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    Cuidando de CeseGatosOrientaes para o Professor

    Compreendendo as origens, necessidadese comportamentos

    Mantendo a sade e a segurana

    Promovendo o Respeito e a Compaixo

    Recurso interativo desala de aula para professores

    sobre tomada de decises

    (Adequado para crianas dos 7 aos 12 anos)

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    Cuidando de CeseGatosOrientaes para o Professor

    3Cuidando de Ces e Gatos

    Contedo

    PG.

    4 Introduo

    Bem-estar animal e assuntos relativos ao meio ambienteValores para o bem-estar animal na Educao HumanitriaO lugar desse recursoA sua origemEducao em bem-estar animal

    6 Objetivos desse recurso

    9 Como utilizar esse recurso

    A estruturaO processo

    12 Bem-estar animal e sensibilidade pessoal

    14 Animais no currculo e nas escolasUma poltica escolar para a utilizao de animaisBoas prticas com os animais nas escolas

    17 Seo 1: Lobos e pequineses, gatos selvagens e siameses

    18 1.1 As origens de ces e gatos e a diversidade de raas

    22 1.2 A domesticao canina

    25 1.3 O bem-estar canino

    32 1.4 A domesticao felina

    35 1.5 Raas felinas e bem-estar felino

    45 Seo 2: Os ciclos de vida dos ces e gatos

    46 2.1 Uma vida de co51 2.2 Uma vida de gato

    56 Seo 3: Ser um guardio responsvel

    57 3.1 Todos os animais tm necessidades

    59 3.2 As Cinco Liberdades

    67 3.3 Antes de adquirir um animal de companhia

    69 3.4 Ser um guardio responsvel de um animal de estimao

    72 Seo 4: As caudas tambm falam

    73 4.1 A comunicao canina e felina

    76 4.2 Compreendendo a linguagem corporal canina88 4.3 Compreendendo a linguagem corporal felina

    98 4.4 Comportamento seguro frente a ces e gatos

    102 4.5 Comportamento seguro no primeiro encontro com um co

    108 Apndice e referncias

    109 Apndice de sade e higiene

    111 Referncias e agradecimentos

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    4Cuidando de Ces e Gatos

    Cuidando de CeseGatosOrientaes para o Professor

    IntroduoA educao em bem-estar animal no diz respeito apenas aos animais, mas tambm s pessoas. No s paraos animais, tambm para as pessoas..

    Bem-estar animal e assuntosrelativos ao meio ambienteO crescimento do comrcio internacional, dasviagens e comunicao globais criam, muitasvezes, a impresso de que o nosso mundo pareceestar diminuindo. Para muitos, a tecnologiaaproxima pases e questes internacionais de formaquase imediata mas ainda subsistem anomalias

    quando vemos algumas pessoas na lutando contradificuldades fundamentais para poderem satisfazersuas necessidades bsicas.

    Associados a essa complexidade eindependentemente do grupo racial ou danacionalidade, existem colossais problemasambientais e dilemas que nos afetam a todos. Apreocupao com o bem-estar do nosso planeta, ouso e abuso dos animais, das plantas e dos recursosnaturais que fazem parte dele, verdadeiramenteuniversal. A interao entre animais e sereshumanos, uma relao atemporal, a questocentral da educao humanitria. A noo de bem-estar animal e de como os animais sentem umassunto cada vez mais importante.

    Por que isso acontece? Por que a noo debem-estar animal tantas vezes se centraliza nosofrimento imposto aos animais pelo ser humano?Talvez seja porque, no mbito dessa nossa geraotecnolgica, nos esqueamos de que tambmsomos animais. Talvez seja porque olhamos para osanimais no humanos como recursos a utilizar, commenos respeito pelo seu bem-estar do que pela suautilidade. Mas, se a vida j to cruel para certaspessoas, por que devemos preocupar nos com avida dos animais no humanos?

    Valores para o bem-estar animal naEducao HumanitriaA Educao Humanitria (EH) um conceitoque engloba todos os tipos de educao que dizemrespeito justia social e cidadania, questeshumanitrias e ambientais e educao em bem-estar animal e as nossas responsabilidades quantoao seu cuidado. A EH chama a ateno para

    assuntos abrangentes e solues para a educaoinfantil. Serve de base para o desenvolvimentodo respeito pelas diversas formas de vida, para odesenvolvimento de atitudes de compaixo, desolidariedade e de responsabilidade e tcnicas depensamento crtico.

    Embora todos aceitem prontamente que os direitoshumanos devem ser respeitados, o mesmo deveriaser vlido para o bem-estar animal. H cada vezmais um interesse pblico maior pelo conceitode bem-estar animal. A opinio pblica est cadavez mais bem informada e o bem-estar animal, no geral, visto como algo que se deve levarem considerao, sendo reconhecido o seu lugarna dimenso tica do processo educacional. AEducao em Bem-Estar Animal (EBEA) centra-seno nosso envolvimento nas vidas dos animais nohumanos e na nossa responsabilidade em que osanimais possam satisfazer as suas necessidades. Oobjetivo da EBEA provocar um impacto positivonas aptides sociais, inclusive gerar sentimentosde respeito e solidariedade entre seres humanos,resultando numa crescente auto-estima.

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    5Cuidando de Ces e Gatos

    As suas origensMuito do material desse recurso baseado numapublicao anterior, Caring for Animals(Cuidandode Animais), originalmente desenvolvida emTaiwan.

    H muitos pases no mundo que tm problemasrelacionados com a superpopulao de ces egatos soltos nas ruas ou abandonados. Segundo aOrganizao Mundial de Sade (OMS), existemaproximadamente 500 milhes de ces no mundo,quase um dcimo da populao humana. Algunsprovocam problemas para os seres humanos, como

    a raiva e outras zoonoses, ataques ao gado, poluiofecal, poluio sonora e acidentes rodovirios.

    Nos anos 90, em Taiwan, uma organizao debem-estar animal, a Life Conservationist Association(LCA) criou o Caring for Animals, um manualescolar financiado pelo Conselho de Agriculturade Taiwan. O recurso educativo foi finalmentepublicado com o apoio da Sociedade Mundialde Proteo Animal - WSPA e disponibilizadoem outros pases para a promoo da GuardaResponsvel.

    Educao em bem-estar animalA educao em bem-estar animal um processoque promove o conhecimento, as aptides, acompreenso e as atitudes relacionadas com:

    O nosso envolvimento na vida dosanimais.O impato sobre a capacidade dos animaissatisfazerem as suas necessidades.A responsabilidade que colocada sobrens.

    O bem-estar animal, como parte de umaabordagem mais abrangente da educao

    humanitria, possibilita aos professoresoportunidades para:

    Promover nas crianas sentimentos deadmirao e respeito pela vida, gerando osentido da responsabilidade e do dever decuidar do planeta e das outras espcies.Dar informao precisa, possibilitando scrianas a compreenso das consequnciasdas suas decises como consumidores e dassuas aes como cidados, em relao aoseu impacto sobre o bem-estar animal.Promover e gerar a criatividade e a

    curiosidade naturais.Desenvolver as aptides das crianas para opensamento crtico, avaliando informaese solucionando problemas de formaindependente.Incentivar as crianas a fazerem escolhasbem fundamentadas e humanitrias,permitindo-lhes ajudar na criao de ummundo melhor para os animais.

    (Adaptado de: Institute for Humane Education,http://humaneeducation.org)

    O lugar desse recursoPara que as crianas mais novas (alunos aproximadamente entre os 7 e os 12 anos) se transformem emcidados informados e confiantes e possam enfrentar desafios ambientais, desenvolver atitudes de respeito,empatia, compaixo e uma srie de responsabilidades e resolver problemas sociais e ticos, necessrio queelas possuam aptides essenciais. Esse recurso ajuda a implementar aptides como o pensamento crtico, acompilao e seleo de fatos, a escolha bem informada e a discusso de pontos de vista respeitando a opiniode outras pessoas.

    O objetivo desse recurso o desenvolvimento dessas aptides subjacentes, focando temas relativos a doisanimais com os quais nos relacionamos h muito tempo o co e o gato.

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    6Cuidando de Ces e Gatos

    Cuidando de CeseGatosOrientaes para o Professor

    Objetivos desse recursoAbordagemCuidando de Ces e Gatos apresenta, para osprofessores e alunos, atividades interativas centradasem ces e gatos. Ao pr em prtica as aptidespara a seleo de fatos e para a tomada de decises,so introduzidos componentes fundamentais daeducao em bem-estar animal. Existem doisobjetivos principais.

    Educao em bem-estar animal:promovendo o conhecimento, acompreenso, as aptides e as atitudes

    relevantes ao nosso relacionamentocom ces e gatos, mas sublinhando atransmisso desses atributos para outrosanimais e para o nosso relacionamentocom as pessoas.Resoluo de problemas e tomada dedecises:implementando essas aptidesatravs da interatividade e de atividadesprticas apoiadas em informaocontextual.

    Esse recurso concebido para:Oferecer oportunidades s crianas e aosprofessores de explorarem temas atuaissobre o bem-estar animal e de aplic-los ssuas circunstncias individuais.Oferecer oportunidades s crianas parabuscarem e utilizarem informaes vindasde uma variedade de fontes, de forma adesenvolverem opinies construtivas, apartilharem as suas idias com os colegas,a respeitarem o direito dos outros adiferentes pontos de vista e a serem capazesde transform-los com base na experincia.Incluir estratgias que incentivem osindivduos pesquisa, explorao e construo de uma viso prpria dassituaes, de forma a dar-lhes significado,tendo em conta os seus estilos preferenciaisde aprendizagem.Oferecer aos professores oportunidadespara inclurem, em suas tcnicas de ensino,atividades que (a) correspondam a algunsdos mtodos de ensino das chamadasInteligncias Mltiplas e (b) promovam

    algumas aptides intelectuais.

    As tcnicas de aprendizagem (e as atividades) dasInteligncias Mltiplas so:

    Interpessoais: atividades que envolvam odilogo e o trabalho com os outros.Intrapessoais: atividades que envolvamo trabalho independente, mostrandoestratgias prprias para a formulao dequestes, aplicando o conceito ou o tema experincia pessoal ou ao conhecimentoprvio.Cinestsicos/prticos: atividades

    como corte, colagem, improvisao edesempenho de papis.Lingusticos/literrios: atividades comoescrita, leitura, discusso.Lgicos/matemticos: atividades comoclculo, utilizao de dados, procura depadres, aplicao da lgica informal.Musicais/auditivos: atividades que faamuso da msica, dos sons e palavras noestmulo de ideias; criao de rimas, raps,canes; cantigas e utilizao da msicapara influenciar a disposio de algum.

    Visuais/espaciais: atividades que envolvamdiagramas e mapas, a concepo de cartazese planos, pintura, esboos e desenho.Naturalistas/ambientais: atividades queenvolvam o pensamento ecolgico, apreocupao com os animais, plantas e meioambiente (tanto construdo quanto natural).Emotivos/intuitivos: atividades queenvolvam respostas a sentimentos ea intuies, a apreciao esttica eexperimentao de sensaes comoreverncia e admirao.

    Os alunos podem tornar-se melhores pensadoresdesde que possam fazer juzo de valores racionaispraticando as aptides de raciocnio de nvelsuperior. Algumas atividades desse recursopromotoras dessas aptides so:

    Seleo/classificao/agrupamento.Extrao de concluses e respectivaexplicao.Utilizao de fatos reais na formao deopinies fundamentadas.Justificao de pontos de vista.

    Resoluo de problemas.Tomada de decises.

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    7Cuidando de Ces e Gatos

    Esse recurso educativo:No se dirige s necessidades curriculares

    de pases especficos. Seria impossvelcumprir esse requisito, mas esperamostambm que sirva da forma maisabrangente possvel. No entanto, essematerial est previsto para ser utilizado emreas como cincias, ingls/lnguas e reaspessoais/sociais.No se baseia em nenhum estilo de ensinoou de aprendizagem. Cada pas possuias suas prprias necessidades e prticas. oferecida uma variedade de estilos deensino e de aprendizagem e os professores

    so incentivados a testar diferentes tipos deaprendizagem experimental e a adaptar omaterial aos seus requisitos especficos.No distingue completamente os grupospor idade e por capacidade visto quedependem bastante dos programascurriculares locais. Esperamos que omaterial seja de interesse para a faixa etriados 7 aos 12 anos (aproximadamente)e que oferea um leque de atividades deaprendizagem pessoal que os professorespodero adaptar s necessidades de

    diferentes capacidades.

    Tomada de decisesEsse recurso oferece aos professores trs cenrios de

    tomada de decises, ajudando-os a promover essaaptido:

    (A) Ambas as atividades Caixa de Descobertas eTpico, seguem o processo de : Pesquisa Fatos Deciso Partilha Avaliao.

    (B) Os assuntos relativos ao bem-estar animal tm,muitas vezes, que levar em considerao prioridadesconcorrentes. Uma tcnica para a tomada de de-cises nessa rea a considerao de trs questes:

    Qual(is) (so) o(s) verdadeiro(s)

    problema(s) para o(s) animal(is) e para aspessoas?Quais so as opes, as alternativas?Qual a forma mais humanitria deresolver o problema?

    (C) Um fluxograma da tomada de decises salien-tando os passos chave a serem seguidos.

    (As Inteligncias Mltiplas, aptides de raciocnioe o fluxograma da tomada de decises so adaptaesdo site da internet Mind Friendly Learning :

    www.cheshire.gov.uk/parentpartnership/downloads/

    dl_incl_mflearning.htm)

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    9Cuidando de Ces e Gatos

    Como usar esse recursoA estruturaO material apresentado em dois estilos. Voc pode escolher qualquer estilo ou atividade de seleo emistura, tanto da Caixa de Descobertas como do Tpico:

    Caixa de DescobertasContm uma variedade de fatos para reflexo.Um conjunto de perguntas abertas com algummaterial de apoio.Utilize-a como uma atividade individual oucomo um processo mais complexo.

    TpicoMais complexo do que uma Caixa deDescobertas.Pode conter lies bastante pormenorizadas ouum leque de assuntos e atividades relacionadosrelacionados a um tema discorrido.Voc pode escolher entre essas opes comomelhor entender.

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    Cuidando de CeseGatosOrientaes para o Professor

    Caso escolha atividades de uma Caixa de Descobertas ou Tpico, irverificar que o contedo se encontra organizado da seguinte forma:

    Objetivos deaprendizagem

    Mencionar sempre os conhecimentos especficos,aptides, compreenso e atitudes a ressaltar na lio.

    Resultados daaprendizagem

    Mencionar sempre as expectativas especficas emensurveis.

    Os objetivos e resultados claros permitem-lhe conceber os seus esquemas de trabalho e estabelecer

    ligaes com outros assuntos. Permitem a voc e aos seus alunos compreender qual o objetivo dasatividades e avaliar a aprendizagem.

    O processoPara cada atividade, o aluno ser orientado atravs dessas tarefas:

    PesquisaAs crianas so incentivadas a investigar, fazendo usodo material local (livros, histrias, vdeos, imagens,internet, etc.).

    Fatos facultada alguma informao.Essa no diferenciada considerando as capacidadesvariveis.

    DecisoAs crianas so incentivadas a utilizar os fatosfornecidos e a tomar decises, responder a perguntas,etc.

    Partilha As crianas so incentivadas a partilhar as suasdescobertas, decises e opinies com os seus colegas.

    AvaliaoTendo acesso a diferentes perspectivas, as crianaspodem querer desenvolver o seu ponto de vista, o quelhes permite regressar etapa de Deciso.

    Informao

    Pode incluir informao tcnica, materialsuplementar, listas de palavras, um glossrio, etc.No diferenciado por capacidade. Algumas das

    informaes so especficas para professores.

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    Esse processo pretende promover:

    Aptides para se tornar mais confiante:Na valorizao dos prprios pensamentos, ideias e preocupaes.Na colocao das perguntas por que, como e o qu.No debate de questes relativas ao mundo animal e na expresso, de forma sensvel e educada, daopinio pessoal.Na ao em conformidade com os princpios pessoais mesmo que considerados errados pelos outros.Na reflexo sobre as consequncias dos prprios atos, no que diz respeito ao mundo animal.

    Uma compreenso:Das atitudes da cultura local relativamente aos animais e da evoluo desses valores e prticas.Da mudana dos valores da sociedade.Da polmica sobre a questo animal, isto , que o tema causa discrdia.Da importncia da reflexo sobre a opinio pessoal luz da experincia.

    Conhecimento:Para desenvolver opinies sobre os diferentes pontos de vista relativamente aos animais.De que todos os animais tm necessidades e de que os animais sencientes tm sentimentos.

    Atitudes de:Respeito, responsabilidade, empatia, compaixo e cuidado.

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    Bem-estar animal e sensibilidadepessoalO material desse recurso no contm descriespormenorizadas do que a dor ou o sofrimentopara os animais, nem imagens que traduzam ador, o sofrimento ou a crueldade. No se pretendeprovocar ansiedade, angstia ou contrariedade.

    A cincia do bem-estar animal estuda as reaesindividuais dos animais em determinadascircunstncias, assim como a capacidade de osanimais lidarem com fatores de stress ambiental queos rodeiam. As avaliaes do bem-estar animal sobaseadas no comportamento animal, na fisiologia,

    na imunologia, na reproduo e nas medidasprodutivas. O bem-estar animal pode oscilar entrebom e mau, semelhana do bem-estar do serhumano.

    A salvaguarda do bem-estar animal est relacionadacom as responsabilidades do ser humano emassegurar que os animais tenham suas necessidadessatisfeitas. O no cumprimento dessa premissapode causar sofrimento e angstia a um animal.No entanto, pode haver quem discorde sobreas situaes onde isso pode acontecer, sobre a

    abrangncia das suas responsabilidades, sobrea utilidade que se d a um animal ou se certasprticas so erradas ou inaceitveis. E, por isso,existe muita polmica em torno da questo dobem-estar animal, onde crenas pessoais podem serquestionadas e susceptibilidades feridas. O que dese esperar, uma vez que o assunto que diz respeitoaos animais um tema muitas vezes emotivo e quetoca muitas pessoas.

    Esse recurso no contm referncias s condiesou situaes que comprometam o bem-estar animal

    e das quais possam resultar a dor, o sofrimento ea angstia. Algumas das questes mencionadaspodem ser angustiantes tanto para as crianascomo para voc, devido a uma srie de fatores.Essas orientaes oferecem-lhe reas para reflexo,possveis estratgias para minimizar a angstia eestratgias de ao. No entanto, quem conhecemelhor as suas crianas voc. No podemosfazer planos para todas as situaes, para o nvelde maturidade e de capacidade dos seus alunos,por isso voc deve saber que as questes levantadasaportam uma experincia positiva de aprendizagem.

    Prepare as crianas antes de comear qualquer1.trabalho. Explique-lhes qual o assunto. Faa-as compreender que, se tiverem problemaspessoais ou se se sentirem angustiadas comalgum contedo, podem falar com voc e/oucom outro adulto. Ao estimular a discussoaberta sobre o assunto com oportunidadespara as crianas demonstrarem os seusprprios problemas, experincias e opiniesiniciais, isso no s lhe indicar quais asreas sensveis, como tambm os nveis deaprendizagem das crianas.

    A discusso do sofrimento pode ser2.

    perturbador para a lguns, especialmentequando um animal de estimao (decompanhia) foi levado ao veterinrio, quandoo co de alguma criana pertence a uma dasraas descritas e/ou lhe foi cortada a caudaou as orelhas, etc. importante que a crianano se sinta culpada quando, na realidade, tempouca influncia sobre as decises dos pais.

    Certifique-se de que as outras crianas3.no dirigem a sua crtica para uma criananessa posio. Os professores devem estar

    muito atentos a essas reas pois pode sernecessria a mudana de atividades, discussode problemas com outros profissionais ecooperao com os pais, especialmente se acriana mencionar algum incidente domsticoque lhe cause preocupao. H situaes emque o bem-estar da criana est relacionadocom o nvel de bem-estar e estado dos animaisque tem em casa.

    O seguinte texto pode ser-lhe til para4.introduzir o trabalho. Repita-o de vez em

    quando:

    perturbador pensar em animais que sofremporque pessoas esto sendo crueis ou insensveispara com eles. Vocs se preocupam com osanimais mas, infelizmente, nem todas as pessoasso iguais. H pessoas que magoam os animaisde propsito (crueldade intencional). Mas talvezno saibam que o que esto fazendo dolorosopara o animal e que esto sendo cruis. Por isso, importante que vocs aprendam mais sobre comotratar devidamente os animais.

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    Se acharem que um animal est sendo maltratado,devem partilhar essa preocupao com uma pessoaresponsvel em quem confiem. melhor no tentarfalar com a pessoa que est maltratando o animal ,sem antes falar com um adulto. Vocs tm quegarantir sua prpria segurana.

    Se algum de vocs estiver preocupado com algumacoisa que diga respeito a um animal, seu ou de outrapessoa, falem com algum sobre isso. Se o problemadiz respeito a algum de seus animais de companhia,podem falar com algum de sua famlia . Tambmpodem falar com outra pessoa responsvel em quemconfiem, como um professor da escola.

    Visto que importante dar s crianas a5.oportunidade de discutir problemas, coisasque tenham visto, etc, tenha cuidado parano permitir que histrias pessoais relatadaspelas crianas cheguem ao ponto de gerarcompetitividade ou possibilitar fantasias.As crianas so capazes de exagerar, comobem sabemos, mas suas preocupaes nodevem ser desvalorizadas visto que podem terfundamento real. possvel que uma crianano viva num ambiente seguro onde possa

    partilhar os seus problemas, por isso, muitas

    TerminologiaEsse recurso centra-se particularmente em ces e gatos (embora os princpios de bem-estar animal sejamvlidos para todas as espcies). Os ces e gatos so populares animais de companhia. O termo animalde companhia preferido ao mais comum animal de estimao, visto implicar em que o animal umacompanhia para o seu guardio, em vez de uma posse impondo, assim, um maior dever de cuidado por partedo guardio.

    Os proprietrios so denominados, por vezes, guardies, o que reflete a profunda relao pessoal da sociedadecom os ces, gatos e outros animais de companhia. No entanto, o termo Posse Responsvel de Animais deEstimao em programas que promovem a compaixo no cuidado dos animais muitas vezes utilizado pelaWSPA e por outras organizaes de proteo animal.

    O termo animal com guardio pode incluir animais de companhia, mas tambm animais de produo,entre outros. Algumas espcies no so aptas a serem animais de companhia porque as suas necessidades nopodem ser satisfeitas de forma apropriada quando mantidas no ambiente domstico (ou escolar).

    vezes melhor continuar a conversa com acriana fora da sala de aula.

    No permita que as crianas apontem6.colegas como sendo culpados de maus-tratos a animais. Uma vez mais, lide com osproblemas ou alegaes fora da sala de aula,comunicando-se com seus colegas de trabalhoe/ou com as famlias, como for apropriado.

    aconselhvel que voc e os seus colegas7.de trabalho discutam essas questes, sob aperspectiva de estratgia escolar. As questesrelativas ao bem-estar animal fazem parte deuma educao humanitria mais abrangentee esto ligadas a outras reas da vida escolar,onde devero ser aplicadas determinadaspolticas (p. ex. intimidaes, seguranapessoal, confidencialidade, etc.).

    Finalmente, certifique-se de que so8.assegurados os mais elevados padres de bem-estar animal na escola. Cuidar de qualqueranimal uma grande responsabilidade. Ascrianas acatam o que dito e feito na escolacomo sendo o melhor exemplo. Se as crianas

    esto aprendendo sobre bem-estar animal,devem poder ver essa prtica na escola.

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    Animais no currculo e nas escolasPode ser que os animais faam parte do programa

    curricular das seguintes formas:Podem ser mantidos na escola, serpropriedade da escola e passar a maiorparte das suas vidas dentro do ambienteescolar.Podem ser trazidos para a escola a ttulotemporrio ou de visita. Normalmente sopropriedade de algum fora da escola.Podem ser animais selvagens que vivamnum habitat natural da prpria localidade(ou mesmo dentro do recinto escolar).Podem fazer parte de uma disciplina

    curricular (p. ex. cincias) e, por isso,serem objetos de discusso, investigao,serem vistos em imagens, em manuais,vdeos, na internet, etc.Podem existir animais mortos mantidoscomo espcies preservadas ou podem seradquiridos animais (mortos) utilizadospara dissecao ou com outros fins dedemonstrao (a WSPA no apoia autilizao prejudicial de animais naeducao).

    Ao utilizar esse recurso os professores podem sentira necessidade de envolver animais vivos, tal comonas primeiras duas categorias: os de propriedadeda ou que vivam na escola e aqueles trazidospor visitantes para fins especficos pontuais. Noentanto, o termo animais nas escolas tambminclui, num sentido mais restrito, aqueles animaisselvagens que vivem num habitat natural dentro enas imediaes da escola.

    Uma poltica escolar para a

    utilizao de animaisLembre-se de que os princpios e as prticas para obem-estar animal dizem respeito a todos os animais(embora adequadas a cada espcie). aconselhvelque as escolas elaborem uma Poltica sobre Animaisque determine a forma como os animais de cadauma das categorias acima mencionadas devem sertratados por todas as pessoas na escola. Essa polticadeve incluir o tratamento previsto para os animaisselvagens locais, residentes ou que sejam vistosdentro da escola. As mensagens positivas de bem-

    estar devem ser consistentes para que, por exemplo,os princpios de cuidado e considerao sejamigualmente aplicados para os animais selvagens,mesmo que no pertenam a ningum, se osfuncionrios da escola os encontrarem no ambienteescolar.

    Exemplo 1: s vezes, coelhos so mantidos nas escolas(e em casa) como animais de companhia. Mas podemser vistos por uns como animais comestveis e poroutros como uma espcie de praga. Muitas vezes soaplicados diferentes nveis de cuidado e consideraoao mesmo animal, em diferentes contextos, mesmo queas necessidades bsicas para o bem-estar animal sejam

    as mesmas.

    Exemplo 2: As crianas tm aprendido que todos osanimais tm necessidades que devem ser respeitadaspara poder garantir o seu bem-estar. Tm aprendidocomo devem tratar todos os animais com cuidado eateno (adequando a cada espcie). consideradaprtica comum que algumas crianas apanhem ematem deliberadamente pequenos invertebradosque vivem na rea da escola, s porque so coisaspequenas e insignificantes das quais, na verdade,ningum gosta, uma atitude tambm comum nos

    adultos em casa. No entanto, esses pequenos animaistambm no desejam sofrer ou serem mortos.

    Boas prticas com os animais nasescolasEsse recurso centra-se particularmente nos ces egatos animais de companhia que muitas crianaspodem ter em casa. No entanto, pouco provvelque ces e gatos pertenam escola. mais provvelque os animais sejam trazidos para a escola pelosseus guardios ou especialistas (por ex. um mdicoveterinrio). Alm disso, os ces abandonados e osgatos ferais poderiam constituir um problema localpara a escola e para a comunidade.

    Nota: Dependendo de cada pas, existem espciesanimais totalmente inadequadas para serem mantidasou apresentadas numa escola. Os professores devemfazer uma pesquisa local. Os ces abandonados, osgatos ferais e a maioria dos animais selvagens nodevem ser mantidos ou introduzidos nas escolas.

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    Cuidando de CeseGatosOrientaes para o Professor

    15Cuidando de Ces e Gatos

    A Associao Internacional de Organizaes de Interao Homem-Animal (IAHAIO), da qual a WSPA membro, reconhece a importncia do ensino s crianas das necessidades e comportamentos dos animais decompanhia, como forma de incentivo ao respeito para com eles e diminuio da taxa de abandono de cese gatos. Em 2001, foi aprovada a Declarao do Rio de Janeiro sobre Animais de Estimao nas Escolaspelosparticipantes do Programa de Treinamento sobre Controle de Zoonoses e Interao Homem-Animal daIAHAIO-WSPA-OMS (Organizao Mundial da Sade).

    Excerto dessa Declarao:

    Dadas as fortes evidncias, acumuladas ao longo dos ltimos anos, que demonstram o valor da socializao entrecrianas e jovens e animais de companhia, importante que as crianas aprendam a conviver de forma segurae correta com esses animais, e tambm a cuidar, lidar e tratar corretamente as vrias espcies de animais decompanhia...

    Algumas orientaes, adaptadas da Declarao e de outras fontes de boas prticas so:

    1. Os professores s devem considerar manter animais nas escolas se:

    For deciso unnime de toda a escola.For nomeado um adulto que se responsabilize sempre pelo bem-estar do animal.Forem asseguradas as provises dirias, durante os fins-de-semana e frias da escola.Forem feitos planos para que os animais disponham de tempo suficiente e regular para estaremafastados das salas de aula ou de qualquer ambiente que perturbe o seu sossego.Houver superviso da interao entre crianas e animais.Existir oramento para os cuidados e consultas de rotina veterinria, bem como para as necessidadesdirias.

    O bem-estar animal estiver em conformidade com as Cinco Liberdades (ver seo 3.2 desse recurso)e for adequado respectiva espcie.Prestar-se a devida ateno s rotinas dirias de higiene, tanto dos animais, como das pessoasenvolvidas no tratamento dos mesmos.As crianas forem rotineiramente examinadas quanto a alergias e zoonoses.Existir uma justificativa educacional racional claramente definida para a sua manuteno na escola.Forem adquiridos de criadores de boa reputao ou adotados; se for evitada a procriao e se foremdisponibilizados novos lares para animais no desejados.

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    16Cuidando de Ces e Gatos

    Cuidando de CeseGatosOrientaes para o Professor

    2. Os professores s devem considerar trazer animais com guardios paravisitarem a escola se:

    Os respectivos guardiosEstiverem cientes das necessidades dos seus animais.Assumirem sempre total responsabilidade pela segurana e bem-estar dos seus animais, inclusive asuperviso adequada durante a sua estadia na escola.

    Os animais se encontraremSaudveis e estiverem aptos a serem utilizados como animais visitantes em escolas (com aautorizao de um mdico veterinrio).Seguros (especialmente selecionados e treinados).Socializados com as crianas e preparados para viajar em condies aceitveis de estresse.Num ambiente apropriado espcie, no s na casa do guardio, como tambm durante seu

    transporte e na escola.No forem exageradamente manuseados na escola.

    As crianas foremPreparadas para receber os animais visitantes, tendo a noo das suas necessidades, sabendo como secomportar e tratando-os com sensibilidade.Examinadas previamente quanto a alergias relacionadas com animais.Ensinadas a lidar corretamente com o animal (caso haja necessidade para isso).Ensinadas sobre os cuidados efetivos de higiene para reduo do risco de zoonoses.

    Os professoresForem capazes de manter uma superviso constante sobre as crianas durante a visita.

    Tiverem preparado antecipadamente as crianas e tiverem uma justificativa educacional claramentedefinida para a visita.Tiverem discutido o assunto da forma mais adequada com seus colegas e com as famlias.

    Para maior orientao, consulte a seo Referncias.

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    SEO 1Lobos e pequineses,

    gatos selvagens e siameses

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    SEO 1: Lobos e Pequineses, Gatos Selvagens e Siameses1.1 As origens de ces e gatos e a diversidade de raas

    18Cuidando de Ces e Gatos

    Objetivos de aprendizagem para o Tpico 1.1Ter noo da classificao bsica de vertebrados, que inclui o ser humano, os cese os gatos.Compreender que os seres humanos criam animais selecionando-os pelas suasractersticas especficas.Possuir aptides para pesquisa e seleo de informao para tomada de decisesfundamentadas baseadas em fatos reais.Apresentar atitudes de empatia perante outros animais.

    Resultados de aprendizagem para o Tpico 1.1

    A maioria das crianas dever :Saber

    Que os animais se desenvolveram devido evoluo das espcies.Que os ces e os gatos, tal como o ser humano, so mamferos.

    CompreenderQue o ser humano cria animais (e plantas) para produzir diferentes tipos.

    Ser capaz deProcurar informao em diferentes fontes e selecionar fatos para poder respondera questes e desenvolver opinies informadas.Formular e partilhar um ponto de vista fundamentado..

    InformaoVocabulrio utilizado nos Fatos do Tpico 1.1

    Caractersticas, carnvoro, evoluo, criao seletiva, reproduo, vertebrados, mamferos,justificado (justificativa).

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    Cuidando de Ces e Gatos

    FatosOs ces e os gatos so ambos animais. Pertencem ao reino animal. H muitosanimais diferentes no mundo. Esto divididos em diferentes grupos, dependendo das

    suas caractersticas, como a aparncia e estilo de vida. H um grupo grande de animais chamadovertebrados, que quer dizer: animais com coluna vertebral. Tm um esqueleto com uma colunavertebral (espinha dorsal). Coloquem a mo na sua coluna vertebral. Existem tipos (ou classes)diferentes de vertebrados: os peixes, anfbios, rpteis, aves e mamferos.

    Os diferentes grupos de animais mudaram e se desenvolveram ao longo de milhes de anos, atravs doprocesso de evoluo. A evoluo ainda est ocorrendo. As plantas e os animais continuam a evoluir e aadaptar-se s mudanas do meio ambiente. Os seres humanos tambm so animais. Somos mamferos,evolumos e ainda estamos em processo de adaptao.

    O ser humano tambm modificou alguns animais, propositadamente, ao cri-los. Isso ainda feitohoje em dia, ao se criar vacas para produzirem mais leite, ou galinhas, para porem mais ovos. A issochama-se criao seletiva, porque se escolhe as caractersticas que se quer em um animal (como maisleite, mais ovos). Criar quer dizer reproduzir. Todos os seres vivos, animais e plantas, se reproduzempara que, quando morrerem, outros indivduos como eles possam viver.

    Os seres humanos mudaram, intencionalmente, ces e gatos ao longo de milhares de anos, atravs dacriao seletiva. Por isso que existem tantos tipos (raas) diferentes de gatos e tantos tipos (raas)diferentes de ces.

    Todos os seres humanos so diferentes. Voc diferente de todas as outras pessoas na sua turma.H algumas grandes diferenas entre os humanos: Os chineses tm uma forma de olhos diferente das

    pessoas africanas e essas tm uma pele de cor diferente das pessoas europeias. Mas so todosseres humanos e o seu nome cientfico, em latim, homo sapiens. Um co dlmata tem manchas, umcollie tem plo comprido e um chow-chow tem lngua azul, mas so todos ces, com o nome cientficolatino Canis familiaris. Um gato manx no tem cauda, um gato siams tem plo curto e orelhascompridas, enquanto que um persa tem plo comprido. Mas so todos gatos, com o nome cientficolatino Felis catus.

    Tanto os ces como os gatos so carnvoros. Um carnvoro um animal que se alimenta naturalmentede outros animais e, s vezes, de alimento vegetal. Ns damos aos ces e gatos comida em lata de carneprocessada, mas ser natural, por exemplo, alimentar os gatos com carne de vaca ou de atum? Emmuitos pases onde os ces e gatos vivem nas ruas, eles alimentam-se de restos daquilo que as pessoasno comem, que pode incluir uma variedade de diferentes tipos de comida.

    LOBO PEQUINS GATO SELVAGEM SIAMS

    Tpico 1.1De onde que eles vm?

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    20Cuidando de Ces e Gatos

    1 2 3 4 5 6

    Olhe para cada um dos animais nas imagens 1 a 6.So todos vertebrados.

    PesquisaPense nas caractersticas de cada um dos animais acima. Descubra o nome dos cincoprincipais grupos de vertebrados. Particularmente, descubra qual o tipo de pele que cada

    um tem.

    DecisoAnalise um animal de cada vez e decida que tipo de vertebrado . Utilize o esquema deidentificao abaixo para ajudar. Voc deve, de cada vez, reiniciar a leitura do esquema.Responda questo sobre o tipo de pele e, depois, v para a prxima questo doesquema. Siga o resto do esquema at conseguir identificar o tipo de vertebrado.

    Escreva suas respostas nessa tabela

    1= + 2= 3=

    4= + 5= 6=

    SIMO animal umpeixe.

    NOA pele macia e mida mas no tem escamas?

    NOA pele seca e composta por escamas ?

    SIMO animal umanfbio (r).

    SIMO animal um

    rptil (cobra).

    NO

    A pele coberta de penas ?

    NO(O animal tem pele com plo) O animal ummamfero (humano, co ou gato).

    SIMO animal uma ave(pato).

    COMEARA pele mida e composta por escamas?

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    Cuidando de Ces e Gatos

    Deciso 2

    Preencha os espaos com as palavras da lista fornecida.H duas palavras de que no vai precisar.Os vertebrados so animais que tm um esqueleto com uma .H classes (grupos grandes) de vertebrados. Os humanos, cese gatos so vertebrados e pertencem ao grupo chamado de .Algumas caractersticas dos animais mudaram ao longo de milhares de anos atravs deum processo chamado . No entanto, os humanos podemmudar algumas caractersticas de alguns animais, de propsito, atravs da

    . Os ces evoluram dos . H muitasraas (tipos) diferentes de ces que foram criadas pelo ser humano. s vezes, ao criarmosalguns ces eles apresentam algumas caractersticas que no so boas para eles, como

    focinhos curtos, o que lhes dificulta a respirao.

    criao seletiva seis evoluo coluna vertebral gatos

    lobos mamferos cinco

    Deciso 3Voc acha correto que o ser humano mude as caractersticas dos animais atravs dacriao seletiva?

    Afinal, os humanos tm alterado as caractersticas de algumas plantas atravs da criao

    seletiva. Por exemplo, existe uma grande variedade de rosas. As rosas esto disponveisem muitas cores diversas; algumas tm aromas fortes e outras so utilizadas paracobrir paredes ou cercas. Criamos seletivamente a planta do trigo para produzir muitassementes de trigo e poder sobreviver em diferentes climas.

    Voc acha que a criao seletiva justificada? Se sim, h alguma diferena entre a criaoseletiva de animais e a criao seletiva de plantas?

    PartilhaPartilhe sua opinio com os outros. Explique seu ponto de vista e preste ateno ao dos

    outros.

    AvaliaoReuna tudo aquilo que ouviu/viu. Mudou de opinio?

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    22Cuidando de Ces e Gatos

    1.2 A domesticao canina

    Caixa de Descobertas 1.2Lobos!

    Objetivos de aprendizagem para a Caixa de Descobertas 1.2

    Ter conhecimento sobre os primeiros seres humanos, sobre o lobo cinzento comocandeo e sobre o processo de domesticao.Compreender a vida das primeiras civilizaes, a capacidade do ser humano de

    utilizar e mudar o seu ambiente.Apresentar aptides para pesquisa de informao a partir de diferentes fontes,selecionando informao e tomando decises informadas baseadas em fatos reais.Ter atitudes de empatia perante outras culturas e outras formas de vida animal.

    Resultados de aprendizagem para a Caixa de Descobertas 1.2

    A maioria das crianas deveria :Saber

    Que os ces evoluram dos lobos selvagens e que sempre conviveram conosco

    desde o comeo da nossa existncia.

    CompreenderQue domesticamos (mudamos) os ces para fins diferentes.

    Ser capaz deProcurar informao em diferentes fontes e selecionar fatos para umdeterminado motivo.Formular e partilhar um ponto de vista fundamentado.

    Informao

    Vocabulrio utilizado nos Fatos da Caixa de Descobertas 1.2Caractersticas, domesticao, arqueolgico.

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    Cuidando de Ces e Gatos

    Olhe para a imagem do lobo

    1.2 A domesticao canina

    PesquisaTente descobrir onde queos lobos vivem agora e comovivem juntos em alcateias(grupos sociais). Como acha

    que seria sua vida nas cavernas,h 140.000 anos atrs?

    FatosPense sobre isso.

    DecisoComo voc descreveriaum lobo quais so ascaractersticas de um lobo?Que caractersticas voc achateis para a sobrevivncia

    de um lobo? Se voc vivesseno tempo das cavernas, quecaractersticas do lobo achariateis? Que caractersticas dolobo voc gostaria de mudar?Acha que um lobo seria umaboa companhia em sua casa nosdias de hoje? Em que medida osces so diferentes dos lobos?

    PartilhaPartilhe sua opinio com osoutros. Explique seu ponto devista e preste ateno ao dosoutros.

    AvaliaoPense em tudo que ouviu/viu. Mudou de opinio?

    FatosA partir de estudos das clulasanimais descobriram-se provas

    que confirmam que o nico antecessor doco domstico o lobo cinzento. As provas

    arqueolgicas e genticas sugerem a existnciade ces domsticos h mais de 15.000 anosatrs mas, possivelmente, as pessoas jconvivem com os candeos h 140.000 anos.Provavelmente, os ces foram a primeiraespcie a ser domesticada. Em diferentespartes do mundo isso deu origem a umagrande variedade de caractersticas fsicase comportamentos observados no co daatualidade.

    O que ter levado os primeiros seres humanos

    a domesticar o lobo? Talvez:Para ajudar na caa e guarda;Para ter uma companhia;Para servirem de contentores delixo dos aglomerados humanos, aocomer os restos de comida.

    Os lobos (e os ces) so carnvoros; comema carne de outros animais mas tambmcompletam o seu regime alimentar comalimentos vegetais.

    Provavelmente, no tardou muito at queo primeiro co domstico se tornasse umanimal para usos variados, apreciado pordiferentes sociedades, por razes diferentes. Olobo era o animal ideal para o convvio comos humanos, pois tm algumas semelhanasconnosco: vivem em grupos sociais e secomunicam principalmente atravs dalinguagem corporal.

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    1.2 A domesticao canina

    Informao adicional para professores:

    Caixa de Descobertas 1.2

    Foi proposta uma srie de motivos para explicar a domesticao do lobo, nomeadamente,a sua utilizao como ferramenta para ajuda na caa e na guarda, por ligao afetiva oumesmo como contentores de lixo dos aglomerados humanos. Sendo o primeiro animalselvagem a ser domesticado, parece pouco provvel que tenha sido um processo criadointencionalmente. Quaisquer que tenham sido as principais razes para essa associaoinicial, no tardou muito at que o primeiro co domstico se tornasse um animal parafins mltiplos, apreciado por diferentes sociedades, por razes diferentes. Os lobos eram oscandidatos perfeitos para se associarem aos humanos, uma vez que vivem em grupos sociaise se comunicam principalmente atravs da linguagem corporal (algo que os humanos

    detectam bem melhor do que outras formas de comunicao, como o cheiro).

    A domesticao do lobo parece ter sido alcanada atravs do processo de pedomorfose(abrandamento do desenvolvimento comportamental e fsico, onde as caractersticasjuvenis persistem na idade adulta). A primeira prova da diferenciao morfolgica entreces e lobos data de 12.000 anos atrs e sugere que as primeiras mudanas foram nocomprimento do focinho e formato do crnio, sendo os focinhos dos ces mais curtosdo que o dos lobos. Uma das diferenas mais bvias entre o co da atualidade e o lobo a diferena nas caractersticas de criao. Os ces tornam-se sexualmente maduros maiscedo do que os lobos (entre sete a dez meses, comparando com 22 meses). As cadelastm at trs cios por ano, comparando com um nico cio anual de uma loba e o sistema

    de acasalamento definido pelo grupo social deixou de existir nos ces. Isso teria sidoessencial para permitir a criao seletiva feita pelos humanos, que exige que eles sejamcapazes de indicar parceiros de acasalamento. Outra das diferenas entre lobos e cesinclui a diminuio da reao ao estranho por parte dos ces, alm do aumento da idadeem que comeam a apresentar reaes de medo ao estranho. No geral, o desenvolvimentocomportamental dos ces mais lento do que o dos lobos, onde os ces adultos apresentamum comportamento mais parecido com o dos filhotes de lobos.

    Os estudos de neurologia demonstraram que a massa cerebral dos ces relativamentemenor que a dos lobos. Algumas das capacidades cognitivas do co (processamento deinformao ou inteligncia) diminuram, comparando com os lobos. Em determinadastarefas, como seguir o olhar humano at um ponto, a vrios metros de distncia, os

    ces tm um melhor desempenho do que os lobos. Provavelmente, esse o resultado daconvivncia prxima com os humanos, durante milhares de anos.

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    Cuidando de Ces e Gatos

    1.3 O bem-estar canino

    Objetivos de aprendizagem para o Tpico 1.3Saber

    Que determinadas criaes seletivas causam problemas de bem-estar.Que os ces no nascem com certas caractersticas fsicas, como uma caudacortada, mas que essas mudanas so levadas a cabo depois, intencionalmente,pelas pessoas.

    CompreenderQue alguns padres de raa e de moda so fatores que influenciam a aparnciados ces.

    As crianas desenvolvem atitudes de cuidado, preocupao e empatia.

    Resultados de aprendizagem para o Tpico 1.3

    A maioria das crianas dever :Saber

    Que podemos causar problemas aos ces na criao dos mesmos.

    Compreender

    Que temos responsabilidades para com os ces, tais como garantir que recebamcuidados veterinrios.

    Comear a indicar aptides de empatia.

    Informao

    Vocabulrio utilizado nas Caixas de Fatos e de Informao de 1.3Defeitos genticos, mutilao, comunicao, bem-estar, insuficiente.

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    1.3 O bem-estar canino

    Informao para professores:Tpico 1.3 O bem-estar canino

    Os problemas de bem-estar nos ces de raa puraDesde que o ser humano se relaciona com os seus ces domsticos ele os tem criado seletivamentepara desempenharem funes especficas. No entanto, nos ltimos 150 anos, a popularidade dasexposies de ces e a evoluo dos padres de raa levaram a uma mudana da ateno para aaparncia fsica do co. As tentativas de criao de um animal fisicamente perfeito levaram a umaumento do cruzamento consanguneo, que resultou numa crescente incidncia de defeitos genticos,muitos dos quais influenciam o bem-estar canino.

    Os padres de determinadas raas tambm incluem mutilaes do co, por exemplo, a amputaoda cauda (por ex. o springer spaniel ingls) e a cirurgia do corte das orelhas (por ex. no dobermanpinscher) que ainda so praticadas por questes puramente estticas alegadamente para melhorar aaparncia fsica do co! Essas operaes so normalmente levadas a cabo quando o co ainda filhote.Infelizmente, essas operaes so muito dolorosas e provvel que afetem negativamente a capacidadedo co em utilizar a sua cauda ou orelhas para comunicar com outros ces.

    Os problemas de bem-estar nos ces de raa mistaUm co de raa mista resulta da mistura de duas ou mais raas. Os ces de raa mista variam notamanho, forma e cor. A nvel histrico, todos os ces de raa pura foram sendo selecionados a partirde uma populao de raa mista. Os ces de ascendncia mista so geneticamente mais saudveisdo que os seus semelhantes de raa pura, especialmente em casos onde o cruzamento consanguneo

    entre raas puras tornou algumas raas mais vulnerveis a variados problemas genticos de sade.Alguns ces de raa pura tm problemas relacionados simplesmente com os traos fsicos exageradosda prpria raa. Por exemplo, o bulldog francs tem umas ancas to pequenas e uma cabea tolarga que, para fins reprodutivos, necessrio aplicar a inseminao artificial e a cesariana. Se umco como esse for cruzado com outra raa, provavelmente ser possvel produzir ces sem essasdificuldades de reproduo.

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    Cuidando de Ces e Gatos

    Tpico 1.3A moda justa?

    1.3 O bem-estar canino

    Co pequins

    Fig. 2: Boxer com cauda cortada

    Todas as crias de boxer nascem com uma cauda comprida masas pessoas cortam a cauda bem curtinha. Chama-se a isso,caudectomia. As pessoas justificam fazer isso alegando que osces machucam suas caudas quando se arrastam na vegetao.Tambm h outras raas de co de trabalho que tm as caudascortadas. A certa altura, as pessoas decidiram que um boxer s um verdadeiro boxer (correspondendo aos chamados padresde raa) se tiver a cauda cortada.

    Mesmo com cauda cortada de propsito, os ces reproduzem cezinhos com cauda comprida. No gentico.

    Fig. 1: Bulldog

    Os bulldogs foram criados com focinhos cada vez mais chatos ecurtos e cabeas grandes. Isso levou a problemas de respirao.Muitas vezes, a sua forma corporal, especialmente na zonaplvica e das ancas, causa dificuldades s fmeas para dar luz.Essas caractersticas foram passando de gerao em gerao (sogenticas). Os problemas que causam indicam que o bem-estardesses animais no bom.

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    28Cuidando de Ces e Gatos

    1.3 O bem-estar canino

    Fig. 4: Shar pei

    Os ces shar pei foram criados para serem ces de luta, com peleenrugada solta para evitar que os outros ces os consigam agarrar.Os ces com dobras soltas de pele, muitas vezes tm problemasde pele, como dermatites nas dobras. O excesso de pele voltados olhos pode levar ao enrolamento das plpebras para dentro.Assim, as pestanas roam na superfcie dos olhos, a crnea,provocando um estsado doloroso denominado entrpion. Essascaractersticas genticas so, claramente, problemas de sade que

    colocam em causa o bem-estar.

    Fig. 5: Co de raa mista

    Um co de raa mista tambm chamado de sem raa definida,co mestio ou vira-lata. Foi criado a partir de duas ou maisraas puras de co. O co mestio tem algumas caractersticas deuma raa e de outra. Muitas vezes, essas caractersticas fazem com

    que o co seja mais saudvel, com menos problemas de sade ebem-estar detectados nos ces de raa pura.

    Fig. 3: Pequins com focinho achatadoO pequins foi criado para ter olhos grandes e salientes, talvezporque o ser humano parece sentir-se atrado por imagens quemostram caras grandes e achatadas, com olhos grandes (comonos bebs recm-nascidos). Esse tipo de olhos est sujeito auma situao chamada olho seco, em que no possvel aoolho produzir lgrimas suficientes para o lubrificar. Esse outroexemplo de caracterstica gentica que causa problemas de sade.

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    Cuidando de Ces e Gatos

    1.3 O bem-estar canino

    Informao 1 Problemas com as raas puras

    Problemas de sadeO homem tem produzido diferentes raas de co criando-os seletivamente. Isso significa que oser humano selecionou, intencionalmente, algumas caractersticas que preferiu nos seus ces (talcomo um corpo forte ou a capacidade de correr rpido) e criou ces com essas caractersticas. Ocruzamento progressivo, dessa forma, pode criar problemas de desenvolvimento nos ces e eles podemsofrer com isso. As fotografias na Caixa de Fatos mostram diferentes raas e descrevem os problemasque os ces tm.

    Algumas pessoas demonstram interesse por uma raa especfica e tentam produzir o co perfeitodessa raa. Isso feito cruzando ces, parentes prximos, da mesma famlia; chama-se a issocruzamento de consanguinidade. Um co que tenha todas as caractersticas da raa e cujos pais e avstambm tenham sido exemplares da raa chamado de raa pura ou com pedigree. Infelizmente,quando o co tem problemas devido ao seu histrico de criao, esses tm tendncia para piorar..

    CaudectomiaAlguns dos ces nas fotografias tm as caudas cortadas. Todos os anos, milhares de cezinhosrecm-nascidos tm suas caudas cortadas, em nome da moda a isso chama-se caudectomiae, provavelmente, muito doloroso para o filhote. A caudectomia uma mutilao; implica,literalmente, na remoo de partes do corpo do co. Provoca alguns problemas para o bem-estar

    do co, porque os ces usam as caudas como meio de comunicao entre eles. Uma cauda cortadatambm pode interferir na interao entre humanos e animais, visto que as pessoas aprenderam acompreender o estado emocional do co ao observar as orelhas e a cauda do co.

    Antigamente, as caudas dos ces usados na caa e pastoreio eram cortadas para evitar que semachucassem em galhos, etc. Hoje em dia, como a maioria dessas raas so usadas para companhia(animais de estimao) e no para a caa, isso j no necessrio para a maior parte dos ces. Masessa prtica dolorosa ainda continua porque algumas pessoas acreditam que quela imagem que oco deve corresponder (o padro de raa) ou fazem-no por moda. Cortar as caudas dos filhotes umamutilao desnecessria e cruel e as pessoas nunca deveriam comprar ces de pessoas que mandamcortar as caudas. Felizmente, a caudectomia j foi banida em muitos pases.

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    30Cuidando de Ces e Gatos

    1.3 O bem-estar canino

    Pesquisa 1Olhe para as fotografias

    dos ces, fig. 1 a 5. Leia asdescries de cada uma dascinco fotografias.

    Deciso 1Os ces podem ser criados paraser de uma forma ou tamanhoparticular, o que, depois, podecausar problemas de sade.Voc acha que correto fazer

    isso? Os ces podem ter caudascortadas se os seus guardiosacharem que fica melhor. Vocacha que correto fazer isso?Os animais podem ser tratadoscomo ornamentos de modapelos seus guardios. Voc achacorreto que as pessoas pensemisso dos seus prprios animais?

    Partilha 1

    Partilhe sua opinio com osoutros. Tente falar com ummdico veterinrio (pois tratamde ces com os problemasdescritos) e com um criadorde ces. Em alternativa, olhea Caixa de Partilha com onome Pontos de Vista. De queforma esses Pontos de Vista serelacionam com a sua opinio?Explique seu ponto de vistaenquanto presta ateno ao dos

    outros.

    Avaliao 1Pense em tudo aquilo que vocouviu/viu. Voc mudou deopinio?

    Pesquisa 2A questo principal no

    tem a ver com raas de ces,mas sim com outras formasde tratarrmos nossos ces.s vezes, os ces podem sertratados como se fossempequenos seres humanos. Faauma lista de exemplos (talvez apartir de um programa de TV).

    PistasOs ces podem dormir na camade uma pessoa.

    Os ces podem comer ochocolate das pessoas. (Naverdade, isso perigoso enunca deve ser feito, porqueo chocolate feito para pessoaspode envenenar os ces).

    Deciso 2Devemos tratar os ces (e osgatos) como se eles fossem

    bebs humanos ? Porque queas pessoas fazem isso? Vocacha que correto?

    Partilha 2Partilhe sua opinio com osoutros. Explique seu ponto devista e preste ateno ao dosoutros.

    Avaliao 2

    Reuna tudo aquilo que vocouviu/viu. Voc mudou deopinio?

    Fig. 6:Co vestido

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    Cuidando de Ces e Gatos

    1.3 O bem-estar canino

    Partilha

    Pontos de vista

    A cauda uma parte do corpoimportante para um co. usada como

    meio de comunicao com outros ces. No natural que um co no tenha cauda.

    Eu faocriao de ces, a minha

    vida. Eu adoro os meus ces e no farianada que os pudesse magoar.

    Eu fao criao de terriers. Esse tipode co deve ter uma cauda cortada. No

    ficam bem com uma cauda.

    No cruel cortar acauda a um co. feito quando eles

    so ainda muito pequeninos e eles nemnotam a diferena.

    As pessoasdizem que importante

    que as caudas dos ces sejamcortadas para evitar que se machuquemquando o co usado para trabalhar nocampo. Mas h muitos ces com caudascortadas que no so usados como ces

    de trabalho. Por isso, deveriammanter as suas caudas.

    Os padresde raa determinam a

    aparncia correta de um co de raapura. Os padres de raa, para algumas

    raas, determinam que os ces devem tercaudas cortadas. Esses padres poderiam ser

    alterados, para que os ces pudessemmanter as suas caudas.

    desnecessrio cortar a cauda deum co. Especialmente quando feito

    por pessoas no qualificadas. Pode resultarem dor e sofrimento.

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    32Cuidando de Ces e Gatos

    1.4 A domesticao felina

    Objetivos de aprendizagem para a Caixa de Descobertas 1.4

    Ter conhecimento sobre os Egpcios antigos, o gato selvagem como felino e oprocesso de domesticao.

    Compreender a vida das primeiras civilizaes, a capacidade do ser humano para

    utilizar e mudar o seu ambiente.Apresentar aptides para pesquisa de informao a partir de diferentes fontes,selecionando informao e tomando decises informadas baseadas em fatos reais.Ter atitudes de empatia perante outras culturas e outras formas de vida animal.

    Resultados de aprendizagem para a Caixa de Descobertas 1.4

    A maioria das crianas dever :SaberQue os gatos domsticos evoluram dos gatos selvagens e que sempre conviveramconosco desde o comeo da nossa existncia.

    CompreenderQue domesticamos (mudamos) os gatos para fins diferentes.

    Ser capaz deProcurar informao em diferentes fontes e selecionar fatos para umdeterminado motivo.Formular e partilhar um ponto de vista informado.

    Informao

    Vocabulrio utilizado nos Fatos da Caixa de Descobertas 1.4Caractersticas, carnvoro, domesticao, arqueolgico.

    Caixa de Descobertas 1.4Gatos e faras!

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    Cuidando de Ces e Gatos

    1.4 A domesticao felina

    PesquisaTente descobrir onde vivemagora os gatos selvagens.Imagine que voc vive no Egito,no tempo dos Faras. Comoacha que seria sua vida? Comovoc trata o seu gato?

    FatosPense sobre isso.

    DecisoComo que voc descreveriaum gato selvagem? Quais soas caractersticas de um gatoselvagem? Que caractersticasvoc acha que seriam teis paraum gato selvagem sobreviver?De que forma que os gatosselvagens so parecidos ediferentes dos gatos domsticos?

    Acha que um gato selvagemseria uma boa companhia nasua casa nos dias de hoje?

    PartilhaPartilhe a sua opinio com osoutros. Explique o seu pontode vista e preste ateno ao dosoutros.

    AvaliaoPense em tudo aquilo que vocouviu/viu. Mudou de opinio?

    Fatos 1Os gatos foram um dos animaisa serem domesticados mais

    recentemente. Algumas pessoas dizem queeles ainda no esto totalmente domesticados.Ao contrrio dos ces, os gatos domsticosso muito parecidos com os seus antecessores.

    A primeira prova concreta da existnciade gatos domsticos aponta para umacontecimento nico no Egito, cerca de1550 A.C. Os antigos egpcios acreditavamque os gatos eram animais muito especiais,por isso, eram protegidos por lei. Umegpcio receberia a pena de morte se matasseum gato, propositadamente. As provasarqueolgicas das grandes pirmides mostramque, assim como os epcios importantes erampreservados como mmias, tambm os seusgatos o eram.

    As provas reunidas a partir dos estudosdas clulas animais apontam para o gatoselvagem africano (ver fig. 3) como nicoantecessor do gato domstico, com a possvelcontribuio do gato do deserto indiano, deoutras raas do Oriente e do persa de plocomprido (ver fig. 2). Os gatos so carnvoros(animais que comem a carne de outrosanimais) e so, por isso, muito bons caadorescom dentes afiados e garras e conseguem verbem com pouca luz.

    Provavelmente, o principal objetivo inicialda domesticao do gato selvagem teria sido

    us-lo como meio de controle das pragasde roedores volta da comida armazenada.Antes disso, o ser humano teria utilizadodoninhas e fures para apanhar ratos eratazanas.

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    34Cuidando de Ces e Gatos

    1.4 A domesticao felina

    Informao adicional para professores: Caixa de Descobertas 1.4

    Embora no haja suficiente informao sobre o comportamento do gato selvagem africano,ao contrrio do co, o gato domstico parece ter mudado muito pouco, fsica ou comportamentalmente,como resultado da domesticao. Isso deve-se, provavelmente, ao perodo de tempo relativamente curtodesde a domesticao, bem como falta de possibilidade para a pedomorfose (o crnio de um filhote e ode um gato adulto tm formas semelhantes). Mas j ocorreu, com certeza, alguma pedomorfose: muitosgatos agem como crias, de formas diferentes, como quando mexem as patinhas quando esto no nosso

    colo (um comportamento tpico de filhote para as mes libertarem mais leite), ou quando demonstram umcomportamento submisso ao oferecer uma presa ao seu guardio, etc.

    Grande parte das variaes fsicas nos gatos domsticos est na cor/comprimento do plo e na cor dos olhos.A principal mudana comportamental em nvel social. O gato selvagem um animal solitrio e territorial,enquanto que os gatos domsticos facilmente formam colnias com fmeas de parentesco, que cooperam paraa reproduo. Essa capacidade de viver em grupos sociais foi, supostamente, selecionada de forma a permitiro convvio em grupo, onde era necessrio mais do que um gato para proteger armazns maiores de cereais.A principal diferena entre o gato selvagem e os seus semelhantes domsticos reside na sua criao, que fortemente descontrolada nos gatos domsticos. Tirando os poucos gatos com pedigree (raa genuna),normalmente os gatos domsticos escolhem os seus prprios parceiros e procriam livremente com gatosselvagens (Felis catus ou Felis silvestris) ou ferais quando entram em contato com eles.

    Fatos 2: GALERIA DE IMAGENS DE GATOS

    Fig. 4Filhote de birmans com11 semanas

    Fig. 5Pelo curto domstico

    Fig. 1Gato do antigo Egito

    Fig. 2Gato persa

    Fig. 3Gato selvagem africano

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    Cuidando de Ces e Gatos

    1.5 Raas de gatos e bem-estar felino

    Objetivos de aprendizagem para o Tpico 1.5

    SaberQue h diferentes raas de gatos, cada uma com as suas prprias caractersticasfsicas.Que determinadas criaes seletivas causam problemas de bem-estar.

    CompreenderQue alguns padres de raa e a moda so fatores que influenciam a aparncia dosgatos.

    Aptides paraIdentificar raas de gatos selecionadas e utilizar provas descritivas e fotogrficaspara identificar raas e selecionar informao.

    As crianas desenvolvem atitudes de cuidado, preocupao e empatia.

    Resultados de aprendizagem para o Tpico 1.5

    A maioria das crianas dever :Saber

    Que h diferentes raas de gatos.Que podemos causar problemas aos gatos na sua criao.

    CompreenderQue temos responsabilidades para com os gatos, tais como garantir que recebamcuidados veterinrios.

    Aptides paraSer capaz de utilizar informao para identificar corretamente um nmeroespecfico de raas (dependendo do leque de capacidades).Comear a apresentar aptides de empatia.

    Informao

    Vocabulrio utilizado nas Caixas de Fatos e Informao do Tpico 1.5Carnvoro, dcil, selvagem, gentico, defeitos genticos, escovao, esterilizado,notvagos, predadores, presa, pedigree, prenhe, reproduo, bem-estar.

    Tpico 1.5

    O desfile de identidades dos gatos

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    36Cuidando de Ces e Gatos

    1.5 Raas de gatos e bem-estar felino

    Informao para professores:

    Tpico 1.5 Raas de gatos e questes de bem-estarEnquanto que, atualmente, os gatos so os animais de estimao domsticos mais populares emnvel mundial, os gatos com pedigree no tiveram o mesmo sucesso de popularidade como os cescom pedigree. Algumas raas de gatos com pedigree desenvolveram problemas para o bem-estar,como as raas de plo comprido, que so incapazes de tratar do seu prprio plo e necessitam deuma escovao constante para evitar emaranhados de plo. A estrutura larga, do maxilar do focinhoachatado dos persas (ver fig. 2) deu origem tambm a alguns problemas. Esse gato afastou-se, detal forma, do tipo selvagem que pode ter dificuldades em caar, alimentar-se e respirar. Alm domais, os gatos siameses e outras raas puras semelhantes podem vir a desenvolver distrbios neuro-comportamentais (estereotipias) que resultam, normalmente, dos cruzamentos de consanguinidade.

    Informao para professores:Tpico 1.5 Deciso

    Fotocopie, recorte e misture as imagens, as caixas com os nomes e as caixas com a descrio daraa correspondente a cada gato (Fatos 1) uma vez que as crianas iro fazer uso do material numaatividade de correspondncia na seo Deciso.

    Persa

    Esses gatos tm crnios pequenos elargos, um focinho achatado e redondocom um nariz (empinado) pequeno.

    Aparncia:Plo: Comprido.

    Cor do plo: Variada.

    Caractersticas: Corpo bastante slido,com patas pequenas e um focinhoachatado prensado. Olhos azuis ou

    dourados. Gatos delicados e dceis.

    Questes de bem-estar: Noconseguem tratar sozinhos do seuplo comprido, necessitam que os seusguardios os escovem diariamente.Se isso no for feito, o plo pode ficaremaranhado, causando irritao e dorna pele. Como tm focinhos achatados,podem ter problemas dentrios erespiratrios o que lhes impossibilitabaixar a temperatura e pode levar a um

    choque trmico.

    Fatos 1

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    Cuidando de Ces e Gatos

    1.5 Raas de gatos e bem-estar felino

    Birmans

    Pelo Curto Domstico

    Acreditava-se que essa raa era originria

    da Birmnia. Eram consideradossagrados.

    Aparncia:Plo: Semi-comprido.

    Cor do plo: Pelagem douradaclara, com manchas azuladas, cor dechocolate, lils ou castanho-escuro nofocinho, patas e cauda. Tm quatropatinhas brancas e os olhos so redondose azuis.

    Caractersticas:A raa possui umaestrutura larga e forte, alongadae corpulenta. Calmos, dceis ebrincalhes.

    Tambm conhecido como gato comumde casa.

    Aparncia:Plo: Curto. Uma raa semelhante aesse tipo comum o domstico de plocomprido, com pelagem longa.

    Cor do plo: Variada.

    Caractersticas: O corpo pode serrobusto, musculado e altamente flexvel.

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    38Cuidando de Ces e Gatos

    1.5 Raas de gatos e bem-estar felino

    SiamsOriginalmente da Tailndia, famoso

    pelas suas vocalizaes nicas quepodem parecer as de um beb humano.

    Aparncia:Plo: Curto e sedoso.

    Cor do plo:Azulada, lils ou cor dechocolate com manchas (plo escuro nasorelhas, focinho, patas e cauda).

    Caractersticas: Corpo elegante ecomprido; pode vocalizar muito.

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    Cuidando de Ces e Gatos

    1.5 Raas de gatos e bem-estar felino

    Fatos 2H cerca de 100 raas (tipos ou

    variedades) diferentes de gatoscom pedigree; no entanto, a maioria dos gatosque vemos so comuns de plo curto.

    Os gatos desenvolveram-se tornando-se animaissolitrios e muito independentes, ao contrriodos ces que vivem em grupos sociais. Mas,h muitos gatos domsticos, especialmenteos gatos esterilizados (isso significa que omdico veterinrio lhes fez uma operao parano poderem reproduzir nunca mais) que

    conseguem adaptar-se muito bem vida empares ou em grupos.

    Os gatos so carnvoros e, por isso,normalmente, so muito bons caadores(predadores). Utilizam os seus dentes e garrasafiadas para apanhar a sua presa. Os gatos somesmo animais notvagos; gostam de caardurante a noite. Tambm so muito bonsescaladores. Isso quer dizer que, se voc colocaruma coleira no seu gato, escolha uma coleiraelstica para que ele possa se libertar dela se ficar

    preso numa rvore.

    As raas felinas podem serdivididas em trs principaisgrupos:

    Os de plo curto (como o burms eo abissnio).Os gatos de plo comprido (como obalins, o birmans e o persa).Os orientais (como o siams).

    Fig. 6Gato oriental tigrado

    Tal como com os ces, a criao de gatos deacordo com determinados padres originou

    neles alguns problemas genticos que podemafetar o seu bem-estar. Alguns exemplosincluem:

    A maioria dos gatos brancos comolhos azuis so surdos, por isso,podem no ouvir possveis perigos,como o trnsito nas estradas.O gato munchkin tem patas muitocurtas, o que lhe dificulta o salto e,por isso, normalmente, mantidodentro de casa.Devido forma do maxilar do

    gato persa, ele tem dificuldades emcomer.Os gatos de plo comprido no socapazes de limpar totalmente o seuplo (os gatos se lambem para selimpar) e podem sofrer por terem oplo emaranhado e problemas de pele,a no ser que os guardios dediquemalgum do seu tempo a escov-los, pelomenos uma vez por dia.

    Os gatos podem reproduzir em grande

    nmero. Uma fmea pode ficar prenhe trsvezes por ano e ter at seis crias de cada vez.Assim que uma cria fmea atinja os seis mesesde idade pode tambm ficar prenhe (apesarde no ter crescido totalmente e poder noser uma boa me). Uma nica gata e todas assuas crias, se lhes for permitido reproduzir-se, podem produzir muitas crias ao longo davida (normalmente, cerca de 15 anos). Poresse motivo, os gatos e as gatas devem seresterilizados para parar a reproduo.

    Os gatos podem tornar-se semi-selvagens(ferais) e procurar comida e abrigo por simesmos. No entanto, sem um guardioque olhe por eles devidamente, podem ficardoentes ou ferir-se e sofrer muito com isso.

    Todos os gatos precisam ser tratadosregularmente por um mdico veterinrio,para serem desparasitados e vacinadoscontra doenas. Os animais tambm devemser levados a um mdico veterinrio seapresentarem sinais de alguma doena.

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    40Cuidando de Ces e Gatos

    1.5 Raas de gatos e bem-estar felino

    Pesquisa 1Talvez voc j conhea algumas dessas raas. Pode utilizar a informao de Fatos 1, sobrecada tipo de gato ou pode procurar informao em outras fontes (como livros, clubes degatos ou na Internet). Faa perguntas s outras crianas da sua escola que tenham gatos.Que raas ou tipos tm? Pergunte-lhes como que so os seus gatos e quais so as suascaractersticas.

    Deciso 1Voc consegue identificar cada uma das raas mostradas nas fotografias?

    Selecione uma fotografia e escolha um carto com nome para ela.

    Se voc no tiver certeza, veja as caixas de informao sobre as raas. Uma descrio aquipode ajud-lo a identificar o gato na fotografia. Para cada gato, coloque a sua fotografiajuntamente com o carto com o nome e a informao da raa.

    Partilha 1Quando voc tiver encontrado um nome para cada fotografia pode comparar a suaopinio com a de um colega. Vocs so da mesma opinio?

    Avaliao 1Confirme as suas respostas com aAtividade de avaliao lista de respostas.

    Atividade de avaliao

    Verifique se voc identificou corretamenteessas quatro raas de gatos. Desenhe uma

    linha para ligar cada fotografia ao nomecorreto.

    Avaliao para professoressobre a Atividade deInformao

    Utilize essa atividade para verificara capacidade do aluno de identificarcorretamente as quatro raas comoResultado de Aprendizagem.

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    Cuidando de Ces e Gatos

    1.5 Raas de gatos e bem-estar felino

    Siams

    Plo curtocomum

    Persa

    Birmans

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    42Cuidando de Ces e Gatos

    1.5 Raas de gatos e bem-estar felino

    Siams

    Plo curto comum

    Persa (branco)

    Birmans

    Atividade de avaliao lista de respostas

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    Cuidando de Ces e Gatos

    1.5 Raas de gatos e bem-estar felino

    Informao 1 Problemas com as raas puras

    As fotografias mostram diferentes raas (tipos) de gatos. Alguma vez voc viu algumadessas raas num programa de televiso ou num filme? Dependendo da sua raa, os gatos podem tertamanhos, aparncias, caractersticas e cor de plo especficos.

    O homem tem produzido diferentes raas de gato criando-os seletivamente. Isso significa que o serhumano selecionou, intencionalmente, algumas caractersticas que preferiu nos seus gatos (tal como umcorpo longo, elegante ou plo curto) e criou gatos com essas caractersticas. O cruzamento progressivo,dessa forma, pode criar problemas de desenvolvimento nos gatos e eles podem sofrem com isso.

    Algumas pessoas demonstram interesse por uma raa especfica e tentam produzir o gato perfeitodessa raa. Um gato que tenha todas as caractersticas da raa e cujos pais e avs tambm tenham sidoexemplares da raa chamado de raa pura ou com pedigree. As pessoas acreditam que quelaimagem que o gato deve corresponder (o chamado padro de raa).

    Infelizmente, algumas raas tm problemas de sade especficos, s vezes devido sua aparnciaparticular (como os persas, com os seus focinhos achatados, que podem ter dificuldades em respirar).Por vezes, infelizmente tambm podem herdar um problema dos seus ancestrais. Quando uma raacom problemas se cruza continuamente por consanguinidade com parentes prximos, ou com outrosgatos da mesma raa, com problemas de sade parecidos, esses problemas tendem a piorar.

    Leia Fatos 2 e a informao adicional

    Pesquisa 2Faa perguntas s outras crianas na sua escola, que tenham gatos. Que raas tm?Pergunte-lhes como que so os seus gatos e que tipos de personalidade tm. Os gatostm alguns problemas de sade ou de bem-estar?

    Deciso 2Olhe para a caixa Deciso com o nome Pontos de Vista. De que forma esses pontos de

    vista se relacionam com a sua opinio? Com que pontos de vista voc concorda e porqu?

    Partilha 2Partilhe a sua opinio com os outros. Explique o seu ponto de vista e preste ateno aodos outros.

    Avaliao 2Avalie tudo aquilo que voc ouviu/viu. Mudou de opinio?

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    44Cuidando de Ces e Gatos

    1.5 Raas de gatos e bem-estar felino

    Deciso

    Pontos de vistaOs gatos tm a sua

    personalidade prpria tal comoqualquer outro animal. So bons animais

    de companhia, se os guardios foremresponsveis.

    Os padres de raapodem ser alterados para que o bem-estar dos gatos no seja colocado em

    risco.

    Ser um guardioresponsvel de um animal de

    estimao quer dizer que eu respeito asoutras pessoas vizinhas. Tenho uma boa

    cerca volta do meu jardim que est longeda estrada movimentada. Escovo os meusgatos pelo menos uma vez por dia porque

    eles tm plo comprido.

    Fao criao de gatos, aminha vida. Adoro os meus gatos e no

    faria nada que os pudesse magoar.

    No gosto de gatos,fazem barulho e no me deixam

    dormir quando esto na rua noite. Elestambm escavam no meu jardim. Deviam

    ser proibidos de serem animais de

    estimao.

    Acho cruel quandoos meus gatos nos trazem pssarosmortos que apanharam. No deixo

    os meus gatos sarem de casa, para protegeros pssaros.

    Os padres de raadeterminam a aparncia correta de

    um gato de raa pura. Os padres de raa,de algumas raas, determinam que os gatos

    devem ter um focinho largo e achatado,com um focinho curto.

    Os gatos gostam desubir nas rvores, por isso o meu

    gato tem uma coleira elstica. Assim,se a coleira ficar presa, o meu gato pode

    libertar-se. Tambm coloquei um sininhona coleira para poder dar um sinal aospssaros de que o meu gato anda por

    perto.

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    SEO 2Os ciclos de vida dos

    ces e gatos

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    46Cuidando de Ces e Gatos

    Objetivos de aprendizagem para o Tpico 2.1

    Saber

    As principais etapas do ciclo de vida dos ces, desde o embrio at velhice.

    As necessidades de bem-estar do co nas diferentes etapas da sua vida.

    CompreenderQue, tal como os humanos, os ces demonstram comportamentos distintos e

    tm caractersticas fsicas diferentes em etapas diferentes.

    As semelhanas e diferenas entre os ciclos de vida dos ces e do ser humano.

    A diferena relativamente taxa de crescimento, desenvolvimento e

    envelhecimento entre os ces e o ser humano.

    As responsabilidades de ser guardio de um animal de estimao.

    Aptides para

    Identificar as principais etapas do ciclo de vida de um co e de um ser humano,

    atravs de provas descritivas e fotogrficas.

    As crianas desenvolvem atitudes de cuidado, preocupao e empatia.

    Resultados de aprendizagem para o Tpico 2.1

    A maioria das crianas dever:

    Saber

    Que os ces, como mamferos, desenvolvem-se ao longo de etapas distintas de

    crescimento, desenvolvimento e envelhecimento.

    Que temos responsabilidades perante os ces, em diferentes etapas das suas vidas.

    Compreender que

    H semelhanas e diferenas entre o ciclo de vida de um co e o de um ser

    humano.

    Ser um guardio responsvel de um animal de estimao deve prolongar-se

    durante o tempo todo de vida de um animal.

    Ser capaz de

    Utilizar a informao para identificar corretamente as etapas especficas do ciclo

    de vida de um co.

    Comear a apresentar aptides de empatia.

    Tpico 2.1

    Os ces precisam de cuidados durante toda a sua vida

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    Cuidando de Ces e Gatos

    Informao

    Vocabulrio utilizado nas caixas de texto Fatos e Informao do Tpico 2.1Envelhecimento, nascimento, cadela, esterilizao, gestao, puberdade, ser um guardioresponsvel de um animal de estimao, aleitamento, vacinao, vocabulrio, ventre,parasitas.

    Informao para professores:

    Tpico 2.1 DecisoFotocopie, recorte e embaralhe cada uma das imagens e as caixas Eu devo na grelhade imagens de ces. As crianas iro fazer uso desse material como atividade decorrespondncia na seo Deciso.

    PesquisaTente descobrir como que os ces se desenvolvem, desde o nascimento at velhice.

    muito diferente da forma como voc se desenvolve?

    FatosPense sobre isso.

    DecisoOlhe para cada uma das seis fotografias de ces em diferentes idades. Decida qual aordem na qual devem ser organizadas as fotografias. O que voc deveria fazer pelo coem cada uma das seis etapas de vida para poder ser um guardio responsvel de umanimal de estimao? Selecione a caixa correta de Eu devo e faa a correspondnciacom a foto correta na grelha de imagens.

    PartilhaCompare as suas respostas e discuta sua opinio com os outros.

    AvaliaoAvalie a informao que voc descobriu e partilhe com os outros.

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    48Cuidando de Ces e Gatos

    Devo prestar ateno dieta da cadela e arranjar-lhe um lugar calmo paraela ter os seus filhotes.

    Devo estar preparadopara chamar ummdico veterinrio sefor necessrio. Tambmdevo verificar cada filhotedepois de nascido.

    Devo levar os filhotes aomdico veterinrio paraserem examinados edesparasitados. Tambmdevo certificar-me de queeles esto em seguranaquando comearem aexplorar seu entorno.

    Devo falar com o mdicoveterinrio sobre avacinao dos filhotese sobre a possvelesterilizao deles ecomear o treino bsico ea socializao.

    Devo certificar-me deque o co se exercitasuficientemente, que sealimenta corretamentee que controlado pelomdico veterinrio. O codeve estar treinado. aconselhvel pensar emesterilizar, se isso j no

    tiver sido feito mais cedo.

    Devo verificar se o meuco tem algum problemade sade e lev-loregularmente ao mdicoveterinrio para serexaminado. O meu copode precisar de ajudapara se exercitar e sealimentar.

    Gestao

    Oito semanas

    Nascimento

    Um ano

    Quatro semanas

    Treze anos

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    Cuidando de Ces e Gatos

    Informao adicional para professores:Tpico 2.1 Desenvolvimento dos ces

    Acasalamento e gestao:

    Os ces so frteis durante todo o ano e as cadelas tm at trs cios por ano. O tamanho das ninhadasvaria entre um ou dois at 12 filhotes, dependendo da raa. A gestao dura cerca de 63 dias.

    Nascimento:

    Tal como as crias de gato, os ces ao nascerem esto totalmente indefesos. Apesar de nascerem com

    o sentido do paladar, toque e olfato, so cegos e surdos. Tal como as crias de gato, no so capazesde regular a sua temperatura e o seu movimento limitado a um rastejar lento. Os filhotes fazemvocalizaes para pedir me um comportamento de ateno, desde o nascimento, e dependem doaleitamento para se alimentarem.

    Trs semanas:

    na terceira semana de vida de um filhote que comea uma fase de desenvolvimento muito rpido.Os olhos abrem-se e eles comeam a conseguir ouvir. medida que as suas aptides motorasmelhoram, comeam a pr-se de p e a andar, reagindo ao que os envolve, como a luz e o som. Nessaaltura, comeam a comer comida slida (regurgitada pela me deles).

    Quatro semanas:Os filhotes comeam a aprender, assim que os seus sentidos se desenvolvem e, por volta das quatrosemanas de idade tem incio o perodo de socializao (mais tarde do que nas crias de gato). Duranteesse perodo os filhotes comeam a aperceber-se do vasto leque de experincias que provavelmenteiro encontrar. Isso essencial para criar um co adulto bem adaptado, que seja capaz de interagir deforma apropriada com outros ces e outras espcies.

    mais ou menos nessa altura que os filhotes comeam a apresentar expresses faciais, como osmovimentos dos lbios e das orelhas e comeam a entender o que significam esses sinais. Durante asduas semanas seguintes, comeam tambm a aparecer outras formas de comunicao, como o abanarda cauda e o levantar da pata. Os filhotes tambm podem aprender a conviver com outras espcies deanimais, o que observado nas raas que servem como guarda de gado, sendo unicamente expostas e,por isso, convivendo com o gado que iro guardar.

    Quarta sexta semana:

    Entre a quarta e a sexta semanas, os filhotes comeam a explorar o seu ambiente ao correr, escalare roer. Os filhotes continuam a brincar de forma turbulenta, mas lanam um ganido se foremmordidos com demasiada fora e, assim, aprendem a diminuir a intensidade das suas dentadas. Essa uma lio importante, porque assim menos provvel que, quando forem adultos, possam provocarferimentos ao morder.

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    Oito semanas:O perodo de socializao tem lugar por volta das oito semanas e esse o momento emque podem ser feitos planos para preparar os filhotes para irem para um novo lar (sdepois de duas semanas ou por volta disso). importante que, a essa altura, eles aprendam

    tudo acerca do seu novo ambiente. Os filhotes comeam tambm a escolher e a desenvolver apreferncia por um local para a sua higiene e por um tipo de alimentao. Tal como com as crias degato, isso pode ser explorado para treinar um co a fazer as suas necessidades num lugar especfico.

    12 semanas:

    O perodo de socializao termina por volta das 12 a 14 semanas e os filhotes so capazes de mostraruma reao de medo por coisas que no tinham conhecido at ento. No entanto, deve-se insistir

    nessa socializao ao longo da sua vida, particularmente durante os primeiros nove meses.

    Fase juvenil:

    A fase juvenil tem lugar desde as 12 semanas at a maturidade sexual (seis a nove meses). Duranteesse perodo, os filhotes tornam-se mais independentes medida que os comportamentos de chamadade ateno so ignorados pela me.

    Oito a 12 anos:

    Os ces grandes envelhecem mais rapidamente e so considerados idosos p