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    1 Economia Monetria2o Semestre 2013

    Prof. Dr. Divanildo Triches

    [email protected]

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    1 Economia monetria

    1.1 Definio 1.2 Conceito de moeda 1.3 Origem da moeda 1.4 Funes da moeda 1.5 Caractersticas essenciais da moeda

    1.6 Evoluo e tipos de moedas 1.7 Evoluo da moeda no Brasil

    Bibliografia obrigatria:

    Lopes e Rosetti (2002, cap. 1),Triches (1992 cap.2)

    Bibliografia complementar:

    Mishkin (1994 cap 1),

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    1. ECONOMIA MONETRIA

    1.1. DEFINIO o ramo da cincia econmica que trata das

    questes relacionadas moeda ou da liquidez daeconomia.

    Estuda o comportamento e evoluo dos mercadosmonetrios e de ativos ou mercado financeiro e suarelao com o setor real da economia.

    Trata conduo e avaliao do desempenho dapoltica monetria no que se refere a estabilizaoou reduo das flutuaes macroeconmicas.

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    Estuda as questes relacionadas aos processoinflacionrios como:

    a) conceitos e metodologias da medio da inflao

    b) origem ou inflao de demanda, de custo, inercial,expectacional, estrutural etc.

    c) consequncia sobre a distribuio e transfernciade renda e sobre o desempenhomacroeconmico.

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    1.2. CONCEITO DE MOEDA

    um bem econmico qualquer que desempenha asfunes bsicas de intermediria de troca, serve demedida de valor e possui aceitao geral.

    A moeda no tem valor em si mesma, vale por aquiloque ela pode comprar.

    A moeda representa a liquidez da economia ou ainda,a separao entre o ato de compra e de venda.

    A moeda expressa o poder de compra ou reserva devalor.

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    um conceito pouco preciso ou talvez o mais

    abstrato no estudo da economia. Ela pode sercomparada fora na fsica, a qual no definida,mas simplesmente constatada. Usa-se, apartir disso, determinados padres para medi-la.

    Constitui-se numa srie de ativos financeiros;dinheiro, saldo bancrios, cheque viagem, etc.

    Possui propriedades especiais que pode ser usada

    para realizar transaes.

    Um produto se converte em ativo monetrio se asociedade aceita em pagamento as transaesque realiza, etc.

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    A definio mais convencional de liquidez ou moedapressupe que sua funo seja facilitar astransaes econmicas.

    A moeda caracterizada como liquidez absoluta equando medida numa escala entre 0 e 1, seriaigual a unidade.

    Os demais ativos financeiros e fsicos passariam ser

    classificados de acordo com sua rapidez com queso trocados. Assim, quando mais prximo a zeromenor ser o seu grau de liquidez.

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    1.3. ORIGEM DA MOEDA

    Est na evoluo e na complexidade dasatividades econmicas

    Est na fixao de grupos humanos emdeterminadas reas.

    encontrada na Diviso do trabalho =especializao das tarefas.

    Est na auto-suficincia que cede espao parainterdependncia.

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    Est na superao da economia de escambo paraeconomia monetria.

    Est no aumento do nmero das transaeseconmicas ou com maior nmero de bens paraa satisfao das necessidades humanas.

    A troca tornou-se fundamental para odesenvolvimento da sociedade e a prpriasobrivevncia do grupo social.

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    1.4. FUNES DA MOEDA

    i) Intermediria ou meio de troca

    a funo essencial da moeda, caracterizadacomo a principal razo do seu aparecimento.

    Permitiu a superao da economia de escambo

    para economias monetrias modernas, comgrandes benefcios econmicos e sociais.

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    Tornou possvel maior grau de especializao e dediviso do Trabalho = aumento da produtividade= aumento da eficincia econmicas = aumentoda oferta e de variedade de bens e servios.

    Reduo do tempo empregado para efetuar astransaes (tempo liberado para outrasatividades produtivas, ou lazer = aumento dobem-estar.

    Eliminou a necessidade de dupla coincidncia,exigida na economia de escambo.

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    A separao da compra da venda permitiu maiorgrau de liberdade de escolha.

    A moeda oferece mais opes de escolha para

    decidir quando e aonde comprar ou distribuir ascompras mais adequadamente no tempo.

    Economias monetrias so caracterizadas pelopoder da sociedade em trocar moeda por bens

    e bens por moeda, mas os bens no sotrocados por bens.

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    ii) MEDIDA DE VALOR

    A moeda serve como unidade-padro de medida devalor.

    Pode ser comparada a escala de medida.

    Permite que todos os bens e servios sejamexpressos em termos monetrios ou numdenominador comum de valor.

    A relao de troca pode ser estabelecida;RT = n(n-1)/n onde n nmero de bens e

    servios transacionados (para 2 produtos, RT =1, e para 20 produtos, RT = 190, etc.).

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    Calcular o nmero de relaes de troca para 100,200, 500, e 1000 produtos disponveis:

    a) 100

    b) 200

    c) 500

    d) 1000

    950.42

    )1100(100

    2

    )1(

    nnRT

    900.192

    )1200(200

    RT

    750.124

    2

    )1500(500

    RT

    500.4992

    )11000(1000

    RT

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    Racionaliza e aumenta o nmero de informaeseconmicas via sistema de preos.

    Torna possvel o registro das atividades econmicas.

    Permite agregao de valores nas economias(Contabilidade Social).

    Torna possvel a comparao de preos (preos

    relativos intra e intereconomias - taxa de cmbio,etc.).

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    iii) RESERVA DE VALOR

    a capacidade da moeda guardar valor ou riquezae permite a transferncia do poder de compra dopresente para o futuro.

    Tem liquidez por excelncia ou aceitao imediata.

    Outros ativos que guardam riqueza no tm essapropriedade, mas fornece um fluxo de

    rendimentos.

    Apresentada pela primeira vez por Keynes e passoua ser conhecida como preferncia pela liquidez.

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    A moeda um ativo conversvel com ampla

    aceitao geogrfica.

    Imprevisibilidade do valor futuro dos outros ativosfinanceiros.

    A moeda m tira a moeda boa de circulao.

    Quanto maior a inflao, maior ser a velocidadede circulao da moeda e menor o tempo que amoeda ser retida na forma lquida.

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    iv) PODER LIBERATRIO

    A moeda possui poder de efetuar pagamentos =saldar dvida = livrar seu detentor de uma situaopassiva.

    O poder garantido pelo Estado que fora o cursoda moeda, mas sua aceitao compete asociedade.

    O detentor de crdito obrigado por lei aceitar a

    moeda como forma de pagamento.

    A garantia da aceitao da moeda , em ltimainstncia, uma manifestao social.

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    H um forte vinculo entre o poder liberatrio damoeda e sua aceitao pela sociedade.

    v) PADRO DE PAGAMENTOS DEFERIDOS

    Refere-se capacidade de facilitar a distribuio de

    pagamentos e recebimentos ao longo do tempo.

    Viabiliza antecipao dos fluxos de renda.

    O salrio, emprstimos para capital de giro edesconto de duplicatas so exemplos depagamento deferido ou adiantamento.

    O salrios so pagos antes do recebimento doproduto vendido.

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    de grande importncia para as economiasmodernas, pois facilita o crdito e sua distribuiono tempo.

    Viabiliza e d mais eficincia ao processo

    produtivo.

    Permite o estabelecimento de contratosintertemporais.

    um elo que liga o passado, o presente e o futuro.

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    vi) INSTRUMENTO DE PODER

    Trata-se de um instrumento de poder poltico,econmico e social.

    Tem a capacidade de agir sobre a riqueza existente.

    O poder econmico da moeda pode ser usado cominstrumento de presso poltica.

    Quanto maior a deteno da moeda, maior ser oexerccio de poder.

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    Pode conduzir efeito nocivo a sociedade comoabuso de autoridade, etc.

    O poder econmico pode fundamentar o poderpoltico, afetando os rumos de desenvolvimento de

    uma nao.

    1.5. CARACTERSTICAS ESSENCIAIS DA MOEDA

    A moeda sempre manteve, para o desempenhoadequado de suas funes, certas caractersticasbsicas em todas as etapas de sua evoluo queso:

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    i) INDESTRUTIBILIDADE E INALTERABILIDADE

    A moeda deve ser suficientemente durvel, no podeser destruda pelo seu manuseio. Papel ruim oudanificado provoca perdas para o ltimopossuidor.

    A durabilidade e a indestrutibilidade so obstculos falsificao, atributos para confiana do pblico

    e aceitao geral.

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    ii) HOMOGENEIDADE

    Duas unidades monetrias distintas de valor igualdevem ser rigorosamente iguais (produto damesma qualidade, composio, etc.).

    iii) DIVISIBILIDADE

    A moeda deve possuir mltiplos e submltiplos para

    permitir a realizao de pequenas e de grandetransaes.

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    iv) TRANSFERIBILIDADE

    A moeda deve ser de fcil transferncia de umpossuidor para outro. No deve ser nominativa(tipo nota promissria).

    v) FACILIDADE DE MANUSEIO E TRANSPORTE

    Trata-se da caracterstica bsica da moeda para o

    cumprimento de suas funes: o transporte emanuseio no podem prejudicar nem dificultar asua utilizao.

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    1.6 EVOLUO E TIPOS DE MOEDAS

    1.6.1. MOEDAS-MERCADORIAS

    Foram as primeiras moedas.

    As mercadorias deveriam ser suficientementeraras e atender as necessidades comuns.

    Tinham valor de uso, comum e geral esimultaneamente valor troca o valor de usoservia de garantia para o valor de troca.

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    Valor de troca decorre do expressivo valor de uso(gado, tecidos, sal, ch, cevada, arroz prolasseda, etc.).

    Principais razes do abandono das moedas-mercadorias:

    i) A maioria das mercadorias no preenchia ascaractersticas essenciais de instrumentomonetrios para o desempenho de suasfunes;

    ii) No eram facilmente transferveis e divisveis ede difcil manuseio e transportes;

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    iii) A justaposio do valor de uso e de trocacomprometia o seu papel como instrumentomonetrio unidade monetria podia ser usadacomo bem de consumo.

    Outros exemplos de mercadorias-moedas:

    a) Antigidade arroz, cevada, cobre, concha,barra de ferro, escravos, gado, instrumentosagrcolas, prata, seda;

    b) Idade Mdia gata, arroz, aveia, centeio, ch,cobre, escravos, estanho, ferro, gado, moedade couro, manteiga ouro, peixes secos, prolas,prata, sal, tecidos, etc.;

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    Tipo de mercadoria-moeda

    Peixe Gado Sal

    Pano Metal Metal moldado

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    c) Idade Moderna: arroz, carne seca, cereais,

    fumo, gado, madeira, metais preciosos, pele,rum, trigo, warrants.

    1.6.2. MOEDAS METLICAS

    Os metais foram as mercadorias que melhordesempenha o papel de instrumento monetrio.

    O valor de uso no compete nem comprometeto diretamente com o seu valor de troca.

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    A utilizao dos metais viabilizou o processo decunhagem que certificava o seu peso e garantia de

    circulao.

    A cunhagem surgiu na Grcia durante o sculo VII a.C. com a moeda DRACMA que manteve o seu

    contudo inalterado durante 400 anos.

    No Imprio Romano, foi adotado um sistemabimetlico: DENRIO prata e AUREUS ouro

    Foi amplamente usado no Imprio Romano comoforma de submisso dos povos conquistados.

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    Moedas antigas Moedas gregas

    Moedas de ouro, prata e bronze

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    O processo de cunhagem permitiu a cobrana detributos - Idade Mdia: os senhores feudais tinham o

    poder exclusivo de cunhar os metais e alterar o seuvalor nominal

    A apropriao do metal pelo seu valor mais elevado

    (cobrana de imposto pago ao Seigneur)denominou-se de Seignorage = senhoragem ousenhoriagem.

    Os metais usados: - cobre - bronze - ferro.

    A abundncia dos metais comprometia algumasfunes da moeda como reserva de valor.

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    O aparecimento de novas minas e o processo

    industrial mais avanado reduziam o valor do metal= comprometia a sua aceitao.

    Os metais foram substitudos pelo ouro e prata,

    porque eram suficientemente escassos = mantinhao preo estvel.

    O ouro e a prata tm carter simblico como

    expresso de poder e riqueza.

    O crescimento da oferta dos metais preciosos foiacompanhado pelo crescimento das economias atsculo XIX.

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    Espanhis = Amrica espanhola = mercantilismo

    Ingleses = Califrnia e Austrlia = RevoluoIndustrial

    A necessidade de expanso da oferta de monetriadevido ao aumento da produo e comrcio foisuprida com inovaes tecnolgicas que permitira

    a extrao intensiva na frica do Sul.

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    1.6.3. MOEDA PAPEL

    A multiplicao das trocas entre regies e naesfez com que os metais preciosos no semostrassem eficientes como instrumentomonetrio.

    Havia dificuldades de transportes dos metais -Longas distncias Precariedade das estradas -Peso Risco = roubos.

    Surgiu a necessidade de criar e difundir uminstrumento monetrio mais flexvel.

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    Aps o Renascimento, os comerciantes passaram aguardar os metais preciosos em casas decustdias = Ourivesarias.

    Os ourives custodiavam o ouro e a prata fornecendoaos depositantes um certificado de depsito quepassaram a circular em substituio aos metais

    preciosos.

    Criava-se a nova moeda representativa ou moeda-papel com lastro de 100% e garantia de plenaconversibilidade.

    A garantia e honradez dada pelas casas de custdiaacabaram por transformar a nova moeda como uminstrumento preferencial de troca e reserva devalor.

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    Moeda papel Papel Moeda

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    1.6.4. PAPEL-MOEDA OU MOEDA FIDUCIRIA

    uma moeda sem lastro integral.

    Surgiu a partir da percepo de que a reconverso

    da moeda-papel em metais no era feita por todosos seus detentores ao mesmo tempo.

    Havia saques e depsitos ao mesmo tempo.

    As casas de custdia comearam a emitir certificadosem lastro = origem da moeda fiduciria.

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    uma etapa mais importante e revolucionria de

    evoluo da moeda.

    Caracterstica do papel-moeda estgio inicial:

    a) lastro inferido a 100%;

    b) menor garantia de conversibilidade;

    c) emisso feita por particulares;

    d) colapso do sistema o Estado assume o monoplio.

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    Estado passa regulamentar as emisses sob trssistemas:

    i) Sistema de Cobertura Integral a emissocorrespondente ao encaixe-ouro (UK 1844 e EUA1874);

    ii) Sistema proporcional de reserva a emissosegue legalmente a uma relao com o encaixemetlico, variando 30% na Alemanha e na Blgica,a 40% no EUA com criao dos bancos federaisem 1913;

    iii) Sistema de Teto Mximo a emisso limitadapor um teto, portanto, sem relao com o encaixemetlico; Frana (1870 1928). mais flexvel.

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    A rigidez dos sistemas (dois primeiros) permitiu a

    criao do Padro Ouro (Gold ExchangeStandard). As notas so conversveis a uma divisaestrangeira e essa conversvel ao ouro.

    a) Padro Ouro Libra: 1875 at primeiraGuerra mundial

    1919 a 1929

    b) Padro Ouro Dlar: 1919 a 19291945 a 1971 (Sistema

    Bretton Woods)

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    uma moeda de emisso no lastreada emonopolizada pelo Estado, de curso forado e depoder liberatrio garantido por disposies legais.

    1.6.5. MOEDA BANCRIA OU ESCRITURAL(INVISVEL)

    O desenvolvimento da moeda se deu de forma

    acidental.

    No se tinha ideia que os depsitos bancrios,movimentados por cheques, eram uma forma demoeda.

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    Essa moeda criada pelos bancos comerciais

    atravs do efeito do multiplicador bancrio.

    Atualmente representa a maior parcela de meios depagamento das economias.

    A movimentao feita por meios de cheques, ordemde pagamentos, cartes, TED, etc. invisvel porno ter existncia fsica apenas um registrocontbil (Crdito e Dbito)

    Constitui fundamentalmente um valor de troca ouextrnseco.

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    1.7. EVOLUO DA MOEDA NO BRASIL

    1688: Estabeleceu-se o padro do primeirosistema monetrio bimetalismo ouro e prata.

    Taxa de converso Prata/Ouro = 16;

    a) uma oitava de ouro = 1,6 CONTO DE RIS

    b) uma pea de prata = 0,1 CONTO DE RIS.

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    1808: Chegada de D. Joo VI o meio circulante erade peas metlicas e de Bilhetes de Permuta(recibos de recolhimento metlico na casa demoeda e aceito para liquidao de transaesmediante endosso).

    1808: Criao do primeiro BANCO DO BRASIL: umaexigncia para o fortalecimento do sistemamonetrio financeiro. Tem autorizao de emitir

    notas representativas com conversibilidade de100%.

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    1821: As notas representativas eram 6 vezes

    superior a garantia metlica emprstimos aotesouro para financiar guerras Pernambuco,Bahia etc. (garantia joias da Coroa Real).

    1827: A maior parte das moedas de cobre emitidaspela Casa da Moeda eram falsas. Houve trocadessa moeda por aquela emitida pelo Tesouro

    (primeira autorizao legal para emisso depapel-moeda pelo governo).

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    1829: Foi decretada a liquidao do primeiro Banco

    do Brasil.

    1836: Criao de bancos emissores de moeda emvrios Estados, sujeitos a um teto mximo de

    cobertura integral.

    1846: O sistema monetrio retornou ao padro-ourocom uma relao fixa Prata/Ouro = 15,625.

    1851: A unio do Banco Comercial do Rio de Janeiroe do Banco Mau deu a origem ao segundoBANCO DO BRASIL.

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    O Banco do Brasil assumiu o monoplio de

    emisso de notas bancrias, cujo limite fixado foio dobro do capital disponvel ou a um tetomximo. Com a Guerra do Paraguai, o teto deemisso do Banco foi elevado em cinco vezesem relao ao capital.

    1866: O direito de emisso retorna ao Tesouro. Asnotas eram garantidas pelo sistema de reservaproporcional (a taxa de garantia era alternada emfuno da disponibilidade metlica).

    1888: Com abundncia de ouro no mercado, restabelecida a condio de conversibilidadeplena.

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    1889: Com a Repblica, reabre-se a discusso entre

    os metalistas e os papelistas.

    1890: So implantados 4 bancos de emisso aumento de inflao. Segundo BANCO DOBRASIL liquidado.

    1898: A contra-reforma liderada pelos metalistas eprocedem a queima das cdulas monetrias,valorizam a taxa de cmbio e contm o processo

    emissor.

    1900: A cobertura metlica para emisso era de2,14% e aumentou para 32,5% em 1913.

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    1906: O BANCO DO BRASIL voltou a operar.

    1914 a 1920: As notas do Tesouro voltam a seremitidas numa proporo de 88% do encaixemetlico.

    1923:O Banco do Brasil reassume o monoplio daemisso de moeda.

    1926: O padro monetrio foi modificado, 1.000 -

    Ris = 200mg de Ouro. Criou-se a Caixa deEstabilizao, encarregada da converso dasnotas em ouro e vice-versa. Voltou-se ao sistemaproporcional.

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    1929: Com a depresso econmica (dficit daBalana Comercial = reduo das reservas ouro), osistema monetrio foi desarticulado e a Caixa deConverso liquidada.

    1942: Com a reforma monetria, o cruzeiro (Cr$)passou a valer mil Ris sistema Real antigo - ouum milsimo de Conto de Ris

    1945: Estabeleceu-se a liberdade de emisso semlimitao de lastro.

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    1948: Foi fixado o valor do cruzeiro, ou seja, US$1,00 era equivalente a Cr$ 18,50 ou ainda Cr$1,00 igual a 0,0480363 gramas de ouro fino.

    1961: O padro-ouro foi suspenso e sistemamonetrio tornou-se totalmente fiducirio, semlastro metlico e inconversvel.

    1964: Foi criado o Banco Central do Brasil, emsubstituio da SUMOC e assume o monopliode emisso de papel-moeda.

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    1967: Nova reforma monetria foi implantada no

    pas, em que mil cruzeiros foram substitudos porum cruzeiro novo, ou seja, NCr$ 1,00 era igual aCr$ 1.000,00

    1970: a denominao do cruzeiro novo mudou paracruzeiro e foram extintos os centavos.

    1986: (Plano Cruzado) Nova reforma monetria foiimplantada no pas, com a criao do cruzado Cz$em substituio ao cruzeiro Cr$ por uma paridadede Cz$ 1,00 para Cr$ 1.000,00.

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    1989: (Plano Vero) outra reforma monetria em que

    foram eliminados mais trs zeros e moeda passouse chamar cruzado novo, isto , NC$ 1,00 era iguala Cz$ 1.000,00.

    1990: (Plano Collor) Retornou-se ao Cruzeiro, isto ,um cruzado novo foi substitudo por um Cruzeiro.

    1993: A fase inicial do Plano Real foi marcada pela

    substituio de mil Cruzeiros por um Cruzeiro real,isto , CR$ 1,00 era igual a Cr$ 1.000,00.

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    1994: Com a etapa final do Plano Real, CR$2.750,00 foram transformados numa Unidade deReal de Valor (URV) ou um Real (R$ 1,00) = US$1,00.

    R$ 1,00 = 2,75x1021 ris ou Cr$ 2,75x1018 de1942. (2.750.000.000.000.000.000.000 ris)

    Dois sextilhes e setecentos e cinquentaquintilhes de ris.

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    .

    Tabela 1 Composio do meio circulante no Brasil em 09 de julho de 2013

    Valor de Face Unidade % Total Valor % Total

    i) Moeda Metlica 2,81 Centavo 3.190.979.773 15,2 31.909.797,73 0,6

    5 Centavos 5.114.040.480 24,3 255.702.024,00 5,1

    10 Centavos 5.680.052.086 27,0 568.005.208,60 11,4

    25 Centavos 2.411.792.620 11,5 602.948.155,00 12,1

    50 Centavos 2.195.549.325 10,4 1.097.774.662,50 22,0

    1 Real 2.444.641.356 11,6 2.444.641.356,00 48,9

    Subtotal 21.037.055.640 100,0 5.000.981.203,83 100,0

    ii) Cdulas 97,2

    1 Real 149.683.939 2,8 149.683.939, 0,09

    2 Reais 910.394.591 17,3 1.820.789.182, 1,06

    5 Reais 462.826.708 8,8 2.314.133.540, 1,35

    10 Reais 662.592.916 12,6 6.625.929.160, 3,87

    20 Reais 769.373.617 14,6 15.387.472.340, 8,99

    50 Reais 1.712.185.107 32,5 85.609.255.350, 50,00100 Reais 593.152.976 11,3 59.315.297.600, 34,64

    Subtotal 5.260.209.854 100,0 171.222.561.111, 100,00

    Total 176.223.542.314,83 100,00

    MoedasComemorativas

    202.351 1.062162,00

    Total Geral 176.224.604.476,83

    Fonte: BCB

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    Composio do meio circulante do Brasil , em agosto 2006

    Unidades Valor R$Valor de face

    Totais % total Totais % totali) Moedas metlicas

    1 centavos 3.185.389.333 28,08 31.853.893,33 1,815 centavos 2.644.095.353 23,31 132.204.767,65 7,5110 centavos 2.860.077.399 25,21 286.007.739,90 16,2425 centavos 1.142.275.277 10,07 285.568.819,25 16,2250 centavos 973.443.799 8,58 486.721.899,50 27,641 real 538.313.904 4,75 538.313.904,00 30,57

    Total 11.343.595.065 100,00 1.760.671.023,63 100,00ii) Cdulas

    1 real 490.271.635 15,05 490.271.635,00 0,722 reias 386.311.085 11,86 772.622.170,00 1,145 reais 295.910.840 9,08 1.479.554.200,00 2,17

    10 reais 787.301.705 24,17 7.873.017.050,00 11,5720 reais 285.390.599 8,76 5.707.811.980,00 8,3950 reais 989.688.086 30,38 49.484.404.300,00 72,72100 reais 22.374.837 0,69 2.237.483.700,00 3,29

    Total 3.257.248.787 100,00 68.045.165.035,00 100,00Total Geral 14.600.843.852 69.805.836.058,63Moedas

    comemorativas 112.461

    719.971,00

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    Moedas comemorativas no BrasilQuinhentos anos de descobrimento:

    Brasil AmricaPreo de venda R$ 106,00 R$ 100,00

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    Moedas comemorativas no Brasil

    Copa do mundo:Tetra 1994 (esgotada)Ouro Prata

    Penta 2002

    R$ 120,

    R$ 835,00

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    Moedas comemorativas no Brasil

    Braslia - Patrimnio da humanidadeValor de face R$ 5,00de venda R$ 140,00

    Cem anos do vo do 14 Bis (esgotada)