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31 de Janeiro de 20132 AT9 de Maio de 2013
Após a fuga de acidente em Março deste ano
Condutor já foi identifi cadoO condutor do veículo ligeiro, que fugiu após uma colisão, em Março deste ano, e que pro-vocou dois feridos, foi identifi cado, na última semana, pela polícia de S. João da Madeira. O condutor reside na cidade e a viatura, com matrícula estrangei-ra, não tem seguro e encontra-se ilegal.
O condutor do veículo que terá sido responsável pelo acidente na Rua João de Deus, junto ao Tribunal, em Março deste ano, e que se colocou em fuga após a colisão foi identifi cado na última semana pela PSP de
S. João da Madeira.Segundo apurámos junto
de fonte policial, trata-se de um indivíduo de 41 anos, residente em S. João da Madeira, camionista profi s-sional de longo curso e que, para já, apenas foi identifi -
cado pelas autoridades. O processo corre os trâmites na esquadra sanjoanense, por delegação do Ministério Público do Tribunal de S. João da Madeira. A viatura é de matrícula estrangeira e foi aprendida pelos agentes policiais por falta de seguro e situação irregular no país.
Segundo se sabe, terá sido uma testemunha, que na altura presenciou o aci-dente, que facultou vários dados aos agentes, que se terá apercebido na última semana da viatura estacio-nada supostamente junto do local de trabalho do in-divíduo e que terá alertado os agentes.
Recorde-se que o aciden-te envolveu duas viaturas ligeiras, provocou dois feri-
dos, pai e fi lha, residentes em S. João da Madeira.
O acidente ocorreu a 7 de Março, por volta das 16h57, no sentido descendente, junto ao tribunal de S. João da Madeira. Segundo apu-rámos na altura do aconte-cimento, uma das viaturas terá parado numa passa-deira para deixar passar um peão e uma outra terá colidido na traseira do au-tomóvel parado, pondo-se o condutor, que terá originado o embate, em fuga.
Testemunhas no local davam conta de que se tratava de um veículo com matrícula francesa, o que terá sido fundamental para a localização da mesma e do seu condutor.
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Bullying existe em todas as escolas
Cidade com casos de difícil resoluçãoO bullying é uma reali-dade nas escolas de S. João da Madeira e já registou casos “graves” e de difícil resolução. Trata-se de uma forma de violência que, na maior parte das vezes, passa despercebida aos olhos dos pais, dos pro-fessores e da sociedade em geral e que tem vindo a preocupar toda a comunidade escolar. Atenta a esta realidade, a PSP tem desenvol-vido várias acções de sensibilização, a fi m de alertar para uma situação que pode criar alguns traumas na vida dos jovens.
“Os casos de bullying existem em todas as es-colas da cidade e verifi -cámos, desde o início do ano, casos com alguma gravidade, difíceis de re-solver, mas que, felizmen-te, estão praticamente tra-tados”. Esta é a certeza dos agentes da Escola Segura de S. João da Madeira, que têm reforçado a sua aposta em acções de sensibiliza-ção, para evitar traumas na vida dos jovens. “O sucesso na determinação para resolver estes casos deve-se à união entre os encarregados de educa-ção, escola e agentes da PSP”.
O bullying em S. João da Madeira, como no resto do país, acontece, principal-mente, quando professores
ou funcionários não estão por perto e os locais privi-legiados para a intimidação são os menos vigiados, no caminho de casa, recreios, as casas de banho e os balneários e, grande parte das vezes, existem sempre outros alunos por perto. Quem assiste raramente faz alguma coisa porque teme que possa vir a ser a próxima vítima, o que, na opinião de José Rodrigues, agente da Escola Segura, “só vai ajudar os agres-sores a sentirem-se mais fortes e a continuarem a maltratar os colegas”. Por isso,“é urgente trabalhar esta temática para que as crianças não tenham medo de alertar estes casos”, lembrou.
O certo é que o medo e o receio existem. No con-celho, a maioria dos jovens que são vítimas evitam levar determinados objectos para a escola, para não corre-
rem o risco dos agressores ficarem com os mesmos. Apurámos também que algumas ameaças surgem pelo telefone, por e-mail, o que contribuiu para que estes adolescentes se re-cusem a ir à escola com receio do que lhes possa acontecer.
Depoimentos anónimos ajudam a revelar situações
Grande parte dos casos é participada pela escola à PSP e existe mesmo quem se questione perante estes casos o que pode a escola fazer. Na opinião de José Duarte, professor de Portu-guês, a escola pode ajudar, promovendo competências sociais, cívicas e educativas com o recurso “a leituras, fi lmes que demonstrem a realidade, de modo a que os alunos fi quem sensi-bilizados com o papel da
vítima” e seria fundamental que as escolas pedissem “depoimentos anónimos para ajudar a revelar situa-ções complicadas”. Para o docente, a forte carga emo-cional traumática causada por estas agressões “pode interferir na auto-percep-ção e auto-estima destes adolescentes, comprome-tendo a sua capacidade de auto-superação no futuro”. José Duarte alerta ainda que a atenção e o diálogo dos pais “é muito importante e estas situa-ções resolvem-se con-versando” pois, salienta, “as consequências nes-tas pessoas não são só imediatas, como a longo prazo”, concluiu.
Estes casos de violência/intimidação são uma forma de pressão social que con-duz, segundo especialistas, a traumas que deixam mar-cas profundas na vida dos jovens, sujeitos diariamente a este tipo de maus-tratos.
Desde Outubro de 2010 que a violência escolar é considerada crime público, não sendo necessária a apresentação de uma quei-xa para que o Ministério Público abra o inquérito.
Segundo o agente Ro-drigues, a escola é um dos contextos em que nos dias de hoje o bullying mais se faz sentir, uma vez que é um espaço onde se reúnem muitas crianças e, por isso, se torna difícil para os en-carregados de educação e professores vigiarem todos os comportamentos e inter-virem atempadamente.
“Cada vez mais, os si-nais são preocupantes
porque as manifestações são cada vez mais visí-veis e podem começar no jardim-de-infância”, tornando-se “importante que não sejam confundi-das com rebeldia”.
O número de casos ao certo ninguém soube referir, pois muitos não chegam às autoridades sanjoanenses, mas, segundo soubemos, desde o início do ano estão a ser acompanhados cerca de 10 casos, na sua maioria adolescentes, com idades a rondar os 12 e os 15 anos, de todas as escolas da cidade.
Mas a designação de bullying, para os agentes que acompanham estes alunos, passa essencial-mente pela violência “não física, agressão física e comportamentos verbais, desde os simples insultos a uma simples piada, pas-sando mesmo pelo gozo, atribuição de alcunhas…”.
De acordo com um rela-tórios da UNESCO, entre 25 a 50 por cento de toda a classe estudantil está a ser vítima de bullying, defi nido como o comportamento agressivo e intencional de alunos mais velhos, fortes ou populares sobre colegas mais novos e com menos popularidade, vítimas de re-jeição social, insultos diários e até maus-tratos físicos.
Segundo a Agência Lusa, a violência na comunidade escolar aumentou 59 por cento no primeiro trimes-tre deste ano, na área da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, ao registar 77 inquéritos, mais 29 que em igual período de 2012.
DR