A Cidade e as Serras - Resumo Por Capítulo

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Resumo, capítulo a capítulo, do livro A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós, exigido pelo FUVEST, o vestibular da USP. Mais em: resumoporcapitulo.com.br

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A Cidade e as Serras: Resumo por Capí tulo Paráfrase da obra “A Cidade e as Serras” de Eça de Queirós, por Bruno Cardoso

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ÍNDICE CAPÍTULO 1 2

CAPÍTULO 2 3

CAPÍTULO 3 4

CAPÍTULO 4 4

CAPÍTULO 5 6

CAPÍTULO 6 6

CAPÍTULO 7 7

CAPÍTULO 8 8

CAPÍTULO 9 8

CAPÍTULO 10 9

CAPÍTULO 11 10

CAPÍTULO 12 10

CAPÍTULO 13 10

CAPÍTULO 14 10

CAPÍTULO 15 11

CAPÍTULO 16 11

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CAPÍTULO 1 O narrador apresenta seu amigo Jacinto, cuja família tem origem portuguesa e em Portugal

mantém propriedades agrícolas que proporcionam uma renda estável. No entanto Jacinto

vive desde sempre em Paris.

A transferência dos “Jacintos” para França é narrada como consequência do desfecho da

Guerra Civil Portuguesa (primeira metade do séc. XIX): o avô de Jacinto, fidalgo Jacinto

Galião, era leal (sem nenhuma séria motivação) a d. Miguel e, quando este foi exilado,

aquele o seguiu.

Essa mudança para Paris já acompanhou seu filho Cintinho, garoto doentio que passou pela

vida, “como uma sombra”. Ao morrer tuberculoso nasceu o Jacinto amigo do narrador -

parece que será importante perceber a ausência da figura do pai para este personagem...

Voltando à descrição do personagem central do capítulo, Jacinto, é ressaltada sua boa-sorte

em todos os sentidos: destaque no colégio, cercado de amizades “puras e certas”, praticou o

amor de forma livre - “só experimentou o mel”, dedicava-se à filosofia... E sempre o mundo

parecia estar ao seu favor! Era alguém invejável. “O Príncipe da Grã-Ventura”.

Neste ponto o narrador rapidamente se identifica como José Fernandes, português

erradicado na França para concluir seus estudos, após ter sido expulso de sua Universidade

por motivos grotescos.

Em seguida volta a tratar de Jacinto e sua filosofia de vida, seus conceitos: ele acreditava que

somente as ideias, as técnicas, a supremacia do homem sobre a natureza e, sobretudo, a

cidade - “não há senão a cidade!” - poderiam propiciar a verdadeira felicidade. Observando

a vida no campo como uma entrega irracional e infeliz aos instintos primitivos - nutrição e

procriação. O narrador confidencia uma visão crítica à esses ideais de Jacinto, no entanto

afirma nunca a revelou a ele pois “nunca desalojaria um espírito do conceito onde ele

encontra segurança, disciplina e motivo de energia”.

Ainda explorando o modo “Jacíntico” de vida, o narrador relata um breve passeio a uma

floresta em que Jacinto se sentiu obviamente desconfortável.

O grande contraponto do capítulo é quando o narrador recebe uma carta de seu tio Afonso

Fernandes para que volte à sua terra natal para cuidar de suas propriedades, já que não tinha

mais forças para fazê-lo. Por sete anos José Fernandes, atraído inicialmente pela sopa

dourada da tia Vicência, se entrega à vida no campo, tão maldita por Jacinto, que viu a

partida de seu amigo como um atestado de óbito. Após esse tempo, em que viveu muito

atarefado e nem deu atenção aos livros de direito que levou consigo pensando em manter

algum estudo, Zé Fernandes vê a morte de seu tio Afonso, o casamento de sua afilhada

Joaninha e retorna a Paris.

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CAPÍTULO 2

De volta a Paris o narrador encontra Jacinto mantendo os mesmos padrões de elegância,

mas sempre ressalta algo de desgastado na vivacidade do amigo - “levemente curvado”, “riso

descorado”, “corcovava”, “cansado”, “olhar desconsolado”.

Chegando à residência de Jacinto, Campos Elísios, 202, encontra tudo em seu lugar de sete

anos antes, com exceção a algumas inovações tecnológicas: um elevador, a eletricidade, o ar

aquecido, o telégrafo, o conferençofone... Tais inovações o espantam. Quando comenta

com Jacinto sobre a volta à “civilização”, não é possível ter certeza de um tom de admiração

ou sarcástico, de quem vê pouca utilidade em tantos trecos. É evidente no próprio Jacinto

certo sentimento da irrelevância daquilo tudo.

Ainda na descrição dos itens da casa é recorrente o uso de figuras típicas do campo para

designar cores, formas ou do destaque à matéria prima utilizada na produção dos aparelhos

- “estantes monumentais, todas de ébano”, “um verde profundo de folha de louro”,

“cordões túmidos... à maneira de cobras assustadas” - enfocando o fato de que tudo que ali

estava era originário da natureza controlada pelo homem - “a natureza convergia

disciplinada ao meu amigo”.

Em seguida José Fernandes é convidado para permanecer e jantar com demais convidados -

um psicólogo feminista e um pintor mítico. De início recusa-se, mas aceita ao menos

conhecer a sala de jantar. Lá tem contato com os diversos pratos, formas de servir e demais

aparatos que se contrapõem totalmente ao que viveu em seus últimos sete anos. Destaque

especial para as diversas águas - carbonatadas, fosfatadas, esterelizadas... - que, no entanto,

não agradam nenhuma a Jacinto, que ainda reclama sofrer de sede.

O narrador vai embora, então, ressaltando as “maravilhas” vividas por Jacinto, o

considerando realizado pela “felicidade perfeita”. Esta constatação do autor, no entanto,

não converge com a narração por ele mesmo feita do comportamento de seu amigo... Pura

ironia.

CAPÍTULO 3

José Fernandes, que aceita o convite para morar junto a Jacinto, continua a descrever a

rotina de seu amigo, sempre destacando as tecnologias inovadoras que ele utiliza e a

incongruente apatia que este sente em relação a elas - tudo é “uma seca”, “uma maçada”.

Jacinto inclusive assume, em alguns momentos, seu claro descontentamento com a própria

cidade, que antes tanto admirava - “É feio, muito feio!”.

Um tubo do sofisticado lavatório do 202 se rompe jorrando água fervente por toda casa,

que expele vapor e logo é cercada por polícia e curiosos. O incidente se torna a notícia do

dia, o que pode ser visto como uma crítica à futilidade da imprensa da época. Da imprensa

e da “sociedade” também, representada por uma senhora que visita a casa à procura de

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vestígios da desgraça - “Estou morrendo por admirar as ruínas!”. Nada muito diferente do

que hoje se tem: o gosto pela desgraça alheia, pela tragédia.

Ainda neste capítulo o narrador questiona a vida amorosa de Jacinto, que revela manter

cortesãs na cidade, mas não se envolver muito com elas. Tal trecho suscita dúvidas quanto

ao comportamento sexual de Jacinto. É necessário acompanhar os próximos capítulos: será

que ele é? Ah, vale também notar que por diversas vezes o narrador trata Jacinto como

“meu Príncipe”... Teoricamente em alusão ao título de “Príncipe da Grã-Ventura”, mas não

cola!

Por fim, Jacinto decide o passeio que farão no domingo: vão ao Jardim das Plantas para

verem a girafa! Um passeio “simples e natural”.

CAPÍTULO 4

A narração dos acontecimentos em uma festa no 202 se foca em caracterizar a sociedade

parisiense, seus assuntos, seus personagens, suas futilidades. Tal festa era realizada a pedido

do grão-duque, que pescara um peixe raro o qual desejava cear.

A organização da festa já se inicia...

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