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ESTRUTURA TRÓFICA DA AVIFAUNA NO CEMITÉRIO MUNICIPAL SÃO JOÃO BATISTA – PRESIDENTE PRUDENTE
Presidente Prudente
2016
Faculdade de Artes, Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente - FACLEPP
Bacharelado em Ciências Biológicas
DISCENTES: MIRIAN FELIX DE OLIVEIRA
TAMIRIS HELENA ANDRADE SILVA
LETÍCIA APARECIDA COSTA
LUCILENE DE BRITO
ORIENTADOR: PAULO ANTONIO DA SILVA
ESTRUTURA TRÓFICA DA AVIFAUNA NO CEMITÉRIO MUNICIPAL SÃO JOÃO BATISTA – PRESIDENTE PRUDENTE
RESUMO
As aves são valiosos componentes dos ambientes devido aos papeis ecológicos que exercem e serviços que prestam, os quais são relevantes para o funcionamento dos ecossistemas. As aves silvestres têm sido cada vez mais forçadas a viver em ambientes antropizados. Contudo, até o momento, ainda há parca noção de como as assembleias de aves estão estruturadas nesses ambientes. Três questões são o pano de fundo para o bom entendimento da estrutura da assembleia local de aves, bem como dos fatores ambientais relacionados com a sua manutenção: 1) qual é a composição (pool de espécie e abundância de indivíduos e diversidade) da avifauna habitante de áreas antropizadas? 2) qual é a organização trófica dessa avifauna? 3) a avifauna em áreas antropizadas é dominada por espécies especialistas ou generalistas, i.e., típicas de bordas e oportunistas? 4) qual o papel da vegetação local na manutenção da estrutura da avifauna? Buscaremos responder tais questões através de amostragens sistemáticas de aves em um cemitério localizado no município de Presidente Prudente. O método de amostragem das aves será o de Pontos de Raio Fixo. A influência da vegetação será avaliada mediante um quadro comparativo – i.e., com pontos estabelecidos em locais rico e pobre em vegetação. A principal forma de análise dos dados se dará através de produção de Índices de Abundância. Este estudo integra um projeto de análise dos impactos de atividade cemiterial na região de Presidente Prudente. Com esse estudo, pretende-se gerar informações que podem ser bases para o planejamento e manejo de áreas cemiteriais, sobretudo no sentido de amenizar o local hostil que eles representam para muitas pessoas.
Palavras-chave: Ecologia urbana, guildas, hábitos e hábitats, arborização, ecossistema antrópico.
1. INTRODUÇÃO
Nos últimos 300 anos, grandes extensões de áreas terrestres cobertas por
vegetação natural foram convertidas em paisagens antropogênicas, ou seja,
espaços geográficos modificados pelo homem, como áreas agrícolas, pastoris,
urbanizadas e industriais (ELLIS et al., 2010). Tais transformações na paisagem
afetam negativamente a biodiversidade (MORRIS, 2010), logo a segurança e
manutenção dos ecossistemas (NAEEM; LI, 1997). Mais grave ainda é que a
conversão de áreas naturais em paisagens modificadas é recorrente em todo o
planeta e não perspectivas de mudanças nesse cenário (BRADSHAW et al. 2009).
Em razão disso, acredita-se que o planeta Terra experimentará o sexto processo de
extinção de espécies em massa (BARNOSKY et al., 2011), portanto, uma drástica
perda de biodiversidade. Quando uma espécie é extinta, as funções ecológicas que
elas exercem, bem como os serviços ecossistêmicos que prestam – e.g., polinização
de flores e dispersão de sementes – também são perdidas (MORRIS, 2010). Isso
pode desencadear um processo de extinção em cascata capaz de desestabilizar os
ecossistemas (DIRZO et al., 2014).
Tradicionalmente, os estudos ecológicos com ênfase na fauna e flora têm sido
concentrados em áreas naturais, i.e., regiões de vegetação primitiva, com nenhuma
ou pouca influência humana, no geral protegidas por leis, como as Unidades de
Conservação (DESTEFANO; DEGRAAF, 2003; CHAZDON et al., 2009). Contudo,
diante do quadro atual de mudanças no planeta causadas pelo homem, existe um
consenso de que o futuro da biodiversidade pode depender da conservação e
manejo das áreas antropizadas (GARDNER et al., 2009). Nesse contexto,
atualmente, há a necessidade de mudança no foco, ou seja, os estudos devem ser
redirecionados para as áreas antropogênicas (CHAZDON et al., 2009), dentre elas
as áreas urbanizadas e suas periferias (PICKETT et al. 1997; DESTEFANO;
DEGRAAF, 2003; BOTKIN; KELLER, 2011). Estudos dessa natureza são
elementares para o conhecimento da biota que habita as áreas antropogênicas.
Além disso, são fundamentais para determinar quais são os elementos requeridos
para a permanência das espécies (PETERS; NIBBELINK, 2011),
consequentemente, a manutenção da biodiversidade e de processos ecológicos
nesses ambientes modificados pelo homem. A ideia central desses estudos é
oferecer informações que apontem que os ambientes antropogênicos podem ser
planejados e manejados de forma adequada e efetiva, objetivando torná-los cada
vez mais habitáveis pelas populações selvagens (CHAZDON et al., 2009;
GARDNER et al., 2009; BOTKIN; KELLER, 2011), assegurando, assim, a
manutenção de funções ecológicas e serviços ecossistêmicos (MACDONNELL;
PICKETT, 1990; PICKETT et al. 1997). Cabe notar que os ambientes
antropogênicos ainda podem servir de corredores ecológicos, facilitando o fluxo de
indivíduos da fauna e flora em uma paisagem com vegetação natural fragmentada
(ALVEY, 2006).
As aves são importantes componentes dos sistemas naturais, pois
desempenham papeis ou serviços relevantes na manutenção, estruturação e
funcionamento dos ecossistemas. Elas são cruciais no exercício de efeito top-down
sobre as cadeias produtivas (e.g., predação de flores e sementes) e teias
alimentares (e.g., controle de pragas, como insetos herbívoros, roedores, espécies
invasoras), além de possibilitarem a ocorrência de “ligações” dentro e entre os
ecossistemas, como a polinização de flores, dispersão sementes e ciclagem de
nutrientes via cadeia de detritos (SEKERCIOGLU, 2006; WHELAN, et al., 2008;
WENNY et al., 2011). Provas de sua importância funcional nos ecossistemas já
estão bem consolidadas na literatura. A redução na abundância de aves, por
exemplo, resultou em perdas de serviços de polinização, consequentemente, a
formação de frutos e densidade de plantas (ANDERSON et al., 2011). Obviamente,
outros organismos que se alimentam de frutos são afetados pela diminuição na
abundância de aves, o que sugere que esses vertebrados são elementos chaves
nos sistemas ecológicos (DIRZO et al., 2014). Enfatiza-se que, como predadoras de
sementes, muitas aves podem influenciar a diversificação das comunidades
vegetais, via regulação da dominância de certas espécies de plantas (JANZEN,
1970; FORGET et al., 2000). Considera-se, ainda, que a recreação representa um
importante serviço ecossistêmico (COSTANZA et al., 1997), e as aves podem ter
papel funcional em atividades recreativas, e.g., na promoção do ecoturismo
(BUCKLEY, 2005), bem como da educação ambiental (BENITES; MAMEDE, 2008).
As aves também são extraordinárias indicadoras de saúde ambiental
(GREGORY; VAN STRIEN, 2010). A presença marcante de espécies de aves
organizadas em guildas (i.e., espécies que exploram a mesma classe de recursos de
forma similar; SIMBERLOFF; DAYAN, 1991) pode revelar o estado de degradação
e/ou conservação de um local. Por exemplo, se espécies generalistas ou
oportunistas, usualmente alocadas na guilda onívora, têm abundâncias consistentes
em uma determinada área, é provável que haja um acentuado estado de
degradação da vegetação, por conseguinte, dos hábitats (WILLIS, 1979; LE VIOL et
al., 2012). Por outro lado, em se tratando de guildas mais especializadas, como
frugívoros e carnívoros, sobretudo de grande porte, nectarívoros e insetívoros, a
presença destas guildas, bem como a marcante abundância de seus representantes
na área, podem indicar que o ambiente, no geral, apresenta um bom estado de
conservação, portanto hábitats potencialmente adequados (WILLIS, 1979; MOTTA-
JUNIOR 1990; LIM; SODHI, 2004; UEZU et al., 2005). Os ambientes mais
adequados seriam aqueles com estruturalmente mais complexos (i.e., de vegetação
consistente), diversificado, rico em recursos (e.g., alimentares, reprodutivos), que
inclusive podem garantir a manutenção das populações de aves em diferentes
escalas temporais (e.g., de migrantes na estação seca e chuvosa). A saber, tais
ambientes afetam a estrutura, organização e dinâmica da assembleia de aves
(ALEIXO; VIELLIARD, 1995; MARZLUFF, 2001; EVANS et al. 2009).
Os cemitérios costumam ser espaços de áreas verdes e, portanto, podem ser
adequados a manutenção e persistência de aves em áreas antrópicas. No entanto,
não é comum a existência de estudos enfocando os cemitérios como hábitats para
as aves. Também não temos noção de quais elementos existentes nesses locais
podem ser responsáveis pela persistência desses animais em paisagens
antropogênicas. Diante do exposto, neste projeto é proposta uma investigação da
avifauna que vive na paisagem antropogênica do Cemitério São João Batista, em
Presidente Prudente. Buscaremos responder quatro questões: 1) qual é a
composição/estrutura (riqueza de espécie, abundância de indivíduos e diversidade)
da avifauna habitante de tal área antropogênica? 2) qual é a organização trófica
dessa avifauna? 3) a avifauna da área é dominada por espécies especialistas ou
então generalistas típicas de bordas e oportunistas? 4) qual o papel da vegetação
local na manutenção da estrutura da avifauna? Essas questões são salutares para
interpretação dos impactos ambientais das atividades cemiteriais. Dessa forma, este
projeto integra um grande estudo que vem sendo executado no Mestrado em Meio
Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidade do Oeste Paulista, o qual
vislumbra avaliar os impactos ambientais de cemitérios localizados na região de
Presidente Prudente, bem como e importância das paisagens desses
empreendimentos para a biodiversidade, com ênfase em aves e plantas.
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivos gerais
Descrever a estrutura trófica da avifauna mediante um inventário sistemático
desses vertebrados, e de suas respectivas abundâncias, em áreas antropogênicas
do Cemitério São João Batista.
2.2. Objetivos específicos
A) determinar a identidade das espécies de aves;
B) avaliar a abundância de indivíduos de cada espécie;
C) avaliar a organização trófica dessas aves, i.e., a proporção numérica de
indivíduos alocados em diferentes guildas de alimentação (e.g., insetívora,
nectarívoras, frugívora, onívora, etc....) e hábitat (florestal, de borda, de áreas
abertas);
D) determinar possíveis relações entre a organização trófica (domínio de
espécies generalistas ou especialistas) dessa assembleia de aves e fatores
ambientais, em particular a estrutura da vegetação.
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Descrição geral da região Presidente Prudente
Presidente Prudente está localizado no Pontal do Paranapanema, oeste do
Estado de São Paulo (22°08’08.4’’S e 51°24’23.9’’W). O clima da região é Aw
megatérmico, marcado por duas estações bem definidas, descontando os efeitos
dos fenômenos El Niño e La Niña: uma chuvosa entre Outubro e Março e uma seca
entre Abril e Setembro. A precipitação média anual regional oscila em torno 1361
mm. Já a temperatura, em torno de 22,7 °C. Predominam vegetações típicas do
Bioma de Mata Atlântica, sobretudo de Floresta Estacional Semidecídua, em que até
50% das espécies arbóreas perdem as folhas no período mais seco (ZORZETTO et
al., 2003). A cobertura vegetal natural não atinge 3% dos 562,107 Km² da área do
município (KRONKA et al. 2005), fato que caracteriza a paisagem de Presidente
Prudente como tipicamente antropogênica, dominada sobretudo por atividades
agrícolas e pecuaristas.
3.2. Descrição geral da área de estudo
O cemitério São João Batista está localizado na periferia do Jardim Bongiovani,
sendo o local intensamente pressionado pela antropização nas suas cercanias. É
possível distinguir dois tipos de ambiente dentro dos limites do cemitério: um mais
rico em elementos vegetais plantado pelo homem (Área A; Figura1) e um quase
desprovido de elementos vegetais (Área B; Figura 1). Praticamente só ao fundo,
entre a Área B e a Rodovia Raposo Tavares, há uma vegetação mais adensada,
porém, dominada pela espécie vegetal exótica invasora, Leucaena leucocephala
(Lam.) de Wit (Fabaceae). A composição e riqueza de espécies vegetais em ambos
os ambientes ainda é desconhecida. Entretanto, em visitas prévias ao cemitério,
pode-se visualizar uma pobreza extrema de espécies vegetais na Área B, quase que
exclusivamente de oitis, Licania tomentosa (Benth.) Fritsch (Chrysobalanaceae).
3.3. Desenho amostral
A metodologia de amostragem das aves a ser usada nesse estudo é o de
Pontos de Contagem de Raio Fixo (BIBBY et al., 2000). Este método consiste em
uma caminhada ao longo de um trajeto, parando-se nos pontos pré-estabelecidos,
onde são registradas as incidências, i.e., contatos com indivíduo ou bando de aves
dentro de um raio. No caso desse estudo, o raio a ser estabelecido é de 30 m.
Serão estabelecidos 16 pontos, equidistantes 100 metros uns dos outros,
sendo oito na Área A e oito na Área B. A aplicação desse desenho visa coletar
dados consistentes, oriundos de uma amostragem espacial e temporal balanceada,
sobretudo no sentido de responder, com confiabilidade, à pergunta número 4 (cf.
Introdução acima).
3.4. Coleta de dados
Amostragens sistemáticas da avifauna serão conduzidas em cada ponto, por
um período de 10 min. As amostragens serão feitas pela manhã, entre 06:00 e 10:00
h, e 07:00 e 11:00 h no horário de verão. Esses horários são os mais adequados
para a detecção de aves através de pontos de contagens (ALEIXO; VIELLIARD,
1995). O período de 10 min, associado ao raio fixo (30 m) e distanciamento entre os
pontos (100 m), é suficiente para assegurar independência amostral (ALEIXO;
VIELLIARD, 1995).
As amostragens serão realizadas a cada quinzena, no decorrer 12 meses,
entre Agosto de 2016 e Julho de 2017. Toda ave observada ou ouvida dentro do raio
de 30 m será registrada seguindo um protocolo de campo padrão. Se o contato com
a ave for auditivo e não visual, essa será registrada como um único indivíduo. As
aves serão observadas com auxílio de um Binóculo 8 x 40. Quando possível, elas
serão fotografadas e suas vocalizações gravadas com auxílio de um gravador
portátil. Buscar-se-á sempre identificar a ave observada ou ouvida no momento da
sua detecção. Para isso, o observador estará munido de guias de campo (e.g.,
SYGRIST, 2014).
Figura 1. Área de estudo demonstrando os dois tipos de ambientes (Áreas A e B) a
serem considerados nesse estudo, bem como os pontos (em amarelo) a serem
estabelecidos, onde as aves serão amostradas no Cemitério São João Batista, em
Presidente Prudente: Fonte: Google Earth.
Usualmente, o esforço na coleta de informações nos pontos é concentrado
apenas na identificação e contagem de indivíduos de aves. Muitos indivíduos
ocorrem em grupo, até mesmo em bandos mistos (agrupamento de indivíduos de
várias espécies). Logo, não é usual o registro de outros dados biológicos, uma vez
que pode dispersar a atenção do observador na quantificação de aves. Diante disso,
informações biológicas (sobretudo de alimentação e estrato da vegetação em que a
ave está buscando o alimento) serão obtidas em caminhadas pelo cemitério, usando
o do método Ad libitum (ALTMANN, 1974). Tal método consiste na anotação de
qualquer atividade das aves que se vê ou pareça pertinente. Devido a não
sistematização desse método, tais informações não farão parte das análises. Porém,
esses dados poderão ser úteis no enriquecimento de discussões posteriores.
3.5. Definição das guildas de alimentação (ou guilda trófica) e de hábitats
A classificação das guildas se dará por meio de observações no campo, e.g.,
interpretação dos dados oriundos da metodologia Ad libitum (cf. item anterior).
Porém, esses dados poderão ser fundamentados ou complementados com
informações disponíveis na literatura especializada. Neste caso, serão consultadas
as obras de Willis (1979), Motta-Junior (1990) e Sick (1997) para dados de
alimentação, e Silva (1995) para dados de hábitats, as quais têm sido amplamente
aceitas como protocolo padrão ao para o agrupamento de aves de acordo com a
guilda de alimentação.
3.6. Análises
Os dados de incidência das aves em cada ponto serão considerados como
uma estimativa de abundância baseada em índices. Mediante a metodologia de
amostragem aplicada nesse estudo, o mais usado é o Índice Pontual de Abundância
(IPA); dado pela fórmula: IPA = Ni/Na, onde Ni é o número de incidência da espécie
i e Na é o número de pontos amostrados (ALEIXO; VIELLIARD, 1995; BIBBY et al.,
2000). Cabe notar que tal índice é altamente flexível. Pode ser usado na descrição
de variações, e.g., interestações, na abundância de cada espécie de ave. Também
pode ser agrupado por guildas, no sentido de averiguar qual delas tem maior ou
menor abundância local, bem como se há mudanças sazonais nessa variável.
Como um dos objetivos é verificar a influência da vegetação na estruturação da
assembleia de aves, também pode ser agrupado por hábitats e comparado
estatisticamente. O desenho desse estudo busca avaliar a avifauna em duas
situações: numa área com maior cobertura vegetal (Área A) e numa área cuja
cobertura vegetal é praticamente inexistente (Área B) (cf. Figura 1). A hipótese nula
(H0) é que não há variação na abundância, tão pouco na guilda, entre esses dois
tipos de ambientes. A hipótese alternativa (H1) é que a Área A tem maior condição
de abrigar as espécies de aves, por conseguinte, diferentes guildas, o que
potencializa a ocorrência de uma avifauna variada. Isso será testado usando o Teste
t-Student, mediante transformações adequadas no sentido de seguir os
pressupostos do teste (ZAR, 1999).
4. CRONOGRAMA DE EXECUSSÃO DO PROJETO
Atividades MesesS O N D J F M A M J J A
Atualização bibliográfica x x x x x x x x x x x x
Determinação dos pontos de amostragens
x
Coleta de dados x x x x x x x x x x x x
Pré-análises dos dados x x
Análises final dos dados x
Redação científica x x x x x x x
Preparação e submissão de resumos, artigos e afins
x x x x x x x
Preparação do relatório final x x x x x x x
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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