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    RACIOCNIO CRTICO VERBAL

    Profa. Jnia AndradeProfa. de portugus e de discursivas para concursos

    Autora do livro Redao para Concursos Editora Ferreira

    Ol candidatos!

    Mais uma vez, outro desafio imposto vida dos concurseiros: resolverquestes de raciocnio crtico, conforme est expresso no concurso para oICMS de So Paulo.

    Bom, vamos a alguns esclarecimentos que podem ajudar vocs quantoao entendimento do que venha a ser raciocnio crtico:

    a)Em primeiro lugar, raciocnio crtico, considerando seu aspecto geral, tema ver com todo o tipo de pensamento lgico, baseado em diferentesargumentos que possam justificar determinada ideia ou concluso.Trata-se de algo permevel a todas as reas de conhecimento, j queherdamos o processo cientfico-racional como forma de chegarmos adeterminadas concluses. O termo senso crtico, por exemplo, j seria

    uma viso pessoal sobre os objetos a serem analisados; e o raciocniocrtico, se comparado ao senso crtico, seria a construo de uma ideiamais objetiva, facilmente comprovada e objetivamente demonstrada aosdemais.

    b)Tecnicamente falando, tambm me restringindo mais situao de vocsnos concursos, podemos dividir as linhas de raciocnio entre duasvertentes: a de uma lgica numrica, ou seja, pertinente ao campomatemtico, e a de uma lgica textual, pertinente ao campo do

    julgamento de inferncias e de interpretaes. Resumindo isso seriadizer que o raciocnio crtico envolve conhecimentos de raciocnio lgico-matemtico e conhecimentos sobre tcnicas de interpretao. Da aexplicao para o surgimento de duas nomenclaturas: raciocnio crticoverbale raciocnio lgico-numrico ou matemtico.

    c) Tambm esclareo, pessoal, que, a despeito de as bancas terem deixadode apresentar o nome raciocnio crtico nos edital, o assunto japareceu em diversas provas de concursos pblicos: na FGV (amaior especialista no assunto, a meu ver, vocs podem conferir isso nasprovas de portugus do ICMS RJ), no Cespe (em questes de raciocnio

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    lgico propriamente dizendo ou em provas de portugus como as do

    TJRJ de 2008), na FCC (em menor nmero, est principalmente nasprovas de portugus para as reas fiscais), na Esaf (nas primeirasquestes de interpretao) e no NCE (nas provas antigas de portugusdo Ncleo de Computao, que hoje responde pela alcunha de FundaoJos Bonifcio). Ento, no novidade esse assutno nas provas emostrarei algumas questes para vocs.

    d)O que vocs precisam efetivamente saber para as provas que cobramexpressamente raciocnio crticoem seus editais?

    preciso aprofundar o estudo da lgica matemtica, porque vocs podemno estar livres disso, j que o campo do estudo da argumentao muitoamplo e o raciocnio lgico ferramenta imprescindvel para a melhoria quanto observao de relaes de causa e efeito, de modalizaes, de contradiesetc.

    Alm disso, devem treinar bastante interpretao (cursos de portugus paraconcursos), porque tudo leva a crer que a FCC expor problemas de lgica,inseridos em textos com eventos em sequncia. Mas, sem problemas, pois, nos

    exemplos que comentarei daqui a algumas linhas, tentarei mostrar tudo issocom clareza para vocs.

    Bom, esclareo, antes de entrar nos exemplos comentados, que noestou dizendo que a prova ser meramente vinculada ao campo das Letras.Meu papel aqui somar conhecimentos, com base em fatos objetivos, paraajud-los a se preparar adequadamente para a prova. Por isso, entendam que para somar os problemas que vou elucidar a outros que so pertinentes seara do Raciocnio Lgico-quantitativo.

    Ento, vamos recuperar o que a FCC props para Raciocnio Crtico. Paratal, vou fatiar o programa para explicar caso a caso:

    A Prova de Raciocnio Crtico objetiva testar as habilidades de raciocnio, envolvendo: (a) elaborao de

    argumentos; (b) avaliao da argumentao; e (c) formulao ou avaliao de planos de ao.

    Primeiramente, cabe explicar que, apesar do termo elaborao, a provade vocs ser objetiva, ou seja, no h que se elaborar texto, porque o edital claro incluir raciocnio crtico no rol das disciplinas listadas paraconhecimentos gerais.

    Por que tanto se fala em argumentao?

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    Porque, certamente, haver textos que precedem muitas questes seguidas

    de opes construdas com oposies, com relaes de causa e efeito, comrelao de condicionalidade, com alternncias etc.

    Caberia ao candidato, ento, saber, a partir da narrativa textual, julgar queconcluso ou que argumento seria pertinente para cumprir o problema expostopelo enunciado.

    As questes podem abordar assuntos de quaisquer reas, e sua resoluo independe do

    conhecimento especfico do assunto envolvido.

    Viram? O prprio edital no explica que os conhecimentos que envolvemraciocnio crtico so transversais. at interessante dizer isso, porque ocandidato pode pensar o seguinte: ora, se pertinente interpretao, porqueisso j no vem includo no programa de portugus?

    Na verdade, pessoal, em portugus isso j existe h muito tempo. Inclusiveisso explica por que alguns alunos erram tanto as questes de interpretao,mesmo sendo exmios leitores.

    As bancas, certamente, esto cientes de que interpretaes inteligentes e

    objetivas so instrumentos decisivos na seleo de candidatos. Seria um modoclaro, por exemplo, de as bancas dizerem o seguinte: em minhas provas nocabe somente decoreba, preciso raciocinar o que consta nelas. E a FCC,como muitos j o sabem, precisava dessa desculpa. Afinal, sempre foiconsiderada pelos candidatos que fazem provas para tribunais como umabanca pr-decoreba, cujas provas eram quase fechadas por candidatos quedecoravam todo o programa. Agora, ela reservou uma rea s para cobrarleitura e raciocnio.

    Programa Construo de argumentos: reconhecimento da estrutura bsica de um argumento; concluses

    apropriadas; hipteses subjacentes; hipteses explicativas fundamentadas; analogia entre argumentos com

    estrutura semelhantes.

    Bacana! Nesta aulinha, vou apresentar a vocs algumas ferramentasimprescindveis validao de argumentos. A gente vai entender um poucocomo funcionam os modos verbais, como operam as conjunes, comoentendemos as relaes de causa e efeito etc.

    Como sempre, serei bem objetiva (falo muito agora, mas explicopontualmente o necessrio), para evitar o tralal, trolol do estudo dainterpretao. Bom, espero cumprir isso!

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    Avaliao de argumentos: fatores que reforam ou enfraquecem uma argumentao; erros de raciocnio;

    mtodo utilizado na exposio de razes.

    Tambm vou mostrar que a construo de uma interpretao racional mais objetiva do que subjetiva. Esse o primeiro passo para vocs acertaremquestes.

    Formulao e avaliao de um Plano de Ao: reconhecimento da convenincia, eficcia e eficincia de

    diferentes planos de ao; fatores que reforam ou enfraquecem as perspectivas de sucesso de um plano

    proposto; hipteses subjacentes a um plano proposto.

    Essa parte do programa praticamente uma cpia de programas anteriores

    da FGV. Fica, portanto, a recomendao para que estudem questes de lgicae de interpretao extradas da prova de portugus da FGV. um nortecerteiro para esperar o que vem por a na prova da FCC.

    Essa parte que envolve Plano de Ao indicia claramente que haver umenredo, ou seja, um conjunto de aes que culminar num evento ou numconcluso, que ser o mote para vocs julgarem a validade deles. Portanto,friso, acho quase impossvel essas questes estarem destitudas de um viscrtico-verbal.

    S para reforar esse meu ponto de vista, eu convido vocs a analisaremum programa de Raciocnio Lgico-matemtico de um concursocontemporneo ao do ICMS/SP. Trata-se do programa do TRT da 9 regio:

    Raciocnio lgico-matemtico: Estrutura lgica de relaes arbitrrias entre pessoas, lugares, objetos ou

    eventos fictcios; deduzir novas informaes das relaes fornecidas e avaliar as condies usadas para

    estabelecer a estrutura daquelas relaes. Compreenso e elaborao da lgica das situaes por meio de:

    raciocnio verbal, raciocnio matemtico, raciocnio sequencial, orientao espacial e temporal, formao de

    conceitos, discriminao de elementos. Compreenso do processo lgico que, a partir de um conjunto de

    hipteses, conduz, de forma vlida, a concluses determinadas.

    O edital deste concurso, o do TRT da 9 R., foi publicado em 2012, masas provas ocorrem em 2013. Se vocs repararem bem, apesar da troca depalavras, h semelhanas evidentes entre o que ela passar a exigir para algica matemtica com a razo crtico-verbal. A nica diferena entre oprograma do ICMS e os programas explcitos de raciocnio lgico est no fatode o anterior remeter-se claramente formao e anlise de argumentos e denarrativas. Reafirmo, no entanto, que argumentos podem ser construdos compalavras e com smbolos. E um dado inesquecvel dessa transversalidade estnuma questo de portugus do ICMS RJ (FGV) em que variveis X e Y

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    tomaram conta da construo de relaes de condicionalidade, adio,

    alternncia etc.Ento, vamos a algumas demonstraes importantes de como resolver

    questes de raciocnio crtico-verbal:

    1 DICA: OS LIMITES DA INTERPRETAO

    Humberto Eco empregou esse ttulo que tambm dou a esta passagemde dicas para expor, por meio de ensaios, as possibilidades de se interpretar otexto. No querendo entrar em toda discusso proposta por Eco, vou tocar

    num ponto central do que apregoa o terico: a relao entre o leitor e o textodeve ser ntima.

    Entendamos, Eco prope essa relao mais estreita, pessoal, para evitaros excessos de interpretao. Notem bem este termo: excessos deinterpretao.

    E o que isso tem exatamente a ver bom o que pretendemos no campo doraciocnio crtico?

    Tomando-se o exposto por Eco, o que vocs devero fazer aproveitar o que est expressamente escrito no texto. Suposies,possibilidades interpretativas no devem ser abandonadas, no isso quequero dizer. Mas, quando lemos um enunciado e voltamos ao texto embusca de respostas, devemos, num primeiro momento, entenderexatamente o que est no texto, considerar a essncia objetiva de suaspalavras.

    Depois dessa anlise objetiva, se necessrio o for, faremos uma anlisesuplementar do texto, ou seja, de suas possibilidades, das intencionalidades do

    autor, por exemplo.

    Por enquanto, importa-nos limitar o entendimento ao que est notexto, aproveitando a essncia de palavras-chave.

    Guardem esse trechinho destacado, porque vou acion-lo, ao mostrar osexerccios.

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    2 DICA: A SEMNTICA DE ALGUMAS FLEXES VERBAIS

    Como o verbo a classe de palavras que mais sofre acidentes, ou seja,flexes, natural que o verbo se encarregue de boa parte do sentidotransmitido pelo texto ou pelas sentenas.

    Ento, conheamos alguns pontos basilares das flexes:

    1 - temos trs modos verbais indicativo, subjuntivo e imperativo. Cadamodo possui um significado natural, ou seja, um significa-raiz, digamos assim.

    Ento, verbos flexionados no indicativo esto vinculados ideia de fato, de

    certeza. J verbos flexionados no subjuntivo trazem a essncia de umasuposio, de uma dvida. Importam-nos esses dois modos, ok. O imperativo,que indica aes de ordem, conselho, pedido etc., no to interessante parao momento. Mas guardem o seguinte:

    I n d i ca t i v o = c e r t e z a , f a t o , co i s a co n c r e t a .

    S u b j u n t i v o = dv i d a , p o s s i b i l id a d e , s u g e s to .

    Em contrapartida, esclareo, pessoal, que o aspecto semntico no

    esttico em termos de sentido. H construes do indicativo, por exemplo, quefogem a essa regra geral. Mas fiquemos, por enquanto, com a generalizaomesmo.

    2 - Flexes de tempo: alguns tempos verbais se destacam na anlise textuale apresentam diferenas de sentido notrias. A gente no pode, por exemplo,entender que, em geral, uma frase que traz um verbo flexionado no passadopossa ter o mesmo sentido de outra com verbo flexionado no presente. At ha possibilidade de isso ocorrer, mas em geral passado passado e presente

    presente.Assim, se vamos raciocinar uma sentena, precisamos prestar

    muita ateno sutileza verbal da frase. Ento, comecemos peloseguinte:

    a. Pretrito Perfeito do Indicativo: trata-se de um tempo verbalvinculado a aes ou estados j findados, ou seja, bem concludos.Exemplo: Pa s s e i no concurso em 2008.

    O Perfeito do Indicativo um tempo tpico dos textos narrativos, j que seuaspecto conclusivo pode dar aos eventos do texto mais movimento, ou seja,

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    mais dinamismo; e as narrativas, em geral, so marcadas por acontecimentos

    que sucedem outros.b. Pretrito imperfeito do indicativo: trata-se de um tempo verbal

    passado, menos dinmico do que anterior. muito comum haverpretrito imperfeito em textos descritivos, pois o tempo tende aoesttico. Com ele, possvel fotografar imagens, cores etc. Por serimperfeito, este pretrito responsvel por aes que se prolongaramnum determinado perodo temporal no passado. Por isso, ele trazimpreciso temporal quanto s aes ou estados descritos. Exemplo:antes, eu e s t u d a v a sozinho.

    Comparando os exemplos de um de outro, vejam que temos o seguinte:a ao passar conclusiva e mais precisa, pois o candidato passouem 2008; j a ao estudar foi prolongada num tempo muitoimpreciso, antes. Temos, ento, respectivamente, pretrito perfeito epretrito imperfeito.

    c. Futuro do Pretrito do Indicativo: apesar de ser exatamente doindicativo, o futuro do pretrito (-ria) no contm a certeza que, em

    geral, est expressa nos demais tempos do indicativo. O Futuro doPretrito indicia possibilidade, probabilidade e hiptese. A gente nopode julgar que ele indica exatamente uma dvida pontual, porque advida , em regra, a incerteza mxima. Mas a hiptese, por exemplo, o meio termo entre a certeza e a dvida. Portanto, guardem isto: Futurodo Pretrito indica hiptese, possibilidade.

    Exemplo: se tivesse uma boa grana, m o n t a r i a um negcio prprio.

    Veja que o enunciador no tem dvidas sobre montar seu negcio. Mas

    ele depende de ter grana; montar o negcio, portanto, possvel, desde quese tenha grana.

    Ento, guardemos essas noes gerais:

    Pr e tr i t o p er fe i t o : a o co n c l u d a .

    P r e t r i t o im pe r f e i t o : ao q u e s e p r o l o n g o u n o p a s s a d o .

    Fu t u r o d o p r e t r i t o : ao p r o vv e l , p os sv e l , d ep en d en t e d e

    o u t r a ao .

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    3 DICA: O PAPEL DE ALGUNS CONECTORES

    No campo dos conectores, ns vamos nos limitar s conjunes. Naverdade, lanaremos luz sobre algumas poucas conjunes que socomumente empregadas nas construes lgico-argumentativas.

    Assim, a gente precisa conhecer as conjunes seguintes:

    a. As causais: porque, j que, como (esta a mais empregada nasquestes de raciocnio crtico), visto que, na medida em que, emrazo de, por, porquanto etc.

    O nome j diz tudo: tais conjunes representam aquilo que fato,causa, ou, no limiar do entendimento, justificativa, explicao para aexistncia de algum evento.

    b. As conjunes concessivas: embora, apesar de, posto que, mesmo que,no obstante, por mais que, ainda que, a despeito de, malgrado etc.

    As concessivas representam a leve oposio, considerada tambmressalva.

    c. As finais: para (que), a fim de (que).

    O nome j diz que representam finalidade.

    d. Condicionais: se, desde que, contanto que etc.

    As condies geralmente se vinculam a ideias de dvida. Ento, a gentej pode antecipar que elas esto ligadas a ideias de dvida ou hiptese,ou seja, ao subjuntivo mesmo.

    e. Consecutivas: tal... que, to... que, tanto...que etc.Evidenciam-se o efeito gerado por uma ao anteriormente expressa.

    f. Aditivas: e, nem, mas tambm, fora, afora etc.

    Desse grupo, a mais empregada o e mesmo. E bom estar atentosempre soma de aes dadas nos eventos listados nas questes-problema.

    g. Alternativas: ou...ou, ora...ora, seja...seja.

    Tambm so altamente empregadas nas questes de raciocnio.

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    h. Adversativas: mas, no entanto, entretanto, todavia, contudo, porm.

    Ajudam a formular oposies declaradamente fortes, mas explcitas queas concessivas.

    i. Conclusivas: portanto, por isso, por conseguinte, logo etc.

    Apresentam a concluso extrada da narrativa. Normalmente, as bancaspedem para o candidato julgar a validade de uma concluso.

    Ento, amigos, guardemos esse rol de conjunes. Ser til na hora deentender como funcionam as relaes entre sentenas e, mais tarde, como se

    chegar soluo mais adequada para os problemas enunciados.

    4 DICA: RADICALISMOS E MODALIZAES

    A criao de uma lgica pressupe tambm o uso, em geral, deexpresses que denotam radicalismo, tal como supor uma generalizao,empregada por pronomes indefinidos ou por advrbios de restrio: todo,qualquer, nenhum, apenas, somente, s etc.

    Naturalmente, a gente deve grifar no texto esses radicalismos, porque

    eles no podem ser vistos como similares a expresses atenuantes, como asseguintes: muitos, quase, a maioria, a minoria, poucos, em alguns casos etc.

    Alguns verbos tambm ajudam nesse processo de modalizao. Osverbos PODER, DEVER e expresses como POSSVEL etc. tambm soatenuantes que devem ser levados em conta na hora de analisarmos cadacaso.

    Sendo assim, no podemos compreender que so de mesmo valor asproposies: v a i ch o v e r hoje noitee p o d e c h o v e r hoje noite.

    A primeira frase est vinculada ideia de certeza e a segunda, apesar detrazer um verbo no indicativo, est vinculada ideia de possibilidade, j que overbo PODER atenua a certeza de haver chuva.

    5 DICA: AS RELAES ENTRE SENTENAS

    Conhecidas as ferramentas bsicas da interpretao, vamos parteintermediria do nosso estudo: as relaes entre sentenas.

    Comecemos pelas relaes de causa e efeito(=consequncia):

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    a. Fiquem bem atentos relao entre verbos, quando as sentenas

    trouxerem mais de um verbo. o sinal mais seguro para secompreender causa e efeito.

    Exemplo A:

    Comprei o carro para chegar mais pontualmente ao trabalho.

    Observem que h duas aes verbais: comprar e chegar.

    Agora, pensemos a ordem desses eventos, considerando-se o contextofrasal: compra-se o carro primeiramente e depois se chega pontualmente ao

    trabalho.

    Ou seja, comprar primeira ao e chegar ao secundria, permitidapor aquela primeira.

    Ento, se comprar a primeira ao, ela ser a causa. Se chegar asegunda, ela ser o efeito ou consequncia. O que a gente v quecomprar X permite pessoa chegar a Y.

    A relao que temos de Causa e Efeito, nessa ordem.

    Exemplo B: vou a Braslia, porque prometi lecionar portugus para umaturma de l.

    Neste exemplo B, a gente v que ordem se inverteu, porque o feito veiona primeira parte da sentena, enquanto a causa veio na segunda.Retomando, temos o seguinte: ir... o efeito, motivado pelo prometer.Primeiramente, eu prometo..., depois eu vou.

    b. Depois fiquem atentos s conjunes, preferencialmente, causais econsecutivas. Mas lembro a vocs que h conjunes, como as finais e

    as conclusivas, que podem tambm indicar o efeito advindo de umacausa.

    Vou a Braslia, porque prometi...

    Aosecundria=efeito Aoprimria=causa

    Relao de efeito e causa nessa ordem

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    Naquele exemplo do comprei o carro para chegar mais pontualmente ao

    trabalho, vejam que temos uma conjuno final (para), mas a relaoentre sentenas de causa e efeito.

    Ento, ateno! No confundamos o papel da conjuno com a relaoentre sentenas. Uma conjuno pode ser final, expressar realmentefinalidade, mas as relaes entre frases podem ser tambm de causa eefeito.

    Ento, a gente no pode entender que causa e efeito uma relaoexclusivamente marcada por conjunes causais ou consecutivas. Elas

    ajudam muito no processo. Mas a relao ocorre entre os eventos (verbosprincipalmente) intercambiados entre as sentenas.

    Agora, vamos para outra relao entre frases, muito comum, nas provasde raciocnio crtico: a relao de condicionalidade.

    Tomemos os seguintes exemplos:

    a. Se todos obedecessem s leis, haveria menos violncia.b. Se todos obedecem s leis, h menos violncia.Tanto em aquanto em b, h a conjuno condicional SE. Mas somente um

    perodo expressa uma condio propriamente dita.

    Seria o perodo de sentenas da opoa, j que a condio est vinculada ideia de dvida, possibilidade, sugesto.

    Vejam que o verbo obedecer, na primeira sentena, est flexionado nosubjuntivo, indicando exatamente uma suposio, uma hiptese.

    J o verbo da opo b est flexionado no presente do indicativo (elesobedecem). Ento, mesmo havendo a conjuno condicional SE, o que estexpresso ali uma certeza!

    Ento, amiguinhos, comum as bancas apresentarem uma conjuno, masas relaes entre verbos revelarem outra verdade. Isso quer dizer que muitasvezes as conjunes mascaramuma relao revelada pelo verbo.

    Faam um teste simples para entender a causa: tentem trocar a conjunoSE, de ambas as opes, por uma causal tambm simples PORQUE.

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    Fizemos o devido ajuste frasal, mantendo a substituio na mesma orao

    em que estava a conjuno original e chegamos ao seguinte: h menosviolncia porque todos obedecem s leis.

    Vejam que, na sentena a, isso no ocorre com facilidade.

    Resumindo para o concurso: SE + verbo no indicativo = Causa.

    De posse dessas informaes bem basilares, a gente j possui instrumentossuficientes para solucionar questes de raciocnio crtico.

    Vamos a elas!

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    QUESTES COMENTADAS

    Texto para as questes 01, 02 e 03

    Questo 1 - Cespe. Infere-se do primeiro perodo do texto que algumas

    reminiscnciasa)no nos do descanso, sejam boas, sejam dolorosas.b)no nos deixam em paz at causar muita dor.c) precisam vir a pblico, oralmente ou por escrito.d)so impublicveis ou dolorosas.e)E devem ser esquecidas de vez.

    Questo 2 - Cespe. No segundo pargrafo do texto, o autor usa o exemplo dequem passa a vida na mesma casa de famlia (R.10-11) para reforar suaideia de que

    a)a convivncia rotineira favorece as lembranas de pessoas e fatos.b)ele prprio poderia ser um conviva de muito boa memria.c) a vida familiar faz lembrar somente as circunstncias, e no os fatos.

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    d)viver em casa de famlia ou em hospedarias faz mal memria.e)viver em famlia com seus eternos mveis e costumes descansa a mente

    e estimula a memria.

    Questo 3 - Cespe. No terceiro pargrafo do texto, o autor explica por queescreveu antes seja olvido que confuso (R.17). De acordo com suaargumentao,

    a) livros confusos so mais fceis de interpretar que os omissos.b) livros confusos despertam nele ideias finas.c) livros omissos despertam a imaginao dele.d) livros confusos podem ser melhorados com reflexes profundas.e)E livros omissos so piores porque no possvel complement-los.

    Questo 4 FGV. Os computadores esto presentes na vida da maioria daspessoas. Para no ficar desatualizado, o Sr. Aderbal deseja comprar umcomputador pessoal. Esse computador, para satisfazer suas necessidades,precisa ser muito rpido. Sabe-se que, alm do processador, todos osperifricos influenciam no desempenho geral do computador. Caso o Sr.Aderbal compre um Pentium 200 MMX, um dos processadores mais rpidos domercado, pode-se concluir que:

    a.) Com certeza o computador atender suas necessidades.

    b.) Pode ser que esse computador atenda suas necessidades.c.) Esse computador no atender suas necessidades.d.) Possuindo uma placa de vdeo, este computador com certeza atendersuas necessidades.e.) As alternativas (b) e (d) esto corretas.

    Questo 5 FGV. O dono de uma livraria enfrenta um problema paraadministrar seu estoque. Ele precisa optar por uma metodologia que mantenhauma grande quantidade de livros organizada, de forma que seus funcionriospossam encontrar o que o cliente deseja. Sabe-se que 100% dos livros que

    vende so para os alunos de um colgio de 1 e 2 graus localizado em frente sua loja e que, conhecendo os hbitos de seus clientes, os pequenosestudantes, que normalmente j viram o livro que desejam mas sempreesquecem o nome do autor e o nome do livro, a forma mais rpida e prtica deorganizar seu estoque atendendo suas necessidades :

    a.) Disciplina / Assunto / Cor da Capab.) Autor / Nome do Livroc.) Editora / Autor / Nome do Livrod.) Assunto / Editora / Autor / Nome do Livro

    e.) Disciplina / Assunto / Editora / Autor / Nome do Livro

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    Questo 6. FGV. Dois dicionrios de sinnimos e antnimos de uma mesmalngua apresentam definies diferentes para uma mesma palavra. Os dois sode autores diferentes e produzidos na mesma poca. Podemos concluir que:

    a.)Os dois dicionrios esto errados.b.)Os dois dicionrios esto corretos.c.) Os dois autores so inimigos.d.)Os dois dicionrios podem ser incompletos, mas corretos.e.)Os dois dicionrios podem ser completos e corretos.

    Questo 7. FGV. Para que certa dieta seja efetiva, ou seja, proporcione perdade peso corporal pessoa que a ela se submete, necessrio que sejaadministrada exatamente como prescrita por um nutricionista qualificado. Adieta administrada exatamente como prescrita por um nutricionistaqualificado apenas se a pessoa que a ela se submete paga por uma consultaparticular com esse profissional.

    Sabe-se que, em geral, nutricionistas qualificados cobram valores de consultaacessveis a apenas uma pequena parcela da populao brasileira.

    A partir das informaes acima, possvel concluir que:

    a) Se uma pessoa administra a dieta exatamente como prescrita por umnutricionista qualificado, conseguir perder peso corporal.

    b)Uma pessoa que no possua renda elevada no poder perder pesocorporal por meio dessa dieta.

    c) Entre as pessoas que se submeterem a essa dieta, a proporo dasque possuem alta renda dever ser superior proporo das que

    possuem baixa renda.

    d)Se uma pessoa no perde peso corporal ao administrar essa dieta, porque no a administrou exatamente como prescrita por umnutricionista qualificado.

    e) Se uma pessoa no paga por uma consulta particular com umnutricionista qualificado, no perder peso corporal ao administraressa dieta.

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    Questo 8 FGV. Dada a seguinte afirmao:

    Se h emprego de controle biolgico eficaz em lavouras, ento no h perdade produo decorrente do ataque de pragas agrcolas. Por sua vez, se no hperda de produo decorrente do ataque de pragas agrcolas, ento, h lucrosuficiente para investir no aprimoramento de alternativas ao uso deagrotxicos em lavouras.

    Se no h lucro suficiente para investir no aprimoramento de alternativas aouso de agrotxicos em lavouras, pode-se concluir que:

    a)No h emprego de controle biolgico eficaz e h perda de produodecorrente do ataque de pragas agrcolas.

    b)H emprego de controle biolgico eficaz e h perda de produodecorrente do ataque de pragas agrcolas.

    c) H emprego de controle biolgico eficaz e no h perda de produodecorrente do ataque de pragas agrcolas.

    d)No h emprego de controle biolgico eficaz e no h perda de produodecorrente do ataque de pragas agrcolas.

    e)Pode haver emprego de controle biolgico eficaz, mas no pode haverperda de produo decorrente do ataque de pragas agrcolas.

    Questo 9. Uma sentena lgica equivalente a Se o prato X feito com bonsingredientes, ento os gestores do restaurante Y fizeram boas contrataes :

    A. Se o prato X no feito com bons ingredientes, ento os gestores dorestaurante Y no fizeram boas contrataes.

    B. Se os gestores do restaurante Y no fizeram boas contrataes, ento oprato X no feito com bons ingredientes.

    C. O prato X feito com bons ingredientes ou os gestores do restaurante Yfizeram boas contrataes.

    D. Se os gestores do restaurante Y fizeram boas contrataes, ento o prato X feito com bons ingredientes.

    E. O prato X feito com bons ingredientes ou os gestores do restaurante Y no

    fizeram boas contrataes.

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    Questo 10. NCE. a diminuio dos processos normais de metabolismo ecrescimento economizam energia... equivale a a energia economizada aose reduzirem os processos normais de metabolismo e crescimento; o itemabaixo em que as duas frases NO se equivalem :

    (A) O governo criou a cesta bsica para ajudar os pobres.

    O governo pretende ajudar os pobres, criando a cesta bsica.

    (B) Os alunos esto mais contentes hoje do que ontem.

    Os alunos estavam menos contentes ontem do que esto hoje.

    (C) Meles esto na promoo: compre dois a R$1,00 cada e leve

    outro de graa.

    Meles esto na promoo, trs por R$2,00.

    (D) O aluguel de R$10,00 por volta na pista, a qualquer hora.

    No h momento em que a taxa por volta na pista seja diferente de R$10,00.(E) O quadrado azul, com manchas vermelhas dentro.

    O objeto azul um quadrado com manchas vermelhas dentro.

    Gabarito em destaque e soluo para os problemas propostos:

    1.B primeiramente, vamos nos limitar ao texto. No pensemosnada fora dele, ok.

    Assim, temos o seguinte: o enunciado diz para a gente analisarapenas o primeiro perodo. Assim, no bom ler o texto todo. Ocerto limitar-se a ler a passagem H dessas reminiscnciasque no descansam antes que a pena ou a lngua as publique..

    Vejam como fcil solucionar a questo. Tomemos para isso aspalavras-chave desse trecho: reminiscncia, no descansam,pena, lngua, publique.

    Ora, pessoal, a opo A ser eliminada porque o trecho no falanada sobre dor, ou seja, isso interpretao alm do escrito.

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    A opo B traz vrios termos similares aos do trecho: pblico,

    oralmente (=lngua), escrito (=pena). esta a correta, ok.A opo C diz que so impublicveis. Mas o texto dizpublique. Est contraditria, ento.

    A opo D diz devem ser esquecidas. Isso no tem no texto.

    Resposta correta: opo C.

    2.vamos nos limitar novamente ao que o enunciado pede. Ento,devemos ler apenas o que consta no segundo pargrafo. Leiam e

    acompanhem a eliminao de opes:

    Opo B: o narrador deixa claro que sua memria no boa.Portanto, a opo contradiz o texto.

    Opo C: h o radicalismo somente. O texto no se limita a isso.

    Opo D: a alternncia invlida, porque, segundo narrador, amemria dele que ruim similar a algum que tivesse vivido emhospedarias. Da conclui-se que viver em hospedarias no faz bem

    memria. J quem passa a vida em casa de famlia grava tudo pelacontinuidade e repetio conforme diz claramente o texto.

    Opo E: esta opo perde a resposta para a opo A, porque na Econsta a ideia de descansar a memria. Esta ideia no estpresente no texto.

    Opo A a correta por eliminao, pois temos o seguinte jogo depalavras-chave:

    - convivncia rotineira = continuidade e repetio.

    - lembrana de pessoas e de fatos =... que se lhe grava tudo..

    3. novamente vamos nos ater ao pedido do enunciado. Assim, devemosler, agora, objetivamente o terceiro pargrafo.

    Observando tambm as opes, notamos a existncia de um jogo depalavras entre dois tipos de livros os confusos e os omissos. Ento,vamos s eliminaes de opes por comparao com o que consta no

    texto:

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    a. livros confusos no so mais fceis de interpretar porque nadase emenda bem nos livros confusos.

    b.Os livros que despertam nele ideias finais so os omissos.c. Os livros omissos despertam a imaginao dele? Sim, porque

    despertam nele ideias finais.

    d.No, porque nada se emenda bem nos livros confusos.e.No, porque novamente nada se emenda bem nos confusos.3.Primeiramente fujamos provisoriamente do com certeza daopo A. Vamos por eliminao:

    a. cortamos o com certeza, porque no h esta certezaexpressa no texto. A opo at poderia ser vlida, se notivssemos outra melhor.

    b. Como o sr. Aderbal comprou um computador comprocessador veloz, pode ser que o computador atenda ssuas necessidades.

    c. Errado. O computador possui um processador rpido e sr.Aderbal precisa desse tipo de computador para satisfazersuas necessidades.

    d. Novamente aparece o radicalismo com certeza e alimitao placa de vdeo. Mas o texto diz que a velocidade influenciada por todos os perifricos.

    e. Como a ideia da placa de vdeo no traz outros perifricos, aopo ficou limitada novamente.

    Portanto, a melhor resposta a da opo B, j que, em meioaos radicalismos e limitaes impostas pela argumentaodas demais opes, a B trabalha com a ideia de modalizao,indicando que possvel que o computador atenda snecessidades do sr. Aderbal.

    4.Vamos resolver a questo por eliminao.Opes C, E e D: devem ser refutadas, porque trazem muitoselementos para solucionar o problema do esquecimento dos

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    clientes ( h termo que nem abarcado pelo texto editora) e

    trazem autor e nome do livro, justamente os itens que nocolaboram, segundo o texto, com a lembrana dos livros queeles desejam adquirir.

    Opo B - muita gente marcaria esta. Mas pensemos um poucono seguinte: se os alunos esquecem o nome do autor e do livro,porque organizar a loja, obedecendo estes itens?

    No d. O texto negou os itens.

    Ento sobra a opo A, que traz outros itens, sem os queatrapalham a lembrana dos clientes.

    5.Vamos por eliminao, mas sempre recorrendo ao texto. Sepensarem ideias que no esto no texto, continuaro errandoquestes:

    a. no h nada no texto que diz que eles estariam errados.b. A informao insuficiente.c. Isso no tem no texto.d. a resposta correta. Mas leia a E antes de entender a

    explicao para a resposta D.

    e. Eles no so completos, porque um dicionrio no traz osignificado proposto pelo outro para a mesma palavra.Portanto, a resposta correta a opo D. Eles soincompletos. Julgar que so corretos ou incorretos no vemao caso. O que mata a questo o fato de um de ter umtipo de informao que o outro no tem.

    6.Novamente, leiamos o texto com ateno e a cada opo lida,comparemos seu contedo com o que h no texto. Recomendosempre que trabalhemos com eliminao de opes. Outro dadointeressante trazer para o texto os conhecimentos que listeipara interpretar textos (modos verbais etc.). Vamos eliminaralgumas passagens:

    a. incorreta. A opo diz, no indicativo, que a pessoa perderpeso. Mas, voltando ao texto, h uma construo no

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    subjuntivo: Para que a dieta seja efetiva. Ns temos uma

    suposio no texto, no uma certeza, como quer a opo A.b. Incorreta. A informao excede o texto. No se fala no texto

    sobre pessoas com renda elevada. Quem entendeu issoinferiu possibilidade interpretativa, j que o texto se limita adizer que nutricionistas cobram valores de consultaacessveis a apenas uma pequena parcela da populaobrasileira. Quando lemos essa frase, esquecemos a leitura,sem querer, e j pensamos em quem tem dinheiro. Assim,julgamos que quem no o tem no pode ter acesso a umnutricionista qualificado e, por isso, no perder peso.Cuidado com isso tambm, porque a afirmativa perderest novamente no indicativo e o texto trabalha com ap o s s i b i l i d a d e de perda do peso.

    c. Isso no d para julgar, porque o texto no expressa arelao entre rendas. A relao est entre a perda de peso e oacesso ao nutricionista qualificado.

    d. O texto no traz informao sobre a pessoa que no perdepeso. Ele fala sobre a p o s s ib i l i d a d e de ser perder peso. Assim,limitem-se bem ao que est no texto.

    e. Corretssima, porque o texto defende que a possibilidade deperder peso est necessariamente ligada dieta prescrita pornutricionista qualificado que cobra pela consulta.

    Para que certa dieta seja efetiva,... necessria que sejaadministrada exatamente como prescrita por um nutricionista

    qualificado.

    9. Vamos compreender a sentena dada. Quando h sentena, ou seja,um texto mais curto, bom que saibamos entender a relaoestabelecida entre os verbos da sentena:

    Se o prato X feito com bons ingredientes, ento os gestores do restauranteY fizeram boas contrataes.

    Ora, pensemos o seguinte: o que deve ocorrer primeiro? O prato ser

    feito com bons ingredientes ou os gestores fazerem boascontrataes?

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    Como fazer o prato X posterior s contraes. Pela ordem frasal tem-

    se uma relao de efeito e causa, ou seja, a frase trouxe e efeitoprimeiramente e causa depois, isso considerando a ordem em que aspalavras esto escritas:

    a. f a ze r o p r a t o X c om b o n s i n g r e d i e n t e s = efeitob.o s g e s t o r e s f i z e r am b o a s c o n t r a t ae s = causa.

    Ento, vamos anlise das opes:

    a.errada, porque no relao de causa e efeito est errada. Coloca-se o prato com bons ingredientes como condio para as boascontrataes. Traduzindo: as contrataes podem ser boas, e oprato poder no ser bom.

    b.Correta. Agora sim! A ordem direta, respeitando-seprimeiramente a causa contratar bem ou no e fazer pratoscom bons ingredientes ou no. Ou seja, a negativa meroengodo, o traz a correo fato de ordem dos eventos seguir ocurso direito: causa e efeito. Mesmo os tempos verbais sendo

    diversos, a questo traz algo verdadeiro: se no presente o prato Xdeve-se s boas contrataes, ento, se os gestores no fizeramboas contrataes, os ingredientes no so bons.

    c. Incorreto, porque o texto no trabalha com alternncia.d.Incorreto, porque o tempo verbal diferente do que foi exposto

    no enunciado. Na opo h verbo no passado, ao passo que noenunciado h verbo no presente.

    e.Novamente houve alternncia e a questo est incorreta.10. a correta aqui a opo C. Vejamos o motivo: em todas as opes,se vocs forem eliminando palavras-chave entre as duas sentenas,notaro que em quase todas as palavras originais so mantidas. J aopo C traz uma construo que no conserva as palavras-chaveoriginais. Desse modo, o candidato tende a julg-la equivalente reescrita, porque ele interpreta o que no est escrito ali.

    Notemos a demonstrao:

    a . o g o v e r n o c r i o u a c e s t a bs i ca p a r a a j u d a r o s p o b r e s .

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    O g o v e r n o p r e t e n d e a j u d a r o s p o b r e s , cr i a n d o a c e s t a bs ic a .

    Veja que temos entre as duas opes os seguintes termos similares:governo, ajudar, os pobres, criar, cesta bsica.

    H s uma diferena: pretende ajudar e ajudar.

    a mesma interpretao entre as duas expresses verbais? No !

    Mas numa prova de raciocnio crtico vocs devem sempre procurar amelhor resposta. Isso no quer dizer um compromisso com a verdade,como soluo nica para questo. O compromisso muitas vezes est

    em se julgar a soluo mais adequada, mediante a eliminao dasmenos adequadas ao proposto.

    No caso desse exerccio, vale lembrar que a banca quer NOequivalncia entre frases.

    Vamos para a b:

    O s a l u n o s e s to m a i s c o n t e n t e s h o j e d o q u e o n t em

    O s a l u n o s e s t a v am m e n o s c o n t e n t e s o n t em d o q u e e sto h o j e .

    A interpretao correta visvel, mas contemos palavras, pois maisseguro e, praticamente, infalvel: alunos, contentes, hoje, ontem.

    H diferena entre tempos verbais? H.

    Mas h uma lgica construda pelo advrbio mais e pelo advrbio menos.

    Agora, vejamos a C:

    m e le s e s to n a p r om oo : c om p r e d o i s a R$ 1 , 0 0 e l e v e o u t r o d e

    g r aa .

    M e les es t o n a p r om oo , t r s p o r R$ 2 , 00 .

    Amigos, no fiquem fazendo contas, porque vocs esquecem otexto, quando fazem isso. Analisem as palavras, sem atribuirsignificados a elas, pensem nelas como um mecanismo chave-fechadura, ou seja, para se ter equivalncia, tal como pede o

    enunciado, preciso encaix-las umas s outras.

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    Ento, responda para si: tudo o que est na primeira frase

    encaixa na segunda?Se no entenderam, explico: na segunda frase, no se fala em

    compra e ou em levar, ou seja, falta a essncia da lngua os verbos!

    Raciocnio crtico verbal isso! Espero que ajudado com este pouquinho!

    At me esqueci da apresentao. Mas h tempo! Meu nome JniaAndrade Viana, sou professora de portugus e de discursivas para concursospblicos, no Ponto dos Concursos, e sou autora do livro Redao para

    Concursos, pela Editora Ferreira.Acompanhem o site da Editora, porque em breve (em fevereiro) darei

    uma palestra gratuita sobre Raciocnio Crtico. A motivao da palestra esclarecer mais sobre o assunto, resolver questes e ajudar as vtimas daschuvas de vero no Rio de Janeiro.

    No dia 10/01, haver uma palestra sobre questes de lngua portuguesanas provas da FCC. Darei dicas tambm sobre as questes com mais chancesde aparecerem nas provas. A palestra tambm tem a finalidade solidria, tal

    como a palestra de fevereiro sobre Raciocnio Crtico. Haver tambm para osinteressados uma palestra para quem ir fazer o concurso da OAB 2 fase.Darei dicas importantes sobre como organizar o texto.

    Enfim, confiram tudo isso na pgina da Editora Ferreira!

    Boa prova para todos!

    Profa. Jnia Andrade