A Cidade e as Serras - Resumo Por Capítulo
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A Cidade e as Serras: Resumo por Capí tulo Paráfrase da obra “A Cidade e as Serras” de Eça de Queirós, por Bruno Cardoso
Todos os direitos reservados.
© 2014 ResumoPorCapítulo.com.br
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ÍNDICE CAPÍTULO 1 2
CAPÍTULO 2 3
CAPÍTULO 3 4
CAPÍTULO 4 4
CAPÍTULO 5 6
CAPÍTULO 6 6
CAPÍTULO 7 7
CAPÍTULO 8 8
CAPÍTULO 9 8
CAPÍTULO 10 9
CAPÍTULO 11 10
CAPÍTULO 12 10
CAPÍTULO 13 10
CAPÍTULO 14 10
CAPÍTULO 15 11
CAPÍTULO 16 11
A CIDADE E AS SERRAS: RESUMO POR CAPÍTULO Copia exclusiva: Scribd
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CAPÍTULO 1 O narrador apresenta seu amigo Jacinto, cuja família tem origem portuguesa e em Portugal
mantém propriedades agrícolas que proporcionam uma renda estável. No entanto Jacinto
vive desde sempre em Paris.
A transferência dos “Jacintos” para França é narrada como consequência do desfecho da
Guerra Civil Portuguesa (primeira metade do séc. XIX): o avô de Jacinto, fidalgo Jacinto
Galião, era leal (sem nenhuma séria motivação) a d. Miguel e, quando este foi exilado,
aquele o seguiu.
Essa mudança para Paris já acompanhou seu filho Cintinho, garoto doentio que passou pela
vida, “como uma sombra”. Ao morrer tuberculoso nasceu o Jacinto amigo do narrador -
parece que será importante perceber a ausência da figura do pai para este personagem...
Voltando à descrição do personagem central do capítulo, Jacinto, é ressaltada sua boa-sorte
em todos os sentidos: destaque no colégio, cercado de amizades “puras e certas”, praticou o
amor de forma livre - “só experimentou o mel”, dedicava-se à filosofia... E sempre o mundo
parecia estar ao seu favor! Era alguém invejável. “O Príncipe da Grã-Ventura”.
Neste ponto o narrador rapidamente se identifica como José Fernandes, português
erradicado na França para concluir seus estudos, após ter sido expulso de sua Universidade
por motivos grotescos.
Em seguida volta a tratar de Jacinto e sua filosofia de vida, seus conceitos: ele acreditava que
somente as ideias, as técnicas, a supremacia do homem sobre a natureza e, sobretudo, a
cidade - “não há senão a cidade!” - poderiam propiciar a verdadeira felicidade. Observando
a vida no campo como uma entrega irracional e infeliz aos instintos primitivos - nutrição e
procriação. O narrador confidencia uma visão crítica à esses ideais de Jacinto, no entanto
afirma nunca a revelou a ele pois “nunca desalojaria um espírito do conceito onde ele
encontra segurança, disciplina e motivo de energia”.
Ainda explorando o modo “Jacíntico” de vida, o narrador relata um breve passeio a uma
floresta em que Jacinto se sentiu obviamente desconfortável.
O grande contraponto do capítulo é quando o narrador recebe uma carta de seu tio Afonso
Fernandes para que volte à sua terra natal para cuidar de suas propriedades, já que não tinha
mais forças para fazê-lo. Por sete anos José Fernandes, atraído inicialmente pela sopa
dourada da tia Vicência, se entrega à vida no campo, tão maldita por Jacinto, que viu a
partida de seu amigo como um atestado de óbito. Após esse tempo, em que viveu muito
atarefado e nem deu atenção aos livros de direito que levou consigo pensando em manter
algum estudo, Zé Fernandes vê a morte de seu tio Afonso, o casamento de sua afilhada
Joaninha e retorna a Paris.
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CAPÍTULO 2
De volta a Paris o narrador encontra Jacinto mantendo os mesmos padrões de elegância,
mas sempre ressalta algo de desgastado na vivacidade do amigo - “levemente curvado”, “riso
descorado”, “corcovava”, “cansado”, “olhar desconsolado”.
Chegando à residência de Jacinto, Campos Elísios, 202, encontra tudo em seu lugar de sete
anos antes, com exceção a algumas inovações tecnológicas: um elevador, a eletricidade, o ar
aquecido, o telégrafo, o conferençofone... Tais inovações o espantam. Quando comenta
com Jacinto sobre a volta à “civilização”, não é possível ter certeza de um tom de admiração
ou sarcástico, de quem vê pouca utilidade em tantos trecos. É evidente no próprio Jacinto
certo sentimento da irrelevância daquilo tudo.
Ainda na descrição dos itens da casa é recorrente o uso de figuras típicas do campo para
designar cores, formas ou do destaque à matéria prima utilizada na produção dos aparelhos
- “estantes monumentais, todas de ébano”, “um verde profundo de folha de louro”,
“cordões túmidos... à maneira de cobras assustadas” - enfocando o fato de que tudo que ali
estava era originário da natureza controlada pelo homem - “a natureza convergia
disciplinada ao meu amigo”.
Em seguida José Fernandes é convidado para permanecer e jantar com demais convidados -
um psicólogo feminista e um pintor mítico. De início recusa-se, mas aceita ao menos
conhecer a sala de jantar. Lá tem contato com os diversos pratos, formas de servir e demais
aparatos que se contrapõem totalmente ao que viveu em seus últimos sete anos. Destaque
especial para as diversas águas - carbonatadas, fosfatadas, esterelizadas... - que, no entanto,
não agradam nenhuma a Jacinto, que ainda reclama sofrer de sede.
O narrador vai embora, então, ressaltando as “maravilhas” vividas por Jacinto, o
considerando realizado pela “felicidade perfeita”. Esta constatação do autor, no entanto,
não converge com a narração por ele mesmo feita do comportamento de seu amigo... Pura
ironia.
CAPÍTULO 3
José Fernandes, que aceita o convite para morar junto a Jacinto, continua a descrever a
rotina de seu amigo, sempre destacando as tecnologias inovadoras que ele utiliza e a
incongruente apatia que este sente em relação a elas - tudo é “uma seca”, “uma maçada”.
Jacinto inclusive assume, em alguns momentos, seu claro descontentamento com a própria
cidade, que antes tanto admirava - “É feio, muito feio!”.
Um tubo do sofisticado lavatório do 202 se rompe jorrando água fervente por toda casa,
que expele vapor e logo é cercada por polícia e curiosos. O incidente se torna a notícia do
dia, o que pode ser visto como uma crítica à futilidade da imprensa da época. Da imprensa
e da “sociedade” também, representada por uma senhora que visita a casa à procura de
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vestígios da desgraça - “Estou morrendo por admirar as ruínas!”. Nada muito diferente do
que hoje se tem: o gosto pela desgraça alheia, pela tragédia.
Ainda neste capítulo o narrador questiona a vida amorosa de Jacinto, que revela manter
cortesãs na cidade, mas não se envolver muito com elas. Tal trecho suscita dúvidas quanto
ao comportamento sexual de Jacinto. É necessário acompanhar os próximos capítulos: será
que ele é? Ah, vale também notar que por diversas vezes o narrador trata Jacinto como
“meu Príncipe”... Teoricamente em alusão ao título de “Príncipe da Grã-Ventura”, mas não
cola!
Por fim, Jacinto decide o passeio que farão no domingo: vão ao Jardim das Plantas para
verem a girafa! Um passeio “simples e natural”.
CAPÍTULO 4
A narração dos acontecimentos em uma festa no 202 se foca em caracterizar a sociedade
parisiense, seus assuntos, seus personagens, suas futilidades. Tal festa era realizada a pedido
do grão-duque, que pescara um peixe raro o qual desejava cear.
A organização da festa já se inicia...
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