2012813_185825_Propagacao
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Prof: José Albuquerque JuniorDisciplina: PropagaçãoFAZ – 8P Engenharia Elétrica
O Espectro Radioelétrico
DIVISÃO DO ESPECTRO RADIOELÉTRICO
SUBDIVISÃO DIVISÃO DO ESPECTRO RADIOELÉTRICO
PROPRIEDADES DAS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
A existência de propagação das ondas eletromagnéticas podem ser definidas como uma consequência direta das equações de Maxwell.
E
HA
m
As variáveis são, respectivamente, a densidade de fluxo elétrico e densidade de fluxo magnético.
D e B
constantes de proporcionalidade: a permeabilidade do meio, μ, em Henry por metro e a permissividade do meio, , em farads por metro.
AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
REPRESENTAÇÃO DE UMA ONDA ELETROMAGNÉTICA.
Os campos elétricos e magnéticos são mutuamente perpendiculares e ambos em relação à direção de propagação. A direção de propagação é a mesma do eixo z. Os dois campos estão em fase para qualquer ponto no tempo ou no espaço. Suas amplitudes e fases são constantes no plano xy, que define uma frente de onda.
ELETROMAGNÉTICA: Não precisam de um meio material para se propagar
Ondas eletromagnéticas
luz Raio x Micro-ondas Ondas de rádio Ultra-violeta outras
Ondas EletromagnéticasOndas Eletromagnéticas
Raios gama: são emitidos por materiais radioativos e usados no tratamento de câncer e de muitas doenças de pele. Raios X: ajudam os médicos a tratar e a diagnosticar doenças.
Raios ultravioleta: são usados como desinfetantes.
Raios infravermelhos: são emitidos por corpos aquecidos e usados para secar pinturas.
Ondas de rádio: são usadas pelas emissoras de rádio e televisão.
Para fins práticos, pode-se classificar os meios condutores, dielétricos e quase-condutores da seguinte forma:
EQUAÇÃO DE ONDA
Uma solução para as equações de Maxwell admite que os comportamentos dos campos elétricos e magnéticos no espaço possam ser representados pelas seguintes equações:
EQUAÇÃO DE ONDA
Fator de Atenuação [Np/m]
Fator de Fase [rad/m]
No espaço livre, η = 1 e a impedância de onda torna-se
IMPEDÂNCIA DE ONDA
Pode-se obter a relação entre os campos elétricos e magnéticos, ou seja:
A relação entre os campos elétrico e magnético possui a dimensão de impedância medida em W e é definida como impedância de onda.
Através do equacionamento das equações de Maxwell fica:
VETOR DE POYNTING
O vetor de Poynting, S, medido em watts por metro quadrado, descreve a amplitude e direção do fluxo de potência transportado pela onda, por metro quadrado da área paralela ao plano xy, ou seja, a densidade de potência da onda. Seu valor instantâneo é dado por
Usualmente, somente o tempo médio do fluxo de potência em um período é de interesse:
VELOCIDADE DE FASE
A velocidade de fase, Vp, é a velocidade de um ponto de fase constante em uma onda, dada por:
Logo o comprimento de onda é dado por
No espaço livre a velocidade de fase torna-se
Tabela das Constantes de atenuação, fator de fase, impedância da onda, velocidade de fase e comprimento de onda para ondas planas em meios
com perdas
Solução Para ter a condição de CONDUTORCONDUTOR é necessário que:
E se o meio for um DIELÉTRICODIELÉTRICO:
2
0
2 10450
2 100 2 100 2 8
wf kHz
2
0
100 100 2 104,5
2 2 100 2 8
wf GHz
100 2
condutor
onde w fw
12
100
Dielétrico
onde w fw
Solução: Cont. Ex1.1) Referência Cap. 1 Justino
450 4,5kHz f GHz
Consequentemente, o meio comporta-se como quase condutor na faixa de frequências entre os limites encontrados:
Nota-se também que existe uma Frequência Crítica Frequência Crítica para a qual as duas grandezas têm a mesma amplitude, embora estejam em quadratura de fase no tempo. Tomando a relação anterior igual à Tomando a relação anterior igual à unidade, acha-seunidade, acha-se
0 2f
As relações dadas anteriormente, indicam que o meio comporta-se como condutor, dielétrico ou quase condutor conforme o valor da frequência em relação a frequência crítica descrita por:
0
0
0 0
/100
100
/100 100
f f MeioCondutor
f f MeioDielétrico
f f f Meio Quase Condutor
Ex1.2) Referência Cap. 1 Justino Determinar a frequência crítica para água do marágua do mar, cujas principais características eletromagnéticas são a permissividade de 810 e a condutividade de 4 S/m
SoluçãoUtilizando a equação abaixo encontra-se
0 2f
98
0
100 4 36 108,89 10 889
2 2 81f Hz MHz
Portanto, esse meio será considerado bom condutor em frequências inferiores a 9MHz. E um dielétrico real para valores de frequência superiores a 90GHz. É importante salientar que estes números devem ser entendidos do ponto de vista qualitativo, uma vez que não se levou em conta a variação da condutividade e da permissividade com a frequência.
Ex.1.5) Referência Cap. 1 Justino Uma onda eletromagnética senoidal com frequência de 20MHz propaga-se em um meio não magnetizável ilimitado que apresenta
permissividade de 30 e condutividade de 2mS/m. Estas propriedades
são típicas do solo de determinadas regiões e é importante conhecer a forma como o meio irá comportar-se para propagação da onda eletromagnética. a)Caracterizar esse meio quanto a sua condutividade e determinar a sua impedância intrínseca. b)Encontrar a frequência para a qual as amplitudes das correntes de condução e deslocamento assumem o mesmo valor por unidade de superfície.Solução O cálculo do fator relativo à corrente de deslocamento e sua comparação com a condutividade leva ao valores:
7 302 2 10 3 3,338 10 /
0,6
w S m
w
Exercícios
Cont. Ex1.5) Referência Cap. 1 Justino
O fator de atenuação é dado por:
3020 10 4 0,562 /
2
wNp m
Indicando um meio quase condutor. Logo devem ser utilizadas as expressões gerais para o cálculos dos parâmetros envolvidos na propagação e a impedância intrínseca fica:
7 7
3 3
2 2 10 4 10201,45 15,46 194,16 53,71
2 10 3,338 10
ii
i
b) Verifica-se que as correntes de condução e de deslocamento têm a mesma amplitude quando
36
00
4 1012 10 12
2 2 3f f Hz MHz
Exercícios
Ex1.4) Referência notas de aula
Ex4) Referência notas de aula
Cont. Ex4) Referência notas de aula
Cont. Ex4) Referência notas de aula
POLARIZAÇÃO DAS ONDAS POLARIZAÇÃO DAS ONDAS ELETROMAGNÉTICASELETROMAGNÉTICAS
A polarização de uma onda eletromagnética é definida pela projeção dos campos elétricos e magnéticos no plano perpendicular à direção de propagação.
As polarizações lineares podem ser ainda classificadas como polarização linear vertical e polarização linear horizontal.
A polarização apresentada na Figura é uma polarização linear vertical, uma vez que é a posição do campo elétrico que define a polarização, neste caso, perpendicular a superfície da terra.
POLARIZAÇÃO DAS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
Ilustração para definir a polarização linear de um campo eletromagnético.
POLARIZAÇÃO DAS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
Quando a direção do campo elétrico gira em torno de seu eixo de propagação, sua projeção sobre o plano perpendicular à direção de propagação pode descrever um círculo ou uma elípse, dependendo de como se comporta o módulo da amplitude do campo, conforme mostrado na Figura
Polarização horizontal
Polarização Circular
Polarização Elíptica
Rejeição de Polarização
Polarização
Polarização
A orientação espacial em função do tempo do vetor campo elétrico
da onda eletromagnética irradiada por uma antena define a sua polarização.
Para uma antena dipolo a polarização linear da onda de RF tem a mesma orientação mecânica da antena, podendo ser horizontal ou vertical
Quando se excitam dois dipolos perpendiculares entre sí, com sinais eletricamente defasados de 90 graus, dá-se origem a polarização elíptica, de onde a polarização circular é um caso especial que ocorre quando as potências são iguais nos elementos irradiantes horizontal e vertical.
PolarizaçãoA escolha do tipo de polarização algumas vezes é baseada na necessidade e outras vezes nas vantagens técnicas de um tipo sobre o outro
Polarização
Polarização
• Em transmissão de TV predomina a polarização horizontal, sendo a polarização elíptica mais rara e aplicada somente em alguns centros urbanos afim de combater a despolarização por efeitos de multipercurso numa tentativa de se melhorar a recepção indoor.
• Em transmissão FM broadcast predomina a polarização elíptica, sendo que mais recente vem se dando ênfase à transmissão vertical por apresentar melhorias nas recepções móveis.
POLARIZAÇÃO HORIZONTAL POLARIZAÇÃO VERTICAL
Polarização
Diagrama de Irradiação
Planos de um Diagrama de Irradiação
Rejeição de Polarização
Uma antena com polarização vertical não deveria receber qualquer sinal com polarização horizontal e vice-versa. Na prática, é comum receber parte da polarização indesejável.
A relação entre a amplitude do sinal desejado e a amplitude do sinal indesejado, define a rejeição de polarização cruzada (XPD).
ED = campo de polarização desejadaEi = Campo de polarização indesejada
( ) 20log d
i
EXPD dB
E
Existem duas formas para a propagação de uma onda em um ponto emissor a um ponto receptor.
Propagação Guiada e está tipicamente associada à propagação em cabos.
Propagação em Espaço Livre e está tipicamente associada às comunicações rádio (espaço livre).
Propagação
PropagaçãoPropagação Guiada e Propagação em Espaço Livre
Propagação Guiada
Na propagação guiada, a onda está confinada a um espaço limitado e a trajetória da sua propagação é a trajetória seguida pelo canal físico (guia de onda)
Propagação GuiadaPropagação Guiada
Os exemplos mais típicos de propagação guiada são: Tradicionais Cabos Coaxiais e nos Guias de Onda
Metálicos Ocos ou Fibras Ópticas. A comunicação através de uma linha de transmissão
foi a primeira a ser utilizada. Os guias de onda metálicos ocos são basicamente
tubos metálicos no interior dos quais a onda se propaga através de um processo de reflexões sucessivas nas paredes internas desse tubo.
As fibras ópticas são o meio por excelência para transmissão a longa distância.
PropagaçãoPropagação
Vantagens da Propagação GuiadaVantagens da Propagação Guiada
Quase não há perdas de energia por dispersão espacial
Imune a interferências e a ruído Maior segurança da informação. O canal projetado e construído, conhecem-se
melhor as suas características Estas características podem ainda ser
melhoradas, alterações guia de onda
PropagaçãoPropagação
Desvantagens da Propagação GuiadaDesvantagens da Propagação GuiadaNecessidade de construir e instalar o canal
Perdas devidas aos materiais utilizados Na sua construção Largura de banda Velocidade de transmissão é limitada em
virtude da atenuação imposta às diferentes frequências como existência de dispersão temporal da energia propagada.
PropagaçãoPropagação
Meio de Transmissão de Propagação
CABO COAXIALGUIA DE ONDA
FIBRA ÓPTICA
Propagação em Espaço LivrePropagação em Espaço Livre
Designada por propagação na atmosfera, livremente no espaço
O espaço é o meio de propagação mais frequentemente utilizado
Antenas faz a transformação da energia guiada em energia radiada.
Esta energia propaga-se em muitas direções É a propagação típica associada às radiocomunicações. Características das antenas
Propagação
Esquema ilustrativo da propagação em Espaço Livre
file:///C:/Program%20Files/PhET/en/simulation/radio-waves.html
Propagação
Propagação no Espaço LivrePropagação no Espaço Livre
O canal físico de propagação é portanto o espaço livre entre as antenas (o ar).
É um canal físico único para todos os sistemas transmissão e por isso se diz, que se trata dum canal aberto.
A possibilidade de interferência entre canais é real
Por outro lado este tipo de propagação está sujeito a todos os tipos de ruído existentes, desde o ruído cósmico, ao ruído industrial.
Propagação
Propagação no Espaço LivrePropagação no Espaço Livre
Existem perdas por dispersão. O fato da onda não se propagar confinada a um
determinado espaço físico, leva parte da energia seja espalhada, e apenas uma percentagem dessa energia chega ao receptor.
Existem perdas associadas ao meio material que são maiores
Parte dos casos são consideradas nulos, uma vez que assume o espaço livre preenchido por vácuo.
Em circunstâncias onde a frequência de trabalho é mais alta ou a atmosfera tem uma composição diferente, estas perdas devem ser consideradas.
Propagação
Propagação no Espaço LivrePropagação no Espaço LivreO canal já existe não sendo necessária a construção ou instalação.No entanto não pode ser melhorado, fixa se nas pesquisas de propagação no espaço livreCaracterísticas do canal é na melhor forma do sistema de transmissão se adaptar ao canal. Outro aspecto importante é que em alguns casos o canal tem características aleatórias. A quantidade de precipitação ou presença de maior ou menor concentração de gases na atmosfera são exemplos de fatores que variam no tempo sendo necessário entrar em fase de projeto com estimativas baseadas em valores médios conhecidos.
Propagação
Vantagem desta forma de propagação
Fácil difusão da informação.
A difusão é mais complicada já que para cada receptor novo é necessário instalar um novo canal.
Outra vantagem da propagação em espaço livre é o aspecto da mobilidade.
O serviço de difusão de televisão que utiliza as duas formas de propagação. No sistema por cabo a empresa operadora do serviço tem que ir distribuindo o sinal por uma vasta área até chegar a casa dos utilizadores.
Propagação
Difusão de televisão Comunicação via satélite
Antenas de Estação Rádio Base de uma
rede móvel
Propagação
Propagação
Antenas GMS (telemóveis) Agregados
Yagi
AntenaYagi Antenas
Parabólicas(Microondas)
Monopolos(Serviços radiomóvel)
RepetidoresEstaçõesmóveis
Propagação
Propagação no Espaço Livre
As principais características de uma antena relacionam o seu desempenho na formação de um desempenho na formação de um enlace eletromagnéticoenlace eletromagnético.
Inclui nessas características o seu diagrama de irradiação, o ganho a diretividade, o ângulo de abertura de feixe, a largura de faixa, a eficiência de irradiação.
Temos como referência do comportamento do enlace de uma antena isotrópica.
Propagação no Espaço Livre
A irradiação de uma antena isotrópica representada em coordenadas esféricas.Considera se o espaço livre totalmente desobstruído.
define a elevação
define o azimute
Propagação no Espaço Livre
20 2
S = /4
Pw m
r
Portanto P é a potência irradiada, a densidade de densidade de potência irradiada potência irradiada nessa distância r, medida em watts por metro quadrado. Considerando um ambiente desobstruído e sem perdas.
Para campos variando harmonicamente no tempo
222 2max
0 max
1 1S =
2 2ef
ef
EEH H
2max
2max
impedância intrínseca
Amplitude do campo elétrico
Amplitude do campo magnético
E
H
Propagação no Espaço LivreA impedância e o fator de fase podem ser calculados da seguinte forma:
=
wk w
c
Os campos Magnéticos e Elétricoscampos Magnéticos e Elétricos do irradiador isotrópico que dependerão apenas da potência emitida e da distância, os valores eficazes em módulo ficam da seguinte forma:
magnética
elétrica
c Velocidade de propaga o da onda
Permeabilidade
Permissividade
çã
1= c
30
120ef
PH
r
30
ef
PE
r
Propagação no Espaço Livre
Nas antenas reais, ocorrem direções preferenciais nas quais tem-se maior densidade de potência irradiada e em outras direções essa grandeza assume valores menores:
max, ,pS S f
fp é uma função espacial que descreve a distribuição de potência, segundo as duas coordenadas:
Propagação no Espaço Livre
O diagrama de irradiação de uma antena é dada pela densidade máxima de potência e a densidade média irradiada, que corresponde à densidade de potência da antena isotrópica.
max
0
SD
S
Propagação no Espaço Livre
DIAGRAMA DE IRRADIAÇÃO
Propagação no Espaço LivreDIAGRAMA DE IRRADIAÇÃO
Antena que irradia uniformemente no plano de azimute.Consiste em vários dipolos empilhados e alimentados em fase.O ganho é obtido com relação ao número de dipolos e a distância entre eles.
Omnidirecional
Diagramas de irradiação do Dipolo de Meia onda
Omnidirecional de 6 dipolos
Painel Setorial de 4 dipolos na vertical
Propagação no Espaço Livre
A eficiência de irradiação kr da antena é dada através da relação do ganho pela diretividade
max0
0r r
SG k k D
S
'max maxrS k S ' 0
max 24
G PS
r
Conclui-se que uma antena de ganho G0 irradiando uma potência P produz a mesma densidade de potência máxima que uma antena isotrópica irradiando uma potência G0P. Conhecido como potência efetivamente irradiada EIRP
'max 24
EIRPS
r
Propagação no Espaço LivreEx 4.1 Justino Uma potência de 20 W na frequência de 1GHz foi irradiada por uma antena isotrópica e por uma antena de ganho 30 dBi. Determinar a intensidade de campo elétrico a 20km de distância na direção máxima de irradiação p/ cada caso. Comparar os valores.
Solução
30ef
PE
r
0
( )
1010log ( ) 10p dBi
EIRP PG
P p dBi P
2
2120 4efE EIRP
r
222 2max
0 max
1 1S =
2 2ef
ef
EEH H
Propagação no Espaço Livre
Cont ex 4.1)Como a antena isotrópica irradia igualmente em todas as direções, com uma distância de 20km tem-se uma campo elétrico eficaz de:
34
1 30 2030 1,225 10 /
2 10efE P V mr
Ou 61,76dB𝜇 . E Para uma antena com ganho de 30dBi tem-se um valor numérico de G0=1000Logo a potência efetivamente irradiada será:
40 20 1000 2 10EIRP PG x W
Propagação no Espaço LivreCont ex 4.1)
43
4
30 30 2 1038,73 10 /
2 10ef
EIRPE v m
r
91,76dB𝜇, Um valor significativamente mais elevado do que o produzido pela antena isotrópica. Correspondente de 30dB de ganho dado pela segunda antena.
combinando
2 222 2max
0 max 2 2
1 1S = &
2 2 4 120 4ef ef
ef
E EE P EIRPH H
r r
= 120
Propagação no Espaço Livre
Captura de um Sinal por uma Antena de Recepção
A relação da potência recebida e a densidade de potência é conhecida como área efetiva de uma antena, se S for a densidade de potência da onda que chega na antena.
PrA
S
Ajustando a antena para a máxima potência desenvolvida
r maxPeA S
Propagação no Espaço Livre
Captura de um Sinal por uma Antena de Recepção
Quanto maior for a diretividade e o ganho da antena, maior será a densidade de potência irradiada em uma determinada região.
2
4e
DA
Propagação no Espaço LivreEx 4.2 Justino Um sistema de telefonia móvel celular opera na frequência de 870MHz, com a estação base irradiando uma potência de 5W. A antena transmissora tem um ganho de 6dBi. A 10 km de distância tem-se uma antena receptora com diretividade de 1dB. Determinar a potência entregue na entrada do receptor.
Solução
2S =
4
EIRP
r
2
4e
DA
r maxPeA S
Propagação no Espaço Livre
9 22 2
20S = 15,92 10 /
4 4
EIRPw m
r r
Cont ex 4.2) O ganho da antena é de 6dBi e representa um valor numérico de 4 em relação à antena isotrópica. Portanto a potência equivalente isotrópica é de EIRP=4x5=20W e a densidade de potência a 10km de distância será de
A antena receptora apresenta uma diretividade de 1dB, o que uma relação numérica de 1,26 e sua área efetiva será de
22 82
8
3 10 1,260,012
4 8,7 10 4e
DA m
Propagação no Espaço Livre
Cont ex 4.2) Usando o conceito de área efetiva, a potência recebida é de
9 12Pr 0,012 15,92 10 190 10 190W pW
12
12
3
Pr( ) 10log(190 10 ) 97,2
190 10Pr( ) 10log 67,2
1 10
dB dBW
dBm dBmW
Propagação no Espaço Livre
Ex 4.3) Justino Uma antena parabólica usada em um enlace de 8,5Ghz fornece na entrada de um receptor de microondas uma potência de 275nW, nas condições de máxima recepção e com casamento de impedância adequado. Quando essa antena foi substituída por corneta eletromagnética com ganho de 14,44dBi, o sinal recebido nas mesmas circunstancias de 1,25 nW. Determinar o ganho da antena parabólica.
Propagação no Espaço Livre
Cont ex 4.3) O sinal recebido por uma antena é proporcional à sua área efetiva, que é diretamente proporcional ao seu ganho
0275nW CG
1,25 rnW CGEm que o ganho G0 da antena, e Gr o ganho da antena de referência e C é uma constante de proporcionalidade. Como a corneta apresenta um ganho de 14,44dBi ou 27,8 numérico.
0
27527,8 6116 37,86
1,25G dBi
Propagação no Espaço Livre
Atenuação entre duas Antenas
Se no ponto em que foi calculada a densidade de potência for instalada uma antena receptora, a potência absorvida será a densidade da onda incidente multiplicada pela área efetiva Aer mais conhecida como a fórmula de transmissão de Friss
2P
4T T er
R
G P A
r
Propagação no Espaço Livre
Atenuação entre duas Antenas
Desconsiderando a perdas de potência de uma antena receptora, seu ganho aproxima-se da diretividade e portanto a área efetiva é dada por:
2
4R
e
GA
Logo a equação de Friis pode ser escrita como:
2
2P4
T R TR
G G P
r
Propagação no Espaço Livre
Feixe principal do diagrama de irradiação
Área efetiva
r
Propagação no Espaço Livre
Atenuação entre duas Antenas
Atenuação devido a propagação do trajeto é dada pela razão entre a potência liberada pela antena transmissora e a potência a na entrada do receptor:
2 222
0 2
4 4 44 1 1T
R T T er T R T R T R
r r frP rA
P G P A G G G G G G c
( ) 32,44 20log 20log ( ) ( )MHz T RA dB f r G dB G dB
( ) 92,44 20log 20log ( ) ( )GHz T RA dB f r G dB G dB
( ) 92,44 20log ( ) 20log ( )GHzA dB f GHz r km
Propagação no Espaço Livre
Ex 4.4) Justino Seja uma ligação entre duas antenas idênticas distantes de 30km em linha reta. O sistema usa antenas casadas em seus terminais, com ganho de 30dB em relação à antena isotrópica, cada uma. Sendo a frequência de operação de 3GHz e a potência transmitida 10Watts, calcular a potência recebida. Considerar o trajeto totalmente desobstruído. Desprezar as perdas nos cabos, nas conexões e no trajeto entre as antenas.
Solução
0 ( ) 92,44 20log 20log ( ) ( )GHz T RA dB f r G dB G dB
Propagação no Espaço LivreEx 4.4) Justino Cont. SoluçãoAplicando a fórmula de Friis, encontra-se a atenuação total do enlace.
614,206 10Tesplivre
R
PA
P
A potência de transmissão PT=10W7P 7,04 10R
Em dBm fica:
P 31,52R dBm
0 ( ) 92,44 20log ( ) 20log ( ) ( ) ( )GHz T RA dB f GHz d km G dB G dB
0 ( ) 92,44 20log3 20log30 30( ) 30( ) 71,5248GHzA dB dB dB dB
Propagação no Espaço Livre
Ex 4.5) Justino Seja uma ligação entre duas cidades distantes de 45km. O sistema usa antenas idênticas cuja área efetiva é de em seus terminais. Sendo a frequência de operação de 4GHz e a potência na saída do transmissor de 5Watts, calcular a potência na entrada do receptor. Considerar o trajeto totalmente desobstruído e uma perda nos cabos de 5dB.
Solução
210m
Propagação no Espaço Livre
Ex 4.5) Justino Cont. Solução
Usando a relação conhecida entre a área efetiva e o ganho da antena, com o comprimento de onda igual a 7,5 cm obtém se para cada antena o valor de
c
f
2
422340 43,5e
T R
AG G ou dB
Portanto, usando a fórmula de Friis e acrescentando a perda nos terminais, acha-se a atenuação total do trajeto igual a 55,4dB. A relação entre a potência emitida e a potência recebida fica
53,585 10T
R
PA
P
A potência recebida de 13,95uW ou -18,55dBm
Propagação no Espaço Livre
Ex 4.6) JustinoUma estação terrestre recebe sinais de um satélite artificial na frequência de 150MHz, o satélite encontra-se a uma altitude de 200km e o seu transmissor irradia 0,5W a partir de uma antena de ganho 5dB em relação a antena isotrópica. Considerando a propagação no espaço livre, calcular a densidade de potência que chega a estação terrestre, se a antena usada apresentar um ganho de 20dBi
Solução
24T TG P
Sr
2E
S
Propagação no Espaço Livre
Ex 4.6) Justino Cont. SoluçãoAplicando o conceito do ganho de uma antena transmissora, a densidade de potência que chega a estação terrestre será: Para o qual o ganho GT=3,16
12 2
22 3
0,50 3,163,146 10 /
4 4 200 10
T TG PS W m
r
Já que a intensidade do campo elétrico e a densidade de potência estão relacionados entre si por
2ES
120 377
12377 3,14610 34,44 / 30,74E S V m ou dBu
Propagação no Espaço Livre
Ex 4.6) Justino Cont. SoluçãoA potência recebida na estação terrestre é calculada multiplicando a densidade de potência da onda incidente pela área efetiva da antena receptora. Como o G0=20dB ou 100 e comprimento de onda é de 2m, f=150MHz
2231,83
4R
e
GA m
Conduzindo uma potência de:12 10
r 3
3,14610 31,83 1 10
P ( ) 10log 7010
R
R
P W ou
PdBm dBm
Propagação no Espaço Livre
Alcance máximo em Comunicações
Resolvendo a equação de Friis para a distância, obtém-se a expressão conhecida como equação do alcance em comunicações.
4 PT T R
R
G P Gr
Se PRmin for a menor potência detectável no receptor, Aumentando-se a potência transmitida ou os ganhos da antena pode-se aumentar o alcance.
maxmin4 P
T T Ro
R
G P Gr
Propagação no Espaço Livre
Ex 4.7) JustinoUm sistema é constituído por duas antenas idênticas com ganho de 30 dBi. A potência transmitida é de 5 watts e a potência mínima detectada no receptor é de -40dBm. Determinar o alcance máximo para a operação na frequência de 4GHz.
Solução
maxmin4 P
T T Ro
R
G P Gr
c
f
Propagação no Espaço Livre
Ex 4.7) Justino Cont. SoluçãoConvertendo a potência mínima detectável no equivalente em watts, os ganhos das antenas para os valores numéricos equivalentes e calculando o comprimento de onda, encontram-se os valores:
7minP 10R W 7,5
ccm
f 1000T RG G
max 7
5 1000 100042200 42,2
4 10or m ou km
Propagação no Espaço Livre
A presença de gases na atmosfera, vapor d’água, partículas de impurezas em suspensão, etc. Introduzem atenuações que contribui para redução do alcance.
Se o meio de propagação for homogêneo, os campos elétrico e magnético decrescem exponencialmente na forma: , em que é o fator de atenuação em Np/m (Nepers por metro). A densidade de potência é proporcional ao quadrado do campo e a amplitude desse campo decresce com o fator consequentemente a potência que chega a antena será:
2 2
2P4
rT R T
R
G G P e
r
2 re
2 re
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max
22
max maxmin4 P
rrT T R
oR
G P Ger r e
O Máximo alcance detectável é dado por:
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Ex 4.8) JustinoSupor que um sistema do ex 4.7 seja operado em uma atmosfera que introduza uma atenuação adicional de 0,008 dB/km. Determinar o alcance máximo, supondo que os demais tenham sido inalterados. ganho de 30 dBipotência transmitida é de 5 wattspotência mínima detectada no receptor é de -40dBmfrequência de 4GHz.
Solução( / ) 8,686 ( / ))db m Np m
max2max 42200 r
or e
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Ex 4.8) Justino Cont. Solução A conversão entre Neper e decibel obedece a relação:
( / ) 8,686 ( / ))db m Np m
Substitui os valores conhecidos teremos:
max2max 42200 rr e
Valor um pouco menor que o obtido para atmosfera sem perdas, como era de se esperar.
30,921 10 /Np km
max 40651r m
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Ruído
Sinal Receptor
Fontes de Ruído
Guia de ondas
Antena Receptora
A sensibilidade de um sistema leva em conta os efeitos dos ruídos originado no ambiente externo.
Portanto os Sinais espúriosSão combinações de ruídos captados pela antena receptora
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A potência disponível desse ruído em um dispositivo que opera em uma frequência f, sujeito a uma temperatura absoluta T, operando em um sistema de largura de faixa B, dada pela expressão.
231,3810 / constantede Boltzmank J K
346,6310 . constantede Plankh J s
t hf
kT
hfBN kTB
e
/ 1hf kT / 109 /f T Hz K
2,718e
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O ruído térmico é também conhecido como ruído de Johnson e ruído de Nyquist
ttu
NN kT
B
Ex4.9 JustinoA temperatura ambiente média anual no Brasil é de aproximadamente 27º C ou 300K em valores absolutos. Calcular a densidade espectral de potência do ruído térmico correspondente.
Solução
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23 231,38 10 300 414 10 /tuN W Hz
Ex4.9 Justino Cont
A potência do ruído em dBm ou dBW será de:
173,83 /
203,83 /tu
tu
N dBm Hz
N dBW Hz
Propagação no Espaço LivreEx4.10 JustinoUm sistema esta operando na frequência de 4GHz acoplada a um sistema cuja largura de faixa é de 10MHz. Seu ângulo de elevação acima do horizonte local é de 10º e nesta situação, sua temperatura equivalente de ruído é de 46K. Determinar a potência equivalente de ruído térmico.
Solução
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Ex4.10 Justino Cont
23 7 151,38 10 46 10 6,35 10tuN W
Que comparada ao valor de 1mW resulta em -112dBm.Conclui então que é um modesto valor para um ruído. Mas antes deve-se comparar com o nível do sinal.
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Relação entre o Ganho e a Temperatura de Ruído da Antena
Como qualquer sistema ativo ou passivo na entrada do receptor contribui para o aumento do ruído. A temperatura então deve levar em conta todos esses fatores.
tt ex C ex
NN GkT B N GkB T
GkB
O segundo termo dentro dos parênteses tem uma grandeza de temperatura, que aumenta o valor final em relação as fontes externas. Temperatura equivalente do ruído do estágio.
Ce
NT
GkB
Propagação no Espaço Livre
A potência total do ruído na saída assume o valor:
ex e ex eN GkB T T k G T T B A soma das duas fontes externas define a temperatura de ruído do sistema T
ex eT T T
A relação sinal ruído de entrada pela relação sinal ruído de saída define a figura de ruído F:
0
0 0 0
/
/in i i i
out i
SNR S N S NF
SNR S N S N
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A potência do sinal de saída é resultado da potência do sinal de entrada multiplicada pelo ganho de potência do estágio. O ruído total de saída é igual ao ruído de entrada multiplicado pelo ganho e somado com a potência de ruído gerada no próprio circuito.
0
0
1i i i C C
i i i i
S N S GN N NF
S N GS N GN
Que também pode ser escrita em função da temperatura
0
1 eTFT
01eT F T
Propagação no Espaço LivreEx4.12 JustinoUm amplificador de baixo ruído acoplado a uma antena de recepção de sinais de satélite operando na faixa de 4GHz apresenta uma temperatura equivalente de ruído de 60K. Calcular sua figura de ruído.
Solução
0
601 1 1,207
290eTFT
( ) 10log(1,207) 0,82F dB dB
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Relação Portadora Ruído
1C EIRP G
N Ao T kB
A relação portadora ruído C/N que estabelece o nível que a potência da portadora está acima do valor do ruído.
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Ex4.15 JustinoUm satélite geoestacionário localizado a 36000km de altura irradia uma potência de 2W por meio de uma antena com ganho de 30dBi, na frequência de 4GHz. Na estação terrestre, tem-se uma antena com ganho de 40dBi e temperatura equivalente de ruído igual a 30K. Determinar a relação portadora-ruído na entrada do receptor, admitindo que a largura de faixa B= 10MHz
Solução
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Ex4.15 Justino ContCom uma antena de ganho 30dBi tem-se uma potência isotrópica equivalente de:
2 1000 2000EIRP W Na frequência especificada tem-se um comprimento de onda de 7,5cm e atenuação no espaço livre é de:
22 6
190 2
4 36 1043,64 10 195,61
7,510
rA ou dB
Como a antena em terra tem ganho de 40dBi a relação portadora-ruído para uma largura de faixa de 10MHz será de:
19 23 7
1 2000 10000 1132,72 21,23
3,64 10 30 1,38 10 10
C EIRP Gou dB
N Ao T kB
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