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  • Captulo 3- Cames3.1- Introduo

    Definio* Uma came (ou camo) um elemento mecnico usado para acionar outro elemento, chamado seguidor, por meio de contato direto.

    Caractersticas* Simples => Projeto fcil;* Mecanismo compacto;* Permite obter praticamente qualquer movimento para o seguidor;* Consequncias do projeto inadequado => Dificuldade de fabricao e deficincia de funcionamento.

  • UtilizaoAcionamentos em geral;

    Mquinas operatrizes diversas;

    Eixo comando de vlvulas de motores de combusto interna.

    Linhas de projeto Partindo do movimento desejado para o seguidor => Projeto do perfil da came => Sntese;

    Partindo da forma da came => Determinao de deslocamento, velocidade e acelerao do seguidor.

  • Classificao dascames e seguidores

  • Classificao dos seguidores De acordo com o movimento do seguidor => Translao ou oscilao;Trajetria do deslocamento => Radial ou deslocada (em relao linha de centro da came);Superfcie do seguidor => Face plana, face esfrica, face de rolamento ou aresta.

  • Classificao dos seguidoresSuperfcie do seguidor:RoleteFace Esfrica ou cilndricaFace PlanaPonta

  • Classificao das cames - Came de disco (placa ou radial); - Came de cunha; - Came de extremidade ou de face

    - Came de forqueta;- Came invertida;- Came cilndrica.

  • Observao:A came deve ser sempre vinculada ao seguidor para garantir o seguimento do perfil;Vnculos mais comuns => Gravidade, mola ou vnculo mecnico.

  • Geometria da came radial (ou de disco)Crculo de base: o menor crculo tangente superfcie da came.Ponto de traado: um ponto terico sobre o seguidor, usado para gerar a curva primitiva.

  • Geometria da came radial (ou de disco)Curva primitiva: a que efetivamente define o mov. do seguidor.Crculo principal: o menor crculo com centro coincidente com a came, passando pela curva primitiva.

  • ngulo de presso: - o ngulo entre a direo do movimento do seguidor e a normal curva primitiva; - Varivel durante o giro da came; - Sua existncia implica numa componente de fora transversal ao seguidor; - ng. de presso grande => Possibilidade de emperramento p/ seg. de translao;

  • Diagrama de deslocamento

    Eixo X: Representa a rotao da came => Comprimento igual ao permetro do crculo principal desenvolvido;Eixo Y: Representa o curso do seguidor; - Elevao => Afastamento do seguidor do centro da came; - Repouso => Perodo durante o qual o seguidor est parado; - Retorno => Movimento do seg. em dir. ao centro da came.

  • Construo

    Mtodo grfico Cames com baixa velocidade de rotao.Mtodo analtico Cames com altas velocidades de rotao.Ambos os mtodos se baseiam na inverso do mecanismo.Afim de se obter a mesma referncia o seguidor gira em relao a came, no sentido contrrio a came em relao ao referencial inercial.

  • Construo

    Parte da posio de menor afastamento do seguidor;

    Diviso do diagrama de deslocamento e da circ. principal da came em partes iguais;

    Identificao de cada ponto e transferncia do deslocamento para a came;

    Ajuste da curva primitiva => Procedimentos especficos para cada tipo de came.

  • Projeto Grfico de Cames => Utilidade conceitual e computacional Came de disco com roleteA came gira com velocidade constante;Iniciar o projeto na posio de menor deslocamento.

  • Etapas do projeto grfico - Inverso do mecanismo => Came estacionria e seguidor girando ao seu redor; - Girar o seguidor em torno do centro da came no sentido oposto ao da rotao da came;

  • Etapas do projeto grfico - Deslocar o seguidor radialmente de acordo com o deslocamento desejado para cada ngulo de rotao; - Desenhar o contorno da came ajustando uma curva suave, tangente ao polgono formado pelas posies ocupadas pela face do seguidor.

  • Pontos relevantes

    Came compactaBaixo ngulos de presso significa menor taxa de desgasteDeve-se tomar cuidado com raios de base pequenosMaiores ngulos de contato ocorrem nos pontos de inflexo da came.

  • Came de disco com seguidor de rolete deslocadoObservaes sobre o seu uso - Concepo ou limitao de projeto; - Provoca a red. do ngulo de presso na elevao => Curso de maior esforo; - Consequncia => Aumento do ng. de presso no retorno => Curso de menor esforo.

  • Came de disco com seguidor de face planaO procedimento semlhante ao anterior com pequenas modificaes.

  • Came de disco com seguidor de face plana

    Circulo base muito pequeno

  • Comparao entre o tamanho da came de um seguidor de face plana e um seguidor de rolete

  • Etapas do projeto grfico - Inverso do mecanismo; - Seguidor tangente ao crculo de deslocamento => Defasagem; - Diviso do crculo de deslocamento; - Marcao das distncias perpendicularmente s linhas de diviso; - Ajustar o contorno da came como uma curva tangente aos crculos do rolete.

  • Came de disco com seguidor oscilante de rolete

  • Etapas do projeto grfico - Inverso do mecanismo; - Desenhar um circ. com centro no eixo da came passando pela artic. do seg.; - Diviso do crculo gerado; - Com centro em cada ponto da div. traar arco de raio igual ao raio do seg.; - Transferir o arco desejado em cada posio da came; - Ajustar o contorno da came como uma curva tangente aos crculos do rolete.

  • Came de disco com seguidor oscilante de face planaEtapas do projeto grficoEtapas idnticas ao caso anterior;Ajuste do perfil da came tangente ao polgono formado.

  • Came de retorno comandadoTanto a elevao quanto o retorno so comandados pela came;Tambm chamadas de cames de dimetro constante;Exemplo de uso => Comando de vlvulas desmodrmico;Possibilidade de uso de cames duplas para acionamento e retorno.

  • Came CilndricoExemplo de uso => Molinete de pesca;Mecanismos de enrolamento;Seguidor guiado por uma ranhura na came.

  • Came invertidoSeguidor aciona a came por meio de uma ranhura; Exemplo de uso => Mquina de costura.

  • Came para seguidor de roletes Mtodo AnalticoPasso 01: Determinar os ngulos como se segue:

  • Came para seguidor de roletes Mtodo AnalticoPasso 04: Calcular as coordenadas Xi e Yi e dos ngulos de presso.

    ngulo de presso

  • Came para seguidor de roletes Mtodo AnalticoPasso 05: Determinar o raio de curvatura de cada ponto da came.

  • Came para seguidor de roletes Mtodo Analtico

    Raio de Curvatura

  • Came para seguidor planos Mtodo Analtico

  • Came para seguidor planos Mtodo Analtico

  • Came para seguidor planos Mtodo Analtico

  • 3.3 - Tipos de Movimento do SeguidorDurante a rotao da came => Seguidor pode sofrer elevao, repouso e retorno;

    Movimentos mais utilizados para estes fins:Movimento uniforme;Movimento harmnico simples;Movimento parablico;Movimento cicloidal;Movimento Polinomial. (Se popularizou com o uso de mquinas ferramentas CNC)

  • Cames de Alta VelocidadePreocupao com o descolamento do seguidor da came.

    Foras atuantes no sistema so significativas => Foras de inrcia + fora de reteno.

    Seleo dos movimentos deve levar em conta: * Movimento desejado para o seguidor => Fundamental importncia;

    * Foras de inrcia => Caractersticas dinmicas do sistema;

    * Seleo do contorno da came => Minimizao do carregamento dinmico.

  • Conceito de acelerao segunda => Jerk * Terceira derivada do deslocamento em relao ao tempo; * Mede a taxa de variao da acelerao => Taxa de aplicao da carga (fora). * Indica o impacto do carregamento => Condio desfavorvel de funcionamento; * Impacto perfeito => Aplicao instantnea da fora => (Jerk = Infinito);

  • Sntese do movimento:Pontos mortosVelocidade constante

  • Sntese do movimento:1- Define-se as posies conhecidas e movimentos conhecidos.2- Completa-se os grfico para uma volta completa da came com perfis de deslocamento.

  • Anlise do movimento uniforme

  • Anlise do movimento uniforme

  • Anlise do movimento parablico

  • Anlise do movimento parablico

  • Anlise do movimento parablico

  • Anlise do movimento harmnico simples

  • Anlise do movimento harmnico simples

  • Anlise do movimento cicloidal

    Nenhuma propriedade do movimento tende ao infinito.

  • Anlise do movimento cicloidal

  • Maneiras de evitar o Jerk infinito

    Mtodo desenvolvido por Kloomok e Muffley

    Baseado no uso de perfis selecionados => Ciclide, harmnico e polinmio de 8 grau;

    Caractersticas do movimento cicloidal: - Acelerao nula nos extremos do trecho; - Pode ser usada antes ou depois de um repouso; - Leva a ngulos de presso relativamente grandes.

  • Caractersticas do movimento polinomialUtilizado em mquinas de alta velocidade.Somente polinmios de ordem impar permitem o incio e o termino do movimento, entre dois pontos mortos, nas mesmas condies.Polinmio de 1 ordem: Velocidade constante e aceleraes infinitas no incio e no fim do movimento.Polinmio de 3 ordem: Velocidade parablica, acelerao linear e JERK infinito no incio e no fim do movimento.Polinmio de 5 ordem: JERK e acelerao sempre finitos.Aproximaes de ordem superiores no so necessrias desde que erros na fabricao produzem efeitos de magnitude superiores a melhora obtida no aumento da ordem do polinmio.

  • Caractersticas do movimento polinomialSe o polinmio de n-sima ordem ento podem ser atendidas n condies de movimento.

  • Caractersticas do movimento polinomial

  • Curvas possuem derivadas contnuas => Acelerao varia continuamente => (Jerk = Valor finito);

    Evita-se o Jerk infinito nos extremos igualando as aceleraes finais e iniciais dos trechos;

    Ex: Repouso seguido de elevao: - Fim do repouso = > Acelerao nula; - Incio da elev.=> Selecionar curva com acel. inicial nula; - Fim da elevao => Acel. determinada pelo prximo trecho.

  • 3.5 - Fabricao de CamesPode depender de como o projeto foi efetuado (Grfico X Analtico)

    Fabricao baseada no projeto grficoUsa o desenho gerado como gabarito para a fabricao;

    A qualidade final depende da preciso do desenho => Geralmente a preciso limita o uso;

    Restrito a aplicaes onde a velocidade baixa;

  • Implementaes: - Corte do contorno da came (riscado) em chapa de ao; - Fresadora copiadora => Ferramenta guiada por um elemento que segue o desenho; Requer acabamento manual => Vivel para pequena produo.

    Fabricao baseada no projeto analticoClculo do deslocamento do seguidor para pequenos incrementos de rotao da came;Obteno do perfil por meio de uma fresadora de coordenadas: - Ferramenta faz o papel do seguidor; - Ferramenta executa os mov. como o seguidor o faria.

  • Para seguidor de rolete => Eixo da ferramenta perpendicular ao plano da came

  • Para seguidor de face plana => Eixo da ferramenta paralelo ao plano da came

  • Quanto menor for o incremento da rotao => Melhor o acabamento superficial - Incremento usual = 1 grau; - Mquinas CNC => Operao praticamente contnua => timo acabamento.

  • 3.6 - Projeto Analtico de CamesCame de disco com seguidor radial de face planaPermite determinar o contorno da came de forma analtica

    Ponto de contato carne-seguidor Mtodo grfico => Tentativas

    Raio mnimo Mtodo analtico=> Equacionamento

    Caractersticas calculadasEquaes paramtricas do contorno da came;Raio mnimo => Para evitar pontas;Localizao do ponto de contato.

  • Determinao do perfil da came e do comprimento de contato

    Equacionamento - x e y => Coordenadas do ponto de contato; - l => Distncia do ponto de contato linha de centro do seguidor; - R => Deslocamento do seguidor em relao origem.

  • Determinao do perfil da came e do comprimento de contato

  • Tringulo superior

    Tringulo inferior

  • Mas:

    Pela observao das equaes anteriores, tem se:Na prtica: - Diagrama de deslocamento desejado definido;

    - O contorno da came (dado por x e y para cada ngulo ) obtido pela soluo simultnea de R e l:

  • - Fazendo isto:

  • Tringulo superior

    Tringulo inferior

  • Mas:

  • Substituindo R e l nas equaes de x e y

    Determinao do comprimento da face - comprimento mnimo = lmx - l= f() => Determinar o valor mx de l - Por observao (varrendo ) - Fazendo

  • Determinao do raio mnimo da came C - Objetivo => Evitar pontas na came - Condies para que exista uma ponta

  • Derivando as equaes de x e y

  • Para anular as equaes dx/dq e dy/dq simultaneamente, tem-se:

    Consideraes - Procurar valor mnimo de f()+ f"() e determinar C de forma a no anular a equao acima

  • Se no existe restrio para C => Raio mnimo da came = Raio do cubo.Observaes: x e y do ponto de contato definem o perfil da came; R e l permitem sua fabricao Eixo da fresa paralelo ao plano da came. Comprimento mnimo da fresa maior que 2 lmx.

  • Came de disco com seguidor radial de face plana: Elevao de 50 [mm] realizada em de volta da came. Retorno de 50 [mm] realizada em de volta da came. Movimento harmnico.

  • Came de disco com seguidor radial de rolete

  • Superfcie primitiva da came dada pela posio do centro do rolete

    Da figura tem-se:

  • Verificao quanto existncia de pontas: = Raio de curvatura da superfcie primitivac = Raio de curvatura da superfcie da cameRr = Raio do rolete

  • Se = constante e Rr grande => c pequenoSe Rr = => rc = 0 => PontaSe Rr > => Superfcie rebaixada => Movimento incorreto

  • Para evitar pontas ou rebaixo:

    Cada trecho de movimento diferente deve ser verificado separadamente;Equao do raio de curvatura em coordenadas polares:

  • onde R = f () => Duas primeiras derivadas so contnuas

    Verificao geral - Determinar o valor mnimo de a partir da equao acima; - Deve ser feito para cada trecho de funo separadamente; - Geralmente leva a funes transcedentais complicadas.

  • Movimentos mais usadosMuffley e Kloomok => Movimento cicloidal, harmnico e polinmio de 8 grau; necessrio saber: - Tipo de movimento usado no trecho; - L => Elevao no trecho; - R0 => Raio mnimo da superfcie primitiva; - => ngulo de giro da came para realizar a elevao L.Exemplo Elevao desejada L= 15 [mm] Tipo de movimento = Cicloidal Giro da came para realizar a elevao = 30 Raio mnimo da superfcie primitiva R0 = 37,5 [mm] Verificar a existncia de ponta ou rebaixo para raio de rolete Rr = 6,25 [mm]

  • Movimento Cicloidal

  • Movimento harmnico

  • Polinmio do 8 grau

  • Consideraes a respeito do ngulo de presso - Caracterstica importante - Deve ser o menor possvel => Valor mximo = 30

    mx pode se determinado a partir da equao acima; - Procedimento difcil; - Equaes transcedentais complicadas. Movimentos mais usados: - Muff1ey e Kloomok; - necessrio saber: Tipo de movimento usado no trecho; L => Elevao no trecho; R0 => Raio mnimo da superfcie primitiva; => ngulo de giro da came para realizar a elevao L.

  • Exemplo Elevao desejada L= 15 [mm] Tipo de movimento = Cicloidal Giro da came para realizar a elevao = 30 Raio mnimo da superfcie primitiva R0 = 37,5 [mm] Verificar o mximo valor para o ngulo de presso

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