A Cidade e as Serras 3ª B - 2013

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E. E. “Profa. Irene Dias Ribeiro” Disciplina: Língua Portuguesa Alunos: Marlon e Fernanda 3ª Série B 2013

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Seminário apresentado na E. E. Profa. Irene Dias Ribeiro, em Ribeirão Preto - 2013.

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E. E. “Profa. Irene Dias Ribeiro”

Disciplina: Língua Portuguesa

Alunos: Marlon e Fernanda 3ª Série B

2013

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A Cidade e as Serras

Eça de Queirós

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•Biografia

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Eça de Queirós

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Eça de Queiroz (1845-1900) nasceu no dia 25 de novembro, na cidade de Póvoa de Varzim, Portugal.

Ingressou em 1861 na Universidade de Coimbra, onde em 1866 se formou em Direito. Exerceu a advocacia e o jornalismo em Lisboa.

Em 1867 dirigiu na cidade de Évora, o jornal de oposição O Distrito de Évora. Voltou para Lisboa e revelou-se como escritor no folhetim da Gazeta de Portugal. Em 1869, assistiu a inauguração do canal de Suez, no Egito. Em 1870, com a colaboração do escritor Ramalho Ortigão, escreveu o romance policial "O Mistério da Estrada de Sintra", e em 1871 "As Farpas", sátiras à vida social, publicadas em fascículos.

 

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Eça de Queiroz casou-se com Emília de Castro Pamplona Resende, em 1886. O casal teve dois filhos, Maria e José Maria. 

Surge então uma nova fase literária, em que Eça deixa transparecer uma descrença no progresso. Manifesta a valorização das virtudes nacionais e a saudade da vida no campo. É o momento dos romances "A Ilustre Casa de Ramires" e "A Cidade e as Serras", e o conto "Suave Milagre" e as biografias religiosas.

José Maria Eça de Queiroz morreu em Paris, no dia 16 de agosto de 1900.

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Entre as obras do autor, destacam-se:- O Crime do Padre Amaro (1876);- O Primo Basílio (1878); - Os Maias (1888); - Fraternidade (1890); - As Minas de Salomão (1891); - Um Génio que era um Santo (1896); - A Duse (1898); - A Correspondência de Fradique Mendes (1900);- A Ilustre Casa de Ramires (1900); - A Cidade e as Serras (1900); - Episódios da Vida Romântica; - Eusébio Macário;

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•Resumo do enredo

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O narrador apresenta seu amigo Jacinto, cuja família tem origem portuguesa e em Portugal mantém propriedades agrícolas que proporcionam uma renda estável. No entanto Jacinto vive desde sempre em Paris.

A transferência dos “Jacintos” para França é narrada como conseqüência do desfecho da Guerra Civil Portuguesa (primeira metade do séc. XIX): o avô de Jacinto, fidalgo Jacinto Galeão, era leal (por motivos visíveis) a D. Miguel e quando este foi exilado aquele o seguiu. 

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Essa mudança para Paris já acompanhou seu filho Cintinho, garoto doentio que casou-se com a filha de um desembargador e dessa união nasceu o famoso Jacinto de Tormes um menino muito inteligente superior aos outros , cercado de amizades “puras e certas”, praticou o amor de forma livre - “só experimentou o mel”, dedicava-se à filosofia... E sempre o mundo parecia estar ao seu favor... era alguém invejável. “O Príncipe da Grã-Ventura”.

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Nas escolas do bairro latino Jacinto de Tormes conhece o personagem narrador José Fernandes,  o narrador recebe uma carta de seu tio Afonso Fernandes para que volte à sua terra natal para cuidar de suas propriedades, já que não tinha mais forças para fazê-lo, José Fernandes se entrega à vida no campo e depois de sete anos volta para paris e reencontra seu amigo jacinto, Chegando à residência de Jacinto, Campos Elísios, 202, encontra tudo em seu lugar de sete anos antes, com exceção à algumas inovações tecnológicas: um elevador, a eletricidade, o ar aquecido, o telégrafo.E tais inovações o espantam.

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Jacinto convida José Fernandes a morar com ele no 202, José Fernandes, que aceita o convite para morar junto a Jacinto, continua a descrever a rotina de seu amigo, sempre destacando as tecnologias inovadoras que ele utiliza e a incongruente apatia que este sente em relação a elas - tudo é “uma seca”, “uma maçada”. Jacinto inclusive assume, em alguns momentos, seu claro descontentamento com a própria cidade, que antes tanto admirava - “É feio, muito feio!”.

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Jacinto recebe de Portugal a notícia de que uma de suas terras sofreu um deslizamento que cobrira uma igrejinha que guardava os restos mortais de seus avós. Ele decide, então, que deve ser gasto todo dinheiro necessário para recuperar tudo que foi danificado. Jacinto informa a Zé Fernandes que partirão para Tormes, onde ficam suas terras em Portugal.

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Jacinto recebera a notícia que a igrejinha fora reconstruída e decidiu que acompanharia o traslado dos restos mortais de seus antepassados para lá. Chegando em Portugal jacinto se apaixona com a vida no campo e decidi ficar por lá, jacinto então acostumado com a civilização decide construí em Tormes o que tinha aprendido em paris , Jacinto se choca por nunca ter imaginado que em um lugar tão belo como aquele poderia haver tanta miséria.

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Decide, então, empenhar esforços e dinheiro para mudar aquela realidade: construir novas casas, contratar médicos, aumentar salários, escola, uma farmácia, uma biblioteca e até uma sala de projeções em suas terras, para trazer cultura para aquele lugar. E todas obras da construção de seu “reinado” mexem com a economia local, tanto que Jacinto começa a ser visto como um benfeitor, quase um santo, pelos moradores da região. Alguns até o imaginam ocupando facilmente um cargo político.

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Jacinto se apaixona pela prima de José Fernandes e se casa com ela, cinco anos depois já se encontrava com dois filhos, Terezinha e jacintinho e se tornara um pai responsável, cuidando com zelo de suas propriedades que um dia serviriam a seus descendentes, Terezinha e jacintinho carregava nas mãos uma pequena bandeira que chamava de “bandeira do castelo”, que o narrador logo associou à idéia de um castelo montado por Jacinto, seu “príncipe da Grã-Ventura”, na “natureza campestre e mansa”, “tão longe de amarguradas desilusões e de falsas delícias”.

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•PERSONAGENS

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Jacinto de Tormes:o filho de uma família de fidalgos portugueses, mas nascido e criado em Paris.Um homem extremamente forte e rico, tinha 23 anos, era um rapaz notável, muito inteligente. Trajava-se com esmero, de roupa fina e flor no peito. Era narigudo, com cabelos crespos e bigodes bem tratados, é chamado de “Príncipe da Grã-Ventura

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José Fernandes: Personagem narrador amigo de Jacinto deis de o tempo da escola.

Cintinho: Pai de Jacinto uma pessoa frágil, doente e temperamento sombrio.

Joaninha: Prima de Zé Fernandes, camponesa, portuguesa rústica e saudável.

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D.Galeão: Avô de Jacinto, um homem gordo e rico.

Dona Angelina: Mulher de D. Galeão.

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•TEMPO:

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Cronológico:O tempo predominante é o cronológico pois o texto nos da algumas datas. Ex como:

“1851- Quando Cintinho pai de Jacinto morre e logo após sua morte Jacinto nasce, para sem mais exato três meses e três dias após a morte do pai.”

Também temos a seqüência de informações como: A partir de Paris volta definitiva para Portugal sobre o exílio do avô, nascimento Jacinto e a amizade com o narrador. -Narrativa flashback (Narrativa Testemunhal).

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Psicológico: O personagem principal passa por uma grande transformação pois ele tem uma idéia fixa que: “O Homem só é superiormente feliz quando é superiormente civilizado”. Mas a tese defendida por Jacinto passa por uma transformação quando ele começa a se sentir infeliz na cidade de Paris ou seja no meio (urbano), e encontra a felicidade perdida no (campo, no meio rural, nas serras, na cidade Natal de seus antepassados).

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•Espaço

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Palácio em Paris: ‘’Mas o palácio onde Jacinto nascera , e onde sempre habitara, era em paris, nos Campos Elísios, n° 202’’.

Era na verdade ( a cidade). Portugal (Tormes): ‘’ Com que brilho e

inspiração copiosa a compuseira o divino Artista que faz as serras, e que tanto as cuidou, e tão ricamente as dotou neste seu Portugal bem amado’’.

‘’ Em todo o torrão, de cada fenda brotavam flores silvestres’’.

Era na verdade ( as serras).

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•FOCO NARRATIVO

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Escrito em primeira pessoa, “A Cidade e as Serras”, como a maioria dos romances de Eça de Queirós, há um narrador-personagem, José Fernandes o qual não se confunde com o protagonista da obra.

Nos primeiros parágrafos do livro o narrador em vez de apresentar-se ao leitor, coloca-se em segundo plano para apresentar toda a descendência dos de Tormes, até aparecer a figura de Jacinto.

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•Estilo

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Eça de Queirós deixa marcado seus traços pessoais nas suas obras, como por exemplo, sua ironia corrosiva, seu forte pessimismo social, sua espontaneidade e o emprego de estrangeirismos ‘’Ao meu lado um velho, encolhido na alta gola dum macfarlane’’. Como realista ele pretendia somente retratar a realidade, sem falso moralismo por exemplo quando compara a cidade e as serras.

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•Verossimilhança:

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A Cidade representa o caos, barulho, confusão pessoas que vivem através das tecnologias.

As Serras representa a tranqüilidade, um lugar pleno e gostoso de si viver.

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•Conclusão

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“A Cidade e as Serras” fala sobre à vida na cidade e a vida no campo. A cidade surge como símbolo do progresso, e também da futilidade e da infelicidade; enquanto as serras representam a naturalidade, a sensibilidade. A história tem um protagonista na qual supervaloriza a sociedade urbana a tecnologia e no entanto acaba sofrendo de”fartura” e abandona a vida na cidade e vai para as Serras e lá encontra a sua felicidade.