10 PATACAS Ambiente degrada-se em várias frentes · a “Cidade Berço” ... maioritariamente da...

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Director José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo Sérgio Terra • Nº 4277 • Segunda-feira, 27 de Maio de 2013 10 PATACAS PUB FOTO JTM Taça foi para a “Cidade Berço” ÚLTIMA Susana Chou “atacada” após críticas ao Governo A ex-líder da AL acusou o Gover- no por encarar críticas como uma espécie de desastre ou algo que visa prejudicar a harmonia. Pág. 6 Jovens vão aprender sobre património na escola A partir de Setembro, os mais no- vos vão participar num programa de sensibilização para a protecção do Património. Pág. 11 Mais protestos depois de inundações O fim-de-semana trouxe outra vez sinal de tempestade e as fortes chuvas inundaram alguns pontos do território. Deputados e asso- ciações querem melhorias. Pág. 9 Ambiente degrada-se em várias frentes Pág 7 ESTATÍSTICAS OFICIAIS RELATIVAS A 2012 “O nosso amadorismo vai ter de acabar” Um sucesso chamado “Amochai Divoto” O Centro Cultural voltou a estar completo durante duas noites para ver e rir ao sabor da sátira maquista. As eleições deram o condimento à peça. Centrais EFECTIVAMENTE Pág 3 JOSÉ TAVARES, VICE-PRESIDENTE DO INSTITUTO DO DESPORTO, EM ENTREVISTA AO JTM Págs 4 e 5

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  • Director José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo Sérgio Terra • Nº 4277 • Segunda-feira, 27 de Maio de 2013 10 PATACAS

    PUB

    30anos ao serviçode Macau

    FOTO

    JTM Taça foi para

    a “Cidade Berço” ÚLTIMA

    Susana Chou “atacada” após críticas ao GovernoA ex-líder da AL acusou o Gover-no por encarar críticas como uma espécie de desastre ou algo que visa prejudicar a harmonia. Pág. 6

    Jovens vão aprender sobre património na escolaA partir de Setembro, os mais no-vos vão participar num programa de sensibilização para a protecção do Património. Pág. 11

    Mais protestos depoisde inundaçõesO fim-de-semana trouxe outra vez sinal de tempestade e as fortes chuvas inundaram alguns pontos do território. Deputados e asso-ciações querem melhorias. Pág. 9

    Ambiente degrada-seem várias frentes Pág 7

    ESTATÍSTICAS OFICIAIS RELATIVAS A 2012

    “O nosso amadorismo vai ter de acabar”

    Um sucesso chamado“Amochai Divoto”O Centro Cultural voltou a estar completo durante duas noites para ver e rir ao sabor da sátira maquista. As eleições deram o condimento à peça. Centrais

    EFECTIVAMENTE Pág 3

    JOSÉ TAVARES, VICE-PRESIDENTEDO INSTITUTO DO DESPORTO, EM ENTREVISTA AO JTM

    Págs 4 e 5

  • 02 JTM | LOCAL Segunda-feira, 27 de Maio de 2013

    Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administração: José Rocha Dinis • Director: José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo: Sérgio Terra • Grande Repórter: Raquel Carvalho • Redacção: Helder Almeida (editor), Fátima Almeida, Pedro André Santos, Sandra Lobo Pimentel e Viviana Chan • Secretária Redacção: Susana Diniz • Colaboradores: Rogério P. D. Luz (S. Paulo), Rui Rey e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, António Ribeiro Martins, Daniel Carlier, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa e Xinhua • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

    JORNAL TRIBUNA DE MACAU

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    • • • DO BAÚ DE RECORDAÇÕES

    Do nosso “Baú de Recordações” publicamos hoje uma foto de 1993, aquando de uma visita oficial a Macau do último Governador de Hong Kong, Chris Patten. Na ocasião, o eng. Machado, secretário para as Obras Públicas e Transportes do Governador Rocha Vieira fez uma apresentação da nova ponte entre Macau e a Taipa que depois de concluída passou a ser conhecida pelo nome de “Ponte da Amizade”.

    Henrique em Lisboa-IA Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa e o Instituto Cultural de Macau vão lançar, em Portugal, o inédito de Henrique de Senna Fernandes, intitulado “Dores”, uma excelente iniciativa que se aplaude.

    Henrique em Lisboa-IIA apresentação do autor e obra estará a cargo de Ana Paula Laborinho, presidente do Instituto Camões e ex-presidente do IPOR, numa sessão marcada para as 18 horas do dia 6 de Junho, e que terá lugar no auditório da APEL- Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, integrado na 83ª Feira do Livro de Lisboa.

    Henrique em Lisboa-III“De Fonte Limpa” apurou que a sessão está a ser aguardada com expectativa por muitos macaenses e pessoas que passaram por Macau, onde conviveram com o advogado e escritor de quem a maioria da comunidade portuguesa aqui nascida e radicada continua a ter muitas saudades.

    Maçã dá nas vistas – IApesar de não constar nos registos religiosos ou mitológicos qualquer incursão de Adão e Eva por terras de Macau, surgiu por cá uma maçã que também evoca frutos proibidos, ainda que de outra natureza. Na sequência da recente aprovação da lei sobre a segurança alimentar, as autoridades instalaram em pleno Largo do Senado uma estrutura em forma de maçã, com recomendações genéricas a ter em conta naquele domínio, bem como contactos para a apresentação de casos ou pedidos de informação.

    Maçã dá nas vistas – IIEmbora se possa questionar a dimensão desta maçã “governamental”, tendo em conta que ocupa uma área razoável num espaço cada vez mais congestionado de pessoas, a verdade é que a iniciativa não passa despercebida aos milhares de transeuntes diários. “De Fonte Limpa” constatou “in loco” que são poucos os que não resistem a fotografar o posto informativo, com especial destaque para os turistas.

    Maçã dá nas vistas – IIIEntre os visitantes, predominam naturalmente os do Continente, onde o histórico de problemas na área da segurança alimentar é de todos conhecido e, muitas vezes, tem impacto nos consumidores de Macau. Para grande parte dos visitantes do Continente, mais do que as mensagens preventivas importará sobretudo registar para a posteridade uma maçã que não contariam encontrar na zona do Centro Histórico, mas é sempre bom que as imagens cruzem a fronteira. Nos tempos que correm todo o cuidado é pouco, como demonstra o mais recente caso de intoxicação alimentar, afectando 10 visitantes da Malásia que tomaram refeições em Zhuhai e Macau. Sete tiveram mesmo de receber assistência hospitalar e, embora tenham recuperado, não terão levado a melhor recordação de Macau... S.T.

    Mais asas do que barriga – IDesde 29 de Abril que, supostamente, a Air Macau começou a operar três ligações aéreas semanais entre o território e a cidade vietnamita de Da Nang. Segundo a companhia aérea, os voos começaram a ser realizados às segundas, quartas e sextas-feiras. Até agora, a rota entre Macau e Da Nang apenas era explorada pela Vietnam Airlines, igualmente com três voos por semana.

    Mais asas do que barriga – IIMas quem quiser comprar um bilhete de avião para aquela cidade através do site da empresa de bandeira de Macau poderá ter algumas dificuldades porque ... o destino não está disponível. Ou seja, através do site não se consegue comprar um bilhete da Air Macau para Da Nang.

    Mais asas do que barriga – II“De Fonte Limpa” questionou a companhia que, através da porta-voz, esclareceu que apesar da rota ter sido iniciada a 29 de Abril ainda não existe um “escritório oficial em Da Nang”. “Portanto, a reserva e marcação deste voo não está disponível no nosso site de momento. Assim que os procedimentos de atendimento ao cliente estiverem prontos, vamos abrir as vendas dos voos no nosso site”, acrescentou a porta-voz. No entanto, e se a rota já está aberta, como comprar um bilhete para Da Nang? É um mistério, até porque a empresa também não respondeu a esta pergunta. H.A.

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    • • • EFECTIVAMENTE As personalidades que durante a semana passada se evidenciaram, pelas melhores e pelas piores razões

    Sou Ka HouResponsável por petição contra a violência doméstica

    Luiz Pedruco Fundador da Associação Macau Século 21

    Almeida Zacarias Machava, 1º doutorado em Direito pela UM

    Chan Hon Kit, Coordenador do Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas

    Lau Si IoSecretário para os Transportes e Obras Públicas

    Vandy Poon CEO da CTM

    Miguel de Senna Fernandes Encenador dos Dóci Papiaçám di Macau

    José Pereira Coutinho Deputado

    O jovem universitário SOU KA HOU lançou na internet uma petição para que o Governo considere a violência doméstica como um crime público no diploma que está a ser elaborado. Até à semana passada, a iniciativa deste também pré-

    candidato à Assembleia Legislativa (AL), já tinha reunido 500 assinaturas, maioritariamente da comunidade chinesa. Uma iniciativa importante numa altura em que o Governo parece preferir a “harmonia” à justiça.Ao longos dos tempos já nos habituámos a ver os espectáculos dos Dóci Papiaçám di Macau sempre cheios, e este fim-de-semana não foi excepção. Num espectáculo que se realiza uma vez por ano é de destacar a energia de MIGUEL DE SENNA FERNANDES que tem vindo a conseguir concentrar um conjunto de pessoas ao seu redor que têm como objectivo proteger e manter vivo o patuá. É certo que ainda há todo um longo caminho a percorrer mas a julgar pelo exemplo deste fim-de-semana poderá haver esperança.Foi lançada a associação Macau Século 21, pelas mãos de LUIZ PEDRUCO e outros 20 sócios. O candidato à AL diz querer que esta nova entidade continue para lá de 2049, ou seja, declara que não foi estabelecida tendo como meta as eleições que se aproximam. Nos estatutos da associação verifica-se que os objectivos são bastante alargados; um deles, inclui a promoção da integração e conhecimento mútuo das diferentes comunidades da RAEM. Mas o tempo encarregar-se-á de mostrar o que realmente será esta associação: se vai cumprir aquilo que se propôs ou se vai apenas ser mais uma, igual às muitas outras que por aí existem sem nunca terem saído do papel...ALMEIDA ZACARIAS MACHAVA já conseguiu fixar o seu nome na história da Universidade de Macau. Como? Foi o primeiro doutorado em Direito, por aquela instituição. Um motivo que dever ser alvo de regozijo, até porque este doutoramento teve a particularidade de ter sido feito em língua portuguesa.

    A Ilha da Montanha serviu e continua a servir como um engodo no discurso político. Mas no final de contas pode ver-se o que afinal representam os investimentos no território vizinho para as empresas de Macau: apenas 0,8%. Já se sabiam que as migalhas tinham ficado

    deste lado, mas neste caso coube à RAEM uma migalha microscópica. Os contratos atribuídos pelo Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, coordenado por CHAN HON KIT, foram quase todos parar a empresas de fora. Mas não só: há problemas de fiscalização, revisão de projectos com erros graves e uma empresa de consultadoria cujos sócios são figuras próximas de Chui

    Sai On... Se na Montanha é assim, como não será em relação a outros projectos. A semana foi rica em chuva e em inundações. É certo

    que a quantidade de água que caiu no território superou vários recordes e pelo menos num dia aconteceu o que

    não ocorria há 31 anos. Mas quase sempre que chove um pouco mais, as ruas da cidade transformam-se

    em canais. Onde estão os projectos da Secretaria para os Transportes e Obras Públicas, da responsabilidade de LAU SI IO, para travar as inundações nas zonas mais baixas? Pelo menos para a zona da Barra que há muitos anos que existem mas foram convenientemente arrumados na gaveta, porquê? Já se sabe que a natureza é imprevisível, mas ter capacidade de resposta e saber prever faz partes das responsabilidades da Administração, que

    neste caso tem falhado a cada chuvada. O CEO da CTM, VANDY POON, já anteriormente

    pediu desculpa pelas falhas de comunicação da responsabilidade da empresa. Desta vez, o

    problema não foi tão grave como os verificados anteriormente, mas é mais um para acrescentar na

    factura, cada vez mais gorda, desta operadora. Por que é que com tanta frequência ocorrem estas falhas é uma

    incógnita. Incompetência? Falta de pessoal especializado? Má gestão? Cabe à direcção da empresa identificar o que está mal e resolver a

    situação porque um serviço deste nível não é admissível para o tal território que ambiciona ser um centro de lazer e turismo a nível mundial. Helder Almeida

    Há meses, JOSÉ PEREIRA COUTINHO prometeu

    entregar na AL um proposta de lei por semana. Feitas as contas por alto não deve

    ter falhado muito a média. Se houve semanas em que não entregou nenhuma, outras houve em

    que entregou duas. Teria motivos eleitorais? A poucos meses das eleições o deputado garantiu que não... E

    assim disparou em todas as direcções, com várias propostas de lei, algumas mais preponderantes, fundamentadas e

    interessantes do que outras. Mas no final, o saldo não passou do ... zero. Até agora nenhuma proposta foi aprovada. Se o deputado tem razão quando justifica que é dever da função apresentar propostas, não poderia, porém, ter tido um pouco mais de tacto político na apresentação

    das mesmas, uma vez que não foi por eleitoralismo que as apresentou quase de seguida? Será que as propostas poderiam ter sido apresentadas

    mais espaçadamente? Assim, não foi só o deputado que perdeu, mas também

    Macau e quem aqui vive.

    Semáforos-IOs semáforos colocados na Avenida do Infante D. Henrique e na Avenida de Lisboa, mesmo em frente ao Grand Lisboa foram cobertos com sacos pretos, com uma palavra que diz “polícia”. Os motivos para que tal tenha sido feito não são bem claros e no local não existe qualquer explicação para a situação. E polícias a controlar as passagens também nem vê-los...

    Semáforos -IIPor isso, para quem quisesse atravessar uma daquelas avenidas durante este fim-de-semana a aventura estava garantida. A confusão foi muita, com os peões a tentar sobreviver a atravessar a rua sem levar em cima com nenhum autocarro ou outros veículos sempre muito apressados... H.A.

    Recordar Coimbra - IVárias dezenas de pessoas marcaram presença num jantar para recordar Coimbra. Ao som do fado foram-se concentrando e metendo a conversa em dia até à hora da refeição. Durante o jantar, que decorreu no Clube Militar, soltou-se ainda o tradicional “eferreá”, acompanhado alto e em bom som por todos os convidados.

    Recordar Coimbra - IIA noite de confraternização contou com vários momentos de grande alegria e boa disposição. Um dos destaques do evento foi o discurso realizado pelo professor Luís Oliveira Dias, que contou algumas histórias da sua passagem por Coimbra.

    Animado Carnavale no VenetianDurante o fim de semana e apesar dos ameaços da chuva, milhares de pessoas passaram pela zona do grande lago do Venetian, para comer, beber e divertirem-se. Foi um excelente aproveitamento do exterior do Venetian que, conjugado com a exposição de vinhos e comidas de várias proveniências deu uma grande animação ao COTAI, para além de ter contribuído para a divulgação dos vinhos europeus, os portugueses em especial. Um local muito agradável, mesmo em tardes e princípios de noite do calor macaense, que bem poderá constituir mais um motivo de atracção para um turismo mais familiar.

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    JOSÉ TAVARES EM ENTREVISTA AO JTM

    “O nosso amadorismo vai ter de acabar”

    Pedro André Santos

    Quais são as grandes priorida-des do Governo para este ano na área do desporto?- O “Desporto para Todos” tem sido

    uma tónica preponderante nos últimos anos após a realização dos grandes jogos que se fizeram em Macau. Em 2005 foram os Jogos da Ásia Oriental, em 2006 a Lu-sofonia, e em 2007 os Asiáticos de Recinto Coberto. A partir daí houve uma decisão política de investir mais na área. Surgiu uma maior aposta nessa área no senti-do de as pessoas poderem usufruir do investimento feito ao longo desses anos para aquelas três competições. A própria população está cada vez mais motivada e incentivada para a prática desportiva e as classes de manutenção que nós promove-mos estão sempre cheias, mas pelo limite físico não podemos abrir mais. Vê-se que a população está mais consciencializada para a prática desportiva e isso é bom si-nal, pois mostra que ao longo dos anos conseguimos incutir na sua vida quoti-diana uma prática saudável. E isso é bom para todos. Tem de ser feito ao longo dos anos, não se pode parar para que a condi-ção física da população possa continuar a melhorar.

    - E quais têm sido os resultados nesse âmbito?

    - Em 2010, quando fizemos uma análise estatística, constatou-se que a condição física da população de mé-dia e terceira idade tem melhorado. É pena que na idade jovem não aconte-ça, mas há uma justificação. Os miúdos têm um estilo de vida muito diferente do que era o nosso. Os “MacDonalds”, “Pizza Huts” e companhias têm muito dinheiro para fazer promoção ao lon-go dos anos para que eles mudem de ideias. Os computadores e telemóveis também têm tirado tempo à actividade física dos miúdos.

    - Na maior parte das culturas fun-ciona ao contrário, com os mais velhos a ficarem em casa e os mais jovens a irem para a rua fazer desporto...

    - Em Macau é um pouco diferente, existe um grande hábito de ginástica matutina, e isto tem sido implemen-tado há muitos anos. Se calhar é da própria cultura chinesa. Conseguimos manter esse hábito e diversificar para outros campos, como yoga ou tai chi, de que a população também gosta.

    Isso tem tido sucesso. - E em relação à alta competição?- Este ano temos para implementar

    um programa de apoio para atletas de elite de mérito. Já temos apoiado os atletas de uma outra forma, com um subsídio mensal consoante os resul-tados obtidos, mas desta vez fizemos uma ampliação para abranger o maior número de atletas possível em diversos escalões conforme os seus resultados para arranjarmos mais patamares para eles poderem subir. Este tipo de apoio tem de ser convertido em resultados, mas não podemos colocar um patamar muito acima do alcance dos atletas, se-não eles não vão usufruir dos benefí-cios. Fizemos algo melhor estruturado, desde juniores até seniores, consoante os seus resultados internacionais. Deci-dimos ter duas vertentes, uma em full--time e outra em part-time. Mas, para ter acesso ao regime de full-time, o atle-ta tem de completar a escolaridade até ao 12º ano porque não queremos incen-tivar os atletas a deixarem os estudos previamente. Esse programa também tem uma outra perspectiva, que é um incentivo para aqueles que consegui-ram, ao longo do seu percurso, ter mé-rito. O atleta pode escolher um curso de licenciatura e ter um ajuste das neces-sidades de concorrência para se poder relançar na sociedade. Temos um pro-grama de apoios de propinas e também uma mensalidade que ele já obteve du-rante o seu percurso como atleta.

    - De que tipo de valores estamos a falar?

    - Por exemplo, para um atleta que se tornou campeão asiático mundial

    e recebia mais de 20 mil patacas por mês, mas depois desceu, quando se re-tirar só conta esse montante máximo. E durante os anos do curso pagaremos mensalidade também para suportar despesas e um valor máximo de 100 mil patacas para propinas. Julgo que é um grande incentivo para um atleta jo-vem se concentrar e dedicar-se 100 por cento à alta competição.

    - Para que tipo de competições?- Qualquer que seja. Desde que

    tenha resultados nas competições in-ternacionais que delineámos, nomea-damente campeonatos do mundo e campeonatos asiáticos. Estamos empe-nhados nisto para que os atletas pos-sam colocar os seus objectivos mais à frente. O nosso amadorismo vai ter de acabar qualquer dia, porque os outros já não são amadores, somos os únicos, e isso não é justo. Não vamos pedir re-sultados aos nossos atletas sem condi-ções que os outros têm.

    - Mas, mesmo com amadores, Ma-cau também tem conseguido bons resultados a competir com profissio-nais...

    - Sim, mas esses resultados obtidos também antevêem apostas já feitas. Nas artes marciais tem havido uma grande aposta nos últimos anos por-que sempre mostrou resultados, e ti-vemos sorte de ter um bom treinador que conseguiu assegurar, ao longo dos anos, a continuidade de exibição da se-lecção, e isso é muito importante.

    - Têm recebido algum tipo de res-posta por parte dos atletas mais jo-vens?

    - Há sempre, mas temos que balan-

    çar o que eles pretendem ter e o que podemos dar. Tudo está conforme este novo programa, que tem um valor má-ximo e mínimo, e temos de respeitar os critérios.

    - Nas Linhas de Acção Governati-va, na parte do desporto, há uma refe-rência a um centro de estágio poliva-lente. Em que consiste?

    - Tudo isto é um pré-dispositivo para um dia termos em mãos um leque de atletas habilitados para poderem ir treinar ao centro do estágio, que é só para atletas de alta competição. O que está programado só deverá acontecer daqui a três anos, está projectado para 2016. Até lá vamos ter de trabalhar muito para ter um número suficiente de atletas que justifique a manutenção do centro de estágios. Não vamos lá meter qualquer “gato pingado”. Para isso serve este programa, para incenti-var os atletas a rumarem o seu futuro para essa direcção.

    - Várias entidades desportivas queixam-se da falta de instalações. Como vê essa situação?

    - Essa questão é muito difícil de re-solver. Temos o pavilhão de Mong Há em construção, que era um dos princi-pais pavilhões da cidade. Pelos vistos ainda vai demorar um bocado. Estava projectado para 2016 mas ainda tenho dúvidas, por isso ainda vamos ter de sofrer mais três anos. Quando estiver erguido posso garantir que vai resol-ver a maioria dos problemas porque vai ter mais cinco pisos do que tinha antes. Vamos ter muito mais espaços desportivos para acomodar mais mo-dalidades, especialmente o basquete-bol, voleibol e badminton.

    - E em relação ao hóquei de patins?- É outro problema que estamos a

    tentar resolver, se houver condições. Vamos tentar encontrar um espaço possível, senão também têm uma lo-calização que estamos a discutir. Antó-nio Aguiar [presidente da Associação da Patinagem] veio há dias apresentar cumprimentos ao Instituto do Despor-to porque a nova direcção foi eleita re-centemente, e também discutimos esse aspecto que nos preocupou muito e com razão. Outra forma é haver uma troca de horários de pavilhões para eles poderem usufruir mais do Colégio D. Bosco, que é um excelente pavilhão para a prática do hóquei de patins, e eles já estão habituados.

    - Não seria possível incluir esta modalidade também no pavilhão de Mong Há?

    - Quando foi feito o pavilhão já ti-nha o seu programa elaborado. O que se poderá aproveitar é a parte debaixo do piso, mas não posso confirmar por-que não é do meu pelouro. Julgo que isso tem de ser estudado.

    - Também há um projecto da Asso-ciação de Patinagem sobre uma pista junto do Estádio de Macau...

    - Esse projecto não foi aprovado, nem nunca vai ser aprovado. É uma insistência de António Aguiar, já tinha proposto isso quando era conselheiro e o Instituto do Desporto nunca deu aval a esse projecto porque tiraria espaço dos outros. Era o râguebi, futebol, ga-teball... Temos que estudar uma outra forma que seja uma “win-win situa-tion”, como se diz em inglês. Há ainda uma outra hipótese, não sei se é possí-

    O Instituto do Desporto (ID) aposta forte na juventude este ano, concedendo mais apoios para incentivar aqueles que querem optar pela profissionalização e representar Macau. José Tavares, vice-presidente do ID, falou ao JTM sobre projectos futuros para os próximos anos, analisando ainda algumas das principais carências desportivas actuais, com principal destaque para as instalações

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    vel, ainda vou ter que discutir isso com o António Aguiar. Há um ringue de patins que fizeram recentemente atrás da piscina de Hac-Sá, que ainda tem alguns defeitos, mas se for possível co-locar uma pista ao redor era excelente. Vou brevemente ter um contacto com os responsáveis do IACM para saber até que ponto isso é possível.

    - O futuro da patinagem passará então pelo D. Bosco ou por Hac-Sá?

    - O futuro, como diz o António Aguiar, é patins em linha, com velo-cidade, e por isso é preciso uma pista. E em Macau não há. Pegar num peda-ço de terreno só para construir uma pista não é viável, há falta de terreno até para a habitação, portanto é mui-to difícil. As instalações desportivas são um factor muito importante para o desenvolvimento desportivo, mas também são um ponto difícil de re-solver. Temos mais de 50 associações desportivas a competir nos mesmos espaços, e é uma dor de cabeça par-tir esse pequeno “bolo” para toda a gente.

    - E como lidar com a questão da chuva, que tem causado grandes es-tragos nos pavilhões, como aconteceu recentemente?

    - O pavilhão do Estádio de Macau ficou inundado, e como é de madeira começou a estalar. Vamos ter de reti-rar algumas vagas de inscrições para o andebol porque já não é possível usar aquele espaço, tal como outras moda-lidades rotineiras que vão ter que ser canceladas, durante dois ou três me-ses, até mudarmos o piso para um ma-terial de plástico que estará apto para futuras situações. Já foi autorizado pelo Secretário e o material já foi enco-mendado. É um material parecido ao

    que já temos mas que não é afectado pela água.

    - Não seria possível mudar essas modalidades para o pavilhão do Tap Seac?

    - Não dá porque também está sa-turado. Não temos instalações vazias, não temos o luxo como existe na China Continental, com instalações prontas para receber os atletas.

    - Ao nível do futebol, é possível haver uma profissionalização da mo-dalidade em Macau?

    - O profissionalismo do futebol, como se passa lá fora, é muito difícil de se implementar em Macau. Só para se ter um exemplo, cada clube da pri-meira divisão tem de ter o seu estádio e isso não é possível em Macau. Há equipas que querem tornar-se profis-sionais e contratar alguns jogadores profissionais, acho muito bem. Há um nível melhor de exibição do nosso fu-tebol aqui em Macau, isso é sempre louvável. Mas não podem dizer que o Governo tem de incentivar nesse sen-tido, porque o governo português não fez nada para ter os clubes naquela via profissional. As pessoas às vezes in-vertem as coisas, mas não é dever do Estado promover o desporto profis-sional, só deve promover e suportar o desporto amador.

    - Como vê então a situação do fute-bol no território?

    - Macau tem uma aderência his-tórica ao futebol ao longo dos anos porque Portugal ajudou. Eusébio veio cá várias vezes, foi uma euforia vê-lo jogar. Ao longo da história, o futebol tem sido muito amado pela popula-ção, e muito praticado também, mas as coisas têm de mudar. E ao mudar, as pessoas, como não conseguem dar

    José Tavares tem gosto pela prática do badminton, mas acaba também por sentir na pele o problema da falta de instalações desportivas em Macau. “É difícil, mas também não me importo de ir para a fila. Quando vou jogar com as minhas filhas tiro a senha e espero até ser-mos chamados. Cumpro as ordens, não vou por cima de ninguém por ser vice-presidente aqui da casa, até dou o exemplo”, referiu. A paixão por esta modalidade co-

    meçou desde os “15 ou 16 anos”, mas nunca sentiu que seria algo que pudesse fazer a nível profissional, não só porque “não havia condições para isso”, mas também porque começou tarde. Apesar de ser um tipo de des-porto difícil de praticar a nível profissional no território, congratula-se pelo facto dos jovens terem agora muitas oportunidades para seguir na via da profissionalização, o que acaba por ser muito positivo para Macau.

    Apaixonado pelo badminton

    a volta ao texto, olham para o Estado. Concordo que o amadorismo mude, mas como? A partir dos clubes? Têm meios para isso? Não têm. E todos têm o hábito de pedir ao Governo e isso não é correcto.

    - Muitos clubes queixam-se de jo-gar às duas horas da tarde, sobretudo em alturas que faz muito calor...

    - É outra questão por causa das ins-talações. Se tivéssemos mais campos haveria menos sobrecarga de horários, e os jogos seriam mais dispersos. Tam-bém não podemos deitar a culpa aos dirigentes da Associação de Futebol de Macau porque é o horário concedi-do pelo Instituto do Desporto. Se fos-se das duas às seis horas então fariam três jogos.

    - Mesmo assim o relvado até se vai aguentando bem com a sobrecarga de jogos. Como é isso possível?

    - Fizemos um investimento no tra-tamento da relva com uma equipa es-pecializada, e isso nota-se.

    - Há vários anos que se fala da pos-sibilidade de Macau integrar o Comi-té Olímpico Internacional. Tendo em conta os regulamentos, pensa que não será possível?

    - Não vamos continuar com essa tónica de que Macau tem de entrar no Comité Internacional. Houve tentati-vas feitas ao longo dos anos e demons-trámos os nossos trunfos, já conhecem perfeitamente como é o território. Com a questão da nova regulamentação, Macau nunca poderá ser membro do Comité Olímpico Internacional porque meteram uma alínea muito clara sobre Estados soberanos. Macau nunca vai ser, por isso, acabou.

    - Brevemente teremos o “Dia do Desafio”, em que Macau tem feito

    grandes resultados. Quais são as ex-pectativas?

    - Este ano será a primeira vez que Macau compete com duas cidades em conjunto. A nossa preocupação é que as pessoas estejam alertas sobre a acti-vidade física do dia-a-dia. É um incen-tivo que queremos incutir nas pessoas. Em vez de se meterem num táxi ou num autocarro podem andar. Macau não tem distâncias.

    - Posteriormente haverá as corri-das dos Barcos-Dragão. Há alguma novidade para este ano?

    - Penso que este ano teremos no-vamente a equipa indonésia masculi-na. Julgo que a sua participação é im-portante porque é a garantia de uma competição mais aguerrida. Vamos ter mais participação de equipas da Chi-na porque endereçámos mais convites para outras províncias para além de Cantão, e isto vai ser um desafio maior. Para o ano vamos ter o campeonato asiático ao mesmo tempo. Serão dois componentes de seguida, em 2014.

    - No calendário deste ano, quais são as outras competições desportivas que destaca em Macau?

    - Este ano vamos ter mais um cer-tame de voleibol, a 2, 3 e 4 de Agosto, com as selecções de Cuba, Holanda, China e Bulgária. Houve uma gran-de mudança na própria Federação de Voleibol com um novo presidente que quis investir mais na modalidade, abrangendo mais equipas a nível mun-dial, e por isso há mais quatro equipas no circuito.

    - E a possibilidade de ter uma nova fase final aqui no território?

    - Não é por acaso que se tem uma fase final, é preciso trabalhar para isso. Já tivemos há dois anos, se vol-tar a acontecer só daqui a alguns anos. Já tivemos duas finais e é um grande feito.

    - Há mais desafios no horizonte?- Temos muito trabalho daqui para

    a frente, quer em Macau, quer nas participações exteriores. Macau está lançado noutras organizações interna-cionais também, e o nosso presidente [Alex Vong] assumiu recentemente a tarefa da presidência da organização asiática do “Desporto para Todos”. Isso demonstra que, em poucos anos, Macau tem feito tanto que os outros consideram que merece a presidência neste organismo internacional.

  • Segunda-feira, 27 de Maio de 201306 JTM | LOCAL

    1ª Vez

    Execução Ordinária nº CV1-12-0094-CEO 1° Juízo Cível

    EXEQUENTE: 志遠博彩中介一人有限公司, com sede em Macau, na Alameda Dr. Carlos D’Assumpção, n.ºs 181-187, Edifício Centro Comercial do Grupo Brilhantismo, 10.º andar T.EXECUTADO: LAM MAO WONG, do sexo masculino, maior, titular do B.I.R.M. n.º 7xx4xx8(7), com última residência conhecida em Macau na Avenida Marginal do Lam Mau, n.º 176, Golden Bay Garden, 27.º andar B.

    Correm éditos de trinta (30) dias, a contar da segunda e última publicação do anúncio, citando o executado LAM MAO WONG, para no prazo de vinte (20) dias, decorrido que seja o dos éditos, pagar ao exequente a quantia de MOP$1,090,123.00 (Um milhão, noventa mil, cento e vinte e três Patacas) e legais acréscimos, ou no mesmo prazo, deduzir oposição por embargos ou nomear bens à penhora, sob pena de, não o fazendo, ser devolvido ao exequente o direito de nomeação de bens à penhora, seguindo o processo os ulteriores termos até final à sua revelia.

    Tudo conforme melhor consta do duplicado da petição inicial que neste 1.º Juízo Cível se encontra à sua disposição e que poderá ser levantado nesta Secretaria Judicial nas horas normais de expediente.

    E ainda que é obrigatória a constituição de advogado caso seja deduzido oposição.

    Macau, aos 20 de Maio de 2013.

    A Juiz,Ana Meireles

    O Escrivão Judicial Auxiliar,Carlos Assunção

    “JTM” - 27 de Maio de 2013

    TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

    ANÚNCIO Cumprimento de Obrigações Pecuniárias

    nº PC1-13-0050-COP Juízo de Pequenas Causas Cíveis

    Autor: BANCO WENG HANG, S.A., com sede em Macau, na 新馬路221號至241號.Réu: WONG YOON CHOY, com a última residência conhecida em Macau, na 307-309 Avenida Dr. Rodrigo Rodrigues, Edf. Keng Fung Hou Teng-Sun Fung, 4-andar-G, ora ausente em parte incerta.

    FAZ-SE SABER que nos autos, Juízo e Tribunal acima referidos, correm éditos de TRINTA (30) DIAS, contados da data da publicação do anúncio, citando o Réu WONG YOON CHOY, acima identificado, para querendo, no prazo de quinze (15) dias, findo o dos éditos, contestar, sob pena de, não a fazendo, prosseguindo os autos os seus ulteriores termos à sua revelia.

    O pedido formulado pelo Autor consiste na condenação do Réu a pagar a dívida e os juros de mora na quantia de MOP$4.136,17 (Quatro mil, cento e trinta e seis patacas e dezassete avos), a que acrescem os juros que se forem vencendo, à taxa de juros convencionais, após a propositura da acção e até integral pagamento, o respectivo imposto de selo que sobre os mesmos incide e, ainda, as custas e condigna procuradoria.

    Tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial, que se encontra nesta Secretaria do Juízo de Pequenas Causas Cíveis à disposição do citado.

    Para constar se lavrou este e outros de igual teor, que serão fixados nos lugares designados pela Lei.

    R.A.E.M., aos 9 de Maio de 2013.

    O Juiz,Chan Chi Weng

    A Escrivã Judicial Adjunta,Iong Mio Leng

    “JTM” - 27 de Maio de 2013

    TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO DE PEQUENAS CAUSAS CÍVEIS

    ANÚNCIO Direcção dos Serviços de FinançasAVISO

    COBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL

    1. Faço saber que, o prazo de concessão por arrendamento dos terrenos da RAEM abaixo indicados, encontra-se terminado, e, que de acordo com o artigo 3.º da Lei n.º 8/91/M de 29 de Julho, conjugado com o artigo 2.º e o artigo 4.º da Portaria n.º 219/93/M, de 2 de Agosto, foi o mesmo au-tomaticamente renovado por um período de dez anos a contar da data do seu termo, pelo que, deverão os interessados proceder ao pagamento da contribuição especial liquidada pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.

    Localização dos terrenos: - Estrada Marginal do Hipódromo, n.os 35 a 55, Rua Dois do Bairro de Iao Hon, n.os 2 a 22, Rua Quatro do Bairro de Iao Hon, n.º 82 e Avenida da Longevidade, n.os 7 a 21, em Macau.

    2. Agradecemos aos contribuintes que, no prazo de 30 dias subsequentes à data da notificação, se dirijam ao Núcleo da Contribuição Predial e Renda, situado no rés-do-chão do Edifício “Finanças”, ao Centro de Serviços da RAEM, ou, ao Centro de Atendimento da Taipa, para levantamento da guia de pagamento M/B, destinada ao respectivo pagamento nas Recebedorias dos referidos locais.3. Na falta de pagamento da contribuição no prazo estipulado, proceder-se--á à cobrança coerciva da dívida, de acordo com o disposto no artigo 6.º da Portaria acima mencionada.

    Aos 9 de Maio de 2013.A Directora dos Serviços de Finanças

    Vitória da Conceição

    Viviana Chan

    COMISSÕES DE CANDIDATURAS AVANÇAM HOJE

    CCAC investigaqueixas sobre eleições O Comissariado Contra a Corrupção registou cerca de duas dezenas de pedidos de informação e queixas relacionadas com as próximas eleições legislativas. Cinco denúncias estão a ser investigadas

    Em funcionamento durante 24 horas, a linha telefónica criada pelo Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) no âmbito da campanha “Eleições Limpas” já foi utilizada em 20 situações relacionadas com pe-didos de informação ou apre-sentação de queixas, noticiou o jornal “Ou Mun”, citando o Comissário Vasco Fong. Embo-ra os dados não especifiquem o número concreto de queixas, nem incluam detalhes, o CCAC já iniciou investigações sobre cinco denúncias.

    Vasco Fong confirmou ainda que o organismo recebeu duas queixas encaminhadas pela Comissão de Assuntos Eleito-rais da Assembleia Legislativa (CAEAL). No início do mês, a CAEAL tinha recebido um total de 10 queixas, 301 consultas e duas sugestões.

    Os dados do CCAC foram conhecidos numa altura em que o processo das eleições para a Assembleia Legislativa vai en-trar numa nova etapa. A partir de hoje e até 28 de Junho, os interessados em constituir co-missões de candidatura pode-rão apresentar os respectivos pedidos de reconhecimento no Balcão de Atendimento de As-suntos Eleitorais da Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP).

    No sufrágio directo, cada co-missão deve incluir um número mínimo de 300 e um máximo de 500 eleitores com capacida-de eleitoral activa. Além disso, os subscritores do pedido de reconhecimento da comissão de candidatura devem constar do caderno de recenseamento de pessoas singulares exposto em Janeiro deste ano e ter comple-tado 18 anos à data da assinatu-ra.

    Por outro lado, no sufrágio indirecto, cada comissão de candidatura deve ser constituí-da por um mínimo de 20% do total das pessoas colectivas do respectivo colégio eleitoral, ins-critas no referido caderno de re-censeamento.

    As comissões de candidatu-ra cuja existência legal seja re-conhecida, deverão, através dos seus mandatários, apresentar as suas candidaturas e os respecti-vos programas políticos até 8 de Julho.

    Em comunicado ontem di-vulgado, os SAFP recordaram ainda que cada subscritor só pode ser incluído numa lista, não sendo permitido qualquer aditamento ou substituição na lista de membros apresentada. Além disso, também não serão aceites candidaturas apresenta-da por comissões cuja existência legal não tenha sido reconhecida.

    SUSANA CHOU QUESTIONA CONCEITO DE HARMONIA E DENUNCIA ATAQUES

    “Governo esconde as coisas feias”A ex-presidente da Assembleia Legislativa diz ter sido alvo de comentários maliciosos e ataques pessoais depois de ter criticado o Governo no seu blog. Mas, Susana Chou promete que isso não a impedirá de expressar a sua opinião e volta a apontar o dedo ao Executivo e ao modo como encara a harmonia social

    No último texto publicado no seu blog pessoal, Susana Chou acusa os res-ponsáveis do Governo de Macau de interpretarem as críticas como uma espécie de desastre ou algo que visa prejudicar a harmo-nia social. Por isso, lamenta, o Executivo tende normalmente a suprimir as vozes críticas.

    “[O Governo] esconde as coisas feias de propósito e, quando já não as pode esconder mais, procura desculpas para escapar às res-ponsabilidades”, escreveu a antiga presidente da Assembleia Legislativa (AL).

    Para Susana Chou, é “ridículo” o modo como os membros da Administração encaram o conceito de harmonia social. “Esta harmonia foi conseguida em troca do avanço e segurança social, dos direitos dos cidadãos e do bem-estar do povo”, sublinha.

    A ex-líder da AL, que tem sido muito crí-tica sobre a actuação do Governo desde que

    começou a partilhar com os cibernautas ideias sobre livros e a sua experiência pessoal, lamen-tou ainda alguns comentários que lhe são diri-gidos quando aponta o dedo às autoridades de Macau. “Fiquei triste por ter recebido comentá-rios maliciosos e alguns até foram ataques pes-soais”, denunciou.

    Recordando que estão em causa assun-tos com os quais já não tem relação directa, a mesma responsável admitiu ainda que chegou a pensar que, “se calhar não é preciso insistir muito nisso”. Porém, confessa ter recupera-do a força anímica inspirada pelas obras de Zi Zhongjun, académica chinesa que frisa que o dinheiro não pode comprar o pensamento das pessoas.

    Aliás, a questão do dinheiro também é men-cionada no novo “post”, com Susana Chou a afirmar, com base na sua experiência de traba-lho de quase meio século em Macau, que a cor-rupção e os abusos de poder não são fenóme-nos recentes no território. “Embora Macau seja muito pequeno, infelizmente existiu sempre isso [corrupção e abuso de poder]”, disse.

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  • Segunda-feira, 27 de Maio de 2013 JTM | LOCAL 07

    ESTATÍSTICAS OFICIAIS DIVULGADAS PELA DSEC

    Ambiente cada vez mais doente

    Em Macau produz-se e queima-se cada vez mais lixo

    A pressão sobre o meio ambiente sobe sem parar em Macau. De ano para ano produzem-se mais resíduos sólidos e líquidos e a qualidade do ar deteriora-se sem parar. Destaque negativo para as chuvas ácidas que ocorreram em 73 dias de 2012

    As mais recentes estatísticas ofi-ciais relativas ao ambiente de Macau mostram que, em di-versos aspectos, o território está cada vez mais doente. No geral, em 2012, a qualidade do ar, piorou, produziu-se e queimou-se mais lixo e retiraram-se muitos mais peixes mortos do mar.

    Um dos pontos mais críticos que os números revelam prende-se com a qualidade do ar. Na estação de medi-ção da “Zona Norte” observaram-se 251 dias em que o ar foi de boa qua-lidade, enquanto na “Taipa Grande” foram 255. Em ambos os casos, cor-responde a 69,7% do total dos dias de 2012, porém, face a 2011, equivale a uma diminuição de 13,8 e 11,6 pontos percentuais, respectivamente. Além disso, nas estações da “Zona Norte” registou-se ar de má qualidade em oito dias, na “Taipa Grande” em sete dias e no “Parque Industrial da Con-córdia” num dia.

    No que concerne à concentração de poluentes no ar verificou-se que em dois dias os valores observados de partículas inaláveis em suspensão (diâmetro menor a 10 minómetros) fo-ram superiores ao valor guia (máximo de 150 microgramas por metro cúbico por dia). E a partir de Julho de 2012, observaram-se 32 dias com partículas finas em suspensão (diâmetro menor a 2,5 minómetros) superiores ao valor guia (máximo de 75 microgramas por metro cúbico por dia).

    Observaram-se valores de partícu-las sedimentáveis superiores ao valor guia (máximo de 6.000 miligramas por metro quadrado, em cada 30 dias) na estação de “Ká-Hó” durante sete meses, mais quatro do que o que foi verificado em 2011. O valor máximo de partículas sedimentáveis (19.027 miligramas) registou-se em Julho em ambas as estações, tendo ultrapassa-do, acentuadamente, o valor padrão em 217,1%.

    Registaram-se ainda 73 dias em que a chuva foi ácida (o valor de pH foi inferior a 5,6).

    Ao nível da água, retiraram-se do mar sobretudo peixes mortos e jacin-tos de água, num total de 285 tonela-das de resíduos, equivalentes a um aumento expressivo de 61,9%, face a 2011.

    Das amostras de água do mar re-colhidas nas praias de Cheoc Van e de Hac Sá, durante a época balnear de 2012, a maioria dos resultados das

    análises corresponderam ao “padrão de qualidade da água do mar da Chi-na Continental”. Mas o item de aná-lise “concentração de azoto inorgâni-co” excedeu o limite. O valor médio foi mais de três vezes superior ao va-lor permitido.

    Em 2012, a produção de resíduos domésticos (183 mil toneladas) e, re-síduos comerciais e industriais (107 mil toneladas) subiram 10,3% e 9,7% relativamente a 2011.

    Incineraram-se 366 mil toneladas de resíduos, que corresponderam a um acréscimo de 11,1% em relação a 2011. Após a incineração de resíduos sólidos obtiveram-se 80 mil toneladas de subprodutos, ou seja, mais 8,7%. Foram ainda transportados para o aterro 2,42 milhões de metros cúbicos de resíduos de materiais de constru-ção, que aumentaram 49,6%, face a 2011.

    Para reciclagem, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental recolheram um total de 488 toneladas de resíduos de papel, 64 toneladas de resíduos de plástico, bem como 32 toneladas de resíduos de materiais metálicos e 520 mil uni-dades de recipientes metálicos.

    Mais água nos reservatóriosA Estação de Tratamento de Águas

    Residuais (ETAR) da Península de Macau tratou diariamente 92 mil me-

    tros cúbicos de resíduos líquidos pelo processo básico e 68 mil pelo biológi-co. Refira-se que entre os testes efec-tuados em 2012, a carência bioquími-ca de oxigénio, a carência química de oxigénio, os sólidos suspensos totais, bem como os óleos e gorduras regis-taram valores médios diários superio-res aos máximos admissíveis.

    O volume dos líquidos residuais resultantes do processo de tratamento biológico na ETAR das ilhas da Tai-pa foi de 21 mil metros cúbicos por dia, mais 14,6%, e em Coloane de 20 mil, ou seja, mais 16,6%, face a 2011. Os resultados de todos os testes ela-borados à concentração de efluentes na ETAR da Taipa corresponderam às normas de emissão. Em contraparti-da, os valores médios diários dos só-lidos suspensos totais, assim como de óleos e gorduras na ETAR de Coloa-ne excederam as normas de emissão, salientando-se que os valores de óleos e gorduras ultrapassaram mais de três vezes o valor padrão.

    Por outro lado, foram retirados 12 mil baldes de lamas da rede de dre-nagem, representando uma subida de 7,9%, face a 2011.

    Devido ao aumento da pluviosi-dade, no ano passado a água do Re-servatório do Porto Exterior subiu no-tavelmente 111,1% e em Seac Pai Van 98,7%, face a 2011. A fonte Modaomen

    forneceu directamente 85,66 milhões de metros cúbicos de água não potá-vel captada no território de Macau, mais 7,9% comparativamente ao ano de 2011.

    Já o consumo total de água atingiu 84,58 milhões de metros cúbicos, au-mentando 9%.

    Ao nível das espécies de aves há, porém, uma boa notícia: aumentaram de 96 em 2011, para 122 em 2012, dado que muitas aves migratórias visita-ram Macau no Inverno.

    Outros dados, mostram que du-rante 2012 a temperatura média foi de 22,3ºC, mais de 0,4ºC face aos 21,9ºC observados em 2011.

    No ano em análise Macau teve 1.545,3 horas de insolação, equivalen-tes a uma diminuição de 300,7 horas, em relação ao ano de 2011 e menos 228,6 horas face ao valor médio dos 30 anos compreendidos entre 1981 e 2010.

    No ano em análise verificou-se ainda precipitação durante 165 dias, ou seja, mais 40 dias em comparação com 2011. A precipitação total atin-giu 1.556,0 mm, aumentando 14,1%. Porém, desceu 502,1 mm face ao va-lor médio registado nos trinta anos atrás mencionados. O maior número de dias com precipitação (22 dias) e a maior pluviosidade (394,4 mm) regis-tou-se em Julho. H.A.

    512 veículos por quilómetro de estradaAté ao fim de 2012 havia 217 mil veículos em circulação no território, mais 5,3% em relação ao fim de 2011. A extensão rodoviária correspondeu a 417,4 km e a densidade de veículos em circulação atingiu 521 veículos/km, ou seja, aumentou 5% face ao ano de 2011, respectivamente.

    Dúvidas sobre estudo

    O presidente da Sociedade de Ecologia de Macau, Ho Wai Tin, manifestou dúvidas em relação aos resultados do estudo que mostra que Macau ocupa o primeiro lugar na competitividade ecológica, entre cidades chinesas. Segundo disse ao jornal Ou Mun, é preciso que haja divulgação dos critérios de avaliação deste estudo, para que os cidadãos e os profissionais desta área percebam os resultados. V.C.

  • 08 JTM | LOCAL Segunda-feira, 27 de Maio de 2013

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    ICE E KETAMINA ORIGINAM TRÊS DETENÇÕES

    Alunas juntaram dinheiro para comprar drogasA PJ interceptou uma estudante de 19 anos com “ice” e “ketamina” nas Portas do Cerco. A jovem confessou que ela e duas amigas juntaram dinheiro para poder comprar as drogas em Zhuhai

    Vendedor “bate”com carro de clientee “colecciona” multasUm homem foi detido pela Polícia Judiciária (PJ), de-pois de ter falhado o com-promisso de vender um carro avaliado em 60 mil patacas, com o qual acabou ainda por ter um acidente. Segundo a PJ, a queixa foi apresentada por uma re-sidente que indicou que o suspeito apresentou-se como vendedor de auto-móveis e ofereceu-lhe aju-da para vender o carro, em Dezembro de 2012. O ven-dedor teve entretanto um acidente com o automóvel, mas prometeu arranjá-lo por forma a concretizar a venda. No entanto, uma vez que o caso não foi re-solvido até Abril, a mulher apresentou queixa e fez-se acompanhar de agentes até ao suposto “stand” do suspeito. Como o homem não se encontrava naquele local, a polícia deslocou-se à sua morada onde proce-deu à detenção. O suspeito declarou que o automóvel estava num parque de es-tacionamento, mas não o podia ir buscar devido ao acidente sofrido uns me-ses antes. Admitiu ainda que já tinha cerca de 3.600 patacas em multas por pa-gar. S.D.

    Mais três alunas apanhadas nas “malhas” da droga

    A Polícia Judiciária (PJ) deteve três jo-vens, de 18 e 19 anos, por suspeitas de consumo e tráfico de droga.Após terem recebido uma informação

    sobre o caso, inspectores da PJ deslocaram--se ao posto fronteiriço das Portas do Cerco e conseguiram deter uma das jovens que re-gressava ao território.

    Durante a revista, a PJ encontrou dentro da mala da jovem 2,27 gramas de “ice” e 13,20 gramas de “ketamina”. A droga está avaliada em cerca de 10 mil patacas.

    A estudante acabou por revelar que ela

    e duas amigas juntaram dinheiro para a compra dos estupefacientes em Zhuhai, mas assegurou que as drogas destinavam-se ape-nas a consumo próprio.

    A polícia entregou as três jovens ao Mi-nistério Público.

    Mais “ketamina” apreendidaNoutro caso que também envolve o con-

    sumo ilícito de estupefacientes, a PJ deteve uma residente de 21 anos que atravessava a fronteira com 2,41 gramas de “ketamina”.

    A suspeita assumiu ter comprado a dro-ga em Zhuhai, mas também garantiu que era para consumo próprio.

    Na Avenida Tamagnini Barbosa, as auto-ridades também detiveram uma mulher de 28 anos por suspeita de consumo e tráfico de droga. A mulher levantou suspeitas de-vido à sua “conduta duvidosa” e foi inter-ceptada pelos agentes.

    No apartamento da suspeita, os inspec-tores da Judiciária encontraram 0,59 gramas de “ice”, 2,94 gramas de “ketamina” e vá-rios instrumentos usados para consumo de drogas.

    S.D.

    Desmantelada rede de apostas ilegais

    O alegado líder de uma rede de apostas ilegais em jogos de futebol foi detido em Macau a 28 de Abril, anunciaram as autoridades locais, acrescentando que o suspeito tem 49 anos, é residente de Cantão e já foi entregue às autoridades do Continente. A operação inseriu-se no âmbito de uma operação lançada pela polícia de Cantão que levou à detenção de 157 suspeitos, ao congelamento de mais de 132 milhões de yuans em contas bancárias e apreensão de computadores, cartões de crédito e outros equipamentos usados para as apostas. Segundo a imprensa oficial chinesa, o valor total movimentado nas apostas terá superado 100 mil milhões de yuans e o esquema atraiu cerca de 100 mil apostadores.

    ADMITEUM AUXILIAR DE SERVIÇOS(Referência n.º 002/2013-SAD)

    Funções genéricas:• Desempenho de funções de natureza executiva de carácter manual ou mecânico.Função específica:• Contínuo.Natureza do vínculo:• Contrato individual de trabalho a termo certo por dois anos, renovável por períodos iguais.Retribuição mensal:• MOP9.099,00 (nível 1) do Grupo I (Auxiliar de serviços)Regalias:• 14 (catorze) meses de retribuição (incluindo um a título de subsídio de férias e outro como gratificação de Natal);• 30 dias de férias anuais; e• Seguro de saúde para assistência médica, medicamentosa e hospitalar, segurança social (nos termos da legislação aplicável),

    participação em fundo privado de pensões (plano de contribuição definida) e demais regalias fixadas no contrato individual de trabalho).

    Requisitos gerais de candidatura:• Ser residente permanente na Região Administrativa Especial de Macau que reúna os requisitos gerais para o desempenho

    de funções públicas;• Ter como habilitações mínimas o 6.º ano de escolaridade ou equiparado; e• Ser titular de carta de condução válida de motociclo e veículo ligeiro.Factores de preferência:• Conhecimento básico das línguas portuguesa e inglesa.Prazo de validade do concurso de admissão:• 12 (doze) meses, terminando a 31 de Maio de 2014.Selecção:• A selecção dos candidatos admitidos é efectuada em três fases: apreciação dos currículos, prova escrita de conhecimentos e

    entrevista. O acesso à 2.ª fase e à 3.ª fase é condicionado pela passagem na 1.ª fase.Prazo para apresentação de candidaturas:• Até ao dia 28 de Junho de 2013.Documentos a apresentar:• Requerimento, conforme impresso a solicitar à AMCM ou a imprimir do “website” (http://www.amcm.gov.mo) desta en-

    tidade;• Cópias autenticadas do documento de identificação e dos documentos comprovativos das habilitações académicas e profis-

    sionais exigidas, podendo a autenticação ser efectuada pela AMCM, ou pelo serviço público onde o original esteja arquiva-do, ou por notário (público ou privado); e

    • Nota curricular.Formalização das candidaturas:Os interessados devem formalizar a sua candidatura mediante a apresentação do requerimento anteriormente mencionado e:(i) Entregar pessoalmente o mesmo e os restantes documentos exigidos no “Serviço de Gestão dos Recursos Humanos” da AMCM, sita na Calçada do Gaio, n.º 24-26, em Macau; ou(ii) Enviar essa documentação por correio registado com aviso de recepção para o destinatário e endereço indicados em (i), devendo no envelope indicar-se “Ref. 002/2013-SAD”); ou(iii) Enviar essa documentação (no formato PDF) por via electrónica para “[email protected]”, devendo indicar-se “Ref.002/2013-SAD”, não se responsabilizando a AMCM pela não recepção dos documentos em causa, devendo o candidato certificar-se, pessoal ou telefonicamente (Tel: 83952113 ou 83952220), dessa recepção e apresentar, posteriormente, os documentos de que se exige a autenticação, até ao dia 28 de Junho de 2013.Notas Finais:• Todas as informações de natureza pessoal entregues na AMCM ficam sob a alçada da “Lei de protecção dos dados pessoais”,

    sendo classificadas como “confidenciais” e destinam-se, única e exclusivamente, para efeitos do concurso em apreço; e• O “Regulamento de recrutamento de pessoal” para a AMCM está disponível no “website” desta entidade (http://www.

    amcm.gov.mo), ou pode ser pedido expressamente pelo candidato. Quaisquer informações respeitantes à composição do júri, local de consulta das listas provisória e definitiva dos candidatos e quaisquer outras informações/ esclarecimentos podem, igualmente, ser solicitados pelo candidato.

    Requerimento para a emissão do certificado de associação para efeitos das eleições para a Assembleia Legislativa - 2013

    A Direcção dos Serviços de Identificação (DSI) solicita a atenção das associações e organizações, que pretendam requerer o certificado da associação para efeitos das eleições para a Assembleia Legislativa - 2013, para o seguinte:

    1. As associações e organizações devem formalizar, atempadamente, junto da DSI, o requerimento para a emissão do certifi-cado de titulares dos órgãos sociais para efeitos das eleições para a Assembleia Legislativa - 2013.Aos requerimentos apresentados já com todos os documentos necessários no dia 18 de Junho de 2013 ou antes desta data, será garantida a emissão do respectivo certificado antes do dia 28 de Junho de 2013, data em que termina o prazo de entrega do referido certificado ao SAFP para o “Pedido de Reconhecimento de Constituição de Comissão de Candidatura”.

    2. Caso queiram solicitar o referido certificado para ser entregue no SAFP para a apresentação da relação dos votantes da pessoa colectiva, as associações ou organizações devem dirigir-se, quanto antes, à DSI para formalizar o requerimento da emissão do certificado.Aos requerimentos apresentados e devidamente instruídos no dia 22 de Julho de 2013 ou antes desta data, será garantida a emissão do certificado antes do dia 1 de Agosto de 2013, data em que termina o prazo de entrega do referido certificado ao SAFP para efeitos da inscrição dos votantes de pessoa colectiva.

    3. O certificado dos titulares dos órgãos sociais poderá ser usado simultaneamente para fins indicados nos pontos n.º 1 e n.º 2, isto é, caso as associações ou organizações tenham requerido o respectivo certificado para a instrução do “Pedido de Reconhecimento de Constituição de Comissão de Candidatura”, não é necessário requerer outro certificado para inscrição dos votantes de pessoa colectiva.

    4. Para os requerimentos apresentados depois das datas acima indicadas ou com documentação incompleta, a DSI vai acom-panhá-los com o maior esforço.

    5. Do certificado a emitir constará somente a relação dos titulares dos órgãos sociais em efectividade de funções em 11 de Março de 2013. Caso a acta da reunião apresentada no requerimento do certificado demonstre que os actuais membros do corpo gerente das associações ou organizações iniciaram as suas funções depois de 11 de Março de 2013, a respectiva acta será considerada inaplicável.

    6. O pedido para emissão do certificado sobredito faz-se mediante:• O preenchimento do impresso próprio para “Pedido de Certificado de Associação” fornecido pela DSI (pode ser

    obtido através do website da DSI: http://www.dsi.gov.mo);• O pedido é assinado pelo presidente da assembleia geral ou da direcção da associação requerente ou pelo seu procu-

    rador, e aposto o carimbo da associação;• O pedido deve ser acompanhado dos seguintes documentos: - Acta da sessão da assembleia geral para eleições dos titulares dos órgãos sociais; - Fotocópias dos documentos de identificação dos titulares dos órgãos sociais; - Procuração, quando o pedido for assinado pelo representante designado pelo presidente da assembleia geral ou

    da direcção da associação requerente.

    Não é necessário a entrega dos documentos acima referidos se tenham já efectuado a actualização do registo dos mesmos na DSI, entretanto podem as associações ou organizações requerentes juntá-los novamente ao requerimento para evitar morosidade, caso hajam erros nos documentos anteriormente apresentados.

    Para mais informações sobre o requerimento do certificado de associação destinado às eleições para a Assembleia Legislativa, podem ligar para o número 83940579. Direcção dos Serviços de Identificação, aos 22 de Abril de 2013.

    O Director,Lai Ieng Kit

    Direcção dos Serviços de Identificação

  • Segunda-feira, 27 de Maio de 2013 JTM | LOCAL 09

    MAIS PROBLEMAS NO FIM-DE-SEMANA

    Nova chuva de protestos por causa das inundaçõesO fim-de-semana trouxe outra vez sinal de tempestade e as fortes chuvas voltaram a inundar alguns pontos do território. Na manhã de sexta-feira as escolas tiveram ordem para encerrar e vários deputados e responsáveis de associações reagiram a mais episódios de inundações, apontando o dedo ao Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais por falta de planeamento

    A chuva não deu tréguas, mais uma vez. Na sexta-feira Macau acordou com fortes chuvas e si-nal de tempestade que conduziu, in-clusivamente, ao encerramento das es-colas. No sábado, o mesmo cenário. As inundações voltaram a marcar o ritmo dos residentes, em especial nas zonas já sinalizadas, no Porto Interior e também na Taipa.

    As reacções não se fizeram esperar. Numa interpelação escrita dirigida ao Executivo, o deputado Ung Choi Kun sugeriu uma melhoria do planeamento dos esgotos no território. Analisando que na origem destes acontecimentos podem estar várias razões, defende que a razão principal sempre foi a fraca da rede de esgotos.

    O deputado refere-se a uma respos-ta das autoridades a uma interpelação escrita que redigiu no ano passado, na qual era revelado que o Governo ia ter um banco de dados sobre as redes de es-gotos em Macau.

    Além disso, segundo o deputado, afirmava que o Instituto para os Assun-tos Cívicos e Municipais (IACM) supe-rintende o mecanismo de inspecção dos esgotos. Mas Ung Choi Kun é de opinião que depois de uma chuva intensa, Ma-cau transforma-se numa cidade de inun-dações, sendo “necessário rever o actual mecanismo e planeamento dos esgotos”.

    O vice-presidente da União Geral das Associações dos Moradores de Ma-cau, Ho Chong Chun, também ques-tionou as autoridades sobre o atraso da construção da estação de bombeamen-to. De acordo com o jornal Ou Mun, o IACM planeia construir uma estação de bombeamento na Baía Norte do Patane. A ideia é aliviar as inundações na zona da Avenida Horta e Costa e Fai Chi Kei.

    Segundo disse o responsável dos Kai Fong, o referido plano já foi apresenta-do no Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Zona Norte em 2011, mas até agora não foi iniciado o projec-to. Ho Chong Chun indicou que o site do IACM mostra a suspensão do plano, o que é “inaceitável”.

    Por outro lado, a outra estação de bombeamento construída no Fai Chi Kei em 2003, com objectivo de minimizar as inundações em San Kio, parece não ter conseguido resolver o problema naque-la zona.

    Quanto às inundações que se vão ve-rificando ao longo dos anos no territó-rio, manifestou o seu descontentamento quanto às reacções do Governo, porque as promessas não foram cumpridas.

    A deputada Kwan Tsui Hang tam-bém teceu críticas em relação às inun-dações numa interpelação escrita, sublinhando que continuam a faltar ins-truções claras para garantir a segurança dos trabalhadores. Segundo a investiga-ção a que se refere, além dos emprega-dores comprarem o seguro extra, os aci-dentes no caminho para o trabalho não estão no âmbito do regime de acidentes de trabalho. Deste modo, os trabalhado-res do território não estarão protegidos

    nessa situação, sobretudo durante os pe-ríodos de tempestades e tufões.

    Kwan Tsui Hang indica que a Autori-dade Monetária revelou no ano passado

    que estava a discutir com a Associação de Seguradoras de Macau sobre a inte-gração desta situação no seguro dos tra-balhadores. No entanto, até ao presente,

    não se conhece nenhuma conclusão. A deputada questionou igualmente o ca-lendário para a legislação sobre esta ma-téria.

    Viviana Chan

    Inundações voltaram a afectar várias zonas do território na sexta-feira e sábado

  • 10 JTM | PUBLICIDADE Segunda-feira, 27 de Maio de 2013

  • Segunda-feira, 27 de Maio de 2013 JTM | LOCAL 11

    FOTO

    ARQ

    UIVO

    A despesa “per capita” dos visitantes chegados a Macau no primeiro trimes-tre do ano aumentou 8% face ao período homólogo do ano passado, si-tuando-se nas 2.046 patacas. De acordo com os resultados do Inquérito às Despesas dos Visitantes - publicados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) - os visitantes do Interior da China, principal “fonte” do turismo de Macau, foram os que mais gastaram com uma despesa “per capita” na ordem das 2.640 patacas. No caso dos visitantes do Continente com visto individual o valor foi, no entanto, um pouco mais alto: 2.993 patacas.

    Entre os mais gastadores constam ainda os visitantes de Singapura (1.692 pa-tacas), Malásia (1.553), Japão (1.532) e Tailândia (1.520).

    Entre Janeiro e Março, a despesa total dos visitantes (excluindo a despesa em jogo) cifrou-se nos 14,5 mil milhões de patacas, correspondendo a um aumento de 10% face ao primeiro trimestre de 2012. A despesa dos turistas atingiu 12,2 mil

    milhões de patacas e a dos excursionistas 2,3 mil milhões.Os visitantes chegados a Macau efectuaram gastos essencialmente em com-

    pras (50%) - sobretudo em vestuário (22%), alimentos/doces (20%), bem como em jóias/relógios (19%) -, alojamento (23%) e alimentação (20%).

    Segundo os resultados obtidos através do “Inquérito aos Comentários dos Visitantes”, os visitantes ficaram satisfeitos com os serviços prestados pelos ho-téis (93%) e com os serviços prestados pelas agências de viagem (93%), indicou a DSEC em comunicado, no qual informa ainda que seis por cento dos entre-vistados sugeriram melhorias no serviço de transportes públicos. Já cinco por cento dos inquiridos comentaram serem “insuficientes” os lugares turísticos do território.

    Mais de 9,4 milhões de pessoas visitaram Macau até Abril, uma queda de 1,6% face ao apurado nos primeiros quatro meses de 2012, segundo estatísticas oficiais.

    GASTOS “PER CAPITA” ESTIMADOS EM 2.046 PATACAS

    Despesa dos visitantes subiu 10%Os visitantes do Continente chinês continuam a ser os que mais “puxam os cordões à bolsa” em Macau, revelam dados dos primeiros três meses deste ano

    Fátima Almeida

    PLANO DE ACTIVIDADES ARRANCA EM SETEMBRO

    Património vai ser fomentado nas escolasA partir de Setembro, os mais novos vão participar num programa de sensibilização para a protecção do Património com iniciativas lúdicas. Noutra frente de trabalho, responsáveis de mais de 40 templos receberam uma lista provisória com instruções contra incêndios e dez já deram pareceres ao Instituto Cultural. O organismo pretende ouvir várias opiniões para elaborar um plano final, que embora não defina sanções prevê a publicação dos nomes dos espaços que quebram as regras

    Aproximar o Património Cultural dos mais jovens é uma das políticas inscritas nas LAG para 2013

    1600 pessoas colectivas do sector cultural podem renovar “recenseamento

    As pessoas colectivas do sector cultural terão de pedir a renovação do reconhecimento para que possam votar nas próximas eleições legislativas, em Setembro. O Instituto Cultural contabilizou 168 pessoas colectivas pertencentes ao sector cultural. Os pedidos de renovação têm de ser feito de cinco em cinco anos, para que haja um novo reconhecimento.

    IC só dará apoio técnico na remodelação de Teatro

    O Conselho Consultivo de Cultura também abordou o projecto de remodelação do Teatro Chin Ping, localizado no Centro Histórico de Macau, durante a reunião da sexta-feira. Os trabalhos de recuperação para transformar, por exemplo, o espaço num palco para a ópera chinesa vão ficar a cargo de uma associação privada, sem o contributo financeiro do Governo. “O responsável é uma empresa particular, daremos apenas apoio técnico”, disse Boyce Lam, do departamento de Trabalhos Especiais do Instituto Cultural (IC). Segundo referiu outro responsável do IC, durante a conferência de imprensa, a população mostrou-se preocupada com o erário público que iria ser gasto, mas neste caso, o organismo assegura que não precisará de investir dinheiro na recuperação. Apesar de ser uma obra cara, o IC acredita que a companhia Cultural Ching Ping, que tem a cargo o Teatro, possui capacidade financeira para avançar com a remodelação. Esta companhia celebrou um contrato de arrendamento de longa duração e colabora com o IC na manutenção da estrutura original do teatro.

    Para cativar os mais novos a co-nhecer e preservar o Património Cultural que os rodeia, o Instituto Cultural (IC) lançou um inquérito às es-colas para apurar as formas mais criati-vas de ensinar a História local. “Fizemos o inquérito junto de mais de 40 escolas e posteriormente iremos elaborar um pro-grama para promover o Património Cul-tural”, referiu o chefe de departamento do Património Cultural do IC.

    “Sabemos que muitas escolas estão interessadas em desenvolver este projec-to e, por isso, consideramos que é uma boa oportunidade para o implementar”, acrescentou Cheong Cheok Kio.

    Para já a iniciativa, que arranca em Setembro, vai ser desenvolvida apenas nas escolas geridas pelo Governo. “Este programa será implementado no final de Setembro e já coordenámos com a Direc-ção dos Serviços de Educação e Juven-tude que vamos primeiro desenvolvê-lo nas escolas do Governo e no Conserva-tório e só depois lançá-lo noutros esta-belecimentos de ensino”, referiu por sua vez o chefe dos trabalhos especiais do IC. “Vamos dar mais importância ao carácter interactivo das actividades, organizando

    palestras para pequenos grupos, por isso vamos iniciar só com os 7º e 8º anos”, es-pecificou Boyce Lam.

    Aproximar o Património Cultural dos mais jovens é uma política que está in-cluída nas Linhas de Acção Governativa para 2013, mas o IC espera que o progra-ma interactivo em elaboração possa con-tinuar nos próximos anos.

    Lançado plano contra incêndios nos templos

    As chamas que deflagraram no tem-plo de Na Tcha, em Abril, funcionaram como um alerta para a necessidade de reforçar a protecção do Património. O IC está a elaborar uma lista de instruções contra incêndios para que os responsá-veis pela gestão dos espaços de culto pos-sam seguir. Segundo explicou Ung Vai Meng, mais de 40 templos receberam um formulário provisório sobre o qual tece-rão opiniões tidas em conta para elaborar a versão final.

    “Já distribuímos todas as informações e esperamos que os templos possam dar o seu parecer, porque cada templo é dife-rente, portanto, a partir do esboço pode--se adaptar uma versão melhorada”, re-feriu o presidente do IC, acrescentando que haverá dois tipos de listas. “Depois de recolhermos todas as respostas vamos elaborar instruções gerais e outras especí-

    ficas de acordo com as características dos espaços”.

    As instruções, que os responsáveis dos templos ficarão obrigados a seguir, são independentes da legislação e para já não incluem sanções administrativas. Só o diploma de Salvaguarda do Património Cultural, que está em análise na especia-lidade na Assembleia Legislativa, poderá servir de base para punir quem não ze-lar pelo legado histórico. “Estas instru-ções não estão relacionadas com a Lei de Salvaguarda do Património”, esclareceu Ung Vai Meng.

    O responsável pelo IC colocou a tó-nica na vertente educativa já que a pre-servação depende também das práticas conscientes de quem frequenta ou visita os templos. “Para além da emissão de instruções também é muito importante reforçarmos a vertente educativa e vamos fazê-lo com os particulares no sentido de salvaguardar o Património”, disse Ung Vai Meng, ao sublinhar que os cidadãos têm de mudar alguns hábitos de utiliza-ção destes espaços.

    O IC esteve reunido com os repre-

    sentantes dos templos no mês passado para começar a divulgar a primeira ver-são da lista de instruções e pedir que lhe fosse remetida uma opinião. “No dia 20 de Abril convidámos responsáveis de mais de 40 templos para uma reunião de modo a discutirmos as medidas de pro-tecção e gestão dos templos”.

    Segundo este organismo, dez dos templos já remeteram as suas opiniões e as normas serão posteriormente fixadas. Embora a medida não tenha um carácter sancionatório, a quebra destas normas irá implicar a publicação do seu nome, acto “de natureza condenatória”. O IC sublinhou que o objectivo é que todos os templos tenham um manual de seguran-ça contra incêndios para que haja “uma gestão rigorosa” desses espaços.

    Os responsáveis do IC avançaram es-tas medidas depois da reunião do Con-selho Consultivo de Cultura que contou com a presença do Secretário para os As-suntos Sociais e Cultura. Durante a ses-são plenária foi feito um balanço positivo do “desenvolvimento cultural” ao longo deste ano.

  • 12 JTM | PUBLICIDADE Segunda-feira, 27 de Maio de 2013

    (Publicações ao abrigo do artigo 76 do R.J.S.F., aprovado pelo Decreto-Lei Nº. 32/93/M, de 5 de Julho)

    Gerente Sucursal: Lam Keng Iong O Chefe da Contabilidade: Lo Wai Ho

    Demonstração de Resultados de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2012 Balanço em 31 de Dezembro de 2012

    Haitong - Companhia De Valores Internacional, Lda., Sucursal de Macau

    SINTESE DO PARECER DOS AUDITORES EXTERNOS

    Para a Gerência da Haitong – Companhia de Valores Internacional, Limitada – Sucursal de Macau

    As demonstrações financeiras resumidas anexas da Haitong – Companhia de Valores Internacional, Limitada – Sucursal de Macau (a Sucursal) referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 resultam das demonstrações financeiras auditadas e dos registos contabilísticos da Sucursal referentes ao exercício findo naquela data. Estas demonstrações financeiras resumidas, as quais compreendem o balanço em 31 de Dezembro de 2012 e a demonstração dos resultados do exercício findo naquela data, são da responsabilidade da Gerência da Sucursal. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião, unicamente dirigida a V. Exas. enquanto Gerência, sobre se as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas e com os registos contabilísticos da Sucursal, e sem qualquer outra finalidade. Não assumimos responsabilidade nem aceitamos obrigações perante terceiros pelo conteúdo deste relatório.

    Auditámos as demonstrações financeiras da Sucursal referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 de acordo com as Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria emitidas pelo Governo da Região Administrativa Especial de Macau, e expressámos a nossa opinião sem reservas sobre estas demonstrações financeiras, no relatório 15 de Maio de 2013.

    As demonstrações financeiras auditadas compreendem o balanço em 31 de Dezembro de 2012, a demonstração dos resultados, a demonstração das alterações em activos líquidos atribuíveis à Casa-Mãe e a demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e um resumo das principais políticas contabilísticas e outras notas explicativas.Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas e com os registos contabilísticos da Sucursal.

    Para uma melhor compreensão da posição financeira da Sucursal, dos resultados das suas operações e do âmbito da nossa auditoria, as demonstrações financeiras resumidas em anexo devem ser lidas em conjunto com as demonstrações financeiras auditadas e com o respectivo relatório do auditor independente.

    Cheung Pui Peng CraceAuditor de contasPricewaterhouseCoopersMacau, 15 de Maio de 2013

    SíNTESE DO RELATóRIO DE ACTIVIDADES

    Até 31 de Dezembro de 2012, as receitas totais da “HAITONG – COMPANHIA DE VALORES INTERNACIONAL, LIMITADA”(Sucursal de Macau) foram de MOP9.192.690,71, sendo o lucro líquido MOP4.005.788,60. Actualmente, embora a conjuntura da economia global tenha permanecido ainda instável, em Macau, registou-se no ano passado um aumento de dois dígitos no rendimento per capita dos residentes locais, verificando-se um aumento contínuo ao longo dos últimos 12 anos. E o rendimento médio mensal dos mesmos também continuou a aumentar. Isto mostra que a economia de Macau tem crescido fortemente. Esta Companhia pretende aproveitar as circunstâncias tão positivas de crescimento económico para criar este ano novas filiais, recrutar mais trabalhadores e expandir activamente as actividades, bem como continuar a prestar serviços de qualidade no âmbito financeiro aos residentes locais de Macau.

    Total de transacções

    ProveitosComissões e proveitos de correctagemProveitos de serviços de depositáriosProveitos de serviços de certificação dos títulosJuros de depósitos em bancos e outrosGanhos sobre vendas de imobilizadoProveitos de operações cambiaisOutros proveitos

    Total

    CustosComissõesJurosCustos com pessoal - Remuneração dos órgãos sociais - Salários e subsídios dos empregados - Outros custos com pessoalFornecimento de terceirosServiços de terceirosImpostos (com excepção dos impostos complementares)AmortizaçõesProvisõesPerdas sobre vendas de imobilizadoCustos de operações cambiaisOutros custos de exploração

    Total

    Resultados de exploraçãoLucros/perdas de exercícios anterioresLucros/perdas extraordináriasDotações para imposto complementar

    Resultados líquidosResultados transitadosTransferência para reservasOutras transferências

    Resultados acumulados

    Montante

    2,553,179,955.36

    8,517,004.82 - - - - -

    675,685.89 9,192,690.71

    957,297.41 -

    - 2,217,257.51

    - -

    328,359.52 -

    13,596.45 - - -

    1,131,304.22 4,647,815.11

    4,544,875.60 - -

    (539,087.00) 4,005,788.60

    29,804,049.82 - -

    33,809,838.42

    Descrição

    MOP

    Activo

    Passivo e Capitais Próprios

    Provisões /AmortizaçõesActivo bruto Activo líquido

    Montante

    -

    14,902,955.72

    -

    97,193.14

    16,073,935.10

    3,183,735.74

    84,000.17

    -

    34,341,819.87

    (13,596.45)

    (13,596.45)

    -

    14,902,955.72 -

    97,193.14

    16,073,935.10

    3,183,735.74

    70,403.72 -

    34,328,223.42

    -

    -

    -

    -

    -

    -

    518,385.00

    518,385.00

    -

    -

    33,809,838.42

    33,809,838.42

    34,328,223.42

    MOP

    Caixa

    Depósitos em bancos

    Valores a cobrar

    Despesas antecipadas e outros valores a receber

    Disponibilidades sobre a sede

    Disponibilidades sobre as empresas relacionadas

    Imobilizações

    Outros

    Total do activo

    Passivo

    Descobertos bancários

    Empréstimos bancários

    Valors a pagar

    Outros custos a pagar e exigibilidades acumuladas

    Responsabilidades para com a sede

    Responsabilidades para com as empresas relacionadas

    Impostos a pagar

    Total do passivo

    Capitais Próprios

    Capital

    Reservas

    Resultados acumulados

    Total dos capitais próprios

    Total do passivo e dos capitais próprios

  • JTM | LOCAL 13Segunda-feira, 27 de Maio de 2013

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    UIVO

    “FESTIVAL DE VINHOS E GASTRONOMIA DE MACAU” COM BALANÇO POSITIVO

    Estreia poupada pela chuvaTerminou ontem o primeiro “Festival de Vinhos e Gastronomia de Macau” no espaço exterior da lagoa artificial do Venetian. A chuva não chegou a comparecer nas horas de visitantes e a organização faz um balanço positivo do evento. Ainda não há números, mas poderão ter estado presentes 10 mil pessoas. Para o ano há mais e os expositores ficaram entusiasmados com as vendas, mas a data pode ser alterada para umas semanas a seguir ao Ano Novo Lunar

    Durante quatro dias o es-paço exterior da lagoa artificial do Venetian encheu-se de barraquinhas com muito vinho e comida para a primeira edição do “Festival de Vinhos e Gastronomia de Macau”. O evento fez parte das actividades do Carnaval de Veneza a decorrer no resort do COTAI.

    Filipe Cunha Santos, presi-dente da Confraria dos Enófilos de Macau, organizadora do cer-tame, fez o balanço ao JTM, su-blinhando que “o festival correu muitíssimo bem com bastante afluência, sobretudo no sábado junto à lagoa artificial”.

    A chuva deu tréguas e nes-sa noite, já passava da hora de encerramento do evento, ainda muitos entusiastas se divertiam no espaço projectado ao nível da lagoa, ao som de música, tam-bém portuguesa, e com algu-mas barraquinhas a continuar a fornecer iguarias e bebidas aos resistentes.

    Esta foi a primeira edição do festival, que contou com a em-presa Doc DMC como produ-tora. Bruno Simões, sublinhou que “a estratégia sempre foi fa-zer um evento anual, mas o pri-meiro ano era uma incógnita”. Ainda não há números, mas “o

    Sandra Lobo Pimentel

    No exercício financeiro de 2012, os prejuízos do grupo Estoril-Sol aumentaram 7,2% para 8,9 milhões de euros (92 milhões de patacas), em comparação com 2011, revelou a empresa no relatório e contas de 2012, citado pela TVI.

    “As políticas macroeconómicas de austeridade e de ajustamento financeiro, às quais acresce os níveis ele-vados e desadequados face à conjuntura actual da fis-calidade específica da actividade de jogo nos casinos portugueses, condicionaram fortemente a actividade operacional do Grupo Estoril-Sol”, justifica o relatório da empresa liderada por Stanley Ho.

    A Estoril-Sol salienta ainda que “as receitas de jogo em Portugal têm vindo a sofrer contracções sucessivas ao longo dos anos mais recentes, e em 2012 voltaram a cair aproximadamente 11%, somando perdas acu-muladas de aproximadamente 30% nos últimos cinco anos”.

    Actualmente, o grupo Estoril-Sol explora três dos quatro maiores casinos portugueses (Lisboa, Estoril e Póvoa do Varzim) e absorve quase dois terços das receitas e impostos gerados e pagos em Portugal pela actividade de jogo.

    “As receitas de jogo em Portugal em 2012 ascende-

    Prejuízo da Estoril-Sol cresceu 7% em 2012Os casinos portugueses explorados pela Estoril-Sol, grupo controlado por Stanley Ho, sofreram quebras no ano passado, contribuindo para o agravamento das perdas da empresa

    balanço é muito positivo”. “Pelo número de vouchers vendidos, creio que nos quatro dias passa-ram pelo festival cerca de 10 mil pessoas”.

    Quanto aos planos para o futuro, Filipe Cunha Santos ga-rante que “é com certeza para repetir e conta com apoio do

    Governo”. No entanto, algumas alterações poderão surgir, espe-cialmente depois do evento ter escapado à chuva nas horas em que recebeu visitantes.

    “Talvez a única alteração é a altura do ano, esta não é a mais propícia por causa da chuva. Talvez para mais cedo, logo a

    seguir ao Ano Novo Chinês ou então nos meses de Novembro ou Dezembro”, disse.

    No futuro, as 25 barraqui-nhas de expositores também podem aumentar. “A nossa perspectiva é do número de parceiros ser alargado”, sinal de que os expositores ficaram satis-

    feitos. “Vendeu-se bastante”.Outra das iniciativas que en-

    fatizou foram as sessões da Es-cola de Vinhos que decorreram nas salas do Venetian. Ao todo, foram quatro sessões “dirigidas a profissionais e locais em canto-nense e inglês”, com vários ora-dores convidados.

    Venetian recebeu primeira edição do “Festival de Vinhos e Gastronomia de Macau”

    ram a aproximadamente 290 milhões de euros, tendo o Grupo Estoril-Sol mantido a sua quota de mercado (64%) e registado receitas directas de jogo no montan-te aproximado de 185 milhões de euros”, pode ler-se no relatório anual.

    Segundo o documento, o casino da Póvoa foi o mais penalizado em 2012, com as receitas de jogo a recuarem 13% para 40,7 milhões de euros (421 mi-lhões de patacas).

    No casino do Estoril, as receitas de jogo caíram 11,25% para 63 milhões de euros (651 milhões de pa-tacas), enquanto que no casino Lisboa foi apurado um total de 80 milhões de euros (827 milhões de patacas), menos 9% do que no ano anterior.

    O corte nas despesas foi uma das prioridades da Estoril-Sol em 2012, tendo os gastos com pessoal bai-xado 24%. Os casinos do Estoril-Sol fecharam o ano de 2012 com 883 funcionários, menos 91 do que em 2011.

    No casino do Estoril as receitas de jogo caíram mais de 11%

  • 14 JTM | LOCAL Segunda-feira, 27 de Maio de 2013

    Para mais informações:

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    OS MELHORES!Pelo primeiro ano, os BUSINESS AWARDS DE

    MACAU irão reconhecer os melhores profissionais,

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    actividade no território.A participação nos prémios está aberta a todas as

    pessoas, empresas e instituições de Macau.

    Inscreva-se já! Não é todos os dias que temos a

    oportunidade de mostrar que somos os melhores.

    Candidaturas abertas até 20 de Junho.

    ORGANISED BY:

    MEDIA PARTNERS

    O processo de inscrições para a participação de grupos locais no “Desfile por Macau, Cidade Latina” já está em curso. No ano passado, o evento juntou cerca de dois mil artistas

    Grupos locais desafiados para parada “latina”

    O Instituto Cultural (IC) de Macau lançou um convite aos grupos locais para que participem na grande parada mul-ticultural que se realiza pelo aniversário da RAEM, a 20 de Dezembro.

    As candidaturas estão abertas até ao próximo dia 28 de Junho, indicou o IC, num comunicado, realçando que o objectivo é “pro-porcionar aos grupos locais uma plataforma adicional de actuação e mais oportunidades de expressão criativa”.

    Segundo o IC, o evento visa oferecer a residentes e turistas “uma actividade comemorativa repleta de características culturais locais e internacionais”. “Ao mesmo tempo que honra a ocasião da Transferência da Administração com criatividade e enriquece

    a vida dos residentes, firma também a imagem de Macau como cidade de cultura”, acrescenta o organismo.

    O “Desfile por Macau, Cidade Latina” desenrola-se pelas ruas do Centro Histórico. Cerca de dois mil artistas, de vários pontos do mundo, desfilaram pelas ruas de Macau no ano passado no âmbito da mega parada.

    A iniciativa contou com um orçamento de 15 milhões de pa-tacas, mais um milhão de patacas do que em 2011, ano da estreia do desfile.

    A participação no evento está aberta a qualquer grupo local re-gistado nos Serviços de Identificação, mediante a entrega das res-pectivas propostas de programa no Edifício do Instituto Cultural.

    “AMOCHAI DIVOTO” FOI ONTEM E ANTEONTEM A PALCO

    A rir é que se entende a vida de Macau Não foi uma casa cheia, mas foram duas: o Centro Cultural de Macau voltou a estar completo durante duas noites para ver e rir ao sabor da sátira maquista. Desta vez foram as eleições a dar o condimento à peça, mas no palco foram mostrados outros retratos da Macau de hoje. E sempre com muito humor. Para o ano há mais

    Helder Almeida

    Amochai Divoto” ou “Amor de Eleição” foi a sátira que o encenador Miguel de Senna Fernandes e o grupo Dóci Papiaçám levaram ontem e anteontem ao palco do Centro Cultural de Macau, espa-ço que encheu quase na totalidade pelas duas ocasiões. Tendo sempre como pano de fundo as eleições que se aproximam, mas não perdendo a oportunidade de lançar várias “far-pas” pelo que de mal vai na cidade, os actores, sempre em patuá, arran-caram várias gargalhadas do públi-co.

    Uma história de amor foi a linha condutora da história: dois jovens macaenses juntos há 20 anos querem dar o próximo passo mas... as famí-lias estão desavindas. E como é ano de eleições, cada uma decide apoiar um candidato. Dado o pontapé ini-cial, as cenas vão-se desenrolando com naturalidade, ora em palco, ora na tela, graças ao trabalho do realiza-dor S�