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VINHA CIGARRINHA DA FLAVESCÊNCIA DOURADA (SCAPHOIDEUS TITANUS Ball.) Os primeiros adultos da cigarrinha da Flavescência Dourada (Scaphoideus titanus Ball) foram já capturados na região da Bairrada, concretamente no concelho da Mealhada. Face à importância desta cigarrinha na transmissão daquela que é considerada uma das mais graves doenças da vinha, a Flavescência Dourada, e tendo em vista a contenção da sua dispersão, recomendamos a realização imediata de um tratamento em todas as vinhas e campos de materiais vitícolas das seguintes freguesias, onde está confirmada a presença deste inseto: Antes, Casal Comba, Mealhada, Vacariça, Ventosa do Bairro, Arcos, Aguim, Tamengos, S. Lourenço do Bairro e S. João do Campo. Para o efeito, utilize um dos seguintes inseticidas: tiametoxame (Actara 25WG) ou fenepiroximato (Dinamite). Repita o tratamento quinze dias depois. Em qualquer dos tratamentos recomendados tenha em atenção que o Intervalo de Segurança é de 14 dias, para ambos os inseticidas homologados. Lembramos todos os viticultores e/ou produtores de materiais vitícolas que, de acordo com a Portaria n.º 976/2008, de 1 de Setembro, o tratamento contra o insecto Scaphoideus titanus Ball e o seu registo (datas, produtos e doses utilizadas ) é obrigatório para todos os viticultores e produtores de material vitícola, nas freguesias onde está confirmada a doença, concretamente nas freguesias de Mealhada, Vacariça e Ventosa do Bairro (Despacho n.º 6084/2012 de 9 de Maio). Igualmente, é obrigatório em todos os viveiros das freguesias onde está confirmada a presença de Scaphoideus titanus Ball.: Antes, Casal Comba, Mealhada, Vacariça, Ventosa do Bairro, Arcos, Aguim, Tamengos, S. Lourenço do Bairro e S. João do Campo (Despacho n.º 6084/2012 de 9 de Maio). POMÓIDEAS BICHADO O número de capturas de adultos nos nossos POB´S é elevado, tendo-se já atingido o Nível Económico de Ataque (1% de frutos atacados) e observado a presença de jovens larvas. Observe 200 frutos e, se detectar 1 a 2 frutos perfurados, deve efectuar, de imediato , um tratamento, com um produto de acção larvicida (ver lista enviada com circular nº 6). MOSCA DO MEDITERRÂNEO Já foram capturados os primeiros insectos nos nossos POB’S e observados frutos picados. Nas variedades que se encontrem em maturação, a aproximar da colheita, deve efectuar, de imediato, um tratamento com uma das seguintes substâncias activas homologadas: fosmete (IMIDAN 50WP*) (PI); lambda-cialotrina ** (KARATE ZEON, NINJA with ZEON Technology; JUDO, ATLAS) (PI), lufenurão (iscos de ADRESS) (PI). PI – autorizado em Produção Integrada * - máximo 1 aplicação; ** - máximo de 2 aplicações em Prot. Integrada OLIVAL MOSCA DA AZEITONA O número de capturas nos nossos POB’s tem-se intensificado, assim como o número de frutos picados com formas vivas (ovos e larvas), tendo- se já atingido o Nível Económico de Ataque, em alguns olivais. (vire s.f.f) 11/12 Anadia, 1 de Agosto de 2012

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VINHA CIGARRINHA DA FLAVESCÊNCIA DOURADA (SCAPHOIDEUS TITANUS Ball.)

Os primeiros adultos da cigarrinha da Flavescência Dourada (Scaphoideus titanus Ball) foram já capturados na região da Bairrada, concretamente no concelho da Mealhada.

Face à importância desta cigarrinha na transmissão daquela que é considerada uma das mais graves doenças da vinha, a Flavescência Dourada, e tendo em vista a contenção da sua dispersão, recomendamos a realização imediata de um tratamento em todas as vinhas e campos de materiais vitícolas das seguintes freguesias, onde está confirmada a presença deste inseto: Antes, Casal Comba, Mealhada, Vacariça, Ventosa do Bairro, Arcos, Aguim, Tamengos, S. Lourenço do Bairro e S. João do Campo. Para o efeito, utilize um dos seguintes inseticidas: tiametoxame (Actara 25WG) ou fenepiroximato (Dinamite). Repita o tratamento quinze dias depois. Em qualquer dos tratamentos recomendados tenha em atenção que o Intervalo de Segurança é de 14 dias, para ambos os inseticidas homologados. Lembramos todos os viticultores e/ou produtores de materiais vitícolas que, de acordo com a Portaria n.º 976/2008, de 1 de Setembro, o tratamento contra o insecto Scaphoideus titanus Ball e o seu registo (datas, produtos e doses utilizadas) é obrigatório para todos os viticultores e produtores de material vitícola,

nas freguesias onde está confirmada a doença, concretamente nas freguesias de Mealhada, Vacariça e Ventosa do Bairro (Despacho n.º 6084/2012 de 9 de Maio). Igualmente, é obrigatório em todos os viveiros das freguesias onde está confirmada a presença de Scaphoideus titanus Ball.: Antes, Casal Comba, Mealhada, Vacariça, Ventosa do Bairro, Arcos, Aguim, Tamengos, S. Lourenço do Bairro e S. João do Campo (Despacho n.º 6084/2012 de 9 de Maio).

POMÓIDEAS BICHADO

O número de capturas de adultos nos nossos POB´S é elevado, tendo-se já atingido o Nível Económico de Ataque (1% de frutos atacados) e observado a presença de jovens larvas. Observe 200 frutos e, se detectar 1 a 2 frutos perfurados, deve efectuar, de imediato, um tratamento, com um produto de acção larvicida (ver lista enviada com circular nº 6). MOSCA DO MEDITERRÂNEO

Já foram capturados os primeiros insectos nos nossos POB’S e observados frutos picados. Nas variedades que se encontrem em maturação, a aproximar da colheita, deve efectuar, de imediato, um tratamento com uma das seguintes substâncias activas homologadas: fosmete (IMIDAN 50WP*) (PI); lambda-cialotrina ** (KARATE ZEON, NINJA with ZEON Technology; JUDO, ATLAS) (PI), lufenurão (iscos de ADRESS) (PI). PI – autorizado em Produção Integrada * - máximo 1 aplicação; ** - máximo de 2 aplicações em Prot. Integrada

OLIVAL MOSCA DA AZEITONA O número de capturas nos nossos POB’s tem-se intensificado, assim como o número de frutos picados com formas vivas (ovos e larvas), tendo-se já atingido o Nível Económico de Ataque, em alguns olivais.

(vire s.f.f)

11/12 Anadia, 1 de Agosto de 2012

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Observe 5 azeitonas ao acaso, em 20 árvores. Efectue um tratamento se tiver atingido os seguintes Níveis Económicos de Ataque: azeitona de mesa: 1% de frutos picados com formas vivas; azeitona para azeite: 8 a 12 % de frutos picados com formas vivas. Utilize um inseticida homologado, constante da lista que segue abaixo. NOTA: Segue, em anexo, folheto informativo sobre a doença da Flavescência Dourada

NOTA: Segue, em anexo, folheto informativo sobre a doença da Flavescência Dourada N

Inseticidas homologados para o controlo da Mosca da Azeitona - 2012

Substância Activa Modo de Acção NOME COMERCIAL

I S (dias)

P.I. (a)

Observações

deltametrina

Piretróide. Insecticida que

actua por contacto e ingestão.

DECIS (P.I.), DECIS EXPERT, DELTAPLAN (P.I.). 7 (1)

dimetoato

Organofosforado Insecticida

sistémico que actua por contacto e ingestão

DIMETAL, PERFEKTHION, DANADIM PROGRESS, DAFENIL PROGRESS,

DIMISTAR PROGRESS, ROGOR

42 dias podendo ser reduzido para 21 dias quando se efectua apenas 1ª aplicação na concentração de 30g s.a./hl (correspondente 75 ml p.c./hl)

Sim (1)

Esquema tratamentos: Ataques precoces: 1º tratamento (Julho-Agosto) 30g s.a./hl; 2º tratamento (Setembro-Outubro) 60g s.a./hl. Ataques tardios: tratamentos em (Setembro-Outubro) 60g s.a./hl. Ataques tardios próximos da colheita: um tratamento a 30g s.a./hl.

fosmete Organofosforado Insecticida que

actua por contacto.

IMIDAN 50 WP 14 Sim (1)

Autorizado apenas para aplicação em produção de azeitona de mesa, com um máximo de 2 aplicações. Não pode ser aplicado em azeitonas para produção de azeite.

lambda-cialotrina

Piretróide. Insecticida que

actua por contacto e ingestão.

KARATE ZEON (P.I.), NINJA with ZEON technology, JUDO, ATLAS. 7 (1)

spinosade Spinosina.

Insecticida actua por contacto e

ingestão.

SPINTOR ISCO 7 Sim Máximo de 4 aplicações em P.I.. Para evitar o desenvolvimento de resistências aconselha-se a não efetuar mais de duas aplicações por ciclo cultural.

tiaclopride

Neonicotinoide. Insecticida

sistémico que actua por contacto e ingestão

CALYPSO 14 Sim (1)

A consulta deste quadro não dispensa a leitura atenta do rótulo do respectivo produto fitofarmacêutico

(a) Esta informação não dispensa a consulta da lista de produtos aconselhados em Protecção Integrada

(IS) – Intervalo de Segurança; (P.I.) –Autorizado em Protecção Integrada (1) – Máximo 2 aplicações. NOTA: Adaptado do Guia dos produtos fitofarmacêuticos da DGADR – Actualização de 12-04-2012 e da Actualização dos Produtos Fitofarmacêuticos aconselhados em Protecção Integrada – Cultura da Oliveira - Actualização de 08-05-2012 (www.dgadr.min-agricultura.pt)

RESPEITE O INTERVALO DE SEGURANÇA

Período de tempo que deve decorrer entre a data de aplicação de um produto

fitofarmacêutico numa determinada cultura e a data da colheita.

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DIREÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO CENTRODireção de Serviços de Agricultura e Pescas

Divisão da Proteção e Qualidade da Produção

www.drapc.min-agricultura.pt

Ministério da Agricultura,

Ordenamento do Território

DRAP CentroDireção Regionalde Agricultura e Pescasdo Centro

M a r , A m b i e n t e e

2012

Flavescência dourada em casta tinta: Avermelhamento atípico dasnervuras.

Flavescência dourada em casta tinta: Folhas avermelhadas, enrola-das, duras e quebradiças.

Irregularidade do atempamento: Varas herbáceas ou malatempadas.

Dessecação dos cachos.

FLAVESCÊNCIA DOURADADA VIDEIRA

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O primeiro surto de Flavescência Dourada teve lugar no sul

de França, na década de 50. Atualmente está presente no

Norte de Itália, de Espanha, na Sérvia e em Portugal.

A Flavescência Dourada (FD), uma das doenças mais temidas

na cultura da videira, pode causar grandes prejuízos nas

regiões vitícolas. É uma doença exclusiva da videira e

provocada pelo fitoplasma Grapevine flavescence dorée MLO,

o qual perturba o funcionamento das plantas, causando

grandes perdas de produção e a morte das videiras, sobretudo

em castas mais sensíveis.

A curtas distâncias, o fitoplasma é transmitido através do

cicadelídeo Scaphoideus titanus Ball (ST), durante o processo

de alimentação do próprio inseto. A longas distâncias, a

dispersão faz-se através da utilização de material de

propagação vegetativa infetado. Os porta-enxertos, embora

normalmente não manifestem sintomas, podem, todavia,

ser transmissores do fitoplasma e portadores de ovos do

inseto vetor.

É uma doença economicamente grave, para a qual não existemmeios de luta direta e, qualquer suspeita da presença dadoença em vinhas em produção, viveiros ou vinhas de pésmães, deve ser comunicada aos serviços de InspeçãoFitossanitária do MAMAOT.

O fitoplasma responsável é um organismo de quarentena daUnião Europeia listado na legislação fitossanitária (Diretivacomunitária 2009/29/CE) e, como tal, sujeito a medidas oficiaisde controlo e de erradicação, obrigatórias, e constantes daPortaria 976/2008 de 1 de setembro. Sem a aplicação destasmedidas destinadas a controlar a sua dispersão, esta doençapode causar a perda total de produção e, até, a morte parcial,ou total, das videiras.

Sempre que for necessário efetuar um tratamentofitossanitário para controlo do vetor da doença este deve serrealizado com produtos homologados ou autorizados, eseguindo as indicações dos tratamentos a realizar dadas pelasEstações de Avisos da sua região, sob alçada do SNAA, ServiçoNacional de Avisos Agrícolas.

NOTA: Em qualquer situação – vinhas em produção, O diagnósticoda Flavescência Dourada exige confirmação em laboratório certificado.A flavescência dourada também pode infectar as Vitis americanas eseu híbridos. Todavia, não produz neles sintomas evidentes, pelo quenos porta-enxertos a deteção da doença é mais difícil e claro, apenasvalidada por resultado de laboratório certificado.

SINTOMAS

Em Portugal, o vetor da doença Flavescência Dourada, oinseto Scaphoideus titanus Ball (ST), foi identificado em 2000,no norte de Portugal. Hoje, e desde 2008, estende-se aocentro de Portugal. Já o fitoplasma causal da doença foioficialmente detetado em Portugal, em 2006, na Região doEntre Douro e Minho. Desde 2009, o fitoplasma está naRegião Centro.

OCORRÊNCIA EM PORTUGAL

FLAVESCÊNCIA DOURADA DA VIDEIRAMEDIDAS DE CONTROLO OBRIGATÓRIO.

TRATAMENTOS

NOTA: Anualmente, são publicadas, na 2.ª série do Diário daRepública, as listas de freguesias onde se regista a presença dofitoplasma Grapevine flavescence dorée MLO e do vetor Scaphoideustitanus Ball., através de despacho do diretor-geral de Alimentaçãoe Veterinária (DGAV). Esta informação é publicitada no sítio daInternet da DGAV, e nos respetivos sítios web das Direções Regionaisde Agricultura e Pescas (DRAP) envolvidas. O despacho é aindapublicitado pelas DRAP envolvidas, através da emissão de edital aafixar nas suas instalações, nas câmaras municipais e juntas defreguesia abrangidas.

Flavescência dourada em casta branca: Enrolamento eamarelecimento das folhas. Folhas dispostas em “telha”.