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E. E. GUIOMAR DE FREITAS COSTA. 3 BIMESTRE N 18Professor: Vilmar de Freitas. Disciplina: Geografia. Turma: 3DCONFLITOS TNICOS NA FRICAA origem dos conflitos tnicos na frica est lidada partilha do continente feita no final do sculo XIX pelos colonizadores europeus, que criaram fronteiras artificiais. Grande parte dessas fronteiras foi mantida aps os processos de independncia dos pases africanos. So chamadas artificiais pelo fato de diversos grupos tnicos, muitas vezes rivais, terem sido aglutinados num mesmo territrio colonial, enquanto outros, de uma mesma etnia ou de convivncia pacfica, foram separados. Isso gerou inmeros conflitos tnicos pela disputa de poder no interior dos novos Estados africanos aps sua independncia.Contribuem para a multiplicao dos conflitos na frica o baixssimo nvel socioeconmico da maioria dos pases, a inexistncia de governos democrticos em muitos deles, as disputas por territrios e pelo controle de recursos minerais em particular, diamantes e outras pedras preciosas. Alm disso, a disputa poltica pelo continente na poca da Guerra Fria levou os Estados Unidos e a ex-Unio Sovitica a darem armas e apoio financeiro a grupos tnicos rivais dentro de um mesmo pas, estimulando os conflitos e sustentando durante dcadas governos ditatoriais.RuandaRuanda, no sudeste do continente africano, foi colnia belga desde o final da Primeira Guerra Mundial at o incio da dcada de 1960, quando se tornou independente. Durante esse perodo, os belgas fomentaram a rivalidade entre os dois grupos tnicos que ocupavam essa regio africana tutsis e hutus como estratgia para manter o domnio sobre Ruanda. Os tutsis tinham privilgios na administrao belga, tornaram-se funcionrios pblicos, membros do exrcito colonial e conquistaram inclusive cargos importantes.Em 1962, aps a conquista da independncia, sob a liderana dos hutus, os tutsis passaram a ser perseguidos. Exilados nos pases vizinhos, formaram a Frente Patritica Ruandesa (FPR), retornando a Ruanda em 1990 e dando incio a uma guerra civil que arrasou o pas e produziu mais de 800 mil mortes e cerca de 2 milhes de refugiados.Em abril de 1994, o presidente Juvenal Habyrimana (1937-1994), de etnia hutu, morreu num acidente areo. Habyarimana retornava da Tanznia, onde realizou uma negociao de paz com os rebeldes tutsis da FPR, que controlavam uma parte do norte de Ruanda. A exploso do avio sobre a capital Kigali desencadeou a fase mais violenta e dramtica da guerra civil ruandesa. As principais vtimas foram os tutsis, incluindo mulheres e crianas, mortas a faces, foices e pauladas.Em 1995, nova investida da FPR (tutsi) tomou Kigali e apoiou a presidncia de um hutu (Pasteur Bizimungu), que se opunha ao massacre no pas e realizou uma poltica de reconciliao entre as duas etnias. Mas os conflitos entre tutsis e hutus ultrapassaram as fronteiras de Ruanda, chegando aos campos de refugiados na Repblica Democrtica do Congo (antigo Zaire), no Burundi e na Tanznia.Em 2000, Paul Kagame tornou-se o primeiro tutsi a assumir a presidncia do pas. No entanto, os problemas entre os dois grupos tnicos, amenizados neste incio de sculo, esto longe da soluo definitiva, dada a violncia da guerra.RESPONDA:01. Quais os principais fatores responsveis pelos conflitos no continente africano?_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Genocdio que deixou 800 mil mortos em Ruanda completa 20 anosRuanda inicia nesta segunda-feira (7 de abril de 2014) as cerimnias em memria do 20 aniversrio do genocdio de 1994, que, em apenas cem dias, deixou 800 mil mortos.02. O texto acima expe o que foi considerado o maior genocdio do planeta desde a II Guerra Mundial. Esse genocdio esteve relacionado que conflito?__________________________________________________________________________________________

E. E. GUIOMAR DE FREITAS COSTA. 3 BIMESTRE N 19Professor: Vilmar de Freitas. Disciplina: Geografia. Turma: 3DSUDOComo no restante da frica, as fronteiras estabelecidas no Sudo reuniram realidades tnicas e religiosas distintas: o centro-norte abriga populao majoritariamente muulmana e que se expressa em lngua rabe; o noroeste regio de Darfur rene, alm de muulmanos, grupos de origem centro-africana; o sul tem maioria crist, mas h tambm grupos animistas de diversas etnias. O controle do Estado sudans pela populao muulmana e o descaso aos demais grupos gerou conflitos permanentes entre o governo, sediado no centro-norte, e as regies de Darfur e do sul. Na regio de Darfur, o conflito travado entre grupos tnicos diferentes e grupos muulmanos que tm como brao armado a milcia da Janjaweed.No sul do Sudo a situao era similar de Darfur. A regio habitada por uma populao composta de grupos tnicos diferentes, mas com maioria crist ou animista. Essa maioria sempre resistiu imposio de leis islmicas e sofreu forte discriminao e abandono pelo governo sudans, razo dos conflitos histricos na regio.Em 2011, o Sudo foi dividido em Sudo e Sudo do Sul (o mais novo pas da ONU), com o objetivo de colocar fim a quase trs dcadas de guerra. No entanto, os dois pases so dependentes da sua produo de petrleo e o acordo de independncia estabelece que as vendas de petrleo sejam divididas igualmente entre ambos os pases. As maiores reservas esto no Sudo do Sul, mas os nicos oleodutos existentes correm em direo ao norte (Sudo), passam por refinarias e atinge o Porto do Sudo, no Mar Vermelho, o nico caminho existente para a exportao do petrleo do Sudo do Sul. Tal fato coloca o mais novo pas do mundo numa situao de total dependncia do Sudo para realizar a exportao do produto que representa mais de 90% da sua economia.O conflito de DarfurEm Darfur, a populao muulmana e de lngua rabe perfaz um tero dos habitantes e se dedica principalmente ao pastoreio nmade. Os no muulmanos, como os grupos Massalit, os Zaghawa eos Fur, so, sobretudo agricultores. O fato de os dois conjuntos terem a terra como base de suas economias provocou vrios conflitos sobre o ditrio ao uso da terra.No entanto, os problemas so mais amplos. H dcadas, a regio de Darfur tem sido abandonada prpria sorte pelo governo sudans, que negligenciou os investimentos sociais e econmicos essenciais nessa regio semirida. As poucas intervenes positivas do Estado em Darfur privilegiaram os muulmanos em detrimento dos outros grupos, contribuindo para agravar a hostilidade tnica j existente. A populao no muulmana de Darfur tem um forte sentimento de oposio ao governo, o que estimula a luta pela autonomia e pelo fim da discriminao.Em 2002, rebeldes do grupo Fur, em aliana com os Zaghawa, formaram o Exrcito Popular de Libertao do Sudo (SPLA). Armados e supostamente apoiados pelo vizinho Chade, eles atacaram instalaes do governo em 2003. A retaliao foi imediata e brutal. O governo, apoiado pela milcia janjaweed, promoveu um massacre cujo saldo atingiu cerca de 300 mil mortes e mais de 2 milhes de refugiados, somente nos primeiros cinco anos de conflito.Desde 2004, governo, rebeldes e organizaes internacionais, como a Unio Africana (UA), tentam estabelecer um cessar fogo. No entanto, apesar dos esforos da Misso da Unio Africana no Sudo (Amis), criada pela Unio Africana, das organizaes humanitrias e das ONGs para estabelecer a paz, todos os acordos assinados entre as partes foram violados por ambos os lados do conflito. Em 2011, entrou em vigor um novo acordo de paz, mas apenas com uma das milcias rebeldes existentes em Darfur, no caracterizando de fato pacificao para a regio.O presidente Omar al Bashir, no poder desde 1989, aps golpe militar, considerado o grande responsvel pelos massacres e por omisso situao dramtica de Darfur. Em 2009, teve a priso decretada pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra em Darfur. Bashir tornou-se o primeiro presidente, no cargo, a ser indiciado por um tribunal internacional.RESPONDA EM SEU CADERNO:01. Como se distribui a populao no Sudo?02. Explique a dependncia econmica entre o Sudo e o Sudo do Sul.03. Quais foram s aes do Exrcito Popular de Libertao do Sudo (SPLA), no incio dos anos 2000?E. E. GUIOMAR DE FREITAS COSTA.TRABALHO 3 BIMESTRE VALOR 5,0Aluno (a)______________________________________________________________ N ___Data: __/09/2015 Professor: Vilmar de Freitas. Disciplina: Geografia. Turma: 3__Ate o final da dcada de 80, existiam na frica treze conflitos regionais (Angola, Etipia, Libria, Sudo, Chade, entre outros). Um ano depois, esse nmero diminuiu para seis diante dos altos custos de sua manuteno. Com o relaxamento das tenses EUAURSS (distenso), os pases africanos tambm deixaram de ser o desencalhe de armas convencionais dos dois pases. Entre 1984 e 1987, as despesas militares diminuram de 5,2% do PNB acumulado dos pases em conflito para cerca de 4,3%. O cenrio que resulta desolador. Destruio econmica e desestruturao social, com a disseminao da fome e da epidemia da AIDS. (OLIVA, J. e GIANSANTI, R. Espao e modernidade: temas da geografia mundial. So Paulo: Atual, 1995). 01. Os conflitos existentes na frica, juntamente com a fome e as epidemias, so elementos que constituem o triste cenrio deste continente. Quais as explicaes para compreendermos a existncia dessas interminveis guerras regionais?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Quinze anos depois do genocdio que vitimou mais de 800 mil pessoas, visitar Ruanda ainda uma espcie de jogo de adivinhao a cada rosto que passa tenta-se descobrir quem foi vtima e quem foi algoz na tragdia de 1994. O governo do pas recorre unio do povo. O censo e as carteiras de identidade tnicas no existem mais, todos agora so apenas considerados ruandeses. O esforo do presidente Paul Kagame em evitar um novo conflito to grande que chamar algum de tutsi ou hutu de maneira ofensiva crime, com pena que pode chegar a 14 anos.Marta Reis A presena do trauma do genocdio o principal problema social de Ruanda, maior inclusive que a pobreza. Tratar esse trauma coletivo devia ser prioridade nmero um, e no transform-lo num tabu. A poltica do governo a do esquecimento por lei, por obrigao. Errada a vitimizao do genocdio, pois existe uma histria de conflitos anterior e posterior ao massacre.Marcio GagiatoAdaptado de O Globo, 12/04/2009 02. A polmica sobre os efeitos do genocdio de Ruanda, ocorrido em 1994, aponta para contradies dos processos de constituio de Estados nacionais na frica contempornea. Com base na anlise dos textos, a resoluo dessas contradies estaria relacionada adoo de quais medidas?__________________________________________________________________________________________

frica vive (...) prisioneira de um passado inventado por outros.Mia Couto, Um retrato sem moldura, in Leila Hernandez, A frica na sala de aula. So Paulo: Selo Negro, p.11, 2005.03. A frase acima se justifica por qu?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Populaes inteiras so, s vezes, expulsas de seus territrios. Esses povos sem-territrio ficam acuados e privados de seus direitos de cidadania e passam a viver em condies extremamente precrias. Exemplifica esse fato a guerra entre as etnias hutu e tutsi, que provocou aproximadamente meio milho de refugiados. 04. Essa desterritorializao aconteceu em qual pas africano?__________

Observe o texto e o mapa ao lado:Sudo do sul, independente e vulnervel.No sbado 9, o mundo ganhou um novo pas: o Sudo do Sul. A nao, maior que a Bahia, nasce carregando o ttulo do Estado mais pobre do mundo, onde trs dos estimados nove milhes de habitantes precisam de ajuda humanitria para se alimentar e 90% vivem com at 50 centavos de dlar por dia (cerca de 0,80 centavos de reais).05. O que podemos afirmar em relao geografia do novo pas?_______________________________________________________________________________________________________________________________