56 milhões de euros ou "vender" soluções de efi-ciência energética também aos seus clientes....

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Energia Inteligente conectada à eficiência Serviço A grande produtora de energia do país está empenhada em melhorar os níveis de eficiência energética nos seus processos produtivos, mas também em oferecer soluções inteligentes aos seus clientes como fator diferenciador Galp poupa 56 milhões de euros com refinarias mais eficientes

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Energia Inteligente conectada à eficiência

Serviço A grande produtora de energia do país está empenhada em melhorar os níveis de eficiência energética

nos seus processos produtivos, mas também em oferecer soluções inteligentes aos seus clientes como fator diferenciador

Galp poupa 56 milhões de euroscom refinarias mais eficientes

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• O projeto Energia Inteligentejunta o "Jornal de Notícias", o Diá-rio de Notícias" e a TSF numa par-ceria com a Schneider Electric

para um ciclo de seis conferênciasem que se sucederão painéis dedebate com especialistas que vãofornecer diversos ângulos de aná-lise sobre o tema. 0 projeto incluia publicação de uma série de re-portagens em empresas inovado-ras ou exemplares, verdadeiroscase studies na área de cada umdos temas das conferências, e a

publicação de fichas semanaiscom informação sobre energia útile prática para os consumidores.Nesta semana o destaque vai para"Energia Inteligente conectada àeficiência energética", com exem-plos de empresas que adotaramnovas práticas.Carla Aguiar

? É das empresas que mais ener-gia produzem no país, mas é tam-bém das que mais energia conso-mem no seu processo produtivo.Por isso o investimento em eficiên-cia energética está no topo dasprioridades da Galp Energia.

O consumo energético diário deuma refinaria é de tal maneira ex-pressivo que só a expectativa de

poupança com o plano de eficiên-cia que a empresa está a imple-mentar desde 2013 especificamen-te para as refinarias é da ordem dos56 milhões de euros.

Os dados foram revelados porNicolle Fernandes, responsável da

área de inovação e eficiência ener-gética da Galp Energia, e refletemapenas as apostas da empresa nodomínio da eficiência ao nível in-terno e no campo específico das re-finarias.

A verdade é que além dos pro-jetos com vista ao combate do des-perdício nos próprios processosprodutivos, que assumem valoresmuito expressivos, a Galp estácada vez mais empenhada em ofe-recer ou "vender" soluções de efi-ciência energética também aosseus clientes.

Se uma empresa ganha dinheiroa vender energia, não será um con-trassenso criar soluções para queos seus clientes poupem energia?"O que poderia ser um contrassen-so não o é porque o nosso objetivoé criar relações de médio e longoprazo com os nossos clientes: que-remos que eles consumam a ener-gia naquilo que é realmente neces-sário para os seus processos produ-tivos, e não que gastem em desper-dício." Assim resume Nicolle Fer-nandes a abordagem da Galp Ener-gia, que representa também a es-tratégia da empresa para um ele-mento diferenciador forte em rela-ção à concorrência.

"Tem sido muito compensadorverificar que com as soluções queoferecemos, em parcerias com em-presas como a Schneider, os nos-sos clientes conseguem reduzir osseus consumos energéticos em va-lores da ordem dos 5% a 15%." Se es-tivermos a falar de grandes clien-tes, com altos perfis de consumo,pequenas poupanças percentuaistransformam-se rapidamente emsomas bastante significativas.

Aquela responsável acrescentaque o retorno do investimento cos-tuma ocorrer antes de decorridosdois anos, o que revela uma apostasem riscos para as empresas.

Em causa estão, por exemplo,clientes tão diversos como centros

comerciais, hospitais, hotéis, in-dústrias dos mais variados setorese os próprios postos de abasteci-mento de combustível Galp.

Alguns dos projetos têm, de res-to, visto o seu mérito internacio-nalmente reconhecido. É, porexemplo, o caso do Corinthia Ho-tel I.isbon, que consistiu num pro-jeto de hotel energeticamente efi-ciente. Fez-se a reconversão do sis-tema de climatização, refrigeração ?

instalação de uma central solartérmica, que permitiu uma pou-pança da ordem dos 2 GW/horapor ano. Este trabalho foi distin-guido com o International EnergyProject of the Year, nos EstadosUnidos.

Outro caso em que a Galp este-ve envolvida para aumentar a efi-ciência energética foi nos campusuniversitários da Beira Interior e doInstituto Superior Técnico, tendoneste último caso também sido dis-

tinguida com o prémio Projeto doAno 2014.

Exemplos com a SchneiderPara adotar as melhores soluçõesàs necessidades específicas identi-ficadas quer a nível interno querpara os seus clientes, a Galp recor-re a parcerias com empresas emfunção das suas competências.

No caso concreto de um dos pla-nos mais ambiciosos de eficiênciaenergética que tem em curso paraas suas refinarias, o parceiro esco-lhido foi a Schneider Electric. Emcausa está o desenvolvimento deum variador elétrico de velocida-de, que permite reduzir a velocida-

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de dos motores quando é menosnecessário. Este processo está emfase de conclusão na Refinaria da

Galp em Matosinhos e está a ser in-troduzida na refinaria de empresaem Sines.

Outro exemplo de parceria coma Schneider Electric está patentenas baterias de condensadores.Trata-se de uma tecnologia quepermite anular uma parte da fatu-ra dos custos de produção, a cha-mada energia reativa. Não está di-retamente relacionada com a pro-dução, mas está indiretamente e

representa um custo.

"Dependendo do tipo de situa-ção e de cliente, o retorno do in-vestimento nesta tecnologia cos-tuma ser inferior a dois anos, as-segura Nicolle Fernandes, que as-severa que "a eficiência energéti-ca é um desconto permanente nafatura".

Para os clientes que constituemo vasto leque de revendedores dos

postos de abastecimento, a Galpestá apostada em oferecer soluçõesde poupança diferenciadoras emrelação à concorrência. Podemosestar a falar tanto de poupanças ao

nível da iluminação, como da refri-geração e climatização nas esta-ções de serviço e até de sensibili-zação para a mudança de padrõescomportamentais.

Segundo informação da compa-nhia, as poupanças conseguidasnas estações de serviço desde queos projetos incidiram diretamentena abordagem da eficiência ener-gética ascenderam já a valores daordem dos 10% a 14% em Portugal e

Espanha. Estamos a falar de umafatura de eletricidade destes postosda ordem superior a cinco milhõesde euros em Portugal e Espanha.

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Revolução nos semáforosDo leque de projetos de inovação,sustentabilidade e eficiência ener-gética em que a Galp está envolvi-da consta também um ambiciosodesafio lançado pela Câmara Muni-cipal de Lisboa para converter maisde 20 mil semáforos de Lisboa de

lâmpadas convencionais por óticasLED. Só com esta transformação, a

autarquia lisboeta deverá reduzirem quase 95% os consumos nos se-máforos de toda a cidade, o queequivale a uma economia de cercade 850 mil euros por ano.

O modelo, em que a Galp con-correu em consórcio com a Viva-power Selenergy, enquadra-se no

programa de eficiência energéticapara o setor público Eco.AP, sendoo primeiro contrato de performan-ce energética realizado por umaentidade pública em Portugal.

Com este projeto, a Galp Energiareforça a sua presença enquantooperador elétrico no setor do Esta-do, onde ganhou mais de 75 con-cursos públicos em 2014, assegu-rando atualmente o fornecimentode eletricidade a mais de 1700 ins-talações públicas, entre as quais to-dos os hospitais que dependem di-retamente do Ministério da Saúde,tribunais, prisões, instalações dostrês ramos das Forças Armadas, Po-lícia ludiciária e outras.

Cada vez mais importante para a

Galp é o setor das energias limpas,estando agora a começar a investirem parques eólicos e em centraisfotovoltaicas. Na vertente do gásnatural veicular, e no investimentodos postos de carregamento paracarros elétricos, a Galp tambémtem alargado a cobertura nacional,lá é possível, por exemplo, fazeruma viagem entre Lisboa e Portoutilizando os postos de carrega-mento elétrico nas estações de ser-viço da Galp, com paragens de 30minutos ou menos.

Entre 2008 e 2009, a empresafoi a pioneira ao garantir uma redemínima de postos de carregamen-to. Hoje, os responsáveis da Galpgarantem que o mercado está a

crescer e a solicitar mais presençadestes dispositivos no territórionacional. •Ranking mundialGalp na liderançada sustentabilidade

•A Galp Energia foi consi-derada a 16.- empresa maissustentável do mundo pelacanadiana CorporateKnights no seu rankinganual de sustentabilidade. E

é a primeira empresa do se-tor Oil & Gas na lista, a parda Statoil, tendo escalado40 posições desde 2013.As empresas qualificadassão pontuadas a partir deum rol de 12 indicadores-chave de desempenho quevão desde a forma comoutilizam a energia e a águaaté à compensação dos co-laboradores e à estratégiafiscal corporativa. 0 rankingde 2016 engloba empresasde 21 países que, a 1 de ou-tubro de 2015, tinham co-tações bolsistas superioresa dois mil milhões de dóla-res. A Galp Energia é a única

empresa representada.

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1. Nicolle Fernandes é a responsável para Inovação e Eficiência Energética da Galp

Energia, setor em que a empresa tem obtido resultados internacionais 2. Refinaria da

Galp em Matosinhos 3. Os parques eólicos são uma nova aposta da Galp Energia 4.As estações de serviço da Galp estão a beneficiar de planos de redução de consumos

que chegam a 15%. Em Portugal e Espanha a fatura energética ascende a cinco mi-lhões de euros 5. Central fotovoltaica da Galp na Faculdade de Ciências da Universi-dade da Beira Interior 6. Nicolle Fernandes considera que "a eficiência energética é

um desconto permanente na fatura"

números e dados :

5milhões de eurosé a fatura elétrica dos postosde abastecimento da Galp emPortugal e Espanha. Empresaatua para resumir consumos.

20000semáforosde Lisboa vão ser transforma-das em LED, com tecnologia da

Galp, prevendo-se uma econo-mia de 850 mil euros por ano.

202020é o nome do projetoda Galp que financia bolseirosuniversitários para implemen-tarem projetos de eficiência

energética nas empresas.

56milhões de eurosé quanto a Galp prevê pouparcom o plano de eficiênciaenergética para as suas refi-narias e que vigorará até 2017.

130empresasjá receberam bolseiros da Galpdesde 2007 com vista ao des-envolvimento de soluções deeficiência energética.

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10refinariasfecharam nos últimos anos na

Europa, e uma das razões é

não cumprirem os padrões deeficiência energética.

2projetos da Schneiderem curso na Galp.Um relacio-nado com velocidade de mo-tores e outro que visa reduzirconsumo com energia reativa.

IJ/Otaxa de poupançaredução do consumo energéticovaria entre 5% e 15% na se-quência de planos de eficiência.

Eficiência energéticaanima debateCONFERÊNCIA O próximo debaterealiza-se no dia 12 no Auditório doDN com a participação de especia-listas ligados ao setor.

O quarto debate do ciclo de con-ferências em torno da Fnergia In-teligente vai realizar-se na próximaquinta-feira, dia 12, desta feita comuma abordagem voltada para o

tema "Energia Inteligente conecta-da à eficiência".

Em foco estarão as novas tecno-logias c as soluções de eficiênciaenergética enquanto motor de

competitividade das empresas e ao

serviço do de setores transversaisda economia portuguesa. No se-gundo painel estarão em destaqueos incentivos à implementação de

projetos de eficiência energética.

Em evidência estarão tambémexemplos de soluções de gestão in-tegrada desenvolvidas pela Schnei-der Electric em parceria com em-presas clientes e centros de investi-

gação para melhorar a eficiência no

seu todo e a redução de consumosem particular, que, nalguns casos,

pode rondar os 30% a 50%. Em des-

taque estarão a Galp Energia, mastambém empresas do setor daságuas e saneamento, como a EPAL.

Como nas iniciativas anteriores,o debate decorre no Auditório do"Diário de Notícias", com inícioprevisto para as 9 horas e encerra-mento para as 13 horas, contandocom a moderação do jornalista An-tónio Pcrcz Mctclo.

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Entre os oradores convidadoscontam-se Luís Hagatong (EnergyEfficiency Manager, SchneiderElectric Portugal), loão Murta Pina(professor da Faculdade de Ciên-cias e Tecnologia da UniversidadeNova de Lisboa), Nicolle Fernandes(responsável de inovação e eficiên-cia energética da Galp Energia), Pe-dro Fontes (coordenador do depar-tamento de Monitorização e Inspe-ção de Ativos da Direção de Gestãode Ativos da EPAL), Carlos Pelica-

no (Energy Business &Projects So-lutions VP, Schneider Electric Por-tugal), Fernando Martins (diretorexecutivo da Estrutura de Gestãodo PNAEE) e Pedro Verdelho (res-ponsável da Direção de Tarifas e

Preços, ERSE).No debate anterior esteve em

foco o tema da reabilitação urbana,em especial as funções e exigênciasdo novo habitat numa antevisão da

habitação do século XXI.Nas duas conferencias anterio-

res, as atenções estiveram centra-das na importância da economiadigital, tendo-se concluído que a

maioria das empresas portuguesasportuguesas ainda não utiliza a in-ternet para fazer negócios, apesardas potencialidades. E também naera da indústria 4.0, que represen-ta uma certa revolução industrial,que exige uma crescente interco-nectividade entre os equipamentoscom capacidade de troca de infor-mação em tempo real. •