4-necessidades nutricionais criança
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UFCD – HIGIENE, SAÚDE E SEGURANÇA DA CRIANÇA
Necessidades nutricionais da criança
NECESSIDADES NUTRICIONAIS DA CRIANÇA
Alimentação: sustento, abastecimento, provimento.
Nutrição: conjunto de processos ocorridos no interior do organismo, através dos quais este retira dos alimentos os nutrientes que os constituem e os distribui por todas as células do corpo, que os absorvem para realizar o seu metabolismo.
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NECESSIDADES NUTRICIONAIS DA CRIANÇA
Objectivos da Alimentação•Contribuir para a sobrevivência humana•Fornecer energia e nutrientes necessários e
adequados•Prevenir a doença/ Promover a saúde•Contribuir para o adequado crescimento e
desenvolvimento
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•Promover socialização e bem-estar•Proporcionar a adaptação do organismo da
Criança•Moldar a Criança aos hábitos da Família•Promover estilo de vida saudável
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NECESSIDADES NUTRICIONAIS DA CRIANÇA
Alimentação saudável Alimentação restritiva ou monótona
O fundamento para uma alimentação saudável é a variedade
Diferentes alimentos contribuem com diferentes nutrientes, com funções distintas:
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Hidratos de
Carbono
Principal fonte de energia
origem vegetal; origem animalAçúcar simples
Proteínas
Nutriente plástico(construção de órgãos, músculos, pele, cabelo, etc.; excesso é usado na constituição de reservas
de gordura)
origem animal; origem vegetal
Gordura (lípidos)
Consumo deve ser cuidadoso (excesso aumenta o risco de algumas doenças)
Saturadas e colesterol (carne, banha, manteiga,
toucinho, produtos de charcutaria e salsicharia,
etc.).Monoinsaturadas
(azeite)Polinsaturadas (óleo de
amendoim, óleo de girassol, nozes,
amêndoas e a gordura do peixe, etc.)
Fibras (complantix
)
Conjunto de substâncias de origem vegetal, que o organismo não consegue digerir e que,
portanto, não são absorvidasActuam no processo digestivo, contribuindo para
um bom trânsito intestinal
Vitaminas e os sais
minerais
Micronutrientes reguladores, que apesar de não nos fornecerem energia, são indispensáveis para a saúde, activando, facilitando e regulando quase
todas as reacções no organismo
Água70% do corpo humano é constituído por água
Deve beber-se para que a urina seja abundante, clara e inodora
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NECESSIDADES NUTRICIONAIS DA CRIANÇA
O Bebé quando nasce não está preparado para fazer uma alimentação variada, por isso inicia a sua alimentação com leite, de preferência materno.
Aleitamento Materno Dá ao recém-nascido o melhor começo de vida. Estima-se que muitas crianças sofrem de diversas
doenças, nomeadamente de diarreia, infecções respiratórias e outras infecções por não serem amamentadas de maneira adequada.
Muitos bebés padecem de outras doenças que não contrairiam se tivessem sido amamentadas. 8
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Aleitamento Materno A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda o
aleitamento materno exclusivo desde o nascimento até os 4 - 6 meses, no entanto, muitas mães começam a dar leite não materno ou outros alimentos artificiais antes dos 4 meses.
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A importância do aleitamento materno está relacionada com três aspectos principais: Aspecto emocional do bebé e da mãe Aspecto nutricional do leite (do colostro ao leite
amadurecido) no desenvolvimento do bebé Aspecto imunológico (protecção contra infecções
transferida através do leite materno)
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Aleitamento Materno Aspecto emocional do aleitamento materno
Ajuda Mãe/ Bebé a um relacionamento mais próximo e amoroso, fazendo a Mãe sentir-se emocionalmente satisfeita.
O contacto íntimo logo após o parto ajuda a desenvolver esta relação (Bebés choram menos, podem-se desenvolver mais rapidamente, se permanecerem próximos à sua mãe e forem colocados ao peito após o parto)
Amamentar é um gesto de amor e carinho que dará à Criança segurança afectiva, base do desenvolvimento da sua personalidade. Alguns estudos sugerem mesmo, que o leite materno pode ajudar a criança a desenvolver-se intelectualmente.
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Aleitamento Materno Aspecto nutricional e imunológico da composição
do leite materno Colostro: leite produzido pela mulher nos primeiros
dias após o parto, é grosso, de cor amarelada ou transparente, rico em factores anti-infecciosos (IgA secretória: principal factor de imunidade no leite materno) e vitamina A, que protegem o bebé contra as infecções e alergias (o Bebé não produz os seus próprios anticorpos: proteínas no sangue e no leite materno que combatem a infecção.
Para além de fácil digestão e de prática utilização, o económico leite materno tem um efeito laxante, ajudando o Bebé a eliminar o mecónio (primeira descarga intestinal), e preparando o aparelho digestivo para aceitar o leite maduro. 12
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Aleitamento Materno Variações da composição do leite materno
Leite maduro: leite materno produzido após alguns dias, depois do colostro. A quantidade de leite aumenta e as mamas ficam cheias, endurecidas e pesadas - "a descida/subida do leite".
O leite inicial ou anterior (produzido no início da mamada) fornece uma grande quantidade de proteínas, lactose (o açúcar especial presente em todos os leites) e outros nutrientes. O Bebé consegue ingerir grandes quantidades de leite e receber toda a água que necessita.
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Aleitamento Materno Variações da composição do leite materno
O leite final ou posterior é mais branco do que o leite inicial, porque contém mais gordura. Esta gordura fornece uma importante parte da energia de uma mamada.
O leite materno é o alimento mais adequado para a Criança nos seus primeiros meses de vida, sendo raras as situações em que o seu uso está contra-indicado. É um alimento completo e que apresenta outras vantagens além das nutricionais, deve ser, sempre que possível, a base da alimentação do bebé no primeiro ano de vida.
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Aleitamento Materno Variações da composição do leite materno
Quando o Bebé não pode ser amamentado ao peito, o leite materno deve ser substituído por uma fórmula de leite adaptado existentes no mercado, preparadas a partir de leite de vaca modificado, de forma a aproximá-lo tanto quanto possível da composição do leite de mulher.
A alimentação nos primeiros meses de vida deve ser exclusivamente à base de leite (materno ou adaptado), fazendo-se o desmame e a introdução progressiva de novos alimentos de acordo com a maturação do aparelho digestivo do bebé, e com a sua evolução do desenvolvimento psicomotor.
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Diversificação Alimentar É a introdução de qualquer alimento diferente do
leite humano ou do adaptado na alimentação do Bebé.
Idade para iniciar diversificação… Entre os quatro e os seis meses de vida.
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O leite de uma mulher saudável e bem alimentada tem uma composição adaptada ao crescimento da espécie humana nos primeiros seis meses de vida; se a criança está a fazer aleitamento materno, pode mantê-lo como alimento exclusivo até essa idade. A introdução mais precoce de outros alimentos, entre os quatro e os seis meses, está indicada se a criança tomar leite artificial, ou quando há outros factores a ponderar.
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A partir do 2º semestre de vida o leite humano ou artificial, não é suficiente para cobrir as necessidades energéticas e nutritivas, tornando-se necessários outros alimentos complementares, que forneçam nutrientes, vitaminas e ferro.
Se a Criança mantiver uma alimentação exclusivamente láctea depois dos seis meses, corre o risco de não manter uma progressão adequada de peso, desenvolver anemia por falta de ferro e sofrer carências vitamínicas.
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A idade aconselhada está associada a factores de maturação e desenvolvimento do aparelho digestivo, da função renal e do sistema nervoso central.
O Bebé entre os 4 e 6 meses torna-se capaz de se sentar com ajuda, tem um bom controlo da cabeça e do pescoço, inicia movimentos de mastigação, usa a língua para introduzir alimentos na boca e está apto a aceitar comida de consistência mole, dada à colher.
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A introdução precoce de novos alimentos interfere no aleitamento materno, aumenta o risco de aparecimento de alergias alimentares, altera a regulação do apetite, aumenta o risco de infecções e prejudica o funcionamento do rim.
A insuficiente coordenação dos movimentos de mastigação dificulta a adaptação aos alimentos sólidos.
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Primeiro alimento na diversificação… O primeiro alimento que habitualmente se
oferece ao Bebé a seguir ao leite é a papa de cereais.
O Bebé que inicia a sua diversificação alimentar tem de se adaptar não só a uma nova consistência dos alimentos (que passam de líquidos a semi sólidos e depois a sólidos), mas ainda a novos sabores. A maior proximidade de sabores entre o leite e a papa facilita a adaptação do bebé aos novos alimentos, mas não há nenhum inconveniente se o primeiro alimento oferecido for a sopa de legumes. 21
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Intervalo entre novos alimentos…
Os novos alimentos introduzem-se de forma individualizada (um alimento de cada vez), com intervalos de três a cinco dias, para observar o possível aparecimento de intolerâncias/ alergias alimentares e dar tempo ao Bebé para se habituar aos novos sabores.
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Sequências do novos alimentos… A introdução dos alimentos deve ser progressiva,
obedecendo às capacidades digestivas da Criança e retardando alimentos com maior potencial alergénico. O calendário da diversificação alimentar deve ser o seguinte: 0 - 6º Mês: Leite materno ou leite adaptado 4º -6º Mês: Cereais sem glúten 5º -6º Mês: Frutas, verduras e carne 7º -8º Mês: Cereais com glúten 8º -9º Mês: Iogurte natural 8º-10ºMês: Gema de ovo, peixe branco 12º Mês: Leite de vaca inteiro, ovo inteiro 23
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Papas para os Bebés… Papas lácteas: contêm leite na sua composição,
devendo ser preparadas apenas com água (mais utilizadas)
Papas não lácteas: não têm leite e devem ser preparadas adicionando-as ao leite utilizado pelo bebé.
Até ao sexto mês as papas dadas ao bebé só devem conter cereais sem glúten (proteína existente nalguns cereais: trigo, centeio, cevada e aveia)
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Papa do Bebé… O glúten pode provocar uma reacção de intolerância
a nível intestinal, em Crianças portadoras de uma doença hereditária que se chama Doença Celíaca.
Doença Celíaca: manifesta-se a partir do primeiro contacto com alimentos que contenham glúten. Sintomas: diarreia persistente, aumento insuficiente de peso, atraso de crescimento, má absorção dos alimentos e desnutrição. O facto de se introduzir mais tarde as farinhas com glúten não impede o aparecimento da doença, mas adia as suas manifestações para um período menos frágil da vida. 25
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Sopa do Bebé… Inicialmente, fluida e à base de batata, cenoura e
um pouco de azeite, aumentando-se progressivamente a sua consistência até se tornar um puré. Posteriormente, devem ser introduzidas verduras/ legumes.
A carne, adicionada em pequenas quantidades entre o quinto e o sexto mês, até atingir cerca de 40 gr/ dia, deve ser passada juntamente com os legumes.
Não deve utilizar-se sal (uso contra-indicado no 1º ano de vida) por sobrecarregar para o rim e potenciar Hipertensão Arterial.
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Alimentos mais alergénicos… Qualquer alimento pode causar alergia Há alimentos que têm maior poder alergénico,
devendo evitar-se a sua introdução precoce, particularmente se há história familiar de alergias.
•Peixe: 8º mês•Gema de ovo entre o 8º e o 10º mês•Clara do ovo, morangos, laranja, kiwi: após os 12 meses
Iogurtes… Iogurte natural, sem açúcar, onde se pode
adicionar fruta fresca passada ou 2 bolachas “Maria”.
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Açúcar… Deve estar ausente da alimentação no 1º ano de
vida, porque predispõe a obesidade, diabetes e cáries dentárias.
O açúcar que existe de forma natural em alimentos é suficiente
Suplementos… Se a Criança está a fazer aleitamento materno,
recebe um alimento completo, adaptado à sua espécie, que lhe fornece todas as vitaminas, com excepção da vitamina D.
Se toma um leite adaptado, o leite encontra-se suplementado com as vitaminas necessárias ao crescimento da criança.
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Diversificação Alimentar - Suplementos… Crianças amamentadas a peito: suplemento diário de
400 U.I. (unidades internacionais) de vitamina D. Filho de mãe vegetariana necessita ainda de um
suplemento de vitamina B12. Algumas vitaminas (A e a D) são perigosas se administradas em excesso.
Bebé prematuro tem reservas reduzidas de ferro, devendo fazer um suplemento de ferro a partir do 2º mês de vida.
O Flúor deve ser administrado a Crianças que residam em zonas de baixo teor de Flúor da água de consumo. A sua função é proteger do aparecimento de cáries dentárias, e a dose no 1º ano é de 0,25 mg/ dia. 29
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Diversificação Alimentar - Leite Bovino O leite de vaca está adaptado ao crescimento rápido
da espécie bovina, o seu teor elevado de proteínas provoca uma sobrecarga renal prejudicial e inútil ao Bebé.
O consumo de leite de vaca inteiro provoca ainda perdas microscópicas de sangue gastro-intestinal, que associadas ao seu baixo teor em ferro, aumentam a incidência de anemia por carência de ferro aos 12 meses de idade.
Na impossibilidade de dar leite materno, deve-se utilizar até ao ano de idade um leite adaptado, que apesar de derivado do leite de vaca, se aproxima nas suas características do leite da mulher.
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Refeições da Criança… Habitualmente 5 refeições. Quando se inicia a diversificação alimentar, começa-
se por substituir uma das refeições de leite, geralmente o almoço, por uma papa láctea sem glúten.
Ao fim de algum tempo, inicia-se a sopa de legumes ao almoço, passando a dar-se a papa à hora do jantar.
Este esquema de quatro a cinco refeições mantém-se até aos doze meses, podendo a partir dos nove ou dez meses fazer-se duas refeições de legumes com carne ou peixe numa delas apenas, alternando a papa com o iogurte ou o leite à hora do lanche.
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Problemas Alimentares• Alergias Alimentares• Biberão antes de dormir (cáries)• Asfixia (alimento ou vómito)• Atrasos no crescimento• Recusa Alimentar• Disfagia e problemas de deglutição• Vómitos/ Diarreia/ Desidratação/ Regurgitação/
Ruminação• “Fast food”/ Obesidade• Crianças “esquisitas”/ Castigos - Recompensas
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Cada Criança possui uma identidade, suas próprias necessidades e ritmo de crescimento e desenvolvimento.
Ao optar por hábitos alimentares mais saudáveis, não se tem que abdicar daqueles alimentos menos saudáveis de que tanto se gosta.
O importante é que o consumo desses alimentos constitua a excepção e não a regra do dia a dia alimentar.
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É fundamental procurar obter um equilíbrio entre a energia que se consome e a energia que se gasta.
Não se deve consumir mais energia do que aquela que se consegue gastar, caso contrário haverá acumulação de gordura e aumento de peso.
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RODA DOS ALIMENTOS
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