 - Vulnerabilidades Sociais e desempenho escolar

Em meados do século XX, precisamente na

década de 50, Erick Erikson iniciou a constru-ção de sua teoria psicossocial do desenvolvi-mento humano, refletindo vários conceitos de Freud e seus respectivos estágios, sempre considerando o ser humano como um ser soci-al, ele acreditava que a infância era importante para o desenvolvimento da personalidade.

Assim como Freud, Piaget, entre ouras estudiosos da época, Erikson optou por distri-buir o desenvolvimento humano em 8 (oito) fases do desenvolvimento psicossocial, no qual o ser humano confronta-se e, preferencialmen-te, supera os conflitos e os novos desafios.

Tabela 1: Estágios psicossociais (1987).

A ideia fundamental da teoria de Erikson

é que, a cada nova tarefa ou dilema, vem se

colocar para a pessoa em desenvolvimento a partir de mudanças nas demandas sociais. Se-gundo estudo apresentado por Erikson observa-se, que o desenvolvimento sócio emocional das crianças e dos adolescentes se processa por etapas, na aprendizagem e cada qual com suas limitações e problemas e desafios próprios.

A resolução satisfatória ou o fracasso em uma dada etapa influencia as etapas posteriores do desenvolvimento.

Uma etapa importante para o desempe-nho escolar das crianças e adolescentes entre 6 (seis) aos 12 (doze) anos de idade, que corres-ponde ao início da escolarização, ensino fun-damental I. A criança, nesta fase, tem necessi-dade de aprender com os adultos e de se mos-trar competente e com capacidade produtiva, buscando reconhecimento social (Erickson, 1976).

Observa-se que a maioria das crianças e adolescentes entre 6 (seis) aos 12 (doze) anos, que estudam em escolas públicas são de baixa renda e, em condições de vulnerabilidade social tem índice de baixo desempenho, sendo classi-ficados como os “piores” alunos e que mais de 7,82% (ERIKSON, E. H. Identidade, Juventude e Crise. Rio de Janeiro: Zahar editores,1976). Apresentam alguma dificuldade de aprendiza-gem.

A dificuldade de aprendizagens pode es-tar relacionada ao não desempenho ou cumpri-mento das fases de desenvolvimento, relacio-nado às complicações, pré, pós-natal fatores sociais, fatores de envolvimento e de privação cultural. Impedindo o indivíduo direta ou indire-tamente de acompanhar regularmente o pro-cesso escolar. Muitas são “obrigadas” a buscar meios de ajudar a sua família que se encontra em estado de vulnerabilidade.

Segundo Smith (2001) a dificuldades de aprendizagem não é apenas um único distúrbio e sim vários problemas, sendo atribuído a uma única causa, podendo prejudicar o funciona-mento cognitivo, refletindo em seu ambiente doméstico e escolar.

O espaço educativo é um ambiente privi-legiado de troca de saberes, construção de re-flexões e práticas transformadoras, mas, em muitos destes espaços, principalmente os de educação-formal, a palavra ainda é privilégio dos educadores.

Muitas vezes, não encontram um ambi-ente de diálogo onde possa expressar suas ideias e participar da construção do conheci-mento.

Um dos problemas mais debatidos quan-do se fala em escola, crianças e adolescente é o distanciamento entre a cultura escolar e a cultura dos mesmos, o que acarreta, como uma das consequências, a falta de interesse pelos processos educativos desenvolvidos nestas instituições, já que, muitas vezes, o conteúdo

FONTE: CARPSI

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não possui uma relação com a realidade do educando.

Este distanciamento ocorre quando se fa-la da criança e do adolescente das classes po-pulares. (SOARES; 1986, p.06)

Segundo Soares (2004), A educação bra-sileira tem-se mostrado muito lenta em promo-ver uma educação de qualidade para as cha-madas camadas populares, e esse desprepara, gera grave efeito não só de acentuar as desi-gualdades sociais, mas, sobretudo, de ampara-rá-las. As estratégias de aprendizagem desem-penham, tanto para uma aprendizagem efetiva quanto para o autor referencia, tem sido cada vez mais reconhecido pelos educadores.

O momento mágico que se caracteriza pela superação das dificuldades partindo da própria criança raramente acontece. O que mais comumente, se acaba verificando é a automati-zação de aprendizagens e o aumento das difi-culdades, com consequências severas na auto-estima do aluno.

Conforme Jardim (2005), O professor é peça chave no processo da aprendizagem e é indiscutivelmente decisivo, pois dependendo de suas atitudes e concepções e intervenções, farão a diferença na vida dessas crianças de-terminando o sucesso ou fracasso escolar de seus alunos. “sabe-se que para aprender são necessários um “ensinante” e um “aprendente” que interagem. (...)”, Sória Prieto (2006).

Para que os problemas sejam resolvidos, deve-se diagnosticar prevenir e buscar a partir dos envolvidos soluções práticas, com os quais são; escola, família e os próprios alunos são responsáveis pelo processo de aprendizagem, no processo diário da instituição escola.

Observando que a vulnerabilidade e o desempenho escolar estão ligados um com o outro, pode-se dizer que em situação de vulne-rabilidade social que passa por alguma dificul-dade familiar ou psicológica causada por, algum trauma ou problema crônico ou genético, assim causando alguma dificuldade na aprendizagem.

É aí que entra o professor para tentar descobrir o verdadeiro problema. É muito fácil falar que a criança não quer nada com nada, jogando o problema para a família ou para a sociedade, mas quando o profissional da área investiga descobrir o seu problema tornando possível contornar a situação por meio do lúdi-co. 2- CONHECENDO O LÚDICO

A palavra lúdica tem sua origem no latim ludus, que significa brincar, neste sentido vem ligando jogos, brincadeiras e o divertimento.

Mas antes de conhecer o lúdico é neces-sário que se faça a seguinte pergunta. Quem ensina a criança a brincar? Tem alguém para brincar? São perguntas que nos faz refletir so-bre o quanto é importante fazer parte do desen-

volvimento. Está atento as suas limitações e ao processo de desenvolvimento cognitivo e social.

Partindo da ideia que os seres humanos aprendem coisas novas no decorrer de toda sua vida é importante destacar que o convívio com seus pais e o lugar que se vive contribui para um desenvolvimento integral.

Por este desenvolvimento integral, o lúdi-co é muito discutido na área da educação por favorecer aprendizagem de forma significativa, sendo uma atividade prazerosa. É necessário desconstruir a ideia que o mesmo é um passa tempo para deixar crianças brincar sendo que o lúdico é um recurso pedagógico que resgata o aprender brincando.

Vygotsky (1998) diz que é através da brincadeira que a criança obtém as suas maio-res aquisições.

No entanto, é importante que o educador aguce a curiosidade em relação ao mundo em que vive, viajar pelo mundo da imaginação transformando e moldando diferentes fatores e elementos com as brincadeiras. Para Vygotski (2007), na abordagem histórico-cultural, o brin-car é satisfazer necessidades com a realização de desejos que não poderiam ser imediatamen-te satisfeitos. Brinquedo seria um mundo ilusó-rio, em que qualquer desejo pode ser realizado.

Educar ludicamente é algo muito impor-tante, estão presentes em todos os segmentos da vida e do aprendizado, onde se desenvolve inúmeras funções cognitivas e sociais da vida escolar. A expressão lúdica, que a infância car-rega, vem com uma bagagem de convivência de novos conteúdos assim renovados em cada geração, saboreando um novo brincar.

Almeida (2003), Freire (1997), Ribeiro & Bussab ( 2005); Morais, 2004), retratam que o lúdico aparece em vários contextos históricos e mantém viva a cultura. Por isso, a atividade lúdica se tornou um reflexo aos padrões cultu-rais tornando o lúdico como vantagem para a constituição e tornando assim uma série de experiências que vão ser construídas para o desenvolvimento de sua vida, construíndo o seu próprio mundo e com ele monta vínculos para compreender o mundo adulto.

Quando se fala da cultura lúdica, é ne-cessário entender as contribuições culturais para o desenvolvimento integral da criança. Cada lugar no mundo trouxe e trás sua herança cultural que permeia a evolução humana. Estas heranças perpassam o tempo e a história, tro-cando experiências culturais.

As lendas são a maior forma histórica acompanhada desta herança cultural, o Brasil por ser um país migrante os grupos que aqui passou deixou uma bagagem cultural de seus países.

Os índios contribuíram com as brincadei-ras, como cama de gato e a peteca. Cascudo (2001) relata que os séculos XVI e XVII os me-ninos da tribo brincavam de arcos flechas, taca-

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pes, que compunham o arsenal guerreiro, os meninos das tribos imitavam os pais pegando peixes com a mão, abatendo aves, essa brinca-deira não era apenas uma simples forma de brincar era a forma de aprendizado para quando chegar à fase adulta saber firmar seu futuro.

Os negros no século XIX deixaram as brincadeiras cantadas em que varias canções que ainda são cantadas tendo a origem na es-cravidão no Brasil. Nesta época as brincadeiras eram bem severas com os negros, assim retrata a história.

As meninas, ao brincarem os jogos de faz-de-conta, reproduziam a vida do engenho, onde as meninas negras eram tratadas como servas pela sinhazinha. Segundo Kishimoto (2007). Mesmo com o sofrimento tinham o lúdi-co em suas vidas.

As brincadeiras de subir em árvores, cor-rer, saltar e pontaria tinham uma liderança inver-tida, quem liderava eram os meninos negros por suas habilidades.

A falta de documentos sobre as brincadei-ras que foram criadas pelos negros no período colonial dificulta a influência africana e folclórica. Assim, a história só relata sobre as músicas das mães negras. As amas de leite modificaram canções, vieram assim como bicho papão, colo-caram o surgimento do Saci Pererê e a mula-sem-cabeça, as almas penadas, a cuca, o boita-tá, o lobisomem, que vieram das amas de leite.

Os portugueses, no século XVI, também deixaram seu legado do lúdico, com brincadei-ras assim, traziam suas influências de costumes dos povos asiáticos, a pipa ou papagaios , se-gundo a enciclopédia chinesa khé-Tchi-King-Youen, a pipa foi inventada pelos chineses onde um comandante do exército chinês usou a pos-sível pipa para calcular a distância onde sepa-rava do palácio Wai-Yang, para invadir e con-quistar por meio de túneis relata a historia que os chineses se comunicavam com as pipas, esta brincadeira lúdica que na atualidade ainda é muito vista.

Também vieram as lendas trazidas pelos portugueses recheando o nosso folclore brasilei-ro como a mula sem cabeça, a cuca o bicho papão que assim foi incorporado nas brincadei-ras, que vem deste a bola de gude e pique-pega. Os portugueses tiveram a influência das canções na idade média, inicio da moderna. Nesta “época o Papa Paulo II em 1466, escre-veu a canção “Fiorito” que bate, bate”, sendo assim os portugueses modificaram a letra, pre-domina a versão que substitui o Fiorito por piru-lito, esta versão é cantada até os dias atuais nas escolas.

As brincadeiras são fatores mais antigos e uma grande herança dos portugueses que foi algo que construiu uma sociedade cultural, co-mo a brincadeira de adivinha, cantiga de roda, historia de príncipes e rainhas, assombração de bruxos, pião, um brinquedo construído com

madeira de goiabeira, laranjeira e jacarandá, tendo na ponta um prego, amarelinha entre outros, que fazem parte da cultura européia e traduzida pelos portugueses.

No século XVI, uma tapeçaria mostra uma brincadeira onde estão vestidos de pasto-res, brincam de uma espécie de cabra-cega nessa brincadeira não aparecem crianças, vá-rios quadros holandeses aparecem brincadeiras onde não se via crianças da assim pode ser observar que os adultos também podem brincar e ensinar a brincadeira.

Kishimoto (2011) relata que as brincadei-ras fazem parte da cultura popular, que são transmitidos oralmente, e sempre estão sendo modificadas por passar dos anos, recebendo influência de outras culturas.

Os brinquedos e brincadeiras proporcio-nam a criança, momentos de diversão, suas atividades livres, favorecendo o resgate das brincadeiras de seus pais, trazendo a história dos povos antigos suas culturas costumes e valores.

2.1- Descobrindo a brincadeira

A brincadeira é uma atividade que está na vida desde que nascemos, no nosso hábito familiar no primeiro contato com a mãe, não nascendo sabendo brincar, são nessas relações de contato que aprende a brincar de fato, aprende com convívio com outras pessoas, assim com este convívio vai conhecendo e compreendendo a brincadeira como uma forma de linguagem.

Estão inseridas no universo fantasioso onde este universo se cruza tornando o mundo imaginário com o mundo real.

Vygotsky (2007) propõe que um aspecto essencial do aprendizado é o fato de ele criar a zona de desenvolvimento proximal; ou seja, o aprendizado desperta vários processos internos de desenvolvimento, que são capazes de operar somente quando a criança interage com pesso-as em seu ambiente e quando em cooperação com companheiros.

Uma vez internalizados, esses processos tornam-se parte das aquisições do desenvolvi-mento. Na busca de entender o significado da palavra brincadeira o Dicionário Aurélio da Lín-gua Portuguesa (2010) relata, é a ação de brin-car, divertimento. Neste sentido, a brincadeira é alegria aprendizado no sentido de descobrimen-to com o comportamento espontâneo. As brin-cadeiras estão presentes em tempos diferentes e lugares diferentes; assim, cada uma delas com sua cultura.

Com o passar dos anos as brincadeiras foram ocupando lugar de destaque na socieda-de, favorecendo as relações sociais, e o desen-volvimento das brincadeiras que foi permite uma visão de mundo mais real.

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Por meio das descobertas e da criativida-de lúdica, pode se expressar as brincadeiras como analisar, critica de transformação de reali-dade do mundo a sua volta.

Segundo Santos (2002), a brincadeira possui seis (6) pontos principais para o desen-volvimento integral: Na parte filosófica o brincar é um conjunto de qualidades fundamental que trás a emoção no aprender lúdico e sua importância intelectual. Sociológico vem com o lado puro na sociedade de conhecer de ver tudo novo. Na parte psicológica, o brincar desenvol-ve o seu cognitivo e transforma as demais áreas emocionais, proporcionando seu crescimento e aprendizagem por meio das brincadeiras lúdi-cas. Do ponto de vista da criatividade de criar e descobrir coisas novas, e no brincar que vai descobrindo seu mundo imaginário. Psicoterapêutica em processo que des-trava o conhecimento do crescimento essencial para o desenvolvimento saudável, que se per-cebe na voz psicoterapeutas o brincar é univer-sal, com o brincar produz a própria saúde, facili-ta o crescimento, ajuda nos relacionamentos em grupo de conviver com outras pessoas. E pedagógico, o brincar vem repleto de estratégias para aprender desempenhando im-portante papel em seu desenvolvimento, sendo assim o brincar vem sendo muito utilizado na educação, trazendo uma peça fundamental na formação da personalidade, nos domínios da inteligência, evoluindo o pensamento da criança em todas as funções mentais superiores trans-formando em conhecimento.

A partir de então, o conhecimento da brincadeira está presente em todas as dimen-sões do ser humano, em especial na vida das crianças. É importante destacar que precisa da ajuda dos adultos para conhecer a brincadeira e se apropriar do ato do brincar.

Infelizmente, existem em nossa realidade um cotidiano de vida adverso não podendo usu-fruir dos momentos lúdicos em sua infância, conduzidas deste bem cedo para trabalhos in-fantis, por falta de estrutura financeira das famí-lias.

Vendo todo o seguimento é de suma im-portância que não sejam privadas do brincar, quando são privadas de suas atividades lúdicas, dificilmente produzirá vínculos significados com a sociedade, e com o meio ao qual está inseri-da. Necessita de experimentação acerca de conhecimentos, o lúdico e a melhor forma de incorporação do mesmo.

Um dos desequilíbrios que ocorrem com maior frequência na falta do brincar é o impacto da obrigação precoce que pode ser entendida tanto como o trabalho infantil, como as obriga-ções de afazeres domésticos, que são impostos às obrigações de atividades físicas, afazeres

que deixam cheias de atividades e sem tempo para brincar.

É como se envelhecesse prematuramente e com isso perdesse a espontaneidade, a capa-cidade de brincar e o impulso criativo despreo-cupado (Marcellino 2007).

3 - LÚDICO E O PROCESSO DE APRENDI-ZAGEM

Antunes (2012) relata que houve um tem-

po que as brincadeiras eram separadas do aprendizado, havia um abismo entre o brincar e o aprender.

Durante muito tempo educação mostrou-se inflexível, transformando a escola em lugar penoso. A escola acostumou desde cedo, que as primeiras experiências relacionadas com o processo de aprendizagem é um dever, penoso e não prazeroso. A escola é lugar de obrigação, não de diversão, ou melhor, diversão é um termo de entendimento ainda muito restrito para muitos professores de várias a áreas.

Pode-se dizer que a expressão: “escola não é lugar de brincadeira”, foi disseminada em um modelo tradicional de educação. Mas esta ideia aos poucos foi sendo substituída com o brincar e suas finalidades vinham com um con-junto, alegrar, animar e distrair, que poderia ensinar com habilidades de prender atenção.

Pois uma vivência lúdica pode levar a vá-rias aprendizagens que se bem organizadas pelo pedagogo passaram despercebidas.

Segundo a Proposta Curricular Nacional (2013) todas têm o direito de ter dignidade, nas suas diferenças individuais serem respeitadas, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religio-sas, entre outros. Tem o direito de acessos aos bens socio-culturais, ao afeto ao desenvolvimento da per-sonalidade de expressão e interação social, e aos pensamentos éticos e estéticos.

O direito de se socializar com outras pessoas, nas mais diversificadas práticas soci-ais, sem discriminação.

De atendimento e cuidados essenciais vindo de sobrevivência e ao seu desenvolvimen-to escolar.

Convém destacar o Estatuto da Criança e do adolescente, Lei 8.069, de 13/07/90, estabe-lece em seu art. 71, a criança e o adolescente têm direito á informação, vinda de aprendizado de sua idade de crescimento, cultura aprender culturas de sua região ou crença históricas de suas descendências, lazer, momento de folga de suas rotinas criança tem o direito de brincar de ter momento de imaginar, Praticar algum esporte de acordo com suas habilidades. Tem o direito de sorrir, como espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento (BRASIL, 1995).

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A Leis de Diretrizes e Base (9394/96), afirma também que, o direito à educação básica de qualidade bem direito à formação e ao de-senvolvimento humano, direito a saúde como processo, saberes, conhecimentos, sistemas de símbolos, ciências, artes, memórias, identida-des, valores, culturas, resultantes do desenvol-vimento da humanidade em todos os seus as-pectos Educar significa, portanto, propiciar situ-ações de aprendizagens, brincadeiras orienta-das de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infan-tis de relação interpessoal, de ser, e estar com os outros em uma atitude de respeito, confian-ça, aos conhecimentos mais amplos da realida-de social e cultural. Pois estimula a construção de um novo conhecimento e possibilita a com-preensão e intervenção do aluno nos fenôme-nos sociais e culturais.

De acordo com Piaget (1996) o desenvol-vimento cognitivo é um processo de sucessiva mudança qualitativa das estruturas mentais, ou seja, deve ser estimuladas com manifestações de sensações de percepção. À medida que se interage com os objetos e com os outros, vai construindo relações e conhecimentos a respei-to do mundo em que vive, porém, nesta fase, esse conhecimento ainda não é suficiente para que estabeleça relações de grupo.

O Lúdico no processo de aprendizado é um método agradável, rico de ser abordado, fazendo que o aprendizado floresça dentro de seu mundo, onde necessita desenvolver habili-dades lúdicas, aprender naturalmente passando por uma fase de expressão, onde elas emitam o adulto som, palavras e objetos.

Paiva (2009) explana a respeito da infân-cia, que este período está diminuindo cada vez mais, e ao mesmo tempo em que a sociedade roga pelos direitos, em brincar, viver conforme seus direitos entra uma contradição quando os adultos não fazem à passagem ao ato para tal idealização.

No entanto, a vivência de troca dos afetos e estabelecimento de vínculos por meio das brincadeiras, relaciona com seu ambiente e com os demais, propiciando a evolução da aprendi-zagem. Pode-se assim dizer, que o lúdico adé-qua em uma abordagem multidisciplinar, inter-calando-se numa relação cognitiva, biológica, social e recreativa.

Mas, para que isso aconteça, o professor deverá buscar capacitar-se, ou seja, lidar com o lúdico na escola exige preparo dos profissionais, rompendo as com formas tradicionais de educa-ção.

Este preparo reflete no cotidiano escolar, levando em consideração vários fatores, inclusi-ve o universo criativo que desenvolve no pro-cesso de ensino-aprendizagem a partir do que já sabe, pois viver o lúdico é desfrutar o momen-to, o que contribui imensamente para a vivência. A exclusão da experiência social e cultural, pela

escola, faz com que a ruptura não seja vista de uma perspectiva de progresso, de continuidade, mas sim, reforça a ideia de que, com essa rup-tura, os métodos de aprendizado adotado pela escola, não tenham significado para o aluno.

Com isso a escola, e os professores cumprem o papel de formar para exercerem funções na sociedade. Uma sociedade que queira ser livre não deveria conceber uma edu-cação que restrinja a liberdade das pessoas. E nisso a escola tem um papel importante

Contudo, para que isso ocorra significa-tivamente, é necessário que o professor planeje e determine os objetivos de cada atividade, que conheça os seus alunos para que valorize suas habilidades e potencialize-as. Sempre levando em consideração as mudanças sociais, seja pela tecnologia ou por outras diversas razões econômicas e sociais, é necessário buscar ma-neiras diferenciadas de obter o conhecimento e recuperar o lúdico como componente da cultura, por suas especificidades.

Para envolver o aluno no processo de ensino-aprendizagem é necessário fazer com que por si própria possa desenvolver e expandir os seus conhecimentos adquiridos previamente. Os professores devem ser profundos conhece-dores, de seu desenvolvimento, de sua cultura, de seus interesses e necessidades. É preciso que a escola participe do resgate à cultura e reflita sobre o uso de tempo dos alunos, procu-rando entender o conteúdo e a forma de utiliza-ção do tempo disponível das obrigações escola-res, familiares e sociais; promova as aquisições incorporadas no desenvolvimento das ativida-des do lazer, quer enquanto conteúdos, quanto observou-se o estilo de vida.

Por meio da pesquisa, foi observado que o lúdico se torna muito importante no processo de aprendizagem em situação de vulnerabilida-de social, para que aconteça o resgate em que vivem hoje.

E só depois de analisar as causas e moti-vos que discorrem essa vulnerabilidade social é que a escola, por meio de seu corpo docente, poderão promover projetos que incluam o lúdi-co, possibilite o uso de brincadeiras no aprendi-zado de quem chegam a estado de vulnerabili-dade social que possam reveter se e amenizar as dificuldades de aprendizagens destes alunos.

Observa-se em todo este contexto o quanto a brincadeira está desde o seu nasci-mento até a vida escolar, para que tenha um processo cognitivo prazeroso e rico, que se acompanhe em toda sua vida, visto assim res-gatar as brincadeiras tão ricas de nossas infân-cias, toda equipe escolar e a família, são os principais responsáveis pela organização à aprendizagem o principal valor do brincar, ofe-recer os desejos observando o que necessita que sejam resgatadas nas brincadeiras, saben-do assim que a vulnerabilidade as causas de

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muitas dificuldades no aprendizado que afeta o desempenho escolar.

3 - PERCURSOS METODOLÓGICOS

Esta pesquisa é de caráter exploratório, qualitativo e descritivo. As pesquisas explorató-rias são aquelas cujo objetivo é esclarecer e proporcionar maior entendimento sobre um de-terminado problema. A pesquisa qualitativa ocorre por meios das estatísticas nos processos da análise de dados, sendo que, a coleta de dados é realizada na forma em que se encontra para, posteriormente, ser analisada e efetuar a conclusão. Desse modo, a coleta de dados é o meio que se obtêm informações necessárias para responder o problema.

Assim, os meios utilizados para a obten-ção dos dados foram: referências bibliográficas e pesquisa em campo. A pesquisa se desenvol-veu em uma escola e por meio de aplicação de questionários com participantes inseridos no contexto da escola. Além da análise de dados, faz-se necessário correlacionar as informações obtidas com a bibliografia pesquisada para fun-damentar teoricamente a pesquisa e elaborar, as metodologias.

Sendo assim, este artigo compõe-se de quatro tópicos e, pretende explicitar os procedi-mentos metodológicos utilizados para compre-ender a importância do lúdico usado nas práti-cas educativas, bem como as suas implicações para o desenvolvimento da criança em estado de vulnerabilidade social.

A apresentação da revisão de literatura foi realizada por meio de pesquisas bibliográfi-cas utilizando artigos, livros e revistas em anali-se de dados, usando as palavras-chave: Brin-cadeiras; Ensino Aprendizagem; Vulnerabilidade Social.

Após a seleção do material bibliográfico, publicado entre os anos de 1994 e 2013, foram realizadas leituras exploratória e analítica, com o objetivo de descrever de que maneira o lúdico contribui na aprendizagem das crianças em estado de vulnerabilidade social após todos os levantamentos das bibliografias, foram realiza-das pesquisa a campo.

Inicialmente, foi realizado um estudo pre-liminar do principal objetivo da pesquisa consi-derando as vias mais adequadas a ser empre-gadas. Com isso, compreender o desenvolvi-mento e a aprendizagem das crianças com difi-culdades na aprendizagem, por meio do lúdico.

Conforme pesquisas bibliográficas e de campo, realizamos um estudo sobre a história do lúdico, a contextualização da vulnerabilidade social na vida das crianças, em estado de vulne-rabilidade escolar. Posteriormente, foram levan-tadas abordagem das práticas profissionais de cada pessoa, que de maneira direta, ou indireta fazem parte da vida dessas crianças. Em segui-da, definiu-se que tipo de questionários e per-

guntas que seriam feitas a cada um dos envol-vidos nessa pesquisa.

Para alcançar os objetivos da pesquisa, entender as vantagens das brincadeiras e jogos na aprendizagem das crianças em estado de vulnerabilidade social e verificando a importân-cia do brincar como uma das práticas primordi-ais para o desenvolvimento físico, emocional e social da criança, por meio da utilização lúdica, nesta intervenção do brincar aprendendo e de que maneira auxiliaria nos possíveis impactos negativos causados pela vulnerabilidade social a qual, as crianças estão inseridas, essa visão foi possível por meio dos questionamentos le-vantados na pesquisa de campo. Todo esse levantamento criterioso realizado na prática proporcionou um estudo sistematizado para alcançar o objetivo proposto.

A pesquisa de campo proporciona o en-tendimento sobre a natureza geral da contribui-ção das brincadeiras para o processo de ensino aprendizagem dos alunos em situação de vulne-rabilidade social, abrindo espaço para os pro-fessores fazerem uma avaliação do que pode ser realizado para ajudar na aprendizagem das crianças e deforma objetiva clara por meio das brincadeiras e dos jogos lúdicos e, que os pes-quisados e os pesquisadores compreendam o que é melhor para as crianças.

4- ANÁLISES DOS DADOS

A pesquisa de campo foi realizada em

uma unidade pública do Recanto das Emas – DF. Por meio de questionários com cinco (5) perguntas para o Coordenador, oito (8) para os professores, cinco (5) para as crianças e cinco (5) para os pais. Questionário com perguntas abertas para o coordenador, professores, crian-ças e os pais. Os dados coletados na pesquisa de campo da educação, os quais são responsá-veis diretamente nesse processo, e por serem autores que tratam desse assunto em questão, dando assim caráter científico aos objetos cole-tados e estudados.

A apresentação dos dados coletados se-gue a lógica do roteiro das entrevistas semies-truturadas. Assim, as amostragens estão dividi-das em categorias, a primeira discorre da visão do coordenador e professores sobre o assunto, depois dos pais e dos alunos.

Essas quatro categorias que responde-ram o questionário conta com o aval da diretora da escola, o coordenador os professores. E em uma conversa informal com a diretora ela nos relatou que a maioria do corpo docente da esco-la tem nível superior e pós-graduação. Na se-gunda parte da pesquisa foi realizada com as crianças e pais os quais discorreram sobre as perguntas realizadas a eles e, assim chegando a um resultado do trabalho realizado. Sobre a vulnerabilidade social e a construção da apren-dizagem com o lúdico.

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Além disso, perguntas pertinentes foram utilizadas nas pesquisas para todas as categori-as a fim de avaliar o convívio dos alunos que se encontram em estado de vulnerabilidade social, a relação com a equipe da escola, e como se efetiva essa aprendizagem.

Análise do coordenador O instrumento de pesquisa foi aplicado à

coordenadora do BIA (Bloco Inicial de Alfabeti-zação), o qual era composto por três (3) pergun-tas abertas. Foi questionado á coordenadora quais os desafios enfrentados pela coordenação diante do multiculturalismo e a vulnerabilidade social na instituição a escolar. A coordenadora relata que infelizmente, o coordenador pouco pode fazer, a não ser tentar o trabalho de aco-lhimento e conversar com a família do aluno, a fim de tentar mediar problemas causados pelo o estado de vulnerabilidade social.

Foi questionado ao coordenador sobre a existência de projetos na escola para enfrentar a vulnerabilidade social O projeto desenvolvido na escola abrange menos de 10% dos alunos é a Educação Integral que proporciona que o alu-no, permaneça na escola quatro (4) horas a mais que o habitual, em atividades extras classe e com alimentação. E por último, foi questiona-do como a escola estimula a família e professo-res na formação do aluno? A mesma respondeu que a presença da família na escola para parti-cipar de palestras, reuniões e formações. Além de festividades culturais, para que se interes-sem cada dia mais pela vida escolar de seu filho .A coordenadora nos relatou que tudo é organi-zado e programado com a ajuda dos professo-res e com o auxilio da direção e dos colaborado-res da escola, para que haja um melhor rendi-mento dos nossos alunos e uma integração da escola com as famílias dos nossos alunos.

Análise dos professores

O instrumento de pesquisa foi aplicado a

quatro professores do BIA, composto por sete (7) perguntas abertas.

Foram questionadas as professoras sobre as dificuldades encontradas para trabalhar o lúdico na alfabetização com crianças que vivem em situação de vulnerabilidade social. Os pro-fessores responderam:

Professora “A”: A falta do contato dos alunos com muitos objetos, brinquedos, jogos que estimulem a aprendizagem.

Professora “B”: Dificuldades em obedecer às regras, faltam de atenção e concentração.

Professora “C”: Bem, sinceramente não encontro muitas dificuldades, o lúdico pode ser trabalhado independente das condições sociais.

Professora “D”: Dificuldade de concentra-ção.

Existe dificuldade para o aprendizado com o lúdico, não sendo algo complicado, mais vemos que muitos educadores têm dificuldades, para trabalhar o lúdico, por pesquisar ou outras dificuldades, procurar ensinar brincando e sem materiais ou meios se tornam mais edifício, o fato de se trabalhar mais engloba e requer es-forço e dedicação, muitos educadores não de-seja ter trabalho em seus métodos de ensino. A segunda pergunta questionou-se sobre a importância de se trabalhar o lúdico com crian-ças em situação de vulnerabilidade social. Os professores relataram que:

Professora “A”: Tornar a aprendizagem significativa e prazerosa.

Professora “B”: Criar hábitos e socializa-ção e cumprimento de regras.

Professora “C”: Enfim o brincar é impor-tante em qualquer contexto, e neste caso para ter uma melhor socialização e de grande impor-tância.

Professora D: possibilita a aprendizagem e aproximação de um aprendizado significativa.

É evidente que isso engloba um aprendi-zado prazeroso e significativo que ocorrer com o brincar, possivelmente que ensinar com o lúdico na vulnerabilidade e fazer possível um aprendi-zado com hábitos e cumprimentos de regras que nos mostra a importância em qualquer con-texto.

Questionou-se aos professores, como motivar os alunos no processo de aprendizagem por meio das brincadeiras. Os professores rela-taram que:

Professora “A”: Relacionando as compe-tências e habilidades que são ministradas em sala de aula com as brincadeiras.

Professora “B”: Oferecer oportunidades de vivenciar e se sentir motivados na aprendi-zagem.

Professora “C”: A própria brincadeira já é motivadora para aprendizagem significativa.

Professora “D”: Adequando o conteúdo com alguma brincadeira, aproveitando muito as aulas de educação física pra isso.

Nota-se que a professora enfatiza o fato de as atividades por meio das brincadeiras com é importante, que ajuda nos conteúdos e moti-vador ajudando com um melhor aprendizado, deixando muitas vezes de lado as dificuldades sociais e financeiras, que muitos alunos enfren-tam na vida familiar.

Indagou aos professores como o lúdico poderá amenizar situação de vulnerabilidade social em sala de aula. Os mesmos responde-ram: Professora “A”: Tornando a aprendizagem prazerosa.

Professora “B”: Elevar a autoestima, facili-tar o entrosamento e a convivência.

Professora “C”: Motivando cada vez mais a aprender com prazer.

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Professora “D”: Rodinha de conversa, brincadeiras e jogos.

Dos entrevistados, Percebe-se a conclu-são do lúdico no aprendizado como motiva em muitos benefícios, no entrosamento, convívio motivador ou em uma rotina, tirando suas difi-culdades em relação à vulnerabilidade social em sala de aula. Questionou-se aos professores, como a escola trabalha com os alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem. Os mesmos rela-taram que:

Professora “A”: Com reagrupamento intra e extraclasse, projetos interventivos, projeto de leitura, atividades diversificadas e jogos peda-gógicos.

Professora “B”: Por meio de dialogo com os envolvidos (familiares), projetos entre outros.

Professora “C”: É encaminhada para as equipes de apoio a aprendizagem.

Professora “D”: Com projetos interventi-vos, reagrupamentos, jogos, oficinas, reforço.

Percebe se que os projetos e atividades de reagrupamento ajudam com maior dificulda-de aprendizagem, faz com que os mesmos se-jam percebidos e analisados com mais cuidado, assim ajudando a melhorar suas atividades cognitivas motoras e pedagógicas.

Na sexta pergunta questionou-se, quais os recursos que são disponibilizados para os professores trabalharem alunos que chegam em estado de vulnerabilidade social na escola. Os professores relataram que:

Professor “A”: Projetos interventivos, Educação Integral e jogos pedagógicos.

Professora “B”: Jogos pedagógicos, orien-tações pedagógicas.

Professores “C”: Um dos recursos são os encaminhamentos ao serviço de orientação educacional.

Professores “D”: Não há recursos materi-ais específicos para essa situação, recursos humanos amparo da direção, apoio a aprendi-zagem nos termos orientador educacional.

Analisando assim a vulnerabilidade com o tempo integral que os alunos passam nessa escola e de suma importância, pois os mesmo aprendem com o brincar pedagógicos, e tam-bém com ajuda de recursos da direção, perce-bemos que a vulnerabilidade no aprendizado dificulta a vida escolar dos alunos e professores, algo que tem solução a contribuição das brinca-deiras no processo de ensino e aprendizado, vem para muda e ter uma solução.

Por último foi questionado, quais são as orientações que são passadas para os profes-sores a respeito do lúdico na aprendizagem que encontramos nas realidades dos alunos em estado de vulnerabilidade social.

Professor “A”: É o meio de tornar o aprendizado significativo e promover o ensino critico-reflexivo.

Professor “B”: A importância da ludicidade no aprendizado em todos os aspectos.

Professor “C”: Temos suporte nos cursos de formação e também apoio da escola. Professor “D”: Trabalhar atividades con-cretas.

Todas as professoras que responderam ao questionário sempre buscam novos meios de enriquecer as suas aulas com atividades lúdicas em prol da aprendizagem dos seus alunos, e que o brincar deve fazer parte da rotina.

A maioria apontou como atividades favori-tas as que envolvem desenho, histórias, vídeos na televisão e brincadeiras que necessariamen-te precisam de mais de um participante para brincar e aprenderem juntos como: bloco de construção de madeira, jogo da memória, fanto-ches, quebra cabeça dentre outros.

Percebe-se que fala bastante de brinca-deiras lúdicas e sua estrutura direcionada ao aprendizado e alfabetização, que é muito impor-tante, benefícios estes que acabam refletindo não só os alunos mais a escola como um todo, trabalho que é realizado em conjunto para a obtenção de um resultado eficaz: a melhora nas condições alfabetização lúdica para um apren-dizado prazeroso.

As crianças que se encontram em situa-ção de vulnerabilidade social são aquelas que vivem negativamente da pobreza e da exclusão social, e a falta de recursos e materiais que pode dificultar o aprendizado, nesses casos o professor e os familiares tem que conhecer e ter afetividade, ajudar na construção das relações e por meio do lúdico criar oportunidades para poder aprender de uma forma cognitiva e praze-rosa, os conteúdos em sala de aula, o professor sendo motivador por meio das brincadeiras lúdi-cas consegue reverter está situação e fazer a diferença e desenvolver o ciclo de vida da famí-lia e escola.

Análise do questionário dos discentes. Esta análise de dados utilizou questioná-

rios com perguntas abertas, com cinco crianças na faixa etária de 6 a 8 anos, que cursam o ensino fundamental I, alfabetização.

Seguindo assim o questionário, pergun-tando as crianças, o professor usa algum tipo de brincadeira nas atividades em sala de aula? Relataram nas questões que sim e citaram al-gumas brincadeiras como, bingo, palito de pico-lé, material durado, dominó, alfabeto móvel e dados.

Qual tipo de brincadeira que se brincam no intervalo com os colegas? Bem animados se expressaram com as brincadeiras de pique pe-ga, de esconder, polícia e ladrão, amarelinha, pula corda e totó.

Qual atividade e brincadeira que você gostaria que seu professor realizasse em sala de aula? Demonstraram entusiasmo com as

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respostas seguidas como jogo da velha, xadrez, boliche, detetive e amarelinha, algumas respos-tas meio contraditórias para sala de aula, assim confundindo atividades de brincadeiras direcio-nadas as atividades em sala de aula com jogos tecnológicos e atividades de educação física, fechando assim o questionário de analise das crianças.

Observa-se que há uma falta de criativi-dade na introdução de brincadeiras nas ativida-des direcionadas em sala de aula, para uma evolução cognitiva, emocional, psicológica, so-cial e motor, percebemos certa confusão em relatar às brincadeiras que são realizadas na sala, algumas perguntas se confundiam o brin-car permite que o educador entre no universo imaginário infantil, e por meio dele, elas se per-mitem interagir, apreender, sorrir e até mesmo conversar, são momentos propícios para co-nhecer melhor o mundo imaginário infantil.

Análise do questionário dos pais.

Foi aplicado o questionário para nove (9) pais com cinco (5) perguntas abertas. Ques-tionou-se aos os pais, como é a sua participa-ção na escola. Os pais relataram que são fre-quêntes nas reuniões e atividades que a escola proporciona aos responsáveis, porém cinco (5) afirmam que quando pode pelo fato de trabalhar e quando a necessidade de está na escola.

Indagou aos pais qual tipo de projeto que os senhores gostariam que fosse desenvolvido na escola. Os pais gostariam que desenvolves-se projetos de arte, esporte, dança, música e teatro. Projetos que valorize mais a escola com atividades que incentive mais a participação dos pais na vida escolar dos seus filhos.

Foi questionado aos pais que tipo de es-cola eles gostariam que os seus filhos (a), tives-se e como os senhores poderiam contribuir para melhorá-la. Alguns pais expressam desinteresse em relação à escola, que não tem nada a me-lhorar, outros tem o desejo de melhorias da estrutura física e interna da escola, resgatar o interesse de todos como melhorias de integra-ção de pais, alunos, professores e coordenação com atividades da vida escolar.

Percebe-se que muitos pais são preocu-pados com a vida escolar dos seus filhos, po-rem outros demostraram falta de interesse até mesmo em saber como gostaria de ter uma escola melhor para seu filho, com tudo isso se notou que a gestão escola deve criar meios para trazer esses pais que demonstraram falta de interesse nas atividades dos seus filhos na escola.

De acordo com a observação realizada no decorrer da pesquisa a escola tem uma pre-ocupação com as atividades lúdicas recreativas

direcionadas no pátio com apresentação de leitura teatral.

Vale ressaltar que no decorrer da pesqui-sa os alunos apresentaram dificuldade em saber sobre as brincadeiras nas atividades dirigidas pelos professores, alguns relataram que a pro-fessora só passa atividade do livro, em outras salas percebemos facilidades de saber o que são brincadeiras, e brincadeiras direcionadas para um maior aprendizado, e em outra sala as brincadeiras eram somente nas atividades de educação física e no recreio,

CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao longo desta pesquisa, buscou-se le-

vantar questões relevantes à prática história de conhecimento sobre o lúdico e sua estrutura, o porquê brincar? Seus objetivos, meios, e bene-fícios das brincadeiras lúdicas na Educação Infantil.

Este trabalho nos proporcionou conhecer mais sobre a vulnerabilidade social que no seu estado de fraqueza, se refere tanto ao compor-tamento das pessoas, conhecer mais profundo o brincar e sua historia tão rica e coerente que reflete sobre nossa trajetória, e muitas vezes não percebemos que pequenas coisas têm um valor inestimável nas nossas vidas.

A satisfação ao abrir uma bibliografia e descobrir a potencialidade de pesquisas vividas e caminhos percorridos com trilhas de suas vidas e trajetórias.

Por meio da pesquisa em campo nos foi possível avaliar que o lúdico faz parte da vida humana, mais hoje reconhecida e na prática pedagógica é visto como um agente facilitador de alfabetização das series iniciais, agregando assim contribuições no processo no desenvol-vimento integral da criança, nos aspectos físico, social, cultural, afetivo e cognitivo.

O trabalho para o fortalecimento no pro-cesso de aprendizado dos alunos em estado de vulnerabilidade social na esfera cognitiva, quan-to no social, biológico, motor e afetiva deve ser trabalhado mesmo na pobreza urbana, que ro-deia a sociedade e como educadores devem transmitir um aprendizado eficaz em meia as dificuldade que os alunos possa se encontrar poder reproduzir sua realidade.

Por meio da imaginação expressando suas angústias, dificuldades, por meio das pala-vras, seria difícil se expressar o lúdico na aprendizagem resgata os alunos ao desenvol-vimento, a se relacionar e deixando suas com-plicações, pré, pós-natal fatores sociais, fatores que vem atrapalhando o seu envolvimento. Im-pedindo o indivíduo direta ou indiretamente de acompanhar regularmente o processo escolar.

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