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A CONTRIBUIÇÃO DA FORMAÇÃO ACADÊMICA PARA O ADMINISTRADOR NA AMAZÔNIA CARIBENHA Quézia Amorim, Edgar Reyes Junior, Heloane Andrade dos Santos (UFRR / UnB) Resumo: Saber colocar em prática os conteúdos de sala de aula não é apenas um desafio para o novo profissional, mas uma exigência do mercado de trabalho atual. As Instituições de Ensino Superior comprometem-se a transmitir para os acadêmicos as competências de suas profissões, de modo a prepará-los para o encontro com mercado de trabalho. Considerando os pilares da competência (conhecimento, habilidade e atitude), entende-se que o mercado de trabalho espera das universidades o comprimento de sua missão. Questiona-se então qual tem sido a real contribuição da formação acadêmica para o administrador. Este estudo descritivo e quantitativo utilizou questionário eletrônico, tendo como universo os administradores registrados no Conselho Regional de Administração de Roraima. Por fim, fez-se uso de estatística descritiva para a análise dos dados levantados. Identificou-se que o respondente típico é mulher, de até 34 anos, casada, de classe D. Foi possível reconhecer ainda que estas atuam no setor público e formaram-se em instituições privadas de ensino superior. Foi possível identificar, a alta empregabilidade da profissão. No que diz respeito às exigências do mercado, Liderança, Comunicação, Criatividade, Trabalho em Equipe, Flexibilidade, Experiência e Preparação teórica, são pela ordem, os aspectos mais importantes Identificou-se que há maior satisfação quanto ao ensino privado do que quanto ao ensino público. As instituições privadas foram mais bem avaliadas em todos os elementos analisados. Palavras-chaves: Ensino de Administração; Mercado de Trabalho; Roraima ISSN 1984-9354

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A CONTRIBUIÇÃO DA FORMAÇÃO ACADÊMICA

PARA O ADMINISTRADOR NA AMAZÔNIA

CARIBENHA

Quézia Amorim, Edgar Reyes Junior, Heloane Andrade dos Santos

(UFRR / UnB)

Resumo: Saber colocar em prática os conteúdos de sala de aula não é apenas um desafio para o

novo profissional, mas uma exigência do mercado de trabalho atual. As Instituições de Ensino

Superior comprometem-se a transmitir para os acadêmicos as competências de suas profissões,

de modo a prepará-los para o encontro com mercado de trabalho. Considerando os pilares da

competência (conhecimento, habilidade e atitude), entende-se que o mercado de trabalho espera

das universidades o comprimento de sua missão. Questiona-se então qual tem sido a real

contribuição da formação acadêmica para o administrador. Este estudo descritivo e quantitativo

utilizou questionário eletrônico, tendo como universo os administradores registrados no

Conselho Regional de Administração de Roraima. Por fim, fez-se uso de estatística descritiva

para a análise dos dados levantados. Identificou-se que o respondente típico é mulher, de até 34

anos, casada, de classe D. Foi possível reconhecer ainda que estas atuam no setor público e

formaram-se em instituições privadas de ensino superior. Foi possível identificar, a alta

empregabilidade da profissão. No que diz respeito às exigências do mercado, Liderança,

Comunicação, Criatividade, Trabalho em Equipe, Flexibilidade, Experiência e Preparação

teórica, são pela ordem, os aspectos mais importantes Identificou-se que há maior satisfação

quanto ao ensino privado do que quanto ao ensino público. As instituições privadas foram mais

bem avaliadas em todos os elementos analisados.

Palavras-chaves: Ensino de Administração; Mercado de Trabalho; Roraima

ISSN 1984-9354

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1. INTRODUÇÃO

O mercado de trabalho, atualmente, esta cada vez mais exigente quanto à formação e

capacitação dos profissionais. As empresas buscam nos novos profissionais capacidade suficiente

para por na prática, no dia-a-dia das organizações, as teorias absorvidas no meio acadêmico. As

Universidades públicas brasileiras, tradicionalmente, são conhecidas como instituições de ensino

superior que oferecem para seus egressos os melhores níveis de formação, se propondo a passar

para o futuro profissional as competências de sua profissão.

O estudo das competências estabelece três pilares, são eles: Conhecimento, Habilidade e

Atitude, conhecidos como CHA, conceituados como: o conhecimento é o saber, é o que se

aprende nas universidades; a habilidade esta ligada ao dia-a-dia, a prática, é o saber fazer; e a

atitude é o que leva a praticar a habilidade de algum conhecimento, ou seja, é o querer fazer

(Belfort, Santos e Tadeucci, 2012).

O mercado de trabalho espera das Universidades, novos profissionais que possuam as

competências necessárias para o desempenho de sua atividade. O egresso do mundo acadêmico,

ao ingressar no setor empresarial se depara não mais com teorias, mas com a necessidade de

exercer as características das competências de sua profissão, e a Universidade desempenha o papel

de preparar o novo profissional para esse encontro.

No curso de Administração este fato não foge a regra. Os egressos, ao saírem do campus,

se encontram com a realidade de um mercado cada vez mais exigente e seletivo quanto a seus

profissionais. Os empregadores procuram não apenas o diploma do novo profissional de

Administração, mas as competências necessárias para desempenhar a profissão. Diante do exposto

surge o questionamento, qual a contribuição da formação acadêmica para o Bacharel em

Administração?

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Curso de Administração

A profissão de Administrador foi regulamentada no Brasil em 1965, com a Lei 4.769, foi

então que o mercado passou a exigir o título expedido pela universidade. Kitahara et al. (2008)

afirmam que neste contexto a Fundação Getúlio Vargas e a Universidade de São Paulo se

destacaram como sendo marcos do início das pesquisas econômicas e administrativas no Brasil.

Neste tempo, a visão das Instituições de Ensino Superior (IES) era formar um administrador

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profissional que estivesse apto para atender ao processo de industrialização do país. Na década de

60, 70 e 80 pouco se mudou no currículo disciplinar. Na década de 90, com a publicação da Lei no

9.131, de 24 de novembro de 1995, exigiu-se das universidades a reformulação das diretrizes

básicas de educação (Kitahara et al., 2008).

De acordo com o Conselho Federal de Administração, a evolução dos cursos de

Administração se deu dentro de Instituições Universitárias. Ao final da década de 60 houve

proliferação do curso, mas não por meio dessas Instituições e sim por meio das Faculdades

Isoladas. Tal proliferação do curso resultou da situação econômica da época, pois com a chegada

de empresas, principalmente, estatais e estrangeiras, houve maior procura por profissionais com

treinamento para executar funções internas.

2.2 Competências

Belfort, Santos e Tadeucci (2012), definem que os Pilares da Competência são o

Conhecimento, a Habilidade e a Atitude. Os mesmos autores afirmam que a definição de

conhecimento, neste âmbito, é o saber. O que se aprende em escolas, universidades, nos livros e

no trabalho. A habilidade é o saber fazer. É o que utilizamos a partir de nossos conhecimentos no

dia-a-dia. E por fim, os autores definem como atitude o que leva a exercitar a habilidade de um

determinado conhecimento, ou seja, o querer fazer.

No estudo de Borba et al. (2011) a conceituação dos Pilares da Competência muito se

assemelha com os autores anteriores: saber, saber fazer e saber ser e agir. O autor sintetiza os

Pilares da Competência afirmando que este conjunto (conhecimento, habilidade e atitude) forma

as competências (características) do indivíduo. Diz ainda que competência, habilidade e atitude

são o que o indivíduo aprendeu ou irá aprender unificado a busca de resultados pessoais e da

organização (Borba et al. 2011).

Para Nunes, Barbosa e Ferraz (2009), o tema Competência tem gerado importantes

reflexões acerca do papel do sistema educacional diante das reformulações do setor produtivo.

Este setor produtivo atual, de acordo com os autores, passa a buscar profissionais com capacidades

baseadas no potencial, inteligência, conhecimento e criatividade. Um exemplo de competência

buscada é a flexibilidade para a adequação às mudanças e a capacidade para inovar e a contínua

aprendizagem. Os autores corroboram que a competência tende a substituir a noção de

qualificação e está associada a desempenho e eficiência (Nunes, Barbosa e Ferraz, 2009).

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Para Borba et al. (2011), a competência é o ativo intangível mais importante. Os autores

ainda afirmam que a competência pode ser transferida mediante dois processos: a informação e a

tradição. Belfort, Santos e Tadeucci (2012), corroboram que a competência é algo que

determinada pessoa possui e, além disso, a competência é percebida por outras pessoas. Amatucci

(2000), afirma que a competência é um conjunto de atributos que a empresa deseja que os seus

funcionários possuam e em diferentes graus. Esse conjunto de competência ou de atributos é

baseado nas necessidades da empresa. Já segundo Selvadurai, Choy e Maros (2012), a

competência está relacionada a múltiplos fatores, como a formação superior, a experiência

industrial e os atributos do próprio egresso.

No estudo de Zago, Souza e Bezerra (2007), a competência é associada a verbos e

expressões, tais como saber agir, mobilizar recursos, integrar saberes múltiplos e complexos, saber

aprender, saber se engajar, assumir responsabilidades e ter visão estratégica. Os autores afirmam

que a competência deve agregar valor econômico para a empresa e valor social para os indivíduos.

Diante dos conceitos citados e entendendo que a Competência é formada por

conhecimento, habilidades e atitudes, têm-se as seguintes definições de Competências do

Administrador. Brasil (1967) elenca capacidades esperadas de um Administrador. E o mercado de

trabalho espera que tal profissional seja capacitado para isso.

De acordo com Brasil (2005), o egresso de Administração precisa atender a certas

exigências curriculares e de mercado. Espera-se do egresso de Administração capacitação e

aptidão para compreender as questões: científicas, técnicas, sociais e econômicas da produção e de

seu gerenciamento, observando os níveis graduais do processo de tomada de decisão. Exige-se

também do perfil do profissional de Administração a capacidade para desenvolver gerenciamento

qualitativo e adequado, de forma a revelar assimilação de novas informações. Capacidade de

apresentar flexibilidade intelectual e adaptabilidade contextualizada no trato de situações diversas,

presentes ou emergentes, nos vários segmentos do campo de atuação do administrador.

Brasil (2005) apresenta ainda um conjunto de competências e habilidades, no total oito.

Estas norteiam ao que deve estar preparado, capaz e apto o egresso do curso. São essas

competências e habilidades citadas a seguir: O inciso primeiro abrange a capacidade de reconhecer

e definir problemas, providenciar soluções, pensar de forma estratégica, ser capaz de inserir

modificações aos processos, atuar de forma preventiva, transferir conhecimentos e exercer o papel

da tomada de decisão; O inciso segundo elenca a capacidade de desenvolver a expressão e a

comunicação compatíveis com a situação, destacam-se os processos de negociação e as

comunicações interpessoais ou intergrupais; O terceiro inciso traz a capacidade de refletir e atuar

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criticamente e também compreender sua posição na estrutura produtiva que está sob seu próprio

comando e controle; O inciso quarto corrobora que o Administrador precisa desenvolver

raciocínio lógico, crítico e analítico, de forma que seja capaz de expressar-se de modo crítico e

criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais; O quinto inciso apresenta como

competências e habilidades ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e

administrativa, vontade de aprender, ser aberto às mudanças e ter consciência da qualidade e das

implicações éticas de sua profissão; O inciso sexto afirma que é necessário para o Administrador

desenvolver a capacidade de transferir seus conhecimentos da vida e de suas experiências

cotidianas para o ambiente de trabalho, mostrando assim ser um profissional adaptável; O sétimo

inciso garante que como parte do perfil do Administrador deve estar o desenvolvimento da

capacidade para elaborar, implementar e consolidar projetos em organizações; E por fim, o oitavo

inciso, que diz acerca do perfil do Administrador a capacidade para realizar consultoria em gestão

e administração e realizar pareceres e perícias administrativas, gerenciais, organizacionais,

estratégicos e operacionais.

Há concordância e coerência entre os autores e as resoluções quanto ao perfil esperado

pelo Administrador e as competências intrínsecas desse profissional. Tem-se então a certeza que o

mercado de trabalho espera que o egresso do curso de Administração, ao sair da IES e ingressar na

vida profissional, seja capacitado para exercer as competências relativas a sua profissão, que

devem ser trabalhadas e inseridas na formação acadêmica.

2.3 Exigências do Mercado de Trabalho

Cordeiro e Giotto (2009) corroboram que o mercado de trabalho está cada vez mais

dinâmico, competitivo e tecnologicamente avançado. Este mercado de trabalho tem selecionado

profissionais focando em suas competências. Ou seja, procurando nos profissionais conhecimentos

associados a habilidades e atitudes. Os autores afirmam ainda que a busca do mercado de trabalho

é por profissionais aptos para desempenharem seu papel de forma cada vez mais ágil, eficaz e

competitiva.

O mercado trabalho não busca apenas o certificado do novo profissional, como era na

década de 60, após a regulamentação do curso. A competência vai além do certificado. Amatucci

(2000) corrobora que a expectativa das organizações, do mercado de trabalho, a respeito do

profissional que será contratado é a base, a fonte, para a uma IES formular o perfil do profissional

que será formado por meio de seus ensinos acadêmicos.

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Para Jacobsohn (2003), as empresas têm se tornado mais exigentes por fatores como o

aumento da concorrência e da velocidade da inovação. A autora afirma que o profissional

procurado pelo mercado atual simboliza uma potencial vantagem competitiva. Dessa forma ele

passa a ser cobrado pelas suas competências, pois desempenha papel fundamental na

implementação de novas estratégicas e geração de inovação.

Zago, Souza e Bezerra (2007), em seu estudo, realizaram pesquisa com empregadores

familiarizados com entrevistas de emprego. Segundo os empresários entrevistados, na hora da

contratação o que mais chama atenção é a formação técnico-acadêmica, a iniciativa, a criatividade,

a inovação dos processos, a facilidade de raciocínio, o empreendedorismo, a eficiência, a

facilidade de relacionamento em equipe e o bom relacionamento interpessoal. Mencionou-se ainda

a honestidade e o caráter. A pesquisa ainda afirma que a capacidade de bom relacionamento tem

tido grande destaque na procura por profissionais.

Os autores evidenciam que o mercado procura por profissionais dotados de habilidades e

competências não apenas técnicas, mas também emocionais, pois os empresários que procuram

por profissionais ressaltaram qualificações de conteúdo emocional e de caráter pessoal (Zago,

Souza e Bezerra, 2007).

Belfort, Santos e Tadeucci (2012), abordam sobre as competências que o mercado de

trabalho busca em um novo profissional. Sobre este mundo atual que vive em constante mutação e

mais competitivo a cada passo, os autores afirmam que o talento de um profissional, suas

competências, é uma questão de sobrevivência. O mercado tem exigências quanto ao profissional,

ele espera contratar um funcionário que atenda as competências intrínsecas de sua profissão. E o

domínio dessas competências é que fará diferença entre cada novo profissional que busca se

inserir no setor empresarial.

Para Amatucci (2000), o conhecimento do Administrador precisa ter sólido embasamento

teórico-prático e ser voltado para as crescentes e novas exigências do progresso nas atividades

produtivas. Borba et al. (2011), afirma que com a globalização e as mudanças no mercado de

trabalho, as empresas se veem necessitadas de um quadro de colaboradores líderes, capazes de

atender as necessidades da organização e de estarem preparados para constantes desafios de

aprendizagem e superação.

Segundo Previdelli e Côrtes (2000), o mercado de trabalho espera e exige do

Administrador multiqualificação. Ou seja, que o Administrador “[...] desenvolva o poder de tomar

decisões e de auto-organizar-se para a realidade das constantes mudanças e imprevisibilidades que

só uma ampla base educacional proporciona”.

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Os autores ressaltam o papel da formação educacional desse profissional, pois o peso de

preparar esse Administrador para o exercício de sua função recai sobre os cursos, pois a formação

acadêmica precisa elaborar projetos pedagógicos que supram as tendências do mercado (Previdelli

e Côrtes, 2000)

3. METODOLOGIA

Neste estudo, de cunho descritivo e dom abordagem quantitativa, objetivou-se identificar

o perfil socioeconômico do egresso do curso de Administração da UFRR e estabelecer relação

entre a formação do egresso e as exigências do mercado de trabalho, sendo assim utilizou-se a

pesquisa descritiva. A estratégia da pesquisa foi de levantamento, quando realizou-se aplicação

de questionário adaptado de Teixeira (2007) na identificação da contribuição do curso e a inserção

no mercado para o egresso, atual administrador. O questionário compreendia 20 questões e foi

aplicado por meio eletrônico junto aos administradores registrados no Conselho Regional de

Administração de Roraima – CRA-RR.

O instrumento de coleta foi gerado no software de questionário online, Survey Monkey.

Posteriormente, gerou-se um link de acesso. Obteve-se autorização do Presidente do CRA-RR e

com auxílio da Diretoria de Formação Profissional, o link foi encaminhado a todo o banco de

dados do CRA-RR. Segundo Vieira, Castro e Schuch Júnior (2010), o questionário quando

vinculado a um endereço de e-mail institucional garante mais credibilidade a pesquisa. Obteve-se

retorno de 66 respondentes. A análise dos dados, realizou-se estatística descritiva.

4. ANÁLISE DOS DADOS

4.1 Perfil dos respondentes

No que tange ao Gênero, 66,67% dos respondentes foram mulheres e 33,33% foram

homens. Estudo realizado por Vieira, Castro e Schuch Júnior (2010), identificou que para as

mulheres torna-se mais conveniente o envio de questionário por meio eletrônico, sendo assim o

gênero feminino garante ser favorável a esta forma de envio. Enquanto os homens ainda

consideram ser mais conveniente o uso de questionários impressos. Este fato pode justificar essa

característica dos respondentes.

Quanto à idade, identificou-se que dos respondentes 53,03% tem até 34 anos, 30,30% tem

de 35 a 44 anos, 12,12% tem de 45 a 54 anos e 4,55% tem acima de 55 anos. Assim sendo, a

grande maioria são jovens de até 34 anos de idade. Vieira, Castro e Schuch Júnior (2010),

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asseguram que todos os respondentes a partir de 17 anos consideram o envio de questionário por

meio eletrônico mais conveniente do que impressos. Além disso, como o número de cursos de

administração se expandiu somente nos anos de 1970, e em Roraima a partir dos anos 2000, é

justificável que a maioria dos administradores ativos no estado sejam jovens.

No que diz respeito ao Estado Civil, 46,97% são casados, 36,36% são solteiros, 7,58% são

divorciados e 1,52% são viúvos. Sendo que 7,58% alegarem ter outro estado civil além dos

estabelecidos no questionário. Pode-se explicar o alto nível de solteiros pelo fato de os mesmos

ainda serem considerados jovens de até 34 anos de idade.

A Renda foi avaliada segundo os parâmetros do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), que identifica as classes sociais como: classe A - acima de 20 salários

mínimos, classe B - de 10 a 20 salários mínimos, classe C - de 4 a 10 salários mínimos, classe D -

de 2 a 4 salários mínimos e classe E - até 2 salários mínimos. A presente pesquisa identificou que

5,13% dos respondentes pertencem a classe A, 7,69% pertencem a classe B, 30,77% pertencem a

classe C, 38,46% pertencem a classe D e 17,95% pertencem a classe E.

Quanto ao emprego atual, identificou-se que 60,78% dos respondentes trabalham

atualmente em setor público, enquanto 39,22% em setor privado. Segundo o Conselho Federal de

Administração, em pesquisa realizada em 2006, com dados disponíveis no site do Conselho, 25%

dos profissionais que optam pelo curso de Administração buscam um futuro mais empreendedor,

ou seja, abrir uma empresa ou até mesmo expandir seu próprio negócio.

Porém, de acordo com a presente pesquisa, observa-se que a maioria dos respondentes atua

em empresa pública. Tal fato pode ser explicado pela realidade atual do estado de Roraima, com

baixo número de indústrias e empresas de grande porte. As opções para atuação no mercado

limitam-se entre prestar concurso público, abrir um empreendimento ou atuar em micro e

pequenas empresas da região.

Importante, porém é identificar que na sociedade roraimense, efetivamente dependente do

contracheque, a identificação de 40% de empreendedores ou colaboradores de empresas privadas é

bastante significativa, demonstrando o caráter empreendedor do egresso de cursos de

administração.

Identificou-se que 24% dos respondentes formaram-se em instituições públicas, enquanto

76% concluíram sua graduação em instituições privadas. Segundo o Censo da Educação Superior

2011, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), no ano de

2011 o número de ingressantes em instituições públicas de ensino superior foi 490.680 e de o

número de concluientes foi 218.365. No que diz respeito a instituições privadas de ensino

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superior, o número de ingressantes foi 1.856.015 e o número de concluintes foi 798.348. Sendo

assim, entende-se que o resultado encontrado na pesquisa condiz com a realidade nacional.

4.1.1 Motivações para a escolha do curso

Ao se analisar as motivações para a escolha do curso, observou-se que, de acordo com os

respondentes, o amplo leque de escolhas profissionais futuras, obteve média de 4,50; vocação

obteve 4,27; maior probabilidade de ingressar na faculdade obteve 3,92; maior possibilidade de

trabalho autônomo obteve 3,80; profissão bem remunerada obteve 3,61; prestígio obteve 3,45; e

facilidade de inserção no mercado de trabalho 3,11.

Conforme pesquisa nacional realizada em 2006 pelo Conselho Federal de Administração,

25% dos ingressantes no curso de Administração optam pela profissão com o intuito de seguir um

caminho empreendedor abrindo assim sua própria empresa, ou seja, objetivando a seguir carreira

autônoma.

Porém, segundo os dados desta pesquisa a capacidade de autonomia não é a maior

motivação para a escolha do curso. De acordo com os respondentes a possibilidade de usufruir de

um amplo leque de escolhas profissionais foi o fator de maior importância. Este resultado

corrobora o estudo de Silva et al (2005), que detectou que a maior influência para a escolha do

curso parte do próprio acadêmico e seu interesse pessoal pela profissão.

Considerando-se como Educação Continuada nesta pesquisa todo curso de especialização,

mestrado, doutorado e outra graduação, questionou-se quanto a sua realização. Assim sendo,

68,18% dos respondentes possuem esta forma de formação, enquanto 31,82% não possuem.

Relacionou-se asseguir, os respondentes que cursaram pós-graduação com o tipo de instituição em

que se formaram. Observou-se uma diferença de médias estatisticamente significativas, conforme

representado na Figura 1. A média das universidades públicas é 1,0769 enquanto que das

faculdades privadas é 1,3922. Ou seja, os que mais possuem educação continuada (pós-graduação

ou outro curso) são os formados em faculdades privadas. Tal resultado torna-se confiável, pois

obteve significância de 0,031 no teste de ANOVA.

Figura 1 – Relação entre educação continuada e tipo de instituição em que se formou

Tipo de instituição em que se formou Média N Desvio Padrão

Publica 1,0769 13 ,27735

Privada 1,3922 51 ,49309

Total 1,3281 64 ,47324

Teste de ANOVA

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Soma dos Quad. df Média dos Quad. F Sig.

Educação

Continuada

* Tipo de

Institução

Entre grupos (Combinado) 1,029 1 1,029 4,880 ,031

Grupos Internos 13,080 62 ,211

Total 14,109 63

Pode-se explicar tal situação pelo fato de as faculdades privadas fazerem mais uso de

ferramentas de publicidade do que as universidades públicas. E também porque as próprias

universidades públicas não possuem um diversificado leque de opções de pós-graduação. Fez-se

também correlação entre o gênero e os que possuem educação continuada (pós-graduação ou outro

curso). Observou-se que os homens possuem mais educação continuada do que as mulheres.

Conforme o teste de ANOVA representado na figura 2. Tal teste obteve alta significância, 0,005.

Figura 2 – Relação entre gênero e os que possuem educação continuada

Educação Continuada

Gênero Média N Desvio Padrão

Masculino 1,5455 22 ,50965

Feminino 1,2045 44 ,40803

Total 1,3182 66 ,46934

Pode-se explicar tal situação pelo fato de que as mulheres possuem interesses de diferentes

tipos, tais como casamento e filhos, que podem levar ao adiamento ou mesmo abandono da

educação continuada.

4.2 Empregabilidade

4.2.1 Prazo para o ingresso no mercado

Neste item avalia-se a empregabilidade da profissão analisando o tempo entre a conclusão

acadêmica e o primeiro emprego na área. Diante disso detectou-se que dos respondentes 53,33%

já trabalhavam na área antes mesmo de se formar; 6,67% começaram a trabalhar na área com 1 a 3

meses após a conclusão do curso, o mesmo valor repete-se nos que demoraram de 3 a 6 meses;

8,89% levaram de 6 meses a 1 ano; 11,11% levaram mais de um ano e 13,33% nunca trabalharam

Teste de ANOVA

Soma dos Quad. DF Média dos Quad. F Sig.

Educação

Continuada *

Gênero

Entre grupos (Combinado) 1,705 1 1,705 8,649 ,005

Grupos Internos 12,614 64 ,197

Total 14,318 65

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na área.

De acordo com esta pesquisa, mais de 70% dos respondentes em 6 meses de conclusão já

trabalhavam na área da Administração. Porém 13,33% nunca conseguiram atuar na área. Pode-se

explicar isso como falta de vocação para exercer a profissão, o fato de estarem comprometidos

com empresa familiar exercendo nesta alguma outra função, ou até mesmo a taxa de desemprego.

Segundo Arruda e Beluco (2011), as principais razões para o desemprego no Brasil são:

Falta de qualificação e experiência; Falta de trabalho na área e concorrência; Processos seletivos

complicados/demorados/custosos; Salários baixos; Descriminação, entre outros. A lista

apresentada pelas autoras encerra com mais estas duas razões: Quer começar um negócio, mas

acha complicado e demorado; e Quer começar um negócio, mas não sabe como.

4.2.2 Formas de obtenção de emprego

Avaliou-se neste item, inicialmente, quais os fatores considerados fundamentais, para os

respondentes, na obtenção do primeiro emprego. Ser competente e possuir perfil adequado obteve

média 4,83; Ter conhecimentos e amigos com influência obteve média 3,83; o curso ter sido

concluído numa universidade/faculdade prestigiada obteve média 3,59; e Ter uma boa

classificação final de curso que obteve média 3,13. Assim sendo, ser competente e possuir perfil

adequado é considerado o fator mais determinante para obtenção do primeiro emprego. Por outro

lado, observou-se que possuir boas notas e boa classificação final não faz diferença no mercado de

trabalho.

Quanto a forma utilizada para o ingresso no emprego atual. Segundo porcentagens, tem-se

que 52,50% ingressaram por meio de concurso, 25% por meio de convite do empregador, 17,50%

por meio de entrevista e seleção, 2,50% atuam em empresa familiar e o mesmo valor também

refere-se ao ato de oferecer-se para o emprego como forma de ingressar no mesmo.

Detectando-se que 52,50% ingressaram no emprego atual por meio de concurso público,

reafirma-se o fato de a maioria dos respondentes estarem atualmente trabalhando em empresa

pública. Já 25% afirmaram que ingressaram no emprego atual por meio de convite do empregador.

Pode-se explicar a partir da hipótese de que tais empregados convidados vieram de fora do estado

de Roraima, a fim de suprir alguma deficiência no que diz respeito à falta de mão de obra

capacitada.

4.2.3 Exigências do mercado

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Quanto as exigências do mercado de trabalho atual, identificou-se como fatores mais

importantes a liderança, iniciativa e responsabilidade que obteve média 4,96; capacidade de

comunicação e relacionamento humano, que obteve média 4,94; a criatividade e eficiência na

resolução de novas situações que obteve média 4,89; a capacidade de trabalhar em equipe obteve

média 4,87; polivalência e flexibilidade, que obteve média 4,67; a experiência profissional que

obteve média 4,61; a sólida preparação teórica que obteve média 4,31. Ficando assim definido

por grau crescente de importância: Liderança, Comunicação, Criatividade, Trabalho em Equipe,

Flexibilidade, Experiência e Preparação teórica.

Zago, Souza e Bezerra (2007), corroboram que o mercado exige que seus profissionais

possuam iniciativa, criatividade, inovem processos, facilidade de raciocínio e que sejam

empreendedores, eficientes, e tenham facilidade de relacionamento em equipe e bom

relacionamento interpessoal.

Assim sendo, a presente pesquisa entra em concordância com os autores, pois observou-

se que, para os respondentes, as maiores exigências do mercado são quanto a capacidade de

liderança, comunicação, criatividade e o bom relacionamento no ambiente de trabalho. Os autores

afirmam ainda que possuir uma boa formação técnico-acadêmica é uma exigência do mercado. O

mesmo afirma Amatucci (2000) em seu estudo, assegurando que o bom embasamento teórico-

prático é determinante. Porém na pesquisa realizada, segundo os questionados, a preparação

teórica acadêmica é percebida como a menor exigência do mercado atual.

4.3 Avaliação da formação acadêmica

4.3.1 Importância das Disciplinas

Segundo os respondentes, as dez disciplinas mais importantes na matriz do curso de

Administração são: Recursos Humanos; Marketing; Administração Financeira Orçamentária;

Teorias da Administração; Contabilidade; Empreendedorismo; Matemática Financeira; Gestão de

Materiais; Direito; e Liderança.

As cinco primeiras disciplinas não causam estranheza, mas a importância ressaltada de

disciplinas como Empreendedorismo, Matemática Financeira, Gestão de Materiais e Direito e a

baixa importância percebida de disciplinas como Planejamento Estratégico, Organizações e

Métodos, disciplinas econômicas e Logística identificam que talvez exista a necessidade de

adequação do curso à realidade do mercado, ou ainda uma demanda por melhoria na qualidade da

comunicação do curso. A

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As dez disciplinas consideradas menos importantes no curso de Administração, segundo os

respondentes, são: Filosofia e Ética; Estatística; Sociologia; Economia; Matemática; Informática;

Gestão Ambiental; Marketing; Psicologia; e Tópicos Contemporâneos.

Analisando as dez disciplinas menos importantes estão Filosofia, Ética, Sociologia e

Psicologia. Tais disciplinas são ministradas, em geral, no início do curso, assim sendo, podem ser

consideradas menos importantes pelo fato de os ingressantes na graduação esperarem se deparar

com conteúdos puramente administrativos e não disciplinas gerais; A disciplina de Economia

também foi avaliada como menos importante, explica-se tal situação pelo fato de muitas vezes, a

mesma, ter cunho histórico, sendo assim pode-se tornar uma disciplina distante da realidade do

mercado sem a devida aplicação prática do que é estudado em sala de aula;

Quanto a Estatística e Matemática, também citadas, tal resultado pode estar conectado à

própria deficiência da formação básica dos acadêmicos quanto a ciências exatas. Ambas as

disciplinas, se bem compreendidas, são ferramentas de auxílio diário das atividades do

administrador, portanto não deveriam ser consideradas menos importantes; No que diz respeito à

disciplina de Informática, o fato de ser avaliada como menos importante pode dever-se ao a

própria ementa da disciplina em algumas instituições.

Pois a mesma contém assuntos relativamente básicos e compreendidos por todos, sendo

assim, não há novidade do ensino; Quanto a Marketing, pode-se explicar considerando que

60,78% dos respondentes atuam atualmente em empresas públicas, onde os ensinos de Marketing

podem não ser aplicados, sendo assim tornaram-se menos importantes; E quanto à disciplina de

Gestão Ambiental, a mesma pode ter sido avaliada como menos importante, pois seus ensinos

estão distantes da realidade capitalista do mercado, ou seja, a preocupação das empresas com o

meio ambiente é analisada pelos próprios acadêmicos como marketing e não como ação de cunho

de social.

Silva et al (2005), corroboram em sua pesquisa que as áreas de maior interesse para os

acadêmicos de graduação em Administração, são: Recursos Humanos; Marketing; Finanças

(Administração Financeira); Sistemas de Informação; Logística; Gestão Hospitalar; Administração

Pública; e Gestão da Produção.

Comparando o estudo dos autores com esta pesquisa há concordância no que tange que as

seguintes disciplinas como de maior interesse e mais importantes: Recursos Humanos; Marketing

e Finanças (Administração Financeira).

4.3.2 Avaliação da graduação

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No que tange a avaliação do curso, diversos aspectos da atividade de ensino aprendizagem

foram verificadas, sendo o empenho dos professores, a clareza como os mesmos apresentavam os

conteúdose; a relação das teorias ministradas à realidade do mercado de trabalho foram os

aspectos melhor avaliados, respectivamente médias de 4,27 e 4,19 e 3,91, enquanto a realização de

trabalhos práticos (3,76); a utilidade dos conteúdos para o ingresso no mercado de trabalho (3,64),

a oportunidade de realizar pesquisas científicas (3,49) e em especial a possibilidade de publicação

científica (3,05) obtiveram aas piores médias.

No intuito de reduzir-se o número de variáveis em estudo, fez-se uma análise fatorial

exploratória deste conjunto de vertentes. O teste KMO de adequação apresentou resultado

satisfatório com valor de 0,574, o teste de esfericidade de Bartlett também mostrou-se adequado

com Chi-quadrado de 70,126 e alta significância estatística.

Fatorou-se assim todas as variáveis do estudo em um único fator, denominado nota do

curso. As variáveis utilizadas no fator foram: Publicação com carga fatorial 0,725; Trabalhos de

campo com 0,708; Pesquisa científica com 0,682; Relação teoria/prática 0,597; Conteúdos

suficientes com 0,570; Clareza do conteúdo com 0,563; e Esclarecimento de dúvidas com 0,529,

conforme a Figura 3.

Figura 3 - Fatoração da avaliação do curso

Teste KMO e Bartlett

Medida de Adequação Amostral de Kaiser-Meyer-Olkin ,574

Teste de esfericidade de Bartlett

Aprox. Chiquadrado 70,126

DF 21

Sig. ,000

Componentes da Matriz

Componentes

Nota do Curso

Publicação ,725

Trabalhos de campo ,708

Pesquisas científicas ,682

Relação teoria/prática ,597

Conteúdos suficientes ,570

Clareza dos conteúdos ,563

Esclarecimento de dúvidas ,529

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Método de Extração: Análise dos principais componentes.

Relacionou-se ainda os dados de avaliação do curso com o tipo de instituição em que os

respondentes se formaram. Com tal correlação observou-se que a maior satisfação com o curso

provém dos respondentes de ensino privado.

Figura 4 – Relação entre nota do curso e tipo de instituição

Tipo de instituição em que se formou Média N Desvio Padrão

Pública 3,3929 12 ,80611

Privada 3,9853 38 ,50459

Total 3,8431 50 ,63518

A média das universidades públicas é 3,3929 enquanto que das faculdades privadas é de

3,9853. Conforme Figura 4. A Figura 5 representa estes percentuais. As instituições públicas

obtiveram percentual 3,3929 e as instituições privadas 3,9853.

Figura 5 – Nota do curso e tipo de instituição

Analisando-se ainda a avaliação dos cursos de instituições privadas e públicas realizou-se

uma série de comparações de média, submetidas a análise de ANOVA, que apresentaram

Teste de ANOVA

Soma dos quad. df Média dos Quad. F Sig.

Avaliação do

curso * Tipo

de instituição

Entre grupos (Combinado) 3,201 1 3,201 9,273 ,004

Grupos internos 16,568 48 ,345

Total 19,769 49

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significância para as variáveis Trabalhos de campo com significância de 0,013; Conteúdos

suficientes com significância de 0,036; Educação continuada com significância de 0,031;

Prestígio com significância de 0,018; Emprego atual com significância de 0,010; e Avaliação do

curso com significância de 0,004,conforme figura 6.

Figura 6 – Relação entre o tipo de instituição e a avaliação do curso

Soma dos

Quadrados df

Média dos

Quadrados F Sig.

Trabalhos de campo * Tipo de instituição 10,991 1 10,991 6,756 ,013

Conteúdos suficientes * Tipo de instituição 4,379 1 4,379 4,696 ,036

Educação continuada * Tipo de instituição 1,029 1 1,029 4,880 ,031

Prestígio * Tipo de instituição 8,147 1 8,147 6,191 ,018

Emprego atual * Tipo de instituição 1,583 1 1,583 7,296 ,010

Avaliação do curso * Tipo de instituição 3,201 1 3,201 9,273 ,004

Com a realização de tal correlação observou-se que em todas as variáveis que compõem a

avaliação do curso de Administração analisadas, as instituições (faculdades) privadas foram

melhores avaliadas.

As instituições privadas foram avaliadas com tais percentuais: campo com 4,14; conteúdos

com 3,88; prestígio com 3,67; educação continuada com 1,39; emprego atual com 1,50; e nota

curso (avaliação da graduação) com 3,99. De forma que as instituições públicas receberam

avaliação inferior em todos os fatores. A Figura 7 representa tais resultados.

Figura 7 – Tipo de instituição e variáveis componentes da avaliação do curso

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Tal resultado afirma que as faculdades privadas estão atendendo melhor seus clientes.

Diante disso, tenta-se entender tal situação com algumas hipóteses. Entre elas destaca-se que das

universidades públicas espera-se um alto nível, ou seja, há grandes expectativas quanto ao ensino,

os professores, a atualização dos conteúdos, entre outros fatores.

Quanto maior a expectativa, maior torna-se a frustração e decepção. Por outro lado, em

uma faculdade particular, é provável que não haja o mesmo nível de exigência de uma instituição

pública, de forma que quando o acadêmico depara-se com a organização e bom desenvolvimento

da faculdade privada todas suas expectativas são superadas. É possível também que este resultado

reflita a desconexão entre o ensino das universidades públicas com a realidade profissional, que é

mais bem aplicado nas faculdades privadas. Tais explicações são de cunho hipotético, a fim de

tentar explicar os resultados obtidos pela pesquisa. Porém há estudos que comprovam o fato de as

faculdades particulares serem mais bem avaliadas do que as públicas.

Siqueira e Carvalho (2006) analisaram em seu estudo três vertentes, são elas: percepção

global de qualidade; dimensões educacionais – confiabilidade, presteza, competência, acesso,

cortesia, comunicação, credibilidade, segurança, discernimento e tangíveis; e a satisfação dos

estudantes. Nas duas primeiras vertentes a análise dos autores identificou melhor avaliação para o

ensino privado. Na vertente das dimensões, obtiveram melhores avaliações em instituições

privadas tais dimensões: confiabilidade, presteza, professores e tangíveis.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Este trabalho teve por objetivo geral analisar a contribuição da formação acadêmica para o

administrador. Para tal, identificou-se o perfil socioeconômico do administrador, analisou-se as

percepções dos respondentes quanto ao mercado de trabalho e a avaliação dos egressos quanto a

sua formação.

Quanto ao perfil socioeconômico do administrador, identificou-se que o respondente típico

é mulher, de até 34 anos, casada e pertencente a classe D. Identificou-se ainda que os respondentes

trabalham atualmente em setor público. Quanto à formação, observou-se que há maior quantitativo

de graduados no próprio estado de Roraima e em instituições de ensino superior privadas, que

ingressaram no curso no período de 2001 a 2005, período em que as instituições privadas de

ensino superior chegaram ao estado de Roraima.

Ainda quanto ao perfil dos respondentes, observou-se que a maior motivação que leva a

escolha do curso de Administração, advêm do fato de o mesmo oferecer um amplo leque de

escolhas profissionais futuras e também por questões relacionadas à vocação do acadêmico para

seguir a profissão. Motivos como o prestígio da profissão e a facilidade de inserção no mercado,

não foram considerados relevantes.

No que diz respeito à educação continuada (pós-graduação ou outro curso) dos

respondentes, identificou-se que mais da metade possui. Sendo que os formados em instituições

privadas foram os que mais optaram por continuar frequentando as salas de aula. Tal resultado

leva a considerar que as faculdades privadas investem mais em divulgação dos seus cursos de pós-

graduação que as universidades públicas.

Os homens prevalecem na educação continuada como maioria. Tal fenômeno pode ser

explicado por uma eventual diferença de interesses entre homens e mulheres, em especial no que

se refere à casamento e família.

Quanto à análise das percepções dos respondentes quanto ao mercado de trabalho,

identificou-se que a empregabilidade da profissão é alta. Os respondentes identificaram que ser

competente e possuir perfil adequado é considerado como fator determinante para obtenção do

primeiro emprego. Boas notas no curso não tem importância para o ingresso no primeiro emprego

na área da administração e curiosamente, ter sólida preparação teórica não foi analisado como uma

exigência do mercado.

Diante de tal resultado questiona-se se as instituições de ensino superior dão conta de forjar

tal perfil ou se a preocupação das mesmas limita-se somente a teoria. Por outro lado, cabe analisar

se é papel das instituições forjar este perfil ou se isso é intrínseco da personalidade de cada um.

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No que tange a análise da avaliação dos egressos quanto a sua formação, identificou-se que

as disciplinas tradicionais do curso estão entre as mais importantes, porém entre estas,

Empreendedorismo, também foi incluído. Considerando que a possibilidade de trabalho autônomo

da profissão ficou em 4º lugar no ranking de motivações para escolha do curso, surpreende-se o

fato da disciplina de Empreendedorismo ser considerada uma das mais importantes.

Já disciplinas clássicas da formação, ao lado de Matemática, Informática, Gestão

Ambiental e Marketing foram avaliadas como menos importantes. Dado que as disciplinas

clássicas são ofertadas no início do curso, momento em que os ingressantes esperam deparar-se

com conteúdos puramente administrativos, assim sendo, há resistência quanto à importância das

mesmas.

Porém, o fato de Marketing e Economia serem avaliadas como menos importantes gera

estranheza, pois ambas as disciplinas fazem parte da matriz de disciplinas básicos do curso. No

caso de Marketing, é pura administração sendo avaliada como sem importância. Já que mais da

metade dos respondentes atuam no setor público, entende-se que, por serem funcionários públicos,

não utilizem conhecimentos de marketing (venda, ciclo de vida do produto, etc.), sendo assim não

consideram a disciplina como sendo importante para formação.

Na avaliação do curso de Administração identifica-se grande satisfação dos egressos

quanto aos professores, sua disponibilidade e didática. No que diz respeito à relação teórico-

prática e trabalhos de campo, assim como quanto aos conteúdos ministrados não há grande

satisfação. As vertentes pior avaliadas dizem respeito à pesquisa científico–acadêmica. Afirma-se

que não há motivação, da parte dos docentes, para realização das mesmas, muito menos para

publicação.

Concluiu-se que os mais satisfeitos com sua formação são os respondentes que concluíram

seu curso em instituições privadas de ensino superior. Tal situação pode ser devida ao fato de

esperar-se mais do ensino público. A expectativa é proporcional à frustração e decepção. Já nas

instituições privadas, não exige-se o mesmo nível de qualidade que o exigido de uma pública.

Assim sendo, há uma aparente superação das expectativas por parte dos acadêmicos. Pode-se

afirmar também, que a má avaliação das universidades públicas pode dever-se as greves, que são

inexistentes no ensino privada.

Recomenda-se para estudos futuros que a mesma pesquisa seja realizada com todos os

administradores, mesmo aqueles que não possuem registro no Conselho Regional de

Administração de Roraima (CRA/RR). Outras oportunidades para desenvolvimento desta pesquisa

são: a inclusão de questão sobre a satisfação dos administradores com o CRA/RR, a realização de

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estudo comparativo com outras regiões (Amazônia e regiões centrais do país), a realização de

estudos qualitativos que levem ao entendimento do porque de as instituições privadas serem mais

bem avaliadas do que as públicas, e também estudos que levem a determinar quais as disciplinas

mais e menos importantes do curso de graduação em Administração.

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