150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

104
Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 28/09/2006 - Eu preciso aprender a só ser... Eu Preciso Aprender a Só Ser Composição: Gilberto Gil - Texto de Isabel Câmara Sabe, gente É tanta coisa pra gente saber O que cantar, como andar, aonde ir O que dizer, o que calar, a quem querer Sabe, gente É tanta coisa que eu fico sem jeito Sou eu sozinha e esse nó no peito Já desfeito em lágrimas que eu luto pra esconder Sabe, gente Eu sei que no fundo o problema é só da gente É só do coração dizer não quando a mente Tenta nos levar pra casa do sofrer E quando escutar um samba-canção Assim como "Eu preciso aprender a ser só" Reagir e ouvir o coração responder: "Eu preciso aprender a só ser" Oi, galerinha Aos que reclamavam de meu sumiço, vai uma explicação: felizmente estou muito atarefada – aulas no Ponto; mudança de

description

 

Transcript of 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Page 1: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

28/09/2006 - Eu preciso aprender a só ser... Eu Preciso Aprender a Só Ser Composição: Gilberto Gil - Texto de Isabel Câmara Sabe, gente É tanta coisa pra gente saber O que cantar, como andar, aonde ir O que dizer, o que calar, a quem querer Sabe, gente É tanta coisa que eu fico sem jeito Sou eu sozinha e esse nó no peito Já desfeito em lágrimas que eu luto pra esconder Sabe, gente Eu sei que no fundo o problema é só da gente É só do coração dizer não quando a mente Tenta nos levar pra casa do sofrer E quando escutar um samba-canção Assim como "Eu preciso aprender a ser só" Reagir e ouvir o coração responder: "Eu preciso aprender a só ser" Oi, galerinha Aos que reclamavam de meu sumiço, vai uma explicaçã o: felizmente estou muito atarefada – aulas no Ponto; mudança de

Page 2: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

casa, de cidade, de estado (finalmente, a tão esper ada REMOÇÃO saiu e estou de volta à minha cidade natal – RIO DE JANEIRO). Já deu pra perceber que não foram poucas as minhas atividades, não é? O tempo tem sido curto pa ra tanta coisa... Enfim, o que interessa é que estou de volta ao espa ço aberto, trazendo algumas questões interessantes para analis armos. Você notou que reproduzi acima a letra de uma linda canção de Gil (quando era apenas um brilhante artista). A partir dessa canção, vamos analisar como a posiçã o de certos vocábulos pode alterar o seu sentido na oraç ão (e, algumas vezes, sua classificação morfológica também , ou seja, a classe de palavras a que pertencem). Esse assunto foi abordado em uma prova da Fundação Getúlio Vargas - Agente Tributário Estadual de Mato Grosso do Sul - e suscitou inúmeros debates. Qual é a diferença entre “Eu preciso aprender a ser só” e “Eu preciso aprender a só ser”? Bem, no primeiro caso, o vocábulo “só” é um adjetiv o que equivale a “sozinho”. Assim, o que se precisa apren der é a ficar sozinho. Já a resposta do coração dá outra sugestão: “é prec iso aprender a só ser”, ou seja, é preciso aprender a s implesmente “ser”. Esse “só” tem valor circunstancial e recebe a classificação de “palavra denotativa”. Tem valor de exclusão – é preciso aprender nada além de SER. Apesar de não reconhecidas pela Nomenclatura Gramat ical Brasileira (que as classifica à parte dos advérbios , mas sem denominação específica), as palavras denotativas di ferenciam-se destes em função das palavras que podem modifica r. Os advérbios podem modificar verbos, adjetivos, out ros advérbios ou orações/enunciações, enquanto que as p alavras denotativas podem se referir a vocábulos de qualque r classificação, ou até mesmo a nenhum vocábulo

Page 3: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

especificamente. Podem designar, dentre outras circunstâncias: - INCLUSÃO: até, inclusive, mesmo, também etc. - EXCLUSÃO: apenas, salvo, exceto, só, somente etc. - DESIGNAÇÃO: eis - REALCE: cá (“Eu cá tenho de perguntar”), lá (“E e u lá sei isso!”), é que etc. - RETIFICAÇÃO: isto é, ou melhor, aliás etc. - EXPLICAÇÃO: isto é, ou melhor (a diferença entre este e o anterior depende da construção). - SITUAÇÃO – afinal (Afinal, o que você quer?), ago ra, então (“Então, diga se já compreendeu a lição.”) Veja um outro emprego da palavra denotativa “só”: “Só eu sei / as esquinas por que passei / Só eu sei ” (letra da música “Esquinas”, de Djavan). Esse “só” se refere ao pronome “eu” com idéia de ex clusão – “ninguém além de mim” ou “de todas as pessoas do mu ndo, só eu sei...”. Note que não poderíamos classificar esse vocábulo c omo advérbio, uma vez que altera o sentido de um pronom e (eu). A questão da prova da FGV explorava a alteração de sentido e de classe gramatical de vocábulos em relação à sua posição. “Outras vezes ela passa por mim na rua entre os cam elôs.” “Vezes outras a entrevejo no espelho de uma joalher ia.” No trecho acima, a inversão das palavras grifadas n ão

Page 4: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

provocou alteração de sentido. Assinale a alternati va em que a inversão dos termos provoca alteração gramatical e semântica. (A) novos papéis / papéis novos (B) várias idéias / idéias várias (C) lúcidas lembranças / lembranças lúcidas (D) tristes dias / dias tristes (E) poucas oportunidades / oportunidades poucas O gabarito foi a letra (B). Antes do substantivo, o vocábulo “várias” é um pronome que atribui a “idéias” um val or indefinido – não se pode precisar quantas idéias. Já posposto ao substantivo, passa a ser um adjetivo , equivalente a “variadas”. Alguns questionaram a alteração gramatical provocad a pela inversão dos vocábulos na opção (E). Note que o enu nciado exige que a inversão tenha provocado alteração gram atical E semântica. Em “poucas oportunidades”, o vocábulo “poucas” é ta mbém um pronome indefinido – segundo Aurélio: “em quanti dade ou em grau menor do que o habitual ou o esperado”. Já em “oportunidades poucas”, o vocábulo passa a se r um adjetivo – segundo Aurélio: “em pequena quantidade; escasso, reduzido”. Houve, portanto, mudança na classificação morfológi ca da palavra (de pronome para adjetivo). Contudo, não houve alteração semântica (sentido, si gnificado) – ambos os vocábulos apresentam a idéia de algo red uzido, em quantidade pequena ou menor que a necessária ou esp erada. Por hoje é só. (Você percebeu que esse ‘só’ modific a o

Page 5: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

pronome “isso” que está subentendido: “Por hoje é s ó [isso].”?) Abraço. 05/07/2006 - Algumas da prova para FISCAL / MS - FG V - Parte 2 Oi, gente! Que bom poder contribuir com a preparação e, conseqüentemente, com a aprovação de tantos candida tos. Tem sido muito gratificante ver entre os novos cole gas da Receita Federal alguns que, tempos atrás, estavam sentadinhos à nossa frente estudando com afinco. Sejam bem-vindos, novos técnicos e auditores da Rec eita Federal! Também parabéns aos que foram aprovados no concurso de Fiscal do Trabalho, Fiscal de Mato Grosso do Sul e da Paraíba. É uma delícia receber essas mensagens de agradecime nto, saber que fui lembrada num momento tão feliz de sua s vidas! Obrigada pelo carinho de sempre. Aos que persistem na luta, vamos continuar desvenda ndo os mistérios da nossa Língua Portuguesa. Respirem fund o, estufem seus peitos (olha o silicone, hem?) e vamos em frente, pois a fila andou! Primeiramente, um aviso aos “concurseiros” de São P aulo e arredores: nos dias 19 e 20 de julho, no Curso Form ação, haverá um “intensivão” com exercícios de Direito Tr ibutário com o maravilhoso, excelente, excepcional professor Eduardo Corrêa. É hora de acertar as arestas para o concurs o para ISS/SP, que deve sair em breve, e já (re)começar a preparação para os concursos de 2007! Por fim, é com imenso prazer que começamos dois nov os cursos aqui – um teórico, aos que precisam “prepara r a base” em Língua Portuguesa para seguir em frente, e outro (relançado) de exercícios com questões da Fundação Carlos Chagas, uma banca que vem se firmando cada vez mais no mercado de concursos públicos. O primeiro terá doze aulas com basicamente todo o programa dos principais conc ursos

Page 6: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

públicos do país. Só não trataremos dos aspectos re lacionados a interpretação de textos, que requer um curso espe cífico, dada a sua complexidade. Após apresentar os conceit os, praticaremos com questões das diversas bancas examinadoras. Já o segundo é mais objetivo (seis au las), relembrando a matéria sob o foco das questões de pr ova da FCC. Hoje, daremos continuidade à análise de outras ques tões da prova para Fiscal de MS, aplicada pela Fundação Get úlio Vargas. " Tinham a convicção que estavam na crista de uma o nda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para pro mover a transformação das relações de produção...." 5 - A palavra inexorável só não pode ser substituíd a sob pena de alteração de sentido, por: a) implacável b) indelével c) inelutável d) perituro e) sempiterno Realmente, não dá para saber o que se busca com que stões como essa. Quem faz uma questão como essa deve ter nascido de chocadeira, não é possível! Com tanta coisa inte ressante para se perguntar, vem exigir do candidato um conhe cimento lexical tantas vezes desnecessário. Para começar, uma palavrinha que ficou na moda há a lgum tempo: inexorável, que significa “inabalável, auste ro, imbatível”. O examinador que saber qual dessas opçõ es não poderia substituir esse vocábulo.

Page 7: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

O gabarito foi letra D. O vocábulo "perituro" signi fica "o que vai perecer, morrer, acabar", apresentando, portanto, u ma idéia contrária a "inexorável". Mas o que dizer de "sempiterno" (ui!)? Significa “o que dura para sempre”. Ainda que não seja um sinônimo de ine xorável, este vocábulo situa-se no mesmo campo semântico des te, não apresentando, pois, idéia contrária. Por esse motiv o não foi considerado o gabarito. Já implacável, indelével e inelutável podem ser con siderados sinônimos. 7 - As alternativas a seguir desempenham, no texto I, mesma função sintática, à exceção de uma. Assinale-a. (N.R.:Adaptamos a questão, apresentando o trecho em que as expressões em destaque surgiam no texto.) a) “Até hoje, não surgiu nenhum sistema tão capaz D E FAZER CRESCER A ECONOMIA.” b) “...visivelmente não sentem saudades do tempo em que eram obrigados A JORNADAS DE TRABALHO DE 12 HORAS.” c) “O individualismo característico dessas confusas camadas intermediárias as torna muito vulneráveis À SEDUÇÃO DAS CLASSES DOMINANTES.” d) “Tinham a convicção de que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformação DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO.” e) “Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformação das relações de produção e o crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS.” Mais uma vez, explora-se, nessa questão, a diferenç a entre ADJUNTO ADNOMINAL e COMPLEMENTO NOMINAL. Já tratamos disso em encontros anteriores, inclusiv e em comentários à prova de Agente de Tributos Estaduais /MS,

Page 8: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

concurso realizado pela mesma banca. Mesmo assim, n ada melhor do que relembrar. A diferença baseia-se no s eguinte: - COMPLEMENTO NOMINAL - complementa um adjetivo, um advérbio ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO - ADJUNTO ADNOMINAL - complementa um substantivo concreto ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO Você deve ter notado que o SUBSTANTIVO ABSTRATO aparece nas duas funções, não é mesmo? Como se dife rencia, então? Uma das formas é a partir da idéia que o complement o emprega no termo regente. Se a idéia for ATIVA, é A DJUNTO ADNOMINAL (BIZU: tudo com a letra "A" - substantivo Abstrato com idéia Ativa é Adjunto Adnominal) Se a idéia for passiva, é complemento nominal (memo riza por exclusão em relação ao outro). Veja o exemplo: 1) a construção do arquiteto - "Construção" é um su bstantivo abstrato. Vamos analisar a função do complemento: o arquiteto constrói ou é construído? Constrói. Então ele prati ca a ação. A idéia é ATIVA. Logo, a expressão "do arquiteto" exe rce a função sintática de adjunto adnominal. 2) a construção do prédio - O prédio constrói ou é construído? É construído. Sofre a ação verbal. Então a idéia é passiva. Logo, sua função sintática é COMPLEMENTO NOMINAL. Então, vamos lembrar os casos: - COMPLEMENTO NOMINAL - complementa um ADJETIVO, um ADVÉRBIO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idéia PASSIVA. - ADJUNTO ADNOMINAL - complementa um SUBSTANTIVO CONCRETO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idéia ATIVA (tudo com a letra A)

Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Page 9: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

Voltemos à questão de prova: a) capaz de fazer crescer a economia. CAPAZ é um adjetivo. Logo, "de fazer crescer a econ omia" exerce a função de complemento nominal. b) eram obrigados A JORNADAS DE TRABALHO DE 12 HORAS. OBRIGADOS é um adjetivo. Logo, "a jornadas de traba lho de 12 horas" é complemento nominal. c) vulneráveis À SEDUÇÃO DAS CLASSES DOMINANTES VULNERÁVEIS é um adjetivo. Assim, o que está sublin hado é complemento nominal. d) transformação DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO TRANSFORMAÇÃO é um substantivo abstrato (oba! Vamos testar nossos conhecimentos!). Temos de analisar se o complemento apresenta idéia passiva ou ativa. Em "p ara promover a transformação das relações de produção", o complemento "relações de produção" transformam ou s ão transformadas? Elas são transformadas. Então a idéi a é passiva. Com idéia passiva, o termo exerce a função de complemento nominal. e) crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS. CRESCIMENTO é também um substantivo abstrato (belez a!). Em "o crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS", FORÇAS PRODUTIVAS irão crescer. Assim, a idéia é ATIVA. En tão, esse elemento exerce a função sintática de ADJUNTO ADNOM INAL. É A ÚNICA QUE SE DIFERENCIA DAS DEMAIS. É O GABARIT O. 13 - Assinale a alternativa em que um dos elementos mórficos da palavra contribuiu não esteja corretamente anali sado. a) CONtribuiu = prefixo b) conTRIBuiu = raiz

Page 10: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

c) contribuiU = desinência modo - temporal d) CONTRIBUIu = tema e) contribuIu = vogal temática Vamos “dissecar” essa forma verbal: PREFIXO RADICAL VT DMT DNP CON TRIBU I - U Legenda: VT = vogal temática DMT = desinência modo temporal DNP = desinência número pessoal Aos que já estudaram isso há duzentos anos, vamos r elembrar os conceitos. RAIZ – elemento mínimo que carrega a significação d as palavras cognatas (de mesma família). RADICAL – elemento comum às palavras cognatas. VOGAL TEMÁTICA – pode estar presente nos nomes (vog ais A, E, O) e nos verbos (A, E, I), designando nestes a c onjugação a que pertencem (respectivamente, 1ª, 2ª e 3ª). AFIXOS – elementos que se unem ao radical para a fo rmação de novos vocábulos. INFIXOS – vogais e consoantes de ligação – não poss uem significado e servem apenas para facilitar a pronún cia. DESINÊNCIAS – morfemas que se agregam ao radical. N os verbos, as desinências podem ser:

Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Page 11: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

DMT – indica o tempo e modo da s formas verbais DNP – indica o número e a pess oa das conjugações verbais A origem da palavra "contribuir" é latina (contribu ere). O morfema "trib" é a raiz - a mesma de tributar, trib uto, retribuir. Portanto, está correta a opção B. O prefixo latino "con" que se liga à raiz indica, d entre outras circunstâncias, concomitância. Está certa a opção A . O erro está na opção C. O morfema "u" (contribuiU) é desinência número-pessoal (não há desinência modo-t emporal nessa forma verbal, como podemos ver no quadro acim a), indicando que o verbo está conjugado na 3a. pessoa do singular. Tema é a união do radical à vogal temática, correta mente identificada na opção E como “i”, indicativa de ver bo da 3ª conjugação. O tema é, portanto, CONTRIBUI. 15 - Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo mesmo processo que "acompanhamos": a) rapidíssimos b) encanada c) utilizamos d) repressão e) intermediárias Gabarito - B ACOMPANHAR é resultante do processo chamado DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA. Nesse processo de formaçã o de vocábulos, ao mesmo tempo, são incluídos um pref ixo e um

Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Page 12: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

sufixo. A raiz é COMPANH (de companhia, por exemplo, que, p or sua vez, já apresenta o prefixo "com"). Para formar o v erbo (e por conseqüência suas conjugações, como "acompanhamos") , foram agregados à raiz o prefixo "A" e o sufixo "ar ". O mesmo ocorreu em ENCANAR (opção B), cuja raiz é " can" (de "cano"), tendo recebido o prefixo EN e o sufixo ADA (indicativo de particípio). RAPIDÍSSIMO, UTILIZAMOS e REPRESSÃO só receberam sufixos. Já intermediárias apresenta prefixo e sufixo, mas n ão é um caso de derivação parassintética, como no paradigma 'acompanhamos'. É um caso de prefixação e sufixação , já que permite a formação de vocábulo com somente um dos a fixos. Primeiramente, teria sido agregado um sufixo – medi ação – para, em seguida, formar-se um outro vocábulo com a prefixação – intermediação. No caso da derivação parassintética, o vocábulo sim plesmente não existe sem um dos dois afixos (não existe "comp anhar", ou "acompanhia"). Os dois são agregados ao radical ao mesmo tempo, o que não acontece com “intermediárias”. Vamos terminar como nos desenhos do Pernalonga: “Th at’s all, folks!”, ou, em bom português, “É isso aí, pes soal!”. 28/06/2006 - Algumas da prova para FISCAL/MS Vou começar a cumprir as minhas promessas. Resolver emos algumas questões da prova para Fiscal/MS, elaborada pela FGV. Vamos lá. 9 - Curiosamente, no momento em que os marxistas (e , com eles, a esquerda em geral) sublinhavam a significaç ão crucial dos valores, da ética, a direita assumia a centrali dade da economia e passava a acreditar que possuía a chave da compreensão correta (e da solução) dos problemas qu e nos afligem no presente. (L.77-82)

Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Page 13: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

Assinale a alternativa correta quanto à classe gram atical e função sintática, respectivamente, das ocorrências da palavra QUE grifadas no trecho acima. CLASSE GRAMATICAL FUNÇÃO SINTÁTICA (A) pronome relativo adjunto adnomin al conjunção integrante objeto direto pronome relativo sujeito (B) conjunção integrante complemento nomi nal conjunção subordinativa sem função sintá tica conjunção integrante objeto direto (C) preposição sem função s intática pronome relativo objeto indire to conjunção integrante sem função sin tática (D) conjunção integrante sem função sint ática conjunção subordinativa objeto indireto conjunção subordinativa objeto direto (E) pronome relativo adjunto adve rbial conjunção integrante sem função s intática

Page 14: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

pronome relativo sujeito Primeira providência - verificar se o "que" se refe re a algum termo antecedente (PRONOME RELATIVO) ou inicia uma oração substantiva (que pode ser substituída por "i sso" - CONJUNÇÃO INTEGRANTE). 1º. "no momento em que" - esse "que" se refere a 'm omento' - PRONOME RELATIVO 2º. "passava a acreditar que possuía a chave" - pas sava a acreditar NISSO - CONJUNÇÃO 3º. "compreensão dos problemas que nos afligem" - " que" se refere a "problemas"- PRONOME RELATIVO Vamos, agora, às opções - ficamos com as letras A e E: CLASSE GRAMATICAL FUNÇÃO SINTÁTICA (A) pronome relativo adjunto adnom inal conjunção integrante objeto direto pronome relativo sujeito (E) pronome relativo adjunto adve rbial conjunção integrante sem função s intática pronome relativo sujeito Agora, precisamos analisar a função sintática de ca da um deles. Já para começar, lembremos que uma conjunção integrante não exerce função sintática alguma na or ação. Serve apenas para juntar duas orações. Só com essa inform ação, já

Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Page 15: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

eliminamos a opção A. Resposta: E. De qualquer forma, vamos analisar as funções dos pr onomes relativos: 1º. "no momento em que" - esse "que" se refere a 'm omento' - refere-se a uma informação circunstancial (momento) - sua função é ADJUNTO ADVERBIAL. 3º. "compreensão dos problemas que nos afligem" - " que" se refere a "problemas" - os problemas nos afligem - a função é a de SUJEITO. Para analisar a questão 10, vamos reproduzir o trec ho em que o segmento aparece no texto. Essa chave é o instrumento simbólico mais eficiente da ideologia dominante (que, como dizia Marx, é sempre a ideologia das classes dominantes): é ela que insist e em nos convencer que as desigualdades sociais são naturais , que não há alternativa para o capitalismo, que o socialismo já foi tentado e fracassou. 10 - A oração que não há alternativa para o capital ismo (L.86-87) deve ser corretamente classificada como: (A) oração subordinada substantiva apositiva. (B) oração subordinada substantiva completiva nomin al. (C) oração subordinada substantiva objetiva direta. (D) oração subordinada substantiva objetiva indiret a. (E) oração subordinada substantiva subjetiva. O verbo CONVENCER é transitivo DIRETO E INDIRETO - Alguém convence alguém a/de alguma coisa - Eu conve nci meu irmão (OD) a me dar um dinheiro (OI) / Ele não me (OD) convence de sua inocência (OI).

Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Page 16: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

Quando esse objeto indireto vem sob a forma oracion al, a preposição pode ser dispensada (Exemplo: eu gostari a que você saísse - GOSTAR DE - TDI; nós concordamos que ele foi o melhor cantor da noite - CONCORDAR COM - TDI) Mas essa omissão não é capaz de modificar sua class ificação, que continua sendo uma oração subordinada substanti va objetiva INDIRETA - OPÇÃO D. 11 - Tal como está organizada, a sociedade gira em torno do mercado, de acordo com um sistema que alguns chamam de "economia de mercado", e outros, de "capitalismo". Até hoje, não surgiu nenhum sistema tão capaz de fazer cresce r a economia. As experiências feitas em nome do sociali smo não manifestaram força própria suficiente para competir , no plano do crescimento econômico, com o capitalismo. A palavra Tal classifica-se como: (A) adjetivo. (B) advérbio. (C) conjunção. (D) pronome demonstrativo. (E) pronome relativo. Essa foi a pior das três. Muita gente boa, de cara, marcaria "pronome demonstrativo" de tanto que decorou listas e listas de classes gramaticais. Só que a análise morfológic a deve ser feita no contexto. Em Tal como está organizada, a sociedade gira em to rno do mercado, esse "tal" indica MODO - circunstância. Tr oque por "assim" ou "do modo" e continuará fazendo sentido ( Assim como está organizada / Do modo como está organizada ). Assim, notamos que NÁO É PRONOME DEMONSTRATIVO (não poderia ser substituída por "essa"), mas ADVÉRBIO - opção B. Não decore, entenda! 1/06/2006 - CORRELAÇÃO VERBAL

Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Page 17: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

Olá a todos. Um dos assuntos mais recorrentes nos últimos concur sos públicos tem sido “correlação verbal”, ou seja, a h armonia, sintonia que se estabelece entre verbos e modos do mesmo período e, de uma forma mais abrangente, de um text o. Uma incorreta articulação entre os verbos muitas ve zes causa mal-estar aos ouvidos. Imagine-se ouvindo alguém dizer ao seu lado: “O que você espera que eu faço?”... Há algo de errado nisso aí, não é mesmo? Observe outro exemplo: “Os professores grevistas po derão sofrer retaliações se não voltassem ao trabalho.”. Entre a locução verbal da primeira oração (verbo au xiliar no futuro do presente do indicativo) e o verbo da segu nda (que se apresenta no pretérito imperfeito do subjuntivo) nã o houve “sintonia”, pois, enquanto o primeiro indica um fat o real (ainda que se perceba uma possibilidade, fruto do valor do verbo auxiliar modal: eles poderão sofrer), o segundo ver bo apresenta valor hipotética, como se fosse uma supos ição (“se não voltassem ao trabalho”). Duas formas seriam válidas, a depender do contexto: 1) “Os professores grevistas poderiam sofrer retali ações se não voltassem ao trabalho.” – nesse caso, ambas as construções situam-se no campo da suposição, da hip ótese. Nesse caso, o texto poderia mostrar que os professo res voltaram às salas de aula. Caso não tivessem feito isso, estariam sujeitos a retaliações; 2) “Os professores grevistas poderão sofrer retalia ções se não voltarem ao trabalho.” – agora, as construções deno tam fatos reais. Os professores estão em greve (fato) e poder ão sofrer retaliações por esse motivo (fato) caso não retomem suas atividades. Na última oração, nota-se o valor condi cional do futuro do subjuntivo.

Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Lucas Falcão
Realce
Page 18: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

Apresentamos, a seguir, algumas “dobradinhas clássi cas”. Nada de sair por aí decorando! Essa é apenas uma li sta exemplificativa, apresentada para que você perceba as formas de articulação verbal. - PRESENTE DO INDICATIVO + PRESENTE DO SUBJUNTIVO: “Quero que você me apresente àquele bofe hoje mesmo !” - PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO + PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO: “Pedi que me viesse à minha sala.” - PRESENTE INDICATIVO+ PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO DO SUBJUNTIVO: “Espero que ele tenha feito boa prova.” - FUTURO DO PRETÉRITO INDICATIVO+ PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMP.SUBJUNTIVO “Gostaria que você tivesse vindo à minha festa.” – FUTURO DO SUBJUNTIVO + FUTURO DO PRESENTE INDICATIVO “Quando eu passar no vestibular, rasparei a cabeça. ” - PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO + FUT.PRETÉRITO (simples ou composto) DO INDICATIVO: “Se eu passasse no vestibular, rasparia a cabeça.” - PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO SUBJUNTIVO + FUT.PRETÉRITO COMPOSTO DO INDICATIVO: “Se eu tivesse passado no vestibular, teria raspado a cabeça.”

Page 19: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

Essas são apenas algumas das possibilidades de corr elação entre os verbos. Veja, agora, como esse assunto foi cobrado na prova para o TRE/SP pela Fundação Carlos Chagas (uma das mais recentes). “Está correta a articulação entre os tempos e modos verbais na frase: (A) Essa visão triangular, que o autor nos recomend a que retomássemos, consiste em que eram atendidas, simultaneamente, as questões sociais, morais e econ ômicas. (B) Joaquim Nabuco tinha a convicção de que a almej ada visão triangular permitisse que tivessem sido plenamente atendidas todas as necessidades humanas. (C)) No século XIX, a luta de muitos abolicionistas incluía, entre as metas que perseguiam, a de que viessem a integra r-se os planos da ética, da economia e do progresso social. (D) Percebeu-se, já na luta dos abolicionistas do s éculo XIX, que eles incluíssem entre suas metas a integração q ue deverá haver entre os planos da ética, da economia e do pr ogresso social. (E) Era de se espantar que muitos abolicionistas do século XIX, que têm incluído entre suas metas um progresso em v ários níveis, já consideravam o desenvolvimento sob uma ó tica mais complexa do que a nossa.” O gabarito foi a letra “C”. As formas verbais “incluía” e “perseguiam” estão no mesmo tempo e modo – pretérito imperfeito do indicativo - , enquanto que o verbo auxiliar “vier”, por apresentar fatos h ipotéticos (planos que fazem parte de uma luta), foi conjugado no pretérito imperfeito do subjuntivo.

Page 20: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

As demais opções estão incorretas. a) Os verbos “recomendar” (o autor nos recomenda) e “consistir” (Essa visão triangular ... consiste) es tão no presente do indicativo. Assim, os verbos “retomar” e “ser” devem situar-se, respeitadas as construções, no mes mo aspecto temporal: “Essa visão triangular, que o aut or nos recomenda que retomemos, consiste em que sejam aten didas, simultaneamente, as questões sociais, morais e econ ômicas.”. Você percebeu por que o verbo “retomar” está no pre sente do subjuntivo? Lembrando que o modo subjuntivo situa o s fatos no campo das hipóteses, condições (ou seja, situaçõ es sobre as quais não se tem certeza), a forma “retomemos” s e justifica por ser uma recomendação do autor, sem que haja, po r parte dos leitores, a obrigação de adotá-la. b) A relação entre “tinha” e “permitisse” não é apr opriada, tendo em vista que a segunda estaria estabelecendo uma idéia não adequada de suposição ou hipótese, enquanto que a oração principal indica uma circunstância real (“Jo aquim Nabuco tinha a convicção”). O verbo “permitir” deveria ser conjugado no Futuro do Pretérito, por retratar um fato posterior a um fato passado (fato passado: a convicção que tinha J.Nabuco / fato post erior a esse fato passado: os reflexos da visão triangular: o atendimento de todas as necessidades humanas). Já, na seqüência, a construção passiva no pretérito mais-que-perfeito composto “tivessem sido atendidas” estabel ece uma correta articulação com o verbo anterior apresentad o no Futuro do Pretérito. Assim, a forma corrigida seria: “Joaquim Nabuco tin ha a convicção de que a almejada visão triangular permit iria que tivessem sido plenamente atendidas todas as necessi dades humanas”. d) Não há justificativa para o emprego da forma “in cluíssem”, por não apresentar hipótese, suposição ou qualquer outra circunstância que exija o modo subjuntivo.

Page 21: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

O verbo anterior se encontra no pretérito perfeito do indicativo (“Percebeu-se”), o que leva o verbo da oração subor dinada também para o passado. O fato apresentado nessa ora ção subordinada (“os abolicionistas incluírem a integra ção em suas metas”) ocorreu antes do fato designado na ora ção principal (“parecer”). Por isso, deve-se conjugar o verbo “incluir” no pretérito mais-que-perfeito (tempo que aponta um momento passado anterior a outro momento passado): “incluíram” (pret.mais-que-perfeito), equivalente à forma composta “haviam incluído”. Cuidado para não confun dir com o pretérito perfeito, que apresenta a mesma grafia (incluíram). Na seqüência, por apresentar um fato posterior a um momento passado, o verbo auxiliar da locução verbal DEVER + HAVER deve ser conjugada no futuro do pretérito do indica tivo: “Percebeu-se, já na luta dos abolicionistas do sécu lo XIX, que eles incluíram entre suas metas a integração que de veria haver entre os planos da ética, da economia e do progress o social”. e) O verbo 'ser', que inicia o período, está no pre térito imperfeito do indicativo (“Era”), mesmo tempo verba l do verbo "considerar" (“consideravam”). Para destoar, a locu ção verbal 'ter incluído' foi apresentado no PRESENTE. Para co rrigir, devemos conjugar esse verbo também para o passado d e modo que esteja em harmonia com os demais. É adequada a construção no pretérito mais-que-perfe ito composto, por se tratar de fato ocorrido anteriorme nte a outro fato passado: "Era de se espantar que muitos abolic ionistas do século XIX, que TINHAM INCLUÍDO entre suas metas um progresso em vários níveis, já consideravam o desenvolvimento sob uma ótica mais complexa do que a nossa." Aproveito para desejar uma ótima prova aos que irão prestar o concurso para Fiscal do Trabalho, no próximo fim de semana. Para não perder o hábito, deixo o pedido: tenham ca lma na hora da prova e NÃO DEIXEM LÍNGUA PORTUGUESA PARA O FIM, por favor!!!! 03/06/2006 - Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal - parte 2

Page 22: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

Olá, pessoal Ainda acerca da distinção entre COMPLEMENTO NOMINAL e ADJUNTO ADNOMINAL (continuação ao Ponto 33), vamos analisar outra questão elaborada pela Fundação Getú lio Vargas, na prova para Agente Tributário Estadual de MS. Versa sobre uma charge do magnífico argentino Angel i (ADORO a Rê Bordosa!). Infelizmente, meus parcos conhecimentos em Informát ica me impossibilitaram de reproduzir aqui o quadrinho (es se é um trabalho para o Super-João...rs...). Não tem problema nenhum. Se você ainda não leu essa prova, use a sua imaginação a partir de agora...rs.... Ela retrata uma família à mesa, com olhares de medo e apreensão (objeto da questão 19 da prova), em volta de um envelope que representa o salário-mínimo. Acima, os seguintes dizeres atribuídos ao pai: “Tenho medo de abrir! Va i que evapora!”. A questão é: Assinale a alternativa que apresente, respectivamen te, a correta função sintática de medo e de abrir no text o II. (A) adjunto adverbial – objeto indireto (B) predicativo do sujeito – complemento nominal (C) predicativo do sujeito – adjunto adnominal (D) objeto direto – adjunto adnominal (E) objeto direto – complemento nominal Atendendo a pedidos, vamos relembrar as funções sin táticas dos termos na oração. Além dos termos essenciais - sujeito e predicado -, pode haver na oração outros elementos constitutivos: termos in tegrantes e termos acessórios.

Page 23: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

Os termos integrantes são os complementos: uns se l igam a substantivos, adjetivos ou advérbios (complementos nominais); outros se ligam a verbos (complementos v erbais), para lhes completar o sentido. Os complementos verbais são: objeto direto, objeto indireto, agente da passiva e os predicativos (do sujeito e d o objeto). O complemento nominal vem normalmente ligado por um a preposição a um substantivo abstrato, um adjetivo o u um advérbio, integrando o seu sentido ou limitando-o. Os termos acessórios trazem informações adicionais, porém dispensáveis, à oração. São eles: o adjunto adverbi al, o aposto e o adjunto adnominal. O adjunto adnominal é um termo de valor adjetivo qu e serve para especificar ou delimitar o significado de um s ubstantivo, qualquer que seja a função deste na oração. No Ponto 33, mostramos algumas formas de identifica r se o termo ou expressão exerce a função de complemento n ominal ou de adjunto adnominal. Quando o termo regente for um substantivo abstrato, deve-se analisar o valor que o termo regido apresenta em relação àquele. Se for ativo, a função é de adjunto adnominal (tudo com “a” – substantivo Abstr ato com idéia Ativa é Adjunto Adnominal). Se for passivo, é complemento nominal. Vamos treinar: amor de mãe x amor à mãe Em: 1) amor de mãe – a mãe pratica a ação de amar. Por apresentar idéia ativa, a expressão exerce a função de adjunto adnominal; 2) amor à mãe – a mãe recebe o amor. Como o valor é passivo, sua função é complemento nominal. Hoje, mostraremos mais algumas formas de distinção. 1ª.dica: À exceção da preposição DE (que serve às d uas funções), os complementos introduzidos por qualquer outra

Page 24: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

preposição (a, em, por) será um complemento nominal (chegada ao espaço, resistência em surgir, dedicaçã o ao povo, amor por alguém). 2ª.dica: Os complementos que vierem sob a forma ver bal são complementos nominais por apresentarem essa idéia p assiva. Exemplos: • “osso duro de roer” = a idéia é “duro de ser roíd o” – idéia passiva -> complemento nominal • Medo de cair = a idéia é “de sofrer uma queda” – idéia passiva -> complemento nominal • Essa notícia é difícil de acreditar = a idéia é “ difícil de ser acreditada” – idéia passiva -> complemento nominal. Vamos analisar a questão da prova. O primeiro elemento não deve ter gerado dúvidas. Tr ata-se de um complemento verbal direto. Assim, a função exerc ida por “medo”, em “tenho medo” é objeto direto. O segundo elemento liga-se ao primeiro por meio de preposição. O termo regente é medo, um substantivo abstrato. Precisamos definir se a função do termo regido (“de abrir”) é adjunto adnominal ou complemento nominal. Para isso, verificaremos o valor da expressão no co ntexto: “Tenho medo de abrir! Vai que evapora!” A idéia é: “Tenho medo de que, sendo aberto, evapor e” – idéia passiva (o envelope não vai abrir, mas ser aberto) -> complemento nominal. O gabarito foi letra E. Reconheço que a vontade é grande de indicar a idéia ativa. Afinal, a lógica induz que o sujeito vai abrir o en velope, ou seja, praticar a ação. Essa tendência se justifica pela p roximidade com o verbo de “ter” (ter medo – ação praticada pel o sujeito). Contudo, é preciso fazer a seguinte distinção: o qu e está relacionado a “abrir” não é o verbo “ter”, mas a id éia da

Page 25: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

abertura – idéia passiva de o envelope ser aberto. Viu por que eu disse, lá no Ponto 33, que esse é um dos pontos mais complicados do estudo da Língua Portuguesa? 31/05/2006 - ICMS RONDÔNIA Olá, pessoal Primeiramente, gostaria de agradecer aos “anjos” qu e tanto me avisaram da publicação das provas do ICMS/MS pela F GV como enviaram os arquivos para mim. Tudo isso, cert amente, na esperança de que eu resolva pelo menos algumas d aquelas (TERRÍVEIS) questões, certo? Está bem, eu prometo q ue, na medida do (im)possível, tecerei alguns comentários aqui. Hoje venho resolver com vocês a prova para ICMS Ron dônia, aplicada por “não sei qual” banca (gostou dessa? Qu em souber, por favor, avise-me. Eu só recebi os arquiv os). Povo do ICMS/SP e ICMS/MS, por favor, essa “passou a frente” porque só havia SEIS questões e HÁ POSSIBILIDADE DE RECURSO PARA A QUESTÃO 66. Abraço a todos e bons estudos. ....................................................................................................................... LINGUA PORTUGUESA Leia o texto abaixo e responda, em seguida, às ques tões propostas. Fatos sociais são criações históricas do povo, que refletem seus costumes, tradições, sentimentos e cultura. A sua elaboração é lenta, imperceptível e feita espontane amente pela vida social. Costumes diferentes implicam em fatos sociais diferentes. Cada povo tem a sua história e seus fat os sociais. O Direito, como fenômeno de adaptação social, não pod e formar-se alheio a esses fatos. As normas jurídicas devem achar-se conforme as manifestações do povo. Os fatos sociais , porem, não são as matrizes do Direito. Exercem importante influência, mas o condicionamento não é absoluto. Nem tudo é hi stórico e

Page 26: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

contingente no Direito. Ele não possui apenas um co nteúdo nacional, como adverte Del Vecchio. A natureza soci al do homem, fontes dos grandes princípios do Direito Nat ural, deve orientar as “maneiras de agir, de pensar e de senti r do povo” e dimensionar todo o jus position. Falhando a socieda de, ao estabelecer fatos sociais contrários à natureza soc ial do homem, o Direito não deve acompanhá-la no erro. Nes ta hipótese, o Direito vai superar os fatos existentes , impondo-lhes modificações: (Nader, Paulo. Introdução à ciência do direito. Rio de Janeiro. Forense, 1991.) 61 – A tradição gramatical considera inidônea a con strução sintática presente no seguinte trecho do texto: A) Fatos sociais são criações históricas do povo. B) Nem tudo é histórico e contingente no Direito. C) Cada povo tem a sua história e seus fatos sociai s. D) Os fatos sociais, porém, não são as matrizes do Direito. E) Costumes diferentes implicam em fatos sociais di ferentes. RESPOSTA: E COMENTÁRIO. O examinador jogou com as palavras no enunciado da questão para causar a confusão que levou muita gente a marc ar uma das opções CORRETAS. Note que o enunciado exige a o pção ERRADA (construção sintática INIDÔNEA). O verbo IMPLICAR, no sentido de ACARRETAR, é, pela norma culta, transitivo DIRETO (não rege a preposição EM) . 62 – “O Direito, como fenômeno de adaptação social, não pode formar-se alheio a esses fatos.” Dentre as mudanças impostas a essa frase do texto, a que lhe modifica significa tivamente o sentido original é:

Page 27: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

A) O Direito não pode formar-se como fenômeno de ad aptação social alheio a esses fatos. B) Como fenômeno de adaptação social, o Direito não se pode formar alheio a esses fatos. C) O Direito, como fenômeno de adaptação social, nã o se pode formar alheio a semelhantes fatos. D) Enquanto fenômeno de adaptação social, o Direito não pode formar-se arredado desses fatos. E) Não pode o Direito, como fenômeno de adaptação s ocial, conceber-se alheio a esses fatos. RESPOSTA: A COMENTÁRIO. Note que “como fenômeno de adaptação social* tem va lor causal , equivalente a ‘por ser um fenômeno de adap tação, não pode formar-se alheio a esses fatos”. Na reescrita, a expressão passou a exercer função de complemento verbal. Houv e, portanto, alteração semântica nessa construção. 63 – Há falha de construção quanto ao paralelismo g ramatical em: A) As normas jurídicas devem achar-se conforme as manifestações do povo. B) Ele não possui apenas um conteúdo nacional , com o adverte Del Vecchio. C) Exercem importante influência, mas o condicionam ento não é absoluto. D) A sua elaboração é lenta, imperceptível e feita espontaneamente pela vida social. E) Nessa hipótese, o Direito vai superar os fatos e xistentes, impondo-lhes modificações.

Page 28: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

RESPOSTA – LETRA D COMENTÁRIO. A redundância está na relação entre ELABORAÇÃO e FE ITA. O primeiro vocábulo já carrega o sentido do verbo, o que tornaria inadequada a construção. 64 – Há erro de conjugação verbal em: A) Nas intervenções, sempre se apunham comentários maliciosos ao meu depoimento. B) Trata-se de uma lei que vigiu na Primeira Repúbl ica e hoje revela-se anacrônica. C) Encontrou-se ontem com a pessoa que delatara à p olícia há dois meses. D) Não se pode admitir que o Direito sobresteja o c urso dos fatos sociais. E) Disse-me ele que eu às vezes pretiro os limites do bom senso. RESPOSTA – LETRA B COMENTÁRIO. O verbo “viger” é defectivo (não possui a 1ª. pesso a do singular do presente do indicativo) e, nas demais f ormas, se conjuga como o verbo paradigma BEBER (ele bebeu / e le vigeu). A forma “pretiro” (OPÇÃO E), que causou estranheza a muita gente, é a conjugação do verbo PRETERIR (deixar de lado), que se conjuga como seu paradigma PREFERIR – Eu prefiro / eu pretiro. 65 – Há mau uso do pronome relativo em: A) Era eu o a quem vinham referindo-se como mau ges tor da coisa pública.

Page 29: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

B) Há sociedades de cujos ditames morais pouco tem ciência o mundo contemporâneo. C) É nos fatos sociais, onde está a fonte do Direit o, que se buscam os preceitos legais. D) Nada quanto se diga aqui poderá contribuir para a construção de uma nova ordem social. E) As assembléias de parlamentares, às quais presid i em meu mandato, sempre foram frutíferas. RESPOSTA: C COMENTÁRIO. A opção C é o gabarito da prova. Segundo a norma culta, o pronome relativo em anális e - ONDE - deve ter como referente algo que se assemelhe a “ lugar” (mesmo que de maneira abstrata). Na construção, o antecedente é FATOS, que em nada se parece com luga r. Seria adequado o emprego de “em que” ou “nos quais”. O “q ue” após a vírgula faz parte da expressão de realce “É QUE”. A) ESTÁ CORRETO! Quem achou estranho esse “o a quem ” não teria visto problema se, em vez do pronome demo nstrativo “o”, tivesse sido empregado seu correspondente “aqu ele”: “Era eu aquele a quem vinham referindo-se como mau gestor da coisa pública". O relativo “quem” está perfeitam ente empregado, uma vez que seu referente é o pronome demonstrativo "o", que, por sua vez, se refere ao p ronome reto “eu”. B) O sujeito da oração adjetiva é O MUNDO CONTEMPORÂNEO. Na ordem direta, e feitas as substit uições, a oração seria “O mundo contemporâneo pouco tem ciê ncia dos ditames morais da sociedade". O termo regente “ ter ciência” exige a preposição DE que antecede o prono me relativo CUJO, corretamente empregado por ligar doi s substantivos relacionados entre si – DITAMES DA SOC IEDADE. D) Perfeito o emprego de “quanto”, uma vez que expr essa a

Page 30: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

idéia de “quantidade”. E) O pronome relativo AS QUAIS se refere a “assembl éias”. Como o verbo exige a preposição “a”, o encontro da preposição (que se emprega antes do pronome relativ o) com “as quais” forma crase e deve receber o acento grav e (ÀS QUAIS). 66 – No tocante à concordância, há equívoco na reda ção da seguinte frase: A) São desses fatos sociais que se pode extrair mai ores ensinamentos no Direito. B) Decerto que aos legisladores não cabe inspirar-s e obrigatoriamente nos fatos sociais. C) Duas horas eram o tempo que me restava para opin ar sobre as normas jurídicas referidas. D) Impõe-se, pois, ao magistrado tantas questões re solver quantas a ele se oferecerem. E) Não devia haver dúvidas quanto à aplicação das n ormas jurídicas como instrumento de controle social. RESPOSTA: A Está CORRETA a estrutura da opção A. Veja o recurso abaixo. Em relação às demais: B) O sujeito do verbo CABER é oracional: “inspirar- se obrigatoriamente nos fatos sociais” - (ISSO) não ca be aos legisladores. Com sujeito oracional, o verbo se man tém na 3ª. pessoa do singular. Está correta. C) Por pior que possa parecer aos seus ouvidos, a concordância com o verbo SER pode ser feita com o s ujeito (Duas horas) ou com o predicativo do sujeito (TEMPO ). Não há dúvidas de que a segunda forma é eufonicamente melh or, mas não se pode afirmar que a primeira esteja EQUIVOCAD A.

Page 31: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

D) Muita gente deve ter assinalado essa opção, imag inando que o sujeito de IMPOR seria TANTAS QUESTÕES. Cuida do! Essa era a pior questão da prova (e só havia seis q uestões, hem?). O sujeito é, mais uma vez, oracional. o que se impõe é “RESOLVER TANTAS QUESTÕES QUANTAS A ELE SE OFERECEREM”. Por isso, o verbo está corretamente no singular. E) O verbo HAVER, no sentido de existência, se mant ém na 3ª. pessoa do singular, e essa flexão exige de qualquer auxiliar seu – no caso, o verbo DEVER. RECURSO: Há duas possibilidades de concordância em expressõe s como a da opção A, em que o verbo PODER está acompanhado de um verbo no infinitivo e de um pronome apassivador, apresentando, também, um termo no plural. 1ª. possibilidade: O verbo PODER faz parte de uma l ocução verbal, cujo verbo principal é, no caso, EXTRAIR. P or estar em construção passiva, cujo sujeito está representado por MAIORES ENSINAMENTOS, o verbo auxiliar PODER irá se flexionar no plural: “São desses fatos sociais que se PODEM extrair maiores ensinamentos no Direito. Essa é a prática mais generalizada, como nos ensina m os mestres Celso Cunha e Lindley Cintra. Contudo, devemos registrar as palavras do professor Evanildo Bechara, que apresenta a segunda possibilidade de construção: “Quando, porém, o sentido determinar exatamente o s ujeito verdadeiro, a concordância não pode ser arbitrária. Ex: "Quer-se inverter as leis", e nunca "querem-se inverter a s leis". Neste caso, é evidente que o único sujeito possível é INV ERTER (João Ribeiro, Gramática Portuguesa, 322).” Assim, a segunda possibilidade seria apresentar, co mo sujeito da forma passiva sintética “QUE SE PODE”, a oração reduzida de infinitivo “EXTRAIR MAIORES ENSINAMENTOS” (“PODE -SE / EXTRAIR MAIORES ENSINAMENTOS”). O sujeito oracion al

Page 32: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

mantém o verbo na 3a.pessoa do singular. Por todo o exposto, verifica-se a CORREÇÃO da const rução presente na opção “A”, apontada inicialmente como o gabarito da prova. Em virtude de não haver nenhuma opção válida a ser apontada como INCORRETA, requer-se sua anulação, atribuindo- se o ponto a ela correspondente a todos os candidatos. FONTES BIBLIOGRÁFICAS: CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo.3.ed. Ed.Nova Fronteira. 20 01. BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 33 ed. Companhia Editora Nacional. 1989. 23/05/2006 - DISTINÇÃO ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E COMPLEMENTO NOMINAL Pessoal, Fiquei o dia de hoje tentando (em vão) obter a prov a do concurso de ATE e Fiscal do Mato Grosso do Sul, apl icada pela Fundação Getúlio Vargas de SP. Infelizmente, essa b anca não publica em sua página na internet as provas, soment e os gabaritos. Continuo ao aguardo de uma boa alma que encaminhe p ara mim a prova, mesmo que não tenhamos mais oportunida de de preparar recursos. Um aluno enviou algumas das questões. A mais intere ssante delas, na minha opinião, foi a de número 7, que tra nscrevo abaixo.

Page 33: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

Ela nos dá a oportunidade de rever os conceitos de ADJUNTO ADNOMINAL e COMPLEMENTO NOMINAL e perceber a distinção entre essas funções sintáticas, um dos po ntos mais complicados no estudo da Língua Portuguesa, na opin ião de muitos. Então, vamos procurar simplificar as coisas para vo cês. 7 - As alternativas a seguir desempenham, no texto I, mesma função sintática, à exceção de uma assinale-a a ) Até hoje, não surgiu nenhum sistema tão capaz D E FAZER A ECONOMIA CRESCER. (ele não indicou a expressão grif ada, mas acredito que tenha sido essa em letras maiúscul as.) b) Os trabalhadores têm feito conquistas .... visiv elmente não sentem saudades do tempo em que eram obrigados A JORNADAS DE TRABALHO DE 12 HORAS. c) O individualismo característico dessas confusas camadas intermediárias as torna muito vulneráveis À SEDUÇÃO DAS CLASSES DOMINANTES d) Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para pro mover a transformação DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO....(idem)

Page 34: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

e) Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para pro mover a transformação das relações de produção e o crescime nto DAS FORÇAS PRODUTIVAS. Gabarito - E Estão em pauta as seguintes funções sintáticas. - COMPLEMENTO NOMINAL – função exercida por uma pal avra ou uma expressão que complementa um ADJETIVO, um ADVÉRBIO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO - ADJUNTO ADNOMINAL – neste caso, a palavra ou a expressão complementa um SUBSTANTIVO CONCRETO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO Você deve ter notado que o SUBSTANTIVO ABSTRATO aparece nas duas funções, não é mesmo? Como se diferenciam, então? A partir da idéia que o complem ento apresenta em relação ao termo regente. Se a idéia for ATIVA, é ADJUNTO ADNOMINAL (bisu: tu do com a letra "A" - substantivo Abstrato com idéia Ativa é Adjunto Adnominal) Se a idéia for passiva, é complemento nominal (memo rize por exclusão em relação ao outro).

Page 35: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

A partir de exemplos, tudo fica mais fácil. Veja só : 1) a construção do arquiteto - "Construção" é um su bstantivo abstrato. Vamos analisar a função do complemento: o arquiteto constrói ou é construído? Constrói. Então ele prati ca a ação. A idéia é ATIVA. Logo, a expressão "do arquiteto" exe rce a função sintática de ADJUNTO ADNOMINAL. 2) a construção do prédio - O prédio constrói ou é construído? É construído. Sofre a ação verbal. Então a idéia é passiva. Logo, sua função sintática é COMPLEMENTO NOMINAL. Então, vamos complementar a definição: - COMPLEMENTO NOMINAL - complementa um ADJETIVO, um ADVÉRBIO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idéia PASSIVA. - ADJUNTO ADNOMINAL - complementa um SUBSTANTIVO CONCRETO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idéia ATIVA (tudo com a letra A) Voltemos, agora, à questão para analisarmos cada um a das opções: a) Até hoje, não surgiu nenhum sistema tão capaz DE FAZER

Page 36: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

CRESCER A ECONOMIA. CAPAZ é um adjetivo. Logo, "de fazer crescer a econ omia" exerce a função de complemento nominal. b) Os trabalhadores têm feito conquistas .... visiv elmente não sentem saudades do tempo em que eram obrigados A JORNADAS DE TRABALHO DE 12 HORAS. OBRIGADOS é um adjetivo. Logo, "a jornadas de traba lho de 12 horas" é complemento nominal. c) O individualismo característico dessas confusas camadas intermediárias as torna muito vulneráveis À SEDUÇÃO DAS CLASSES DOMINANTES VULNERÁVEIS é um adjetivo. Assim, o que está grifad o é complemento nominal. d) Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para pro mover a transformação DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO.... TRANSFORMAÇÃO é um substantivo abstrato (oba! vamos testar nossos conhecimentos!). Temos de analisar se o complemento apresenta idéia passiva ou ativa. Em "p ara promover a transformação das relações de produção", o complemento "relações de produção" transformam ou s ão transformadas? Elas são transformadas. Então a idéi a é

Page 37: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

passiva. Com idéia passiva, o termo exerce a função de complemento nominal. e) Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para pro mover a transformação das relações de produção e o crescime nto DAS FORÇAS PRODUTIVAS. CRESCIMENTO é também um substantivo abstrato (belez a!). Em "o crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS", FORÇAS PRODUTIVAS irão crescer. Assim, a idéia é ATIVA. En tão, esse elemento exerce a função sintática de ADJUNTO ADNOM INAL. É A ÚNICA QUE SE DIFERENCIA DAS DEMAIS. Esse é o gabarito. ..................................................................................................................... Fica, então, o pedido: quem puder, por favor, encam inhe para esta professora ([email protected]) as provas a que, infelizmente, não tivemos acesso. Grande abraço e bons estudos. 19/05/2006 - Prova Auditor Fiscal da Paraíba - Fund ação Carlos Chagas Prezados alunos, Vimos apresentar uma argumentação para subsidiar re curso a ser apresentado contra o gabarito da questão 4 da p rova "Tipo 001" para o cargo de Auditor Fiscal da Paraíba, apl icada pela Fundação Carlos Chagas no último fim de semana. A questão em comento tratava das funções da linguag em. Primeiramente, apresentamos o assunto para, mais ad iante,

Page 38: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

sugerir o recurso. Afinal, melhor do que dar o peix e é ensinar a pescar, já nos ensinava Paulo Freire, não é mesmo? Funções da Linguagem: Na comunicação, com o objetivo de transmitir uma me nsagem, a linguagem empregada pelo emissor pode ter as segu intes funções, de ocorrência simultânea ou exclusiva no t exto: • Função Conativa • Função Emotiva • Função Fática • Função Poética • Função Referencial • Função Metalingüística Função Conativa Nessa linguagem, o emissor dirige-se diretamente ao receptor da mensagem com persuasão, no intuito de convencê-l o em relação a algo (conceito ou prática de uma ação). E ssa função é comum em linguagem publicitária e tem como caract erística o emprego do verbo no Imperativo, como "Ligue agora e concorra a prêmios". Não confunda com o sentido conotativo, que é o empr ego de linguagem figurada, a se contrapor ao sentido denot ativo, que é o sentido literal das palavras. Veja o emprego da palavra “flor” nas duas orações – (1) “É linda essa flor”; (2) “Sua filha é uma flor.”. Em (1), a palavra foi usada em seu sign ificado originário – DENOTATIVO, com “d” de “dicionário”. J á em (2), “flor” significa uma pessoa boa, gentil, fora de se u sentido primeiro, que é o vegetal. Por isso, foi usada em s entido conotativo. Função Emotiva Centrada basicamente nas emoções do emissor, essa

Page 39: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

linguagem se utiliza bastante das primeiras pessoas (nós/eu) e emite opiniões ou sensações a respeito de algum tem a ou pessoa. Também pode ser denominada “função expressi va”. É muito comum em textos informais e/ou críticos. Função Fática Um bom exemplo são os textos publicados pelos profe ssores do Ponto. Também será visto mais adiante um desses casos, quando falarmos sobre a função metalingüística. Ela ocorre quando o emissor (no caso, eu) utiliza o canal de comunicação (a matéria) para entrar em contato com o receptor (você, leitor), com perguntas como “não é mesmo”, “ viu só?”, etc. Função Poética A partir do emprego de recursos de retórica, noções de métrica, rima, ordenação das palavras, dentre outro s elementos, é a linguagem das obras literárias, prin cipalmente das poesias, em que as palavras são escolhidas e di spostas de maneira a se tornarem singulares. Função Referencial Também chamada de informativa ou denotativa, o obje tivo dessa linguagem é transmitir a informação objetivam ente. Essa linguagem é muito usada em textos científicos ou jo rnalísticos. Função Metalingüística Metalinguagem é a propriedade que tem a língua de v oltar-se para si mesma. Tema (conteúdo) e instrumento (forma) mesclam-se, interpenetram-se, e o saldo dessa "confusão" é, paradoxalmente, o distanciamento, que evita que o l eitor os confunda. Ocorre quando principalmente em linguagem artística : música, literatura, gravura. A partir dos exemplos, é mais bem compreendida essa linguagem.

Page 40: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

Ao compor “As canções que você fez para mim”, brilhantemente interpretada por Maria Betânia, os a utores Roberto Carlos e Erasmo Carlos confundem o ato de c ompor com a composição: “Hoje eu ouço as canções que você faz pra mim/ Não sei porque razão tudo mudou assim / Ficara m as canções e você não ficou.” Outro bom exemplo dessa função verifica-se no filme “Quero ser John Malkovich”, estrelado por quem? John Malko vich. Ou no filme de Woody Allen, “Rosa Púrpura do Cairo”, e m que o título do filme de Allen é exatamente o título do f ilme retratado na tela. Na película, a protagonista (Mia Farrow) é uma espectadora que, de tanto ir ao cinema, acaba sendo convidada pelo protagonista (um arqueólogo, se não me engano) a participar, e dá-se a cena clássica em que ela sobe ao palco e invade a tela de cinema. Notou a confusão entre tem a e instrumento? A linguagem metalingüística, portanto, é a utilizaç ão do código para falar dele mesmo: uma pessoa falando do ato de falar, outra escrevendo sobre o ato de escrever. ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: É com base nessas duas últimas acepções que constat amos o equívoco do examinador em indicar a opção “a” como correta. Na metalinguagem, temos "o código pelo código". Sam ira Chalhub nos esclarece que as possibilidades de orga nização, criação, relação estão ligadas à noção de repertóri o que determinará, em função do receptor, uma postura fac e ao objeto artístico. A autora, ao abordar a metalingua gem poética, também faz referência a intertextualidade e entende que a mesma é uma forma de metalinguagem, uma vez que se refere a uma linguagem anterior. Contudo, o texto em questão não explora esse concei to de intertextualidade. Trata-se de um texto jornalístic o que não apresenta elementos para que se afirme o uso de metalinguagem. Observa-se, sim, o emprego de linguagem referencial . Esta ocorre quando o tema (referente) é posto em destaqu e. O texto

Page 41: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

há de ser objetivo e claro, sem margem a duplas int erpretações ou ambigüidades e uma de suas características é o e mprego da 3ª pessoa. Em passagens como “Os números do relatório da CPI d edicada originalmente aos Correios são expressivos, dos mil hares de páginas de texto e documentos aos mais de cem acusa dos.”, nota-se o valor narrativo do texto. Já em metáforas como “Um oceano nos separa do resul tado concreto” ou “...cabe esperar pela travessia do oce ano e torcer para que chegue a um bom porto”, o autor busca, com elementos figurativos, expor os fatos ao leitor, ou seja, a distância que há entre a apuração dos fatos (meio) e o julgamento (fim). Nota-se, também, a função emotiva da linguagem, especialmente nas passagens em que o autor expõe su a visão crítica acerca do assunto, como em “Há abusos. São lamentáveis, mas inerentes à vida parlamentar, no B rasil e em qualquer país onde haja comissões parlamentares.”. O que invalida a opção “b” é o fato de afirmar que são criadas ambigüidades. Nem mesmo quando expõe a dupla possibilidade de interpretação da palavra “comissão ”, o autor deixa transparecer qualquer ambigüidade. Ao contrár io. Torna claro cada um dos significados que o vocábulo pode apresentar: "Comissão", além do significado mercant il (depreciativo, no caso do Parlamento), do dinheiro pago em remuneração de serviço, é também o do grupamento encarregado de realizar tarefa de interesse comum.” . Não há qualquer sinal de emprego da linguagem metalingüística ou de ambigüidade no texto, o que l eva à impossibilidade de se indicar qualquer alternativa válida. Diante do exposto, é válida a apresentação de recur so com vistas à anulação da referida questão, atribuindo-s e o ponto a ela correspondente a todos os candidatos. Bibliografia sugerida: Chalhub, Samira.Funções da Linguagem. Ed.Ática. 11ª edição, 2000.

Page 42: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

----. Metalinguagem. Ed.Ática. 4ª edição, 2002. 1/05/2006 - QUESTÃO 9 DA PROVA TCE/PR Olá, bravos concursandos Antes de entrarmos no assunto que me traz aqui hoje , venho avisar aos candidatos que se preparam para o concur so de Fiscal do Trabalho que está em andamento a Turma de Exercícios da ESAF, e ainda há tempo de se matricul ar, fazer os exercícios (questões anteriores) e participar do fórum. Mesmo após a publicação da Aula 10, estaremos à dis posição para tirar dúvidas, prestar esclarecimentos ou bate r um papo, ouvir um desabafo... Ou seja, até a data da prova, o fórum e as aulas permanecerão ativos. Lembrem-se de que Língua Portuguesa é a única disci plina que exige uma nota mínima isolada – 40% da vinte questõ es (estou puxando a brasa mesmo, pois sei o quanto é ruim “ba ter na trave”). Parece pouco, mas, em se tratando de ESAF, sabemos que a prática e o domínio do tempo são fatores cruc iais para a aprovação do candidato. Por isso, fazer provas ante riores é tão importante. Dado o recado, vamos ao que interessa. Nesse último fim de semana, houve o concurso para o Tribunal de Contas do Estado do Paraná. A instituição respon sável pelo certame foi o Núcleo de Concursos da Universidade F ederal do Paraná – NC/UFPR. Não conhecia a banca e tive uma grata surpresa: o n ível da prova foi muito bom, merecendo destaque especial a questão n° 09 da prova para Assessor Jurídico (http://www.nc.ufpr.br/tce2006/). Alguns candidatos solicitaram a elaboração de recur so sob o argumento de que não encontraram resposta válida. No entanto, foi uma questão correta, bem-feita e “m aldosa”, pois exigia do candidato bastante atenção, especial mente no que se refere à classificação morfológica (classe g ramatical) das palavras envolvidas.

Page 43: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

A partir da análise morfológica, podemos fazer a an álise sintática (função das palavras nas orações e períod os e sua harmonização com as demais). Vamos relembrar o assunto, mencionado em nosso prim eiro encontro “virtual”. As palavras são divididas em classes. Essas, por su a vez, distinguem-se em variáveis e invariáveis: VARIÁVEIS (gênero e/ou número) INVARIÁVEIS Substantivo Advérbio Adjetivo Palavra invariável (*) Artigo Conjunção Pronome Preposição Verbo Interjeição Numeral OBS: (*) A Nomenclatura Geral Brasileira (NGB) a cl assifica como advérbio, mas alguns consagrados autores fazem essa distinção. Essa classificação é meramente didática. Poderemos nos deparar com um pronome invariável (ISTO / AQUILO / QUEM), mas como exceção. Em sua maioria esmagadora, os pro nomes se flexionam, por isso foram classificados como “va riáveis”. O mesmo ocorre com os adjetivos. Mas, enquanto os adj etivos podem se flexionar (em gênero e/ou número), os advé rbios

Page 44: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

permanecem invariáveis. Grosso modo, esse era o cerne da questão. Tente res olvê-la antes de ler os comentários que seguem. O texto a seguir é referência para as questões 07 a 09. “De todos os processos analisados por este conselho até agora, a materialidade dos fatos atribuídos ao repr esentado é a mais indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente comprovada.” (Declaração de Cezar Schirmer sobre relatório que p ediu a cassação do deputado João Paulo Cunha por envolvime nto com o mensalão. Revista Veja, 15 mar. 2006.) 09 - Se, na frase de Schirmer, a expressão “a mater ialidade dos fatos” for substituída por “os fatos”, serão necess ários ajustes na concordância nominal e/ou verbal. Aponte a alter nativa em que esses ajustes foram feitos corretamente. a) ...os fatos atribuídos ao representado são o mai s indiscutível, incontroverso, incontestáveis e indub itavelmente comprovados. b) ...os fatos atribuídos ao representado são o mai s indiscutível, incontroversa, incontestável e indubi tavelmente comprovado. c) ...os fatos atribuídos ao representado são os ma is indiscutível, incontroversa, incontestável e indubi tavelmente comprovados. d) ...os fatos atribuídos ao representado são a mai s indiscutível, incontroversa, incontestável e indubi tavelmente comprovada.

Page 45: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

e) ...os fatos atribuídos ao representado são os ma is indiscutíveis, incontroversos, incontestável e indu bitavelmente comprovado. Para começar a resolver a questão, o candidato já d everia eliminar as opções em que o adjetivo “comprovado” n ão concorda com o substantivo “fatos” (b/d/e). A partir daí, começa a “via crucis” do pobre estuda nte. Os vocábulos "indiscutível, incontroversa, incontes tável e indubitavelmente" são ADVÉRBIOS. Os advérbios são palavras INVARIÁVEIS (veja a tabel a) que modificam o sentido de verbos (“Ela dirige mal.”), adjetivos (“Ela é muito alta.”), outros advérbios (“Ela dirig e muito mal”), ou mesmo sentenças inteiras ou enunciações (“Infeli zmente, não pude comparecer.”). Na oração, os advérbios acompanham o adjetivo "comprovada". Acontece que, na construção oracional, a fim de evi tar o defeito denominado “eco”, somente o último deles é acompanhado do sufixo “–mente”, mantendo-se os dema is somente com a “base”. A característica desses advérbios é que eles se con stroem a partir da forma FEMININA E SINGULAR dos adjetivos correspondentes (quando estes apresentam essa flexã o): “Ela saiu do lugar CALMAMENTE.” (CALMA + MENTE); “Ele di rige seu carro CUIDADOSAMENTE.” (CUIDADOSA + MENTE); “É preciso viver cada minuto INTENSAMENTE.” (INTENSA + MENTE). Acrescente o sufixo “mente” a cada um dos vocábulos e constatará que o que está grafado na opção C é exat amente o que resta após a extração do "mente" (indiscutivelm ente / incontroversamente / incontestavelmente). Sabe onde está a maldade da questão?

Page 46: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

Está em levar os candidatos a pensar que “indiscutí vel, incontroversa e incontestável” seriam, na construçã o, adjetivos flexionados, em gênero e número, com “materialidade” - o núcleo do sujeito (coincidentem ente, FEMININO E SINGULAR). Ao sugerir a troca de “materialidade dos fatos” (nú cleo: materialidade) por “fatos”, o examinador proferiu o “golpe de misericórdia”: o candidato, automaticamente, iria b uscar a flexão daqueles vocábulos no masculino plural (indi scutíveis, incontroversos, incontestáveis) e NÃO ENCONTRARIA RESPOSTA. A banca poderia ter sido mais cruel ainda e, em uma das opções, apresentar a forma flexionada (os f atos atribuídos ao representado são os mais indiscutívei s, incontroversos, incontestáveis e indubitavelmente comprovados), mas, com isso, provocaria a polêmica em relação à classificação desses vocábulos, ensejando , assim, um sem-número de recursos. A posposição dos advérbios em relação ao adjetivo d eixa claro o valor circunstancial desses elementos. Note: “... os fatos atribuídos ao representado são os mais comprovados indiscutível, incontroversa, incontestável e indubi tavelmente.”. Assim, a opção que apresenta a correta construção a pós a troca é a de letra C: ...os fatos atribuídos ao rep resentado são os mais indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente comprovados. Belíssima questão essa, não é? Espero que as demais bancas examinadoras tenham ess e mesmo esmero ao elaborar as provas que vêm por aí ( recado especialmente dedicado à Dona ESAF). Abraço. 05/05/2006 - ICMS/SP - Outro recurso - questão 16 - Prova TIPO 001 Olá, pessoal

Page 47: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

Um aluno encaminhou-me este recurso (cuja autoria desconheço). Realmente, tem razão o candidato que o apresentou, uma vez que não há erro algum na afirmação da opção D. Em relação às aspas, acredito que, dado o valor sub jetivo de seu emprego, não há como afirmar categoricamente qu e a assertiva C esteja errada. Contudo, certo está que a opção D não apresenta err o algum. Por exercer na oração a função sintática de aposto, o segmento poderia ser indicado entre vírgulas, trave ssões ou parênteses. Assim, fica a critério de cada um solicitar a anula ção da questão 16 (prova tipo 001) ou a mudança do gabarit o para a letra C (como propôs o candidato). Obrigada pela colaboração e parabéns ao autor pela argumentação apresentada. Segue, abaixo, a proposta de recurso. Abraço. p.s. Fui informada, há pouco, de que a autoria do r ecurso abaixo é do Prof.Décio Senna (RJ). Parabéns ao prof essor pela argumentação. RECURSO DE QUESTÃO PROVA PARA FISCAL DE ICMS-SP BANCA: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS QUESTÃO Nº 16

Page 48: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

TRANSCRIÇÃO DA QUESTÃO: A única afirmação INCORRETA sobre os sinais de pont uação empregados no texto é: a) Os dois pontos após vice-versa: (linha 4) anunci am um esclarecimento acerca do que foi enunciado. b) Os parênteses em (ou até inventamos) – linhas 5 e 6 – incluem comentário considerado um viés do que se afirma. c) As aspas em “nossos” (linha 10) firmam o caráter irônico da expressão, exigindo que se entenda o enunciado em sentido contrário (tr ata-se, assim, de “tempos que nos são estranhos”). d) Os travessões em – este pátio comum ... comparti lhado – (linhas 23 a 25) isolam uma apreciação acerca do Mediterrâneo e são equival entes a vírgulas. e) A vírgula antes de não costeando (linha 22) pode ser substituída, sem prejuízo da correção, por travessão. ARGUMENTOS: Permitimo-nos, respeitosamente, discordar da interp retação sugerida pela banca examinadora para o emprego das aspas empregada no vocábulo “nossos”. Para mostrarmos a razão de nossa discordância, pass amos a

Page 49: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

transcrever o fragmento textual em que se encontra tal vocábulo, ou seja, o primeiro parágrafo do texto relativo às questões de números 12 a 20: Quando começa a modernidade? A escolha de uma data ou de um evento não é indiferente. O momento que elegemos como originário depende certamente da idéia de nós mesmos que preferimos, hoje, contemplar. E vice -versa: a visão de nosso presente decide das origens que confessamos (ou até inventamos). Assim acontece com as histórias de nossas vidas que contamos para os amigos e para o espelho: os inícios estão sempre em função da imagem de nós mes mos de que gostamos e que queremos divulgar. As coisas funcionam do mesmo jei to para os tempos que consideramos “nossos”, ou seja, para a modernidade. O desenvolvimento da textualidade deixa-nos percebe r que a indicação de um acontecimento, com respeito a seu início, está cond icionada, mais que tudo, à nossa apreciação pessoal, subjetiva e, por isso mesmo, pa ssível de não ser exata. Deste modo, um tempo que julgamos nosso pode perfeitament e não o ser. Entendemos que as aspas postas no vocábulo “nosso” pretendem mostr ar que

Page 50: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

o vocábulo deve ser entendido como portador de significado que se afast a da literalidade. Como que a nos indicar que não há, efetivamente, um tempo que seja nosso, uma vez que tal nomeação resulta de critérios, antes de tudo, perso nalísticos. Não vemos, como viu a douta Banca Examinadora, indicação de “tempos que n os são estranhos”. De qualquer modo, a afirmativa está impregnada do subjetivismo de quem a avalia. Não fazemos destas percepções discordantes nosso ca valo-de-batalha. Move-nos, isto sim, uma imprópria indicação acerca do emprego do d uplo travessão citado na alternativa “d” da questão. Para desenvolvermos nossa argumentação sobre este emprego, transcrevemos o fragmento textual em que surge, vale dizer, o segun do parágrafo do mesmo texto do qual extraímos a passagem relativa ao emprego das a spas em “nossos”: Bem antes que tentassem me comover de que a data de nascimento da modernidade era um espirro cartesiano (...), quando era rapaz, se ensinava que a modernidade começou em outubro de 1492. Nos livros da escola, o primeiro capítulo

Page 51: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

dos tempos modernos eram e são as grandes exploraçõ es. Entre elas, a viagem de Colombo ocupa um lugar muito especial. Descidas Saa ra adentro ou intermináveis caravanas por montes e desertos até a China de nada valiam comparadas com a aventura do genovês. Precisa ler “Mediterrâneo” de Fernand Braudel para conceber o alcance simbólico do pulo além de Gilbratar, não co steando, mas reto para frente. Precisa, em outras palavras, evocar o mar Mediterrâ neo – este pátio comum navegável e navegado por milênios, espécie de útero vital com partilhado – para entender por que a viagem de Colombo acabou e continua sendo uma met áfora do fim do mundo fechado, do abandono da casa materna e paterna. Fixemo-nos, agora, no emprego dos travessões que is olam o fragmento “este pátio comum navegável e navegado por milênios, espécie de útero vital compartilhado”. Trata-se de fragmento revestido de valor explicativ o para o sintagma “o mar Mediterrâneo”. Podemos observar que está representa do por duas afirmativas cujos núcleos repousam, respectivamente, no substantivo “ pátio” e no grupo de valor substantivo “espécie de útero”: “este pátio comum n avegável e navegado por

Page 52: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

milênios” e “espécie de útero vital compartilhado”. Na verdade, apesar de serem dois grupos vocabulares, desempenham um único papel na estrutura da oração, já que se entrelaçam, sendo “espécie de útero vital compartil hado” como que uma ratificação do que antes se afirmou com “este pátio comum navegáve l e navegado por milênios”. O fragmento inteiro (“este pátio comum navegável e na vegado por milênios, espécie de útero vital compartilhado”) desempenha, assim, pape l morfossintático de aposto e, desta forma, nenhum prejuízo adviria ao texto, caso os travessões fossem substituídos por um par de vírgulas, como está sugerido na alter nativa “d”. Na verdade, o emprego de travessões deve-se ao interesse de o redator pôr em relevo estilístico – dada a menor freqüência com que tais sinais surgem, no con fronto com as vírgulas – o aposto mencionado. A afirmativa contida na alternativa “d” está CORRET A e, deste modo, não satisfaz ao enunciado da questão. Não será procedente o argumento de que tal aposto f az menção ao núcleo do sintagma “o mar Mediterrâneo”, uma vez que a menção “isolam uma apreciação

Page 53: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

acerca do Mediterrâneo” permite que se subentenda, com bastante facilidade, o vocábulo “mar”. CONCLUSÃO: Do exposto, chegou-se à conclusão de que a afirmati va contida na alternativa “d” da presente questão, na verdade seu gabarito, como dis posto pela Banca Examinadora, não padecia de qualquer erro. Assim sendo, não há c omo se aceitar este gabarito. Dado o grau de subjetividade de que se reveste a argumentação contida para o emprego das aspas no vocábulo “nossos” – alternativ a “c” –, embora estejamos convictos de nossa interpretação para tal emprego, poderá haver relutância em adotar-se como resposta da presente questão esta al ternativa, o que seria, evidentemente, a melhor solução. No entanto, ainda que não concorde conosco, a eminente Banca Examinadora não terá como ignorar a validade dos argumentos que envolvem a questão do emprego do duplo travessão, e , neste caso, providenciará a anulação da questão em tela.

Page 54: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

04/05/2006 - ICMS/SP - RECURSO À QUESTÃO 3 - PROVA TIPO 001

Pessoal, Nos próximos dias, traçarei algumas considerações s obre a prova de Língua Portuguesa do concurso realizado pe la Fundação Carlos Chagas – Agente Fiscal de SP. Por enquanto, publico um possível recurso à questão 3 da prova Tipo 001. Cá entre nós, mas que questãozinha safada essa, hem ? Era preciso ser médium (ou qualquer coisa parecida) par a adivinhar o que o examinador queria dizer no enunci ado (e não disse!). Diante da total falta de opções, alguns devem ter a certado (provavelmente no chute). Por isso, vamos exigir ma ior respeito a todos, professores e concursandos, que, após tanta dedicação, têm o direito de mostrar o seu conhecime nto, e não o seu fôlego (prova longa e cansativa) ou a sua mir a. Já deixo registrado que essa banca é muito intransi gente (até mais do que a ESAF) e só anula uma questão quando n ão há a mínima possibilidade de defendê-la. De qualquer forma, vamos tentar! Agora, só me resta desejar bom descanso (aos que es tão na luta pelas vagas) e bons estudos (aos que, infelizm ente, não tiveram a mesma sorte). PORTUGUÊS Instruções: As questões de números 1 a 11 referem-s e ao texto abaixo. A educação é uma função tão natural e universal da comunidade humana que, pela própria evidência, leva muito tempo a atingir a plena consciência daqueles que a recebem e

Page 55: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

praticam, sendo, por isso, relativamente tardio o s eu primeiro vestígio na tradição literária. O seu conteúdo, aproximadamente o mesmo em todos os povos, é ao mes mo tempo moral e prático. Também entre os Gregos foi a ssim. Reveste, em parte, a forma de mandamentos, como hon rar os deuses, honrar pai e mãe, respeitar os estrangeiros ; consiste, por outro lado, numa série de preceitos sobre a mor alidade externa e em regras de prudência para a vida, trans mitidas oralmente pelos séculos afora; e apresenta-se ainda como comunicação de conhecimentos e aptidões profissiona is a cujo conjunto, na medida em que é transmissível, os Greg os deram o nome de techné. Os preceitos elementares do proce dimento correto para com os deuses, os pais e os estranhos foram mais tarde incorporados à lei escrita dos Estados. E o r ico tesouro da sabedoria popular, mesclado de regras primitivas de conduta e preceitos de prudência enraizados em supe rstições populares, chegava pela primeira vez à luz do dia, através de uma antiqüíssima tradição oral, na poesia rural gnô mica de Hesíodo. As regras das artes e ofícios resistiam na turalmente, em virtude da sua própria natureza, à exposição esc rita dos seus segredos, como esclarece, no que se refere à p rofissão médica, a coleção dos escritos hipocráticos. Da educação, neste sentido, distingue-se a formação do Homem por meio da criação de um tipo ideal intimame nte coerente e claramente definido. Essa formação não é possível sem se oferecer ao espírito uma imagem do homem tal como ele deve ser. A utilidade lhe é indiferente ou, pel o menos, não essencial. O que é fundamental nela é o kalón, isto é, a beleza, no sentido normativo da imagem desejada, do ideal. A formação manifesta-se na forma integral do Homem, n a sua conduta e comportamento exterior e na sua atitude i nterior. Nem uma nem outra nasceram do acaso, mas são antes produtos de uma disciplina consciente. Já Platão a comparou ao adestramento de cães de raça. A princípio, esse adestramento limitava-se a uma reduzida classe soci al, a nobreza. Obs: gnômico = sentencioso (Adaptado de Werner Jaeger, Paidéia: a formação do homem grego. Trad. Artur M. Parreira, 4.ed., São Paulo: M artins Fontes, 2001, p. 23-24)

Page 56: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

3. A expressão a cujo conjunto os gregos deram o no me de techné está corretamente reformulada, mantendo o se ntido original, em: (A) de cujo conjunto se sabe o nome, a que os grego s deram de “techné”. (B) do qual conjunto foi nomeado, pelos gregos, com o “techné”. (C) que, pelo conjunto, os gregos mencionaram por “ techné”. (D) pelo conjunto dos quais os gregos nominaram de “techné”. (E)) o conjunto dos quais recebeu dos gregos o nome de “techné”. Gabarito oficial: E A fim de subsidiar a argumentação que se segue, aba ixo será transcrito o período em que a expressão objeto da q uestão 3 surge no texto. “e apresenta-se ainda como comunicação de conhecime ntos e aptidões profissionais a cujo conjunto, na medida e m que é transmissível, os Gregos deram o nome de techné.” As orações que compõem o período são: 1) e apresenta-se ainda como comunicação de conhecimen tos e aptidões profissionais – oração sindética coordenada aditiva em relação a outra oração anterior (não reproduzido ) 2) a cujo conjunto os Gregos deram o nome de techné – oração subordinada adjetiva restritiva, que apresenta como referente a expressão “conhecimentos e aptidões profissionais”

Page 57: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

3) na medida em que é transmissível – oração subordinada adverbial causal Para solucionar essa questão, basta-nos analisar as orações 1 e 2. O gabarito oficial, antes dos recursos, aponta a op ção E como a correta, indicando ser o seguinte segmento aquele que, sem prejuízo de alteração do sentido, apresenta a forma corretamente reformulada do trecho em epígrafe: “o conjunto dos quais recebeu dos gregos o nome de `techné`.” O texto, após tal reformulação, seria, então: “... e apresenta-se ainda como comunicação de conhe cimentos e aptidões profissionais o conjunto dos quais receb eu dos gregos o nome de `techné`.” Na lição de Celso Cunha e Lindley Cintra, em Nova G ramática do Português Contemporâneo, “pronomes relativos são assim chamados porque se referem, de regra geral, a um te rmo anterior – o ANTECEDENTE. (...) Os pronomes relativ os assumem um duplo papel no período por representarem um determinado antecedente e servirem de elo subordina nte da oração que iniciam”. Em relação ao pronome relativo “cujo”, ensinam-nos os mestres: “Cujo é, a um tempo, RELATIVO e POSSESSIVO, equivalente pelo sentido a ‘do qual’, ‘de quem’, ‘d e que’. Emprega-se apenas como pronome adjetivo e concorda com a coisa possuída em gênero e número.” (grifos não do original). Esse pronome estabelece uma ligação entre dois subs tantivos que apresentam uma relação de subordinação (a que o s autores chamam de “posse”), como no exemplo da ques tão em análise: “o conjunto de conhecimentos e aptidões profissionais” . Na opção E, substituiu-se o pronome “cujo” pelo “do s quais”. Em relação aos pronomes, não há dúvidas de que são

Page 58: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

equivalentes semanticamente. Contudo, essa afirmação aplica-se somente ao SENTID O DO PRONOME, sem se levar em conta o contexto em que se apresenta, ou seja, ambos têm o mesmo valor mas não pode um ocupar o lugar do outro, acarretando, em virtude do seu emprego indevido, prejuízo à coerência e correção g ramatical do período. Essa ausência de conformidade gramatical se reforça a partir da lição de Evanildo Bechara, em Lições de Portuguê s pela Análise Sintática, a seguir transcrita: “O qual – e flexões que concordam em gênero e número com o antecedente – su bstitui o ‘que’ e dá à expressão mais ênfase” (grifos nosso s). Não há respaldo gramatical para a substituição do p ronome relativo “cujo” por “o qual”. Este último somente p ode ocupar o espaço do relativo "que”. Assim, a opção E não pode ser considerada como corr eta. Por estarem as demais opções igualmente inválidas, REQUER-SE A ANULAÇÃO DA QUESTÁO 3, atribuindo-se o ponto a ela correspondente a todos os candidatos. Fontes que embasam o recurso: Cunha, Celso & Cintra, Lindley. Nova Gramática do P ortuguês Contemporâneo, 3ª.ed.- Rio de Janeiro: Nova Frontei ra, 2001. Bechara, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa, 33 ª.ed.- São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1989. ------. Lições de Português pela Análise Sintática, 16ª.ed. – Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2000.

28/04/2006 - ICMS/SP - PROVA COMENTADA DE PORTUGUËS DO ÚLTIMO CONCURSO DA FCC

Olá, pessoal

Page 59: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

Como sei que muita gente costuma deixar o pobrezinh o do Português para a última hora (isso quando não o dei xa de lado mesmo), venho hoje trazer um presentinho aos que ir ão prestar o concurso ICMS/SP: comentários à prova de Língua Portuguesa do concurso mais recente realizado pela Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil. Os que tiveram a oportunidade de fazer a turma de e xercícios, verão muitos dos casos comentados em aula e confirm arão a reincidência das questões de prova. Aos que não a fizeram e nem, ao menos, deram uma “l idinha rápida” no material de que dispõem, aproveito a opo rtunidade para avisar (olha que quem avisa amigo é!!!): serão 40 questões na prova de Língua Portuguesa. Por isso, n ão menosprezem essa disciplina e não a deixem para o ú ltimo momento da prova. Espero que estes comentários venham a auxiliar, mai s uma vez, na preparação de todos vocês para a prova que será aplicada no próximo fim de semana. Bons estudos e boa prova! Claudia Kozlowski ............................................................................................................... CONHECIMENTOS GERAIS Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se a o texto seguinte. O funcionário e as paixões Quem não leu que leia o romance O amanuense Belmiro , do mineiro Cyro dos Anjos. Escrito há cerca de setenta anos, conserva a capacidade de atualização das páginas es critas com arte e verdade. Tem no título uma palavra hoje em desuso – amanuense – que o dicionário esclarece: “escreven te; funcionário de repartição pública que fazia cópias, registros e cuidava da correspondência”. Notaram o tempo dos ve rbos?

Page 60: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

“Fazia”, “cuidava”... Coisas já do passado. Mas ent ão, qual a atualidade desse livro? Creio que qualquer funcionário público de hoje, por modesta que seja sua função (ou talvez por isso mesmo), sab erá encontrar no romance um tema de interesse permanent e: o abismo que costuma se instalar entre a nossa rotina de trabalho e as paixões que alimentamos secretamente. A previsibilidade do cotidiano nos arremessa para os altos sonhos. O sonho desse amanuense Belmiro vem registrado e desenvolvido em seu diário pessoal, que é a forma p ela qual o romance se apresenta: anotações metódicas, datadas, em que o funcionário fala do que lhe ocorreu na repartição , ou na rua, ou nos encontros com os amigos. Mas fala também de seu amor por Carmélia, moça que lhe é inacessível, que ele idealiza a não mais poder, fazendo dela o mito de sua vida. O leitor do romance acompanha nas páginas do diário esse ir e v ir entre o sonho e rotina, entre a vida estreita do funcionári o tímido e as projeções de sua fantasia romântica. A única compen sação real para o amanuense está, de fato, em dar à lingu agem de seu diário o capricho da melhor forma possível; seu con solo é a literatura, ainda que na forma modesta das páginas de um caderno pessoal. A vida mudou muito, não há dúvida; não existe mais, rigorosamente falando, a função de amanuense. Nem p or isso deixaram de existir os funcionários que, no exercíc io de suas obrigações diárias, olham pela janela ou para dentr o de si mesmos, buscando fixar a forma de seus desejos, os contornos de seus sonhos secretos. Hoje, entre um computador e um fax, continua a haver espaço sufici ente para nossa imaginação querer mais do que a vida nos dá, tal como queria o honesto, simpático e amargurado Belmiro. (José Calixto de Mendonça) 1. A justificativa para a recomendação Quem não leu que leia o romance O amanuense Belmiro pode ser assim resumida : (A) trata-se do registro de uma função pública que, hoje extinta, deve ser lembrada pela relevância que assumiu em ce rta

Page 61: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

época. (B) esse romance, embora não trate de tema que aind a desperte interesse, encanta-nos pela beleza e objet ividade de sua linguagem. (C) seu autor soube encontrar, em palavras que não mais existem, a força de uma verdade que preenche de poe sia o nosso cotidiano. (D)) esse romance já antigo, escrito na forma de um diário pessoal, cuida de uma questão subjetiva que não é a lheia ao nosso tempo. (E) trata-se de um diário que vale pela recuperação histórica e realista do cotidiano que viviam os amanuenses em s uas repartições. Gabarito: D Comentário. A passagem do 2º parágrafo transcrita adiante confi rma a indicação do autor à leitura do livro por tratar de uma questão que, a despeito de ser antiga, continua atual: “Cre io que qualquer funcionário público de hoje, por modesta q ue seja sua função (ou talvez por isso mesmo), saberá encon trar no romance um tema de interesse permanente: o abismo q ue costuma se instalar entre a nossa rotina de trabalh o e as paixões que alimentamos secretamente.”. 2. O significado de A previsibilidade do cotidiano nos arremessa para os altos sonhos está mantido nesta o utra frase: (A) Apesar de nossos sonhos serem altos, sentimo-no s arremessados pelo nosso cotidiano mais previsível. (B)) A falta de surpresa do nosso cotidiano nos imp ulsiona

Page 62: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

para a altura em que pairam os sonhos. (C) Mesmo quando imprevisível, o nosso cotidiano co ntém os sonhos que nos impulsionam para o que sequer imagin amos. (D) Nos nossos sonhos mais altos, os fatos mais sim ples do cotidiano ganham uma força súbita e imprevista. (E) Se nosso cotidiano fosse menos imprevisível, nã o seríamos lançados aos sonhos mais altos. Gabarito: B Comentário. O que nos remete aos altos sonhos é exatamente a ro tina do cotidiano. Essa afirmação também está presente na o ração da alternativa (B). Note que a passagem “a altura em q ue pairam os sonhos” tem sentido conotativo. 3. Considere as seguintes afirmações: I. Cyro dos Anjos escreveu um romance que apresenta a singularidade de se desenvolver na forma de um diár io pessoal, escrito por um amanuense vocacionado para a literatura. II. Em seu diário, o amanuense se esquiva de qualqu er fato que lembre sua rotina, dedicando-se às fantasias nascid as de sua imaginação romântica. III. Os leitores de O amanuense Belmiro não consegu em se identificar com as oscilações do funcionário, mas s e consolam com a beleza de sua linguagem. Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em

Page 63: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

(A)) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. Gabarito: A Comentário. Uma parte da afirmação do item I encontra respaldo nas seguintes passagens: “O sonho desse amanuense Belmi ro vem registrado e desenvolvido em seu diário pessoal , que é a forma pela qual o romance se apresenta” e “A única compensação real para o amanuense está, de fato, em dar à linguagem de seu diário o capricho da melhor forma possível; seu consolo é a literatura, ainda que na forma mode sta das páginas de um caderno pessoal.”. Percebe-se, no texto, o gosto de Belmiro pela liter atura, uma forma de compensação à rotina e à vida estreita enf rentada diariamente, mas não precisamente um talento ou apt idão para isso. Contudo, a despeito de não encontrarmos referência para asseverar que Belmiro possuía vocação para a litera tura, em função da incorreção dos demais itens, só nos resta considerar esta assertiva como correta por ser a única respost a válida. Como a prova foi aplicada recentemente, devemos agu ardar o resultado final. II – Vemos no 3º parágrafo indicações de que essa a ssertiva não está correta: “O sonho desse amanuense Belmiro vem registrado e desenvolvido em seu diário pessoal, qu e é a forma pela qual o romance se apresenta: anotações metódic as, datadas, em que o funcionário fala do que lhe ocorr eu na

Page 64: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

repartição, ou na rua, ou nos encontros com os amig os.”. III – Não é isso que José Calixto de Mendonça, o au tor do texto, afirma em: “Creio que qualquer funcionário público de hoje, por modesta que seja sua função (ou talvez por isso mesmo), saberá encontrar no romance um tema de interesse permanente(...)” 4. Atente para as seguintes frases: I. (...) vem registrado e desenvolvido em seu diári o pessoal (...). II. (...) anotações metódicas, datadas (...). III. (...) na forma modesta das páginas de um cader no pessoal. Essas três frases têm em comum (A) a notícia que dão acerca do assunto de que trat a o amanuense. (B)) a referência que fazem à forma de apresentação do romance. (C) o enaltecimento de um específico traço do estil o de Cyro dos Anjos. (D) a razão pela qual o tema do romance se conserva atual. (E) a oscilação afetiva vivida pelo amanuense Belmi ro. Gabarito: B Comentário. As expressões “diário pessoal”(I e III), “anotações metódicas, datadas” (II) e “forma modesta” indicam o método de apresentação do romance de Cyro dos Anjos.

Page 65: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

5. Na frase do segundo parágrafo por modesta que se ja sua função (ou, talvez, por isso mesmo), a expressão en tre parênteses pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido do contexto, por (A) ou, quem sabe, apesar disso. (B) ou indo, talvez, além disso. (C)) ou, quem sabe, em razão disso. (D) ou mesmo a despeito disso, talvez. (E) ou ainda, quem sabe, a fim disso. Gabarito: C Comentário. A única opção que apresenta uma expressão que indic a a idéia de motivo, razão, assim como ocorre em “por isso”, é a da letra (C) – “em razão disso”. As conjunções apresentadas nas demais opções atribu em as seguintes circunstâncias: (A) e (D) adversativa - apesar de / a despeito de; (B) aditiva - além de; (E) final - a fim de. 6. Está plenamente atendida a concordância verbal e m: (A) Para o amanuense, não teriam havido outras compensações, além das alegrias que lhe proporciona vam a elaboração da linguagem do diário.

Page 66: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

(B) Entre um computador e um fax ainda existem, nas palavras do autor, muito estímulo para as nossas paixões se manifestarem. (C) As preocupações íntimas, que se costuma traduzi r na linguagem pessoal de um diário, pode suscitar o int eresse de um grande número de leitores. (D) Ninguém duvide de que possa estar na forma mode sta de um diário pessoal as questões subjetivas que a cada um de nós é capaz de afetar. (E)) É nas palavras de um diário que se formaliza a nossa subjetividade, é nelas que se espelham as faces pro fundas dos nossos desejos. Gabarito: E Comentário. (A) Em uma locução verbal, o verbo auxiliar realiza a flexão que o verbo principal faria se estivesse sozinho. Na lo cução verbal “teriam havido”, o verbo “haver” (principal) é impe ssoal, pois apresenta o sentido de “existência”. Por isso, mant ém-se na 3ª pessoa do singular. Assim, essa flexão deve ser realizada pelo verbo au xiliar “ter”, mantendo no singular – “... não teria havido outras compensações...”. Vimos em nossas aulas que “outras compensações” exe rce a função de objeto direto da construção oracional, nã o interferindo na concordância verbal. (B) Tanto o verbo haver quanto o verbo existir pode m indicar existência. A despeito de apresentarem o mesmo sign ificado, possuem estruturas sintáticas distintas. Enquanto q ue o verbo haver é impessoal (não tem sujeito) e, por isso mes mo, se mantém na 3ª pessoa do singular (o que o acompanha e é o complemento verbal), o verbo existir possui sujeito e com este

Page 67: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

deve realizar a concordância. A partir dessa observação, note que o sujeito de “e xistir” na construção “Entre um computador e um fax ainda exis tem (...) muito estímulo” é um elemento que está no singular – “estímulo”. Por isso, o verbo deveria ser conjugado na 3ª pessoa do singular – existe. (C) Nessa questão, verificamos uma técnica muito co mum praticada pelas bancas examinadoras para “enganar” o candidato em questões de concordância (a ESAF é mes tra nisso). Consiste em separar o sujeito do verbo por uma série de elementos, de preferência em um número diferente daquele em que deverá figurar o verbo. Assim, o candidato c orre o risco de se esquecer qual era o núcleo do sujeito e não perceber o deslize de correspondência entre o verbo e o sujeito. Vamos sublinhar o que interessa para a análise: “As preocupações íntimas, que se costuma traduzir n a linguagem pessoal de um diário, pode suscitar o int eresse...” Opa! A locução verbal está no singular enquanto que o sujeito é plural. Questão clássica. Na hora da prova, faça isto – sublinhe o sujeito e compare com o verbo. (D) Em “Ninguém duvide de que possa estar na forma modesta de um diário pessoal as questões subjetivas que a c ada um de nós é capaz de afetar?”, notam-se DOIS erros de con cordância. Vamos à análise. “Ninguém duvide de que...” [ até aí, tudo bem...] O sujeito de “possa estar na forma modesta de um di ário pessoal” é “as questões subjetivas”. Por isso, o ve rbo auxiliar da locução deveria ser flexionado no plural – “poss am estar (...) as questões subjetivas...”. Por fim, o pronome relativo que inicia a oração adj etiva tem por referente “as questões subjetivas”, levando todos o s elementos do predicado para o plural: “as questões subjetivas que são capazes de afetar a cada um de nós”. O comp lemento

Page 68: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

do verbo afetar (transitivo direto) recebeu uma pre posição (“afetar a cada um de nós”) para evitar a ambigüida de na identificação do elemento que exerce a função de su jeito dessa oração (o pronome relativo). 7. Mas fala também de seu amor por Carmélia, moça q ue lhe é inacessível, que ele idealiza a não mais poder, faz endo dela o mito de sua vida. No período acima, (A)) as duas ocorrências da palavra que têm o mesmo referente da palavra dela. (B) as palavras seu e sua referem-se a pessoas dist intas. (C) o pronome lhe tem como referência a moça Carmél ia. (D) a forma lhe poderia ser desdobrada e substituíd a por com ele. (E) o segmento que ele idealiza pode ser substituíd o por que é idealizado. Gabarito: A Comentário. O pronome oblíquo “ela”, contraído com a preposição “de” em “dela”, tem por referente o substantivo “moça” (“fa zendo da moça o mito de sua vida”), o mesmo referente do pro nome relativo “que” nas duas passagens subseqüentes: “qu e lhe é inacessível” = “a moça lhe é inacessível” e “que el e idealiza” = “ele idealiza a moça”. Em relação aos demais itens, cabem os seguintes com entários. (B) O pronome possessivo “seu” (em “fala também de seu amor por Carmélia”) tem por referente “Belmiro”, pr esente no

Page 69: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

período anterior, assim como o pronome “sua”, em “o mito de sua vida” (“mito da vida de Belmiro”). Têm, portant o, o mesmo referente. (C) A passagem “moça que lhe é inacessível” equival e a “a moça é inacessível a ele (Belmiro)”. Logo, o pronom e “lhe” não se refere a “moça”, mas a “ele / Belmiro”. (D) Como vimos no comentário acima, o pronome “lhe” equivale a “a ele” e não a “com ele”. (E) Não pode uma estrutura de voz ativa (ele ideali za a moça) ser substituída, sem prejuízo, pela forma passiva “ que é idealizado”, uma vez que o objeto direto (que passa a ser o sujeito na voz passiva) é “moça” e não “ele”. Assim , se houvesse a transposição de vozes, a forma passiva s eria “que é idealizada” (feminino). 8. Notaram o tempo dos verbos? “Fazia”, “cuidava”.. . Coisas já do passado. Pode-se corretamente acrescentar à observação acima , feita a propósito do emprego do tempo verbal, esta outra ob servação: (A) Coisas que ocorriam de modo imprevisível. (B) Coisas que ocorriam muito raramente. (C) Ações súbitas e rápidas. (D)) Ações que ocorriam sistematicamente. (E) Ações que ocorriam simultaneamente. Gabarito: D Comentário. Vimos, na aula sobre verbos, que o pretérito imperf eito do

Page 70: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

indicativo indica a ocorrência habitual e com certa duração de um fato passado. Assim, a definição que atende ao e nunciado é “ações que ocorriam sistematicamente”, ou seja, o corriam (passado) com habitualidade (sistemático = ordenado , metódico). 9. Escrito há cerca de setenta anos, / conserva a c apacidade de atualização das páginas escritas com arte e verdade . Estaria explicitada a relação de sentido entre os d ois segmentos destacados no período acima caso iniciass e (A) o primeiro segmento por Uma vez. (B) o primeiro segmento por Porquanto. (C)) o primeiro segmento por Ainda que. (D) o segundo segmento por por isso. (E) o segundo segmento por de tal modo. Gabarito: C Comentário. As conjunções “uma vez que”, “por isso”, “porquanto ”, “de tal modo” atribuem à oração subordinada um valor causal . Contudo, as orações “Escrito há cerca de setenta an os” e “conserva a capacidade de atualização das páginas e scritas com arte e verdade” estão em campos semânticos opos tos: a primeira indica antiguidade, enquanto que a segunda , sua atualidade. Em virtude disso, a conjunção que se pr esta a unir as duas orações é “ainda que”, de valor concessivo. 10. Está inteiramente clara e correta a redação do seguinte

Page 71: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

comentário acerca do texto transcrito: (A) O autor se posiciona durante dois dos momentos do texto, a saber quando fala empregando “Creio” e depois dur ante o momento onde se inclue no plural de “nossa imaginaç ão”, assim como também em “nos dá”. (B) Fica subtendido no texto que Carmélia devia de estar em outra classe social, ou talvez alguma outra razão q ue deixasse o amanuense achando que a moça não lhe dava acesso. (C) Tem razão o autor em suspeitar de que mesmo na vida moderna, comandada pela velocidade da eletrônica, t emos tempo para previlegiar nossos sonhos e nossas obces sões mais fantasiosas. (D) É realmente possível que nossos sonhos melhor imaginados nascem por estímulo do que há de entedio so e de previsível no nosso cotidiano, em cujo arrastar não conseguimos realização. (E)) Há palavras que entram em desuso pelo fato de desaparecerem as coisas que nomeiam, como no caso d e “amanuense”, que designa uma função burocrática há muito extinta. Gabarito: E Comentário. (A) A conjugação dos verbos terminados em –UIR não segue o modelo dos verbos de 3ª conjugação. Essa observação consta, inclusive, da aula demonstrativa da turma para o IC MS/SP. Esses verbos apresentam a letra “i” na conjugação d a 3ª pessoa do singular (incluir – inclui). (B) Para a correção do período, deve-se retirar a p reposição na locução verbal “devia estar”. (C) Notam-se três incorreções nesse item: erro de s intaxe de regência na passagem “em suspeitar de que” – o verb o

Page 72: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

suspeitar é transitivo direto, devendo-se retirar a preposição “de”; erro de ortografia: os vocábulos privilegiar (veja que essa palavra foi objeto de comentário na aula demonstrat iva) e obsessões estão incorretamente grafados; erro de po ntuação, pois faltou uma vírgula após a conjunção “que” para isolar a expressão “mesmo na vida moderna”. (D) Quando o advérbio “bem” acompanha um adjetivo d e base participial (sua origem é o particípio de um verbo) , forma-se um conjunto adjetivo (bem-humorado / bem-vestido). Ao superlativar essa locução adjetiva, o advérbio “mai s” não deve se contrair com o “bem” (elemento formador da locuç ão). Mantêm-se independentes (“Ele é o mais bem-vestido do grupo”; “Hoje ele está mais bem-humorado” e não “me lhor vestido” ou “melhor humorado”). Não importa se os e lementos estão ligados por hífen ou não. Assim, a forma correta seria, na oração: “É realmen te possível que nossos sonhos mais bem imaginados nascem por estímulo...”. Não existe o vocábulo “entedioso”. Em seu lugar, de veria ter sido empregado o adjetivo correspondente a “tédio”: entediante. Por fim, está correta a última passagem do texto (q ue pode ter levado muita gente a considerar essa opção errada). O relativo “cujo”, como vimos exaustivamente em nossos encontr os, liga dois substantivos que apresentam relação de dependê ncia. Na oração, o vocábulo que sucede o relativo é um verbo que, por derivação imprópria, se tornou um substantivo (“o a rrastar”). Admite-se, assim, o emprego do “cujo” (“o arrastar do cotidiano”). A oração subordinada adjetiva seria: “ não conseguimos realização no arrastar de nosso cotidia no”. Atenção: As questões de 11 a 20 referem-se ao texto seguinte. Fobias As pessoas que defendem o pastoral e a volta ao pri mitivo

Page 73: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

nunca se lembram, nas suas rapsódias à vida rústica , dos insetos. Sempre que ouço alguém descrever, extasiad o, as delícias de um acampamento – ah, dormir no chão, fa zer fogo com gravetos e ir ao banheiro atrás do arbusto – me espanto um pouco mais com a variedade humana. Somos todos d a mesma espécie, mas o que encanta uns horroriza outr os. Sou dos horrorizados com a privação deliberada. Muitas gerações contribuíram com seu sacrifício e seu engenho para que eu não precisasse fazer mais nada atrás do arbusto. Me sen tiria um ingrato fazendo. E a verdade é que, mesmo para quem não tem os meus preconceitos, as delícias do primitivo nunc a são exatamente como as descrevem. Aquela legendária cas a à beira de uma praia escondida onde a civilização ain da não chegou, ou chegou mas foi corrida pelo vento, e ond e tudo é bom e puro, não existe. E se existe, nunca é bem as sim. – Um paraíso! Não há nem um armazém por perto. Quer dizer, não há acesso à aspirina, fósforos ou q ualquer tipo de leitura. – A gente dorme ouvindo o barulho do mar... E de animais terrestres e anfíbios tentando entrar na casa para morder o seu pé. E, se morder, você morre. O antibi ótico mais próximo fica a 100 quilômetros e está com a data ve ncida. Não. Fico na cidade. A máxima concessão que faço à vida natural, no verão, são as bermudas. E, assim mesmo, longas. Muito curtas já é um começo de volta à selva. (Luiz Fernando Veríssimo, Comédias para se ler na e scola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, p. 103-104). 11. Atente para as seguintes afirmações: I. O sentido da palavra pastoral, no contexto em qu e vem empregada, é: relativo a campo, à vida campestre, e m contato direto com a natureza. II. O cronista estabelece uma oposição, central em seu texto, entre a vida rústica no interior e o isolamento num a casa em praia deserta.

Page 74: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

III. A pessoa que diz “– Um paraíso! Não há nem um armazém por perto” está-se valendo de profunda ironia. Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em: (A)) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. Gabarito: A Comentário. I – CERTA. “Pastoral”, segundo Aurélio, é um adjeti vo que apresenta a concepção de “relativo ao campo, campes tre, pastoril”. Essa é a acepção utilizada em “As pessoa s que defendem o pastoral”, com a substantivação do adjet ivo. II – ERRADA. O tema central, já indicado pelo títul o, é a repulsa que o autor demonstrar ter em relação aos “prazeres ” da vida rústica. III – ERRADA. A ironia parte do autor do texto, Lui z Fernando Veríssimo, em relação àquele que afirma “Um paraíso ! Não há nem um armazém por perto”, uma vez que, a partir da afirmação “Quer dizer, não há acesso à aspirina, fó sforos ou qualquer tipo de leitura”, demonstra não ver nisso vantagem alguma. 12. Considerando-se o contexto, a frase Sou dos hor rorizados com a privação deliberada deve ser entendida como u ma

Page 75: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

manifestação do cronista contra (A) a condição de pobreza e desamparo a que tantos estão submetidos. (B) o hábito que têm as pessoas de proclamarem sua suposta miséria. (C)) a opção de renunciar às conquistas da vida urb ana e civilizada. (D) o desejo egoísta de se apartar da vida social e de seus desafios. (E) a teimosia de muitos em ignorar a privação real em que tantos vivem. Gabarito: C Comentário. A privação deliberada a que se refere o autor é em relação a: “dormir no chão, fazer fogo com gravetos, ir ao ban heiro atrás do arbusto”. Segundo ele, as conquistas alcançadas pelas gerações passadas “contribuíram com seu sacrifício e seu engenho” para que isso não mais tivesse necessidade de acontecer. 13. Caso houvesse no cronista a preocupação de aten der rigorosamente à norma culta da língua escrita, em v ez de assimilar construções mais informais da linguagem o ral, ele deveria substituir I. a expressão Me sentiria, num começo de período, por Sentir-me-ia ou Eu me sentiria. II. a palavra onde, na frase onde a civilização ain da não chegou, por aonde.

Page 76: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

III. a construção concessão que faço por concessão de que faço. Está correto o que se propõe substituir em (A) I, II e III. (B)) I e II, somente. (C) I e III, somente. (D) II e III, somente. (E) II, somente. Gabarito: B Comentário. I – CORRETA. A norma culta condena o início de perí odo por pronome oblíquo átono, como em “Me sentiria”. II – CORRETA. A regência do verbo chegar é transiti va indireta com a preposição “a” (lembre-se da dica: verbo que indica movimento rege preposição “a”). Essa preposição dev e anteceder o pronome relativo onde, que se refere a “uma praia escondida”, ou seja, um lugar. III – ERRADA. A troca ocasionaria um prejuízo grama tical à oração, uma vez que o pronome relativo ‘que’ se ref ere “concessão”, que, na oração adjetiva, exerce a funç ão de objeto direto: “[eu] faço a concessão”. Como o verb o “fazer” é transitivo direto, não pode haver uma preposição “d e” antes desse pronome relativo. 14. É preciso corrigir a seguinte frase, na qual há um equívoco quanto à concordância verbal: (A) As maravilhas que se dizem a respeito de uma vi da

Page 77: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

bucólica ou primitiva não parecem ter em nada anima do o cronista. (B) Não consta, entre as fobias declaradas pelo cro nista, a de se sentir distante de alguém a quem o prendam laços afetivos. (C) Não se ouvem apenas os cantos do mar, mas també m os sons de insetos e animais que podem representar uma séria ameaça. (D)) Uma das convicções do bem-humorado cronista é a de que usar bermudas longas constituem a maior de suas con cessões à vida natural. (E) Fica sugerido que livros, jornais e revistas sã o, para o cronista, artigos de primeira necessidade, como o s ão fósforos ou aspirina. Gabarito: D Comentário. O que constitui “a maior de suas concessões à vida natural”? Resposta: usar bermudas longas. Como o sujeito é or acional (reduzido de infinitivo impessoal), o verbo fica na 3ª pessoa do singular: “Uma das convicções do bem-humorado croni sta é a de que usar bermudas longas constitui a maior de su as concessões à vida natural”. Estão corretas as demais opções. Comentaremos algum as das passagens que podem ter sido objeto de dúvidas. (A) O pronome relativo “que” refere-se a “maravilha s”. O verbo dizer é transitivo direto. Acompanhado do pronome “ se”, constrói voz passiva, cujo sujeito é “maravilhas” ( certamente você não acharia “esquisita” a construção: “as mara vilhas que são ditas ...”). Por isso, está correta a flexão ve rbal em “As maravilhas que se dizem a respeito de uma vida bucó lica ou primitiva”. Em seguida, retomando o sujeito “as mar avilhas”, a locução verbal se flexiona no plural: “não parecem ter em nada animado o cronista”.

Page 78: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

(B) A passagem “a quem o prendam laços afetivos” eq uivale a “laços afetivos prendem-no [o cronista] a quem [a a lguém]”. Como o sujeito do verbo “prender” é “laços afetivos ”, está correta a concordância verbal. (C) Mais uma vez, temos ótimos exemplos de construç ão de voz passiva pronominal. O verbo “ouvir” é transitiv o direto. Acompanhado do pronome “se” (apassivador), deve con cordar com o sujeito paciente, quais sejam: “os cantos do mar” e “os sons de insetos e animais”, justificando, assim, a flexão verbal (“Não se ouvem”). Em seguida, o pronome relativo “q ue” substitui o substantivo “sons” e leva o verbo “pode r”, auxiliar da locução “podem representar”, para o plural. (E) Como o sujeito de “Fica sugerido” é uma oração, o verbo está corretamente conjugado na 3ª pessoa do singula r. 15. Na frase Não há acesso à aspirina, fósforos ou qualquer tipo de leitura, o segmento sublinhado [EM NEGRITO] pode ser corretamente substituído por (A) Não têm meios de se obter. (B) Fica-se indisponível de. (C) Fica-se tolhido de. (D) Não há como ir de encontro a. (E)) Não há como se prover de. Gabarito: E Comentário. O emprego do pronome “se” atribui à construção uma forma indeterminada do sujeito, ou seja, o mesmo caráter impessoal do verbo “haver” usado na forma original (“Não há a cesso...”).

Page 79: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

Está, portanto, correto. A maldade dessa questão ficou por conta destas duas opções: (A) O verbo “ter” foi empregado no sentido de exist ência, equivalente a “não há / existem meios de se obter”. Contudo, essa construção não encontra abono na norma culta. Considerando a informalidade do texto, essa opção p oderia ser considerada válida. Por isso, teríamos de analisar as demais sugestões para indicar a que poderia substituir de forma escorreita a passagem destacada. Não há dúvidas de que isso ocorreu na ÚLTIMA opção. (C) O verbo “tolhir” significa “impedir”. Pode algu ém ficar “impedido de aspirina”? A substituição proposta aca rreta prejuízo de coesão textual à passagem. Estaria corr eta a proposta que tivesse sido: “Fica-se tolhido de obte r/adquirir”. 16. Somos todos da mesma espécie, mas o que encanta uns horroriza outros. Caso o período acima iniciasse com a frase O que en canta uns horroriza outros, uma consecução coerente e correta seria: (A) dado que somos todos da mesma espécie. (B) embora se tratem todos da mesma espécie. (C) haja vista de que somos todos da mesma espécie. (D)) conquanto sejamos todos da mesma espécie. (E) posto que formos todos da mesma espécie. Gabarito: D Comentário. A idéia entre as duas orações é adversa. Deve-se us ar,

Page 80: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

portanto, uma conjunção adversativa ou concessiva. Deve-se, também, observar a correção gramatical da proposta. Estão incorretas as demais sugestões pelos motivos que se seguem. (A) A conjunção “dado que” atribui um valor causal à oração (uma vez que, por causa de). (B) O erro não está na conjunção, mas na flexão do verbo “tratar” que, acompanhado do pronome “se”, forma su jeito indeterminado: “embora se trate da mesma espécie”. (C) Além de ser inapropriado o emprego de “haja vis ta que”, houve um erro ao acrescentar uma preposição “de” à expressão. (E) A conjunção “posto que”, corretamente utilizada por ter caráter concessivo equivalente a “ainda que”, “embo ra” (e não causal, como alguns pressupõem), admite, na constru ção, que o verbo seja conjugado no presente do subjuntivo (“ posto que sejamos todos da mesma espécie”) ou no presente do indicativo (“posto que somos todos da mesma espécie ”), mas não no futuro do subjuntivo (formos). 17. Considerando-se as palavras anfíbios e antibiót ico, é correto afirmar que (A)) ambas têm o mesmo radical e apresentam prefixo . (B) ambas têm o mesmo radical e apresentam sufixo. (C) os prefixos de ambas têm sentido equivalente. (D) há em ambas sufixos de sentido equivalente. (E) ambas são exemplos de derivação parassintética. Gabarito: A

Page 81: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

Comentário. Esse assunto (“Estrutura e Formação das Palavras”) não está no edital do concurso para Agente Fiscal de Tributo s Estaduais (vulgo “ICMS/SP”). Mesmo assim, iremos comentar a q uestão. As duas palavras apresentam o mesmo radical: “bio”, que indica “vida”. O prefixo da primeira, “anfi”, desig na a passagem “de um lado para o outro”. Por exemplo, um veículo anfíbio é, portanto, o que pode transitar tanto na água quanto na terra, da mesma forma que um animal anfíbio (sap o). Já “anti” é um prefixo grego que indica oposição, contrariedade, ação contrária. Por isso, está corre ta a afirmação da opção (A). 18. Está plenamente correta a pontuação do seguinte segmento: (A) Pode viver um homem sem acesso à civilização. N ão pode: embora haja muitos que pensem o contrário. O que nã o é evidentemente, o caso do cronista. (B)) O poeta Álvares de Azevedo, no século XIX, par ecia alimentar a mesma convicção do cronista. Embora fos se um romântico, o poeta ridicularizava os idealistas que , tendenciosamente, omitiam as agruras da vida natura l. (C) O cronista é um dos maiores humoristas nossos, sem receio de ofender pontos de vista alheios, costuma atacar o senso comum; no que este tem de vicioso e sobretudo , artificial. (D) Provavelmente se sentirão hostilizados, aqueles que defendem as delícias da vida natural. Em compensaçã o: os que relutam em aceitá-la, muito se divertirão com essa crônica. (E) Não se privaria o cronista, do conforto que ofe recem instalações sanitárias, em nome de uma vida mais pu ra e mais rústica. Por que haveríamos de renunciar aos ganhos da

Page 82: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

civilização, pergunta-se ele? Gabarito: B Comentário. (A) O primeiro período, na verdade, deveria ser int errogativo (“Pode viver um homem sem acesso à civilização?”), apresentando-se a resposta no segundo período (“Não pode”). A partir daí, uma vírgula o separa da oração subord inada concessiva (“Não pode, embora haja muitos que pense m o contrário”). Os dois pontos estão empregados de for ma incorreta. Além disso, o verbo “ser” foi separado indevidament e de seu complemento “o caso do cronista” por uma vírgula. A expressão adverbial “evidentemente” deveria vir i solada por DUAS vírgulas ou sem nenhuma delas, por ser um term o curto e de fácil entendimento. (C) O primeiro período se encerra em “nossos”. Deve ser indicada essa interrupção por um ponto final. A seg uir, está indevidamente empregado o ponto-e-vírgula, que sepa ra o verbo “atacar” de seu complemento (“atacar no que e ste tem ...”). Por fim, faltou a primeira vírgula da série que isola o vocábulo “sobretudo” (“e, sobretudo, artificial.”). (D) O sujeito do verbo “sentir” é “aqueles”. Uma ví rgula separa o sujeito do verbo correspondente, devendo ser reti rada. No período seguinte, a expressão introdutória “Em comp ensação” deve ser seguida por uma vírgula, e não pelo sinal de dois pontos. Por sua vez, a vírgula que separa o sujeito, repres entado pelo pronome demonstrativo “os” (em “os [que relutam em aceitá-la]”), do predicado “muito se divertirão” incorre e m um dos casos de proibição (separa sujeito do verbo). (E) Um dos complementos do verbo bitransitivo priva r foi separado deste por uma indevida vírgula (“Não se [o bjeto

Page 83: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

direto] privaria o cronista [sujeito] do conforto [ objeto indireto]”). 19. Muitas gerações contribuíram com seu sacrifício e seu engenho para que eu não precisasse fazer mais nada atrás do arbusto. Uma paráfrase adequada e correta da frase sublinhad a [EM NEGRITO] é: (A) Muitos sacrifícios e engenhos foram feitos por sucessivas gerações. (B) Foram necessários o sacrifício e o engenho que em muitas gerações contribuíram. (C)) Houve a contribuição do sacrifício e do engenh o de muitas gerações. (D) Em muitas gerações foram verificados seu sacrif ício e seu engenho. (E) Sacrifício e engenho, em muitas gerações, vêm contribuindo. Gabarito: C Comentário. “Paráfrase” é nada mais é do que dizer a mesma cois a com outras palavras. Não se assuste com o vocabulário. Mesmo que não soubesse o significado dessa expressão, a p artir das opções, teria condições de perceber o que exige o e xaminador. (A) A palavra “engenho”, no texto, tem o sentido de “talento”. Por isso, não há possibilidade de ninguém ‘fazer ta lento’, como proposto nessa oração (“...engenhos foram feitos”). (B) Além da falta de uniformidade semântica, essa o pção

Page 84: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

também seria descartada em virtude do erro de sinta xe da regência do verbo “contribuir”, que, na oração, reg e a preposição “com”, e não “em”. (D) Houve mudança de sentido nessa proposição. (E) Houve prejuízo de coerência e de coesão na sent ença desta opção. Não se afirma que são “o sacrifício e o enge nho” que contribuem com alguma coisa. 20. A expressão de que preenche corretamente a lacu na da frase: (A) A privação ...... o autor não se conforma é a d e itens como aspirina, fósforos e leituras. (B) O cronista não está nada interessado num tipo d e vida ...... muita gente aspira. (C) Há detalhes desagradáveis da vida rústica ..... . muita gente parece omitir, no entusiasmo de seus relatos. (D) Muitos leitores partilharão das mesmas fobias . ..... o cronista enumerou em seu texto. (E)) Há quem veja como supérfluos os recursos urban os ...... o cronista se recusa a abrir mão. Gabarito: E Comentário. Essa é uma questão clássica da Fundação Carlos Chag as. Para responder a essa questão, devemos observar doi s aspectos: o emprego do pronome relativo adequado à construção e a exigência de preposição por algum te rmo regente (verbo, substantivo, adjetivo) da oração su bordinada adjetiva.

Page 85: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

Na opção (E), a expressão “abrir mão” exige a prepo sição “de” (Alguém abre mão DE alguma coisa). Essa preposição antecede o pronome relativo que se refere a “recurs os urbanos”. Então, a lacuna deverá ser preenchida com a expressão “de que”: “Há quem veja como supérfluos o s recursos urbanos de que o cronista se recusa a abri r mão”. Vejamos as demais opções: (A) O verbo “conformar-se” (pronominal) rege a prep osição “com” (Alguém se conforma COM alguma coisa). A lacu na seria preenchida por “com que”: “A privação COM QUE o autor não se conforma é a de itens como aspirina, fósforo s e leituras”. (B) O verbo “aspirar”, no sentido de “desejar arden temente”, rege a preposição “a”, devendo esta anteceder o pro nome relativo: “O cronista não está nada interessado num tipo de vida A QUE muita gente aspira”. (C) O verbo “omitir” é transitivo direto. Não há, p ortanto, nenhuma preposição antes do pronome relativo: “Há d etalhes desagradáveis da vida rústica QUE muita gente parec e omitir, no entusiasmo de seus relatos”. (D) O verbo “enumerar” possui complemento direto, n ão devendo ser empregada nenhuma preposição antes do pronome “que”: “Muitos leitores partilharão das mes mas fobias QUE o cronista enumerou em seu texto”.

12/04/2006 - Dúvida de Português na prova de Inform ática

Queridos alunos, Vejam como o domínio de nosso idioma tem repercussã o em praticamente todas as provas de um certame, não só na prova de Língua Portuguesa.

Page 86: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

Recentemente, recebi uma dúvida sobre a interpretaç ão de uma frase em uma questão da prova de Informática do concurso de AFRF 2005. Seguem a mensagem e a resposta na íntegra. Cláudia, No concurso para Auditor Fiscal da Receita Federal realizado em 17/12/05 caiu uma questão que, apesar de ser rel ativa à disciplina de informática, gerou dúvidas quanto à i nterpretação de uma das alternativas que foi considerada errada pela Banca examinadora que foi a ESAF, porém, dependendo da interpretação ela é considerada certa, o que anular ia a questão. Segue a alternativa para seu comentário e parecer: Prova Tributária e Aduaneira(opção Inglês) - Prova 1 - Questão 53: alternativa a) "uma pasta constitui um meio de orga nização de programas e de documentos em disco e pode conter ap enas arquivos. " Qual a interpretação desta afirmativa: uma pasta só pode conter arquivos ou uma pasta também pode conter só arquivos. Não sei se deu para entender a dúvida? Na verdade a ESAF interpretou que ela só pode conter arquivos e consi derou a questão incorreta pois ela pode conter outras coisa s além de arquivos. Aguardo seu parecer e muito obrigado,

Há duas análises a fazer. A primeira, a respeito do emprego de palavras denotativas.

Page 87: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

Vamos partir de um exemplo: em um cartaz, o aviso " Peça ajuda somente a funcionários do banco" é diferente de "Somente peça ajuda a funcionários do banco" e de " Peça somente ajuda a funcionários do banco.". Em "Peça ajuda somente a funcionários do banco", in dica-se o perigo de se pedir ajuda a estranhos. Só os funcion ários estão aptos a ajudar. Essa é a informação que deveria est ar em todas as agências bancárias. Contudo, não é sempre isso q ue escrevem por aí, causando confusão. Em "Somente peça ajuda a funcionários do banco", de termina-se que os funcionários do banco estão ali para ajud ar, e só. Não se pode pedir um favor, puxar uma conversa, tir ar dúvidas, entregar um depósito... a eles só se pode PEDIR AJU DA. Em "Peça somente ajuda a funcionários do banco", a palavra, agora, está ligada a "ajuda", delimitando-se ainda mais o que os funcionários do banco poderão fazer - a eles só se pode pedir AJUDA, não se pode pedir mais nada além disso . Agora, com esse esclarecimento, vamos à questão. Quando o autor afirma que "pode conter apenas arqui vos.", a palavra "apenas" está acompanhando "arquivos" com i déia excludente, ou seja, nada além de arquivos pode est ar na pasta. Se a intenção tivesse sido modificar o verbo , a palavra "apenas" deveria ser empregada junto dele, ou melho r, da locução verbal - "apenas pode conter arquivos", equ ivalente a "não pode nada além de conter arquivos", ou seja, n ão pode imprimir arquivos, copiar arquivos...só pode conter arquivos (se é que isso faz algum sentido). O pior ainda está por vir. Uma outra palavra acarre tou uma ambigüidade que ensejaria a anulação da questão. Ve jamos. O problema reside no emprego do verbo "poder". Isso porque esse verbo tanto indicar "possibilidade" como "obri gação / permissão / capacitação". Quando a questão afirma que "uma pasta constitui um meio de organização de programas e de documentos em disco e pode conter apenas arquivos”, está formada a ambigüidade .

Page 88: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

Se considerarmos esse "pode" como obrigação / permi ssão / capacitação ("a pasta tem a capacidade de conter ap enas arquivos"), a assertiva está INCORRETA . A pasta, a lém de arquivos, está apta a conter outras pastas. Contudo, se o entendimento for no sentido de "possi bilidade" ("a pasta tem a possibilidade de conter apenas arqu ivos"), ela está CORRETA no seguinte sentido: se a pasta tem a capacidade de conter arquivos e outras pastas, é po ssível ao usuário manter nela apenas arquivos. Em resumo, essa ambigüidade, que poderia ter sido e vitada com o emprego de outras construções mais adequadas , prejudicou os candidatos que fizeram uma interpreta ção diferente da da banca. OBSERVAÇÃO: E se você achou estranha essa última construção (“u ma interpretação diferente da da banca”) e está achand o que isso mais parece um papo de maluco ou de neném (“da da”) , saiba que está ABSOLUTAMENTE CORRETA. “Diferente” é um adjetivo que exige a preposição “d e” – “uma interpretação diferente de...”. Em seguida, essa preposição se contrai com o pronom e demonstrativo “a”, que se refere a “interpretação” – “uma interpretação diferente da ...”. Como esse pronome demonstrativo “a” está no lugar d e “interpretação” (“uma interpretação diferente da interpretação”) e, na seqüência, se apresenta o “do no” da interpretação, mais uma vez se deve empregar a prep osição “de”, que estabelece uma relação de posse entre “interpretação” e “banca”. Assim, fica: uma interpretação diferente da [a = in terpretação] da banca. Abraço e até a próxima.

Page 89: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

28/03/2006 - PROVA PROCURADOR BACEN - FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS JAN/2006

Oi, pessoal Esta matéria se dirige aos que estão se preparando para o concurso de Fiscal do ICMS/SP, a ser realizado pela Fundação Carlos Chagas. Na turma de exercícios já lançada, veremos inúmeras questões de provas dessa banca separadas por assunto. Falare mos sobre ortografia (já disponível na Aula Zero – demo nstrativa), verbos, concordância, regência, crase, pontuação e pronomes, pontos que, segundo o levantamento realizado nas pr ovas da FCC de 2004 até hoje, foram os mais explorados. Não poderia, contudo, deixar de comentar uma questã o da prova para Procurador do BACEN, concurso este reali zado em janeiro deste ano. Pela primeira vez, a Carlos Chagas explorou um tipo de questão tão comum nas provas da ESAF: Ordenação Tex tual. Quem vir a matéria publicada no Ponto 4 lerá alguma s dicas bastante importantes para esse tipo de questão. Verá que o primeiro passo para resolvê-la é elimina r os segmentos que apresentam elementos cujas referência s já devem ter sido mencionadas e que, por esse motivo, não poderiam ocupar a primeira posição no texto. Nas provas da ESAF, muitas vezes conseguimos até so lucionar a questão a partir dessa providência. Mas, infelizmente, a coisa mudou de figura na quest ão elaborada pela FCC. Vamos, então, encarar a “fera” e tentar extrair alg umas dicas para ganhar esse pontinho possivelmente decisivo.

Page 90: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

(Procurador BACEN / Janeiro 2006) 20. Para responder a esta questão, considere os par ágrafos que seguem. I. Essa situação prevaleceu ao menos durante os pri meiros tempos da colônia. II. Vinte e sete anos mais tarde renova-se essa pro ibição, que só com a Restauração seria parcialmente revogada, e m favor de ingleses e holandeses. III. Com tudo isso, a administração portuguesa pare ce, em alguns pontos, relativamente mais liberal do que a das possessões espanholas. Assim é que, ao contrário do que sucedia nessas, foi admitida aqui a livre entrada d e estrangeiros que se dispusessem a vir trabalhar. In úmeros foram os espanhóis, italianos, flamengos, ingleses, irlandeses, alemães que para cá vieram, aproveitando-se dessa t olerância. IV. Só mudou em 1600, quando Felipe II ordenou foss em terminantemente excluídos todos os estrangeiros do Brasil. Proibiu-se então seu emprego como administradores d e propriedades agrícolas, determinou-se fosse realiza do o recenseamento de seu número, domicílio e cabedais, e em certos lugares – como em Pernambuco – deu-se-lhes o rdem de embarque para os seus países de origem. V. Aos estrangeiros era permitido, além disso, perc orrerem as costas brasileiras na qualidade de mercadores, desd e que se obrigassem a pagar dez por cento do valor de suas mercadorias, como imposto de importação, e desde qu e não traficassem com os indígenas. Os parágrafos acima constituem um texto organizado, extraído do livro Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Hol anda (São Paulo: José Olympio, 1948, p. 153-4) cujos parágraf os foram transcritos de forma aleatória. A seqüência que rep roduz a ordem original, garantindo clareza e coesão, é: (A)) III, V, I, IV, II.

Page 91: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

(B) III, II, I, V, IV. (C) I, III, V, II, IV. (D) IV, V, I, III, II. (E) IV, I, V, II, III. Você percebeu que TODOS os segmentos apresentam referências textuais? I - “Essa situação...” – que situação? II – “...renova-se essa proibição...” – que proibiç ão? III – “Com tudo isso...” - “isso” o quê, cara pálid a? IV – “Só mudou em 1600,...” – o que mudou em 1600? V - “Aos estrangeiros era permitido, além disso...” - além do quê? Como miséria pouca é bobagem, a banca simplesmente usa um texto de Sérgio Buarque de Holanda, extraído de “Raízes do Brasil”. Se fosse para eliminar as opções que exigem algum antecedente, você teria eliminado TODAS AS OPÇÕES, entrando em desespero! CALMA! Se não pudermos seguir esse caminho, iremos, então, usar outra estratégia. Vamos buscar, em cada trecho, uma relação com outro , estabelecendo, assim, uma ordem entre eles. Note que existe um nexo entre o que está sendo apre sentado no trecho I e a informação acerca da mudança ocorri da em 1600 (IV):

Page 92: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

I - “Essa situação prevaleceu ao menos durante os p rimeiros tempos da colônia”; IV - “Só mudou em 1600, quando Felipe II ordenou fo ssem terminantemente excluídos todos os estrangeiros do Brasil. Proibiu-se então seu emprego como administradores d e propriedades agrícolas,” Em resposta à pergunta “o que mudou em 1600?”, temo s uma resposta, ainda que incompleta: a situação dos estr angeiros no país. Mas que situação é essa? Encontramos resposta para essa outra pergunta no tr echo V – “Aos estrangeiros era permitido, além disso, percor rerem as costas brasileiras na qualidade de mercadores...” . Percebemos, portanto, que o trecho V deve anteceder os demais (I e IV). Além disso, o trecho V apresenta um elemento de con exão: “além disso”, que se refere ao trabalho dos estrang eiros, presente no trecho III (“foi admitida aqui a livre entrada de estrangeiros que se dispusessem a vir trabalhar."). Esses dois parágrafos (III e V, nessa ordem) devem ser apresentados logo no início do texto; depois virá o trecho I e, finalmente, o trecho IV (III - V – I – IV). Como encerramento, o segmento II faz referência a “ essa proibição” (“Vinte e sete anos mais tarde renova-se essa proibição...”), proibição presente no segmento IV ( “Proibiu-se então seu emprego como administradores de proprieda des agrícolas...”). Constatamos, pois, que a ordem [III, V, I, IV, II] forma um texto coeso e coerente, sendo correta a resposta (A). Até que não foi tão difícil assim, não é mesmo? Bons estudos.

Page 93: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

14/03/2006 - Prova de Técnico da Receita Federal co mentada - Parte Final

Oi, pessoal Hoje, finalmente, vamos encerrar os comentários à p rova de Técnico da Receita Federal. Espero que tenha sido bastante proveitoso para todo s. Abraço. >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 26- Os segmentos abaixo são partes seqüenciadas de um texto. Assinale o trecho incorreto quanto à organiz ação sintática. a) O Estado, em dificuldades, já não consegue atend er às demandas da sociedade, notadamente aquelas dos segm entos mais carentes. b) Esses, proporcionalmente, concentram seus maiore s contingentes nos países mais pobres, reduzindo-lhes crescentemente a possibilidade de superar a discrim inação de toda ordem e o resgate de seus direitos econômicos, sociais, políticos e até de sobrevivência. c) Movida pelas necessidades decorrentes da carênci a, a sociedade procura construir sua autonomia e sua ide ntidade fora da tutela do Estado. d) Num processo de reivindicação e expressão de lut a, ela busca uma nova maneira de encarar o Estado e de agi r coletivamente, manifestando suas aspirações e neces sidades. e) Nasce, então, novos atores sociais e políticos, que não só lutam por políticas públicas que os atendam, mas,

Page 94: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

principalmente, pelo reconhecimento como sujeitos l egítimos na construção e efetivação de direitos e de uma cul tura política de respeito às liberdades, à igualdade social, à ju stiça econômica e à transparência das ações do poder públ ico. (itens adaptados de Carlos Eugênio Friedrich Barretohttp://www2.uerj.br/~labore/cquestoesc/socie dade_2- main.htm) Gabarito: E Comentário. Há dois erros de estruturação sintática no segmento de letra “e”. O primeiro, em relação à concordância verbal – “Nas ce, então, novos atores sociais e políticos...” – o sujeito do verbo “nascer” é “novos atores sociais e políticos”. Port anto, o verbo deveria estar no plural: “Nascem, então, novos ator es...”. Além disso, exigiu-se o conhecimento de paralelismo sintático. A colocação indevida da expressão “não só”, que ini cia uma série aditiva enfática, acabou por acarretar uma in correção. Vejamos: “Nasce, então, novos atores sociais e políticos, qu e não só lutam por políticas públicas que os atendam, mas, principalmente,...” “Não só... mas”, “não só...como”, “não só... mas ta mbém” são chamadas séries aditivas enfáticas, pois apresentam elementos que entre si apresentam uma relação de ad ição (como na conjunção “e”), só que com bastante ênfase a cada um deles. Cada uma das expressões antecede um desse s elementos coordenados. Se a expressão “não só” antecede uma ação, expressa por “lutam por políticas públicas que os atendam”, a ou tra expressão “mas” deverá apresentar o outro elemento também

Page 95: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

sob uma forma verbal que indique outra ação. Exempl o: “não só lutam por políticas públicas, mas, principalment e, exigem reconhecimento como sujeitos legítimos...”. No texto, entretanto, o segundo elemento da série a ditiva também complementa o “lutar”, mencionado após a pri meira expressão. Assim, para corrigir essa construção, a expressão “não só” deverá anteceder apenas o primeiro complem ento, permanecendo após o verbo, e não antes dele: “Nasce, então, novos atores sociais e políticos, qu e lutam não só por políticas públicas que os atendam, mas, prin cipalmente, pelo reconhecimento como sujeitos legítimos...”. Dessa forma, a série aditiva estabelecerá uma relaç ão entre os dois complementos do verbo “lutar” – políticas públ icas e reconhecimento – permanecendo o verbo antes da séri e. 27 - Assinale a opção em que inexiste erro de natur eza gramatical e/ou lingüística. a) Um dos grandes impulsionadores de mudanças são o s gestores urbanos que adotam a forma incrementalista de atuação e agem, associados ou não a empresas imobil iárias, no intuito de alterar usos da terra urbana ou de am pliar fisicamente os limites da cidade. b) A cidade também apresenta fixos com permanência, nos quais não se alteram mesmo ao longo de processos se culares, e é por isso que algumas cidades apresentam feições históricas, preservadas como testemunhas de cultura s passadas, ultimamente “tombadas como patrimônios históricos da humanidade”. c) Aparentemente, as cidades parecem apresentar mai or densidade de fixos, pois o caráter de mudanças e transformações não é capturado ao longo de uma mesm a geração social, ou se percebe apenas aquelas mudanç as de maior impacto, como derrubada de velhas fábricas na s quais se constroem modernos centros de compras.

Page 96: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

d) A cidade, como construto socioespacial, reveste- se de caráter cambiante conforme a atuação das forças que impulsionam o processo de urbanização. Daí por que, no decurso de algumas dezenas de anos, certos “fixos u rbanos” poderão não resistir à pressões da sociedade, emerg indo estruturas novas a partir de intervenções nos antig os cascos da cidade. e) Nessa ação incremental de governo tem papel de d estaque um amplo trabalho de marketing político sob a hégid e da “ideologia da casa própria” e a partir da doação de terreno e uso constante dos meios de comunicação de massa anunciando as diferentes estratégias de acesso a lo tes. (Aldo Paviani, A realidade da metrópole: mudança ou transformação na cidade?, com adaptações) Gabarito: A Comentário. O único item inteiramente correto é o de letra a. V ejamos a incorreção dos demais: b) Erro de regência - “A cidade também apresenta fi xos com permanência, os quais não se alteram...” – o pronom e relativo, que se refere a “fixos”, não deve ser regido pela p reposição “em”. c) Erro de concordância verbal - Na construção, o v erbo “perceber” é transitivo direto (Alguém percebe algu ma coisa). Por estar acompanhado do pronome “se”, apresentando idéia passiva, constrói voz passiva pronominal, em que o sujeito é o termo plural aquelas mudanças. Por isso, o verbo de ve com ele concordar – “... ou se percebem apenas aquelas muda nças de maior impacto...”. Além disso, o pronome relativo m ais apropriado seria “onde”, uma vez que “modernos cent ros de compras” são construídos nos locais onde havia velh as fábricas. O uso da expressão “nas quais” poderia ca usar uma ambigüidade indesejável – os centros serem construí dos nas fábricas, e não no lugar onde elas estavam.

Page 97: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

d) Erro de crase – O verbo “resistir” exige a prepo sição “a”, mas o termo regido admite o artigo definido feminin o plural “as pressões”. Por isso, a forma correta seria: “...cer tos ‘fixos urbanos’ poderão não resistir às pressões da socied ade...”. e) Erro de ortografia – a grafia da palavra é “égid e”, que, em sentido conotativo, significa “defesa”, “proteção”. Ademais, é devido o emprego de uma vírgula após “governo”, de modo a marcar o deslocamento da expressão adverbial introd utória do período. 28 - A seguir estão transcritos trechos de relatóri os, que encerram recomendações ou exigências a serem cumpri das. Aponte o trecho inteiramente correto quanto ao empr ego da modalidade padrão do idioma. a) Sejam extraídas cópias do ofício n.12 e do Relat ório de Auditoria de acompanhamento de Gestão, às fl s. 153 /163 dos presentes autos, para inclusão no Processo X, conce rnente a Auditoria de Obras, realizada na Superintendência d a Zona Franca de Manaus, a qual analisa inclusive as obras do Centro de Biotecnologia da Amazônia - CBA. b) Sejam determinadas à Secretaria Competente a rea lização de levantamento ou auditoria no Ministério do Meio Amb iente, com vistas à avaliar o Contrato de Gestão firmado e ntre esse Ministério e a Associação Brasileira para o Uso Sus tentável da Biodiversidade da Amazônia, sob os primas da legali dade, dos interesses público e social e da execução do seu ob jeto. c) Proceda os aditamentos contratuais e a sua publi cação em tempo hábil, observando o disposto nos arts. 57, § 2º, e 61, parágrafo único, da Lei n. 8.666/93, sob pena de nu lidade do aditamento com vício de intempestividade na sua ass inatura ou publicação. d) Faça publicar as cessões de servidores a outros órgãos e entidades públicas e suas eventuais prorrogações no Diário Oficial da União, como forma de dar eficácia aos re spectivos

Page 98: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

atos de cessão e cumprimento ao contido no art. 93, § 3º, da Lei n. 8.112/90. e) Faça constar, dos próximos certames licitatórios , inclusive nas dispensas e inexigibilidades, pesquisa prévia d e preços que comprove ter sido ela realizada e ter sido cump ridas as disposições legais pertinentes relativas à seleção da proposta mais vantajosa e à sua compatibilidade com os preço s de mercado (arts. 3º, caput, 26, parágrafo único, inci so III, 38, inciso XII, e 43, inciso IV, da Lei n. 8.666/93, et c). (Adaptado de https://contas.tcu.gov.br/portaltextual/PesquisaLiv re, acesso em 21/10/2005) Gabarito: D Comentário. Vamos comentar as incorreções das demais opções: a) O título do relatório deve ser grafado com inici ais maiúsculas em todos os vocábulos, exceto as express ões de ligação, como preposições e conjunções: “Relatório de Auditoria de Acompanhamento de Gestão”. Outro erro foi de crase: o vocábulo “concernente” exige a preposição “a” e o termo regido “Auditoria de Obras” aceita o artigo d efinido – ocorre crase: “concernente à Auditoria de Obras” Al ém disso, o vocábulo “inclusive” deveria ter sido colocado en tre vírgulas. b) Há três incorreções nesse item. 1º) Erro de concordância verbal – Em “a realização de levantamento ou auditoria” , “levantamento” e “audi toria” são complementos do substantivo “realização”. Assim, co m esse substantivo deve o verbo e o adjetivo concordar – “ Seja determinada ... a realização de levantamento ou aud itoria...”. 2º) Erro de crase – “... com vistas a avaliar...” – antes de verbo não há artigo definido feminino e, portanto, não po derá ocorrer crase.

Page 99: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

3º) Erro de ortografia – “sob os primas” – o corret o seria “prismas”, que, em sentido conotativo, significa “p ontos de vista ilusório” (definição de Aurélio). c) Erro de regência – o verbo “proceder”, na acepçã o utilizada, é transitivo indireto com a preposição “a”. Assim, o correto seria “Proceda aos aditamentos...”. e) Verificam-se dois deslizes: pontuação e concordâ ncia. Erro de pontuação – “dos próximos certames” exerce a fun ção sintática de objeto indireto de “constar” e, por is so, não poderia ser separado por vírgula. Erro de concordân cia – o sujeito da forma verbal “ter sido cumpridas” é “as disposições legais pertinentes”. Por isso, deverá haver a flexã o do verbo auxiliar – “terem sido cumpridas”. 29- Assinale a opção que apresenta erro de pontuaçã o. a) Parece bastante óbvio que vários fatores têm for çado as empresas a assumirem responsabilidades sociais, até recentemente tidas como de exclusiva competência do Estado, para com um modelo de desenvolvimento sustentável, o que vai muito além do desempenho econômico-financeiro d o negócio. b) Didaticamente, poderíamos organizar esses fatore s em três grandes variáveis. Primeiro, a crise social aumenta a pressão por soluções para os problemas do crescente conting ente de empobrecidos em todo o mundo. c) Brotam, em todos os lugares, mobilizações sociai s: algumas localizadas sob a forma de ações comunitárias; outr as de dimensões globais, como movimentos em defesa dos re cursos naturais e movimentos em defesa da igualdade econôm ica e social. d) Segundo, a incapacidade do Estado de atender às crescentes demandas de contingentes sociais crescen temente numerosos. Parece que o avanço do contingente popul acional, impõe demandas desproporcionalmente superiores à

Page 100: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

capacidade do Estado em atendê-las. e) Terceiro, o excesso de oferta generalizada e a c rescente concentração dos meios de produção em todos os segm entos de negócios, que colocam em cheque a criatividade e os modelos de gestão empresarial. A todo momento, a sobrevivência das empresas é desafiada. A redução d e custos tem exaurido e destruído organizações inteiras, sem distinção de tamanho e de áreas de atividade. (Itens adaptados de Carlos Eugênio Friedrich Barret o -http://www2.uerj.br/~labore/cquestoesc/sociedade_2- main.htm) Gabarito: D Comentário. A exemplo do que já comentamos na questão 25, o err o reside na separação, por vírgula, de termos inseparáveis. Em “Parece que o avanço do contingente populacional [ , ] impõe...”, a vírgula separa o sujeito do verbo corr espondente, devendo ser retirada para a correção do período. 30 - Abaixo estão os segmentos inicial e final de u ma correspondência oficial. É preciso completá-la nos espaços pontilhados, ordenando os parágrafos na ordem em qu e devem constar no documento. Numere os parênteses, obedece ndo aos princípios de coesão, coerência e encadeamento de idéias. Assinale, a seguir, a opção que reproduz a ordem co rreta. E.M. n. 122 /Interministerial MF – CGU-PR Brasília, 26 de setembro de 2005. Excelentíssimo Senhor Presidente da República .........................................................................................

Page 101: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

......................................................................................... ...................................................................................... Respeitosamente, MURILO PORTUGAL FILHO Ministro de Estado da Fazenda Interino WALDIR PIRES Ministro de Estado do Controle e da Transparência (....) Com o objetivo de dar fiel cumprimento àquel a determinação legal, cuja finalidade precípua consis te na preservação do princípio constitucional da publicid ade, submetemos a Vossa Excelência o incluso Relatório d e Gestão Fiscal do Poder Executivo Federal, referente ao per íodo de janeiro a agosto do exercício de 2005. (....) O referido Relatório deverá ser objeto de en caminhamento ao Congresso Nacional e ao Tribunal de Contas da Un ião, conforme dispõe o art. 116 da Lei n. 10.934, de 11 de agosto de 2004. (....) O Relatório de Gestão Fiscal, consoante dete rmina a supracitada Lei, deve conter informações relativas à despesa total com pessoal, dívida consolidada, concessão de garantias e operações de crédito, devendo, no último quadrime stre, ser acrescido de demonstrativos referentes ao montante das disponibilidades de caixa em 31 de dezembro, de cad a exercício e das inscrições em restos a pagar. (....) Determina a mesma Lei que o Relatório deverá ser publicado e disponibilizado ao acesso público até t rinta dias após o encerramento do período a que corresponder, prazo esse que, para o segundo quadrimestre de 2005, se e ncerra em 30 de setembro do corrente. (....) A Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas par a a responsabilidade na gestão fiscal, exige, em seu ar t. 54, a

Page 102: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

emissão, ao final de cada quadrimestre, pelos titul ares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20, do Relatório de Gestão Fiscal assinado pelo respectivo Chefe e pelas autor idades responsáveis pela administração financeira e pelo c ontrole interno, bem como por outras autoridades que vierem a ser definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão. (http://www.fazenda.gov.br/portugues/documentos/200 5/ relatorioLRF2005.pdf, com adaptações) A seqüência correta é: a) 5 4 1 3 2 b) 4 5 2 3 1 c) 5 2 4 3 1 d) 1 3 2 4 5 e) 1 2 4 3 5 Gabarito: B Comentário. Essa questão, em virtude do grande número de questionamento, já foi objeto de análise no nosso P onto 17. Então, para unificar os comentários, transcrevemos abaixo o que se falou sobre a questão naquela matéria. >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Como já dissemos, o gabarito foi a letra b . Já falamos aqui, em outra matéria, sobre ordenação textual. Primeiramente, devemos eliminar da primeira posição do texto (nº 1) os segmentos que apresentam elementos de coe são textual que dependem de informações antecedentes.

Page 103: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

São eles: 1º segmento – “Com o objetivo de dar fiel cumprimen to àquela determinação legal...” 2º segmento – “O referido Relatório...” 3º segmento – “O Relatório de Gestão Fiscal, consoa nte determina a supracitada Lei...” 4º segmento - “Determina a mesma Lei...” Diante disso, concluímos que o texto só poderia com eçar com o 5º segmento (“A Lei Complementar n. 101...”). O que deveria, então, fazer o candidato, de acordo com o enunciado? Colocar o nº 1 nos parênteses que antece dem o quinto segmento. Assim, na quinta posição da enumer ação, estaria o nº 1. Quais são as opções que apresentam essa disposição? As letras b e c. Foi nesse momento que os candidatos podem ter se confundido. Equivocadamente, devem ter numerado seqüencialmente os segmentos e, após essa providênc ia, indicado a ordem de acordo com o número que apusera m nos parênteses. Aí, consideraram que o texto começaria com o nº 5. Como conseqüência, não encontraram a ordem corre ta e, como forma de “arranjar” uma resposta, mudaram a or dem adequada ao texto, indicando uma outra ordem aprese ntada pela opção a ou c. CUIDADO! NÃO FOI ESSA A DETERMINAÇÃO DO ENUNCIADO! Vejamos o que foi solicitado: “Abaixo estão os segm entos inicial e final de uma correspondência oficial. É p reciso completá-la nos espaços pontilhados, ordenando os parágrafos na ordem em que devem constar no documen to. Numere os parênteses, obedecendo aos princípios de coesão, coerência e encadeamento de idéias. Assinale, a seg uir, a opção que reproduz a ordem correta.”. Nos parênteses deve ser indicado o nº da posição qu e o segmento ocupará no texto (1 = 1º parágrafo , 2 = 2 º parágrafo,

Page 104: 150 questoes-comentadas-de-portugues-ponto-dos-concursos

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt

Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K

e assim sucessivamente). Voltando à ordenação, vimos que o 5º segmento ocupa ria a posição nº 1. Neste segmento, apresenta-se o Relató rio de Gestão Fiscal. Na seqüência, apresentar-se-ão as in formações que devem constar desse relatório, quais sejam: “re lativas à despesa total com pessoal, dívida consolidada, conc essão de garantias e operações de crédito”, informações essa s presentes no 3º segmento, que receberá, nos parênte ses, o nº 2. Além disso, a expressão “supracitada lei” remete à Lei nº 101, mencionada na introdução do texto (5º segmento – posição 1), o que confirma a segunda posição no tex to. Sucessivamente, indicar-se-á, na posição nº 3 do te xto, o 4º segmento, que trata da publicação do referido relat ório. Em seguida, virá o primeiro segmento, que, por apre sentar a expressão “àquela determinação legal”, indica que e ste trecho se encontra distante do primeiro parágrafo (pronome demonstrativo aquela usado em referência anafórica) . Receberá, portanto, o nº 4. Finalmente, virá o segundo segmento, que encerra o texto indicando o encaminhamento que deve ser dado ao rel atório e, por isso, receberá o nº 5. Destarte, a ordenação dos segmentos seria: 4 – 5 – 2 – 3 – 1, opção do item “b”.