10 Anos De Movimento Pela Paz E Nao Violencia Anexos
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Anexo 01
Londrina Pazeando: Gestão 2007-2011
Diretoria Conselho fiscal
Luis Claudio Galhardi -
Fone: 9996-1283
Maria Antonia Fantáussi Escola Educacional - Fone:
3342-0241
m.br
Jupiter Villoz Silveira Casa do
Caminho de Londrina
Fone: 3322-1335
m.br
Amauri Pereira Cardoso
Escola Municipal CAIC
Zona Sul - Fone: 3341-3552
Francisco Ontivero
Móveis Brasília
Fone: 3334-2626
br
Silvério da Silva
SS Indústria e Comercio de
Plasticos
Fone: 3325-4162
br
Luis Carlos André
Rondopar
Fone: 3337-9900
Naudemar Nascimento
Fone: 9945-5006 /3338-2461
Endereço para Correspondência:
Rua Prof Joaquim de
Mattos Barreto, 1298 Jd
Maringá CEP 86.060-010
Londrina Pr
http://www.londrinapazean
do
ANEXO 02
Critérios de inclusão na Cartilha "Cultura de Paz: Redes de Convivência", utilizados pela Professora Lia Diskin, para selecionar as experiências em Cultura de Paz no País.
Anexo 03
Membros do COMPAZ
REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL SEGMENTO - RELIGIOSOS
Titular Nome: Neuza Maria Rodrigues Napo
Endereço: Rua Uberlândia, 289 – Jd. San Remo CEP: 86082-600 Londrina – Paraná
Instituição: Cáritas Arquidiocesana de Londrina.
Telefone: 3327-6367 / 9101-4687
E-MAIL: [email protected]
Suplente: Francisca Maria Romagnoli Tavares
Endereço: Rua Ana Neri, R, 299, Ap 501, Jd Petropolis Londrina – Paraná
Instituição: Cáritas Arquidiocesana de Londrina
Telefone: 33422847
E-Mail: [email protected]
Titular Nome: Carlos Geremias Klein
Endereço: Avenida Garibaldi Deliberador, 216 – Jd. Claudia
CEP: 86050-2080 Londrina – Paraná
Instituição: Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil
Telefone: 3339-0077
E-MAIL: [email protected]
Suplente: Magda Cristina Guedes Pereira (Suplente) –
Instituição: Movimento Ecumênico de Londrina, MEL
E-MAIL: [email protected]
Titular Nome: Jeronimo Francisco Neto
Endereço: Avenida Aminthas de Barros, 119 – Parque Canaã
CEP: 86015-180 Londrina – Paraná
Instituição: FE BAHA’I - Assembléia Espiritual dos Baha’is
TELEFONE: 3339-7254 / 9996-7254 / 3025-2293
E-MAIL: [email protected]
Suplente: Nome: Terezinha Pereira da Silva
Endereço: Rua Maria José da Silva, 17 – Conj. Maria Cecília CEP: 86085-090 Londrina - Paraná
Instituição: Yle Axe Opo Omin I
TELEFONE: 3321-2432
E-MAIL: [email protected]
ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS
Titular Nome: Luis Claudio Galhardi
Endereço: Rua Professor Joaquim de Matos Barreto, 1298 – Jd. Maringá
CEP: 86060-010 Londrina – Paraná
Instituição: Londrina Pazeando
Telefone: 3294-5200 / 9996-1283
E-MAIL: [email protected]
Suplente: Francisco Otivero
Instituição: Londrina Pazeando
Endereço: Av. Duque de Caxias, 3.409
Telefone 43. 3334-2626
E-mail: [email protected]
Titular Nome: Ercilia Franco dos Santos
Rua Mossoró , 625/603 86020-250 londrina PR
Instituição: Rotary Club de Londrina Telefone3322-4725 / 9962-7644
E-MAIL: [email protected]
Suplente Marly Romanatti Scolarick
Rua Goias , 1347/802 86020-250 Londrina – Paraná
Instituição: Rotary Club de Londrina Telefone 3376-0809/9102-6913
E-MAIL [email protected]
Titular Nome: Angelo Barreiros
Endereço: Av. Jules Verner, 475 – Conj. Santa Rita IV CEP: 86072-450 Londrina –Paraná
Instituição: Associação de moradores do Jd. Santa Rita IV
Telefone: 9907-6154
E-MAIL: [email protected]
Suplente: Francisco Carlos Feitosa Barreiros
Instituição: Assoc. Moradores Conj. Santa Rita IV
Telefone 9907-6155
E-mail: [email protected]
Titular: Nome: Leozita Baggio Vieira
Endereço: Rua Prof. João cândido, 333 – Centro CEP: 96010-900 Londrina – Paraná
Instituição: BPWL - Associação de Mulheres de Negócios e Prof. de Londrina
Telefone: 3322-1788 / 8408-7463
E-MAIL: [email protected]
Suplente: Sílvia Terezinha Liberatore
Instituição: BPWL - Associação de Mulheres de Negócios e Prof. de Londrina
Fone: 9915-9339 / 3026-9339
E-mail: [email protected]
Titular: Nome: Dra. Francisca Vergínio Soares
Instituição Observatório Social Londrinense de Estudos da Violência, conflito e Segurança Pública
Endereço: Av. Salgado Filho, 260 CEP 84040-000 Londrina – Paraná
Telefone: 9974-4773 / 3325-8182
E-MAIL: [email protected]
Suplente: Valéria de Oliveira
Instituição: Observatório Social Londrinense de Estudos da Violência, conflito e Segurança Pública
Telefone: 9104-8579
E-mail: [email protected]
CATEGORIA PROFISSIONAIS
Titular Nome: Eliana Cristina Scheuer
Endereço: Avenida Tiradentes, 6355 – Jd. Rosicler CEP: 86072-000 Londrina – Paraná
Instituição: Sindicato Rural Patronal de Londrina
Telefone: 3374-0300
E-MAIL: [email protected]
Suplente: Rosangela Conte Silva
Instituição: Sindicato Rural Patronal de Londrina
Telefone: 3374-0300
E-mail: [email protected]
ENSINO SUPERIOR PRIVADO
Titular Nome: Lauriano Atilio Benazzi
Instituição: UNOPAR - Universidade Norte do Paraná de Ensino
Endereço: Rua Tietê, 1208 - Jardim Tapabuã - CEP 86025-230 - Londrina - PR
E-MAIL: [email protected];
Telefone 43 3371-7484
Suplente: Nome Suplente: Karen Debértolis
Instituição: Unopar - Universidade Norte do Paraná de Ensino
Endereço: Rua Tietê, 1208 - Jardim Tapabuã - CEP 86025-230 - Londrina - PR
Telefone: 3371-7484
E-mail:
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PRIVADO
Titular Nome: Marco Antonio de Souza
Endereço: Rua Anita Garibaldi, 150 – Centro CEP: 86020-500 Londrina – Paraná
Instituição: SINEPE/PR: Escola Educar – Educação Infantil e Ensino Fundamental
Telefone 3339-0113
E-MAIL: [email protected]
Suplente: Jane da Cunha Martins
Instituição: SINEPE/PR: Colégio Interativa – Educação Infantil Ensino Fundamental e Médio
Rua Ivai, nº 317 e 398 – Vila Nova – CEP 86.025-440 Londrina – Paraná
Telefone 3326-8588 E-mail: [email protected]
REPRESENTANTES DO PODER PÚBLICO
NUCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO
Titular: Silvana Camlofski Luz Endereço: Rua Fernandes Camacho, 107 - Jardim Petrópolis CEP 860415-380 Telefone: 3322-8652
E-MAIL: silvanadaluz30 hotmail.com
Suplente: Marizete Araldi Endereço: Rua Raul Juliatto, 543 Granville Parque Residencial CEP 86047-230 Londrina/PR Telefone: 3343-1305
ENSINO SUPERIOR PÚBLICO
Titular Nome: Vilma Aparecida do Amaral
ENDEREÇO: Rua Jayme Americano, 680 – Jd.Caravelle CEP: 86040-030 Londrina PR.
Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Rodovia Celso Garcia Cid Pr 445 Km 380 Campus Universitário CEP 86055-900 Londrina – PR TELEFONE: 3329-4650 / 9945-3801
E-MAIL: [email protected]
Suplente: Ana Claudia Duarte Pinheiro
Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Telefone: 3371-4215
E-Mail:
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAUDE
Titular: Renato M. Moriya – Secretaria Municipal de Saúde
R: Atílio Octávio Bizzato, 480 – Vila Siam CEP: 86010-340 Londrina – Paraná
Suplente: Nelson Mayrink Giansante
R: Atílio Octávio Bizzato, 480 – Vila Siam CEP: 86010-340 Londrina – Paraná
E-mail: [email protected]
SECRETARIA MUNICIPAL DA MULHER
Titular Nome: Mirtes Viviani Menezes
R: Antônio Moraes de Barros, 44 – Lago Parque CEP 86015-800 Londrina – Paraná
E-MAIL: [email protected]
Suplente Nome: Andresa Quimentão Passos Serpe
R: Antônio Moraes de Barros, 44 – Lago Parque CEP 86015-800 Londrina – Paraná
E-MAIL: [email protected]
SECRETARIA MUNICIPAL DA ASSISTENCIA SOCIAL
Titular Nome: Silvana Carla Palacio – Secretaria Municipal de Assistência Social
Endereço: Av. Juscelino Kubistchek, 2896 – Centro CEO 86020-000 Londrina – Paraná
E-mail: [email protected];
Suplente: Claudia Márcia Líbano Cal Tavares
Av. Juscelino Kubistchek, 2896 – Centro CEO 86020-000 Londrina – Paraná
E-MAIL: [email protected]
FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ESPORTES
Titular Nome: Cícero Agustinho dos Santos
Endereço/Telefone:
E-MAIL: [email protected]
Suplente: Ulisses Sabino Nogueira
Endereço/Telefone:
E-MAIL: [email protected]
SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE
Titular Nome: Maristela Cristina Mrtvi Kieski
R: Da Natureza, 155 – Jd. Piza
E-MAIL: [email protected]
Suplente: Maria Aparecida Fernandes
Endereço: R: Da Natureza, 155 – Jd. Piza
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
Titular Nome: Virginia Pelisson Laço
Endereço: Av. Duque de Caxias, 635 – Jd. Caiçaras CEP 86015-901 Londrina – Paraná
Telefone: 3372-4091
E-MAIL: [email protected]
Suplente: Neuza Maria Rossinholi da Gama
Endereço: Av. Duque de Caxias, 635 – Jd. Caiçaras
CEP 86015-901 Londrina – Paraná
E-MAIL: [email protected]
SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA
Titular Nome: Jane Cristina Marcucci
Endereço: Rua Javari, 44 – Vila Nova CEP: 86025-500 Londrina – Paraná
Telefone: 3371-6501 / 9998-8911 (Biblioteca Municipal
E-MAIL: [email protected]
Suplente: Nome: Vera Lucia Souza Reis
LEGISLATIVO MUNICIPAL
Titular Nome: Lenir Cândida de Assis (Vereadora )
Rua Governador Parigot de Souza, 145 CEP 86015-903 - Londrina – Paraná
Telefone: 3374-1388 Gabinete:
E-MAIL: [email protected]
Suplente: Joel Garcia ( Vereador )
Rua Governador Parigot de Souza, 145 CEP 86015-903 - Londrina – Paraná
Telefone: 3374-1374 Gabinete
E-mail: [email protected]
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
Anexo 04
CARTA DE INTENÇÃO PROPOSTA PELOS PARTICIPANTES DA OITAVA SEMANA MUNICIPAL DA PAZ DE LONDRINA
A Oitava Semana Municipal da Paz, promovida pelo COMPAZ, Conselho Municipal de Cultura de Paz de Londrina/PR, nos dias 24 e 25 de setembro/2008, constatou e mostrou para alunos, professores e demais interessados na área, que é possível desenvolver novos olhares sobre a sociedade, num prisma positivo. Este olhar direcionado tem a finalidade de mostrar as ações benéficas e implantar nos meios de comunicação uma cultura de noticiar também os pontos positivos.Isto viabilizaria a construção de um nicho mais ameno, consciente e integrado. Uma das inquietações do público sobre o trabalho realizado pela imprensa é o descaso com a informação. A falta de dados concretos e a distorção de conteúdo ao tratar determinado assunto geram incompreensão sobre o tema e a insatisfação dos leitores, ouvintes e telespectadores. Os jornalistas geralmente têm uma tendência de enfatizar as ações negativas da teia social, como se apenas este olhar fosse destaque para o público. Pensando nesse aspecto, a Oitava Semana Municipal da Paz de Londrina estudou alguns pontos sobre as formas da elaboração da informação e as maneiras como isso tem afetado a população. Dentro desse contexto, a Oitava Semana da Paz pretende propor uma maior articulação dos organismos sociais com o propósito de mudanças na conduta dos veículos de comunicação. Para isso, esta Carta de Intenção - fruto das discussões do Diálogo Apreciativo aplicado por Ana Lúcia Oliveira de Castro, representante do IVE (Imagens e Vozes de Esperança), do Rio de Janeiro e inspirada nas ações, já realizadas, pela UEL, Unopar e Pitágoras, na direção de uma mídia mais construtiva, bem como pela Folha de Londrina,Jornal de Londrina e TV Rede Massa-, propõe uma integração dos conselhos municipais, tais como Conselho da Mulher, da Criança e do Adolescente, de Cultura de Paz, do Idoso,da Juventude para que estes membros, trabalhando em conjunto, possam ter maior poder de mobilização sobre a população na construção de uma sociedade mais propositiva. A intenção é que por meio deles possam ser concretizadas ações de paz, incentivando as pessoas a aderirem à idéia. Outra sugestão é a criação de um portal na internet (que a princípio se chamaria (www.mídiadapazparana.org.br ) para postar os projetos relacionados a uma cultura de paz produzidos por alunos e professores das universidades de Londrina. Por enquanto, o site vai contar com a colaboração da Universidade Estadual de Londrina, Universidade Norte do Paraná e Faculdade Pitágoras. Os trabalhos inseridos no site estarão diretamente relacionados ao incentivo de uma cultura de paz para a cidade e podem ser oriundos de qualquer curso das instituições. A
intenção é que o material sirva de referência aos meios de comunicação para novas sugestões de pauta. Dessa forma, seria possível a elaboração de matérias com novo enfoque, que não ficassem restritas à divulgação do problema, mas apontassem as ações realizadas para solucioná-lo. Para fomentar as discussões sobre a paz, seriam formados pequenos grupos, um de cada instituição de ensino, que serviriam de canais permanentes no diálogo sobre o assunto. Os membros de cada núcleo poderiam ser os responsáveis pela atualização do site, tornando a dinâmica dos temas sempre atuais e atraentes.
Anexo 05
Projeto Mídia Cidadã e Mídia de Paz
Projeto reúne professores e alunos dos cursos de Comunicação de Londrina (FONTE: METRÔ: JORNAL ONLINE FACULDADE PITÁGORAS) O grupo que compõe o Conselho Municipal de Cultura e Paz (Compaz) esteve reunido na UEL no último dia 23, discutindo e propondo ações para disponibilizar à imprensa regional e nacional fatos que podem ser notícia dentro do projeto Mídia e Paz. "Esse projeto pretende ser um mecanismo de interação entre jornalistas e estudantes de Comunicaçã o de Londrina", informou Luiz Cláudio Galhardi, do Compaz. A reunião contou com a presença do coordenador do Compaz Luiz Cláudio Galhardi, e representantes dos cursos de Jornalismo da (UEL), Universidade Norte do Paraná (Unopar) e Faculdade Pitágoras. Estiveram presentes, a professora Rosa Maria Abelin (UEL) Laureano Benazi (Unopar) e Hertz Wendel de Camargo (Pitágoras), entre outros. A consolidação do projeto Mídia e Paz é um dos movimentos que abrem, este ano, as discussões em Londrina sobre a paz e antecedem a 9ª Semana Municipal da Paz
de Londrina, que será realizada no final de setembro. Segundo o professor Hertz Wendel Camargo, da Faculdade Pitágoras, na reunião ficou definido a criação de um portal que fará links com os projetos de extensão e pesquisa das universidades que já estão em andamento e colaboram com uma sociedade mais justa
e que estejam alinhados com os ODMs - objetivos de desenvolvimento do milênio. "Cada projeto deste terá um olhar jornalístico e será transformado em release, com sugestão de pauta para televisão, impresso e ou rádio", disse Hertz Wendel. O portal estará aberto para receber propostas de pautas "positivas" que colaborarão para construção de uma cultura de paz. Além do portal se tornar um
"banco de pautas", essas serão sistematicamente enviadas para veículos de comunicação como sugestão. Os alunos dos cursos de Jornalismo, bem como de Publicidade serão envolvidos na manutenção portal. Na UEL, o projeto contará também com o apoio da Pró-reitoria de Extensão (Proex). 23/09/2009- 2º FÓRUM ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PARA PAZ Tema: MÍDIA E VIOLÊNCIA - Apresentação do Portal “Mídia Cidadã – Comunicação e Responsabilidade Social para Construção da Cidadania”, projeto desenvolvido pelos cursos de Comunicação Social da UEL, Unopar e Pitágoras, em parceria com o Compaz - Mesa redonda com sociólogo, editores e profissionais da imprensa de Londrina
Debatedores: Gelson Negrão (Rede Massa) Fernando Brevilheri (TV Tarobá) Patrícia Piveta (RPC/TV Coroados) Ayoub Hanna Ayoub ( sindicato dos jornalistas ) Luciano Augusto (Folha de Londrina) Lucas Araújo (RIC TV/UMP) Marcelo Frazão (Jornal de Londrina/ONG MAE – Meio Ambiente Equilibrado) Mediador: Lauriano Benazzi (Unopar)
Local: Auditorium Alcides Bueno – Unopar – Campus Piza Horário: 19h às 22h30 Em anexo DVD mostrando projeto
Anexo 06
CURSO “EDUCAÇÃO PARA A PAZ” PARA OS GUARDAS MUNICIPAIS A Campanha Global de Educação para a Paz “Educação para a Paz”, lançada em Haia (1999), é uma rede internacional, com mais de 140 organizações mundiais, que promove a educação para a paz nas escolas, famílias e comunidades para transformar a cultura da violência em uma cultura de paz. Os objetivos da Campanha de Educação pela Paz são: criar reconhecimento público e suporte político para a introdução da Educação pela Paz em todas as esferas da educação formal e informal e promover a capacitação de educadores em cultura de paz. Afinal, todos necessitam de habilidades e conhecimentos para criar e manter a paz. É importante, portanto, uma educação que inclua Direitos Humanos, Desenvolvimento, Educação Ambiental, Segurança, Reconciliação, Prevenção e Resolução de Conflitos, Reconhecimento crítico da mídia, Estudo de Gênero, Não violência e Relações internacionais.
O curso proposto visa promover uma reflexão sobre a necessidade de se Educar para a Paz, bem como de vivenciá-la, no dia-a-dia, em nossas atividades e serviços. Será realizado através de palestras e oficinas. A Ong Londrina Pazeando tem formatado o Curso “Aprender a Educar para a Paz – Instrumento para a capacitação de educadores em educação para a paz”. O curso originalmente é de 54 horas para turmas de 35 alunos, sendo uma metodologia em experiência no Estado do Rio Grande do Sul, e na Secretaria Municipal de Educação da cidade de Porto Alegre, desenvolvida e aprimorada pelo Prof Marcelo Rezende Guimarães, membro fundador da organização não-governamental
Educadores para a Paz. Este curso já foi realizado em Londrina, pela ONG Pazeando em três momentos, nos anos 2004/2005 e 2006, junto à rede educacional, com proposta de disseminação para outras frentes educacionais e de prestação de serviços, como a Guarda Municipal. Módulos propostos são as oficinas 03 e 08. Oficina 3: NÃO-VIOLÊNCIA, A REFERÊNCIA FUNDAMENTAL
Objetivos 1. Despertar para o sentido da não-violência e de sua centralidade na educação para a paz. 2. Oportunizar a apropriação do referencial teórico e prático da não-violência. Desenvolvimento da oficina Primeiro momento: integração 1. Retomada dos nomes, se for oportuno. 2. Jacarés e sapos. É preciso uma coisa que faça barulho, tipo uma lata e um pedaço de madeira ou
um sino,ou música. Uma dúzia de sacos de papel ou folhas de jornal. Tirar as cadeiras do meio da sala. Explicar que o chão, agora, é um lago. Dar as instruções: todos os participantes são sapos e um é o jacaré. O facilitador espalha uma dúzia ou mais de sacos de papel ou folhas de jornal pelo chão da sala. São plantas aquáticas de folhas largas. A meta do jacaré é comer os sapos, a meta dos sapos é escapar. As regras do jogo são:
a) Quando o jacaré está dormindo, ele está roncando, o que será indicado pelo barulho que fará com o objeto que produz o som; os sapos precisam nadar em torno do lago, não podendo subir nas folhas das plantas aquáticas.
b) O jacaré, enquanto ronca, também vai se movendo ao redor da sala e removendo algumas plantas do chão.
c) Quando o jacaré acorda e pára de roncar, os sapos precisam pular para cima de uma planta, antes de serem “comidos” pelo jacaré, o que significa que são tocados no ombro.
d) Mais de um sapo pode ficar em cima de uma planta. Os sapos podem ter um pé em cima da planta e um no ar, mas nenhuma parte deles pode estar tocando na água.
O jacaré vai removendo, pouco a pouco, mais e mais folhas de papel, de modo que o grupo precisa cooperar para sobreviver em cima das poucas remanescentes. Primeiro momento: sensibilização 3. Memória da oficina anterior e apresentação dos objetivos desta. 4. Dinâmica do Barômetro. O facilitador solicita ao grupo que se levante e leve as cadeiras e as
mesas para o canto da sala. Demarca uma linha imaginária no meio da sala, com cadeiras ou outros objetos. Um lado da linha fica sendo chamado de “violento”, o outro de “não-violento”. Quanto mais longe da linha, maior o índice de “violência” ou “não-violência”. A seguir o facilitador pergunta às pessoas porque se posicionaram onde estão. Uma das regras é que os/as participantes podem mudar de lugar se alguma coisa que alguém disser os ajude a mudar de opinião. A opinião de cada um/a deve ser respeitada. Ler, em voz alta, as cenas abaixo e perguntar se a ação da pessoa do cenário é violenta ou não-violenta. Pedir que as pessoas ocupem lugar em relação à divisória, dependendo de sua posição. A seguir o facilitador pergunta :
a) Um grupo de bancários grevistas, preocupados em impedir o acesso dos seus colegas ao banco, coloca um tapete de flores bem na porta do banco, com o seguinte cartaz: “Não pise nas flores”. A ação desses grevistas é violenta ou não-violenta?
b) Gandhi, para acelerar o processo de independência do seu país, Índia, da dominação da Inglaterra – e diante da proibição britânica de que os indianos sequer fabricassem seus tecidos – organiza uma grande queima de tecidos britânicos. A ação do líder indiano é violenta ou não-violenta?
c) Os negros americanos, diante das leis segregacionistas que impediam seu acesso a determinados ambientes, estritamente freqüentados por brancos, organizam “sit-ins”, isto é, entram nestes lugares, como por exemplo, um bar, sentam-se e não se levantam e nem se intimidam diante dos mais diversos tipos de pressão. A ação adotada é violenta ou não-violenta?
d) Jesus, conforme narram os evangelhos, encontra no templo de Jerusalém uma multidão
de vendedores e cambistas que transformaram aquele lugar num “covil de ladrões”. Brandindo um chicote, os expulsa do templo, derrubando suas mesas e pertences. A ação de Jesus é violenta ou não-violenta?
e) Um grupo de agricultores, desejando trabalhar na terra, mas vendo-se na condição de que esta lhes é negada, organiza um movimento para provocar um debate público sobre a distribuição das terras improdutivas e agilizar ações neste sentido. Entre as diversas estratégias adotam as manifestações públicas e a invasão de prédios públicos. A ação deste movimento é violenta ou não-violenta?
f) Um sacerdote católico, vendo a sua comunidade exposta às mais diversas situações de dominação política, social, econômica e cultural, entende que não basta mais ficar apenas no nível da teoria e do discurso. Engaja-se num grupo guerrilheiro e parte para
g) as montanhas para libertar seu povo destas humilhações. A ação desse padre é violenta ou não-violenta?
h) Sílvia e Ricardo, guiados por suas consciências, penetram clandestinamente numa fábrica de armas para destruir algumas armas. A ação de Sílvia e Ricardo é violenta ou não-violenta?
5. Partilha dos sentimentos pessoais, descobertas e percepções acerca da temática, suscitadas
pela dinâmica. Segundo momento: percepção e aprofundamento do tema/problema 6. Introdução do facilitador sobre a temática da não-violência O conceito de não-violência tem suas raízes no século XIX, nos grupos nacionalistas que descobriram ser a ação não-violenta útil na resistência a um inimigo estrangeiro ou a leis alienígenas; nos membros de sindicatos e de outros radicais da sociedade que buscavam um meio de luta, sobretudo greves gerais e boicotes, contra aquilo que consideravam um sistema social injusto; no pensamento de personalidades como o escritor russo León Tolstoi (1828-1910) e o americano Henry David Thoreau (1817-1862); e, finalmente, nos adversários do despotismo, como na Rússia. Mas foi no século XX que se desenvolveu, especialmente pela contribuição de Mohandas Karamchand Gandhi (1869-1948), quem deu a mais significativa contribuição pessoal à história da técnica não-violenta, com suas experiências políticas no uso da não-cooperação, desobediência e desafio objetivando controlar governantes, alterar políticas governamentais e minar sistemas políticos. A partir daí, o movimento de não-violência ganhou expressividade e abrangência, multiplicando-se através de vários movimentos, como, por exemplo, o combate à segregação racial, a luta pelos direitos humanos, a resistência ao militarismo, a busca pela democracia nas sociedades do leste europeu, etc. Mas o que significa não-violência?É apenas recusa da violência? Confundir-se-ia com passividade? Qual o espaço da mudança social na noção de não-violência? E da mudança pessoal? 7. Estudo do texto "Não-violência: estratégia de mudança e estilo de vida” Recurso de Apoio 1). 8. Comentários do grupo: destaques, descobertas, questionamentos. 9. Pontualizações do facilitador. É importante salientar os seguintes aspectos: - as três posturas diante da violência e da injustiça: a passividade, a contra-violência e a não-violência; - as duas dimensões da noção de não-violência, como ahimsa e satyagraha, isto é, como recusa da violência e como efetivação de uma transformação social; - a não-violência como caminho que reúne mudança pessoal e transformação social. Quarto momento: síntese Por questões de organização de tempo, os trabalhos em pequenos grupos do quarto momento (síntese) e do quinto momento (reconstrução da prática), podem ser feitos juntos, bem como o plenário subseqüente. 10. Trabalho em pequenos grupos, com papelógrafo:
- O que é não-violência? - Diferença entre passividade, contra-violência e não-violência.
11. Plenário. 12. Pontualizações do facilitador. Quinto momento: reconstrução da prática Por questões de organização de tempo, os trabalhos em pequenos grupos do quarto momento (síntese) e do quinto momento (reconstrução da prática), podem ser feitos juntos, bem como o plenário subseqüente. 13. Momento de encontro em pequenos grupos para, a partir do referencial estudado, escolher
uma situação de injustiça e planejar uma ação não-violenta para transformá-la. 14. Plenário. 15. Pontualizações do facilitador. Pode-se ler – se houver tempo – ou apontar para uma leitura posterior do Recurso de Apoio 2 - Organizando uma ação não-violenta. Sexto momento: avaliação 16. Espontânea: idéias e sugestões trazidas por esta oficina? Perguntas a serem, ainda,
perseguidas? Sétimo momento: confraternização 17. Música “Maria, Maria”, de Milton Nascimento. Material necessário 1. Lata ou pedaço de pau para fazer barulho. 2. Cópias para cada participante dos Recursos de Apoio. 3. Papelógrafo. 4. Canetas hidrográficas. 5. Aparelho de som e música de fundo. Bibliografia CLARET, Martin. O poder da não-violência. São Paulo: Ed. Martin Claret Ltda. 1996. ENCONTRO DOS BISPOS DA AMÉRICA LATINA. A não-violência evangélica, força de libertação. São Paulo: Loyola, 1979. FRAGOSO, Antônio et alii. A firmeza permanente. São Paulo: Loyola, 1977. GALTUNG, Johan. O caminho é a meta: Gandhi hoje. São Paulo: Palas Athena, 2003. GANDHI, Mahatma. Autobiografia: minha vida e minhas experiências com a verdade. São Paulo: Palas Athena, 1999. HÄRING, Bernhard. La no-violencia. Barcelona: Herder, 1989. MACIEL, Creuza. Não-violência: uma estratégia revolucionária. São Paulo, Editora FTD, 1988. MULLER, Jean-Marie. O princípio de não-violência: percurso filosófico. Lisboa: Instituto Piaget, 1995. PRIETO, Luis Corral. La no-violencia: historia y perspectivas cristianas. Madrid, Editorial CCS, 1993. THOREAU, Henry David. Desobedecendo: a desobediência civil e outros escritos. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. Oficina 8: DESARMANDO OS POVOS, PROMOVENDO A SEGURANÇA HUMANA Objetivos
1. Reconhecer a importância do desarmamento para a promoção da cultura de paz. 2. Perceber a contribuição da cultura bélica armamentista no fortalecimento do
paradigma da violência. 3. Aprofundar o conceito de segurança humana.
4. Identificar princípios e referências para uma educação sobre e para o desarmamento.
Desenvolvimento da oficina 1. Compartilhando sonhos. O facilitador propõe que se formem duplas e pede que estas partilhem
um sonho pessoal. Depois, solicita que formem grupos de cinco e que cada um diga um sonho para sua comunidade. Grupos de três e partilham-se
2. sonhos para sua família. Grupos de sete e desta vez os sonhos são para o país. Grupos de 4 e os sonhos são agora mundiais.
Segundo momento: sensibilização 1. Memória da oficina anterior e apresentação dos objetivos desta. 2. Linhas de confronto. Divide-se o grupo pela metade e coloca-se cada metade, em linha, uns na
frente dos outros, de modo que todos tenham um interlocutor em sua frente. Narra-se a seguinte história: um grande fabricante de armas decide instalar em uma cidade uma fantástica fábrica de armas e um grupo de pacifistas decide fazer uma manifestação e um movimento para impedi-lo. O legislativo local, diante deste impasse, convida o fabricante e um representante do movimento para um debate, onde cada um deve apresentar suas razões. O facilitador aponta
3. para o grupo que está à sua esquerda como o fabricante e o outro grupo como os pacifistas. Cada dupla tem oito minutos para conversar.
4. Partilha dos sentimentos pessoais, descobertas e percepções acerca da temática, suscitadas pela dinâmica.
Terceiro momento: aprofundamento da temática 5. Introdução do facilitador. O quarto bloco da Agenda de Haia diz respeito ao desarmamento e segurança humana. O último século assistiu um incrível desenvolvimento do número, tecnologia e modalidades das armas, com conseqüências para toda a humanidade: as guerras vitimam muito mais civis que combatentes, desenvolveram meios massivos de destruição com o risco de colocar fim na própria vida do planeta, reduziu-se a capacidade de distinção (como as minas terrestres que explodem indiscriminadamente ao passo de um soldado ou de uma criança). Mesmo após o fim da guerra fria, o descontrole sobre as armas permanece, de forma que ainda assistimos o fortalecimento da militarização dos Estados e a manutenção da diplomacia da paz armada. Daí que a agenda da paz inclua o desarmamento e a reconceitualização da segurança, não a partir do território, mas a partir da própria dignidade da vida humana.Mas em que medida esta proposta é viável? Ou estes conceitos serão apenas utopias? 6. Estudo do texto "Desarmamento e segurança humana" (Recurso de Apoio 1). 7. Comentários do grupo: destaques, descobertas, questionamentos. 8. Pontualizações do facilitador. É importante salientar os seguintes aspectos: - o conceito de segurança humana em contraposição com o conceito de segurança nacional ou territorial; - os três passos para uma sociedade com menos armas: o diagnóstico da militarização, a desmistificação da lógica da guerra e o planejamento de um mundo desarmado. Pode-se ler apontar para uma leitura posterior do Recurso de Apoio 4 – Agenda de Haia. Quarto momento: síntese Por questões de organização de tempo, os trabalhos em pequenos grupos do quarto momento (síntese) e do quinto momento (reconstrução da prática), podem ser feitos juntos, bem como o plenário subseqüente. 9. Trabalho em pequenos grupos com papelógrafo:
- Por que desarmamento e segurança humana? - O que é mesmo desarmamento e segurança humana? - Para que desarmamento e segurança humana?
10. Plenário. 11. Pontualizações do facilitador. Quinto momento: reconstrução da prática Por questões de organização de tempo, os trabalhos em pequenos grupos do quarto momento (síntese) e do quinto momento (reconstrução da prática), podem ser feitos juntos, bem como o plenário subseqüente. 12. Momento de encontro em pequenos grupos para, a partir do referencial estudado, planejar uma
ação pedagógica que possibilite concretizar um ou mais passos para o desarmamento. 13. Plenário. 14. Pontualizações do facilitador. Pode-se ler – se houver tempo – ou apontar para uma leitura posterior do Recurso de Apoio 2 e 3: Os dez princípios da educação para o desarmamento e Dinâmicas de educação para o desarmamento. Sexto momento: avaliação 15. Por escrito: cada um escreve no seu diário, as idéias e sugestões trazidas por esta oficina e as
perguntas a serem ainda perseguidas. Sétimo momento: confraternização 16. Música “Pra não dizer que eu não falei de flores”, de Geraldo Vandré. Material necessário 1. Cópias para cada participante dos Recursos de Apoio. 2. Papelógrafo. 3. Canetas hidrográficas. 4. Aparelho de som e música de fundo. Bibliografia HAALVERLSRUD, Magnus. Disarming: discourse on violence and peace. Tromso, Norway: Arena, 1993. TULLIU, Steve; SCHMALBERGER, Thomas. Coming to terms with security: a lexicon for arms control, disarmament and confidence-building. Geneva: UNIDIR: 2003. UNESCO. Disarmament education: report and final document of the world congress on disarmament education. Paris: UNESCO, 1980.
Anexo 07
Educação para Paz, Educação para Sustentabilidade, Educação para Cidadania Global e para a superação da linguagem bélica e da Cultura de Violência. Na atualidade urbana, os adultos e crianças estão diretamente ligados as agitações da vida moderna que inclui rádio, televisão, outdoors, faixas cartazes, telefones, internet, poluição sonora e ambiental, que gera indistintamente na população em geral O STRES. A qualidade do aprendizado está diretamente ligada a uma boa alimentação, sono repousante, e uma vida saudável equilibrada, tanto para os alunos, quanto para os professores. O imaginário escolar na atualidade é o imaginário ligado a Cultura da Violência, e a linguagem preponderantes é a linguagem bélica. Historicamente a humanidade sempre fez guerras e construiu uma cultura de violência. Uma linguagem bélica foi se consolidando, e na sociedade capitalista, a indústria bélica, ganhou status fazendo parte das economias mundiais, sendo usada como parâmetro para se medir desenvolvimento econômico. Um operário de uma fabrica de armas para guerra é registrado, e recebe os encargos sociais impostos pelas leis trabalhistas. Toda produção bélica é uma mercadoria que precisa ser consumida, assim os conflitos precisam ser potencializados por quem tem interesse na comercialização. A cultura de violência na linguagem cotidiana é tão presente, que é comum em reuniões as pessoas usarem expressões como "vamos detonar o processo para campanha da solidariedade..." ; "já estou com tudo engatilhado"; "fulano matou o assunto com aquela frase"; “....então posso mandar bala?"; "a reunião foi pauleira". São frases corriqueiras do nosso dia a dia. Como poderemos mudar nosso padrão mental sem uma ampla reflexão sobre a compreensão da Paz e os mecanismos da produção da violência? Sem uma educação para valores humanos? Educar o ser humano para ser feliz, ou educar o ser humano para o mercado; a mão de obra que "perder a vida para ganhar a vida", [1]SANTOS (Boaventura,
citando Gorz 1997). Mudar paradigma mental de milênios deverá ser o trabalho de construção de uma nova cultura, baseada no ser humano, no equilíbrio ambiental e social sustentável. Trabalhar sob a perspectiva de compreensão das dimensões da paz individual, da paz social e da paz ambiental. Construir transformando, e não destruindo como temos experimentado ao logo do tempo. Assumir o princípio de ser a favor a Paz, e não contra a violência. Desejar e sonhar a Paz. Para a construção de uma cultura de paz sustentável, é necessário superar a idéia de “combate” a violência. Existem muitas políticas e programas de combate à violência. Este conceito – combate – atua nas conseqüências e não nas causa. Internacionalmente existem intervenções em alguns países para se realizar a “paz” pela força de exércitos. Necessitamos é da força da Paz, que vem do cultivar uma vivência de valores humanos, do respeitar a si e aos outros, da conversa entre as diferenças, do diálogo inter-religioso e a compreensão de uma sociedade plural em manifestações culturais, apesar do processo de globalização e tentativas do mercado em massificar os consumos. Necessitamos de um novo imaginário, onde possamos transformar o conceito do herói guerreiro no herói pacifista (que não mata). Aquele que luta pela paz e não-violência, que busca transformar-se intimamente e refletir sua melhora, mobilizando nos outros o desejo desta busca de forma não-violenta. O fenômeno da violência e o fenômeno da Paz estão no âmbito das relações humanas, e não tendo a violência e a paz, como entes metafísicos, é possível se trabalhar pela educação para a paz, como forma de se construir uma cultura em nossa sociedade, onde as pessoas possam vivenciar a Paz. O currículo oculto precisa ser denunciado e revelado; que veja aqueles que tem olhos de ver. Segundo Guimarães [2] “Há um currículo oculto, baseado no paradigma bélico, que nos educa para a violência e que, qualquer ação contra a violência e pela paz, não pode desconhecer. Não se vive apenas numa sociedade violenta, mas, sobretudo, numa cultura violenta, produzida e, ao mesmo tempo, difundida, por inúmeras instâncias da sociedade: os meios de comunicação, a escola, a família, as instituições religiosas, os partidos políticos, os clubes, os sindicatos, etc.”... Numa concepção mais aberta de currículo, podemos entender que currículo é tudo. Da postura dos professores perante os alunos ao Out-Door na esquina da escola; a TV o rádio e a internet. Uma carga horária na escola visando passar conteúdos de física, química, história (das guerras apenas) biologia, e uma super-carga horária na frente da TV assistindo novelas, noticiários, filmes, desenhos animados, que mostram o tempo todo cenas de violências. Um imaginário de escola que precisa preparar a criança, e o jovem para o mercado de trabalho e não para uma vida feliz. Que não ensina, por exemplo, a resolução não violenta de conflitos. Atualmente em um mundo globalizado, o que mais temos é a socialização de conflitos. Nas perspectiva de uma educação para a paz, o conflito é visto como algo inerente ao ser humano e não é negativo. O conflito pode ou não ser negativo conforme a maneira como lidamos com ele. O paradigma é bélico e militarista, produzindo a linguagem bélica. Pequenos Rambols , vestidos com roupas de soldados, e espadas, revolveres e metralhadoras, filmes e toda uma linha de produtos de “brinquedos” que educam e perpetuam a idéia do militarismo. Na concepção militarista tem-se o conceito do inimigo, e que a defesa da liberdade e da segurança pública deve estar sempre pautada no combate ao inimigo externo. Assim é comum encontrarmos um pai falando para o filho: “não mexa com o coleginha na escola, MAS se ele te bater, dê na cara dele para se defender.” A história do planeta e dos povos que aqui viveram, sempre foi uma história de invasões e guerras. Conquistas de novas terras, novos
espaços. Segundo Guimarães[2] “no século 18 morreram 4,4 milhões de pessoas em 68 guerras, no século 19 morreram 99 milhões de pessoas em 237 guerras, e nos levou ao desenvolvimento tecnológico da guerra e ao aumento sem precedentes do seu poder destrutivo”. Se isto sempre foi assim, não quer dizer que deverá ser assim “ad eternum “, afinal como muito bem afima Roberto Crema [ 3] , “ou mudamos este modo de vida, ou não haverá futuro”. Seremos capazes de destruir o Planeta. O Planeta não é um imenso mercado a ser explorado, conquistado e dominado, mas a casa de todos nós. Assim uma Cultura de Paz, é hoje uma necessidade urgente. O fenômeno da violência de da paz, pertencem à dimensão do social, e assim é apreendido, então a boa notícia é que poderemos re-apreender um novo modo vida que não seja o militarista. Devermos criar aversão ao aprendizado militarista e ao conceito de inimigo. Gandhi [4] afirmava que “tudo que vive é teu semelhante”. Assim o outro não deve ser visto como inimigo, mas como semelhante, nosso parceiro capaz de contribuir para a manutenção da vida no Planeta. Tomar consciência da linguagem bélica, para criar uma nova linguagem: - a linguagem do bem comum, é desafio imediato que o educador para a paz deve desenvolver e vivenciar em sua experiência diária. Uma variável econômica que deve ser revista. Gastamos milhões com a indústria bélica, produzida e mantida pelo medo do inimigo. Aquele que tiver mais armas, mais investimento em bélico, tem mais poder e a segurança nacional está mantida. O conceito do inimigo une os membros de um pais, criando uma cooperação interna e deixando claro, que o inimigo é externo. Isto justifica aos governos investirem mais nesta área que em educação, saúde e moradia. Mundialmente gastamos 960 bilhões de dólares, são 30 mil dólares por segundo com o bélico e os exércitos. Isto produz morte e destruição, veja alguns dados do controlarns
• Há 639 milhões de armas de pequeno porte no mundo: uma para cada 10 pessoas. • As armas são produzidas por mais de 1.000 empresas em pelo menos 98 países. • A cada ano, são produzidas 8 milhões de armas de pequeno porte. • A cada ano, 16 bilhões de unidades de munição são produzidas: são mais de duas balas
para cada homem, mulher e criança do planeta. • Cerca de 60% das armas de pequeno porte estão nas mãos de civis. • Mais de 500.000 pessoas são mortas com armas de fogo todos os anos: uma vítima a
cada minuto! • Um terço dos países gasta mais em armamentos do que em serviços de saúde. • Em média, os países da África, Ásia, Oriente Médio e América Latina gastam US$22
bilhões por ano em armamentos.
Gastos Militares versus Assistência Desenvolvimentista Na figura abaixo, os gastos estão em bilhões de dólares. fonte: capitulo 9 - Estabelecendo os Fundamentos para a Paz – Metas do Milênio
Hilary French, Gary Gardner e Erik Assadourian
Alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio exigirá maior investimentos. Alguns países já reconhecem isto e estão agindo. Em 2003, por exemplo, o Brasil postergou a compra de jatos de combate no valor de US$ 760 milhões e reduziu seu orçamento militar em 4%, a fim de financiar um ambicioso programa contra a fome. A Costa Rica, por não possuir forças armadas por 50 anos, pôde dedicar uma parcela bem maior de seu orçamento a gastos sociais – com resultados impressionantes. Com um PIB per capita semelhante à América Latina como um todo, a Costa Rica tem a maior taxa de expectativa de vida e um dos maiores níveis de alfabetização de toda a região. Mesmo que os países em desenvolvimento redirecionem apenas uma pequena parcela de seus gastos militares, estimados em mais de US$ 220 bilhões, para alcançar os ODMs, isto disponibilizaria recursos adicionais significativos. Mas, a maioria desses países necessitará de mais recursos do que pode suprir por si só. Realmente, para os países mais pobres será praticamente impossível obter recursos suficientes dentro de seus orçamentos para oferecer serviços básicos. A OMS calcula, por exemplo, que, para sustentar um sistema de saúde pública, é necessário um mínimo de 2003, países doadores ofereceram US$ 68 bilhões em assistência oficial ao desenvolvimento (ODA na sigla em inglês), ou apenas 0,25% de suas Rendas Internas Brutas (RIB). Na cúpula de Joanesburgo, os governos reafirmaram a necessidade de prestar 0,7% da RIB em ajuda. Porém, apenas cinco países o fizeram – Dinamarca, Luxemburgo, Holanda, Noruega e Suécia. Se todos os doadores efetivamente atendessem a este objetivo plenamente alcançável, a ajuda anual ao desenvolvimento aumentaria em mais de US$ 110 bilhões – mais do dobro dos US$ 50 bilhões estimados como necessários em termos de recursos adicionais para alcançar os ODMs. Até agora, só Bélgica e Irlanda anunciaram planos para aumentar sua ODA para 0,7%. Além disso, países doadores terão que melhorar a destinação da ajuda que prestam. Em 2001, mais de um quinto da ajuda foi condicionado à compra de bens e serviços do país doador, enquanto menos de um terço
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Gastos Militares
Gastos com ODM
Metas para gastos ODM
destinou-se a melhorias em saúde, saneamento e serviços educacionais. A fim de encarar com sucesso as ameaças não-tradicionais à segurança, maior ajuda terá que ser destinada diretamente para atingir os ODMs. ( fonte: capitulo 9 - Estabelecendo os Fundamentos para a Paz – Metas do Milênio Hilary French, Gary Gardner e Erik Assadourian) Para Guimarães [ ] ... Muitos dos conflitos atuais estão impulsionados pela cobiça e o desejo de controlar as matérias primas, enquanto se gastam milhões no comércio de armamentos e outras formas de militarização. Ao mesmo tempo, muitas iniciativas de paz e programas de segurança humana carecem de recursos1. Além de eliminar as armas de destruição em massa e restringir drasticamente o comércio de armas, é preciso reduzir progressivamente os orçamentos militares, o que implica o estabelecimento de um consenso capaz de romper com os monopólios e privilégios da indústria armamentista. Entre os argumentos levantados por ela, está que a pesquisa e o desenvolvimento dos armamentos traz conseqüências positivas tecnológicas para a humanidade. Redistribuir os fundos do âmbito dos armamentos para o da segurança humana e do desenvolvimento sustentável permitirá estabelecer novas prioridades que culminarão em uma nova ordem social na qual estará garantida em pé de igualdade os grupos marginalizados, incluídas as mulheres e populações indígenas, restringir-se-á o uso da força militar e avançar-se-á rumo à segurança coletiva mundial....
1 Segundo dados do Apelo De Haia Para A Paz, se as necessidades para saúde e nutrição básica com a infância são da ordem de 13 bilhões de dólares anuais, a educação primária exigem 6 bilhões, saneamento 9 e planejamento familiar 6. Em contraposição, os gastos anuais com golfe são de 40 bilhões anuais; vinho, 85; cerveja, 160; publicidade, 250; cigarros, 400; e gastos militares cercas de 800 bilhões de dólares (HAGUE APPEL FOR PEACE, 2000, p. 41).
A educação das crianças para cultura bélica: A realidade e fantasia se misturam para as crianças, que ligadas a TV, são incapazes de discernir as cenas de violências reais e as produzidas pelos filmes, desenhos e propagandas. Os telejornais valorizam mais o negativo, o crime e os desfecho violentos das relações sociais no seu dia a dia, assim noticia ou ficção passam e a realidade é banalizada.
A guerra chega a eles pelos meios de comunicação, televisão, filmes, quadrinhos, fundamentalmente em forma de espetáculo, mais que como notícias ou em beneficio de sua educação. Como matéria de distração, a guerra se apresenta com freqüência como modo de fuga, destacando os aspectos atraentes, viris e heróicos enquanto se dissimula a mais sombria realidade bélica. Muitas vezes as ações destes filmes é revivida e interpretada nas ruas dos bairros pelas crianças com jogos cada vez mais fielmente reproduzidos. O fato de que simulem matar não entra em jogo. A atitude subjacente radica em que matar não é um delito desde que se mate apenas aos maus. Esta atitude bélica é reforçada ao longo da vida por um condicionamento militarista que permite escassas oportunidades de debater as questões morais que evidentemente suscitam o emprego da violência e o fato de matar (YARWOOD; WEAVER, 1993, p. 119).(...) não requer exame de admissão, não cobra matrícula e dita seus cursos, gratuitamente, a todos e em todas as partes... O mundo ao avesso gratifica o avesso: despreza a honestidade, castiga o trabalho, recompensa a falta de escrúpulos e alimenta o canibalismo... Os
países responsáveis pela paz universal são os que mais armas fabricam e os que mais armas vendem aos demais países... (GALEANO, 1999, p. 5-7).