6.3_(2)
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Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Engenharia Química
EQ601 – Laboratório de Engenharia Química I - 1º Semestre 2012
Prof.ª Melissa Gurgel Adeodato Vieira
Prof.ª Marisa Beppu
PED – Mariana Agostini de Moraes
Experimento 6.3 – Medidores de Fluxo
Alunos: RA:
Heitor Mobilio de Padua Melo 081588
Nícolas Garcia Scalioni 082402
Marina Caires Polidoro 084505
Sayonara Soares de Freitas Carneiro 092969
Suellen Vieira Tenorio Sales 092997
Ludmila Oliveira Borsoni 094088
Mariana Beatriz Quinália 094159
Campinas, 21 de maio de 2012
1. Procedimento Experimental
Realizou-se o experimento em duas etapas. A primeira foi realizada para o
Sistema Integrado (Figura 1), composto por um Tubo Venturi, uma Placa de Orifício e
um Rotâmetro (Cuja curva de calibração foi fornecida pelo fabricante) e consistiu na
verificação do nível dos manômetros à montante e à jusante do Venturi e da placa de
orifício, referentes a diversas vazões (válvula 1). Essas alturas são utilizadas para o
cálculo da diferença de pressão. Tomou-se como referência para a variação de vazão a
escala do rotâmetro, adotando o valor máximo o limite do piezômetro e, a partir dele,
subdividindo-a. Paralelamente mediu-se a vazão mássica conforme o seguinte método:
Cronometrava-se o tempo necessário para equilibrar a massa de água que enchia o tanque
com os pesos que eram acrescentados. Cada peso (2kg) era acoplado ao sistema de modo
a manter o tempo cronometrado superior a 40 segundos, a fim de garantir maior precisão
aos cálculos da vazão. Media-se, também, a temperatura da água do tanque, necessária
para estipular sua massa específica.
A segunda parte foi referente ao estudo das placas de orifício, que consiste em
uma tubulação que divide-se em duas linhas com mesmo diâmetro, mas que nas quais
estão contidas medidores com diâmetros diferentes. Ao sistema estavam acoplados a
nove manômetros, sendo quatro à montante e cinco à jusante da placa, como na primeira
parte. Utilizou-se também o mesmo procedimento de subdivisão de valores de vazão da
primeira parte, assim como determinação da vazão mássica do tanque.
1
2. Descrição do Sistema Experimental
2.1 Medidores de fluxo
Verificou-se se os níveis dos manômetros estavam na mesma posição, abriu-se
totalmente a válvula V1 e ligou-se a bomba. Abriu-se a válvula do tanque e a válvula do
rotâmetro para uma dada vazão e observaram-se as tomadas de pressão piezométricas e o
rotâmetro. Após a estabilização do fluxo procedeu-se à leitura dos manômetros de
interesse (dois para o Venturi e dois para o Medidor de Orifício) e do rotâmetro, para os
15 pontos de vazão.
Simultaneamente, para cada ponto de vazão, realizou-se a medição da vazão
mássica da água, através da massa dos pesos e do tempo gasto para que a alavanca da
bancada hidráulica atingisse o equilíbrio. Essa etapa consiste em subir a alavanca que
esvazia o tanque, abaixar a mesma, que logo volta a encher-se. No momento que ela sobe
e encontra a trava, o cronômetro era disparado e imediatamente colocavam-se os pesos ao
braço de contrapeso do sistema. Assim, o tanque voltava a encher-se. Quando a alavanca
voltava a encontrar a trava, o cronômetro era pausado. Anotava-se o tempo e as massas
das anilhas. A massa de água captada igualava-se ao triplo da massa das anilhas
utilizadas.
2.2 Medidores de orifício
Mediu-se o diâmetro do tubo e as distâncias das tomadas de pressão à montante e
à jusante em relação à placa de orifício. Após isso, abriu-se a válvula 01 na linha de
entrada, ligou-se a bomba, abriu-se a válvula do tanque e verificou-se o nível do
multimanômetro. Abriu-se, então, a válvula do medidor superior primeiramente, e para
15 pontos fixos de vazão, esperou-se a estabilização das tomadas de pressão e
procederam-se as leituras. Realizou-se a medida de vazão na bancada hidráulica,
seguindo-se o procedimento descrito anteriormente. O mesmo procedimento foi realizado
para a linha inferior.
2
3. Dados experimentais e resultados das variáveis solicitadas
Dados e Propriedades:Densidade Água 25°C ρ (kg/m³) 997,048Massa do disco de metal M (kg) 2Dens. Fluido Man. (kg/m³) 997,048Acel. Gravidade g (m/s²) 9,81Coef. de Descarga Co (adm) 0,601Diâmetro Interno do Tubo (m) 0,051Diâmetro Interno do Orifício (m) 0,02Seção Transversal Ai (m²) 0,002043Seção Transversal S1 (m²) 0,000531Seção Transversal S2 (m²) 0,000201
Tabela 3.1: Dados gerais do experimento
Venturi Placa de OrifícioQ Real (m³/s) ΔP(Pa) Q (m³/s) ΔP (Pa) Q (m³/s)0,00006 58,69 7,5E-05 58,69 6,56E-05
0,00008 97,81 9,6E-05 97,81 8,46E-05
0,00010 136,93 1,1E-04 146,72 1,04E-04
0,00012 136,93 1,1E-04 156,50 1,07E-04
0,00013 205,40 1,4E-04 215,18 1,26E-04
0,00015 264,09 1,6E-04 303,21 1,49E-04
0,00018 332,56 1,8E-04 371,68 1,65E-04
0,00022 479,27 2,1E-04 567,30 2,04E-04
0,00025 606,43 2,4E-04 714,02 2,29E-04
0,00026 762,92 2,7E-04 919,42 2,59E-04
0,00030 948,76 3,0E-04 1105,26 2,85E-04
0,00033 1173,72 3,3E-04 1418,25 3,22E-04
0,00037 1418,25 3,7E-04 1770,37 3,60E-04
0,00038 1672,56 4,0E-04 2024,68 3,85E-04
0,00044 2005,11 4,4E-04 2396,36 4,19E-04
Tabela 3.2: Vazão Real, Diferença de Pressão e Vazão para Venturi e Placa de Orifício
Q Real (m³/s) Altura no Rotâmetro (m) Q Rotâmetro (m³/s)
3
0,00006 0,010 4,58E-050,00008 0,020 6,67E-050,00010 0,030 8,75E-050,00012 0,040 1,08E-040,00013 0,050 1,29E-040,00015 0,060 1,50E-040,00018 0,075 1,81E-040,00022 0,085 2,02E-040,00025 0,100 2,33E-040,00026 0,115 2,65E-040,00030 0,130 2,96E-040,00033 0,145 3,27E-040,00037 0,160 3,58E-040,00038 0,175 3,90E-040,00044 0,190 4,21E-04
Tabela 3.3: Vazão do Tanque x Vazão do Medidor
Re C0 ΔP Flange ΔP Distante Q Tanque
Placa 1- S
29931,74 0,718 -127153,53 -84116,95 0,000207
31579,65 0,698 -149649,93 -98788,51 0,000219
34737,64 0,697 -181927,36 -117372,49 0,000241
38597,28 0,734 -202467,55 -129109,74 0,000267
42362,83 0,759 -227898,25 -142803,20 0,000294
44576,45 0,755 -255285,17 -168233,90 0,000309
44919,33 0,721 -283650,19 -179971,15 0,000311
48087,86 0,733 -314949,52 -199533,23 0,000333
50102,32 0,725 -349183,16 -219095,32 0,000347
51084,66 0,712 -376570,07 -237679,29 0,000354
Placa 2- I
1345916,62 0,120 -13693,46 -11737,25 0,000021
854319,56 0,131 -28365,02 -25430,71 0,000034
343628,62 0,136 -163343,38 -127153,53 0,000084
314993,22 0,140 -182905,46 -142803,20 0,000091
300675,09 0,139 -204423,75 -157474,76 0,000096
276810,90 0,143 -226920,15 -175080,63 0,000104
267267,03 0,142 -247460,33 -190730,30 0,000107
252948,35 0,144 -268978,62 -207358,07 0,000114
243404,51 0,145 -287562,60 -221051,52 0,000118
229086,02 0,142 -338424,01 -258219,48 0,000125
Tabela 3.4: Coeficiente de Descarga no orifício em função do Número de Reynolds para os Medidores
4
Placa 1 - superior
Q Tanque(m³/s) Altura(cm) ΔP(Pa)Distância das Tomadas(cm)
0,000207409
4,0 0,00 -31,5
2,8 27386,91 -3,0
2,7 26408,81 -2,0
2,9 28365,02 -1,0
-10,9 -106613,35 1,0
-10,2 -99766,62 2,0
-8,1 -79226,43 3,0
-4,9 -47927,10 13,5
-5,8 -56730,04 31,5
0,000218828
6,0 0,00 -31,5
4,5 44014,68 -3,0
4,2 41080,37 -2,0
4,4 43036,58 -1,0
-11,5 -112481,97 1,0
-10,8 -105635,24 2,0
-8,4 -82160,74 3,0
-4,5 -44014,68 13,5
-5,6 -54773,83 31,5
0,000240711
8,5 0,00 -31,5
7,0 68467,29 -3,0
6,6 64554,87 -2,0
7,0 68467,29 -1,0
-12,4 -121284,91 1,0
-11,6 -113460,07 2,0
-8,6 -84116,95 3,0
-3,9 -38146,06 13,5
-5,0 -48905,20 31,5
0,000267456
10,5 0,00 -31,5
8,5 83138,85 -3,0
8,1 79226,43 -2,0
8,4 82160,74 -1,0
-12,9 -126175,43 1,0
-12,2 -119328,70 2,0
-8,9 -87051,26 3,0
-3,6 -35211,75 13,5
-4,7 -45970,89 31,5
0,000293549
12,5 0,00 -31,5
10,3 100744,72 -3,0
9,9 96832,30 -2,0
10,3 100744,72 -1,0
-14,0 -136934,57 1,0
-13,0 -127153,53 2,0
-9,2 -89985,58 3,0
-3,0 -29343,12 13,5
-4,3 -42058,48 31,5
5
0,000308888
15,0 0,00 -31,5
13,0 127153,53 -3,0
12,6 123241,12 -2,0
12,9 126175,43 -1,0
-15,1 -147693,72 1,0
-13,1 -128131,64 2,0
-9,3 -90963,68 3,0
-2,4 -23474,50 13,5
-4,2 -41080,37 31,5
0,000311264
17,0 0,00 -31,5
14,7 143781,30 -3,0
14,4 140846,99 -2,0
14,7 143781,30 -1,0
-15,5 -151606,13 1,0
-14,3 -139868,88 2,0
-9,8 -95854,20 3,0
-2,1 -20540,19 13,5
-3,7 -36189,85 31,5
0,00033322
19,5 0,00 -31,5
17,0 166277,69 -3,0
16,5 161387,17 -2,0
17,0 166277,69 -1,0
-16,2 -158452,86 1,0
-15,2 -148671,82 2,0
-10,2 -99766,62 3,0
-1,6 -15649,67 13,5
-3,4 -33255,54 31,5
0,000347179
22,0 0,00 -31,5
19,5 190730,30 -3,0
18,9 184861,67 -2,0
19,5 190730,30 -1,0
-17,2 -168233,90 1,0
-16,2 -158452,86 2,0
-10,7 -104657,14 3,0
-1,0 -9781,04 13,5
-2,9 -28365,02 31,5
0,000353986
24,8 0,00 -31,5
21,8 213226,69 -3,0
21,0 205401,86 -2,0
21,7 212248,59 -1,0
-17,9 -175080,63 1,0
-16,7 -163343,38 2,0
-10,7 -104657,14 3,0
-0,2 -1956,21 13,5
-2,5 -24452,60 31,5
Tabela 3.5 - Variação da Pressão em função da distância das tomadas de pressão à montante e à jusante
em relação à placa de orifício, para diferentes vazões (placa 1 – superior).
6
Placa 2 - inferiorQ Tanque(m³/s) Altura(cm) ΔP(Pa) Distância das Tomadas(cm)
0,000021339
1,2 0,00 -31,5
1,1 10759,14 -3,0
1,1 10759,14 -2,0
1,0 9781,04 -1,0
-0,2 -1956,21 1,0
-0,3 -2934,31 2,0
-0,2 -1956,21 3,0
-0,1 -978,10 13,5
-0,1 -978,10 31,5
0,000033618
2,3 0,00 -31,5
2,1 20540,19 -3,0
2,2 21518,29 -2,0
2,1 20540,19 -1,0
-0,9 -8802,94 1,0
-0,8 -7824,83 2,0
-0,7 -6846,73 3,0
-0,4 -3912,42 13,5
-0,5 -4890,52 31,5
8,35801E-05
3,2 0,00 -31,5
3,0 29343,12 -3,0
2,9 28365,02 -2,0
2,9 28365,02 -1,0
-13,6 -133022,16 1,0
-13,7 -134000,26 2,0
-12,9 -126175,43 3,0
-0,9 -8802,94 13,5
-10,0 -97810,41 31,5
9,11782E-05
4,5 0,00 -31,5
4,1 40102,27 -3,0
4,2 41080,37 -2,0
4,0 39124,16 -1,0
-14,5 -141825,09 1,0
-14,6 -142803,20 2,0
-13,9 -135956,47 3,0
-10,4 -101722,83 13,5
-10,5 -102700,93 31,5
9,55201E-05
5,6 0,00 -31,5
5,3 51839,52 -3,0
5,3 51839,52 -2,0
5,1 49883,31 -1,0
-15,5 -151606,13 1,0
-15,6 -152584,24 2,0
-14,5 -141825,09 3,0
-10,6 -103679,03 13,5
-10,8 -105635,24 31,5
7
0,000103755
7,1 0,00 -31,5
6,7 65532,97 -3,0
6,6 64554,87 -2,0
6,5 63576,77 -1,0
-16,3 -159430,97 1,0
-16,5 -161387,17 2,0
-15,0 -146715,61 3,0
-11,0 -107591,45 13,5
-11,2 -109547,66 31,5
0,00010746
8,5 0,00 -31,5
8,0 78248,33 -3,0
8,0 78248,33 -2,0
7,9 77270,22 -1,0
-17,2 -168233,90 1,0
-17,3 -169212,01 2,0
-16,4 -160409,07 3,0
-11,4 -111503,87 13,5
-11,5 -112481,97 31,5
0,000113543
9,5 0,00 -31,5
9,2 89985,58 -3,0
9,0 88029,37 -2,0
9,0 88029,37 -1,0
-18,2 -178014,94 1,0
-18,3 -178993,05 2,0
-16,9 -165299,59 3,0
-11,8 -115416,28 13,5
-12,0 -117372,49 31,5
0,000117995
10,9 0,00 -31,5
10,4 101722,83 -3,0
10,3 100744,72 -2,0
10,1 98788,51 -1,0
-18,8 -183883,57 1,0
-19,0 -185839,78 2,0
-17,5 -171168,22 3,0
-12,0 -117372,49 13,5
-12,2 -119328,70 31,5
0,00012537
14,0 0,00 -31,5
13,4 131065,95 -3,0
13,4 131065,95 -2,0
13,2 129109,74 -1,0
-21,1 -206379,96 1,0
-21,2 -207358,07 2,0
-19,2 -187795,98 3,0
-12,8 -125197,32 13,5
-13,0 -127153,53 31,5
Tabela 3.6: Variação da Pressão em função da distância das tomadas de pressão na entrada e na saída da
placa de orifício para diferentes vazões (placa 2 – inferior).
8
4. Memória de Cálculo
O rotâmetro permite a leitura da variação de altura do flutuador. Através do
gráfico de calibração, que é fornecido pelo fabricante, obtém-se o valor da vazão no
sistema.
A partir do manômetro à montante e à jusante da placa de orifício e do Venturi
foi possível medir a variação de nível ∆ h de cada um deles, o que permitiu o cálculo das
diferenças de pressão através da equação (1).
P1−P2= ρ× g× ∆ h (1)
Sendo P1 e P2 as pressões medidas, respectivamente, antes e após o medidor
utilizado, g a aceleração da gravidade e ρ a massa específica da água (Daí a importância
de medir a sua temperatura, já que a variável é tabelada em função da mesma).
Sabendo-se a diferença de pressão e por meio das equações (3) e (4), calcula-se
as vazões para a placa de orifício.
v12=
C02
(K4−1)× 2×(
P1−P2
ρ) (3)
Qi=v i× A i (4)
Sendo v1 a velocidade média no ponto 1, C0 o coeficiente de descarga, K a razão
entre o diâmetro interno do tubo e o diâmetro interno do orifício, ambos fornecidos, Qi a
vazão volumétrica e Ai.a área da seção transversal do tubo.
Para o tubo Venturi a equação utilizada foi:
Q=S2×√ 2×(P1−P2)
ρ
1−(S2
S1
)2
(5)
Onde S1 e S2 são as áreas da seção de maior e menor diâmetro, respectivamente,
do Venturi.
A massa de água no tanque é obtida através da relação entre a massa dos pesos
utilizados na alavanca na equação abaixo:
má gua=3 × M (6)
Sendo M o somatório das massas dos pesos utilizados.
Mais uma vez, com o valor da temperatura da água, obtém-se sua massa
específica (tabela) e através da equação abaixo, o volume V de água.
9
V=má gua
ρá gua (7)
E com o tempo ∆ t cronometrado é possível obter o valor da vazão real.
Q= V∆ t
(8)
5. Gráficos
5.1 Montagem I
0.00 500.00 1000.001500.002000.002500.003000.000.00E+005.00E-051.00E-041.50E-042.00E-042.50E-043.00E-043.50E-044.00E-044.50E-045.00E-04
Curva de Calibração dos Medidores
Placa de OrifícioVenturi
ΔP (Pa)
Vazã
o no
s Med
idor
es
(m³/
s)
Figura 01 – curva de calibração dos medidores de orifício e de Venturi.
0.0000 0.0001 0.0002 0.0003 0.0004 0.00050.00E+005.00E-051.00E-041.50E-042.00E-042.50E-043.00E-043.50E-044.00E-044.50E-045.00E-04
Relação entre Vazão Real e Aferida
RotâmetroVenturiPlaca de Orifício
Vazão Real (m³/s)
Vazã
o do
s M
edid
ores
(m³/
s)
Figura 02 – relação entre a vazão real, obtida no tanque, e a aferida, dada pelos
medidores de Venturi, de placa de orifício e rotâmetro.
10
0.0E+00 1.0E-04 2.0E-04 3.0E-04 4.0E-04 5.0E-040.000.020.040.060.080.100.120.140.160.180.20
Curva de Calibração do Rotâmetro
Vazão Mássica de Água (m³/s)
Esca
la d
o Ro
tâm
etro
(m)
Figura 03 – curva de calibração do rotâmetro.
5.2 Montagem II
25000.00 30000.00 35000.00 40000.00 45000.00 50000.00 55000.00 60000.000.660
0.680
0.700
0.720
0.740
0.760
0.780
Co x Re - Placa de Orifício Superior
Reynolds
Coefi
cient
e de
Des
carg
a
Figura 04 – curva de Reynolds por coeficiente de descarga, para o orifício superior,
usando a terceira tomada à montante e a segunda à jusante.
11
0.00 500000.00 1000000.00 1500000.000.115
0.120
0.125
0.130
0.135
0.140
0.145
0.150
Co x Re - Placa de Orifício Inferior
Reynolds
Coefi
cient
e de
Des
carg
a
Figura 05 – curva de Reynolds por coeficiente de descarga, para a placa de orifício
inferior, usando a terceira tomada à montante e a segunda à jusante.
-400000.00 -300000.00 -200000.00 -100000.00 0.000.0E+00
5.0E-05
1.0E-04
1.5E-04
2.0E-04
2.5E-04
3.0E-04
3.5E-04
4.0E-04
Comparação tipo Flange e Distante - Placa Sup
Medição FlangeMedição Distante
ΔP (Pa)
Vazã
o (m
³/s)
Figura 06 – comparação entre as vazões obtidas em tomadas de pressão do tipo
flange e do tipo distante, para a placa de orifício superior.
12
-400000.00 -300000.00 -200000.00 -100000.00 0.000.0E+00
2.0E-05
4.0E-05
6.0E-05
8.0E-05
1.0E-04
1.2E-04
1.4E-04
Comparação tipo Flange e Distante - Placa Inf
Medição FlangeMedição Distante
ΔP (Pa)
Vazã
o (m
³/s)
Figura 07 – comparação entre as tomadas de pressão do tipo flange e do tipo
distante, para a placa de orifício inferior.
-40.0 -30.0 -20.0 -10.0 0.0 10.0 20.0 30.0 40.0-200000.0-150000.0-100000.0
-50000.00.0
50000.0100000.0150000.0200000.0250000.0
Perfil de Pressão - Placa Sup
BaixaMédiaAlta
Distância (cm)
Pres
são
Rela
tiva
(Pa)
Figura 08 – perfil da variação de pressão para três vazões escolhidas (uma alta, uma
média e uma baixa) em função da distância das tomadas de pressão à montante e à
jusante, em relação à placa de orifício superior.
13
-40.0 -30.0 -20.0 -10.0 0.0 10.0 20.0 30.0 40.0-250000.0
-200000.0
-150000.0
-100000.0
-50000.0
0.0
50000.0
100000.0
150000.0
200000.0
Perfil de Pressão - Placa Inf
BaixaMédiaAlta
Distância (cm)
Pres
são
Rela
tiva
(Pa)
Figura 09 – perfil da variação de pressão para três vazões escolhidas (uma alta, uma
média e uma baixa) em função da distância das tomadas de pressão à montante e à
jusante, em relação à placa de orifício inferior.
6. Resultados
6.1 Montagem I
Observa-se que as curvas de calibração dos medidores, representadas pela figura
01, possuem formato similar: ambas são curvas crescentes, indicando aumento da vazão
com o aumento da variação de pressão, já que o princípio de funcionamento desses
instrumentos é com base nessa variação; além disso, ambas possuem comportamento
quadrático, visto que ΔP é proporcional ao quadrado da velocidade (como visto na
equação de Bernoulli – modificada, com a adição do termo que representa a perda de
carga, para o medidor de orifício; e não-modificada, para o Venturi e o rotâmetro – sendo
que nas duas equações, o escoamento é em regime permanente, de um fluido
incompressível, newtoniano e sem trabalho de eixo) e, portanto, ao quadrado da vazão.
Porém, é possível notar que a curva que representa o Venturi apresenta maiores vazões,
para valores fixos de pressão, se comparada à curva do medidor de orifício. Isso se
justifica pelo fato de que este segundo medidor possui alta perda de carga, o que acarreta
em mais energia sendo dissipada ao longo da tubulação, resultando em menores
velocidades de escoamento (e, conseqüentemente, menores vazões).
14
A curva de calibração do rotâmetro, representada pela figura 03, apresenta
comportamento linear, e foi calculada com base na equação de calibração fornecida,
usando os valores de altura definidos pelo grupo (e que estão presentes na tabela 3.3).
O gráfico das vazões dos medidores de vazão pelas vazões reais (calculadas
usando a massa dos pesos, a regra da alavanca e o tempo registrado no cronômetro, como
explicado na memória de cálculo) deve formar uma reta (do tipo y = x, com coeficiente
angular igual a 1 e coeficiente linear nulo), pois espera-se que esses valores sejam os
mais próximos possíveis, indicando precisão na manipulação desses instrumentos.
Abaixo segue uma tabela com os resultados obtidos das regressões lineares realizadas:
Coeficiente angular Coeficiente linear R²
Rotâmetro +0,9375 +1E-05 0,995
Venturi +1,0102 -9E-06 0,995
Placa de orifício +0,9651 +2E-06 0,995
Tabela 3.7 – parâmetros das regressões lineares entre as vazões dos medidores e
as vazões reais.
As três regressões lineares obtiveram um valor de 0,995 para o R², demonstrando
que o ajuste foi bom e o perfil linear esperado foi alcançado com considerável precisão,
diante de fatores que facilmente causariam o contrário (os piezômetros indicavam a
presença de sujeira e os meniscos variavam freqüentemente durante a leitura).
6.2 Montagem II
As Figuras 4 e 5, que se referem aos gráficos de coeficiente de descarga (Co)
variando com o valor de Reynolds feitos na segunda montagem, foram comparadas com
o gráfico de Foust et al. (1982) para efeito de análise. Pode-se notar que o coeficiente de
descarga para o tubo superior (Figura 4) para o Reynolds na ordem de grandeza de 104
houve certa variação no comportamento comparado com o do tubo inferior (Figura 5) que
apresentou certa constância. Tal discrepância se deve às diferenças nas relações entre os
diâmetros dos tubos e os dos orifícios (K = Dtubo/Dorifício), que são diretamente
proporcionais a Co.
A diferença encontrada no comportamento de ambos os tubos pode ser justificada
por uma maior perda de carga do medidor de menor orifício (9,5mm), uma vez que a
15
redução do diâmetro de escoamento é mais acentuada nesse caso, assim, o coeficiente de
descarga é maior.
Para as tomadas de pressão do tipo flange e a mais afastada destes gráficos é
possível observar uma tendência similar à observada no gráfico de calibração da placa de
orifício (Figura 1). Analisando a influência das distâncias das tomadas de pressão, para as
tomadas de pressão mais afastadas a variação de pressão para uma mesma variação de
vazão é menor que para as tomadas de tipo flange. Tal fato pode ser explicado devido ao
descolamento da camada limite entre a região de medida da camada limite e esta
distância também é menor, o que acarreta menor precisão nas medidas da tomada de
pressão do tipo flange.
A partir dos valores de três vazões (baixa, média e alta) escolhidas para cada tubo
(superior e inferior), representou-se graficamente o perfil da pressão em função da
distância das tomadas de pressão em relação à placa de orifício. Estes gráficos
correspondem às figuras 8 e 9 para os tubos superior e inferior, respectivamente. É clara a
percepção de uma tendência linear inicial da variação da pressão pelo comprimento da
placa, em certo momento há uma queda brusca da pressão que depois volta a subir, porém
não recupera o mesmo ∆P, e se mantém constante, como já era esperado. Essa queda da
variação da pressão logo à jusante da placa corresponde ao acidente causado pela placa
de orifício seguido de um restabelecimento da pressão, porém num valor menor.
Comparando as três vazões, é possível concluir que com o aumento da vazão, maior é a
variação da pressão e é necessário um tempo maior, logo uma distância maior para que a
pressão que restabeleça constante.
Ainda comparando os dois gráficos acima, quando compara-se a mesma vazão
para os dois tubos, percebe-se que o diâmetro dos orifícios das placas interfere na queda
de pressão. Para o tubo com a placa com menor diâmetro (superior), a queda de pressão
na é maior devido à interrupção causada por este ser maior quando comparada com a
placa de maior orifício.
7. Conclusões
7.1. Montagem I
O procedimento realizado na primeira parte do experimento permitiu uma
importante visualização dos princípios de funcionamento dos medidores usados (seja por
variação de pressão, como no caso do medidor de orifício ou de Venturi, ou por variação
da área, como no caso do rotâmetro). Os resultados podem ser considerados satisfatórios,
16
pois a margem de erro obtida nos gráficos foi consideravelmente pequena: os coeficientes
de determinação (R²) das três retas estão bem próximos de 1, indicando que o ajuste é
bom; os coeficientes angulares e lineares também resultaram em valores próximos dos
esperados (1 e 0, respectivamente). Vale lembrar que os números foram precisos mesmo
diante da grande probabilidade de se realizar uma leitura com erros mais perceptíveis.
Notou-se também a influência da perda de carga presente na placa de orifício,
diante da leitura das vazões, que causou uma queda nos valores numéricos, se comparado
a outro medidor com mesmo princípio de funcionamento (Venturi).
7.2. Montagem II
Para essa etapa, foi possível uma comparação entre duas placas de orifício com
diâmetros de orifício diferentes. Este medidor corresponde ao medidor de vazão mais
utilizado na indústria devido à sua simplicidade, baixo custo e fácil instalação, mesmo
possuindo perda de carga significativa. Os resultados para esta montagem foram
satisfatórios e corresponderam às expectativas. Foi possível perceber que quanto menor o
diâmetro do orifício, maior é a perda de carga quando comparado nas mesmas condições
com uma placa de maior diâmetro de orifício, devido ao maior acidente causado quando
se tem um diâmetro menor para o fluido percorrer.
8. Sugestões
Com o intuito de uma melhora na realização deste experimento sugere-se que o
mesmo seja revisado visando melhorias, como limpeza com produtos específicos ou troca
de tubulação, visto que incrustações aumentam a perda de carga e, portanto, os erros e
verificação do funcionamento dos componentes. Na montagem 1, deve-se melhorar as
flutuações dos níveis dos manômetros, as quais eram muito oscilantes e, portanto, de
difícil determinação.
9. Bibliografia
[1] Apostila de EQ 601 – Medidores de fluxo
[2] http://amperesautomation.hd1.com.br/Venturi.jpg - Acessado em 20/05/2012
[3] http://www.cefetsp.br/edu/jcaruso/instrumentacao/medicao_vazao.pdf - Acessado em
20/05/2012
1.1.
17