Lucro da Air Macau desceu 35% em 2016

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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5214 • Sexta-feira, 31 de Março de 2017 10 PATACAS

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Fonte SMG

Inicialmente anunciada nas Linhas de Acção Governativa para 2016, a Academia de Ciências Médicas estará pronta no corrente ano, assegurou ontem Alexis Tam, reiterando ainda a intenção de reforçar a contratação de médicos especialistas ao exterior,

nomeadamente de Portugal. O Secretário para os Assuntos So-ciais e Cultura prometeu ainda aumentar o número de camas no hospital e elevar a proporção de enfermeiros para quatro por 1.000 habitantes. Pág. 5

Academia de Medicinaavança este ano

Malásia vai entregarcorpo de Kim Jong-nam

à Coreia do NorteO governo da Malásia autorizou o envio para a Coreia do Nor-te do corpo de Kim Jong-nam, meio-irmão do líder norte-co-reano Kim Jong-un, assassinado em Kuala Lumpur em Fevereiro. Num comunicado, o Primeiro--Ministro malaio, Najib Razak, adiantou que vão regressar ao seu país os nove cidadãos da Malásia retidos pelas autorida-des norte-coreanas em Pyon-gyang desde o início da querela diplomática sobre a morte de Kim Jong-nam. “Após a conclu-são da autópsia do morto e o re-cebimento de uma carta da sua família pedindo que os restos fossem devolvidos à Coreia do Norte, o médico legista aprovou a libertação do corpo”, lê-se no comunicado. Kim Jong-Nam foi envenenado com VX, substância muito tóxica classificada como agente neurotóxico, no dia 13 de Fevereiro no aeroporto da capital malaia, numa operação que re-cordou os assassinatos durante a Guerra Fria e que motivou trocas de acusações entre a Malásia e a Coreia do Norte.

Governo “não temintenção de rever”

Lei de TerrasPág. 4

Lei dos Animaisleva a mais adopções

e menos abatesPág. 9

À procurade parcerias verdes

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Pequenos modelosna passarela da

Casa do MandarimDE FONTE LIMPA • Págs. 2 e 3

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JORNAL TRIBUNA DE MACAUPropriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Diniz • Director: Sérgio Terra • Editora: Liane Ferreira • Redacção: Catarina Almeida, Inês Almeida, Pedro André Santos, Rima Cui e Viviana Chan • Correspondentes: Ricardo Jorge (Portugal) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Costa Santos Sr., Fátima Almeida, Helder Fernando e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Suzana Tôrres • Fotógrafo: Alex Sampaio • Secretária de Redacção: Carmen Sou • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói (jtmpublicidade@yahoo.com • Fax: 28389886) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua • Exclusivos: Finantial Times, Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: jtmagenda@yahoo.com (serviço geral)

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Nadador-salvador do trânsito - IAs piscinas do território têm, como se sabe, nadadores-salvadores encarregues de controlar quem está a nadar e evitar que alguém se afogue. Mas que fará então um nadador-salvador a controlar o trânsito? Será que as estradas no território têm buracos assim tão fundos e que, depois de umas chuvadas, alguém neles possa cair e afogar-se?

Nadador-salvador do trânsito - IIA julgar pela fotografia captada por DE FONTE LIMPA, um senhor, equipado a rigor com um casaco de

nadador-salvador, observava o trânsito com toda a atenção, talvez para prevenir que algum condutor se “afogasse”. E não é que nas imediações estava mesmo em curso (mais) uma obra na via pública?

Nadador-salvador do trânsito - IIISe o operário estava a tapar algum buraco ou a cavar outro já é mais difícil de perceber, tal é a frequência com que se vêem trabalhadores e veículos de obras nas vias públicas. Mas uma coisa é certa: com este nadador-salvador do trânsito sentimo-nos todos muito mais seguros, pelos menos aqueles que não sabem nadar...

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DO BAÚ DE RECORDAÇÕES

Segundo dados oficiais, Macau contava em 1989 com 5.823 “edifícios infor-mais”, designação técnica das vulgares barracas, numa altura em que já esta-va em curso o processo da sua erradicação. Não raras vezes, as barracas cons-tituíam várias unidades de alojamento onde residiam em média 1,3 famílias.

Uma atenção especialno hospital - ISeja qual for o motivo que suscite uma “visita” ao hospital ou a centros de saúde já se sabe que, à partida, a demora poderá ser longa. E, proporcionalmente ao tempo de espera, também tendem a crescer os níveis de impaciência e as necessidades do estômago.

Uma atenção especialno hospital - IITerá sido a pensar nessas situações que o Centro Hospitalar Conde de São Januário decidiu preparar “snacks” para oferecer a pacientes e acompanhantes nas salas de espera. Está de parabéns o hospital público: além de ser uma excelente iniciativa, também figura como uma óptima alternativa às opções bem menos saudáveis disponibilizadas nas máquinas automáticas.

Festividades em destaque –IA “ETB Travel News”, plataforma que partilha conteúdos sobre países e regiões de todo o mundo, publicou na quarta-feira um artigo dedicado às festividades de Macau que criam “mais um novo brilho”, a começar pelas Regatas de Barcos-Dragão. “Com milhares de apoiantes a juntarem-se nas margens do Lago Nam Van, o festival vai ter lugar entre 27 e 30 de Maio, atraindo equipas de todo o mundo”, destaca a ETB.

Boinas vermelhas“invadem” São Lázaro – IApesar da sua dimensão, Macau continua a ser visitada anualmente por milhares de turistas, que encontram no território uma mistura única no mundo entre cultura e modernidade. As vagas de autocarros com turistas, especialmente oriundos da China Continental, são uma constante, e “De Fonte Limpa” foi dar com mais uma delas que “rebentou” em São Lázaro.

Boinas vermelhas “invadem” São Lázaro – IISaindo na zona das Ruínas de São Paulo, este grupo de turistas passou em frente ao Albergue, como que parecendo uma “invasão” de boinas vermelhas em São Lázaro. No entanto, foi apenas uma “invasão” pacífica e muitos excursionistas até se divertiram a fotografar as diversas decorações no Albergue. Por esta altura certamente que os moradores da zona já se habituaram a estas frequentes incursões diárias. Resta saber se estarão igualmente satisfeitos...

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Festividades em destaque –IIAs Regatas são apontadas como um entre vários “vibrantes e entusiasmantes” eventos que preenchem o calendário de Macau, incluindo ainda o Festival de A-Má, a 19 de Abril, dia em que a população local homenageia a Divindade mais popular, protectora dos navegadores e cujo nome está associado às origens do próprio território. Há ainda referências ao Festival de Artes e ao Concurso Internacional de Fogo de Artifício.

Festividades em destaque –IIIO 17º Festival de Gastronomia, em Novembro, também não é esquecido, com a ETB a salientar que “120 restaurantes locais unem-se a 26 comerciantes de comida e bebidas” convidados para este evento junto ao Lago de Sai Van. Entre 16 e 19 do mesmo mês, as atenções viram-se para o Grande Prémio, onde o “desafio de Fórmula 3 é internacionalmente reconhecido como sendo o mais antigo do género”. A plataforma refere também a Maratona Internacional, o Desfile por Macau Cidade Latina e o Festival de Luz.

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UM ainda está na Taipa? - IFoi a 20 de Julho de 2013 que o novo campus da Universidade de Macau (UM), em Hengqin, entrou em funcionamento, no entanto, ainda há quem pareça pouco habituado à mudança de instalações. Na página electrónica da Faculdade de Direito da UM, continua visível a fotografia do antigo campus na Taipa, onde actualmente funciona a Universidade de Cidade de Macau.

UM ainda está na Taipa? - IIHá quem admita que a “gafe” visual seja uma forma de lembrar a algumas pessoas que a UM ainda é de Macau, porque desde a sua transferência para o outro lado do rio, muitas coisas mudaram na instituição. Os alunos passaram a andar de bicicleta no campus, as famílias podem ali passear e desfrutar de “Yam Cha” num dos restaurantes. Por vezes, o cenário é tão distinto do resto do território que muitos cibernautas passaram a referir-se à instituição como “Universidade de Hengqin”.

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Pequenos modelosna Casa do Mandarim – ICom a Primavera à porta, o mês de Abril em Macau é marcado por um grande número e diversidade de actividades. O Bazar da Casa do Mandarim vai oferecer especial alegria a crianças e seus pais, com um “espectáculo de pequenos modelos”. No palco estarão 20 crianças, com idades compreendidas entre os quatro e os 10 anos, que irão vestir trajes tradicionais.

Pequenos modelosna Casa do Mandarim – IIO processo de “recrutamento” dos pequenos modelos foi conduzido pelo Instituto Cultural, entre 20 de Março

e a passada segunda-feira. Apesar de os trajes serem, de certo modo, “padronizados”, há muitos motivos para que os espectadores não se sintam aborrecidos. Além de indumentárias associadas à Dinastia Qing, o público poderá ver saias coreanas, trajes tibetanos ou totalmente prateados.

Pequenos modelosna Casa do Mandarim – IIIA actuação vai demorar cerca de 15 minutos, sendo que, segundo o Instituto Cultural, a selecção dos participantes foi “bastante rigorosa”, tendo sido dada prioridade àqueles que já tinham experiência em palco. O espectáculo poderá ser visto no dia 8 de Abril, pelas 15:15, na Casa do Mandarim.

Montra bem guardada - I Não estaremos a desvendar qualquer segredo comercial se dissermos que a montra de uma loja deve ser o primeiro ingrediente da fórmula de sucesso de um negócio, atendendo ao seu potencial de captação de clientes. Numa loja de vestuário da cidade, DE FONTE LIMPA descobriu um “acessório” fora do normal, susceptível de despertar a atenção de qualquer transeunte: um cão.

Montra bem guardada - IIAlém de “decorar” a montra, o animal, que deverá pertencer ao dono da loja, parecia também muito determinado em “guardar” o estabelecimento, ou não estivesse literalmente em cima de um par de sapatos. Porém, por muito engraçado que seja o pequeno cão, esta eventual “manobra” de marketing também pode ter o efeito contrário, afastando clientes com receio de caninos. Pelo menos, neste caso a “promoção” não deu frutos: no dia seguinte, o cão já tinha desaparecido mas as sapatilhas mantiveram o mesmo desalinhamento. Terá sido desleixo ou propositado?

Afinal, quem éo noivo? - IEla é famosa, ele...talvez. Certo é que, depois de “darem o nó”, foram notícia em inúmeros sites e publicações dedicadas às celebridades asiáticas, incluindo no jornal “The Straits Times”, que salientou o facto da actriz Ady An, estrela da televisão de Taiwan de 36 anos, se ter casado com o “abastado chefe executivo de Macau Chen Rong Lian” a 15 de Março.

Afinal,quem éo noivo? - IISe a imprecisão do jornal singapuriano é facilmente perceptível - o Chefe do Executivo de Macau tem

outro nome, aparência bem distinta e já é casado - as discrepâncias sobre o noivo adensam-se noutros sites. Para uns trata-se de “Chen Ronglian, multimilionário de Hong Kong”, de 40 anos, mas outros falam em Levo Chan, CEO do grupo de “junkets” Tak Chun, natural de Fujian e que se mudou para Macau quando ainda frequentava a escola primária.

Afinal, quem éo noivo? - IIIA própria noiva também não ajudou muito a resolver o “mistério”, quando anunciou o feliz enlace. “Há 1.230 dias, usaste ‘Anywhere Door’ [popular ‘gadget’ da personagem de animação

japonesa Doraemon] para entrar no meu mundo e eu demorei 810 dias para te conhecer (...) Por favor, Sr. eternamente jovem Doraemon cuide da sua Sra. Chen!”, escreveu Ady An no “Weibo”, o “Twitter” chinês.

Afinal, quem éo noivo? - IVSegundo os vários relatos, o casal escolheu Roma e Paris para as tradicionais sessões fotográficas e vai realizar cerimónias de casamento em Taiwan e no Hawaii em Junho. Já registou o matrimónio em Taipé e preparava-se para fazer o mesmo em Macau, onde certamente poderão ser desfeitas todas as dúvidas que possam persistir sobre o noivo.

Sexta-feira, 31 de Março de 201704 JTM | LOCAL

Governo “não tem intenção de rever” Lei de Terras

Foi perante um aceso de-bate envolvendo vários deputados do Hemiciclo,

e com compradores de frac-ções do “Pearl Horizon” nos assentos destinados ao público em geral, que a Secretária para a Administração e Justiça su-blinhou que “o Governo não tem intenção de rever a Lei de terras”.

De qualquer modo, para apaziguar as preocupações, Sónia Chan frisou que já tinha sido prometido que o terreno em questão seria retomado e lançado o concurso público. “Sublinho, uma vez mais, que estamos a tentar envidar mais esforços para salvaguardar os interesses dos pequenos pro-prietários do ‘Pearl Horizon’”, disse a Secretária.

Um representante da Di-recção dos Serviços de Assun-tos de Justiça (DSAJ) presente na reunião assegurou que já decorreram reuniões com os proprietários. “Além da asso-ciação dos proprietários, reu-nimos com um promotor”. No entanto, por estar a decorrer um processo em tribunal, “te-mos de aguardar pelo resulta-do”, para que o Governo con-

Sónia Chan frisou ontem que o Governo se mantém firme na intenção de não rever a Lei de Terras, embora ressalvando que, no caso de se entender que há uma nova interpretação do diploma, o rumo da acção do Executivo poderá ser ajustado. Em reacção a interpelações orais que faziam referência ao caso “Pearl Horizon”, a Secretária para a Administração e Justiça assegurou que estão a ser envidados esforços para salvaguardar os interesses dos proprietários

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siga “ter uma solução concreta e clara”.

Zheng Anting, autor da in-

terpelação oral que despoletou o debate, não concorda com esta ideia, defendendo que

mesmo antes da decisão judi-cial, o Executivo “deve tomar a iniciativa de saber mais sobre a questão” do “Pearl Horizon”.

Ella Lei transmitiu ideias semelhantes. “Seja qual for a sentença [judicial], o Governo tem de dar uma resposta aos pequenos proprietários. De-pois da decisão do tribunal já pode adoptar medidas imedia-tas”, defendeu a deputada.

Já Si Ka Lon advertiu que “os 300 proprietários sofre-ram pressões psicológicas e económicas, além de terem de arrendar fracções para habita-ção. Se calhar, o Governo não pode dar uma resposta certa, mas tem de definir uma solu-ção. Isso não vai afectar a de-cisão judicial”.

Apesar do problema não estar directamente relacionado com a sua tutela, na sequência de uma intervenção de Mak Soi Kun, Alexis Tam mostrou--se confiante na resolução do problema. “Muito em breve a minha tutela, a DSAJ e os ou-tros Secretários vamos ter uma solução e vamos divulgá-la ao público”.

Além disso, o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura indicou que caso os proprietários sintam “pressões económicas ou psicológicas” podem contactar os serviços da sua tutela para “resolver as di-ficuldades”. “Neste momento temos de resolver os problemas psicológicos e económicos dos proprietários”, frisou, ressal-vando, porém, que até à data o Instituto de Acção Social (IAS) “não recebeu qualquer caso de pedido de apoio relacionado com o referido caso”.

“Doenças”do caso Pearl Horizon

Mak Soi Kun alertou para o facto de alguns dos visados pelo caso “Pearl Horizon” es-tarem a adoecer e até a mor-rer “por excesso de cansaço”. “Qual é o serviço competente que vai assumir as responsa-bilidades perante isto? Con-vém frisar que o IAS cuida dos assuntos da população e que a DSAJ elabora as leis, então, de que soluções reais dispõem para conseguir salvar os cida-dãos ‘das águas profundas e do fogo ardente’?”, perguntou o deputado.

Leonel Alves também ins-tou o Executivo a agir. “Se hou-ver problemas, eles não têm a ver com o Secretário porque não é da sua área, mas é preciso consenso social. Hoje já temos consenso, não estou a ouvir opiniões contra, estamos à es-pera de quê?”.

José Pereira Coutinho elo-giou a acção de Alexis Tam, por mostrar que tem “mesmo vontade de resolver o proble-ma”, ao contrário de Raimun-do do Rosário que, segundo o deputado, “nunca respondeu directamente” às questões co-locadas.

Para além disso, Coutinho sugeriu que o Executivo re-digisse um documento com cláusulas que garantam a con-tinuidade da construção do “Pearl Horizon”. “O Governo pode garantir condições para salvaguardar o interesse dos pequenos proprietários e não apenas dizer que, porque um processo está em tribunal, não se pode falar e fica de braços cruzados”.

Inês Almeida

Face à “epidemia da gripe aviária que se torna cada vez mais grave a nível mundial (...) a solução que

resta será a cessação da importação de aves de capoeira vivas (...) É preciso se-guir a via da importação de aves já aba-tidas que correspondam aos critérios sanitários substituindo completamente o abastecimento de aves vivas dos mer-cados do território. Somente esta acção

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Futuro da importação de aves decidido em AbrilO Executivo defendeu ontem que apenas com uma ruptura na importação é possível impedir o contágio humano da gripe aviária prometendo uma decisão sobre o assunto em Abril. A Secretária para a Administração e Justiça admite que não se pode assegurar que “todas as aves de capoeira vivas” não estejam infectadas

permitirá (...) reprimir, o mais possível, a ameaça da gripe aviária que pende sobre os cidadãos”, afirmou a Secretária para a Administração e Justiça.

Sónia Chan frisou que as inspecções a que as aves são sujeitas, com recurso a um método de amostragem aleatória, “não podem assegurar (...) que todas as aves de capoeira vivas não se encontram infectadas pela gripe aviária”, o que leva

a que os trabalhadores envolvidos no transporte dos aninais, no abate, no pro-cessamento e até os residentes das áreas envolventes aos locais onde as aves estão fiquem em risco.

“Não queremos que os residentes co-mam aves e percam a sua vida. Há mui-tos riscos para residentes que compram aves vivas nos mercados. Em Macau, se há um surto de gripe aviária, podemos

imaginar como vai afectar o papel de Macau como centro internacional de tu-rismo”, afirmou.

A Secretária indicou ainda que o Go-verno tem estado em negociações com o sector, por forma a “oferecer mais opções para transformação sectorial”. “A situa-ção é mais grave neste momento e vamos tomar o quanto antes a decisão sobre a nossa postura (...) em Abril vamos tomar uma decisão”, destacou.

Por seu turno, o presidente do Institu-to para os Assuntos Cívicos e Municipais, José Tavares, explicou que as duas reu-niões com os vendedores revelaram que estes “não têm um conhecimento assim tão profundo sobre gripe das aves e não têm assim tanta noção do risco”.

Dias após o primeiro encontro, “en-viaram uma carta a insistir na importa-ção de aves vivas, querem que o Governo mude de posição”, explicou, frisando que estão em causa 250 vendedores. “Dizem que não conseguem sobreviver com a venda de carnes refrigeradas, mas pode-mos ajudá-los a transformarem-se para outros sectores”, garantiu José Tavares.

JTM com Lusa

JTM | LOCAL 05Sexta-feira, 31 de Março de 2017

No final deste ano “vamos ter uma Academia de Medicina e aumentar o número do pessoal,

sobretudo os médicos especialistas” pro-meteu ontem o Secretário para os Assun-tos Sociais e Cultura no âmbito de um debate sobre as dificuldades de acesso a assistência médica aos idosos.

A criação desta Academia de Ciências Médicas integrou as Linhas de Acção Go-vernativa da tutela de Alexis Tam para 2016 e voltou a figurar no programa para este ano.

Referindo-se especificamente à falta de profissionais e de equipamentos, o go-

A Academia de Ciências Médicas anunciada nas Linhas de Acção Governativa para 2016 e 2017 vai abrir este ano, assegurou Alexis Tam, reiterando ainda a intenção de contratar médicos especialistas do exterior, incluindo de Portugal. Ao nível das instalações, o Secretário prometeu aumentar o número de camas para 4,4 por cada mil habitantes e elevar a proporção de enfermeiros dos actuais 3,3 para quatro por 1.000

vernante mostrou-se confiante na capaci-dade de satisfazer os padrões internacio-nais de saúde num futuro próximo. “Até 2020, basta observar o Plano Quinquenal, vamos aumentar para 4,4 por cada 1.000 habitantes a proporção de camas e a de enfermeiros de 3,3 para quatro por 1.000”.

Em simultâneo, estão a ser envidados “muitos esforços” no campo dos recursos humanos, com a contratação de médicos especialistas “do exterior, como de Portu-gal”. “No futuro, temos de ponderar ou rever o quadro do nosso pessoal porque, de acordo com o actual regime, será difícil

contratar médicos”. Alexis Tam defende que não se pode

“ignorar o problema do envelhecimento da sociedade”, avançando que “em finais deste ano ou no início do próximo haverá serviços para os doentes que sofrem de demência”, assegurou.

Além disso, em 2018 haverá mais um lar. “Vamos tentar aumentar o número de camas para 2.400 e ponderar atribuir sub-sídios aos idosos”. Seja como for, subli-nhou o Secretário, as políticas relativas à população mais envelhecida do território não são más. “Quantos países e regiões

Academia de Medicina pronta este ano

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Inês Almeida

Além do Português ser uma das línguas oficiais da RAEM, no território “continuam a viver por-tugueses” que “também podem contribuir para

a transformação de Macau numa base de formação de talentos bilingues”, sublinhou ontem Alexis Tam, na ses-são plenária da Assembleia Legislativa (AL).

Apesar de na China também existirem instituições do ensino superior a ensinar a língua portuguesa, “Ma-cau dispõe de um ambiente que facilita a aprendizagem da língua portuguesa”, podendo, por isso, “servir de

Portugueses “podem contribuir” para formar bilinguesO Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura enalteceu ontem a importância da comunidade portuguesa residente para a transformação de Macau num local de formação de profissionais bilingues. Alexis Tam fez um balanço dos trabalhos desenvolvidos nesta área e avançou, sem levantar muito o véu, que este ano será promovida uma nova política para que os estudantes possam ir a Portugal aprender a língua

plataforma de serviços”.O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura des-

tacou ainda que no próximo ano lectivo haverá escolas a criar cursos bilingues, nomeadamente as oficiais como a da Flora e a Zheng Guanying. “Estas escolas servem de base para formação de talentos bilingues e temos ins-tituições universitárias como o Instituto Politécnico de Macau”, apontou, sublinhando que é possível atrair tan-to quem queira aprender Português como Mandarim.

Ao mesmo tempo, “criámos bolsas de estudo para que jovens possam estudar no estrangeiro”. “Este ano promovemos uma nova política para que os estudantes possam aprender a língua em Portugal. Estamos a pro-ceder às formalidades administrativas. Sei que muitos alunos estão interessados em aprender português”.

O governante mostrou ainda concordar com a ideia de mais cidadãos recorrerem à TDM para ver programas em língua portuguesa. “Há muitos pro-gramas e telenovelas em Português produzidos no Brasil que vêm legendados em Inglês. Esperamos que também seja possível terem legendas em Português”, sublinhou Alexis Tam.

As afirmações do Secretário surgiram após questões de Angela Leong relacionadas com o sistema de ensino não-superior. “Com vista ao bom e efectivo aproveita-mento dos fundos educativos, as autoridades devem es-tudar a criação de um serviço especializado destinado à

fiscalização eficaz das finanças das escolas particulares”, defendeu a deputada.

Além disso, indicou que “há certos projectos edu-cativos que recebem apoio financeiro, portanto, as au-toridades devem reforçar a fiscalização e avaliá-los, periodicamente, com vista a aferir da eficiência da sua implementação e a assegurar o bom aproveitamento dos recursos educativos”.

Neste campo, o Secretário recrodou que foi criado, no seio da Inspecção Escolar, um grupo de trabalho respon-sável pela verificação das contas das instituições educa-tivas e do uso do funcionamento do sistema educativo. “Nos últimos anos, a atribuição dos subsídios a seis esco-las que estavam na situação descrita foi suspensa até que as suas contas fossem aprovadas”, afirmou.

Por seu turno, Pereira Coutinho apontou o dedo à escassez de educadores de infância que acabam por tra-balhar noutros sectores por os salários serem mais ele-vados. No entanto, Alexis Tam assegurou que todas as escolas particulares de ensino não-superior possuem o regime de previdência e o regime dos níveis do pessoal docente de acordo com o “Quadro Geral”.

“A mediana do salário anual do pessoal docente no ano lectivo de 2012/2013 foi de 254.933 patacas e aumen-tou para 355.782 patacas no ano lectivo de 2015/2016, o que representou uma subida de 39,6%”, realçou.

I.A.

Mais terapeutas vindos de Hong Kong

Leong Veng Chai mostrou-se preocupado com as necessidades de mão-de-obra ao nível da terapia da fala para estudantes com necessidades especiais. Nesse campo, o Secretário para os Assun-tos Sociais e Cultura admitiu algumas necessidades. “Nessa área, provavelmente, há uma certa carência, reconheço”, disse Alexis

Tam, acrescentando que espera poder importar especialistas para colmatar tais lacunas. “Já conversámos com Hong Kong e procurá-mos especialistas. Muito em breve podemos contar com eles para dar apoio às crianças que precisam desse género de ajuda”, frisou o Secretário.

oferecem 5.700 patacas aos idosos e servi-ços médicos grátis?”, questionou.

As questões foram levantadas no âm-bito de uma intervenção de Si Ka Lon que mostrou ainda ter dúvidas quanto à tipologia de habitação pública que tem sido construída que nem sempre tem ca-pacidade de “dar resposta às necessida-des básicas dos agregados familiares em lista de espera”.

“Gostava de saber a proporção das diferentes tipologias entre aquelas 12.000 fracções a ser construídas”, questionou o deputado.

A resposta foi dada pelo presiden-te do Instituto de Habitação, Arnaldo Santos. “A maioria [das 12.000 fracções] ainda está em planeamento”. Porém, ressalvou, prevê-se que 63% venham a ser T1 e 33% T2. “Vamos ter em conta a situação concreta para definir as per-centagens”.

Entre as já construídas, 25% têm a tipologia T1, 55% T2 e cerca de 25% são fracções T3.

Sexta-feira, 31 de Março de 201706 JTM | LOCAL

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A Polícia de Seguran-ça Pública deteve um homem e uma mulher

por apropriação ilegítima e furto, respectivamente, sendo que nos dois casos os suspei-tos foram detectados com a ajuda das câmaras de videovi-gilância.

O primeiro caso ocorreu dentro de um “shuttle bus”, que efectuou o trajecto entre o Terminal Marítimo e a Taipa. Um dos passageiros terá per-dido a carteira no interior do veículo e quando voltou para a tentar recuperar notou que tinha desaparecido.

Contactou as autoridades, que identificaram um suspeito com recurso às câmaras de ví-deo. O suspeito terá confessa-do a apropriação indevida da carteira que continha cerca de 36 mil patacas, tendo as autori-dades conseguido recuperar 26 mil patacas.

Uma mulher, residente de

Hong Kong, foi também “caça-da” pelas câmaras de duas lo-jas de roupa no COTAI de onde terá furtado duas peças de rou-pa, avaliadas conjuntamente em 10.500 patacas. A suspeita, que foi prontamente identifica-da e detida no “lobby” de um hotel, confessou a autoria dos crimes, de acordo com as auto-ridades.

Residente“caçado” com “ice”

Noutro caso, ontem divul-gado, um residente de 30 anos, identificado como macaense, foi detido pela posse de dois pacotes de “ice” com um total de 3,19 gramas.

De acordo com as autorida-des, o detido foi apanhado no decorrer de uma investigação da Polícia Judiciária que tam-bém levou à detenção de uma malaia e um indivíduo natural do Benim, que terá sido o for-necedor da droga. No aparta-mento deste as autoridades encontraram mais droga, ava-liada em 10.000 patacas.

Câmaras “resolvem” furtosem lojas e “shuttle-bus”Duas pessoas foram detidas, em casos diferentes, após os crimes alegadamente praticados terem sido captados pelas câmaras de videovigilância de um “shuttle bus” e de duas lojas de roupa num centro comercial do COTAI

Naquele que deve ter sido um dos úl-timos actos de Jason Chao enquanto vice-presidente da Associação Novo

Macau (ANM), o activista entregou ontem uma carta ao Comissariado Contra a Corrup-ção (CCAC) pedindo que seja investigado um incidente envolvendo um polícia numa activi-dade da associação.

Na carta, Jason Chao solicita a abertura da investigação para que o CCAC possa “aconse-lhar a polícia a abster-se de actos de opressão da liberdade de reunião dos cidadãos”.

Segundo explica na missiva, a ANM orga-nizou um encontro no dia 24 de Março, per-to do Jardim da Cidade das Flores na Taipa, e um agente policial avisou os participantes de que não podiam usar um altifalante, porque tal não tinha sido mencionado na notificação de reunião. O agente terá ameaçado acusar formalmente os membros da ANM no local se continuassem a usar o equipamento, tendo-se desenrolado uma discussão.

No final, não houve acusações, nem idas à esquadra, mas a associação exige uma inves-

Novo Macau denuncia “opressão” policialA Associação Novo Macau entregou uma carta ao CCAC a pedir a investigação de um incidente envolvendo as autoridades policiais, para que estas se abstenham de “actos de opressão da liberdade de reunião dos cidadãos”. O caso envolvia um altifalante

tigação, sustentando que a lei diz que a polí-cia pode impor restrições de hora e local para as reuniões, mas não de equipamentos, à ex-cepção de armas. Neste sentido, salienta que o recurso a “ameaças criminais” devido a um assunto “trivial”, acabou por “violar ou pelo menos interferir no direito de reunião”.

“A ANM está profundamente preocupa-da com as acções subtis das autoridades para diminuir passo a passo o espaço de liberdade civil”, lê-se na carta.

Para além disso, a associação defende que a polícia devia ter comunicado a restrição por escrito e não com “avisos verbais e ameaças criminais no local”. “Esta conduta privou os organizadores do direito de apelar ao Tribunal de Última Instância a imposição dessa restri-ção e violou o direito dos cidadãos à liberdade de reunião pacífica garantida pela Lei Básica”, frisa Jason Chao.

L.F.

Pedro André Santos

JTM | LOCAL 07Sexta-feira, 31 de Março de 2017

Jovens estão mais “competitivos”

A “Política de Juventude” do ter-ritório “segue a tendência mun-dial, satisfazendo as necessida-

des de Macau”. A convicção pertence ao Conselho de Juventude, que apresentou algumas das conclusões retiradas da re-visão intercalar da Política de Juventude de Macau 2012-2020, um trabalho que a Direcção dos Serviços de Educação e Ju-ventude (DSEJ) comissionou ao Centro de Estudos de Hong Kong, Macau e Del-ta do Rio das Pérolas da Universidade de Sun Yat-sen.

Segundo o Conselho, os projectos e medidas direccionados para a juventude traduzem um “conceito positivo” e ele-vam “o entusiasmo da discussão”, pro-movendo a participação dos jovens nos assuntos sociais, nomeadamente através

O Conselho de Juventude apresentou ontem os resultados da revisão intercalar da Política de Juventude 2012-2020, considerando que o programa tem sido eficaz. Em concreto, o órgão acredita que as medidas lançadas nos últimos anos contribuíram para elevar a competitividade e o grau de participação dos jovens nos assuntos sociais

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JTM

/ARQ

UIVO

da continuação do incentivo à criação de associações juvenis. Por outro lado, acre-dita que tem contribuído para a “elevar a competitividade internacional” dos jo-vens de Macau “através da disponibiliza-ção de formações e realização de activida-des de intercâmbio”.

O número de inscrições de jovens no recenseamento eleitoral aumentou e “me-lhorou a consciência da participação na definição das opções politicas do Gover-no”. Foi ainda salientado que os jovens têm participado activamente nas activi-

dades voluntárias e caritativas, “forman-do responsabilidades cívicas e técnicas práticas”.

Uma nota divulgada após a reunião plenária do Conselho de Juventude refe-re também que o nível geral da condição física dos alunos melhorou, com uma ati-tude de vida em geral “mais activa”. Se-gundo os indicadores sobre a juventude em Macau, entre 2008 e 2015 o número de crimes praticados por jovens entre os 13 e os 20 desceu 973 pessoas em 2008 para 338, em 2015, notando-se que tem havi-

Pedro André Santos

do uma redução gradual do número de crimes.

A situação de emprego na juventude é também considerada “positiva”, sendo que o nível salarial continua a aumentar.

“O objectivo da definição desta po-lítica é claro, pois consegue associar o desenvolvimento individual dos jovens com o desenvolvimento da sociedade. O Governo conjuga os esforços da socie-dade, ajudando os jovens a enfrentarem os desafios e concretizar os seus sonhos, formando uma geração jovem com pen-samento independente, espírito crítico, capacidades de inovação e construtivas”, refere o Conselho.

Durante a implementação da “Políti-ca de Juventude”, entre 2012 e 2015, o to-tal acumulado da despesa pública nesta área atingiu cerca de 37,5 mil milhões de patacas.

Por outro lado, entre 2011 e 2016, fo-ram lançadas as duas fases do “Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo”, que envolvem subsídios su-periores a 1,26 mil milhões de patacas a residentes com idade igual ou inferior a 15 anos. Em relação à taxa das escolas integradas no sistema de escolaridade gratuita a percentagem subiu para 87,8%.

No que concerne ao futuro, as prio-ridades relativamente aos trabalhos juvenis passam pelo reforço da compe-titividade essencial, incentivo à partici-pação social, melhoramento da moral para formar valores, preocupação com as famílias e cobertura da política, “dando atenção às necessidades dos diferentes grupos de jovens”.

Notificação n.° 16/DLA/SAL/2017

Ordem de remoção de publicidade abandonada sem a devida licença

Foi descoberta a existência, em diversos locais de Macau, de publicidade abandonada sem a devida licença, a qual constitui um risco para o público. Considerando que não se revela possível notificar os interessados, por ofício ou outras formas, para efeitos de ordenar a remoção da publicidade abandonada, são os mesmos, pela presente, oficialmente notificados, nos termos dos artigos 68.° e 72.° do “Código do Procedimento Administrativo”, do seguinte:

No uso das competências conferidas pelo Despacho n.º 05/PCA/2017, do Presidente do Conselho de Administração, de 3 de Março, e, de acordo com a alínea 1) do n.º 2 do artigo 33.º do “Regulamento Geral dos Espaços Públicos”, aprovado pelo Regulamento Administrativo nº 28/2004, o signatário exarou despachos em 23 de Março de 2017 e ordenou aos abaixo discriminados proprietários, possuidores, detentores, pessoas ou entidades responsáveis pela distribuição de mensagens publicitárias e anunciantes em suportes publicitários, que devem, no prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir do dia seguinte ao da publicação da presente notificação, proceder à remoção das respectivas publicidades ou dos suportes publicitários, dos seguintes locais:

www.iacm.gov.mo

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城房地產

新彩美髮

君誠和田玉器手飾

Local da instalação/localizaçãoAvenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, Macau,

Edf. Royal Center, rés-do-chão, nas paredes exteriores das lojas B, C e L,

e nos pilares em frenteAvenida 1.º de Maio, n.º 161,

Edf. Jardim Kong Fok Cheong, rés-do-chão, loja GAvenida da Amizade, n.º 773 e n.º 779, B

No pilar em frente ao n.º 197 da Avenida 1º de MaioRua do Canal Novo,

na parede exterior do Edf. U Wa (Bloco 6)Avenida da Longevidade, n.º 19, Edf. Seng Yee, rés-do-chão

Rua Cidade de Coimbra, n.º 470, Macau

Quantidade

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3

2

1

1

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Nos termos do n.° 2 do artigo 144.º do “Código do Procedimento Administrativo” e do n.° 3 do artigo 33.º do “Regulamento Geral dos Espaços Públicos”, se os materiais ou suportes publicitários não forem removidos no prazo fixado, este Instituto pode executar a remoção directamente ou por intermédio de terceiros, cabendo a esses responsáveis as respectivas despesas de remoção. De acordo com o n.° 2 do artigo 33.º, n.° 1 do artigo 37.º do “Regulamento Geral dos Espaços Públicos”, conjugados com o n° 6 do artigo 3.º do “Catálogo das Infracções” do Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, os interessados que não procedam à remoção dos materiais ou suportes publicitários no prazo fixado, este Instituto pode sancioná-los com uma multa que varia entre as MOP$700,00 (setecentas patacas) e as MOP$5000,00 (cinco mil patacas).

Nos termos dos artigos 145.º e 149.° do Código do Procedimento Administrativo, os interessados podem, no prazo de 15 dias, contado a partir do dia seguinte ao da publicação da presente notificação, apresentar reclamação para o autor do acto e/ou, dentro do prazo previsto no n.° 2 do artigo 155.° do mesmo Código, contado a partir do dia seguinte ao da publicação da presente notificação, apresentar recurso hierárquico facultativo ao Conselho de Administração do IACM ou, ainda, dentro do prazo e condições previstos nos artigos 25.º a 28.º do “Código deProcesso Administrativo Contencioso”, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 110/99/M, de 13 de Dezembro, interpor recurso contencioso para o tribunal com competência administrativa. Porém, a impugnação administrativa ou recurso contencioso não tem efeito suspensivo sobre a ordem, salvo decisão em contrário do tribunal.

Para qualquer informação ou consulta do processo, pode dirigir-se à Divisão de Licenciamento Administrativo dos Serviços de Ambiente e Licenciamento, sita na Avenida da Praia Grande, n.ºs 762-804, Edifício China Plaza, 3.º andar. (telefone para consulta n.ºs: 8795 2708 / 8795 2709)

Aos 23 de Março de 2017.

O Vice-Presidente do Conselho de AdministraçãoLei Wai Nong

Sexta-feira, 31 de Março de 201708 JTM | LOCAL

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CAM

A Sociedade de Abaste-cimento de Águas de Macau (Macau Water)

obteve lucros de 64,66 milhões de patacas em 2016, sendo 52,37 milhões provenientes do abaste-cimento de água, revelou a em-presa em comunicado.

Em paralelo, foi feito um investimento total de 65,43 mi-lhões na colocação da rede de abastecimento de água, tendo também sido substituídos 1,8 km de condutas de água enve-lhecidas.

Para 2017, “a empresa con-tinuará a substituir as condutas de amianto, prevendo substituir cerca de 2 km destas tubagens, esperando remover a totalida-de” dessas condutas até 2020, indica a Maca Water, asseguran-do que foram feitos trabalhos de modernização do equipamento com aplicação de sistemas inte-ligentes de rede de aquedutos e manutenção diária dos activos fixos.

A Macau Water revelou que o consumo de água em 2016 foi

de 86,70 milhões de metros cúbi-cos, registando um aumento de 2,1%, face a 2015. Além disso, o consumo médio ascendeu a 237 mil metros cúbicos, sendo que o consumo comercial e indus-trial representou 50,9% do total e o uso residencial representou 42,7%. Já o uso governamental e municipal cifrou-se em 6,4%.

Com a procura nas Ilhas a aumentar nos últimos anos e 6,2% apenas em 2016, o COTAI destaca-se como a zona com maior crescimento de consumo na ordem dos 13,2%. Assim, há necessidade de construir uma nova estação de tratamento em Seac Pai Van, devendo a constru-ção arrancar no terceiro trimestre deste ano, estimando-se que en-tre em funcionamento em 2019.

Quando estiver em funciona-mento, o abastecimento diário de água a Macau passará dos 390 mil metros cúbicos para 520 mil, o que permitirá responder à procura nos próximos 10 a 15 anos e garantir a estabilidade do abastecimento nas Ilhas. L.F.

Consumo de águasubiu 13% no COTAIEm 2016, a Macau Water registou lucros de 64,66 milhões de patacas, tendo investido simultaneamente 65,43 milhões. Com o consumo de água a subir 2,1%, especialmente no COTAI, a empresa prevê iniciar no terceiro trimestre a construção da estação de tratamento em Seac Pai Van

O ano de 2016 foi bastante positivo para a Sociedade do Aeroporto Internacio-nal de Macau (CAM), reflectindo-se

num lucro de 399 milhões de patacas, sendo que, após distribuição de dividendos e impos-tos, esse valor irá atingir 302 milhões de pata-cas.

Os valores foram avançados ontem pela CAM, no seguimento da assembleia-geral anual, na qual foram apresentados o relatório anual de 2016, relatório de contas, balanço e proposta de apropriação de resultados para 2016, para além da eleição dos membros para a Comissão de Supervisão, entre outros, segun-do referiu a empresa em comunicado.

No total, a Sociedade do Aeroporto Interna-cional de Macau alcançou rendimentos totais

CAM com lucros de 302 milhõesA Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau anunciou lucros líquidos de 302 milhões de patacas em 2016 e estima que o tráfego de passageiros cresça 3,8% no corrente ano

de 4,51 mil milhões de patacas, representando um aumento de 2,7% face ao ano transacto.

Adoptando uma estratégia para este ano intitulada “Metas claras, organização rigoro-sa, procedimentos ordenados e implementa-ção táctica”, a CAM pretende alcançar 60.500 movimentos de aeronaves, representando um aumento de 8%, 34.000 movimentos de carga (crescimento de 6,3%) e um tráfego de passa-geiros na ordem de 6,85 milhões, equivalendo a um acréscimo de 3,8%.

A CAM espera que o projecto de expansão para a zona norte do terminal de passageiros fique concluído e entre em funcionamento na segunda metade do ano, aumentando a capa-cidade de fluxo de passageiros para 7,5 mi-lhões.

Apoiada na política “Rota da Seda”, a in-dústria da aviação irá “liderar o caminho du-rante o processo de internacionalização e cons-trução”, refere um comunicado da Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau, que pretende “continuar a reforçar a cooperação entre entidades para acompanhar o desenvol-vimento dessa estratégia nacional da China.

P.A.S.

Sexta-feira, 31 de Março de 2017 JTM | LOCAL 09

• • • BREVESCulinária e arquitecturaunidas em exposiçãoA galeria junto ao Anim’Arte Nam Van inaugura amanhã, às 12:00, a mostra “Puzzle City x Comer”, com trabalhos de Bunny Lai e Julia Lam. Segundo o Insti-tuto Cultural (IC), serão exibidas várias pinturas a óleo e ilustra-ções das duas jovens artistas lo-cais até 7 de Maio. O conceito de “puzzle” nasceu com o intuito de representar as características dos edifícios antigos de Macau, realçando a arquitectura urbana como uma das especificidades da cidade, e mostrando que as construções construídas em pe-ríodo diferente podem reflectir os sinais distintivos da cidade na época em questão. As obras da exposição “Comer” de Julia Lam subordinam-se ao tema da culi-nária macaense.

Número de excursionistas desceu 4% até FevereiroNos dois primeiros meses des-te ano, o número de visitantes em excursões baixou 4% para 1.092.000, revelam dados divul-gados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Só em Fevereiro, entraram em Ma-cau 559.000 indivíduos em excur-sões, traduzindo uma descida de 1,5% em termos anuais. Por outro lado, os dados estatísticos oficiais revelam que o número de hóspe-des dos hotéis e pensões aumen-tou 11,9% para 1.991.000 nos dois primeiros meses de 2017, em ter-mos anuais. A taxa de ocupação média situou-se em 83,2%, su-bindo cinco pontos percentuais. O número de visitantes que per-noitaram representou 72,2% do total de turistas, traduzindo um aumento homólogo de 0,6 pontos percentuais.

Mais adopções e menos abates devido à Lei dos Animais

O Instituto para os Assuntos Cívi-cos e Municipais (IACM) fez um balanço positivo da Lei de Pro-

tecção dos Animais, dando como exem-plo o facto do número de animais adop-tados no Canil Municipal ter aumentado e se ter registado uma diminuição dos abandonos.

De acordo com os dados estatísticos do IACM, desde a entrada em vigor da lei, em Setembro do ano passado, regis-tou-se uma tendência de aumento no nú-mero de cães adoptados. Só em Janeiro deste ano foram adoptados 33 cães e em Fevereiro 11.

No que diz respeito aos gatos, entre Setembro de 2016 e Fevereiro deste ano, o número de felinos adoptados passou de uma variação entre 2 e 11 para 5 e 11.

O veterinário da Divisão de Inspecção e Controlo Veterinário do IACM, Lei Hoi Tou, considera que por um lado o Gover-no tem feito uma série de trabalhos para incentivar as pessoas a adoptar e não a comprar animais. Por outro lado, referiu que o prazo de validade da licença dos cães foi alterado de um para três anos e o valor da licença para caninos esterili-zados é um terço dos não esterilizados, tendo um impacto favorável.

Segundo explicou, quando os cães en-contrados na rua são levados para o Ca-nil, passam por uma avaliação geral para apurar se são ou não agressivos, antes de serem elegíveis para adopção.

O veterinário realçou ainda que o diploma prolongou o tempo mínimo de abate de animais no Canil. “Antiga-mente, o canil podia abater os animais 72

Após a entrada em vigor da Lei de Protecção dos Animais, foram adoptados mais cães e gatos do Canil Municipal e diminuíram os casos de abandonados e abates, segundo o IACM. Os 21 fiscais dedicados a inspeccionar a aplicação da lei descobriram 382 infracções

Viviana Chan

horas depois de cá chegarem e agora são necessários sete dias”, acrescentou.

Segundo as estatísticas, em Dezembro de 2016 não foi abatido nenhum cão ou gato. Em Janeiro do presente ano, foram abatidos 13 cães, menos 21 do que no mesmo período de 2016.

Para aplicar a Lei de Protecção dos Animais, 21 fiscais trabalham por turnos das 6h às 24h. Ao todo, foram registadas 382 infracções, incluindo dois casos sus-peitos de maus tratos, 291 de falta de li-cença e 71 de falta de utilização de trela em espaço públicos e partes comuns de condomínios.

Durante a visita ao Canil Municipal, Lei Hoi Tou avançou que uma parte das insta-lações foi renovada recentemente, para ser-vir de espaço para avaliação dos cães. De

acordo com o diploma, os cães com peso igual ou superior a 23 quilos só podem fre-quentar espaços públicos mediante apro-vação na avaliação para dispensa de uso de açaime, realizada pelo IACM.

No total, 709 cães foram submetidos a essa avaliação e apenas três reprova-ram no teste. A avaliação é composta por duas partes: dentro de uma sala para testar o temperamento e num corredor. Neste local, caminham com o dono para os examinadores perceberem a sua reac-ção perante diferentes situações.

O Canil Municipal, situado na Aveni-da do Almirante Lacerda, também pres-ta outros serviços, como veterinários, isolamento de animais ofensivos e inci-neração de restos mortais de animais de estimação.

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JTM

2ª Vez “JTM” - 31 de Março de 2017

Acção Despejo nº CV2-16-0026-CPE 2º Juízo Cível

Autores: 1. WONG PAK MENG (黃柏銘), solteiro, maior;2. WONG WENG CHIO (黃頴釗), solteiro, maior; 3. WONG WENG I (黃頴儀), solteira, maior; todos com residência em Macau, na Travessa das Docas, nº 8, Edifício Nga San, 18º andar J.Ré: MP3 DISCO COMPANHIA LIMITADA (MP3 的士高有限公司), registada na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis sob o nº 21477(SO), com sede em Macau, na Rua de Paris, nº 170, Edifício Nam Ngon Garden, Bloco 3, 3º andar N

Faz saber que, por este Juízo, correm éditos de 30 (TRINTA) DIAS, contados da segunda e última publicação do anúncio, citando a ré MP3 DISCO COMPANHIA LIMITADA, para no prazo de trinta (30) dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, o pedido formulado na petição inicial nos mencionados autos, que resumidamente consistem que: 1) Ser declarada a resolução do arrendamento celebrado pelos Autores com a Ré em 29 de Agosto de 2012, sobre as fracçãoes autónomas designadas por “ZR/C” do rés-do-chão “Z”, “AAR/C” do rés-do-chão “AA”, e “ABR/C” do rés-do-chão “AB”, para comércio, sitas na Avenida Dr. Sun Yat Sen nºs 1333 a 1443, Avenida Sir Anders Ljungstedt nºs 10 a 52, Rua Cidade de Braga nºs 396 a 506, e Alameda Dr. Carlos D’Assumpção nºs 9 a 51, descritas na Conservatória Registo Predial sob o nº 22211, a fls. 92 do Livro nº B1K e inscritas na matriz predial, sob o nº 73402; 2) Ser a Ré condenada a devolver os locados aos Autores, livres e devolutos de pessoas e bens; 3) Ser a Ré condenada ainda a pagar aos Autores as rendas que vencidas e não pagas no montante de HKD$1.832.461,08, equivalente a MOP$1,887,434,91, bem como as que se vencerem até à declaração de resolução do contrato; 4) Ser a Ré condenada a pagar aos Autores todas as despesas que estes venham a realizar para entrega do imóvel e satisfação do seu crédito, nomeadamente honorários de advogado e os respectivos custos; 5) Ser a Ré condenado em custas legais e procuradoria, tudo conforme melhor consta do duplicado da petição inicial que este 2º Juízo Cível se encontra à sua disposição e que poderá ser levantado nesta Secretaria Judicial nas horas normais de expediente.

A falta da contestação no dito prazo não implica serem considerados reconhecidos os factos alegados pelos Autores, e o processo segue com os ulteriores termos até final à sua revelia. Na contestação, pode deduzir em reconvenção o seu direito a benfeitorias ou a uma indemnização, e ainda que é obrigatória a constituição de advogado.

Macau, aos 22 de Março de 2017.

O Juiz,Jerónimo Alberto Gonçalves Santos

A Escrivã Judicial Adjunta,Cheong Lai Lam

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

2ª Vez “JTM” - 31 de Março de 2017

Execução Ordinária n.º CV2-16-0103-CEO 2º Juízo Cível

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

O Juiz,Seng Ioi Man

A Escrivã Judicial Adjunta,Lai Wai Sun

Convocatória

Nos termos legais, e de acordo com o artigo 12.° dos Estatutos desta Associação, publicada no Boletim Oficial da RAEM n.º 20, 2ª Série, em 19 de Maio de 2010, é convocada a Assembleia Geral da Associação de Piedade e de Beneficência Cheng Kok Sim Lam, mais conhecida por Ma Kok Mio ou Ma Chou Kok, a ter lugar no dia 18 de Abril de 2017, pelas 16:30 horas, na sede da associação (na sala de reuniões do Templo de Ma Kuoc Mio), com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Análise e aprovação do relatório e contas relativos ao exercício de 2016; 2. Eleição dos membros da Direcção;3. Eleição dos membros do Conselho Fiscal;4. Delegar poderes à Direcção para gerir, administrar e onerar os bens

imóveis da Associação;5. Alteração dos Estatutos; e6. Outros assuntos do interesse da Associação.

O relatório e contas relativos ao exercício de 2016 estão disponíveis para consulta dos associados na sede da Associação.

Todos os associados, cuja qualidade é reconhecida, têm direito de voto, podendo fazer-se representar por outro associado, mediante procuração com assinatura reconhecida notarialmente. Se à hora marcada não existir quórum, a Assembleia reunirá, em segunda convocatória, pelas 17:00 horas do mesmo dia, qualquer que seja o número de presentes.

Macau, aos 29 de Março de 2017

O Presidente da Direcção,

O Man Seng

Sexta-feira, 31 de Março de 201710 JTM | LOCAL

Arrancou ontem a 10ª edição do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF, na sigla in-

glesa), no Venetian, com mais de 450 expositores de 17 países e regiões, nomeadamente de Portu-gal que se faz representar por 27 empresas e as-sociações.

“São empresas de bastante relevância e com muitos recursos humanos”, sublinhou Alberto Carvalho Neto, presidente da direcção da Asso-ciação de Jovens Empresários Portugal-China (AJEPC) ao Jornal TRIBUNA DE MACAU.

O vice-presidente da AJEPC, Bernardo Men-dia, destacou o regresso não só da associação como das empresas que dela fazem parte. “O principal é voltar a marcar presença, refazer mui-tos dos contactos que existem e sobretudo activá--los, principalmente aqueles que se perderam du-rante o ano”.

Bernardo Mendia reconheceu que muitos dos contactos e parcerias firmadas em eventos como o MIECF acabam por não se concretizar. “No entanto, é natural quando estas presenças só se fazem uma vez por ano. Neste mercado, a rela-ção pessoal é e sempre foi o mais importante”, referiu.

Para o vice-presidente da AJEPC, a grande mais-valia deste Fórum Ambiental prende-se muito com o facto de ser um ponto de encontro “de todas as pessoas do sector”. “Tem essa par-ticular vantagem. Em Portugal temos o ‘know--how’, empresas especializadas e sofisticadas o suficiente para conseguirem prestar estes servi-ços. As que prestam consultoria mais facilidade têm, as que estão a competir com empresas que fazem o mesmo tipo de serviços e que são mais industriais terão mais dificuldade”, afirmou.

“Precisamos de nos unir” pelo planetaAchim Steiner apelou ontem a conjugação de esforços à escala mundial como forma de dar resposta aos grandes desafios ambientais. Para o antigo secretário-geral adjunto da ONU, o MIECF é uma “excelente oportunidade de aprendizagem mútua”

Catarina Almeida

A maioria do tecido empresarial português presente no MIECF representa o sector das águas, nas suas variadas vertentes.

Fundada em 2011, a associação Parceria Por-tuguesa para a Água (PPA) estreia-se no certame com o intuito de dar continuidade à sua missão: “promover a internacionalização do cluster portu-guês do sector da água”. “Tendo em vista que ten-tamos potenciar negócios dos nossos associados em mercados exteriores esta seria uma oportuni-dade bastante interessante. Além disso, Portugal tem muita experiência”, salientou Inês Trindade, gestora de parcerias da PPA.

Criada para “fazer a ponte” entre os associa-dos e potenciais investidores internacionais, a Par-

ceria Portuguesa para a Água vê em Macau uma “porta de excelência”. “Sem dúvida que para os portugueses Macau é a porta de entrada mais fácil para o mercado chinês. Estivemos cá muitos anos, muitas pessoas falam português, há muita afini-dade entre as duas partes pelos motivos que toda a gente conhece”, disse.

Além disso, “a China é um gigante mundial e toda a gente, julgo eu, tem interesse em fazer ne-gócios com a China. Tem um potencial enorme”, destacou Inês Trindade.

A importância do contacto directoO Grupo Águas de Portugal (AdP) também

está pela primeira vez no MIECF, para, sobretudo,

Uma “porta de excelência” para empresas portuguesasO MIECF atraiu este ano mais de 25 empresas portuguesas interessadas num mercado que não é familiar para todas. No cômputo geral, os objectivos são transversais: promover a internacionalização, potenciar negócios, aprofundar laços com Macau, uma “porta de excelência” para entrar no mercado chinês

“estabelecer contactos”. “O nosso principal objec-tivo é de alguma forma aproximarmo-nos um bo-cadinho do território e das autoridades nacionais, porque, não obstante termos este relacionamento institucional, vir cá é completamente diferente”, explicou Elsa Luz, directora de comunicação e imagem ao Jornal TRIBUNA DE MACAU.

O Grupo AdP foi convidado a apresentar o projecto de despoluição do Estuário do Tejo, en-quanto exemplo de gestão sustentável de recursos hídricos e que se reflecte como um “projecto bas-tante feliz para Macau”. “É um projecto que evi-dencia que o esforço integrado nos diversos níveis é muito relevante e traz resultados evidentes, não só para servir as populações com os sistemas de

O antigo secretário-geral adjunto da Organização das Nações Uni-das (ONU), Achim Steiner, é o

orador principal do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambien-tal 2017 (MIECF, na sigla inglesa), que se realiza até amanhã em torno do tema “Desenvolvimento Verde Inovador para um Futuro Sustentável”. Na sessão de abertura do MIECF, Steiner destacou que a protecção ambiental é um assunto que

“merece a atenção” de todos, pelo que o MIECF é uma “excelente oportunidade de aprendizagem mútua”. “Vamos, em conjunto, estudar e abordar novas pos-sibilidades ou oportunidade viáveis de cooperação para o futuro”, indicou.

Segundo Achim Steiner, o mundo vive hoje um período de “grande evolu-ção”. “Embora estejamos todos a viver no mesmo mundo com os mesmos desa-fios, temos que dar mais contributos em

prol da protecção ambiental”, apontou. “Os fenómenos [ambientais] existem

porque estamos a libertar poluentes. De-vemos e percebemos que as alterações climáticas são um assunto que tem des-pertado muita atenção de diferentes or-ganizações ambientais”, disse.

Para o actual director da “Oxford Martin School”, por muito pequenas que sejam as alterações ambientais podem afectar “gravemente” o planeta Terra. “Precisamos de uma grande quantida-de de recursos alimentares, ou seja, ne-cessitamos de muitos terrenos para a indústria agrícola. Mas, se não tivermos espaços suficientes, onde iremos buscar as fontes alimentares? É uma questão a ponderar”, salientou.

Por outro lado, apontou Portugal como um bom exemplo de aplicação de

uma economia verde. “Há dois ou cin-co anos, Portugal passava por uma cri-se económica mas conseguiu recuperar, ao usar uma economia verde, tanto nos transportes como na habitação, graças ao empenho do Governo que promoveu esta mudança”, vincou.

Durante uma intervenção ainda de-morada, Achim Steiner reforçou que em prol de um melhor meio ambiente, à es-cala global, é necessário que as diferentes nações se unam. Além disso, é importan-te equilibrar o desenvolvimento econó-mico com a preservação ambiental. “Não estamos a resolver os nossos próprios problemas, precisamos de nos unir para ultrapassar e resolver todas as dificulda-des que afectam cada um de nós”, aler-tou.

C.A.

Bernardo Mendia, vice-presidente da AJEPC Inês Trindade (esq) e Ana Filipa Carlos, da PPA

JTM | LOCAL 11Sexta-feira, 31 de Março de 2017

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“Precisamos de nos unir” pelo planeta

Uma “porta de excelência” para empresas portuguesas

“estabelecer contactos”. “O nosso principal objec-tivo é de alguma forma aproximarmo-nos um bo-cadinho do território e das autoridades nacionais, porque, não obstante termos este relacionamento institucional, vir cá é completamente diferente”, explicou Elsa Luz, directora de comunicação e imagem ao Jornal TRIBUNA DE MACAU.

O Grupo AdP foi convidado a apresentar o projecto de despoluição do Estuário do Tejo, en-quanto exemplo de gestão sustentável de recursos hídricos e que se reflecte como um “projecto bas-tante feliz para Macau”. “É um projecto que evi-dencia que o esforço integrado nos diversos níveis é muito relevante e traz resultados evidentes, não só para servir as populações com os sistemas de

tratamento de esgotos mas também para permitir que as actividades económicas tenham recupera-ção e que haja turismo”, apontou Elsa Luz.

“Macau é uma área em grande desenvolvimen-to, posiciona-se como ponto fulcral do desenvolvi-mento na China na componente turística e Lisboa tem também essa componente”, acrescentou a res-ponsável.

A par da participação no espaço de exposição, o Grupo AdP tem agendadas reuniões com parcei-ros e investidores chineses. “Temos como filosofia trabalhar com as empresas locais nos mercados in-ternacionais onde operamos, trabalhamos muito ao nível da consultadoria. Trazemos a experiência, capacidade e conhecimento”, concluiu Elsa Luz.

O governo português está confian-te na concretização de “algumas oportunidades” de negócio e

cooperação na área ambiental com Ma-cau. A ideia foi transmitida ontem pelo Secretário de Estado do Ambiente de Portugal no Fórum e Exposição Interna-cional de Cooperação Ambiental (MIE-CF, na sigla inglesa), que já se reuniu com o Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário.

“Junto das empresas e das autorida-des portuguesas mais próximas da tutela do Ambiente procuraremos estimular no futuro que esse encontro de vontades se realize”, vincou Carlos Martins aos jor-nalistas.

Disposto a “conhecer melhor” os interesses comuns com Macau, Carlos Martins garante que da parte portugue-sa há uma grande disponibilidade para fortalecer e criar parcerias, nomeada-mente através do “know-how”.

“Há uma grande vontade de mobili-zar o conhecimento português quer das autoridades mais administrativas mas também daquelas que estão nas uni-versidades, nos politécnicos e no sector empresarial público e privado para o co-locar ao serviço dessa parceria que pode ser um projecto em que todos teremos a ganhar”, sublinhou.

Encarando a RAEM como “uma ja-nela de oportunidade”, o governante garante que Portugal é um “bom par-ceiro para as empresas chinesas”, tendo em conta os casos de sucesso do foro ambiental em território lusitano. “Portu-gal tem tido bons casos de sucesso, em vários domínios. Na protecção costeira, temos bons exemplos e esse foi um dos casos aprofundados”, apontou Carlos Martins, recordando a visita a Lisboa de uma delegação das províncias e regiões do Grande Delta do Rio das Pérolas, co-nhecido como bloco “9+2”.

Portugal tem ainda dado cartas nos sectores da água, das águas residuais, na despoluição do estuário do Tejo e nas energias renováveis posicionando o país em 7º lugar no panorama europeu.

“Tivemos quatro dias com energias re-nováveis o que é um novo paradigma a nível mundial. Um país estar a consumir energia durante quatro dias consecuti-vos com energias renováveis é uma cir-cunstância quase excepcional”, destacou o Secretário de Estado.

Todos estes “casos de sucesso” bem como as ligações históricas entre Portu-gal e Macau fazem como que, hoje em dia, “seja mais fácil a relação com a Re-pública Popular da China e não devemos ignorar os interesses da China nos países de expressão portuguesa”, destacou.

“Esse é seguramente o elo de ligação: competências, capacidade de diálogo, uma história que gera confiança entre as partes e, portanto, uma forma de abor-dar o futuro orientada para estes valores de que o mundo tem mudado de para-digma a nível ambiental”, afirmou.

Antes, na cerimónia de abertura do MIECF, o Secretário de Estado do Ambiente destacara a importância de “repensar o nosso papel no mundo e a sociedade”. “É necessário mobilizar a sociedade para um consumo consciente, contribuir para uma transição na direc-ção de estilos sustentáveis de vida a ca-minho de uma sociedade do bem-estar, inovadora e com modelos sustentáveis de produção e de consumo, na constru-ção de uma verdadeira economia ver-de”, disse.

Para isso, Carlos Martins acredita que a aposta no ensino e na aprendizagem dos mais novos é um dos caminhos a se-guir. “Só assim se poderão conseguir ul-trapassar os desafios que se nos colocam num futuro próximo”, indicou.

Por fim, o governante deixou a ga-rantia de que “Portugal estará sempre presente” no território. “Tenho a certe-za que a forte ligação entre Portugal e Macau que resulta em mais de 400 anos - fruto de um longo e histórico convívio de coexistência e intercâmbio entre as duas culturas – se estreitará cada vez mais os laços que irão continuar a unir as gerações futuras”, rematou.

C.A.

Lisboa quer estimular parcerias ambientaisHá uma “grande vontade” por parte do Governo português de mobilizar conhecimento, desde administrativo a universitário, nas actuais e futuras parcerias ambientais que poderão surgir durante a visita do Secretário de Estado do Ambiente ao território. Lisboa olha para Macau como uma “janela de oportunidade”, e procura firmar parcerias no território, já que Portugal é um “bom parceiro para as empresas chinesas”, sublinha Carlos Martins

Chefe defende economia verde

Macau irá encorajar uma cooperação regional próxima, na área da protecção ambiental e do desenvolvimento de uma economia verde, assegurou o Chefe do Executivo. Na aber-tura do MIECF, Chui Sai On reiterou que a protecção ambiental é um assunto importante na agenda do desenvolvimento nacional e regional.

DSPA assina acordo com Guangdong

O Departamento de Protecção Ambiental da Província de Guangdong e a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) assinaram um acordo para reforçar o intercâm-bio e a cooperação na monitorização do ambiente, tratamento de resíduos sólidos e indústria ambiental. O plano, que vigora até 2020, prevê medidas de protecção para a Região do Grande Golfo de Guangdong, Hong Kong e Macau, promoção do projecto de tratamento e transferência inter-regional de veículos abatidos e obsoletos, entre outros.

Inês Trindade (esq) e Ana Filipa Carlos, da PPA Elsa Luz, do grupo Águas de Portugal

Sexta-feira, 31 de Março de 201712 JTM | PUBLICIDADE

Sexta-feira, 31 de Março de 2017 JTM | ACTUAL 13

Sete jornais europeus publicaram ontem um artigo de Theresa

May, em que a Primeira--Ministra britânica procura tranquilizar os europeus sobre o seu desejo de man-ter uma “profunda e es-pecial relação com toda a União Europeia” (UE) após o “Brexit”.

“Estamos convenci-dos que será possível che-gar a um acordo no prazo previsto e, além disso, de uma forma que reforce os valores europeus que to-dos partilhamos e de que o mundo necessita”, escre-veu no texto publicado no jornal espanhol “El País”, um dia depois do início do processo de saída do seu país da UE.

Assegurando que o “Brexit” “não é uma tentati-va de prejudicar a UE nem nenhum dos seus Estados membros”, May sustenta que na negociação do novo acordo que deve regula-mentar as relações entre Londres e a União, “todos sairíamos prejudicados se fossem criadas barreiras co-merciais desnecessárias”.

A Espanha abriga a maior comunidade de ex-patriados britânicos do mundo, quase 300.000, número que atingira um milhão se fossem consi-derados os residentes não

registados, de acordo com estimativas não oficiais. No artigo, May destaca que no Reino Unido há pelo menos 130.000 espanhóis, “que fazem uma contribui-ção enorme à nossa econo-mia e sociedade”. Enfatiza também que o seu país “é o principal destino dos in-vestimentos espanhóis na Europa, ao mesmo tempo que 700 empresas britâni-cas investem na Espanha”.

Por outro lado, no jornal alemão “Frankfurter Allge-meine Zeitung”, a Primei-ra-Ministra britânica realça a estreita colaboração com Berlim em questões de po-lítica externa, como os con-flitos na Síria e na Ucrânia. “Sabemos como é valiosa esta cooperação e longa amizade entre os nossos países”, escreveu.

No jornal francês “Le Parisien”, insiste na impor-tância da cooperação na área da segurança, tendo em conta que as duas par-tes “enfrentam os mesmos desafios globais, o terroris-mo e o extremismo”.

O artigo de May também foi publicado nos jornais “Rzeczpospolita” (Polónia), “La Repubblica” (Itália), “Dagens Nyheter” (Suécia) e “Irish Times” (Irlanda).

JTMcom agências internacionais

REINO UNIDO

May tenta serenar UEUm dia depois de ter activado o “Brexit”, a Primeira-Ministra britânica defendeu a manutenção de uma relação estreita com a União Europeia

Xi Jinping estará nos EUA a 6 e 7 de Abril para par-ticipar na sua primeira

reunião com o homólogo norte--americano, Donald Trump, anunciou o Governo chinês. O encontro decorrerá no “resort” que Trump possui em Mar-a--Lago, na Florida, confirmou o porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Lu Kang, revelando que a viagem de Xi também incluirá uma passagem pela Finlândia, a 4 e 5 de Abril.

Segundo a agência EFE, a expectativa é que a reunião tenha um carácter comercial, atendendo às frequentes críti-cas de Trump sobre os desequi-líbrios nas trocas comerciais, nalgumas ocasiões acompa-nhadas de acusações à China por “roubar” postos de traba-lho dos EUA ou “manipular” o yuan para favorecer as suas exportações.

Lu Kang não forneceu deta-lhes sobre a agenda do encon-

CHINA/EUA

Trump vai receber Xi com comércio na agendaOs Presidentes dos EUA e da China vão encontrar-se pela primeira vez na próxima semana, na “Casa Branca de Inverno”. Trump e Xi deverão abordar questões comerciais, uma matéria sensível nas relações entre os dois países

tro, mas sublinhou a necessida-de de olhar para o panorama geral quando se fala dos inte-resses mútuos nas relações co-merciais. “O mercado dita que esse interesse entre os dois paí-ses seja estruturado”, disse o porta-voz, em resposta a uma pergunta sobre atritos comer-ciais.

Realçou ainda que “40% do superavit comercial da China com os Estados Unidos é criado por empresas americanas em território chinês” e o comércio bilateral “gerou 2,6 milhões de postos de trabalho nos Estados Unidos”, segundo números do Conselho de Negócios China--EUA.

O encontro era tido como pouco provável até há cerca de dois meses, quando Trump sus-citou protestos em Pequim de-vido às suas afirmações de que poderia vir a deixar de reco-nhecer a política “Uma só Chi-na”. Contudo, em meados de Fevereiro, Trump voltou atrás

e disse reconhecer o princípio, criando condições para Pequim e Washington discutirem um encontro.

O telefonema foi seguido pelas visitas do conselheiro de Estado chinês, Yang Jiechi, a Washington, e do Secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, a Pequim.

Xi será o segundo chefe de Estado a visitar o “resort” que Trump designa como “Casa Branca de Inverno”. O Presi-dente do Japão, Shinzo Abe, vi-sitou Trump no mesmo “resort” em Fevereiro, tendo ambos jo-gado golfe. Xi não deverá, no entanto, alinhar em partidas de golfe, uma vez que o Partido Comunista Chinês considera a modalidade um desporto “bur-guês” e adoptou várias medi-das para travar a sua expansão no país, no âmbito da campa-nha anticorrupção.

JTM com agências internacionais

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D’Assumpção, faleceu no dia 28 de Março

no Hospital Kiang Wu.

Deixa filha Teresa Maria D’Assumpção (Tete), cunhadas,

sobrinhos e sobrinhos netos. O velório dia 02 de Abril,

na Casa Mortuária do Kiang Wu, de acordo com a celebração budista.

Agradece antecipadamente a todos que queiram participar

AMITABA

Sexta-feira, 31 de Março de 201714 JTM | DESPORTO

FOTO

AFC

A postura demasiado defensiva da selecção de Macau, em es-pecial nos segundos quarenta

e cinco minutos, foi a nota saliente da estreia da equipa de Tam Iao San nas eliminatórias para a Taça da Ásia de 2019, cuja fase final terá lugar nos Emirados Árabes Unidos.

O jogo diante do Quirguistão foi visto, via internet, por algumas cen-tenas de pessoas, isto a avaliar pelas visualizações da transmissão em di-recto, ressaltando a falta de soluções atacantes e as dificuldades nas transi-ções ofensivas, numa equipa que jo-gou com três centrais de raiz (Filipe Duarte, Paulo Cheang e Lao Pak Kin) e dois laterais, Lei Ka Him e Choi Chan In.

Filipe Duarte e Leong Ka Hang, os dois elementos que estavam em dúvi-da, por se encontrarem ligeiramente tocados, isto segundo informações colhidas junto do corpo técnico da selecção, acabaram por poder alinhar no “onze” escalado para esta primei-ra “amostragem” pós-Taça Solidarie-dade, cuja campanha, em Novembro último, fez subir o ranking do futebol de Macau e deu outra imagem do seu futebol.

Quem viu jogar a equipa nessa al-tura e assistiu ao desafio face ao Quir-guistão, na passada terça-feira, diria que não seria a mesma, dada a exibi-ção demasiado defensiva, perante um adversário que será, em princípio, de menor qualidade do que as restantes selecções com quem Macau terá de jo-gar neste Grupo A, Myanmar e Índia.

Tam Iao San não escondeu, desde o sorteio e o início da preparação para esta Taça da Ásia, as dificuldades que a equipa iria encontrar no confron-to com selecções mais bem cotadas em termos de ranking e por isso com mais poderio técnico e físico, mas esperava-se que a atitude fosse bem mais ousada, não para apenas “per-der por poucos”.

Este foi o primeiro teste nas eli-minatórias, cujo resultado, apesar de negativo, não é desmotivador para o resto da campanha e essa seria uma das grandes preocupações, ou seja, não começar com um desaire pesado, sob pena de criar desmotivação nos jogadores.

Por aí Macau cumpriu, porque a realidade do futebol asiático, a este nível de “segundo escalão” (ou será mesmo terceiro…), ainda não é total-

A comitiva da selecção de futebol da RAEM já regressou a casa, depois de uma derrota pela margem mínima em Bishkek, mas com pouca ousadia no ataque. Myanmar será o próximo adversário, em Junho, e espera-se uma selecção a arriscar mais do meio-campo para a frente. A Liga de Elite regressa a 7 de Abril

Vítor Rebelo*

mente acessível a selecções como a da RAEM, daí que perder por 1-0 acaba por já não ser um mau desempenho, principalmente quando comparado com o que vinha acontecendo há uns anos.

No entanto, esperava-se franca-mente mais da equipa, que possui jo-gadores já com alguma experiência, ainda por cima “reforçada” com Filipe Duarte e Edgar Teixeira, que realiza-ram o primeiro jogo oficial pela selec-ção do território, depois de já terem vestido a camisola de Macau em de-safios não-oficiais, como os Interport com Hong Kong e Cantão.

As exibições e os resultados na Taça Solidariedade, face a Sri Lanka, Laos, Mongólia e até na final diante do Nepal, em que Macau perdeu pela diferença mínima, deixaram alguma expectativa de que a selecção local pudesse agora pelo menos discutir o jogo em determinados períodos, o que praticamente nunca aconteceu no péssimo relvado de Bishkek, ca-pital do Quirguistão. O piso quase impraticável pode servir de desculpa para uma “performance” tão fraca do meio-campo para a frente, não obs-tante a qualidade de jogadores como Edgar Teixeira, Leong Ka Hang, Ni-cholas Torrão, Pang Chi Hang, mas há que reflectir, até porque o Quirguistão

mostrou falta de discernimento na hora de finalizar e esse “nervosismo e ansiedade” poderiam ter sido apro-veitados nos segundos quarenta e cinco minutos, com um contra-ataque mais organizado.

Diferentes estilos nos clubes

O treinador do Monte Carlo, Cláu-dio Roberto, esteve atento à exibição da selecção do território, onde entra-ram dois jogadores da sua equipa, Ho Man Fai e Paulo Cheang. “A ideia que ficou ao vermos o desafio do Quir-guistão é que Macau pode fazer mais e melhor, mas a gente sabe que há vá-rios factores que têm de ser tomados em consideração. Desde logo o tipo de jogo utilizado pelos clubes, uns com jogo directo, outros que gostam de ter a bola no chão. Há equipas mais defensivas, mas quando têm a bola constroem. Por isso estas diferenças criam algumas dificuldades que a se-lecção apresenta. O problema é que as dificuldades vão aumentar daqui para a frente. Cabe a eles, treinadores e jo-gadores, avaliar. Nos desafios em casa as pessoas esperam que a selecção te-nha a iniciativa do jogo, mas para isso há que trabalhar muito bem”, disse ao Jornal TRIBUNA DE MACAU o treinador brasileiro, que está pela se-gunda época consecutiva ao serviço

Selecção da RAEM praticamente só defendeu em Bishkek

do Monte Carlo, segundo classificado na actual Liga de Elite, a um escasso ponto do líder Benfica.

Por sua vez, William Gomes, um dos bons artilheiros que o futebol de Macau tem tido nos últimos anos, considera que “Macau teve uma boa postura durante a primeira parte, atendendo a que o adversário é supe-rior e jogava em casa”

Mas, nos segundos quarenta e cin-co minutos, a atitude foi diferente. “Deveria ter tido mais ousadia, até porque o Quirguistão estava a mos-trar dificuldades na finalização, Ma-cau deveria ter arriscado um pouco mais. Penso que está na cabeça dos jo-gadores defender, com a excepção do Edgar. Foi uma pena o Nicholas Tor-rão ter estado quase sempre sozinho e com esta postura da equipa o próprio Leong Ka Hang fica apagado”, subli-nha o avançado que se mantém esta época a jogar no Ka I.

William Gomes reconhece, no en-tanto, que a selecção melhorou mui-to: “A equipa melhorou bastante, há organização e táctica na selecção. A questão é que deveria ter mais poder ofensivo e dar oportunidade a joga-dores que podem representar Macau e têm experiência como são os exem-plos de Cuco ou Adilson Silva, para tentar dar mais ousadia à selecção. Vi-mos no desafio com o Pegasus que o adversário era forte e teve mais posse de bola, mas na segunda parte Macau soltou-se mais e fez dois golos, isso quer dizer que a equipa pode arriscar um pouco mais.”

Sandra Lobo Pimentel, jornalista da TDM –TV, também esteve atenta ao jogo de Bishkek. “A primeira nota que me merece destaque é, sem dúvida, o estado lastimável do terreno de jogo. Uma prova que se preze não deveria permitir que se jogasse em condições impraticáveis como as que se viram. Quanto ao jogo propriamente dito, resultado não surpreende já que só houve uma equipa em campo a querer ganhar o jogo. Compreendo as limita-ções da selecção de Macau, no entan-to, colocando as coisas de forma sim-ples, o objectivo do futebol é marcar golos para ganhar jogos, e esta equipa não pode simplesmente demitir-se do aspecto ofensivo”, referiu.

Na sua perspectiva, “Macau preci-sa de ter uma estratégia que privilegie o contra-ataque, uma tentativa de dis-putar o jogo e o resultado”. “Depois da Taça Solidariedade fiquei com a impressão que isso poderia ser possí-vel, mas já no jogo de preparação com o Pegasus de Hong Kong se viu que, realmente, falta esse trabalho e essa ousadia a este conjunto”, acrescentou.

A nível interno, a Liga de Elite ainda não irá recomeçar neste fim--de-semana, voltando ao relvado do Estádio de Macau (Taipa) nos dias 7, 8 e 9 de Abril, para a última jornada da primeira volta, que incluirá o jogo Benfica-Sporting.

Quanto à II Divisão, regressa só nos dias 13, 14 e 15, no MUST, igual-mente para o fecho da primeira parte do campeonato, destacando-se a par-tida entre o Hang Sai e a Casa de Por-tugal.

* Jornalista

QUALIFICAÇÃO PARA A TAÇA DA ÁSIA

Pede-se mais ousadia a Macauno rescaldo da derrota no Quirguistão

JTM | DESPORTO 15Sexta-feira, 31 de Março de 2017

Benficavs FC Porto

Aroucavs Sporting

Bragavs Marítimo

1-1 1-2 1-0

2-1 0-2 1-1

2-1 1-3 1-0

3-1 0-1 2-0

1-1 1-2 2-0

0-1 0-2 1-0

1-0 0-2 1-1

2-1 1-3 2-0

1-2 0-2 2-0

“DRAGÕES” E “ÁGUIAS”METEM TRAVÃO À PONTUAÇÃOAs duas grandes surpresas da última jornada foram assina-das pelos dois primeiros classificados da Liga Portuguesa

de Futebol (Benfica e FC Porto) ao empatarem contra equipas potencialmente mais fracas. Por isso, não é de

todo incompreensível que não tenham existido grandes mexidas na tabela do Barómetro, salientando-se apenas

a subida de Vanessa dos Santos ao quarto lugar da classi-ficação. Ao contrário do pouco “sal” gerado pelo Benfica e FC Porto na jornada transacta, o mesmo não se espera na próxima ronda, que promete deixar os ânimos ao rubro!

“Águias” e “Dragões” encontram-se para mais um clássico, sendo que o confronto directo na primeira volta resultou num empate. Este cenário, no entanto, apenas é previsto

por duas participantes no Barómetro: Sílvia Ferrão e Alessandra Araújo. Na onda dos empates, também entram

a bordo Susana Diniz e Helena Brandão, concretamente para a visita do Marítimo ao Estádio Municipal de Braga.

AlessandraAraújo 89

AnaCardoso 91

HelenaBrandão 89

ManuelaGorgueira 71

SílviaFerrão 95

SusanaDiniz 91

VanessaDos Santos 90

Violetado Rosário 70

BeatrizConceição 89

Costa Santos Sr.*

Apenas um ponto separa Benfica e FC Porto

A 27ª jornada da I Liga Portu-guesa reserva-nos para o Es-tádio da Luz o “jogo do tudo

ou nada” entre Benfica e FC Porto ou o jogo do “tudo na mesma”. Dependerá do resultado, obviamente.

E se Rui Vitória e Nuno Espírito San-to têm todas as suas “armas” em per-feitas condições para o encontro, estão lançados os dados para se perspectivar um grande jogo de futebol. Não adianta rebuscar no passado o “histórico” des-tes confrontos. Se é verdade que nos últimos 10 anos a vantagem é portista (quatro vitórias contra duas derrotas e quatro empates), isso nada quer dizer para o que poderá acontecer amanhã (03:30 da madrugada de Macau).

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ARQ

UIVOQuem ganhar o clássico da Luz,

“arrisca-se” a ser campeão. Ainda falta muito campeonato para Benfica e FC Porto, que estão separados apenas por um ponto, mas uma vitória é meio caminho andado para o título

Quem ganhar tem o caminho aberto para ser campeão, embora ainda tenha pela frente mais sete “finais”. Emoção a rodos para uma partida com lotação esgotada, segundo anunciou o Benfica.

No dia seguinte (uma da manhã em Macau), o Sporting viaja até Arouca

para a estreia do técnico adversário, Jor-ge Leitão, que teve de ver outro treina-dor - Vítor Oliveira - a dar o nome para a ficha pelo facto de não possuir o quar-to nível do curso de treinadores. Neste jogo, esperam-se dificuldades para os “leões” e um ambiente pouco sereno,

devido aos acontecimentos no túnel de Alvalade. Apesar de tudo, em termos de capacidade, o Sporting é claramente superior.

Nacional e Tondela, dois aflitos, re-cebem Vitória de Guimarães e Estoril--Praia. Em Tondela, há a curiosidade de ver como reagem os “canarinhos” aos novos métodos de Pedro Emanuel. A necessidade de pontos é um alerta co-mum, até porque os “beirões” estão na cauda da classificação e desbaratar a oportunidade de uma vitória em causa representa quase uma “autocondena-rão”. Exactamente a mesma ideia apli-ca-se ao Nacional, que estreia João de Deus no comando técnico, ante o Vitó-ria de Guimarães que não quer descolar do quarteto da dianteira.

Vitória de Setúbal, Belenenses e Boa-vista, dão as boas-vindas a Moreirense - estreia Petit no comando - Feirense e Rio Ave. Mesmo “em casa”, nenhum visitado tem tarefa tranquila. Todos querem pontuar para trepar lugares na classificação.

Por sua vez, Sporting de Braga e Chaves recebem Marítimo e Paços de Ferreira. Vantagem para os donos da casa, mas nada de subestimar o valor dos insulares e dos “castores”.

* Jornalista profissionalespecializado em desporto

LIGA PORTUGUESA

O título em jogo na Luz

Sexta-feira, 31 de Março de 201716 JTM | OPINIÃO

1. O livro do jornalista José Pe-dro Castanheira sobre o antigo Presidente da República, Jorge

Sampaio, ganhou outro impacto com o capítulo dedicado a Macau e, parti-cularmente, ao ex-governador Rocha Vieira.

Em Portugal, não estávamos e nem estamos habituados a este tipo de lin-guagem dura entre personalidades políticas ainda em vida, apesar de afastadas de actividades governati-vas.

Sampaio arrasa Rocha Vieira, um direito seu, uma vez que o antigo go-vernador despachava com o Presiden-te e dele dependia politicamente e em termos de confiança.

Já sobre Macau e a presença portu-guesa, Jorge Sampaio comete algumas injustiças.

Primeiro, o caso Rocha Vieira - não era segredo, no passado, a profunda hostilidade mútua entre Sampaio e Vieira e o desejo de Belém substituir o governador.

Dois homens, aparentemente, dis-cretos no comportamento, Sampaio e Rocha Vieira divergiam sobre a me-lhor forma de representar Portugal no território.

O livro de todas as polémicasJORGE

SILVA*

UM OUTRO OLHAR

Para Sampaio, Rocha Vieira tinha demasiada autonomia e, até, even-tualmente, gostaria de ser Presidente da República na sequência de algu-mas acções de propaganda do general para promover Macau e, também, sus-peitava Belém, de se auto-promover em Lisboa.

A democracia musculada do go-vernador não era, igualmente, do agrado de Jorge Sampaio, mas a gota de água foi a criação da Fundação Jor-ge Álvares, de que Rocha Vieira seria o primeiro presidente.

Foi o erro fatal do general, que manchou a sua saída de Macau, de-pois de ter retirado o território das notícias de escândalos que marcaram os consulados de Pinto Machado e Carlos Melancia.

O desassombro do antigo Presi-dente da República, no livro de Casta-

nheira, é tremendo, digamos que algo inaudito e inédito na política portu-guesa.

Este livro chamusca a imagem do antigo governador e revela o quanto conturbado foi esse tempo entre Be-lém e o Palácio da Praia Grande.

Seria bom conhecer o outro lado da história, o que Rocha Vieira pensa das afirmações de Sampaio e de que forma as comenta...

Mas, duvido que abra a boca sobre o assunto...

Quando Jorge Sampaio afirma que não gosta de Macau porque os por-tugueses pouco fizeram, vieram para cá enriquecer, pouca gente aprendeu português e que a Escola Portuguesa, tal como foi criada, é um equívoco, o ex-Presidente perde o sentido de Es-tado e fala, de cor, sobre questões que deveria conhecer melhor.

As administrações portuguesas de Macau podiam ter feito mais e me-lhor? Sem dúvida. Mas o que fizeram deve constituir motivo de orgulho e não de vergonha.

Foi criada, de raiz, uma estrutura de serviços, os dinheiros do jogo, antes da liberalização, aplicados em bairros e acções sociais, formados quadros bi-lingues, dada a nacionalidade portu-guesa a indivíduos de etnia chinesa, construídos um aeroporto e um porto de águas profundas, pelo menos duas pontes, reforçada a presença cultural portuguesa no território, defesa do património e das marcas lusas e por aí fora... Até uma televisão e uma rádio, com canais portugueses fazem dessa herança, tal os jornais, embora priva-dos, em língua portuguesa.

E quanto à indirecta de que o pes-soal veio para aqui enriquecer, o que é totalmente legítimo, desde que legal, convém recordar que quase todos os partidos políticos e candidatos presi-denciais em Portugal, receberam de Macau dinheirinho para as respecti-vas campanhas...

2. Rodrigo Brum é a escolha certa para o cargo de secretário-geral adjunto do Fórum China-Países

de Língua Portuguesa. Profundo co-nhecedor do território e com larga experiência na gestão de empresas e projectos, Brum é o homem indicado para dar nova dinâmica ao Fórum.

* Jornalista

Quando Jorge Sampaio afirma que não gosta de Macauporque os portugueses pouco fizeram, vieram para cá

enriquecer, pouca gente aprendeu português e que a Escola Portuguesa, tal como foi criada, é um equívoco,

o ex-Presidente perde o sentido de Estado e fala, de cor,sobre questões que deveria conhecer melhor

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JTM

Sexta-feira, 31 de Março de 2017 JTM | OPINIÃO 17

Dito“Não sou em nada contra os princípios sindicais, mas tem de existir um limite nas associações sindicais e não sei como isso iria acontecer em Macau. Se vamos ter uma nova lei, deve ser justa para ambas as partes”

Melinda Chan, deputada, em entrevista ao “Hoje Macau”

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

31/03/1997

226 PROCESSOSFORAM INICIADOSO Alto Comissariado Contra a Cor-rupção e a Ilegalidade Administrativa (ACCCIA) teve em 1996 um ano reple-to de trabalho. Foram iniciados nada menos de 226 processos, dos quais dez deles por incitativa daquele organismo, 13 sobre notícias vindas a lume da Co-municação Social, tendo a maioria (148) sido baseados em queixas de particu-lares. Também as denúncias anónimas continuaram a constituir uma excelen-te fonte para as acções do ACCCIA. A maior parte dos processos recaiu no âmbito da Provedoria de Justiça, o que não é novo, visto que o mesmo acontecera em anos anteriores. Ape-nas 91 diziam respeito a suspeitas de infracções penais e 14 a ambas as ver-tentes. Se juntarmos aos 226 processos iniciados no ano transacto, os 134 que “sobraram” de 95 para 96, quer dizer que os homens do ACCCIA analisaram um conjunto de 400 “dossiers”. Des-te número só 34 foram encaminhados para posterior investigação criminal: 27 remetidos ao MP, 5 ao TIC e 2 à PJ. Para o ano de 1997 transitaram 174 pro-cessos, ao passo que 176 foram dados como concluídos. Diz o ACCCIA que ao número dos processos remetidos devem ser acrescentadas ainda as oito certidões enviadas às tutelas da Admi-nistração para eventual procedimento disciplinar ou apreciação de conduta dos funcionários envolvidos. Também desde ontem, com a publicação de uma lei no Boletim Oficial, o ACCCIA pas-sou a ter competência para investigar crimes de corrupção eleitoral.

PROVEDORES DE JUSTIÇAVÃO REUNIR-SE EM MACAUMacau vai ser o palco, em Maio de 98, da terceira reunião da Associação Asiá-tica dos Provedores de Justiça (Ombu-dsman), disse à Lusa uma fonte do Alto Comissariado Contra a Corrupção e Ilegalidade Administrativa (ACCCIA) de Macau. A decisão de realizar em Ma-cau a próxima reunião foi tomada em Seul no decorrer do segundo encontro da Associação Asiática dos Provedo-res de Justiça, que decorreu na capital sul coreana entre 24 e 26 Março, com a presença de representantes de 10 paí-ses e territórios da região. A delegação de Macau à reunião foi chefe da pelo ACCCIA, Mendonça de Freitas. Duran-te a reunião foram discutidas temáticas relativas às “Funções gerais do Ombu-dsman” e “A contribuição do Ombu-dsman na resolução das queixas dos cidadãos”. A última sessão da reunião destinou-se a rectificação dos Estatutos da Associação, tendo sido deliberado que a votação será realizada no próxi-mo ano em Macau.

ALBANOMARTINS*

OS DESATINADOS

1 . Em Janeiro a inflação de Macau estava em 2,2 por cento, tendo descido para 1,91 por cento em

Fevereiro, devido ao facto de o IPC Geral (Índice de Preços no Consumi-dor Geral) ter descido 0,46 pontos em valor absoluto, o que me levou a pôr em causa, em artigo recente, o com-portamento das rendas nesse cabaz!

Como não é crível que se altere o processo de recolha dessa informação, a inflação em Março, que deverá ser disponibilizada pela DSEC lá mais para 21 de Abril, terá grandes proba-bilidades de se situar entre 1,66 e 1,77 por cento.

Ou seja, vou manter para o final do ano a mesma previsão, que se situa entre 1,7 e 2,98 por cento!

Recorde-se que 2016 terminou com uma inflação de 2,37 por cento!

Ainda há muito ano para andar!

2. Quando descemos ao comum dos mortais tentando fazer a economia simples, claro que co-

metemos imprecisões, mas o que inte-ressa é passar o caroço da mensagem para que a comunidade, que não tem de ser especialista em economia, pos-sa perceber o sentido e a importância de alguns dados estatísticos.

Há dias foram disponibilizadas as estatísticas do PIB referentes a 2016, na óptica da despesa.

Para quem não sabe muito sobre isso, há três métodos para o cálculo do Produto, o método da despesa fi-nal, da produção e do rendimento.

Teoricamente os três métodos de-veriam apresentar o mesmo valor, mas há naturalmente muitos obstácu-los para que se consiga obter o mesmo valor, pelo que o método mais usado é o da despesa final.

Mas os outros dão informações complementares muito importantes, embora os valores obtidos apresen-tem discrepâncias relativamente ao método habitualmente usado (o da despesa).

Assim, em Macau, em regra, des-de já alguns anos, acrescenta-se nes-sa publicação também a estimativa do produto na óptica da produção, embora com um ano de atraso e com uma “pequena” discrepância de cerca de 1,5 biliões de patacas entre as duas estimativas.

Pequena porque representa apenas menos 0,41 por cento de divergência face ao método da despesa!

Nesse método, o valor do PIB é a soma de todos os valores acrescenta-dos por todos os sectores, e não a pro-dução total.

A razão é simples, tenta-se saber exactamente quanto geram, por eles próprios, esses sectores, ou sejam quanto criam de facto (chama-se a isso VAB - valor acrescentado bruto), retirando-lhes o valor da produção vinda de outros sectores (chamada de

CI - consumo intermédio), para evita-rem-se as chamadas contagens múlti-plas (duplicações de valores).

Uma leitura do PIB gerado em Macau por esse método leva-nos a concluir que, em 2015, último ano co-nhecido, o maior rácio (divisão) entre o valor acrescentado bruto e o valor bruto de produção, veio do imobiliá-rio (83,8%), seguindo-se depois o Jogo (82,6%)!

Claro que o VAB gerado pelo imo-biliário (35,6 mil milhões) representa apenas cerca de 20 por cento do gera-do pelo jogo (171,1mil milhões)!

Se formos agora para outro indi-cador, tirado dessas estatísticas, po-demos ver o que significa de facto a especulação nesse sector!

O VAB, aquilo que se acrescenta numa empresa ou sector, não é mais do que a soma dos salários, rendas, juros e impostos que se pagam mais os lucros do empreendedor!

Então vejam, no imobiliário as re-munerações dos empregados repre-sentavam apenas 3,8 por cento do VAB e no jogo 12,3 por cento!

No imobiliário, 90,9 por cento do VAB era excedente, o que significa que foi sobretudo para embolsar como lucros, e outra parte menos substancial para pagar juros dos empréstimos sendo que a parte ain-da menos significativa foi para pa-gar rendas! Os impostos representa-ram apenas cinco por cento do VAB!

E no jogo?O excedente foi de apenas 34,9

por cento (a ser distribuído para lucros, pagamento de juros de em-préstimos e de diversas rendas), sendo que o valor dos impostos re-presentou 52,8 por cento do VAB!

Noutra óptica, o sector imobiliá-rio consumiu para a sua produção apenas 16,2 por cento, sendo que no Jogo esse valor foi de 17,4 por cento!

Conclusão, um sector que nem quatro por cento do que gera vai para quem lá trabalha, chama-se exactamente o quê?

* Economista.Escreve neste espaço às sextas-feiras

A especulação imobiliária vista noutra óptica!

Conclusão, um sector [imobiliário]que nem quatro por cento do que gera

vai para quem lá trabalha,chama-se exactamente o quê?

Sexta-feira, 31 de Março de 201718 JTM | LAZER

ROTEIRO

Número de Socorro ............................... 999

Bombeiros ................................... 28 572 222

PJ (Linha aberta) ................................... 993

PJ (Piquete) ................................. 28 557 775

PSP .............................................. 28 573 333

Serviços de Alfândega ............... 28 559 944

Hospital Conde S. Januário ......... 28 313 731

Hospital Kiang Wu .......................28 371 333

CCAC ............................................28 326 300

IACM ............................................ 28 387 333

DST ..............................................28 882 184

Aeroporto ............................. 88 982 873/74

Táxi ..............................................28 283 283

Táxi ............................................. 28 939 939

Água - Avarias ............................ 28 990 992

Telecomunicações - Avarias ...... 28 220 088

Electricidade - Avarias ................28 339 922

Directel .........................................28 517 520

Rádio Macau ...............................28 568 333

Macau Cable .............................. 28 822 866

Clube Militar de Macau ..............28 714 000

ANIMA ..........................................28 715 732

A programação é da responsabilidade das estações emissoras

PATACA COMPRA VENDAUS DÓLAR 7.95 8.05EURO 8.54 8.65YUAN (RPC) 1.150 1.171

Televisão21:15 Liga NOS:Arouca - Sporting

BROADWAY MACAUEspectáculo: “Viva La Broadway”Data: Diariamente, às 16:00, até 31 de MarçoLocal: Teatro da Broadway

CITY OF DREAMSEspectáculo: “The House of Dancing Water”Data: Entre 6ª-feira e 2ª-feira, às 17:00 e às 20:00.Local: Teatro “Dancing Water”

PARISIAN Espectáculo: “Os três fantasmas”Data: Todos os dias, até 26 de MarçoLocal: Teatro do Parisian

GRAND LISBOAEspectáculo: “Crazy Paris Show”Data: Todos os dias, das 13:00 às 21:00Local: Primeiro andar do Casino Grand Lisboa

SANDS COTAI CENTRALEspectáculo: “Monkey King – China Show”Data: Todos os dias, até 31 de Março.Local: Teatro do Sands Cotai

Pequeno-almoço: Po’s Kung Fu FeastData: Sábado - 2ª-feira: 10:00-11:30 3ª-feira - 6ª-feira: 9:00-10:30Local: Ballroom, Level 4

MGMEspectáculo: Alimentação dos PeixesData: Todos os dias, às 15:00Local: Grande Praça

Espectáculos EventosExposição:“Viagem sem Título”

CinemaGhost in the Shell

Broadway Macau“Viva La Broadway”

Câmbios • Info BNU

Telefones Úteis

City of DreamsThe house of Dancing Water

Venetian • Exposição | Kung Fu Panda Adventure Ice World with the DreamWorks All-Stars

ALBERGUE SCMExposição: “28+28 | 28 artistas + 28 obras em feminino” Data: Até 16 de Abril, entrada livre

TAIPA VILLAGEExposição: “Transcience: Daredevils and Towering Webs” de Hugo TeixeiraData: Até 31 de Março

CREATIVE MACAUExposição: “Amor de Macau – Fotografias por Lee Kung Kim”Data: Até 9 de Julho

MUSEU DE ARTE DE MACAUExposição: “Viagem sem Título”Data: Até 14 de Maio

Exposição: “Amor de Macau – Fotografias por Lee Kung Kim”Data: Até 9 de Julho

Exposição: “História do Fabrico do Canhão Exposição sobre Experiência Infantil”Data: Até 20 de Agosto

VENETIAN Exposição: Kung Fu Panda Adventure Ice World with the DreamWorks All-StarsData: Até 9 de Julho

CASA GARDEN Evento: 3º Encontro Marionetas de MacauData: Até 15 de Abril

CANAL MACAU13:00 TDM News (Rep)13:30 RTPi (Dif)14:50 RTPi Directo17:00 Mentes Criminosas17:40 Castle Sr.6 (Rep)18:20 Geração Brasil (Rep)19:10 TDM Talk Show (Rep)19:40 Os Nossos Dias20:30 Telejornal21:15 Notícias do Meu País22:10 Geração Brasil23:00 TDM News23:30 Capitão América01:45 Telejornal (Rep)02:35 RTPi Directo

CANAL DESPORTO12:00 EFL: Bristol - Huddersfield Town (Rep)13:50 Golfing World - Weekly Golf Magizing Show14:40 FC Tokyo - Kawasaki Frontale (Rep)16:20 World Snooker Tour - The Masters: Final20:50 Sport News21:00 UEFA Champions League: Atletico Madrid - B. Leverkusen (Rep)22:50 Sport News23:00 Sports Weekly Highlight23:10 Tour of Taihu Lake 2016: (Cycling)01:20 Global Sports02:00 Macau Sports02:40 EFL: Derby County vs QPR (Live)

RTPI13:30 Janela Indiscreta14:01 Agora Nós15:57 O Preço Certo16:48 Hora dos Portugueses17:00 3 às 1017:30 Network Negócios 18:14 Vidago Palace19:06 Água de Mar19:47 Hora dos Portugueses20:00 Jornal da Tarde21:08 A Minha Tese21:35 O Sábio22:17 A Essência22:34 5 Para a Meia-Noite23:57 Água de Mar

CINETEATROS1 Power Rangers14:30 • 16:45 • 19:15 • 21:30

S2 Life14:30 • 16:30 • 19:30 • 21:30

S3 Kong: Skull Island14:15 • 16:30 • 21:30

S3 Silence18:45

TORRE DE MACAUGhost in the Shell (3D)14:30 • 16:30 • 19:30 • 21:30

ESTREIA - dia 13 de AbrilFast & Furious 8 (3D)14:30 • 16:45 • 19:15 • 21:30

GALAXYLogan16:15 • 17:25

Kong: Skull Island (3D)15:10 • 18:45

Beauty and the Beast12:45 • 13:45 • 16:30 • 18:50 • 20:00 • 21:1523:45 • 00:35

Power Rangers 12:10 • 14:25 • 16:05 • 20:30 • 21:35 • 23:0023:55

Life14:00 • 16:00 • 18:30 • 22:20

Ghost in the Shell12:30 • 14:20 • 17:10 • 19:00 • 21:25 • 23:3000:15

dia 3 |

Sexta-feira, 31 de Março de 2017 JTM | LAZER 19

• • • CULTURA

A medalha e o diploma do prémio Nobel da Litera-tura serão entregues no

sábado ou no domingo a Bob Dylan, segundo revelou a se-cretária permanente da Acade-mia Sueca, Sara Danius. “A boa notícia é que a Academia Sueca e Bob Dylan concordaram em reunir-se no fim-de-semana em Estocolmo”, escreveu Sara Da-nius, no seu blog.

Bob Dylan, 75 anos, foi dis-tinguido em Outubro passado com o Nobel da Literatura, “por ter criado novas formas de ex-pressão poéticas no quadro da grande tradição da música ame-ricana”, mas não esteve presente na cerimónia formal de entrega a 10 de Dezembro. O cantor e

Depois de um longo impasse, o músico norte-americano Bob Dylan vai receber este fim-de-semana o Nobel da Literatura em Estocolmo, mas sem fazer o tradicional discurso de aceitação do prémio

compositor americano tem es-pectáculos agendados para 1 e 2 de Abril em Estocolmo há vários meses, mas até esta quarta-feira não tinha revelado as suas in-tenções sobre a Academia Sueca, que aguardava notícias do artis-ta.

“A reunião será pequena e íntima e nenhum meio de comu-nicação estará presente, apenas Bob Dylan e membros da Aca-demia, de acordo com os desejos de Dylan”, explicou Sara Da-nius.

No entanto, ainda ficará pen-

dente o tradicional discurso de aceitação, também conhecido como “conferência do Nobel”, que todos os vencedores devem realizar nos seis meses poste-riores à cerimónia de entrega do prémio, neste caso até 10 de Junho. Esta palestra é o único requisito para receber os cerca de 870 mil dólares que acompa-nham o prémio, no entanto, este não será o caso de Dylan.

“Não será pronunciado ne-nhum discurso Nobel. A Acade-mia tem razões para pensar que enviará uma versão gravada

posteriormente”, explicou Da-nius.

O autor de “Blowing in the Wind” e “Mr. Tambourine Man” tem uma vida tranquila graças a tudo que conseguiu ao longo de mais de meio século de carreira e nunca fala de dinheiro.

O único vencedor que não apresentou a conferência do No-bel foi o francês Jean-Paul Sartre, que recusou o prémio em 1964. O filósofo, que rejeitava home-nagens e premiações, não rece-beu a quantia.

“Às vezes enviam as confe-

Bob Dylan vai receber Nobel em silênciorências gravadas, a última delas foi a da vencedora do Nobel Li-teratura Alice Munro, em 2013”, recordou Danius, referindo-se à escritora canadiana, de 82 anos, que não viajou para a Suécia devido ao seu frágil estado de saúde.

Estocolmo é a primeira esca-la da digressão europeia de Bob Dylan, que divulga o seu álbum com versões de músicas grava-das por Frank Sinatra.

No dia 10 de Dezembro, no tradicional banquete do Nobel na capital sueca, Dylan trans-mitiu um discurso de agradeci-mento, lido pela embaixadora americana na Suécia, no qual admitiu a surpresa por ver o seu nome ao lado de autores como Rudyard Kipling, Albert Camus ou Ernest Hemingway.

A atitude de Dylan desde o anúncio do prémio, especial-mente a sua obstinação em não comentar o assunto durante um espectáculo em Las Vegas no dia em que a Academia revelou o seu nome como vencedor do Nobel de Literatura, confundiu algumas pessoas, mas está em sintonia com seu carácter discre-to.

JTMcom agências internacionais

20 JTM | ÚLTIMA Sexta-feira, 31 de Março de 2017 • Fecho da Edição • 00:30 horas

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TOISimulacro testou Terminal do Pac On

A três meses da entrada em funcionamento do Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa, na zona do Pac On, a Direcção dos Serviços de As-suntos Marítimos e de Água (DSAMA) organi-zou um simulacro de operação de busca e salva-mento envolvendo uma colisão de embarcações, por forma a reforçar a capacidade de coordena-ção em situações deste tipo. O exercício decorreu ontem de manhã nas áreas marítimas adjacentes ao terminal e envolveu mais sete serviços públi-cos: Alfândega, Bombeiros, Corpo de Polícia de Segurança Pública, Serviços de Saúde, Gabinete de Comunicação Social, Instituto de Acção Social e Gabinete de Gestão de Crises do Turismo. As empresas TurboJET e Cotai Waterjet também participaram no exercício, que reuniu seis embarca-ções, 13 ambulâncias e 173 pessoas.

Condenados dois activistas por desrespeito no “Occupy”Dois activistas pró-democracia de Hong Kong, incluindo Alvin Cheng, do grupo Civic Passion, foram ontem condenados por impedirem que oficiais de justiça desbloqueassem um local de protesto em Mong Kok durante o movimento “Occupy”. Alvin Cheng, que foi candidato ao Conselho Legislativo nas eleições de Novembro do ano passado, foi condenado a três meses de prisão, enquanto Au Yuk-kwan foi sen-tenciado a uma multa de 10 mil dólares de Hong Kong e um mês de prisão com pena suspensa durante um ano, segundo a imprensa de Hong Kong. Os dois activistas estavam entre um grupo de 17 pessoas acusadas de desafiarem a ordem do tribunal. O juiz do tribunal supe-rior Andrew Chan Hing-wai disse que uma sentença dissuasora era necessária para acções de grande escala que desafiem ordens judiciais, de modo a proteger o Estado de Direito. “A vossa conduta não emba-raça este tribunal, desafia a sua própria existência”, disse o juiz.

A Air Macau fechou as contas de 2016 com lu-cros líquidos de cerca de

20 milhões de renminbis (23,2 milhões de patacas ao câmbio actual), alcançando assim gan-hos financeiros pelo sétimo ano consecutivo. No entanto, segundo os dados ontem reve-lados pela Air China, accionista maioritária na Air Macau (com 66,9%), os lucros da transporta-

Apesar de ter obtido um recorde de passageiros e registado uma subida de 11% nas receitas, a Air Macau sofreu uma quebra de cerca de 35% nos lucros gerados em 2016

dora local assinalam uma desci-da de 34,8% face a 2016, em linha com a tendência dos últimos anos.

Ainda assim, a quebra foi menos acentuada do que em

2015, quando os lucros líquidos recuaram 70,5% para 31 milhões de renminbis face aos 106 mi-lhões contabilizados em 2014. Em 2013 e 2014, verificaram--se descidas anuais de 4,86% e

51,18%, porém, estas curvas des-cendentes têm coincidido com o processo de renovação da frota da Air Macau e consequente im-pacto nos registos financeiros.

Ao longo de 2016, a compa-

Lucro da Air Macau caiu 35% em 2016nhia de “bandeira” da RAEM registou receitas de 2,66 mil milhões de renminbis (três mil milhões de patacas), o que repre-senta uma subida de 11,28%, em comparação com o ano anterior.

Por outro lado, e confirman-do um cenário antecipado no início de Dezembro pelo Jor-nal TRIBUNA DE MACAU, o relatório anual da companhia aérea chinesa indica que a Air Macau obteve um recorde de passageiros ao transportar mais de 2,8 milhões em 2016, marca que representa um acréscimo de 21,54%.

Além disso, a taxa de ocu-pação dos voos avançou para 73,25%, mais 6,17 pontos do que no cômputo geral de 2015.

No final de Dezembro, a fro-ta da Air Macau integrava 17 aviões com uma idade média de 7,56 anos. No ano passado, a em-presa adquiriu duas aeronaves e abateu três.

Sérgio Terra

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Portugal vai fechar as fronteiras durante visita do PapaO Conselho de Ministros de Portugal aprovou ontem a reposição temporária do controlo de fron-teiras durante a visita do Papa Francisco em Maio a Fátima. A Ministra da Presidência, Maria Ma-nuel Leitão Marques anunciou esta resolução, no âmbito da vista do Papa Francisco marcada para os dias 12 e 13 de Maio, estando a reposição do controlo de fronteiras vigente entre 00:00 de 10 de Maio e as 00:00 de 14 de Maio. O Governo considera “necessário garantir a segurança interna atra-vés de medidas adequadas” tendo em conta “a dimensão e o enorme afluxo de pessoas esperado”, sendo uma das medidas “a prevenção da entrada em território nacional de cidadãos ou grupos cujos comportamentos possam ser susceptíveis de comprometer a segurança dos cidadãos nacio-nais e estrangeiros que participarão no evento”. A reposição do controlo documental nas fronteiras portuguesas constitui uma medida de excepção ao regime previsto no Código Schengen, refere o comunicado. Portugal já tinha encerrado temporariamente as fronteiras durante a cimeira da NATO, realizada em Lisboa em 2010, e o Euro 2004.

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Dois altos executivos do grupo chinês Fosun, dono de várias empresas em Portugal e accionista maioritário do Millenium BCP, anunciaram esta semana a sua de-missão, na mesma altura em que a empresa apresen-tou lucros recorde. Segundo uma nota enviada à Bolsa de Hong Kong, Liang Xinjun, presidente executivo (CEO) do Fosun, demitiu-se por “motivos de saúde”. Liang, 48 anos, formado em engenharia genética, foi

um dos quatro fundadores do Fosun, em 1992, e é considerado um dos mais bem-sucedidos investidores chineses. Wang Qubin, outro dos fundadores do gru-po, vai substituir Liang como CEO. Também de saí-da da firma chinesa está Ding Guoqi, vice-presidente executivo, neste caso para “passar mais tempo com a família”, segundo refere outro comunicado. O pre-sidente do Fosun, Guo Guangchang, admitiu que as

demissões vão ter efeitos na empresa. “A partida de Ding Guoqi e Xinjun, em particular a de Xinjun, devi-do a motivos de saúde, vai ter impacto no Fosun a cur-to prazo”, afirmou Guo, citado pela imprensa chinesa. Em 2015, Liang assumiu temporariamente a estratégia de aquisições da empresa, durante o período em que Guo esteve detido pela polícia chinesa, para “partici-par de uma investigação”.

Saída de dois altos executivos terá “impacto” no grupo Fosun