1 AS RELAÇÕES SOCIAIS NO TRABALHO E A MOTIVAÇÃO · Emerson Diógenes de Medeiros Estefânea...
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Universidade Federal do Piauí
Campus Ministro Reis Velloso
Parnaíba – Piauí
1ª EDIÇÃO
Carla Fernanda de Lima Santiago da Silva
Gustavo Freitas Pereira
Kelyane Vieira de Lima
Maria do Socorro de Sousa Meirelles
David Rodrigues de Lima
Antônia Beatriz da Costa Santos
II JORNADA DE PSICOLOGIA
1ª edição
Parnaíba-PI
Edição do Autor
2014
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA
BIBLIOTECA SETORIAL PROF.CANDIDO ATHAYDE/UFPI
J82a Jornada de Psicologia (2014 : Parnaíba, PI).
Anais da II Jornada de Psicologia. / Organizadores, Carla Fernanda
de Lima Santiago da Silva ... [et al.]. – Parnaíba : Ed. do Autor, 2014.
125p.
1. 1. Psicologia. I. Silva, Carla Fernanda de Lima Santiago da,
org. II. Medeiros, Emerson Diógenes de, org. III. Gusmão, Estefânea
Élida da Silva, org. IV. Pereira, Gustavo Freitas, org. V. Título:
Psicologias e Interdisciplinaridade: um diálogo entre saúde, educação
e trabalho.
CDD – 150
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
Reitor
Prof. Dr. José Arimatéia Dantas Lopes
Vice – Reitor
Prof. Dra. Nadir do Nascimento Nogueira
Pró – Reitoria de Ensino de Graduação
Profa. Dra. Maria do Socorro Leal Lopes
Coordenação de Psicologia
Prof. Dr. João Paulo Sales Macêdo
ORGANIZAÇÃO GERAL DA II JORNADA DE PSICOLOGIA
Carla Fernanda de Lima Santiago da Silva
Emerson Diógenes de Medeiros
Estefânea Élida da Silva Gusmão
Gustavo Freitas Pereira
EDITORES
Anne Caroline Gomes Moura
Carolina Veras Vieira
David Rodrigues de Lima
Eva Raylla de Sousa Ribeiro Costa
Hortência Evelyne Santos
Jéssyca Cristina Gomes Nunes
Kelyane Vieira de Lima
Marciano da Rocha Rodrigues
Marcus Vinícius de Sousa
Maria Staphny de Sousa
Paulo César Lima Alves
Rafaela Nascimento Candeira
II JORNADA DE PSICOLOGIA – ANAIS
É uma publicação da Universidade Federal do Piauí, Campus Ministro Reis Velloso
Av. São Sebastião, 2819 – Parnaíba/PI
CEP 64202-020 Telefone (86)3323-5248
Internet: www.ufpi.br
COMISSÃO ORGANIZADORA
Carla Fernanda de Lima Santiago da Silva
Emerson Diógenes de Medeiros
Estefânea Élida da Silva Gusmão
Gustavo Freitas Pereira
Anne Caroline Gomes Moura
Antônia Beatriz da Costa Santos
Carolina Veras Vieira
Chesly Jaynara Barbosa de Sousa
David Rodrigues de Lima
Diana Sousa da Silva
Eva Raylla de Sousa Ribeiro Costa
Hortência Evelyne Santos
Jéssyca Cristina Gomes Nunes
Kelyane Vieira de Lima
Luana Santos Costa
Marciano da Rocha Rodrigues
Marcus Vinícius de Sousa
Maria do Socorro de Sousa Meireles
Maria Staphny de Sousa
Paulo César Lima Alves
Rafaela Nascimento Candeira
Sinara Fonseca Félix de Araújo
Sylmara Cleonyce Magalhães Jacobina
COMISSÃO CIENTÍFICA
Denis Barros de Carvalho (UFPI)
Emerson Diógenes de Medeiros (UFPI)
Estefânea Élida da Silva Gusmão (UFPI)
Frederico Osanan Amorim Lima (UFPI)
Gustavo Freitas Pereira (UFPI)
Raquel Pereira Belo (UFPI)
Ronald Taveira da Cruz (UFPI)
Samuel Pires Melo (UFPI)
Sandra Elisa de Assis Freire (UFPI)
Tereza Gláucia Rocha Matos (UNIFOR)
Victor Hugo do Vale Bastos (UFPI)
ORGANIZADORES DOS ANAIS ELETRÔNICOS
Jéssyca Cristina Gomes Nunes
Kelyane Vieira de Lima
APRESENTAÇÃO
A II Jornada de Psicologia, que teve como tema Psicologias e Interdisciplinaridade:
Um diálogo entre Saúde, Educação e Trabalho, realizou-se no período de 30 de abril a 03 de
maio de 2014, na Universidade Federal do Piauí - Campus Ministro Reis Velloso (Parnaíba-
PI). Este evento teve como finalidade a discussão acerca da potencialidade das práticas
interdisciplinares, assim como, a contribuição da Psicologia na promoção de saúde, da
educação e do trabalho juntamente com profissionais de áreas afins, ressaltando a aplicação
dos saberes desta ciência no campo prático. A II Jornada de Psicologia buscou ainda
proporcionar aos participantes a oportunidade de manifestarem-se acerca da temática por
meio da apresentação de trabalhos de forma a contribuir para as discussões a partir do
conhecimento adquirido.
Os resumos publicados neste material são o resultado das pesquisas desenvolvidas
por alunos e não alunos da Universidade Federal do Piauí (UFPI), que através de suas
pesquisas comprovam a importância da atuação do psicólogo em interação com outros
profissionais de áreas afins, de forma a ressaltar as respectivas relações e contribuições das
demais áreas científicas no campo do saber psicológico. No evento foram apresentados temas
ligados à Psicologia e suas várias facetas na produção interdisciplinar, abrindo-se espaço para
que os demais conhecimentos teórico-práticos pudessem ser debatidos a fim de ampliar o
diálogo e discutir acerca dos resultados positivos da integração das pluralidades de saberes e
como a aprendizagem dessa interação podem contribuir significativamente para os avanços
científicos nestas áreas.
Alunos, profissionais e Pesquisadores fizeram com que a II Jornada de Psicologia da
UFPI tivesse relevância no âmbito acadêmico por terem impulsionado e contribuído com os
debates acerta do tema central e pela a síntese de conhecimentos gerada a partir das
discussões, colaborando para o desenvolvimento profissional e intelectual de todos os
envolvidos, de forma a proporcionar uma ampla troca de experiências.
Agradecemos a todos que participaram deste evento pela confiança, dedicação e
contribuição, em especial aos pesquisadores, que através de seus trabalhos tornaram possível
a construção deste material, e aos palestrantes, que contribuíram imensamente para a
realização e magnitude da II Jornada de Psicologia.
Comissão Organizadora
Parnaíba-PI, 16 de abril de 2014
PROGRAMAÇÃO
Dia 30/04/2014 (quarta-feira)
08h00min às 12h00min
Credenciamento
Local – Auditório da Universidade Federal do Piauí
Minicurso: “Cuidado Integral dos Consumidores de Substâncias Psicoativas (Drogas):
Estigmas e Redução de Danos” - (Parte 1).
Prof. Ricardo Santos de Deus Cruz (Faculdade Santo Agostinho - Teresina)
Local: Universidade Federal do Piauí
Minicurso: “Mediação e Moderação”
Prof. Dr. Carlos Eduardo Pimentel (UFPB)
Local: Universidade Federal do Piauí
Minicurso: “Neuropsicologia: Visão de um Neurocientista”
Prof. Dr. Victor Hugo do Vale Bastos (UFPI)
Local: Universidade Federal do Piauí
14h00min às 18h00min
Credenciamento
Minicurso: “A Prática da Psicologia em um Centro de Práticas Integrativas e Complementares
em Saúde: Desafios e Possibilidades”
Profª. Msc. Bianca Galván Tokuo (UFPI)
Local: Universidade Federal do Piauí
Minicurso: “Avaliação em Terapia Familiar e Casal”
Profª. Drª. Sandra Elisa de Assis Freire (UFPI)
Local: Universidade Federal do Piauí
Minicurso: “Cuidado Integral dos Consumidores de Substâncias Psicoativas (Drogas):
Estigmas e Redução de Danos” - (Parte 2).
Prof. Ricardo Santos de Deus Cruz (Faculdade Santo Agostinho - Teresina)
Local: Universidade Federal do Piauí
Minicurso: “Intervenção Precoce em Crises Psicóticas”
Prof. Dr. João Paulo Sales Macedo (UFPI)
Local: Universidade Federal do Piauí
18h00min às 19h00min
Cerimônia de Abertura
Diretor do Campus de Parnaíba - UFPI: Alex Marinho Oliveira
Coordenador do Curso de Psicologia: João Paulo Sales Macêdo
Prefeito: Florentino Alves Veras Neto
Local: Auditório da Universidade Federal do Piauí
Apresentação Cultural: Raízes do Nordeste
19h00min às 21h00min
Conferência de Abertura
Prof. Dr. Luiz Pasquali (UNB)
Tema: “Psicologia, Saberes e Práticas: Um Discurso Interdisciplinar”
Local: Auditório da Universidade Federal do Piauí
Dia 01/05/2014(quinta-feira)
08h00min às 12h00min
Apresentação de Trabalhos
Exposição de Painéis
Local: Em frente ao auditório da Universidade Federal do Piauí
Eixo: Psicologia e Interdisciplinaridade na Educação
Uma Experiência do Estágio Básico em Psicologia Escolar/Educacional na APAE
Andressa Veras de Carvalho; Adrielli Maria Batista de Oliveira Silva; Monalisa Pontes
Xavier.
Modalidade: Pôster
O Processo de Institucionalização Precoce e sua Influência sob o Desenvolvimento Infantil
Cássio Marques Ribeiro; Anastácia de Carvalho e Silva; Helton Henrique Araújo Morais;
Márjore Caroline Nascimento Brito; Iriane do Nascimento Rosa
Modalidade: Pôster
As Interações Sociais e a Psicologia da Educação: Uma Experiência de Estágio
Olindina Fernandes da Silva Neta; Ana Paula de Caldas de Freitas; Andréia Nata Lopes
Henriques de Sousa; Katrine Silva de Carvalho; Tátila Rayane de Sampaio Brito.
Modalidade: Pôster
A Importância da Participação da Família na Escola
Silmaria Bandeira do Nascimento; Isabel da Silva Rodrigues; Andressa Lília Sousa dos
Santos; Carla Fernanda de Lima Santiago da Silva.
Modalidade: Pôster
Correlatos Demográficos do Bullying
Renan Pereira Monteiro Patrícia Nunes da Fonsêca; Rildésia Silva Veloso Gouveia; Ana
Karla Silva Soares; Thiago Medeiros Cavalcanti.
Modalidade: Pôster
Eixo: Interdisciplinaridade e a Psicologia Organizacional e do Trabalho
A Importância das Relações Interpessoais no Âmbito Institucional de Trabalho
Ana Amábile Gabrielle Rodrigues Leite; Anastácia de Carvalho e Silva; Mariane Pedrosa
Moraes; Maysa Milena e Silva Almeida; Moisés Francisco Sales; Tácio Ferreira Nunes.
Modalidade: Pôster
Psicologia Organizacional e do Trabalho: Relato de um Estágio em Hotelaria e Saúde do
Trabalhador
Ana Chistina Gaspar Melo; Camila Alves Nunes; Fabiana Monteiro; Jennifer de Oliveira
Passos; Tuany Aquino Ferreira.
Modalidade: Pôster
Sobrecarga de Trabalho no Samu e Pronto Socorro Municipal de Parnaíba
Gizelly de Castro Lopes; Izabelle Barros de Araújo; Kerolayne Názley Costa Silva; Maria da
Conceição Rodrigues de Diniz; Carla Fernanda de Lima Sousa da Silva
Modalidade: Pôster
Psicólogo Organizacional: Contribuições e Estabelecimento de uma Liderança Formal
Jéssyca de Lacerda Araújo; Nádia Caroline Barbosa Silva; Thaís Oliveira Lima, Raquel
Pereira Belo.
Modalidade: Pôster
Trabalho e Identidade: Uma Análise à Luz da Contemporaneidade
Jéssyca Lacerda de Araújo; Eveline Luz Sousa Marques; Monalisa Pontes Xavier.
Modalidade: Pôster
Percepção de Concludentes do Ensino Superior Acerca de seu Futuro Profissional
Tálita Rayane de Sampaio Brito; Ana Paula Caldas de Freitas; Andréa Nara Lopes Henriques
de Sousa; Katrine Silva de Carvalho; Olindina Fernandes da Silva Neta.
Modalidade: Pôster
Síndrome de Burnout e Condições de Trabalho: Um Estudo com Professores de uma
Universidade Pública do Estado do Piauí
Flávia Marcelly de Sousa Mendes da Silva; Francisca Maria Carvalho Cardoso; Carla
Fernanda de Lima Santiago da Silva.
Modalidade: Pôster
O Significado do Trabalho para Flanelinhas da Cidade de Parnaíba/PI
Diana Cris Moura Ximenes; Carla Fernanda de Lima Santiago da Silva; Flávia Marcelly de
Sousa Mendes da Silva; Herica Rodrigues de Sousa; Kélvia Adriana Lages Canuto
Modalidade: Pôster
Influência da APROSPA para Profissionais do Sexo da Cidade de Parnaíba – PI
Maria Franciele de Almeida Silva; André Felipe de Castro Melo; Rayana Natiele da Silva;
Carla Fernanda de Lima Santiago da Silva.
Modalidade: Pôster
O8h00min às 10h00min
Comunicação Oral: Congressistas
Eixo: Psicologia e Interdisciplinaridade na Educação.
Local: Sala A da Universidade Federal do Piauí
Concepções Docentes na Aprendizagem dos Alunos com Trajetória de Insucesso Escolar
Lucília da Silva Santos; Maria da Glória Carvalho Moura.
Modalidade: Comunicação De Pesquisa
Concepções Psicopedagógicas na Aprendizagem dos Alunos com Trajetória de Insucesso
Escolar
Lucília da Silva Santos; Kennya Martins de Melo Sousa Cunha.
Modalidade: Comunicação De Pesquisa
A Deficiência Intelectual sob a Perspectiva do Apoio Educacional Especializado
Rachel Rodrigues Machado Barros; Eveline Luz Sousa Marques; Monalisa Pontes Xavier
Modalidade: Comunicação De Pesquisa
A Psicologia Aplicada à Educação no Âmbito da Relação Afetividade-Cognição
Diana Sousa da Silva; Jéssyca Cristina Gomes Nunes; Kelyane Vieira de Lima.
Modalidade: Comunicação de Pesquisa
Mesa Redonda
Tema: A interdisciplinaridade e suas implicações no ambiente escolar.
Palestrantes:
Monalisa Xavier (UFPI)
Élido Santiago (UFPI)
Rosany Correa dos Santos (Secretária de Educação de Phb)
Local: Auditório da Universidade Federal do Piauí
10h00min às 12h00min
Apresentação de Trabalhos
Comunicação Oral: Congressistas
Eixo: Psicologia e Interdisciplinaridade na Educação
Local: Sala B da Universidade Federal do Piauí
Bullying Escolar: Suas Consequências e Intervenção no Contexto Educacional
Marciano da Rocha Rodrigues; Priscila Souza Rocha; Maria Teresa Rodrigues de Oliveira;
Daltro de Paiva Oliveira Filho; Carla Fernanda de Lima Santiago da Silva.
Modalidade: Comunicação de Pesquisa
A Contemporaneidade e o Fenômeno do TDAH na Infância
Rita Simone da Cruz do Nascimento; Tátila Rayane de Sampaio Brito
Modalidade: Comunicação de Pesquisa
Reflexões Acerca da Violência no Cotidiano Escolar: Diálogos e Estratégias
Sylmara Cleonyce Magalhães Jacobina; Maria do Socorro de Souza Meireles
Modalidade: Comunicação de Pesquisa
Eixo: A Psicologia e a Concepção de Homem
Local: Sala B da Universidade Federal do Piauí
As Influências Históricas e os Resquícios do Modelo Manicomial na Rede de Atenção
Psicossocial do Piauí
Arlley Kleyton da Silva
Modalidade: Comunicação de Pesquisa
Eixo: Interdisciplinaridade e a Psicologia Organizacional e do Trabalho
Local: Sala C da Universidade Federal do Piauí
Percepção da Satisfação no Trabalho de Funcionários em Regime de Turno Alternado
José Walter Rêgo Resende; Jade Ariel da Silva; Lis Almélia dos Santos Mazulo; Zulma
Sampaio Fecks; Carla Fernanda de Lima Santiago da Silva.
Modalidade: Comunicação de Pesquisa
Modelo de Gestão Burocrático: observação em uma Realidade Organizacional
Gilvana Gomes Bezerra; Andréa Dutra Araújo; Helton Henrique Araujo; Isabela Carvalho
Amaral; Maria Clara Mesquita de Oliveira; Márjore Caroline Nascimento Brito
Modalidade: Comunicação De Pesquisa
Psicologia nas Organizações: Percepções a partir de um Estágio e uma Psicóloga
Andressa Maria Ferreira da Silva; Carla Santos; Kássia Dannyelle Cruz Silva; Teonilde
Trindade Cantanhede; Celson Feques Prazeres Costa.
Modalidade: Comunicação De Pesquisa
Recrutamento, Seleção, Treinamento e Avaliação de Desempenho em um Empresa de
Turismo
Rachel Rodrigues Machado Barros; Eveline Luz Sousa Marques; Jéssyca de Lacerda Araújo;
Taís Oliveira Lima; Raquel Pereira Belo.
Modalidade: Comunicação De Pesquisa
Jornada Dupla de Estudo e Trabalho: Percepções de Alunos da Universidade Federal do
Piauí que Mantêm esta Jornada
Lucas Maxciel do Nascimento Silva; Alex Daniel Rodrigues de Souza; Bernardo Diniz Barros
Junior; Raimundo Nonato de Sousa Barros Neto; Tiago Chaves Ribeiro; Carla Fernanda de
Lima Santiago da Silva.
Modalidade: Comunicação De Pesquisa
Mesa Redonda
Tema: Avaliação Psicológica: Interdisciplinaridade e avanços na área.
Palestrantes:
Profº. Pesquisador Dr. Luiz Pasquali (UNB)
Profº. Dr. Emerson Diógenes Medeiros (UFPI)
Profº. Dr. Carlos Eduardo Pimentel (UFPB)
Local: Auditório da Universidade Federal do Piauí
14h00min às 16h00min
Mesa Redonda
Tema: A Interdisciplinaridade como Fenômeno Propulsor do Tratamento Oncológico.
Palestrantes:
Adriano Araújo Holanda (Psicólogo CRIO Fortaleza-CE)
Thiago Santos Lima Almendra (Médico da Clínica Dr. João Silva Filho-Parnaíba)
Profª. Drª. Ana Fátima Carvalho Fernandes (UFC)
Local: Auditório da Universidade Federal do Piauí
16h00min às 18h00min
Mesa Redonda
Tema: Interdisciplinaridade e uma Concepção de Homem
Palestrantes:
Profº. Dr. Samuel Pires (UFPI)
Profº. Dr. Gustavo Freitas (UFPI)
Profª. Drª. Veridiana de Fátima Rodrigues Colaço (UFC)
Local: Auditório da Universidade Federal do Piauí
19h00min às 21h00min
Mesa Redonda
Tema: A Interdisciplinaridade como Dispositivo para a Promoção da Saúde.
Palestrantes:
Profª. Msc. Eugênia Gadelha (UFPI)
Profº. Dr. Victor Hugo do Vale Bastos (UFPI)
Ernesto Marrero Garcia (Médico Cubano)
Humberto Montiel (Médico Cubano)
Local: Auditório da Universidade Federal do Piauí
Dia 02/05/2014 (sexta-feira)
08h00min às 12h00min
Apresentação de Trabalhos
Exposição de Painéis
Local: Em frente ao auditório da Universidade Federal do Piauí
Eixo: Interdisciplinaridade na Promoção da Saúde
Atuação do Psicólogo Social Comunitário em Meio aos Jovens Parnaibanos.
Anastácia de Carvalho e Silva; Ana Amábile Gabrielle Rodrigues Leite; Mariane Pedrosa
Moraes; Maysa Milena e Silva Almeida; Nicole Fontenele Aguiar; Thamara Samyra Dos
Santos Carvalho.
Modalidade: Pôster
Tept: Considerações Acerca do Processo de Diagnósticação
Wenderson Apolônio da Silva; Keilane Ferreira de Araújo; Roberth Enoque Ribeiro Franco;
Allysson Franck Barbosa de Souza; Rita Simone Cruz do Nascimento.
Modalidade: Pôster
Formação e Inserção do Profissional Psicólogo no Campo da Saúde Pública: Impasses,
Desafios e Possibilidades
Keilane Ferreira de Araújo; Maria Darlene Dos Santos; Maysa Mariana Furtado Moreira;
Jéssyca de Lacerda Araújo; Roberth Enoque Ribeiro Franco; Wenderson Apolônio Da Silva.
Modalidade: Pôster
Projeto Pimenta nos Olhos pra Ver Melhor: Provocações e Diálogos Interdisciplinares
Nara Ferreira Gomes Barreto; Luiza de Andrade Braga Farias.
Modalidade: Pôster
Método Paidéia: Uma Proposta de Integração dos Serviços da RAPS de Parnaíba
Geovane Profiro Fontenele; Marlos Ribeiro Araújo; Noé Fontenele de Sousa; Ingryd Silva
Costa; Leena Thais Lima Cardoso Camberimba; Ana Ester Maria Melo Moreira.
Modalidade: Pôster
Experiências com Plantão Psicológico em uma Comunidade Terapêutica para Dependentes
Químicos
Geovane Profiro Fontenele; Devilsonwarlla Miranda Sales; Ingryd Silva Costa; Vytal Hírvey
Arruda Linhares; Dimitri Carlo Gabriel.
Modalidade: Pôster
A Relação Interdisciplinar da Psicologia e Fisioterapia no NASF
Elivia Silva Teles; Anne Cristine Pereira Martins; Jeferson Santos Miranda; Raiara Ferreira
dos Santos; Valdenia Lima de Oliveira.
Modalidade: Pôster
Repercussões Psíquicas do Transplante: Relato de Atendimentos de Serviço de Transplante
Renal
Andressa Maria Ferreira Da Silva
Modalidade: Pôster
Psico-Oncologia: A Importância da Atuação Psicológica junto a Equipe Transdisciplinar
Wenderson Apolônio da Silva; Keilane Ferreira de Araújo; Roberth Enoque Ribeiro Franco;
Allysson Franck Barbosa de Souza; Rita Simone Cruz do Nascimento.
Modalidade: Pôster
Eixo: Avaliação Psicológica em Relação com os Diversos Campos de Atuação Profissional
Conhecendo O DFH: Uma Experiência de Testagem
Olindina Fernandes da Silva Neta; Ana Paula Caldas de Freitas; Andréa Nara Lopes
Henriques de Sousa; Katrine Silva de Carvalho; Tátila Rayane de Sampaio Brito.
Modalidade: Pôster
Eixo: A Psicologia e a Concepção de Homem
Cidade e Subjetividade
Ricardo Neves Couto; Luiz Gustavo da Costa Franco; José Luís Campelo Costa Teixeira;
Patrick Castro de Oliveira; Fábio da Costa Oliveira; Paulo Gustavo Cerqueira Escórcio.
Modalidade: Pôster
O Mito de Pandora e a Feminilidade
Ilka Meneses Feitosa; Raquel da Silva Rodrigues; Ana Lúcia Omena.
Modalidade: Pôster
Eixo: A Interdisciplinaridade na Interface da Psicologia Aplicada ao Direito
Relevância do Psicólogo Jurídico no Núcleo de Penas Alternativas em Parnaíba
Nayara Chistina Prudencio Soares; Ana Karine Araújo de Farias; Eliane Cristina de Carvalho;
Hédina Rodrigues de Sousa; Marianne Meneses Sousa; Carla Fernanda de Lima Santiago da
Silva.
Modalidade: Pôster
Atitudes Frente à Delinquência em Estudantes de Escolas Públicas e Privadas
Carlos Eduardo Pimentel; Brenda Lorrenne Dunga de Oliveira; Giovanna Barroca de Moura;
Anny Edze Maia; Larissa de Souza Soares.
Modalidade: Pôster
Atitudes Desviantes, Sexo e Idade: Um Estudo com Paraibanos do Ensino Médio
Carlos Eduardo Pimentel; Giovanna Barroca de Moura; Anny Edze Maia; Larissa de Souza
Soares.
Modalidade: Pôster
O8h00min às 10h00min
Apresentação de Trabalhos
Comunicação Oral: Congressistas
Eixo: Interdisciplinaridade na Promoção da Saúde
Local: Sala D da Universidade Federal do Piauí
Saúde Mental, Periculosidade e Ressocialização: Um Relato de Experiência
Arlley Kleyton da Silva.
Modalidade: Comunicação de Pesquisa
Faces e Vozes do Piauí
Olívia Pires; Yamila Larisse Gomes de Sousa; Elber Belisário Rodrigues Vale; Thamyze
Nolêto de Souza; José Victor de Oliveira Santos; Carla Fernanda de Lima Santiago da Silva
Modalidade: Comunicação de Pesquisa
Família e Dependência Química: Um Estudo no Capsad de Piripiri-PI
Gleyde Raiane de Araújo; Erdna Aíres Cruz de Rocha; Daniel Cesar Negreiros Santos.
Modalidade: Comunicação de Pesquisa
Inserção no Campo da Atenção Psicossocial: Experiências no PET-Saúde Redes de Atenção
Marlos Ribeiro Araújo; Geovane Profiro Fontenele; Noé Fontenele de Sousa;
Darlane de Holanda Sousa Torres; Ana Ester Maria Melo Moreira; Eugenia Bridget
Figueiredo Gadelha.
Modalidade: Comunicação de Pesquisa
Eixo: Avaliação Psicológica Em Relação Com Os Diversos Campos De Atuação Profissional
Local: Sala E da Universidade Federal do Piauí
Validação da Spence Children Anxiety Scale (SCAS) em Parnaíba-PI
José Walter Rêgo Resende; Geovane Profiro Fontenele; Lays Magalhães de Freitas; Elisa
Pereira Nunes Silva; Tatiana Medeiros Costa; Emerson Diógenes Medeiros
Escala de Aceitação aos Mitos Modernos da Agressão Sexual: Evidências de Validação
Luciana Maria de França Penha; Brenda Katharynne Soares de Oliveira; Brenda Lorrenne
Dunga de Oliveira; Davi Silva da Graça; Francisco Gomes Pires; Giovanna Valdujo de
Oliveira.
Modalidade: Comunicação de Pesquisa
Orientação à Dominância Social e Valores Humanos: Um Estudo Correlacional
Rafaella de Carvalho Rodrigues Araújo; Gabriela Oliveira do Nascimento; Kátia Correa
Vione; Ana Isabel Araújo Silva de Brito Gomes; Bruna Nascimento.
Modalidade: Comunicação de Pesquisa
Mesa Redonda
Tema: Inclusão escolar: a dialética entre o real e o ideal.
Palestrantes:
Ivana Maria de Sousa Moura (Ex-Coordenadora Do Seduc)
Lucília Santos (Psicopedagoga/Teresina)
Olney Rodrigues de Oliveira (UECE)
Local: Auditório da Universidade Federal do Piauí
10h00min às 12h00min
Apresentação de Trabalhos
Comunicação Oral: Congressistas
Eixo: Interdisciplinaridade na Promoção da Saúde
Local: Sala F da Universidade Federal do Piauí
Nos Bastidores da Saúde Mental: O Processo que Precede a Inauguração de um Serviço
Substitutivo
Arlley Kleyton da Silva; Helielson Fabio da Silva Fonseca.
Modalidade: Pesquisa Científica
A Importância do Trabalho Interdisciplinar na Humanização e Promoção da Saúde
Carolina Veras Vieira; Chesly Jaynara Barbosa De Sousa, Giscelle Spindola Silva; Paulo
César Lima Alves; Carla Fernanda De Lima Santiago Da Silva.
Modalidade: Pesquisa Científica
A Relevância da Psicomotricidade na Promoção da Saúde Considerando suas Perspectivas
Multidisciplinares
Sylmara Cleonyce Magalhães Jacobina; Carolina Veras Vieira; Eduardo Araújo Brito
Sobrinho; Joaquim Ferreira de Sousa Neto; Sidney Rodrigues de Morais Júnior; Fabiana
Ribeiro Monteiro.
Modalidade: Relato de Estágio
Eixo: Avaliação Psicológica Em Relação Com Os Diversos Campos De Atuação Profissional
Local: Sala G da Universidade Federal do Piauí
Adaptação da Escala de Homofobia ao Contexto Brasileiro: Validade e Precisão
Daniella de Carvalho Moura; Rafaela Martins Rodrigues; Gabriela Oliveira do Nascimento;
Maria Gabriela Costa Ribeiro; Jéssica da Silva Lima
Local: Auditório da Universidade Federal do Piauí
Atitudes Frente ao Ruído em Adultos: Evidências Psicométricas Preliminares de uma Medida
Maria Gabriela Costa Ribeiro; Carlos Eduardo Pimentel; Luis Augusto de Carvalho Mendes;
Leogildo Alves Freires; Layrtthon Carlos de Oliveira Santos; Gabriela Oliveira do
Nascimento.
Modalidade: Comunicação de Pesquisa
Promovendo Sensibilizaçâo Ambiental a partir dos Valores Humanos e do Conhecimento
Viviany Silva Pessoa; Rebecca Alves Aguiar Athayde; Roosevelt Vilar Lobo de Souza;
Larisse Helena Gomes Macêdo Barbosa; Alessandro Teixeira Rezende.
Modalidade: Comunicação de Pesquisa
Eixo: A Interdisciplinaridade na Interface da Psicologia Aplicada ao Direito
Local: Sala E da Universidade Federal do Piauí
As Consequências Psicossociais para a Criança Vítima de Alienação Parental
Daniel Cesar Negreiros Santos; Marciano da Rocha Rodrigues; Gleyde Raiane de Araújo;
Anne Hecadéia de Brito e Silva.
Modalidade: Comunicação De Pesquisa
Análise Psicossocial da Delinquência Juvenil- Uma Revisão Literária
Marciano da Rocha Rodrigues; Daniel César Negreiros Santos.
Modalidade: Comunicação De Pesquisa
Mesa Redonda
Tema: Contribuições do Trabalho Interdisciplinar na Organização
Palestrantes:
Profª. Drª. Raquel Belo (UFPI)
Profº. Drª .Marselle Fernandes Fontenelle (UNIFOR)
Profº. Drª. Patrícia Cantuaria Cardoso de Araújo (UFPI)
Local: Auditório da Universidade Federal do Piauí
14h00min às 16h00min
Mesa redonda
Tema: Políticas Públicas, Poder Estatal e Psicologia: Interfaces e Armadilhas
Palestrantes:
Ricardo Cruz (Presidente do Sindicato dos Psicólogos)
Profº. Drª. Lourdes Karoline Almeida Silva (UESPI)
Profº. Drª. Daniela França Barros Pessoa (UnB)
Local: Auditório da Universidade Federal do Piauí
16h00min às 18h00min
Mesa redonda
Tema: Saúde Mental: Prática Psicossocial e Manicomial e Seus Efeitos na Sociedade
Palestrantes:
Profº. Dr. João Paulo Sales Macêdo (UFPI)
Mardônio Parente de Menezes (Psiquiatra em Parnaíba-PI)
Francisca Maria Soares (Assistente Social do Hospital Areolino de Abreu em Teresina-PI)
Local: Auditório da Universidade Federal do Piauí
19h00min às 21h00min
Mesa redonda
Tema: As Implicações Legais e Psicossociais da Adoção Homoafetiva
Palestrantes:
Profº. Dr. Denis Barros Carvalho (UFPI)
Jane Lúcia Ribeiro Mendonça (Assistente Social em Parnaíba)
Renan Barros dos Reis (Assessor Jurídico TJ/PI)
Local: Auditório da Universidade Federal do Piauí
Dia 03/05/2014 (sábado)
8h00min às 10h00min
Mesa redonda
Tema: Oportunidade e desafios da Psicologia Organizacional e do Trabalho (POT) nas
Instituições.
Profª. Msc. Walesca Maria de Souza Barros (Faculdade Maurício de Nassau)
Profº. Msc. Carla Fernanda de Lima Santiago da Silva (UFPI)
Administrador João Ricardo Fernandes Nunes (Parnaíba – PI)
Local: Auditório da Universidade Federal do Piauí
10h00min às 12h00min
Mesa de encerramento
Tema: A Interdisciplinaridade no Tratamento das Psicopatologias: A Influência do Afeto nas
Relações de Poder e Ajuda.
Profº. Dr. Antonio Roazzi (UFPE)
Profº. Msc. Dimitri Carlo Gabriel da Silva (UFPI)
Profª. Drª. Estefânea Elida da Silva Gusmão (UFPI)
Prof. Msc. Reginaldo Dias (UFPI)
Local: Auditório da Universidade Federal do Piauí
12h00min
Apresentação Cultural
Entrega dos Certificados
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
RESUMOS .............................................................................................................................. 04
EIXO: INTERDISCIPLINARIDADE NA PROMOÇÃO DA SAÚDE ........................... 05
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO SOCIAL COMUNITÁRIO EM MEIO AOS
JOVENS PARNAIBANOS
ANASTACIA DE CARVALHO E SILVA ................................................................. 06
REPERCURSSÕES PSÍQUICAS DO TRANSPLANTE: RELATO DE
ATENDIMENTOS EM SERVIÇO DE TRANSPLANTE RENAL
ANDRESSA MARIA FERREIRA DA SILVA ........................................................... 08
NOS BASTIDORES DA SAÚDE MENTAL: O PROCESSO QUE PRECEDE A
INAUGURAÇÃO DE UM SERVIÇO SUBSTITUTIVO
ARLLEY KLEYTON DA SILVA ............................................................................... 10
SAÚDE MENTAL, PERICULOSIDADE E RESSOCIALIZAÇÃO: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA
ARLLEY KLEYTON DA SILVA ............................................................................... 12
A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO INTERDISCIPLINAR NA
HUMANIZAÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE
CAROLINA VERAS VIEIRA ..................................................................................... 14
A RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR DA PSICOLOGIA E FISIOTERAPIA NO
NASF
ELIVIA SILVA TELES ............................................................................................... 16
EXPERIÊNCIAS COM PLANTÃO PSICOLÓGICO EM UMA COMUNIDADE
TERAPÊUTICA PARA DEPENDENTES QUÍMICOS
GEOVANE PROFIRO FONTENELE ......................................................................... 18
MÉTODO PAIDÉIA: UMA PROPOSTA DE INTEGRAÇÃO DOS SERVIÇOS
DA RAPS DE PARNAÍBA
GEOVANE PROFIRO FONTENELE ......................................................................... 20
FAMÍLIA E DEPENDÊNCIA QUÍMICA: UM ESTUDO NO CAPSad DE
PIRIPIRI-PI
GLEYDE RAIANE DE ARAÚJO ............................................................................... 22
FORMAÇÃO E INSERÇÃO DO PROFISSIONAL PSICÓLOGO NO CAMPO
DA SAÚDE PÚBLICA: IMPASSES, DESAFIOS E POSSIBILIDADES
KEILANE FERREIRA DE ARAÚJO ......................................................................... 24
INSERÇÃO NO CAMPO DA ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: EXPERIÊNCIAS
NO PET-SAÚDE REDES DE ATENÇÃO
MARLOS RIBEIRO ARAÚJO .................................................................................... 26
PROJETO PIMENTA NOS OLHOS PRA VER MELHOR: PROVOCAÇÕES E
DIÁLOGOS INTERDISCIPLINARES
NARA FERREIRA GOMES BARRETO .................................................................... 28
FACES E VOZES DO PIAUÍ OLÍVIA PIRES E SILVA ............................................................................................ 30
A RELEVÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NA PROMOÇÃO DA SAÚDE
CONSIDERANDO SUAS PERSPECTIVAS MULTIDISCIPLINARES
SYLMARA CLEONYCE MAGALHÃES JACOBINA ............................................. 32
PSICO-ONCOLOGIA: A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO PSICOLÓGICA
JUNTO A EQUIPE TRANSDISCIPLINAR
WENDERSON APOLÔNICO DA SILVA ................................................................. 34
TEPT: CONSIDERAÇÕES ACERCA DO PROCESSO DE
DIAGNOSTICAÇÃO
WENDERSON APOLÔNIO DA SILVA .................................................................... 36
EIXO: PSICOLOGIA E INTERDISCIPLINARIDADE NA EDUCAÇÃO .................... 38
UMA EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO BÁSICO EM PSICOLOGIA
ESCOLAR/EDUCACIONAL NA APAE
ANDRESSA VERAS DE CARVALHO ..................................................................... 39
A PSICOLOGIA APLICADA À EDUCAÇÃO NO ÂMBITO DA RELAÇÃO
AFETIVIDADE-COGNIÇÃO
DIANA SOUSA DA SILVA ........................................................................................ 41
O PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO PRECOCE E SUA
INFLUÊNCIA SOB O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
CÁSSIO MARQUES RIBEIRO .................................................................................. 43
CONCEPÇÕES DOCENTES NA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS COM
TRAJETÓRIA DE INSUCESSO ESCOLAR
LUCÍLIA DA SILVA SANTOS .................................................................................. 45
CONCEPÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS NA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS
COM TRAJETÓRIA DE INSUCESSO ESCOLAR
LUCÍLIA DA SILVA SANTOS .................................................................................. 47
BULLYING ESCOLAR: SUAS CONSEQUÊNCIAS E INTERVENÇÃO NO
CONTEXTO EDUCACIONAL
MARCIANO DA ROCHA RODRIGUES ................................................................... 49
AS INTERAÇÕES SOCIAIS E A PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO: UMA
EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO
OLINDINA FERNANDES DA SILVA NETA ........................................................... 51
A DEFICIÊNCIA SOB A PERSPECTIVA DO APOIO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO
RACHEL RODRIGUES MACHADO BARROS ........................................................ 53
CORRELATOS DEMOGRÁFICOS DO BULLYING
RENAN PEREIRA MONTEIRO ................................................................................. 55
A CONTEMPORANEIDADE E O FENÔMENO DO TDAH NA INFÂNCIA
RITA SIMONE DA CRUZ DO NASCIMENTO ........................................................ 57
A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA ESCOLA
SILMARIA BANDEIRA DO NASCIMENTO ........................................................... 59
REFLEXÕES ACERCA DA VIOLÊNCIA NO COTIDIANO ESCOLAR:
DIÁLOGOS E ESTRATÉGIAS
SYLMARA CLEONYCE MAGALHÃES JACOBINA ............................................. 61
EIXO: INTERDISCIPLINARIDADE E A PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO
TRABALHO ........................................................................................................................... 63
A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO ÂMBITO
INSTITUCIONAL DE TRABALHO
ANA AMÁBILE GABRIELLE RODRIGUES LEITE ............................................... 64
PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO: RELATO DE UM
ESTÁGIO EM HOTELARIA E A SAÚDE DO TRABALHADOR
ANA CRISTINA GASPAR MELO ............................................................................. 66
PSICOLOGIA NAS ORGANIZAÇÕES: PERCEPÇÕES A PARTIR DE UM
ESTÁGIÁRIO E UMA PSICÓLOGA
ANDRESSA MARIA FERREIRA DA SILVA ........................................................... 68
O SIGNIFICADO DO TRABALHO PARA FLANELINHAS DA CIDADE DE
PARNAÍBA/PI
DIANA CRIS MOURA XIMENES ............................................................................. 70
SÍNDROME DE BURNOUT E CONDIÇÕES DE TRABALHO: UM ESTUDO
COM PROFESSORES DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DO ESTADO DO
PIAUÍ
FLÁVIA MARCELLY DE SOUSA MENDES DA SILVA ....................................... 71
MODELO DE GESTÃO BUROCRÁTICO: OBSERVAÇÃO EM UMA
REALIDADE ORGANIZACIONAL
GILVANA GOMES BEZERRA .................................................................................. 73
SOBRECARGA DE TRABALHO NO SAMU E PRONTO SOCORRO
MUNICIPAL DE PARNAÍBA
GIZELLY DE CASTRO LOPES ................................................................................. 75
PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL: CONTRIBUIÇÕES PARA O
ESTABELECIMENTO DE UMA LIDERANÇA FORMAL
JÉSSYCA DE LACERDA ARAÚJO .......................................................................... 77
TRABALHO E IDENTIDADE: UMA ANÁLISE À LUZ DA
CONTEMPORANEIDADE
JÉSSYCA LACERDA DE ARAÚJO .......................................................................... 79
PERCEPÇÃO DA SATISFAÇÃO NO TRABALHO DE FUNCIONÁRIOS EM
REGIME DE TURNO ALTERNADO
JOSÉ WALTER RÊGO RESENDE ............................................................................ 81
JORNADA DUPLA DE ESTUDO E TRABALHO: PERCEPÇÕES DE
ALUNOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ QUE MANTÊM ESTA
JORNADA
LUCAS MAXCIEL DO NASCIMENTO SILVA ....................................................... 83
INFLUÊNCIA DA APROSPA PARA PROFISSIONAIS DO SEXO DA CIDADE
DE PARNAÍBA-PI
MARIA FRANCIELE DE ALMEIDA SILVA ........................................................... 85
RECRUTAMENTO, SELEÇÃO, TREINAMENTO E AVALIAÇÃO DE
DESEMPENHO EM UMA EMPRESA DE TURISMO
RACHEL RODRIGUES MACHADO BARROS ........................................................ 87
PERCEPÇÃO DE CONCLUDENTES DO ENSINO SUPERIOR ACERCA DE
SEU FUTURO PROFISSIONAL
TÁLITA RAYANE DE SAMPAIO BRITO ................................................................ 89
EIXO: A PSICOLOGIA E A CONCEPÇÃO DE HOMEM .............................................. 91
AS INFLUÊNCIAS HISTÓRICAS E OS RESQUÍCIOS DO MODELO
MANICOMIAL NA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DO PIAUÍ
ARLLEY KLEYTON DA SILVA ............................................................................... 92
O MITO DE PANDORA E A FEMINILIDADE
ILKA MENESES FEITOSA ........................................................................................ 94
CIDADE E SUBJETIVIDADE
RICARDO NEVES COUTO ....................................................................................... 96
EIXO: A INTERDISCIPLINARIDADE NA INTERFACE DA PSICOLOGIA
APLICADA AO DIREITO ................................................................................................... 98
AS CONSEQUÊNCIAS PSICOSSOCIAIS PARA A CRIANÇA VÍTIMA DE
ALIENAÇÃO PARENTAL
DANIEL CESAR NEGREIROS SANTOS ................................................................. 99
ATITUDES DESVIANTES, SEXO E IDADE: UM ESTUDO COM
PARAIBANOS DO ENSINO MÉDIO
CARLOS EDUARDO PIMENTEL ........................................................................... 101
ATITUDES FRENTE À DELINQUÊNCIA EM ESTUDANTES DE ESCOLAS
PÚBLICAS E PRIVADAS
CARLOS EDUARDO PIMENTEL ........................................................................... 103
ANÁLISE PSICOSSOCIAL DA DELINQUÊNCIA JUVENIL-UMA REVISÃO
LITERÁRIA
MARCIANO DA ROCHA RODRIGUES ................................................................. 105
RELEVÂNCIA DO PSICÓLOGO JURÍDICO NO NÚCLEO DE PENAS
ALTERNATIVAS EM PARNAÍBA
NAYARA CHISTINA PRUDENCIO SOARES ....................................................... 107
EIXO: AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA EM RELAÇÃO COM OS DIVERSOS
CAMPOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL .................................................................... 109
ADAPTAÇÃO DA ESCALA DE HOMOFOBIA AO CONTEXTO
BRASILEIRO: VALIDADE E PRECISÃO
DANIELLA DE CARVALHO MOURA .................................................................. 110
VALIDAÇÃO DA SPENCE CHILDREN ANXIETY SCALE (SCAS) EM
PARNAÍBA-PI
JOSÉ WALTER RÊGO RESENDE .......................................................................... 112
ESCALA DE ACEITAÇÃO AOS MITOS MODERNOS DA AGRESSÃO
SEXUAL: EVIDÊNCIAS DE VALIDAÇÃO
LUCIANA MARIA DE FRANÇA PENHA .............................................................. 114
ATITUDES FRENTE AO RUÍDO EM ADULTOS: EVIDÊNCIAS
PSICOMÉTRICAS PRELIMINARES DE UMA MEDIDA
MARIA GABRIELA COSTA RIBEIRO .................................................................. 116
CONHECENDO O DFH: UMA EXPERIÊNCIA DE TESTAGEM
OLINDINA FERNANDES DA SILVA NETA ......................................................... 118
ORIENTAÇÃO À DOMINÂNCIA SOCIAL E VALORES HUMANOS: UM
ESTUDO CORRELACIONAL
RAFAELLA DE CARVALHO RODRIGUES ARAÚJO ......................................... 120
PROMOVENDO SENSIBILIZAÇÂO AMBIENTAL A PARTIR DOS
VALORES HUMANOS E DO CONHECIMENTO
VIVIANY SILVA PESSOA ...................................................................................... 122
4
RESUMOS
5
EIXO:
INTERDICIOLINARIDADE NA PROMOÇÃO DA SAÚDE
6
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO SOCIAL COMUNITÁRIO EM MEIO AOS JOVENS
PARNAIBANOS
ANASTACIA DE CARVALHO E SILVA; ANA AMÁBILE GABRIELLE RODRIGUES
LEITE; MARIANE PEDROSA MORAES; MAYSA MILENA E SILVA ALMEIDA;
NICOLIE FONTENELE AGUIAR; THAMARA SAMYRAM’S DOS SANTOS
CARVALHO.
MODALIDADE: PÔSTER
Psicologia social comunitária designa um conjunto de saberes e práticas que visam uma
melhor qualidade na saúde mental, das pessoas e grupos distribuídos na sociedade. Essa
área da psicologia aborda principalmente o estudo do comportamento dos indivíduos
dentro da comunidade em que estão inseridos, seu desenvolvimento e sua relação
juntamente com as demais pessoas que estão vivendo em sociedade. Na vida dos jovens a
psicologia influência na construção do saber, na convivência com o outro e na formação da
sua consciência crítica, pois é na juventude que as ideias e opiniões estão sendo formadas e
estão se concretizando, sendo assim a psicologia o alicerce para essa formação. O trabalho
do psicólogo no CRAS e CREAS é baseado nas práticas da psicologia social comunitária,
é um trabalho que está em um período de construção, principalmente dentro do CRAS,
pois nessa instituição, até poucos anos atrás não existia o atendimento psicológico, só de
assistência social. O trabalho tem por objetivo observar a atuação do psicólogo social
comunitário e verificar as interações na sociedade, especificadamente, os jovens da cidade
de Parnaíba. A pesquisa realizou-se através de uma entrevista informal com questões
subjetivas, aplicadas com dois psicólogos, um responsável pelo CREAS (Centro de
Referência Especializada de Assistência Social) e o outro responsável pelo CRAS (Centro
de Referência de Assistência Social), localizados no município de Parnaíba. Conhecer e
relatar os fatores que mantém o ser humano incluído de maneira saudável dentro de um
grupo social, é um dos papéis da psicologia social comunitária, portanto, com base nesse
conhecimento os profissionais das instituições observadas promovem atividades em grupo,
a fim de conhecer e observar a conduta de cada sujeito em específico. Assim com base
7
nessas observações torna-se possível identificar os conflitos que o cercam e assim buscar
uma possível solução.
Palavras - chave: jovens; CRAS; sociedade; psicólogos; CREAS.
8
REPERCURSSÕES PSÍQUICAS DO TRANSPLANTE: RELATO DE
ATENDIMENTOS EM SERVIÇO DE TRANSPLANTE RENAL
ANDRESSA MARIA FERREIRA DA SILVA.
MODALIDADE: PÔSTER
O transplante renal é caracterizado, atualmente, como a melhor forma de tratamento para o
paciente com insuficiência renal crônica terminal estando o doente em diálise ou mesmo
em fase pré-dialítica. Pode ser feito por doador vivo relacionado, doador vivo não
relacionado e doador falecido. Nesse aspecto, apesar dos benéficos que a cirurgia promove
ela também pode trazer uma série de conflitos ao paciente com relação a sua nova
realidade. Perante isso, esse trabalho tem como objetivo relatar a experiência de estágio em
psicologia hospitalar e compreender as repercussões psíquicas do transplante nos
pacientes. Tal tema surgiu a partir de um estágio curricular realizado no segundo semestre
de 2013 prestado em uma enfermaria do serviço de transplante renal do Hospital
Universitário da Universidade Federal do Maranhão. Trata se de um estudo descritivo, do
tipo relato de experiência onde foram usados fragmentos de casos atendidos na instituição.
Os pacientes foram atendidos por meio da escuta analítica. Diante da fala dos mesmos,
percebeu-se que depois do transplante eles manifestaram dificuldade em lidar com o fato
de um órgão estranho ter sido acrescentado ao próprio corpo e junto a isso o medo
constante da perda desse órgão. Mostrou-se ainda, a dificuldade em aderir ao tratamento
que seguirá por toda a vida e a dificuldade com relação à elaboração de projetos para o
futuro demonstrando que o fato do paciente ter sido transplantado não indica uma vida
“normal” visto que o sujeito continua a se deparar com a questão de manutenção do
tratamento. Assim, o paciente deve novamente se defrontar com a doença e suas limitações
gerando um novo processo de luto por aquele corpo que imaginou recuperar através da
cirurgia. Isso revela que, se o transplante é o fim de uma longa espera é, também, o
começo de uma nova incerteza, na qual se podem inscrever tanto um fracasso como a
obrigação, a curto ou longo prazo, de assumir os próprios desejos numa liberdade
reconquistada, mas tão temida como esperada. Sendo assim, constatou se a necessidade da
9
função do profissional de psicologia numa equipe médica e de um espaço onde esse sujeito
possa falar e ser escutado. Portanto, os pacientes transplantados devem ser apoiados na
conquista de seu futuro que passa, inevitavelmente, por uma redescoberta e reconstrução
da sua subjetividade. Os desafios e impasses encontrados nesta instituição foram de grande
valia fornecendo estímulo para este estudo gerando elementos importantes para uma
melhor elaboração da realização do trabalho da escuta analítica em instituições de saúde.
Palavras-Chave: transplante renal; psicologia hospitalar; escuta; relato da experiência.
10
NOS BASTIDORES DA SAÚDE MENTAL: O PROCESSO QUE PRECEDE A
INAUGURAÇÃO DE UM SERVIÇO SUBSTITUTIVO
ARLLEY KLEYTON DA SILVA; HELIELSON FABIO DA SILVA FONSECA.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
O presente trabalho trata-se de um relato de experiência de um estudante de psicologia
durante o período que precedeu a inauguração de um serviço residencial terapêutico
retratando as estratégias usadas no processo de adaptação dos moradores e servidores ao
serviço. Em 2012 com o objetivo de abrir o primeiro serviço residencial terapêutico sob
gestão do município de Teresina, a fundação municipal de saúde convocou 12 cuidadores
concursados, após a convocação os cuidadores passaram por um processo de reuniões
periódicas na casa onde funcionaria o serviço, como alguns dos cuidadores convocados
ainda não tinham se apresentado, as reuniões inicialmente contavam com poucos
cuidadores, o numero foi aumentando na medida em que os cuidadores convocados
concluíam o processo de admissão, uma das cuidadoras convocadas não se apresentou
ficando 11 cuidadores, e com esta equipe iniciou-se o processo de treinamento que incluía
a parte teórica na qual era abordada a legislação referente a saúde mental, pertinente ao
serviço, desde a lei 10.216 até as portarias que tratam dos serviços substitutivos .Em
seguida iniciou-se a parte pratica com trocas de experiências e visitas as SRTs já
implantadas a mais de 12 anos que estão sob gerencia do governo do estado do Piauí e
visita ao Hospital Areolino de Abreu - HAA e aos Centros de Atenção Psicossocial –
CAPS. Após esse processo foi continuaram as reuniões periódicas no serviço e os
moradores eram levados para pequenas visitas para que houvesse o processo de adaptação
com a equipe, um diferencial que as residências geridas pelo estado tiveram e que esta não
foi contemplada foi o processo de pré-residência (período de quase um ano em que os
pacientes do HAA selecionados para as primeiras SRTs saíram dos pavilhões e passaram a
conviver juntos em um espaço que simulava o serviço em que seriam incluídos,
propiciando um processo de adaptação mais funcional).Um diferencial deste SRT em
relação aos já existentes no estado do Piauí, foi o fato de possuir dois cuidadores por turno
11
um processo inovador e pioneiro no estado, permitindo uma melhor qualidade do serviço e
suporte necessário aos moradores caso um dos cuidadores tenha que se ausentar para
acompanhar um morador em outra atividade, um outro diferencial e que quase toda a
equipe é composta por graduados e estudantes universitários, alguns deles da área de
saúde, a equipe composta por pessoas de 20 a 30 anos de idade. Neste período os
cuidadores tiveram uma vivencia em CAPS durante aproximadamente um mês até que o
serviço foi oficialmente inaugurado em 29 de agosto de 2012, com oito moradores egressos
de longas internações psiquiátricas, e 12 cuidadores concursados.
Palavras-Chave: saúde mental; adaptação; precedentes.
12
SAÚDE MENTAL, PERICULOSIDADE E RESSOCIALIZAÇÃO: UM RELATO
DE EXPERIÊNCIA
ARLLEY KLEYTON DA SILVA.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
O presente trabalho aborda a experiência de atuação de um estudante de psicologia como
cuidador em um serviço residencial terapêutico, desmitificando algumas crenças que
tende-se a ter com relação a pessoas com transtornos mentais. A abordagem mais teórica
do funcionamento de uma residência terapêutica não leva em conta os diversos fatores
psicossociais e socioculturais envolvidos no processo, tais como o preparo dos cuidadores
e adaptação dos moradores a um novo contexto social, pois percebe-se que a maioria das
literaturas , inclusive as leis que tratam desse novo modelo de atenção psicossocial e toda a
rede a ele articulada quase sempre quando tenta definir o objetivo de tais mudanças e
principalmente da implantação do serviço, constuma-se utilizar como explicação quando
questionados quais os objetivos desses serviços a seguinte frase: a reintegração social de
pessoas acometidas de transtorno mental. Entretanto há uma falha no emprego da palavra
reintegração, mais especificamente do prefixo ‘’Re’’ que denota repetição ou retorno a
uma condição anterior, o fato é que quando verificado na pratica alguns dos selecionados
para morar nos serviços residenciais terapêuticos muitas vezes nasceram em instituições
psiquiátricas ou foram submetidos a esse contexto de vivencia desde muito jovens não
chegando se quer a ter este convívio social fora da instituição, diante de tais fatos o termo
correto a ser utilizado seria integração e não ‘’reintegração’’ uma vez que não há uma
condição preexistente, logo não há um retorno a uma condição anterior e sim uma
construção dessa vivencia. Um outro fato interessante é o modo como se ver a pessoa com
transtorno mental em um primeiro contato, por não ter conhecimento pratico ou vivencia
nesta área por mais estudos teóricos que se tenha feito, tende-se a se servir do senso
comum e da visão preconceituosa que a sociedade impõe, levando a associar transtorno
mental a violência, logo o medo que se apresenta não é exatamente do fato de o individuo
ser acometido de um transtorno mental, mas sim da violência que supostamente estaria
13
aliada a este transtorno, bem como o medo do desconhecido, visão essa que se descontrói
quase que imediatamente no primeiro dialogo, observa-se que devido principalmente a
realidade institucional em que vivem, ha uma carência de atenção, de ser ouvido, de se
expressar, carência esta advinda da ausência desta escuta qualificada no modelo
Hospitalocêntrico, logo ficam nítidos repertórios comportamentais que demonstram a
ausência ou o esquecimento do processo de socialização primaria que ocorre no ambiente
familiar e que usamos como modelo para nos portar nos demais grupos sociais que nos
inserimos e contextos socioculturais ao longo da vida, desta observação percebe-se que há
uma necessidade de desconstrução gradual daquele modelo de vivencia institucional, para
aquisição de novos repertórios comportamentais e o desenvolvimento de habilidades
sociais, processo no qual é fundamental a escuta na qual se demonstra interesse pelo que o
individuo deseja expressar e assim se estabelece um processo de confiança entre cuidador e
cuidado.
Palavras-Chave: ressocialização; saúde mental; periculosidade.
14
A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO INTERDISCIPLINAR NA HUMANIZAÇÃO
E PROMOÇÃO DA SAÚDE
CAROLINA VERAS VIEIRA; CHESLY JAYNARA BARBOSA DE SOUSA;
GISCELLE SPINDOLA SILVA; PAULO CÉSAR LIMA ALVES; CARLA FERNANDA
DE LIMA SANTIAGO DA SILVA.
MODALIDADE:
A equipe interdisciplinar além de médicos e enfermeiros inclui também fisioterapeutas,
psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, residentes, acadêmicos e outros profissionais
de áreas afins. A falta de interação entre equipe hospitalar é uma deficiência vivenciada
por vários profissionais e usuários em muitas instituições. Isso resulta em uma
fragmentação da pessoa enferma, em que há um cuidado específico com a patologia, sem
preocupação com a integralidade física e psicológica do paciente. O presente estudo foi
realizado em um hospital público da cidade de Parnaíba-PI, com o objetivo de adquirir
informações sobre a profissão do psicólogo hospitalar e as dificuldades e/ou facilidades
encontradas no exercício da profissão, relacionadas ao trabalho interdisciplinar e a
humanização no atendimento do hospital. O estudo foi realizado de modo qualitativo,
tendo como participantes: um psicólogo, um médico e um enfermeiro. Os procedimentos
utilizados foram: realização de duas entrevistas semiestruturadas, sendo uma, direcionada
ao psicólogo e a outra, aos demais profissionais. Utilizou-se de recursos áudio visuais para
registrar os dados. Os resultados encontrados foram: deficiência de assistência
interdisciplinar aos pacientes, como também, a escassez de reuniões técnicas por parte dos
profissionais da saúde, sendo que estes atuam de forma onde cada um cumpra o seu papel,
com a ausência de encontros que promovam a humanização no atendimento. Também se
constatou que os enfermeiros sentem a necessidade do apoio do psicólogo interagindo com
a equipe. A literatura aponta que a equipe deve estar consciente que as formas de interação
interdisciplinar são eficazes no tratamento do paciente, buscando assim, promover a
humanização e uma melhor qualidade no tratamento. A realização desde trabalho veio a
contribuir com um maior conhecimento teórico e prático da profissão do psicólogo
15
hospitalar e as dificuldades e/ou facilidades encontradas no exercício da profissão quanto
ao trabalho interdisciplinar e a humanização no atendimento, buscando assim, incentivar
mais pesquisas sobre o tema.
Palavras-chave: psicólogo; interdisciplinaridade; humanização; hospital.
16
A RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR DA PSICOLOGIA E FISIOTERAPIA NO
NASF
ELIVIA SILVA TELES; ANNE CRISTINE PEREIRA MARTINS; JEFERSON SANTOS
MIRANDA; RAIARA FERREIRA DOS SANTOS; VALDENIA LIMA DE OLIVEIRA.
MODALIDADE: PÔSTER
A interdisciplinaridade é descrita como a interação dinâmica entre os saberes e como ponto
auxiliar do processo de trabalho e a efetividade do cuidado, na medida em que diferentes
conceitos podem interagir. O Ministério da Saúde, em 2008, criou o Núcleo de Apoio à
Saúde da Família (NASF), que tem como objetivo ampliar a abrangência das ações da
atenção básica para torná-la mais resolutiva apoiando as equipes de saúde da família,
reforçando o processo de territorialização e regionalização em saúde, contudo, sem
caracterizá-lo como um ponto de atenção. Ele procura ampliar, aperfeiçoar a atenção e a
gestão da saúde na Estratégia de Saúde da família (ESF). A sua equipe de profissionais é
composta por: educador físico, fisioterapeuta, farmacêutico, psicólogo e assistente social,
fonoaudiólogo, médicos de diferentes especializações, nutricionista e terapeuta
ocupacional, deve ter no mínimo cinco profissionais com formação universitária para
compor o NASF 1, no NASF 2 deve ter no mínimo três profissionais com formação
universitária e sua equipe vai ser todos da equipe do NASF 1 com exceção do médico. Para
atribuição dos cargos é realizado um teste seletivo para compor a equipe. Inúmeras e
complexas são as responsabilidades atribuídas aos profissionais do NASF, entre elas estão:
a definição de indicadores e metas que avaliem suas ações; a definição de uma agenda de
trabalho que privilegie as atividades pedagogas e assistenciais, além de ações diretas e
conjuntas com a ESF no território. O trabalho em equipe é um dos desafios que se coloca
para os profissionais do NASF, pois esse trabalho deve ser realizado em um espaço
coletivo e com contratos bem definidos de funcionamento, com garantia de sigilo, uma vez
que nesses encontros, todos os assuntos devem ser tratados, e as críticas devem ser feitas e
recebidas de forma adequada, num aprendizado contínuo de gerenciamento de discursões
de forma positivas. Em virtude da formação tradicional da psicologia, a atuação
17
profissional é predominantemente pautada por questões teórico-práticas limitadas às
teorias terapêutico-curativas, com predominância da psicologia clínica, o que leva a um
reducionismo da compreensão do processo saúde-doença ou a uma “psicologização” desse
fenômeno. A inserção do fisioterapeuta nos serviços de atenção básica à saúde é um
processo em construção, que esteve associado durante algum tempo à gênese da profissão,
quando este profissional era rotulado como reabilitador, tratando apenas a doença e suas
sequelas, a cada dia surgem novas experiências e propostas na busca da atuação deste
profissional neste nível de atenção, no intuito de ampliar o cuidado à saúde e melhorar a
qualidade de vida. Devido à escassez de estudos relacionados à vivência do fisioterapeuta e
do psicólogo no NASF, este estudo tem como objetivo buscar a interdisciplinaridade das
duas profissões.
Palavras-chave: interdisciplinaridade; NASF; psicologia; fisioterapia.
18
EXPERIÊNCIAS COM O PLANTÃO PSICOLÓGICO EM UMA COMUNIDADE
TERAPÊUTICA PARA DEPENDENTES QUÍMICOS
GEOVANE PROFIRO FONTENELE; DEIVISON WARLLA MIRANDA SALES;
INGRYD SILVA COSTA; VYTAL HÍRVEY MAGALHÃES ARRUDA LINHARES;
DIMITRI CARLO GABRIEL DA SILVA.
MODALIDADE: PÔSTER
Há tempos, a clínica psicológica vem buscando uma nova postura no espaço do fazer psi,
postura esta baseada mais numa ética do que numa técnica, onde o psicólogo passa a estar
comprometido com a escuta sensível às demandas que chegam, por mais repentinas que
elas sejam. Nesse sentido, o Plantão Psicológico surge como uma alternativa de apoio
psicológico caracterizado pelo acolhimento e escuta de pessoas em sofrimento psíquico
atendidas no momento imediato da procura por ajuda, por meio de encontros únicos, sem o
cumprimento de nenhum protocolo prévio. Nesta compreensão, desenvolveu-se um projeto
de extensão pela Universidade Federal do Piauí na perspectiva do plantão psicológico em
uma comunidade terapêutica. O trabalho foi realizado entre março de 2013 a março de
2014 no Centro de Restauração de Vidas (CRV), localizado em Luis Correia, que atende
cerca de doze usuários adictos de álcool e outras drogas, em sistema de internação. Na
instituição, os plantonistas encontravam-se disponíveis num determinado dia e hora da
semana, realizando escuta psicológica. Ademais, participavam de supervisão semanal junto
ao professor orientador do projeto. As experiências de atendimento no CRV evidenciaram
um contexto relacional imprevisível num espaço terapêutico onde o inesperado tornava-se
o único fator previsível. A cada encontro nos surpreendíamos diante do desafio e da
perspectiva de realizar o plantão psicológico em grupo, pois era assim que a demanda se
apresentava na instituição. Todavia, esta organização do plantão revelou-se uma
possibilidade de facilitação potente no auxílio psicológico para as pessoas usuárias do
serviço. Observou-se também durante o trabalho, que a realização do plantão psicológico
em grupo foi de suma importância para as pessoas em sofrimento psíquico, uma vez que tal
modalidade de atendimento oferecia de maneira coletiva abertura para o acolhimento do
19
sofrimento humano, além de facilitar a vivência e expressão da subjetividade diante da dor
da dependência de drogas, das mudanças decorrentes da inserção na comunidade
terapêutica ou mesmo das possibilidades de recaídas, suicídio, entre outras. Em
contrapartida, algumas dificuldades foram sentidas na realização do projeto, como a
impossibilidade de intervenções junto aos familiares, igualmente diante do desafio de
facilitar um plantão em grupo que ora se encontrava na individualidade, ora na
coletividade. Também, podemos citar as dificuldades de natureza institucional, pois se
identificou necessidades de intervenções junto à organização da instituição. Não obstante,
o plantão psicológico demonstrou-se eficaz no que diz respeito à disponibilidade de
acolher o sofrimento humano e as dificuldades experienciadas a partir das mudanças
ocorridas na vida das pessoas acometidas pela dependência química. Desta forma, o
plantão psicológico desdobrou-se numa possibilidade de abertura para os usuários do
serviço traçarem novos projetos existenciais e novos sentidos para a vida. Aliado a isto, tal
experiência reforça as ideias atuais sobre a necessidade de uma nova postura no modo de
fazer a clínica psicológica, assim como repensar o lugar da psicologia em novos espaços
sociais.
Palavras-chave: plantão psicológico; experiências; comunidade terapêutica; dependência
química.
20
MÉTODO PAIDÉIA: UMA PROPOSTA DE INTEGRAÇÃO DOS SERVIÇOS DA
RAPS DE PARNAÍBA
GEOVANE PROFIRO FONTENELE; MARLOS RIBEIRO ARAÚJO; NOÉ
FONTENELE DE SOUSA; INGRYD SILVA COSTA; LEENA THAIS LIMA
CARDOSO CAMBERIMBA; ANA ESTER MARIA MELO MOREIRA.
MODALIDADE: PÔSTER
A política de Saúde Mental no Brasil vem desde de 2001 tentando organizar um novo
modelo de atenção no campo da saúde mental, embasada na reforma psiquiátrica e na
atenção psicossocial. Atualmente, o modelo propõe ações de cuidado de forma integrada e
contínua entre os serviços. Entretanto, diversos fatores entravam o cumprimento desta
política. Dentre eles está a fragmentação do cuidado na Rede de Atenção Psicossocial
(RAPS). Nesta problemática, o Programa de Educação pelo o Trabalho para a Saúde (PET-
Saúde) - Redes de Atenção consiste em um dispositivo de educação permanente de
reorientação da formação profissional para as necessidades e desafios do SUS. O PET-
Saúde local visa agenciar um processo de atenção às necessidades dos serviços, dos
trabalhadores e dos usuários, apontando para a modelagem da RAPS. O objetivo do
trabalho é relatar experiências de ações no PET-Saúde voltadas para a integração dos
serviços da RAPS. As ações foram pautadas no método paidéia, que é um conjunto de
conceitos operacionais para a promoção da co-gestão, ademais, a co-gestão propõe a
ampliação da capacidade de direção de grupos, resultando numa maior capacidade de
analisar e agir sobre o mundo. Nesta perspectiva, as equipes do PET-Saúde alocadas no
CAPS II, propuseram a formação de uma roda de conversa, pautada no método paidéia,
entre gestores, profissionais e usuários da RAPS. Até o presente momento ocorreram
quatro encontros no período de dezembro de 2013 a março de 2014. No primeiro encontro
foram expostas as propostas da roda: promover diálogos disparadores de processos
interprofissionais, partilhas de experiências cotidianas dos serviços, produção de trabalho
coletivo, além da construção de objetivos comuns e processos de trabalho calcados na
dinâmica da vida, com responsabilidade compartilhada no cuidado do usuário. Por fim, foi
21
pactuado que a roda seria mensal com duração de duas horas. Na segunda roda,
inicialmente, apresentou-se a ideia da criação de um laboratório de contenção afetiva, toda
via isto não foi bem aceito pelos participantes, que por sua vez, debateram sobre a atual
situação deficiente da RAPS e que esta precisaria ser pensada junto à roda. Também houve
a sugestão da inserção dos profissionais do SAMU nas discussões, pois este foi apontado
como um ator importante no funcionamento da rede. Em relação à terceira roda, foram
divididos grupos, em que cada um devia discutir um caso e estabelecer um fluxograma
para atendimento do mesmo. Na apresentação dos fluxos, apareceram serviços em comum
para diferentes casos, a saber, SAMU, Pronto Socorro, Hospital, Santa Casa, Polícia. Pôde-
se perceber que a precariedade da rede evidenciada ficou em torno do momento de
assistência em quadros agudos, não obstante, também se problematizou a distribuição de
psicotrópicos nas unidades de saúde. No quarto encontro, outra vez, os diálogos
focalizaram os fluxos e as dificuldades sentidas na articulação da RAPS. Diante do
exposto, o método empregado tem demonstrado ser um disparador potente de discussões,
reflexões, partilhas de experiências e tem oportunizado a construção coletiva e democrática
de possibilidades de funcionamento da RAPS da cidade de Parnaíba.
Palavras-chave: método paidéia; integração; raps.
22
FAMÍLIA E DEPENDÊNCIA QUÍMICA: UM ESTUDO NO CAPSad DE PIRIPIRI-
PI
GLEYDE RAIANE DE ARAÚJO; ERDNA AÍRES CRUZ DA ROCHA; DANIEL
CESAR NEGREIROS DOS SANTOS.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
O uso de drogas e bebidas alcoólicas ocorre desde os primórdios da humanidade, sendo
que os seus consumos foram condicionados social e historicamente, constituindo-se dessa
forma um grave problema para a sociedade, que afeta todas as esferas da vida do indivíduo
e todos os níveis sociais. Atualmente, pesquisas relatam a aumento do consumo de álcool e
drogas e a importância da inserção da família no tratamento e recuperação, e reinserção
social de dependentes químicos. Diante do exposto, chegou-se a seguinte problemática:
Existe cooperação familiar no tratamento dos pacientes atendidos pelo CAPSad de Piripiri-
Pi? De que forma isso interfere no tratamento e recuperação desses indivíduos? Nessa
perspectiva, o respectivo estudo tem por objetivo analisar se e como as famílias cooperam
no tratamento dos pacientes, uma breve reflexão sobre a importância da família durante o
tratamento terapêutico, bem como possíveis influências no inicio do uso de drogas. Para
isso, utilizamos uma pesquisa bibliográfica e uma pesquisa de campo, através da aplicação
de questionário, previamente estruturado, com pacientes do CAPSad de Piripiri-Pi e com o
Assistente Social que trabalha na respectiva instituição. Baseando-se em princípios e
conceitos da Lei da Aprendizagem Social de Albert Bandura e em autores como Baptista
N., Souza J, Schenker, Minayo, Jorge e Carvalho, foram possíveis melhores entendimentos
sobre as várias questões abordadas. Dessa forma, segundo os entrevistados foi constatado
que as famílias apresentam forte resistência a cooperar no tratamento e que em muitos
casos a influência familiar foi fator relevante na inicio do uso de drogas pelos pacientes.
Outro dado coletado foi que, o álcool foi a droga mais utilizada entre os pacientes
atendidos pelo CAPSad de Piripiri-Pi, índice corroborado pelas pesquisas realizadas em
todo o país. A descrença na recuperação dos pacientes devido as recaídas foi uma das
principais causas encontradas para a não cooperação das famílias. Enfim, esperamos com
23
este estudo estar contribuindo de forma significativa para os profissionais, estudantes e
leigos ao qual o tema se constitua de interesse.
Palavras-Chave: Dependência Química. Famílias. CASPad.
24
FORMAÇÃO E INSERÇÃO DO PROFISSIONAL PSICÓLOGO NO CAMPO DA
SAÚDE PÚBLICA: IMPASSES, DESAFIOS E POSSIBILIDADES
KEILANE FERREIRA DE ARAÚJO; MARIA DARLENE DOS SANTOS; MAYSA
MARIANA FURTADO MOREIRA; JÉSSYCA DE LACERDA ARAÚJO; ROBERTH
ENOQUE RIBEIRO FRANCO; WENDERSON APOLÔNIO DA SILVA.
MODALIDADE: PÔSTER
Este artigo versa sobre a presença do profissional Psicólogo no campo da saúde pública
bem como tenta expor de que forma se deu sua inserção neste espaço de cuidado em saúde
pontificando as principais dificuldades e limitações da categoria em relação a este espaço
de atuação. O objetivo é colocar em questão e ao mesmo tempo realizar um resgate da
trajetória profissional do Psicólogo na saúde, as implicações oriundas deste fato, os
avanços que devem ser atingidos pela categoria na saúde publica quanto a forma de
atuação, expondo, a carência que ainda se faz presente quanto a formação para atuar na
área acima citada. Para tal utilizou-se como método a pesquisa bibliográfica a respeito do
conteúdo com fim de enfocar as principais ideias e concepções de autores que abordam o
tema. Neste sentido, o que se pôde observar é que os autores concordam quanto a
mudanças na formação profissional do Psicólogo levando-se em consideração de que na
saúde exige-se uma atuação coletiva, voltada para prevenção/promoção e transformação
social. Somado a isto, observou-se que é notória a necessidade de profissionais
comprometidos e que voltem sua atuação profissional para a consolidação dos princípios
que embasam o SUS, profissionais que se demonstrem engajados e motivados rumo a
transformação na saúde do País, que fazem uso do aspecto critico, ou seja, pensam e
refletem acerca de suas ações e as implicações da mesma. É preciso acentuar que as
questões e reflexões aqui levantadas não são com o sentido de meramente aumentar
criticas, mas sim de apontar questões que possam contribuir para uma melhor atuação
psicológica em saúde e pontos que necessitam de maior discussão quanto à formação do
Psicólogo. É visto que muitos autores já iniciaram o tema de formação e inserção do
Psicólogo no campo da saúde pública como principal bandeira e linha de estudo/pesquisa,
25
contudo é necessário ressaltar que este mesmo tema não deve ser tratado tão somente de
forma superficial. Fazem-se importantes debates que contribuam para uma prática que
inove, transforme e produza resultados transformadores; que mude o cenário da saúde
pública, aqui especificamente no caso do Psicólogo que possui uma grande contribuição e
peso no campo da saúde. Dessa forma, mudanças significativas na forma de atuação do
Psicólogo na saúde pública somente ocorrerão no momento em que os Psicólogos
incorporarem uma nova concepção de prática profissional, de cidadanização, de construção
de sujeitos com capacidade de ação e de proposição, quesitos estes que passam por uma
formação que envolva tais critérios em suas grades curriculares e que possibilite o aluno a
experênciar, posicionar-se criticamente e que contenham noções e princípios da saúde
pública que necessita enormemente de profissionais engajados e propositores de mudanças.
Palavras-chaves: saúde pública; inserção do psicólogo; formação do psicólogo.
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INSERÇÃO NO CAMPO DA ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: EXPERIÊNCIAS NO
PET-SAÚDE REDES DE ATENÇÃO
MARLOS RIBEIRO ARAÚJO; GEOVANE PROFIRO FONTENELE; NOÉ
FONTENELE DE SOUSA; DARLANE DE HOLANDA SOUSA TORRES; ANA ESTER
MARIA MELO MOREIRA; EUGENIA BRIDGET FIGUEIREDO GADELHA.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
A fragmentação do cuidado na rede assistencial do Sistema Único de Saúde (SUS) é um
dos fatores que dificulta a plena execução da política nacional de saúde mental. Nesta
problemática, o Programa de Educação pelo o Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) - Redes
de Atenção consiste em uma estratégia de Educação Permanente de reorientação da
formação profissional, articulando pesquisa, ensino e extensão, visando minimizar as
dificuldades do SUS. Tal programa vem tencionando o processo de modelagem da Rede de
Atenção Psicossocial (RAPS) da cidade de Parnaíba. Para isto, alocaram-se participantes
do PET-Saúde em vários dispositivos da RAPS. O presente trabalho relata experiências de
imersão em um CAPS II, vivenciadas por acadêmicos dos Cursos de Fisioterapia e
Psicologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Anteriormente a imersão no campo,
escolheu-se a cartografia como postura ético-político para adentrar nos territórios físico e
simbólico do referido dispositivo. Justificou-se a escolha do método em virtude deste
permitir ir além da simples coleta de dados sobre o serviço, realizando paralelamente
pesquisa-intervenção. Deste modo, definiu-se a inserção no serviço em três etapas: 1)
apresentação do PET-Saúde aos profissionais do CAPS II 2) a construção de perfis de
usuários do serviço em conjunto com alguns profissionais e 3) vivência como usuário do
serviço de saúde mental. No que diz respeito à primeira etapa, a proposta do PET-Saúde
foi bem aceita, isto pôde ser visto através do apoio oferecido pelos profissionais. Em
relação à segunda etapa, inicialmente todos foram convidados a propor os perfis, porém,
em virtude dos horários indisponíveis, isto só foi conseguido em debate com alguns
profissionais. Já sobre a terceira etapa, assumindo os papéis, houve primeiramente a
vivência de ser descolado de casa para o CAPS II na van do serviço junto com os usuários.
27
Em outro momento houve um roleplay de uma triagem, pautada nos perfis criados, sendo
que o caso não foi admitido pelas faltas de um acompanhante e do psiquiatra no local.
Voltou-se noutro dia, onde foi realizado outro roleplay com a presença de um “familiar”,
mas igualmente não houve admissão pela falta do psiquiatra, sendo deliberado o
encaminhamento, pautado na demanda, para o CAPS-AD. No CAPS-AD ocorreu a triagem
com o psicólogo e o caso foi admitido para observação e avaliação, finalizando a
simulação dos fluxos de atendimento. É importante pontuar que durante o processo os
profissionais estavam cientes da situação fictícia, o que pode ter enviesado o atendimento.
Toda via, alguns problemas foram notórios, como a centralidade do psiquiatra na equipe
multidisciplinar, provocando a falta de autonomia em outros profissionais para avaliação e
admissão de um caso. Ademais, este processo de inserção também evidenciou os desafios
inerentes de articulação da RAPS, pois não se observaram protocolos de referência e
contrarreferencia entre os dois serviços. Entretanto, a experiência facilitou a construção de
vínculo com os profissionais e usuários do serviço. Também foi possível um contato direto
com os usuários, culminando num diálogo mais aproximado com os mesmos, resultando na
desconstrução de representações sociais e preconceitos acerca do usuário de saúde mental.
Palavras-chave: atenção psicossocial; inserção; pet-saúde; redes.
28
PROJETO PIMENTA NOS OLHOS PRA VER MELHOR: PROVOCAÇÕES E
DIÁLOGOS INTERDISCIPLINARES
NARA FERREIRA GOMES BARRETO; LUIZA DE ANDRADE BRAGA FARIAS.
MODALIDADE: PÔSTER
A atuação profissional é considerada uma grande parcela da construção da identidade
humana contemporânea. Atualmente, esta construção é limitada, constituída por saberes
parcelados, ocasionada por uma crescente falta de abertura e de diálogo entre as diversas
profissões e, até mesmo, entre profissionais das mesmas áreas, mas de especialidades
diferentes. Existe a necessidade de promover uma visão mais articulada do conhecimento,
que considere a lógica complexa dos fenômenos e permita enxergar os vários níveis de
realidade. Isto transcende uma necessidade acadêmica ou profissional, mas também se
traduz numa necessidade emergencial de mudança de atitudes culturais e sociais, a partir
do estímulo dos sentimentos de tolerância e abertura para lidar com as diferenças. Pensado
enquanto um lugar de troca e (des)construção de saberes, o Núcleo Transdisciplinar
Veredas Psicológicas criou o projeto Pimenta Nos Olhos Pra Ver Melhor, que utiliza
provocações artísticas para levantar problematizações e fomentar o diálogo entre áreas
diversas, acreditando no valor da contribuição entre elas. As provocações utilizadas nos
encontros são filmes, peças de teatro, documentários, músicas ou textos literários,
escolhidos previamente pela equipe do projeto, que servirão de introdução ao tema
proposto. Utilizando como metodologia a Roda de Conversa, que consiste num método de
participação coletiva de troca de perspectivas e experiências, o projeto busca ajudar na
quebra e transformação de paradigmas, fortalecer a competência do diálogo e dos olhares
múltiplos e sistêmicos, esperando, com isso, facilitar uma maior compreensão dos temas
problematizados e auxiliar na construção de teorias e práticas mais articuladas. Foram
realizados, até o presente momento, sete encontros sobre os temas “Saúde Mental”,
“Relações Terapêuticas”, “Pensamento Mítico”, “Mídia e a Banalização da Violência” e
“Suicídio”. O projeto recebe alunos e profissionais de áreas diversas, como Psicologia,
Medicina, Gestão Comercial, Arquitetura, Comunicação e Belas Artes. Todos os encontros
29
atingiram o objetivo proposto, um diálogo transdisciplinar dos temas sugeridos,
propiciando uma maior troca de saberes e participação entre os participantes, construindo
novos olhares e facilitando o entendimento global do assunto.
Palavras-Chaves: interdisciplinaridade; formação Profissional; roda de conversa.
30
FACES E VOZES DO PIAUÍ
OLÍVIA PIRES E SILVA; YAMILA LARISSE GOMES DE SOUSA; ELBER
BELISÁRIO RODRIGUES VALE; THAMYZE NOLÊTO DE SOUZA; JOSÉ VICTOR
DE OLIVEIRA SANTOS; CARLA FERNANDA DE LIMA SANTIAGO DA SILVA.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
A presente pesquisa teve por objetivo catalogar e analisar acerca das necessidades de
diversas malhas comunitárias do Estado do Piauí, contrastando-as e chegando a um tópico
geral sobre as comunidades. A pesquisa foi realizada nas cidades de José de Freitas,
Piracuruca, Santana do Piauí, São Raimundo Nonato, Teresina, União e Várzea Branca,
buscando as comunidades mais carentes em cada uma, para tentar descobrir as
necessidades básicas dessas cidades do Piauí. Para isto, foi realizada uma entrevista de
campo com um questionário epidemiológico semiestruturado com dois participantes de
cada comunidade, que tinha por objetivo capturar a realidade dentro das sete comunidades
carentes pesquisadas, assim como o olhar de cada entrevistado acerca de suas próprias
necessidades quanto à saúde, educação, água, energia elétrica, saneamento básico, lazer e
uma principal mudança imediata. As entrevistas realizadas serviram de embasamento e
aprofundamento acerca do estudo sobre a psicologia comunitária e do papel do psicólogo
comunitário dentro das comunidades carentes; prestou-se também a função de primeira
análise das comunidades, assim como a relação das principais necessidades e formas de
atuação do profissional da área. Após a coleta e análise dos dados notou-se que as pessoas
não se enxergam como sujeitos, que não tomam o ambiente comunitário como seu, como
pertencentes e modificadores. No geral, as carências das diversas comunidades
investigadas são semelhantes, porém existem outras particulares, de acordo com a
geografia de cada local. Um fato importante a ser relatado é a falta de senso crítico dos
moradores, já que estes, apesar da falta de assistência, não possuem motivações para lutar
por seus direitos ou muitas vezes desconhecem os mesmos, sendo ainda oprimidos pelas
forças estatais. Quando inserido nessa realidade, o trabalho do psicólogo comunitário é
identificar os atores sociais e, por conseguinte, aliar o conhecimento teórico científico do
31
psicólogo às práticas de saberes populares da comunidade, juntos formando um elo que
possibilita identificar as principais necessidades do referido tecido social e a debaterem
medidas que venham minimizar as dificuldades da localidade. A partir desse estudo é
relevante ressaltar acerca da importância da formação política dos sujeitos de uma
comunidade, a fim de dar-lhes subsídios para que se tornem sujeitos autênticos e atores
imbricados nas lutas, garantindo assim a ressignificação política da esfera social
comunitária.
Palavras-chave: comunidades carentes; necessidades; psicologia comunitária;
comunidade.
32
A RELEVÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NA PROMOÇÃO DA SAÚDE
CONSIDERANDO SUAS PERSPECTIVAS MULTIDISCIPLINARES
SYLMARA CLEONYCE MAGALHÃES JACOBINA; CAROLINA VERAS VIEIRA;
EDUARDO ARAÚJO BRITO SOBRINHO; JOAQUIM FERREIRA DE SOUSA NETO;
SIDNEY RODRIGUES DE MORAIS JÚNIOR; FABIANA RIBEIRO MONTEIRO.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
A literatura aponta que a psicomotricidade procura aprofundar a interação de dois
componentes importantes do comportamento humano, sendo eles a motricidade e o
psiquismo. Epistemologicamente a matriz da psicomotricidade é interdisciplinar que
integra conceitos de várias ciências como a psicologia, psiquiatria, fenomenologia e
sociologia. Tratando as relações do sujeito com o corpo, em todas as esferas integrativas,
cognitivas, emocionais e simbólicas. Este estudo é o resultado de uma avaliação baseada
na aplicação de exercícios psicomotores e observações de uma criança do sexo feminino de
três anos de idade residente na cidade de Parnaíba-PI. O objetivo desse trabalho é relatar a
experiência proporcionada pela disciplina psicomotricidade do curso bacharelado em
psicologia da Universidade Federal do Piauí - UFPI. O estudo foi realizado de modo
qualitativo. Os instrumentos utilizados foram: apostila com trinta e cinco exercícios
psicomotores, bola, balão, “língua de sogra”, giz branco, massinha de modelar, cola,
tesoura, papel A4 em branco, papel A4 com desenhos animados para colorir, apito de
plástico, lápis de cor, cartas de baralho, fitas coloridas, CD musical, grãos de arroz e feijão,
treze peças de dama de madeira e duas câmeras digitais. Os procedimentos utilizados
foram: seleção da criança por meio de um dos membros do estudo. Esclarecimentos sobre
a realização da atividade e pedido de autorização para os pais da criança, onde a mãe da
mesma assinou o termo de consentimento livre e esclarecido e respondeu ao questionário
de anamnese e foram coletadas as informações sobre o desenvolvimento psicomotor da
criança. E relacionada à aplicação dos exercícios psicomotores, foram precisas duas visitas
para a criança realizar todos, sendo eles: testes de coordenação viso manual, dinâmica
global, visual e grafomotor, esquema corporal, lateralidade, equilíbrio, orientação
33
temporal, orientação espacial, comunicação e expressão, exercícios fonoarticulatórios,
linguagem, respiratórios, verbal e gestual, percepção tátil, gustativo, olfativo, auditivo,
visual e exercícios de relaxamento. Os resultados encontrados foram que a criança realizou
com sucesso trinta, dos trinta e cinco exercícios, mostrando resultado positivo quanto ao
seu desenvolvimento psicomotor, uma vez que tinha frequentado apenas duas semanas na
escola. Este trabalho veio a contribuir em uma melhor compreensão teórica e prática da
importância da psicomotricidade na promoção da saúde, através da experiência dos
exercícios efetuados com a participante, corroborando assim, com as referências da
literatura, onde também se faz menção às problemáticas enfrentadas nesta etapa do
desenvolvimento da criança e como a psicomotricidade pode auxiliar, abordando de
maneira geral a psicomotricidade como algo que destaca as particularidades da criança que
estão intimamente ligadas a função motora, ao desenvolvimento intelectual e o
desenvolvimento afetivo. Esta pesquisa embasou-se em aulas expositivas e em estudos
bibliográficos, procurou-se aliar teoria e prática e incentivar mais pesquisas sobre o tema.
Palavras-chave: criança; desenvolvimento; psicomotricidade, parnaíba-pi.
34
PSICO-ONCOLOGIA: A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO PSICOLÓGICA
JUNTO A EQUIPE TRANSDISCIPLINAR
WENDERSON APOLÔNICO DA SILVA; KEILANE FERREIRA DE ARAÚJO;
ROBERTH ENOQUE RIBEIRO FRANCO; ALLYSSON FRANCK BARBOSA DE
SOUZA; RITA SIMONE CRUZ DO NASCIMENTO.
MODALIDADE: PÔSTER
Essa pesquisa trata-se de um levantamento bibliográfico sobre a importância do papel do
psicólogo junto à equipe transdisciplinar, objetivando-se estabelecer discussões acerca da
percepção para além da doença - câncer, mas também do indivíduo e as contingências que
possam influenciar no seu processo de saúde e doença. O câncer é um conjunto de mais de
cem doenças, formando-se por divisões exageradas de células criando os conhecidos
tumores, malignos ou benignos, sendo essa patologia indicada como um problema de saúde
pública, segundo o Instituto Nacional do Câncer. Podem ser originados tanto por motivos
biológicos (genética) como por motivos exógenos (exposição a fatores cancerígenos, como
tabaco, radiação solar, radiações tóxicos e nucleares, etc.). Mesmo com o avanço da
medicina, muitos autores apontam que a partir do diagnóstico confirmado, o paciente vê
sua vida tomar um rumo diferente do que poderia imaginar, uma vez que esta doença pode
acarretar mudanças significativas nas diversas esferas da vida do portador e das pessoas em
seu entorno. Essas mudanças podem figurar traumas, sendo que nesses casos os danos
psicológicos podem ser tão quanto ou mais intensos que os fisiológicos. Porém, é
importante destacar que o modo como os pacientes encaram o tratamento, a doença e a
reabilitação depende de traços e características individuais, sociais e culturais. Assim, a
Psico-oncologia surgiu da necessidade de atenção aos aspectos psicológicos envolvidos no
processo de saúde e adoecimento, bem-estar no prognóstico e auxilio nos cuidados
paliativos. É importante salientar que um dos diferenciais da prática do psicólogo dessa
especialidade é focar não somente na doença, mas no indivíduo, família e equipe
profissional que atende esse público. Dessa forma, evidenciou-se a importância
imprescindível do profissional da psicologia atuando junto à equipe transdisciplinar, para
35
que possam buscar as melhores estratégias de tratamento e prognóstico do paciente,
considerando-se também a participação sóciofamiliar. Observou-se também que entre
outras possibilidades são apontadas como funções desse profissional, levar o paciente a
compreender o significado da experiência do adoecimento, possibilitando assim
ressignificações desse processo; junto com os outros profissionais psicoeducar o paciente
sobre sua doença, passando o máximo de informações possíveis, ajudando-o a entender os
desdobramentos e possibilidades; auxiliar o paciente e familiares a elaborarem estratégias
racionais de enfrentamento, bem como estimular os vínculos afetivos facilitando o diálogo
verdadeiro; realizar intervenções psicoterápicas, seja em grupo ou individual. A partir do
que foi discutido, percebe-se que outras produções como estas podem ser de grande valia
para estimular importantes discussões sobre o trabalho mais integrativo dos profissionais
da psicologia junto a outros no campo oncológico, somando saberes, considerando-se não
apenas a doença, mas o sujeito e seu contexto como um todo, a partir de uma postura ético-
profissional, a qual se pode chamar de clínica ampliada.
Palavras-chave: câncer; psico-oncologia; transdiciplinaridade; clínica ampliada.
36
TEPT: CONSIDERAÇÕES ACERCA DO PROCESSO DE DIAGNÓSTICAÇÃO
WENDERSON APOLÔNIO DA SILVA; KEILANE FERREIRA DE ARAÚJO;
ROBERTH ENOQUE RIBEIRO FRANCO; ALLYSSON FRANCK BARBOSA DE
SOUZA; RITA SIMONE CRUZ DO NASCIMENTO.
MODALIDADE: PÔSTER
O presente trabalho trata-se de uma análise da literatura acerca da problematização do
processo diagnóstico do Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT) pelos
profissionais da saúde mental. Objetivando-se a partir disso, estimular novas discussões na
comunidade científica a respeito do transtorno através de publicações em revistas,
periódicos, congressos e outros eventos científicos, donde podem surgir novas formar de
conhecimento, pesquisas, intervenção e tratamento. Sabe-se que o TEPT é um transtorno
de ansiedade desenvolvido após uma exposição a um evento traumático em uma situação
que envolveu sério risco de vida, perigo a integridade da pessoa ou alguém próximo, com
severas consequências sociais e psicofisiológicas. No Brasil a incidência desse transtorno é
relativamente alta, principalmente, devido aos grandes índices de criminalidade, violência
urbana e doméstica, com grandes tragédias, muito embora o processo de adoecimento
dependa também de outras características como traços pessoais, vulnerabilidade,
resiliência e etc. Vale mencionar que esse transtorno provoca prejuízos em múltiplos
aspectos da vida, seja no campo cognitivo, biológico, afetivo ou comportamental, por
exemplo, distúrbios de aprendizagem, retardo mental, regressões, problemas no
desenvolvimento cerebral e cognitivo. As consequências de traumas na infância
reverberam com intensidade aumentada nas outras fases de desenvolvimento, uma vez que
quando não tratado corretamente os sintomas podem se tornar crônicos, atravessando
negativamente a vida dos indivíduos, levando algumas vezes ao aumento nos índices de
abuso de substâncias químicas e até mesmo ao suicídio. Somado a isso, existe ainda a
grande possibilidade de serem desenvolvidas outras psicopatologias, como Transtorno de
Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno Desafiador Opositivo,
Transtorno de Conduta, Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), Transtornos de Humor,
37
Transtorno de Ansiedade de Separação. Observa-se que esse quadro é agravado ainda mais
quando este transtorno não recebe o diagnóstico precocemente, ou pior, quando não recebe
o correto, dificultando assim o devido tratamento. Observou-se que existem poucos
estudos teóricos e empíricos sobre o transtorno, e só a pouco a psiquiatria brasileira
começou a reconhecer a importância do seu diagnóstico. Dessa forma, evidenciou-se a
fundamental importância de um adequado reconhecimento e diagnóstico preciso do quadro
de TEPT por parte dos profissionais, tanto pela evidente prevalência e comorbidade do
transtorno quanto pelo comprometimento que ele acarreta ao indivíduo e
consequentemente ao seu entorno. A partir disso, espera-se também que esse transtorno de
grande incidência, assim como em outros países receba uma política de prevenção e
tratamento específico, uma vez que suas graves perturbações podem causar consequências
com reflexo durante toda a vida.
Palavras-chave: TEPT; diagnóstico; comorbidade.
38
EIXO:
PSICOLOGIA E INTERDISCIPLINARIDADE NA EDUCAÇÃO
39
UMA EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO BÁSICO EM PSICOLOGIA
ESCOLAR/EDUCACIONAL NA APAE
ANDRESSA VERAS DE CARVALHO; ADRIELLI MARIA BATISTA DE OLIVEIRA
SILVA; MONALISA PONTES XAVIER.
MODALIDADE: PÔSTER
O presente trabalho foi realizado a partir das observações, das informações obtidas e das
atividades concretizadas durante o Estágio Básico Supervisionado em Psicologia Escolar
Educacional, através de um estudo de caso de uma criança de 10 anos, do sexo masculino,
com síndrome de Down, matriculada em uma escola da rede regular de ensino, e que
recebe atendimento no Centro de Atendimento Educacional Especializado Professora
Maria do Amparo Paula (CAEEPMAP), mantida pela Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais (APAE), na cidade de Parnaíba/PI. A APAE trabalha com a modalidade de
educação inclusiva proposta pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), o Atendimento
Educacional Especializado (AEE), que consiste em uma forma de ensino complementar à
educação regular, não substituindo essa. Procurou-se conhecer os aspectos do processo de
ensino-aprendizagem, bem como as questões relativas ao desenvolvimento da criança,
através de observação sistemática e entrevistas informais com a professora dela. Além
disso, também se procurou compreendera dinâmica da instituição, dos professores e do
processo educacional, a fim de entender melhor o funcionamento do AEE na escola da
APAE, no sentido de saber se ele é coerente com suas diretrizes, e se, assim, ele está
cumprindo o papel a que se propõe e, dessa forma, conseguindo propiciar o progresso da
criança com deficiência intelectual. Para alcançar tais objetivos, procurou-se articular as
referências teóricas acerca das características da síndrome de Down e do período
correspondente à terceira infância com as informações levantadas no decorrer da
experiência do estágio. Os resultados encontrados se concentraram principalmente na
descontextualização das atividades pedagógicas realizadas na escola, que não atendem às
especificidades educacionais e ao processo de desenvolvimento singular da criança. A
partir disso, foi possível pensar em propostas de intervenção, com o objetivo de tentar
40
focar essas demandas que emergiram. Diante de tudo o que foi vivenciado, destaca-se a
importância de voltar o olhar para as práticas educacionais realizadas com crianças com
necessidades especiais, além de refletir e problematizar sobre o plano pedagógico e de que
forma as diretrizes que subsidiam esse plano estão sendo efetivadas, nessa perspectiva de
educação inclusiva proposta pelo MEC.
Palavras-chave: síndrome de Down; práticas educacionais; AEE; processo de ensino-
aprendizagem.
41
A PSICOLOGIA APLICADA À EDUCAÇÃO NO ÂMBITO DA RELAÇÃO
AFETIVIDADE-COGNIÇÃO
DIANA SOUSA DA SILVA; JÉSSYCA CRISTINA GOMES NUNES; KELYANE
VIEIRA DE LIMA.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
O presente trabalho objetivou a observação das demandas que afetam uma gestão escolar
de qualidade. As demandas focos a serem trabalhadas foram relativas à didática aplicada
em sala de aula e a relação professor-aluno. A escola juntamente com a família, é
responsável pela formação da personalidade da criança, pois a aprendizagem de fato
acontece quando o sujeito interage com o meio e assim constrói sua individualidade por
meio da relação recíproca com o ambiente, uma interação norteada por intensas
transformações e conflitos simultâneos entre ambos. A abordagem teórica de Wallon
fundamentar-se no interacionismo e afirma que o desenvolvimento da criança parte da
interação das condições biológicas com as condições sociais sofrendo influência dos
fatores históricos e culturais da sociedade em que o sujeito está inserido. A qualidade
dessas interações poderá favorecer o desenvolvimento pleno de suas capacidades
cognitivas, afetivas ou motoras. No desenvolvimento humano a afetividade e a inteligência
não vão aparecer em linearidade, e sim em fases que se alternam entre o âmbito cognitivo e
o afetivo. A afetividade é a motivação que impulsiona o indivíduo a realizar qualquer
atividade e que não pode ser separada de suas funções cognitivas. A relação interpessoal
entre professor e aluno é um fator determinante no processo ensino-aprendizagem, sendo
que a afetividade se faz importante por constituir a base de todas as reações do sujeito
diante da realidade. O trabalho do psicólogo na educação deve conter novas formas de se
perceber o saber psicológico teórico e prático de maneira a questioná-los, possibilitando a
adaptação a novos contextos considerando as limitações da instituição escolar. A
observação foi realizada em uma escola municipal situada na cidade de Parnaíba, Piauí. A
amostra constituiu-se pelos alunos da segunda a quinta séries, professores e demais
funcionários da instituição. Utilizou-se a observação direta e entrevistas informais com os
42
funcionários da escola. A pesquisa foi realizada nos meses junho e julho de 2013 por meio
de oito visitas destinadas para solicitação, observação e intervenção. A análise foi feita
com base nos diários de campo e nas observações e nas entrevistas. A intervenção
consistiu em dois encontros: no primeiro discutiu-se o tema Estrutura Familiar e como os
participantes percebiam a influência desta no contexto escolar da criança; no segundo, a
discussão centrou-se na temática Interação Professor-Aluno desencadeada pela questão de
como o professor se vê nessa relação. A intervenção proporcionou aos participantes um
momento de reflexão sobre os problemas enfrentados pela escola, fazendo com que estes
se posicionassem diante de sua realidade. O tema mobilizou a discussão de muitos
problemas enfrentados pelos participantes no tocante à desestruturação familiar destacando
vários casos vivenciados no contexto escolar. Discutiu-se ainda a influência da escassez de
material escolar nas didáticas trabalhadas em sala de aula. Diante do exposto poder-se-á
refletir sobre as práticas psicológicas no campo da educação a fim de conscientizar os
indivíduos sobre a possibilidade de mudança no sistema educacional do país a partir da
desnaturalização da situação vigente para que haja a resignificação desta e a real integração
dos alunos na escola.
Palavras-chave: psicologia; educação; afetividade; cognição.
43
O PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO PRECOCE E SUA INFLUÊNCIA
SOB O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
CÁSSIO MARQUES RIBEIRO; ANASTÁCIA DE CARVALHO E SILVA; HELTON;
HENRIQUE ARAÚJO MORAIS; MÁRJORE CAROLINE NASCIMENTO BRITO;
IRIANE DO NASCIMENTO ROSA.
MODALIDADE: PÔSTER
O presente trabalho abordará sobre o desenvolvimento infantil, focalizando na teoria de
Vygotsky, tendo como base de estudo a forma como se dá este desenvolvimento dentro das
instituições de cuidado infantil. A instituição observada foi uma creche, empresa privada
situada na cidade de Parnaíba – PI. Utilizou-se do aporte teórico, acumulado pelos
pesquisadores, para a identificação dos diferentes estágios do desenvolvimento infantil e
como os fatores externos podem interferir neste processo, visto que cada criança possui
características próprias e experiências vividas que precisam ser levadas em conta no
decorrer do seu desenvolvimento. Estas possuem lugar específico nas relações sociais, e
atuam como construtoras de sua própria história. Esta pesquisa teve como objetivo através
da observação e de conversas impessoais distinguir os estágios do desenvolvimento infantil
em média de quinze crianças situadas, em sua grande maioria, na primeira infância
institucionalizadas em uma creche, afim de fazer um possível levantamento de demandas
para então sugerir intervenções que proporcionem a melhoria da relação cuidador/crianças
e consequente desenvolvimento infantil. Para isso, usou-se o método de observação
científica do tipo simples, a qual consiste na observação espontânea dos fatos e posterior
análise e interpretação dos mesmos, sendo os dados obtidos, bem como as impressões
pessoais, registrados em diários de campo semanais. Aliou-se a esta técnica o uso de
conversas informais. Durante as observações foi possível detectar a ausência de atividades
que estimulem o ensino-aprendizagem, as relações sociais das crianças, enfim, o
desenvolvimento de forma geral. Entende-se que este necessita de uma mediação e um
acompanhamento para que o brincar e o cuidar dê-se de forma agradável para as crianças e
o cuidador, sem esquecer-se do estímulo à educação, visto que é neste período que a
44
criança está propícia ao desenvolvimento das habilidades físicas, cognitivas e motoras.
Diante das demandas encontradas desde a primeira visita à instituição e que foram
discutidas acima, foi possível propor como intervenção a realização de atividades lúdicas
voltadas para o desenvolvimento de crianças na primeira infância, como a utilização de
brincadeiras educativas, que estimulem a atenção, a concentração, o raciocínio, a
coordenação motora, a percepção visual, a compreensão, dentre outros aspectos, assim,
como atividades com as cuidadoras a fim de estimulá-las a desenvolver sua função da
forma mais eficaz possível, tendo em vista que trabalham com crianças na primeira
infância, período em que estas estão sujeitas ao rápido desenvolvimento e a modelagem
das habilidades biopsicossociais.
Palavras-chave: desenvolvimento infantil; creche; crianças; cuidador.
45
CONCEPÇÕES DOCENTES NA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS COM
TRAJETÓRIA DE INSUCESSO ESCOLAR
LUCÍLIA DA SILVA SANTOS; MARIA DA GLÓRIA CARVALHO MOURA.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
A presença do fracasso escolar, uma problemática que tem se materializado na vida de
inúmeros alunos que frequentam as escolas de nosso país, é considerado historicamente
como um dos maiores desafios para a qualificação do sistema educacional brasileiro. Os
motivos que nos guiaram à realização desse trabalho devem-se às nossas inquietações
vividas na infância e que, ainda, se faz presente em nossa formação e atuação docente e
psicopedagógica. Sendo assim, devemos mencionar que essa situação sempre se fez
presente em nossa trajetória escolar ao presenciar no Ensino Fundamental, repetidas vezes,
as seguintes expressões proferidas pelos professores: Bando de burros, vocês não sabem
nada!; Vocês não querem nada com vida, porque vêm à escola?.Com estes relatos
concretos de desvalorização dos discentes, constatamos que os alunos com muita
dificuldade na aprendizagem ou, então, com atraso escolar (distorção idade-série) muitas
vezes eram considerados pelos professores como problemáticos ou como caso perdidoem
sala de aula. A partir dessa realidade vivida, é que nos propusemos a investigar a seguinte
problemática: de que forma as concepções formuladas durante o exercício da prática
docente podem interferir tanto no desempenho do professor como na aprendizagem dos
alunos e, em particular, os provenientes de uma trajetória marcada pelo insucesso escolar.
Para alcançar o objeto desse estudo, foi considerado como objetivo geral analisar as
implicações das concepções docentes em relação ao fracasso escolar nas séries iniciais (2ª
a 4ª séries) do Ensino Fundamental da Escola Municipal Mascarenhas de Morais,
localizada na zona sul da cidade de Teresina-PI, tendo como objetivos específicos:
identificar as concepções dos professores sobre o fracasso escolar no exercício da prática
educativa e refletir sobre as concepções docentes e suas implicações nas relações
interpessoais durante o processo ensino-aprendizagem dos alunos. O presente trabalho teve
como referencial teórico os estudos de Patto(1999), Mantovanini (2001), Bossa (2002),
46
Cordié (1996), Melchior (2004), Aquino (1996), dentre outros. Este referencial nos
possibilitou reafirmar a importância da relação professor-aluno como forma de superar os
obstáculos e os desafios vividos no cotidiano escolar. O trabalho foi baseado na pesquisa
qualitativa de caráter exploratório, tendo com instrumentos de coleta de dados a
observação não-participante, questionários e a entrevista semi-estruturada. De posse dos
dados recolhidos, os mesmos foram submetidos à análise de conteúdo. Os resultados
obtidos pela pesquisa apontam a existência de inúmeros fatores que contribuem para o
fracasso escolar, dentre os quais destacamos: falta ou ineficácia de políticas públicas
educacionais, indisciplina do aluno, descompromisso da família, má renumeração e
jornada extensiva de trabalho dos professores e, em especial, que as concepções docentes
no que diz respeito ao desempenho, a aprendizagem, o comportamento dos alunos em sala
de aula, como também as competências, as habilidades e o papel da educação na vida dos
sujeitos pesquisados interferem diretamente na aprendizagem do aluno e na eficácia da
prática docente.
Palavras-chave: fracasso escolar; concepções docentes; prática docente; aprendizagem do
aluno; relações interpessoais.
47
CONCEPÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS NA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS
COM TRAJETÓRIA DE INSUCESSO ESCOLAR
LUCÍLIA DA SILVA SANTOS; KENNYA MARTINS DE MELO SOUSA CUNHA.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
A presença do fracasso escolar é considerada historicamente como um dos maiores
desafios na educação, sendo representada através dos altos índices de reprovação,
repetência escolar e evasão escolar. O fracasso escolar ou insucesso escolar vêm
constituindo-se, ao longo de várias décadas, como um grande entrave social para a
qualificação do nosso sistema educacional, como também para a evolução socioeconômica
de nosso país. Em termos educacionais, a expressão utilizada como “fracasso escolar”
geralmente representa um rendimento insatisfatório do aluno diante dos objetivos
estabelecidos pela escola durante o período letivo. Com base nisso, percebemos que essa
triste realidade acaba desestruturando os ideais de inúmeros brasileiros. Em razão dessa
problemática educacional, a referida pesquisa teve como objetivo principal analisar as
concepções psicopedagógicas acerca do fracasso escolar e suas implicações para a
efetivação da inclusão escolar e social dos alunos com trajetória de insucesso escolar. Com
este objetivo estabelecido, buscamos desvendar os obstáculos que inviabilizam uma prática
educativa eficaz durante todo o processo de ensino-aprendizagem realizado pelos discentes
nas instituições escolares. O presente trabalho teve como referencial teórico os estudos de
Beauclair (2008), Bossa (1991, 2000, 2002), Patto (1999), Mantovanini (2001), Melchior
(2004), Patto (1999), Porto (2007), dentre outros. Este referencial nos possibilitou afirmar
a importância do psicopedagogo como profissional responsável pela inclusão de alunos
com necessidades educacionais especiais, transtornos e dificuldades de aprendizagem e/ou
com histórico de insucesso escolar. O psicopedagogo atua como um mediador capaz de
promover práticas inclusivas na escola, evidenciando que a prática psicopedagógica
constitui-se como uma condição indispensável à superação dos obstáculos e desafios
vividos pelos alunos no cotidiano escolar. O presente estudo teve como objetivos
específicos: identificar as concepções do psicopedagogo sobre o fracasso escolar durante o
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exercício de sua prática psicopedagógica, conhecer as estratégias utilizadas pelos
psicopedagogos na avaliação e intervenção tanto de forma preventiva como terapêutica,
verificar como as concepções psicopedagógicas sobre o fracasso escolar podem interferir
na aprendizagem dos alunos com histórico de insucesso escolar ao ter um
acompanhamento psicopedagógico. A literatura estudada aponta que esses alunos, que
fugiam ao padrão imaginário de um aluno idealizado pela escola, geralmente encontram
grandes obstáculos para obter as condições mínimas para garantir sua aprendizagem.
Realizamos este estudo focalizando as concepções construídas pelos 3 (três)
psicopedagogos sobre o fracasso escolar, atuantes em clínicas e em instituições escolares
na cidade de Teresina - Piauí. A investigação tem como base teórico-metodológica uma
pesquisa qualitativa de caráter exploratório, tendo com instrumento de coleta de dados -
questionários. Os resultados obtidos revelam a existência de diversos fatores associados ao
fracasso escolar: como a baixa autoestima e desvalorização do aluno, a falta de
investigação e de um diagnóstico preciso sobre os fatores envolvidos na ocorrência do
fracasso escolar, inexistência de uma metodologia eficaz, a falta de envolvimento da
família, da escola e dos professores, contribuindo de forma negativa para a aprendizagem
dos alunos e na ineficácia da prática educativa.
Palavras-chave: fracasso escolar; prática psicopedagógica; aprendizagem; exclusão.
49
BULLYING ESCOLAR: SUAS CONSEQUÊNCIAS E INTERVENÇÃO NO
CONTEXTO EDUCACIONAL
MARCIANO DA ROCHA RODRIGUES; CARLA FERNANDA DE LIMA SANTIAGO
DA SILVA; DALTRO DE PAIVA OLIVEIRA FILHO; HORTÊNCIA EVELYNE
SANTOS; MARIA TERESA RODRIGUES DE OLIVEIRA; PRISCILA SOUZA ROCHA.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
O bullying trata-se de um tipo de violência repetida e intencional, em que o mais forte
agride o mais fraco, através de xingamentos, humilhações, exclusão ou agressão física,
dentre outras formas de discriminação. A partir desta realidade a presente pesquisa teve
como objetivo averiguar quais métodos de intervenção sobre o bullying são utilizados nas
escolas de Parnaíba, fazendo uma comparação sobre as formas como este problema é
trabalhado entre uma escola que tem o psicólogo em seu quadro de funcionários e uma que
não tem. Portanto, a relevância do presente estudo se dá por levantar questões referentes à
qualidade do ensino e aprendizagem, relacionando às práticas do psicólogo e sua
contribuição para a melhoria na educação e na redução do bullying escolar e de suas
consequências. Este trabalho foi realizado em duas escolas da rede particular de ensino na
cidade de Parnaíba-PI, sendo que uma possuía em seu quadro de funcionários uma
psicóloga escolar que também atua na direção (escola X), e a outra não tinha um
profissional da psicologia entre seus funcionários (escola Y). Participaram deste estudo,
cinco profissionais: uma psicóloga e uma professora na escola X, e um coordenador de
ensino e dois professores na escola Y. Como instrumentos, utilizou-se de duas entrevistas
semiestruturada, a primeira direcionada à psicóloga, e a segunda para os demais
funcionários. A pesquisa esteve fundamentada na abordagem qualitativa da análise dos
dados obtidos. Ao se fazer uma comparação entre as escolas participantes do estudo, os
resultados apontaram algumas diferenças significativas no modo como o problema é
abordado, visto que na escola X, os professores são orientados a lidar com o bullying, ao
passo que na escola Y, os mesmo devem encaminhar o problema para que a coordenação
resolva. Na escola X, os resultados revelaram que o diálogo e a conscientização são as
50
formas de intervenção mais frequentes, porem foi possível perceber a existência de
educadores desinformados quanto às características do bullying e suas consequências na
escola Y. Nota-se, assim que os resultados apresentados neste trabalho não se distanciam
das afirmações trazidas na bibliografia estudada, confirmando que o bullying está presente
nas instituições escolares, e que os motivos e formas da realização desta prática são muito
semelhantes aos estudos anteriores. Contudo este trabalho levantou uma séria discussão
sobre como as falhas existentes entre as relações família-escola ainda configuram um
grande fator a ser melhorado para diminuição desse tipo de violência, bem como destaca
que a interdisciplinaridade entre profissionais da educação, como professores, psicólogos e
pedagogos são fundamentais para sucesso na luta contra este tipo de violência.
Palavras-chave: bullying escolar; formas de intervenção; violência escolar.
51
AS INTERAÇÕES SOCIAIS E A PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO: UMA
EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO
OLINDINA FERNANDES DA SILVA NETA; ANA PAULA CALDAS DE FREITAS;
ANDRÉA NARA LOPES HENRIQUES DE SOUSA; KATRINE SILVA DE
CARVALHO; TÁTILA RAYANE DE SAMPAIO BRITO.
MODALIDADE: PÔSTER
As interações sociais entre as crianças se dão quando estas passam uma grande quantidade
de tempo juntas, aprendendo a criar um lugar dentro do grupo, construindo papeis sociais,
mesmo que não haja uma garantia concreta de que serão aceitas pelas outras crianças.
Dessa forma, na terceira infância a criança afasta-se do contexto familiar e começa a
interagir com outros grupos de sua mesma faixa etária, sendo que este “novo universo”
possibilita a liberdade de fazer seus próprios julgamentos. Ademais, o compartilhamento
de ideias e conversas entre crianças, amplia o campo cognitivo das mesmas. Assim sendo,
entende-se que elas ao interagirem entre si, vão criando suas próprias características, que
se dão através de ações formadas, operações motoras e mentais, criadas em sala de aula. A
sociedade atual é marcada por desigualdades sociais, exclusão, preconceito, estímulo à
competição, individualismo, mercantilização da educação, etc., sendo responsável pela
produção de uma intensa cultura de violência, onde o contexto escolar não escapa dessa
realidade. Segundo a literatura, a violência dentro do contexto escolar refere-se a
comportamentos agressivos de intimidação, entre os quais se verificam várias atitudes que
resultam em práticas violentas exercidas por um indivíduo ou por pequenos grupos, com
caráter regular e frequente. Atualmente, este fenômeno é denominado bullying, e se refere
à agressão individual e em grupo. O objetivo do presente trabalho é relatar a experiência
do Estágio Básico II realizado em uma escola municipal da cidade de Parnaíba/PI. Foram
realizadas oito visitas no campo de estágio, sendo, uma para levantamento de dados e do
cotidiano da escola como um todo, três observações sistemáticas em sala de aula, uma
intervenção em sala ocorrendo atividades entre as estagiárias e os alunos: confecção de
porta retratos, doação destes e discussão acerca do respeito mútuo nas relações
52
interpessoais; uma intervenção no auditório envolvendo todos os alunos do turno da tarde,
e por ultimo duas observações em sala de aula para verificação dos resultados. Na escola
em questão, foram observadas atitudes violentas de diversas formas, como a física,
psicológica e moral envolvendo os alunos em vários contextos, tanto em sala de aula como
fora dela, na hora do recreio, nos corredores, etc. O bullying faz parte da realidade da
escola e é encarado pelos alunos como algo “normal”. Através das observações
sistemáticas durante o estágio, foi percebida a necessidade de promover através dos
conhecimentos psicológicos educacionais/escolares, práticas interventivas com o intuito de
promover uma possível melhoria no desenvolvimento cognitivo, afetivo e relacional desses
alunos. Discutir um tema tão polêmico em um ambiente onde este é constante era um
desafio. Pois, conscientizar aquelas crianças de que violência era algo que não trazia
consequências boas, era muito mais que simplesmente falar sobre. Seriam necessárias
ações que possibilitassem um processo contínuo de combate à violência.
Palavras-chave: interações sociais; ensino-aprendizagem; infância; bullying.
53
A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL SOB A PERSPECTIVA DO APOIO
EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
RACHEL RODRIGUES MACHADO BARROS; EVELINE LUZ SOUSA MARQUES
MONALISA PONTES XAVIER.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
O referente trabalho baseia-se em uma atividade proposta pela disciplina de Estágio Básico
II do curso de Psicologia da Universidade Federal do Piauí. Teve como objetivo observar
os aspectos do desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial relacionados à terceira
infância de uma menina de 13 anos de idade com déficit intelectual, porém, sem nenhum
diagnóstico preciso, que frequenta a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
(APAE) da cidade de Parnaíba-PI, além de observar as dificuldades existentes relacionadas
à criança no âmbito educacional e as dificuldades da própria instituição. A APAE é uma
instituição destinada a atender crianças com deficiência intelectual e dispõe de um espaço
destinado a parte clínica e outro para a parte pedagógica. Assim, no que diz respeito à
parte pedagógica, a instituição oferece o serviço de Atendimento Educacional
Especializado que tem como objetivo, proporcionar atividades e recursos pedagógicos em
caráter complementar ou suplementar aos alunos do ensino regular. Desse modo, discutiu-
se também, a perspectiva da Educação Inclusiva que não focaliza o déficit funcional da
criança, mas, busca identificar as limitações do ambiente que estão dificultando a execução
de uma educação de qualidade a todos. Para a concretização do trabalho, foram realizadas
dez visitas, no turno da tarde, com duas horas de duração cada, distribuídas ao longo de
três meses. Além das observações, também se realizou entrevistas informais com o pai da
criança observada, as professoras e a coordenadora da APAE. Com base nas observações,
destaca-se que dificuldades cognitivas se sobressaíram, então, foram realizadas atividades
com a criança que permitiram explorar aspectos cognitivos e assim perceber quais deles já
foram adquiridos. Deste modo, ao final das visitas, através das observações e a realização
das atividades propostas com base na Terceira Infância, constatou-se um acentuado atraso
no desenvolvimento cognitivo da criança, uma vez que, que esta encontrou dificuldades na
54
realização das tarefas propostas. No tocante a instituição, observou-se também, que há um
distanciamento entre o a atendimento clínico e o âmbito escolar, havendo, portanto diálogo
mínimo entre ambas as partes. Outra questão observada refere-se à falta de capacitação dos
professores para atuarem na perspectiva do Apoio Educacional Especializado. Portanto,
concluiu-se que a instituição ainda está buscando se adaptar ao modelo de Atendimento
Educacional Especializado.
Palavras-Chave: deficiência intelectual; terceira infância; aspectos cognitivos; apae, apoio
educacional especializado.
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CORRELATOS DEMOGRÁFICOS DO BULLYING
PATRÍCIA NUNES DA FONSECA; ANA KARLA SILVA SOARES; RENAN
PEREIRA MONTEIRO; THIAGO MEDEIROS CAVALCANTI.
MODALIDADE: PÔSTER
O fenômeno bullying, atualmente, tem tido grande repercussão na mídia em geral, onde são
relatados, quase que diariamente, sucessivos casos. Tal visibilidade denota um crescimento
deste fenômeno nos ambientes escolares, permitindo pontuar que este tipo de agressão vem
se transformado em um grave problema de saúde pública. Não obstante, apesar de muito
debatida e discutida, a temática bullying ainda é cercada por desconhecimento,
principalmente no que se refere à delimitação deste e sua diferenciação de outros
construtos. De modo específico, o bullyingpode ser definido a partir de seis atributos
centrais: intencionalidade; agressões por meio físico, verbal ou psicológico; assimetria de
forças entre agressor e vítima; agressões nãoprovocadas pela vítima; repetição; e alcance
do objetivo por parte do agressor, isto é, causar sofrimento no alvo. Considerando tais
características, é possível observar que o bullying pode causar prejuízos diversos a todos os
envolvidos, como, por exemplo, tendências depressivas e suicidas nas vítimas. Logo,
torna-se relevante buscar potenciais preditores das agressões entre pares, cabendo destacar
a importância de alguns aspectos demográficos que estão relacionados com tais
comportamentos antissociais, como: sexo; faixa etária e tipo de escola. Portanto, torna-se
fundamental a identificação de alguns desses fatores para apontar a predisposição que os
escolares têm para participarem de ações de bullying, e a partir disso, desenvolver
estratégias para a prevenção desse problema. Neste sentido, o objetivo do presente estudo
foi verificar em que medida os comportamentos de bullying diferem em função de
variáveis demográficas (sexo, tipo de escola e idade). Para tanto, contou-se com uma
amostra não probabilística composta por 300 crianças, de escolas públicas (50,5%) e
particulares (49,5%), com idades variando de 8 a 13 anos (M= 11; DP = 1,3). Os
resultados indicaram que os comportamentos de bullying diferenciam-se quanto ao
sexo(Lambda de Wilks = 0,95; F (4, 235) = 2,66; p < 0,05) e ao tipo de escola(Lambda de
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Wilks = 0,92; F (4, 235) = 4,8; p < 0,01), mas o mesmo não pode ser constatado no que
concerne à idade das crianças(Lambda de Wilks = 0,98; F (4, 235) = 1,1; p = 0,3). Conclui-
se que estudos dessa natureza são importantes por identificarem variáveis relevantes para o
entendimento do bullying, pautando assim possíveis intervenções.
Palavras-chave: bullying; criança; demográficas.
57
A CONTEMPORANEIDADE E O FENÔMENO DO TDAH NA INFÂNCIA
RITA SIMONE DA CRUZ DO NASCIMENTO; TÁTILA RAYANE DE SAMPAIO
BRITO.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
O presente trabalho aporta uma discussão acerca dos processos de subjetivação na
contemporaneidade. Discutindo acerca de como os modos de vida podem ser assumidos
como uma forma de consumo e, ao mesmo tempo, de submissão a um poder que não é
percebido. Tal aspecto estendendo-se à vida das crianças que, mesmo em pleno processo
de desenvolvimento, devem adequar-se à normatização social, assumindo padrões
socialmente impostos. Nesse sentido, é de fundamental importância para profissionais de
saúde, em especial psicólogos, refletirem a cerca disso, levando em consideração suas
práticas. Assim, ao longo desse trabalho, ver-se-á como o capitalismo têm influenciado os
modos de vida do sujeito e como isso se dá na sociedade contemporânea, onde a
velocidade poderia ser contemplada como a característica mais marcante. Após isso, será
feita uma explanação acerca de um exemplo de modo de vida considerado pela sociedade
em questão como desviante que pode ser exercido pelas crianças, no caso a presença de
comportamentos característicos do Transtorno por Déficit de Atenção com Hiperatividade
– TDAH, muito comum atualmente e qualificado principalmente pela dificuldade por parte
da criança de manter a atenção fixa, quando necessário, e manter-se agitada de forma mais
intensa. Isso acaba por trazer uma série de consequências na vida da criança, pois a mesma
é tida como perturbadora dos ambientes em que se encontra. Será realizado também um
diálogo entre o que é considerado normal e patológico a partir dos pressupostos teóricos de
Canguilhem, que fala justamente do enrijecimento de padrões considerados normais e a
busca da adequação forçosa do indivíduo aos mesmos. Apresentar-se-á também uma breve
explanação sobre as novas práticas de Psicologia e a perspectiva da Clínica Ampliada
como uma possível forma de inovação na atuação dos profissionais e ao mesmo tempo
uma maneira de libertação da alienação que dá bases a muitas de suas ações nesse
contexto, já que essa postura busca envolver como foco de atenção não só a doença, mas o
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sujeito e o amplo contexto em que o mesmo se encontra. Logo, a discursão busca abrir um
espaço para o desenvolvimento de um olhar diferencial acerca do caso, problematizando os
modos de ver e de lidar engessados, relacionados ao mesmo, além de uma lançar bases
para o desenvolvimento de uma postura implicada acima de tudo com o sujeito usuário do
serviço de saúde.
Palavras-chave: contemporaneidade; hiperatividade; clínica ampliada.
59
A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA ESCOLA
SILMARIA BANDEIRA DO NASCIMENTO; ANDRESSA LÍLIA SOUSA DOS
SANTOS; CARLA FERNANDA DE LIMA SANTIAGO DA SILVA; ISABEL DA
SILVA RODRIGUES.
MODALIDADE: PÔSTER
O presente trabalho foi realizado em uma escola pública da cidade de Parnaíba, Piauí. O
objetivo foi conhecer a importância da participação da família na escola e sua relação no
processo de ensino e aprendizagem a fim de buscar um possível levantamento de
demandas para então fazer intervenções que proporcionem uma melhoria. Levando em
conta que a psicologia escolar no Brasil, ainda possui uma história basicamente concisa,
pois a mesma foi inclusa no currículo de graduação dos cursos de psicologia no ano de
1962. Seu surgimento como área de atuação deu-se pela necessidade que a escola obteve
de tratar das crianças que apresentavam problemas emocionais, que interferiam no seu
rendimento escolar e/ou convívio com as demais crianças. Surgindo assim, dentro da
escola um espaço para um profissional que pudesse realizar esse tratamento. Na
metodologia utilizada, fez-se uso da observação simples, que consiste na observação
espontânea dos fatos e posterior análise e interpretação dos mesmos, atribuindo-lhe o
controle e a sistematização que são características do método científico. Realizou-se uma
revisão de literatura que serviu de embasamento teórico sobre o papel do psicólogo dentro
das escolas, servindo de pressuposto para observações técnicas pré-definidas. Para coleta
dos dados, utilizaram-se diários de campos e conversas informais com pais, professores e
diretora da instituição. Durante as observações foi possível detectar a pouca participação
dos pais no acompanhamento escolar, nas reuniões realizadas pela escola, bem como o uso
de entorpecentes entre alunos e familiares, entre outras demandas, dificultando assim os
processos de ensino e aprendizagem. Pois se entende que a escola tem o papel de ensinar
juntamente com a família e formar para a cidadania, instituindo o individuo sobre seus
direitos e deveres como parte integrante da sociedade, favorecendo a participação dos
alunos em relações sociais. Uma vez que a Família é o primeiro grupo social no qual a
60
criança pertence e é através desse convívio que a mesma vai desenvolver padrões de
socialização, pois os pais são responsáveis em ensinar os primeiros passos à criança, e os
primeiros conhecimentos pertencendo à escola dar continuidade a esse processo. A partir
do levantamento de demandas, foram elaboradas possíveis intervenções à acerca da
psicologia escolar a fim de apresentar um caminho que proporcione um melhor ambiente
na escola através da participação da família. Foram propostas como intervenções,
atividades envolvendo o corpo docente, pais e alunos da instituição, através de dinâmicas e
palestras educacionais. Desta forma, como resultado preliminar compreende-se que os
pais, tem pouca inserção na aprendizagem dos filhos, devido a fragilidades das relações
interpessoais entre professores, alunos, pais e filhos. Entendendo-se que a partir do
trabalho realizado na instituição, foi desenvolvido um olhar ampliado para a importância
da relação família-escola que compreendera caminhos metodológicos deste processo de
trabalho.
Palavras-chave: psicologia escolar; família; escola.
61
REFLEXÕES ACERCA DA VIOLÊNCIA NO COTIDIANO ESCOLAR:
DIÁLOGOS E ESTRATÉGIAS
SYLMARA CLEONYCE MAGALHÃES JACOBINA; MARIA DO SOCORRO DE
SOUZA MEIRELES.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
O presente trabalho é produto de pesquisa na modalidade observação participante realizada
em uma escola pública da Rede Municipal de Ensino localizada na cidade de Parnaíba-PI.
A mesma foi desenvolvida no período de um semestre letivo no âmbito da disciplina
Estágio Básico II, do Curso de Psicologia da Universidade Federal do Piauí –UFPI.
Embasado em estudos bibliográficos com ênfase na área de Desenvolvimento Humano,
Ensino Aprendizagem e de orientações supervisionadas. Esta pesquisa apresenta o
levantamento da literatura base para uma proposta de intervenção de algumas demandas
encontradas na referida escola, tais como, a agressão e violência. Este relato de experiência
é fruto das observações dos diversos ambientes da escola e de modo mais sistemático a
terceira série do ensino fundamental onde destaca-se de forma abrangente a maneira como
a comunidade escolar lida com os conflitos, sejam eles conflitos entre a Escola e a família,
alunos e professores, alunos e alunos, entre os próprios professores e equipe gestora. Em
relação aos conflitos envolvendo a escola e a família (LUZ,2003) esclarece que a situação
se deve em função da dificuldade da escola, como a família, para olhar e assumir fatos que
colocam em xeque sua competência e forma de organização. Diz que, “Tanto uma como a
outra precisam vivenciar, concretamente, determinadas situações para, então, debruçar-se
na busca de soluções, quase sempre emergenciais.” O que se certa forma explica a
dificuldade de uma parceria cotidiana em busca de saídas compartilhadas para
enfrentamento das dificuldades cotidianas. No campo da problemática relacionada ao
comportamento entre os alunos, a respeito de violência moral e física, onde crianças
controlam outras, e que de certa forma, não havia ações planejadas para lidar com bullying
na Escola. Assim, a finalidade do trabalho dar-se em gerar reflexões diante desta realidade
observada, no sentido de um trabalho de intervenção à longo prazo onde a Escola, família e
62
comunidade possam construir um espaço de diálogo de forma a superar os preconceitos,
violência e intolerância para que de fato se possa resgatar uma escola cidadã voltada aos
processos de educação e promoção do bem estar de todos, propiciando um ambiente que
favoreça o aprendizado escolar através de ações que inspire cooperação, solidariedade e
um bom convívio social em um ambiente de paz no sentido de superar o clima de violência
e conflitos vividos na Escola. A pesquisa traz a perspectiva de um projeto de paz ancorado
na construção de valores sociais baseados nos pilares do Manifesto 2000 da UNESCO, o
qual está embasado nos seguintes princípios: Respeitar a vida; Rejeitar a violência; Ser
generoso; Ouvir para compreender; Preservar o planeta. Portanto o trabalho busca
estimular um diálogo entre comunidade escolar e família, para juntos trabalharem no
enfretamento das dificuldades cotidianas.
Palavras- chaves: psicologia escolar, agressividade, violência na escola.
63
EIXO:
INTERDISCIPLINARIDADE E A PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO
TRABALHO
64
A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO ÂMBITO
INSTITUCIONAL DE TRABALHO
ANA AMÁBILE GABRIELLE RODRIGUES LEITE; ANASTÁCIA DE CARVALHO E
SILVA; MARIANE PEDROSA MORAES; MAYSA MILENA E SILVA ALMEIDA;
MOISÉS FRANCISCO SALES; TÁCIO FERREIRA NUNES.
MODALIDADE: PÔSTER
O trabalho em questão traz como enfoque a Psicologia Organizacional do Trabalho na
Instituição I.F.P. O trabalho da POT, cujo objetivo consiste em atuar sobre os diversos
problemas que estão incorporados na organização ligados à gestão de recursos humanos,
visa à promoção de um ambiente saudável e produtivo, para que haja um melhor
atendimento às necessidades, tanto dos funcionários quanto da organização. O trabalho
teve intuito de compreender as relações e interações inclusas no âmbito profissional da
instituição I.F.P, tendo em vista o propósito de estudar as necessidades presentes na
organização, assistindo assim às demandas existentes. Para reconhecer e encontrar essas
demandas foram utilizadas observações e entrevistas informais com os funcionários.
Dentre as demandas encontradas, elencamos duas principais: a liderança exacerbada do
líder e a falta de comunicação dos membros da instituição entre si e com o líder. A
ausência dessa comunicação no âmbito organizacional pode contribuir para o estresse,
tensão, e pode prejudicar na gestão da instituição, como também dá espaço para o
aparecimento de possíveis líderes organizacionais. Os líderes nos vários âmbitos
organizacionais têm um papel imprescindível nos processos de interação. Assim, o líder
necessita dominar técnicas de comunicação, as quais admitam que ele conheça as diversas
visões e qualidades dos funcionários e interatue com os seus. A dificuldade de
comunicação é uma deficiência que prejudica a liderança. Pode-se dizer que a falta da
comunicação implica no mau funcionamento das atividades que ocorrem na instituição,
dificultando a realização das mesmas com êxito. Faz-se necessário, dentro de uma
instituição, uma boa relação entre líder e liderados, pois as relações interpessoais
constituem-se em um fator de grande importância para o desempenho de um grupo em uma
65
organização, cujos resultados estão diretamente ligados com as parcerias internas que se
dão dentro da organização, visto que no ambiente organizacional é importante saber
conviver com as pessoas, por ser um cenário muito dinâmico e que requer uma intensa
interação entre os indivíduos.
Palavras-chave: psicologia organizacional do trabalho; organização; relações
interpessoais; comunicação; liderança.
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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO: RELATO DE UM ESTÁGIO EM
HOTELARIA E SAÚDE DO TRABALHADOR
ANA CRISTINA GASPAR MELO; CAMILA ALVES NUNES; FABIANA MONTEIRO;
JENNIFER DE OLIVEIRA PASSOS; TUANY AQUINO FERREIRA.
MODALIDADE: PÔSTER
A Psicologia Organizacional e do Trabalho tem uma área de atuação muito ampla, e por
este motivo ela tem sido permitida a estar nos mais variados ambientes. Ela se preocupa
com a relação entre o indivíduo e a organização, como também sua saúde física e mental.
O presente trabalho consiste em um relato de experiência de estágio na área, sendo que
aborda importantes temas como a Psicologia Organizacional e do Trabalho, as
transformações que vem sofrendo ao longo da história e a saúde do trabalhador. Discute-se
também a respeito de aspectos peculiares à hotelaria, visto que o estágio foi realizado em
um hotel na cidade de Parnaíba/PI. Nesta perspectiva, os instrumentos utilizados para o
levantamento dos dados da empresa e para o diagnóstico organizacional foram:
observações estruturadas, entrevistas informais, e a dinâmica do sósia, que permite ao
entrevistado instruir ao entrevistador, como ele poderia substituí-lo sem que ninguém
notasse a diferença, fazendo com que o trabalhador reconheça sua importância, suas
qualidades e defeitos, e possa falar sobre isso abertamente. O estágio foi realizado num
hotel da cidade de Parnaíba – PI que conta com cerca de trinta e um funcionários. A partir
dos dados coletados através dessas atividades e estudos teóricos realizados com um foco
no tema em questão, foi feita uma discussão e análise dos dados e notou-se, que a demanda
da organização seria a necessidade de investimento no que se refere à saúde física e mental
dos trabalhadores. Neste prisma então, foi sugerido uma proposta de intervenção que
visou: a conscientização a cerca da saúde do trabalhador, da importância das relações
interpessoais e da saúde mental no trabalho. Foi proposto, portanto, a realização de
palestras com uma equipe multiprofissional que informasse sobre as condições do trabalho,
saúde e legislação trabalhista. Foi proposta também uma discussão sobre liderança com os
gerentes de cada setor, e por fim, seria necessário informar e trabalhar a conscientização
acerca da importância da ergonomia no trabalho. Dessa forma, o estágio propôs a
67
contratação de um psicólogo organizacional, a fim de que ele possa estar atuando no que se
refere às demandas levantadas e outras que podem ser consequências das mesmas.
Palavras-chave: psicologia; saúde; trabalhador.
68
PSICOLOGIA NAS ORGANIZAÇÕES: PERCEPÇÕES A PARTIR DE UM
ESTÁGIÁRIO E UMA PSICÓLOGA
ANDRESSA MARIA FERREIRA DA SILVA; CARLA SANTOS; KÁSSIA
DANNYELLE CRUZ SILVA; TEONILDE TRINDADE CANTANHEDE; CELSON
FEQUES PRAZERES COSTA.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
A atuação do psicólogo nas organizações vem passando por uma série de mudanças fruto
da nova realidade global. O psicólogo, ao inserir-se em uma empresa, terá que ter uma
mudança de postura em relação aos tradicionais moldes de antigamente e para se adequar a
nova tendência deverá conciliar diferentes conhecimentos teóricos, antecipar necessidades
e transformar seu trabalho que, por vezes, é subjetivo em resultados palpáveis. Toda essa
conjuntura implica um olhar atento sobre a formação acadêmica desse profissional que
pode não está preparado para os meandros do mercado de trabalho. Diante disso, os
objetivos que guiam o trabalho são: discutir, a partir visão de um psicólogo e de um
estagiário de Psicologia Organizacional e do Trabalho, a atuação em organizações e
compreender o papel da universidade para a prática profissional nessa área. Este trabalho
empregou metodologia qualitativa e como estratégia para coleta de dados foi utilizada a
técnica de entrevista semi-estruturada. Foram entrevistadas duas pessoas, um estagiário de
psicologia e uma psicóloga, ambos atuando em empresas privadas de Recursos Humanos.
As análises dos dados ocorreram através da análise de conteúdo. Constatou-se que a
escolha por essa área ocorreu, principalmente, pela maior oportunidade tanto na formação,
através dos estágios, quando na vida profissional, com oportunidades de emprego,
indicando um meio mais rápido de crescimento profissional. Mostrou que o profissional
tem que ter uma visão ampla dos processos organizacionais, mas que há uma insuficiência
de informações e técnicas para atuar na área comprovando que existem grandes diferenças
entre o que a formação oferece e o que o mercado de trabalho demanda. Foi percebido que
ainda existe a constante necessidade do psicólogo/estagiário estabelecer limites em seu
desempenho, no que se refere a sua prática dentro da organização, que se produz pela falta
69
de informação ou mistificação do que seja a sua atuação pelos outros profissionais. A
percepção dessas duas visões aduziu para a importância da congruência da teoria com a
prática, uma vez que a teoria norteia e qualifica o profissional em sua atuação. Evidenciou
que a área tem seus desafios, pois se trata de uma situação complexa e dinâmica
pressupondo, muitas vezes, trabalhar com mudanças contínuas. Aponta, com isso, para
uma constante reinvenção do saber teórico-prático da psicologia.
Palavras-Chave: psicologia na organização; psicólogo e estagiário; universidade; mercado
de trabalho.
70
O SIGNIFICADO DO TRABALHO PARA FLANELINHAS DA CIDADE DE
PARNAÍBA/PI
DIANA CRIS MOURA XIMENES; CARLA FERNANDA DE LIMA SANTIAGO DA
SILVA; FLÁVIA MARCELLY DE SOUSA MENDES DA SILVA; HERICA
RODRIGUES DE SOUSA; KÉLVIA ADRIANA LAGES CANU.
MODALIDADE: PÔSTER
O trabalho é o ato de ocupar-se manualmente ou intelectualmente de uma função, sendo
assim podendo vir a apresentar diversos significados para os trabalhadores, dessa forma,
pode haver uma diversificação de acordo com cada grupo e contexto social. Diante disso, o
presente estudo buscou analisar como se constitui o significado do trabalho para os
“flanelinhas” da cidade de Parnaíba-PI, além de examinar os fatores que motivaram a
busca pela atividade profissional desenvolvida; compreender a importância do trabalho na
vida dos profissionais; avaliar a percepção dos trabalhadores informais em relação às
condições de trabalho; averiguar as expectativas dos trabalhadores informais em relação à
sua ocupação; e conhecer os impactos biopsicossociais causados pelo trabalho sob a
perspectiva dos trabalhadores informais. A metodologia foi baseada na aplicação de
questionários sócio-demográficos e uma entrevista semi-estruturada com 30 trabalhadores
informais que trabalham como flanelinhas por meio de uma amostra por conveniência. Os
dados foram tratados a partir da análise qualitativa, onde se utilizou a Análise de Conteúdo
proposta por Bardin. Os resultados apontaram o surgimento de seis eixos principais
(importância do trabalho, inserção na informalidade, condições de trabalho, impactos
biopsicossociais, expectativas e percepções acerca do trabalho) e alguns subeixos que
foram importantes para buscar compreensão do significado do trabalho. Assim, a pesquisa
permitiu observar que o trabalho é uma das principais esferas da vida dos trabalhadores,
onde se pôde ser atribuído a diversos significados, sendo os principais observados de
acordo com os eixos, foram: o sustento, a falta de oportunidade, o perigo/risco, o
reconhecimento pela sociedade, às mudanças das atuais condições de trabalho, as melhores
condições financeiras, a realização, independência financeira, entre outros. Portanto, este
71
estudo permitiu compreender o significado do trabalho para os sujeitos que estão inseridos
no mercado informal da cidade de Parnaíba, e assim conhecer determinadas situações que
podem ser importantes mecanismos para ajudar a melhorar as condições de trabalho e de
vida desses trabalhadores.
Palavras-chave: flanelinhas; trabalho informal; significado do trabalho.
72
SÍNDROME DE BURNOUT E CONDIÇÕES DE TRABALHO: UM ESTUDO COM
PROFESSORES DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DO ESTADO DO PIAUÍ
FLÁVIA MARCELLY DE SOUSA MENDES DA SILVA; FRANCISCA MARIA
CARVALHO CARDOSO; CARLA FERNANDA DE LIMA SANTIAGO DA SILVA.
MODALIDADE: PÔSTER
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa realizada através da Iniciação Científica
Voluntária executada em uma universidade pública do estado do Piauí, com professores de
11 cursos de graduação do Campus Ministro Reis Velloso, que teve como objetivo
averiguar as condições de trabalho que podem predispor os docentes do Campus à
Síndrome de Burnout. Esta síndrome acomete, principalmente, profissionais que lidam
diretamente com outras pessoas, gerando tanto problemas sociais como emocionais em
trabalhadores. Foram coletadas entrevistas com 22 docentes da instituição. A pesquisa teve
o caráter qualitativo e os dados obtidos foram tratados pelo método da Análise de
Conteúdo proposta por Bardin. Os resultados apontaram que tais professores consideram
importante o trabalho que desempenham, colocam ainda que o salário se mantêm baixo e
não satisfatório diante do esforço que o trabalho exige, ressaltam ainda as condições
desagradáveis em sua execução, pois alguns dos professores relataram ter que ministrar
disciplinas que não são da sua área de conhecimento, tendo que obter outros
conhecimentos teóricos que não se enquadram em sua especialização, o que acarreta um
alto nível de estresse, exaustão emocional e baixa realização pessoal, aspectos que podem
predispor à síndrome de burnout. Sendo assim, no que se refere às pessoas investigadas,
pequenos traços significativos podem vir a ser desencadeantes da síndrome nos mesmos e
não obstante os resultados deste estudo mostram que os profissionais da instituição em
grande maioria se posicionam em algumas das três dimensões do Burnout. Dessa forma,
este estudo poderá atuar como medida preventiva da síndrome nos trabalhadores da
referida universidade.
Palavras-chave: síndrome de burnout; condições de trabalho; professores.
73
MODELO DE GESTÃO BUROCRÁTICO: OBSERVAÇÃO EM UMA
REALIDADE ORGANIZACIONAL
GILVANA GOMES BEZERRA; ANDRÉA DUTRA ARAÚJO; HELTON HENRIQUE
ARAUJO; ISABELA CARVALHO AMARAL; MARIA CLARA MESQUITA DE
OLIVEIRA; MÁRJORE CAROLINE NASCIMENTO BRITO.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
O presente estudo buscou conhecer uma realidade organizacional em relação ao
comportamento do individuo e ao conforto no ambiente de trabalho. Para isto, esteve
pautada nos pressupostos teóricos da Psicologia Organizacional do Trabalho a respeito do
modelo de gestão burocrático. A organização observada é uma empresa pública de direitos
privados, que tem como missão a responsabilidade social, alcançada por meio do bem-estar
e de uma melhor qualidade de vida tanto para o seu público alvo – os comerciários quanto
para suas famílias. O referido modelo de gestão, adotado na organização, foi elaborado por
Max Weber pautado na ideia de que o Estado constitui-se como instituição burocrática.
Teoricamente mostra-se que é um modelo muito eficiente, sendo estruturado e organizado,
porém, com suas falhas. A problemática está associada não só com a gestão, mas também
com o grupo de pessoas que compõe o serviço da empresa, não contribuindo para um bom
funcionamento da tal. Para a realização do estudo, a realidade organizacional foi observada
durante cinco semanas seguidas: cada sessão com duração de 3 horas, somando-se um total
de 15 horas. A observação realizada consistiu no modelo de observação sistemática. Por
meio dessa observação foi possível conhecer a rotina dos funcionários e realizar um
levantamento das demandas, que incluiu como, por exemplo, o incentivo a socialização
dos funcionários, propondo assim a realização de cursos de relação interpessoal para os
funcionários da empresa, a fim de que os mesmos possam interagir da melhor forma entre
si, e no atendimento aos clientes. Outra demanda evidente foi em relação à
disponibilização de equipamentos, onde foi posto a organização que seria interessante que
a mesma disponibilizasse nos demais departamentos os equipamentos faltosos. A partir
desta realidade foram propostas intervenções para a gerência da organização como também
74
aos funcionários a fim de ser alcançada a melhoria da organização. Vale ressaltar que as
propostas estiveram pautadas na realidade organizacional resultante de seu modelo de
gestão.
Palavras-chave: organização; modelo de gestão; burocracia.
75
SOBRECARGA DE TRABALHO NO SAMU E PRONTO SOCORRO MUNICIPAL
DE PARNAÍBA
GIZELLY DE CASTRO LOPES; IZABELLE BARROS DE ARAÚJO; KEROLAYNE
NÁZLEY COSTA SILVA; MARIA DA CONCEIÇÃO RODRIGUES DE DINIZ;
MARIA DO LIVRAMENTO PEREIRA DOS SANTOS; CARLA FERNANDA DE
LIMA SOUSA DA SILVA.
MODALIDADE: PÔSTER
O trabalho do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU e do Pronto Socorro
geralmente é intenso, por apresentar uma demanda espontânea e aberta a todo público a
qualquer momento, muitas vezes maior que a prevista e por ser um direito de todo cidadão
desses serviços, acaba sobrecarregando a equipe de multiprofissionais. Os profissionais de
saúde no seu ambiente de trabalho vivenciam uma série de situações relacionadas com o
excesso de serviço, que podem desencadear desequilíbrio na carga física e psíquica, que
refletirá no comportamento dentro e fora da instituição. Este trabalho tem como objetivo
analisar as demandas responsáveis pela sobrecarga dos profissionais na área da saúde do
SAMU e Pronto Socorro. A partir disso, propor soluções viáveis para diminuir a carga
negativa que desmotivar os profissionais na boa atuação e na vida social, através de um
plano de intervenção, com ações que fornecer subsídios para o bem estar dos funcionários.
Neste estudo foi realizado o método de observação, conversas informais e estudos
bibliográficos, visando conhecer e entender essa realidade. Os fatores citados e observáveis
foram: falta de consciência da sociedade quanto à atuação do serviço que acabam elevando
o atendimento, a má infraestrutura que consequentemente atrasa o serviço e acumula
tarefas, a falta de profissionais que resulta na sobrecarga dos profissionais presentes. E as
implicações apresentadas pelos funcionários são: estresse, dificuldade de concentração,
abalo de humor, mudanças de comportamento, baixa autoestima, má postura, problemas
digestivos, cefaleia, distúrbio do sono e problema na interação com o usuário e equipe.
Nesse sentido, necessita-se de plano de ação que possibilite a contratação de profissionais e
manutenções estruturais que são essenciais para manter a saúde mental e para o bom
76
atendimento. É essencial também no que tange a saúde mental, para o tópico estudado, a
adoção de políticas públicas que visem à assistência psicológica, a saúde do trabalhador e
diminuição do esgotamento profissional. Assim, o presente estudo contribuirá aos
profissionais juntamente com as atividades propostas, uma melhoria no desempenho no
exercício de sua profissão, e na ascensão da saúde, consequentemente harmonizará o
desenvolvimento do trabalho para que seja uma tarefa prazerosa.
Palavras-chaves: psicologia organizacional e do trabalho, sobrecarga do trabalho e saúde
mental.
77
PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL: CONTRIBUIÇÕES PARA O
ESTABELECIMENTO DE UMA LIDERANÇA FORMAL
JÉSSYCA DE LACERDA ARAÚJO; NÁDIA CAROLINE BARBOSA SILVA; THAÍS
OLIVEIRA LIMA; RAQUEL PEREIRA BELO.
MODALIDADE: PÔSTER
Tendo em vista o espaço ocupado pelo trabalho na vida das pessoas bem como seus
impactos na saúde e na qualidade de vida dos trabalhadores, torna-se importante entender
quais aspectos estão envolvidos no desenvolvimento dos processos de trabalho. Neste
sentido, Spector (2006) destaca que, de modo geral, a Psicologia Organizacional e do
Trabalho (POT) se insere neste contexto com o intuito de compreender as características da
organização e o comportamento dos de seus funcionários com a finalidade de promover
tanto o bem-estar e a qualidade de vida dos trabalhadores quanto à própria produtividade,
haja vista o fato do cenário econômico-político da atualidade se encontrar pautado na
lógica do capitalismo. Diante disso, este presente estudo baseia-se em uma atividade
proposta pela disciplina de Estágio Básico I do curso de Psicologia da Universidade
Federal do Piauí e teve como objetivo observar o desenvolvimento dos processos de
trabalho em uma organização do ramo de vendas da cidade de Parnaíba-PI bem como
refletir acerca atuação do psicólogo organizacional neste contexto. Sendo assim, esta
pesquisa possui um caráter qualitativo, no qual se fez uso tanto de observações sistemáticas
à organização quanto de um roteiro de entrevista semi-estruturada aplicada aos
funcionários do local. A partir da análise dos dados coletados, pode-se perceber que a
organização apresenta problemas com relação à organização do espaço físico; ao
relacionamento interpessoal insatisfatório, especialmente no que diz respeito à relação
patrão- funcionário; a falta de uma liderança formal bem estabelecida; e, por fim, a falta de
segurança dentro da organização. Dentre os problemas relatados, ressalta-se que a
inexistência de uma liderança formal se constitui como a principal demanda da instituição
e resulta em ordens divergentes dadas aos funcionários e no estabelecimento de uma certa
insegurança e medo com relação à gestão o que, por sua vez, prejudica o desenvolvimento
78
dos processos de trabalho e, por conseguinte, a própria produtividade da empresa. A partir
disso, indaga-se que a contratação de um psicólogo organizacional contribuiria para
melhorar este quadro, uma vez que, esse direcionaria suas ações para o estabelecimento de
uma liderança formal mais efetiva e que propiciaria uma melhor comunicação entre os
funcionários e a gestão, além de melhorar os processos de trabalho desenvolvidos bem
como a relação dos funcionários com o seu trabalho de modo, a propiciar o
desenvolvimento do bem estar e a qualidade de vida dos funcionários, assim como a
própria produtividade da organização.
Palavras-chave: psicologia organizacional e do trabalho; psicólogo organizacional;
organização; liderança formal.
79
TRABALHO E IDENTIDADE: UMA ANÁLISE À LUZ DA
CONTEMPORANEIDADE
JÉSSYCA LACERDA DE ARAÚJO; VELINE LUZ SOUSA MARQUES; MONALISA
PONTES XAVIER.
MODALIDADE: PÔSTER
O presente estudo tem como objetivo analisar a concepção de trabalho e identidade na
Contemporaneidade, com o intuito de visualizar a maneira pela qual, o trabalho está
influenciando o desenvolvimento dos processos identitários. Diante disso, o trabalho é
concebido, de maneira simplificada, por Zanelli e Silva (2012) como um esforço
intencional com o intuito de produzir mudanças no ambiente, além disso, o significado do
trabalho consiste em uma construção sócia histórica que já passou por várias
transformações ao longo do tempo e, na atualidade, o trabalho ainda se encontra vinculado
à subsistência, mas também adquiriu um caráter político, moral e ideológico. Já no que
tange a identidade na Contemporaneidade, Magalhães e Cardoso (2010) a compreendem
enquanto um constructo histórico-cultural, mediado por relações de poder, de modo a ser
algo fluído e metamórfico ao invés de algo imutável. Dessa forma, essa discussão sobre
trabalho e identidade encontra-se apoiada no ponto de vista de Bauman (2001) acerca da
sociedade contemporânea ou denominada por ele de líquido-moderna, entendida a partir do
conceito de fluidez, no qual a sociedade é engendrada através de uma constante alteração
de referências como, por exemplo, hábitos e rotinas o que, por sua vez, resulta em uma
sociedade amorfa, marcada pela transitoriedade, efemeridade, descontinuidade e caos. De
tal modo fez-se uso de uma revisão bibliográfica a fim de investigar como a transformação
que vem ocorrendo na sociedade, dita Contemporânea, interfere na produção de
significados relativos tanto ao trabalho quanto a identidade bem como analisar como o
trabalho tem contribuído para a formação dos processos identitátios neste cenário atual,
marcado pela efemeridade. Assim sendo, a partir deste estudo, foi possível observar a
existência de duas linhas gerais de pensamento acerca da influência do trabalho na
construção da identidade. Dessa forma, o primeiro pontua que o trabalho tem deixado de
80
ser um fator crucial para a construção de “identidades” cedendo espaço para o consumo,
propriamente dito, o que, por sua vez, propicia o desenvolvimento de identidade estão
fluídas e passageiras quanto os próprios objetos de consumo em meio a uma lógica de
constante descarte daquilo que rapidamente se tornou obsoleto. Por outro lado, a segunda
concepção aponta que, apesar das profundas transformações ocorridas na sociedade no
final do século XX bem como as mudanças que ocorreram no mundo do trabalho,
especialmente, no que tange características como precariedade, vulnerabilidade e
fragmentação, além do crescimento do desemprego e da precarização das formas de
trabalho e dos direitos do trabalhador, o trabalho ainda se constitui enquanto fator
necessário e relevante para a formação da identidade do sujeito, tanto profissional quanto
pessoal.
Palavras-chave: trabalho; identidade; contemporaneidade.
81
PERCEPÇÃO DA SATISFAÇÃO NO TRABALHO DE FUNCIONÁRIOS EM
REGIME DE TURNO ALTERNADO
JOSÉ WALTER RÊGO RESENDE; JADE ARIEL DA SILVA; LIS ALMÉLIA DOS
SANTOS MAZULO; ZULMA SAMPAIO FECKS; CARLA FERNANDA DE LIMA
SANTIAGO DA SILVA.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
Com o advento da industrialização e da globalização, o mercado consumidor se mostra
cada vez mais exigente, acarretando em uma série de mudanças no contexto do trabalho.
O trabalho em regime de turno surge como um meio de suprir as necessidades deste
mercado intenso que demanda serviços 24 horas por dia. Nesta dinâmica, o trabalho por
turno constitui-se como um método de trabalho criado para suprir as demandas
contemporâneas e por apresentar-se de diversas maneiras. Logo, assuntos como a
satisfação no trabalho e o bem estar tornam-se importantes para compreensão das relações
estabelecidas dentro do ambiente organizacional e também para compreendermos as
manifestações comportamentais que podem colaborar ou não um melhor desempenho do
trabalhador. Em face disso, a seguinte pesquisa teve por objetivo caracterizar os fatores do
trabalho que influenciam na satisfação do trabalhador submetido ao regime de turno
alternado em uma rede de distribuição elétrica da cidade de Parnaíba/PI. Para isso, o
presente estudo contou com a participação de 10 trabalhadores em regimento de turno
alternado. A coleta de dados foi realizada através de entrevista semi-estruturada. As
análises das respostas foram realizadas por meio da análise de conteúdo proposta por
Bardin (2011), na qual foi possível analisar a descrição do conteúdo das mensagens dos
entrevistados e formar categorias de análise distintas que emergiram dos discursos dos
sujeitos relacionadas ao conceito de satisfação no trabalho. Dessa forma, os resultados
obtidos com a categorização das palavras provenientes do discurso dos analisados foram
tabelados. Com isso, foi possível observar quais os sentimentos foram mais evocados à
mente dos indivíduos quando os mesmos eram interrogados com perguntas relacionadas à
satisfação no trabalho, aos sentimentos positivos e negativos que o funcionário tem a cerca
82
de seu trabalho, ao reconhecimento dentro da organização, aos sentimentos de como o
trabalhador se sente após um dia de trabalho, entre outras questões relacionadas a
satisfação. Entre os resultados encontrados, observou-se que mesmo com a presença de
alguns aspectos negativos relacionados ao regime de turno alternado, existe uma forte
relação entre o reconhecimento/valorização do trabalho e a satisfação dos funcionários em
seu ambiente de trabalho.
Palavras-chave: percepção; satisfação; trabalhadores.
83
JORNADA DUPLA DE ESTUDO E TRABALHO: PERCEPÇÕES DE ALUNOS DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ QUE MANTÊM ESTA JORNADA
LUCAS MAXCIEL DO NASCIMENTO SILVA; ALEX DANIEL RODRIGUES DE
SOUZA; BERNARDO DINIZ BARROS JUNIOR; RAIMUNDO NONATO DE SOUSA
BARROS NETO; TIAGO CHAVES RIBEIRO; CARLA FERNANDA DE LIMA
SANTIAGO DA SILVA.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
O trabalho está presente no desenvolvimento do homem e da sociedade desde os tempos
antigos. Percebe-se que ele perpassa todos os âmbitos da vida dos indivíduos em
sociedade, assim como proporciona mudanças nas relações e nos contextos culturais,
proporcionando desenvolvimento individual e sociocultural. Com o decorrer do tempo,
novas formas de trabalho surgiram e para acompanhar esse novo ritmo se faz necessário
constante qualificação e capacitação profissional. Novas realidades foram surgindo à
medida que o entendimento sobre as relações do homem com o trabalho veio se
modificando. Uma delas é a flexibilização. Com ela, ocorreram mudanças distintas nestas
relações, ou seja, novas formas de ser trabalhador sem ligação vitalícia com um emprego
ou empresa, bem como possibilidades de se inserir em outros campos de trabalho por meio
de estudo e capacitação. Dessa forma, nota-se que a natureza do trabalho se modifica
conforme mudam as necessidades humanas. O presente estudo exploratório se propõe a
realizar um levantamento das percepções e principais implicações que uma jornada dupla,
dividida entre trabalho e estudo, tem nas vivências dos indivíduos que seguem essa rotina
diariamente, e como eles percebem estas influências em sua jornada. Para tanto foi
utilizado uma pesquisa exploratória, de caráter qualitativo, a partir de um questionário
semi-estruturado, contendo dez perguntas no questionário socioeconômico, e oito abertas,
sendo aplicado em dez estudantes da Universidade Federal do Piauí que mantinham algum
vínculo empregatício na data da aplicação. Para a análise dos dados obtidos foi realizado o
método de análise de conteúdo. Os resultados demonstraram semelhança com a teoria
apresentada. Observou-se que a maioria dos entrevistados percebe que a dupla jornada
84
(trabalho e estudos) acarreta tanto impactos positivos quanto negativos para suas vidas.
Notou-se que apesar da presença de consequências negativas, os entrevistados procuram se
focar nos ganhos futuros, como: adquirir estabilidade financeira e melhorar a qualidade de
vida. Conclui-se que são necessários estudos mais aprofundados para melhor entender este
fenômeno.
Palavras-chave: trabalho; jornada dupla; flexibilização.
85
INFLUÊNCIA DA APROSPA PARA PROFISSIONAIS DO SEXO DA CIDADE DE
PARNAÍBA-PI
MARIA FRANCIELE DE ALMEIDA SILVA; ANDRÉ FELIPE DE CASTRO MELO;
RAYANA NATIELE DA SILVA; CARLA FERNANDA DE LIMA SANTIAGO DA
SILVA.
MODALIDADE: PÔSTER
As Profissionais do Sexo atualmente se encontram marginalizadas devido às construções
históricas que resultaram na depreciação da imagem da mulher, principalmente as que
procuram o sexo como forma de sobrevivência, lugar de trabalho, onde as mesmas
perderam seus direitos sociais, porém aos poucos há uma luta pela garantia de direitos
morais e éticos destas profissionais. Assim, encontramos entidades que lutam pelo reparo
do presente quadro debilitado da profissão do sexo (e suas respectivas trabalhadoras) na
contemporaneidade, como podemos observar cotidianamente. Deste modo trazemos a
APROSPA (Associação das Profissionais do Sexo de Parnaíba) que se apresenta como
uma associação que luta pela garantia dos direitos trabalhistas, bem como dos valores
profissionais e pessoais, das trabalhadoras desse ramo. Valendo-se destas questões,
desenvolvemos este trabalho para entendermos de que forma a APROSPA influencia a
vida das profissionais do sexo na cidade de Parnaíba – PI, quais as razões que as fizeram se
afiliar á associação e como a associação interfere em sua vida pessoal e profissional.
Foram entrevistadas cinco afiliadas da APROSPA utilizando-se uma entrevista semi-
estruturada. Na análise dos resultados realizados através de pesquisa qualitativa com sua
respectiva categorização dos discursos pode-se observar que as categorias chaves foram:
sentimentos de pertença, educação e conquistas, que diz respeito a relações interpessoais
construídas a partir de sua afiliação, um maior entendimento das profissionais sobre a sua
própria profissão, direitos e deveres e sobre as mudanças relacionadas ao antes e o depois
da afiliação à associação em questão. Como conclusão, notou-se que todas as profissionais
sentiram diferença na sua profissão e vida pessoal devido à atuação da e na APROSPA,
pois sentem-se mais respeitadas e protegidas como profissional, como pode ser observado
86
em seus relatos. Através dos resultados obtidos podemos perceber que a luta pelos diretos é
uma questão que move e uni a classe de todos os profissionais, inclusive as profissionais
do sexo da cidade de Parnaíba – PI, como traz este trabalho. A criação da APROSPA se
torna um marco muito importante na busca pelos direitos trabalhistas, como um
reconhecimento legal da profissão, visto que há a necessidade de orientação e auxílio dos
profissionais marginalizados pela cultura vigente. Sendo então esta pesquisa uma fonte
para novos olhares a cerca dos direitos das profissionais do sexo na sociedade
contemporânea.
Palavras-chave: profissão do sexo; associação; APROSPA; Parnaíba.
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RECRUTAMENTO, SELEÇÃO, TREINAMENTO E AVALIAÇÃO DE
DESEMPENHO EM UMA EMPRESA DE TURISMO
RACHEL RODRIGUES MACHADO BARROS; EVELINE LUZ SOUSA MARQUES;
JÉSSYCA DE LACERDA ARAÚJO; TAÍS OLIVEIRA LIMA; RAQUEL PEREIRA
BELO.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
O presente trabalho teve como objetivo conhecer uma organização de Turismo, localizada
na cidade de Parnaíba-PI e assim realizar uma análise acerca da maneira, através da qual,
se dá os processos de recrutamento, seleção, treinamento e avaliação de desempenho na
instituição. Dessa forma, entrou-se em contato com o dono da agência para solicitar a
autorização para a realização da visita. Assim, este estudo possui um caráter qualitativo, no
qual foi realizada uma visita à instituição, além de se fazer uso de uma entrevista
semiestruturada, aplicada ao gerente/dono da agência sobre as temáticas já referidas e ao
histórico da empresa. A partir da entrevista, pôde-se constatar que a organização de
Turismo consiste em uma empresa de pequeno porte do setor privado da cidade de
Parnaíba-PI e se encontra dividida nos seguintes setores: o financeiro, administrativo e o de
vendas que, por sua vez, se divide em consultores domésticos e internacionais. Além disso,
ela conta, atualmente com um quadro de seis funcionários. Notou-se que, a organização
não apresenta muitos problemas com relação às temáticas apresentadas, entretanto,
algumas medidas podem potencializar as atividades relativas ao recrutamento, seleção,
treinamento e avaliação de desempenho, de modo, a trazer benefícios tanto para os
funcionários quanto para a organização. Assim, de modo geral, seria indicado que a
organização estreitasse os laços com o departamento do curso de Turismo da Universidade
Federal do Piauí, campus de Parnaíba e consequentemente potencializar o recrutamento de
possíveis funcionários. Além disso, buscar a consultoria de um profissional de psicologia
para auxiliá-lo no planejamento do processo de seleção, no planejamento das atividades
ligadas ao treinamento dos funcionários recém-contratados, nos primeiros meses de
experiência e também, no que tange a avaliação de desempenho, uma vez que, a
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contratação de uma consultoria, poderia auxiliar o gestor na tarefa de verificar o
desempenho dos funcionários, com o intuito de tomar decisões administrativas, bem como
informar aos trabalhadores acerca de sua atuação, o que, por sua vez, repercute diretamente
na produtividade da organização. Assim, nota-se que por meio da entrevista com o gestor
emergiu demandas relativas ao recrutamento, seleção, treinamento e avaliação de
desempenho e que, apesar destes, atualmente, não se constituírem como dificuldades
dentro da organização, estas pequenas sugestões propostas podem aumentar a
produtividade da organização e o bem-estar dos trabalhadores.
Palavras-chave: organização; recrutamento; seleção; treinamento; avaliação de
desempenho.
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PERCEPÇÃO DE CONCLUDENTES DO ENSINO SUPERIOR ACERCA DE SEU
FUTURO PROFISSIONAL
TÁLITA RAYANE DE SAMPAIO BRITO; ANA PAULA CALDAS DE FREITAS;
ANDRÉA NARA LOPES HENRIQUES DE SOUSA; KATRINE SILVA DE
CARVALHO; OLINDINA FERNANDES DA SILVA NETA.
MODALIDADE: PÔSTER
Dentro do formato atual de sociedade capitalista, o trabalho configura-se como atividade
central da vida humana. Muitas consequências são geradas no indivíduo, como ansiedade,
angústia, e aumento da individualização em decorrência de uma crescente competitividade
e cobranças que o sistema impõe. De modo que tais sentimentos são vivenciados pelo
sujeito antes mesmo deste se inserir no mercado de trabalho. Tal fato potencializa-se nos
últimos semestres de graduação, pois neste contexto os sujeitos encontram-se cheios de
dúvidas e receios referentes ao início de suas carreiras profissionais. O presente trabalho
refere-se a um estudo de campo que tem como objetivo verificar a percepção de
concludentes do ensino superior acerca de suas práticas profissionais no mercado de
trabalho. A pesquisa foi do tipo qualitativa e exploratória, e teve como amostra nove
alunos concludentes do ensino superior de três instituições de uma cidade do litoral
piauiense, dos cursos de: Odontologia, Pedagogia, Licenciatura Plena em Letras Português,
Bacharelado em Direito, Nutrição, Sistemas de Informação, Fisioterapia, Psicologia e
Biologia. Os participantes possuem idade entre 21 e 36 anos, sendo a maioria do sexo
feminino (77,7%) e solteiro (77,7%).Utilizou-se um questionário de perguntas sócio
demográficas, contendo dados referentes à idade, sexo, estado civil, curso e instituição de
ensino, assim como o período que os mesmos estavam cursando. Foi solicitado também
aos participantes que os mesmos respondessem a um roteiro de entrevista semiestruturada,
composto por perguntas relacionadas à percepção destes concludentes de ensino superior
acerca de seu futuro profissional. Os dados foram analisados através da análise de
conteúdo temático de Bardin, e obteve-se como resultado as categorias: importância do
trabalho, formação para o mercado de trabalho, e, expectativas em relação à inserção no
90
mercado de trabalho. Desta maneira, a referida pesquisa assume um papel importante, pois
proporciona uma ampliação da compreensão de como se dá a atribuição de significado do
trabalho por parte dos concludentes assim como das expectativas dos mesmos em relação à
sua inserção no mercado de trabalho.
Palavras-chave: concludentes; importância do trabalho; expectativas; mercado de
trabalho.
91
EIXO:
A PSICOLOGIA E A CONCEPÇÃO DE HOMEM
92
AS INFLUÊNCIAS HISTÓRICAS E OS RESQUÍCIOS DO MODELO
MANICOMIAL NA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DO PIAUÍ
ARLEY KLEYTON DA SILVA.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
O presente trabalho tem por objetivo traçar um panorama histórico da saúde mental no
estado do Piauí e mostrar os resquícios ainda existentes do modelo manicomial nas atuais
praticas a partir do relato de experiências do autor que atua na rede de atenção psicossocial
articulados com o contexto histórico do estado. No ano de 1906 em meio a constantes
pressões da população piauiense incomodada com o grande numero de “retirantes da seca”
que moravam nas ruas e praticavam atos ilícitos para sobreviver, iniciou-se um processo no
estado do Piauí para angariar fundos junto ao governo federal, estadual e sociedade civil,
para a compra de um terreno e edificação de um asilo, processo este mobilizado por
Areolino de Abreu, médico e vice-governador do estado na época. Até que em 15 de
janeiro de 1907 é fundado o Asilo de Alienados que funcionou como uma entidade
independente ate 8 de julho de 1909 quando passa a ser administrado pelo Hospital da
caridade da Santa Casa de Misericórdia, até o ano de 1912 a assistência psiquiátrica do dia
a dia era prestada por freiras, o Asilo foi dirigido por médicos clínicos gerais até o ano de
1940 quando chegam ao estado os primeiros médicos psiquiatras desvinculando o Asilo de
alienados da Santa casa de misericórdia. Em 1941 o estado assume a gestão do Asilo de
Alienados e seu nome é alterado para Hospital Psiquiátrico Areolino de Abreu, neste
período o hospital era dirigido pelo psiquiatra Clidenor de Freitas Santos, psiquiatra este
que em 1954 fundou seu próprio hospital que recebeu o nome de Sanatório Meduna,
ficando a atenção psiquiátrica do estado centrada nos dois hospitais. No ano de 1999, o
estado do Piauí possuía 640 leitos psiquiátricos sendo que destes 580 ficavam na Capital
Teresina. Em 2009 foram feitas auditorias no Sanatório Meduna e constatado a falta de
condições, o que acabou por provocar o descredenciamento dos leitos psiquiátricos do SUS
no sanatório, para garantir que as pessoas que necessitavam de atendimento médico
psiquiátrico não ficassem desassistidas, o Ministério Público firmou um termo de
93
compromisso com representantes da área de saúde do Estado e da Prefeitura Municipal de
Teresina, solicitando a implantação de três CAPS e de serviços residenciais. O processo
histórico de implantação da rede de Atenção Psicossocial no Piauí, mostra mais uma
adequação a um modelo politicamente correto ou ao discurso aceito atualmente, do que
uma mudança nas praticas inerentes a saúde mental, em visita aos serviços da rede de
atenção psicossocial pode ser facilmente observados resquícios oriundos ao modelo
manicomial, como por exemplo o fato de servidores dos serviços e os usuários se
alimentarem em recintos separados, o uso recorrente nos discursos dos profissionais do
termo “paciente” ao invés de usuário, a ausência de poder decisório dos usuários nas
mudanças realizadas no serviço, bem como a mudança abrupta da localização geográfica
dos serviços não levando em conta as articulações territoriais.
Palavras-chave: saúde mental; atenção psicossocial; modelo manicomial; resquícios.
94
O MITO DE PANDORA E A FEMINILIDADE
ILKA MENESES FEITOSA; RAQUEL DA SILVA RODRIGUES; ANA LÚCIA
OMENA.
MODALIDADE: PÔSTER
O mito de Pandora está ligado à separação inicial, à ruptura da plenitude e a perda do
paraíso, o que representa um afastamento que é ilustrado pela distância entre os deuses e o
homem. O mito explica uma forma religiosa na qual o homem se encontra, entre
divindades e os animais, logo com o surgimento de Pandora ele integra a natureza de
ambos sem se identificar nem com um e nem com outro. No que diz respeito aos costumes
sociais, estes coagem as mulheres a uma posição passiva; já a agressividade que as
constituem é reprimida socialmente e propicia o desenvolvimento de impulsos
masoquistas. Percebe-se que tais discursos têm atravessado os tempos, circulam desde as
tragédias e mitos gregos até a atualidade, em diferentes sociedades, contam que as
primeiras deusas eram polifacéticas, criativas e destrutivas, boas e más, e seus poderes
eram independentes dos poderes masculinos e não estavam limitados à fecundidade, já os
poderes associados à reprodução, à sexualidade e à adivinhação eram percebidos como
ameaçadores aos homens. Desse modo, em mitos como o de Pandora as mulheres são
representadas como curiosas, dependentes e feitas apenas para agradar os deuses
masculinos, como também os homens são considerados vítimas das mulheres em alguns
mitos indígenas, por exemplo. Diante desse discurso mítico, o presente trabalho teve como
objetivo principal fazer uma articulação entre o Mito de Pandora e a feminilidade, numa
tentativa de compreender como se dá a construção da sexualidade feminina à luz da
psicanálise. Para isso, foi feito uma pesquisa bibliográfica a partir dos textos freudianos e
textos da mitologia grega. O estudo se justifica na necessidade de se esclarecer os
paradigmas atuais existentes acerca da sexualidade feminina e do lugar da mulher na nossa
sociedade permeada por mitos. Há também uma relevância social que perpassa a
necessidade de desmitificar os preconceitos sobre a psicanálise, inclusive no meio
acadêmico, mostrando que a mesma possui uma discussão abrangente e compreensão sobre
95
o tema, como também uma articulação com outras áreas de conhecimento. Portanto, os
discursos de sedução e de culpabilização do feminino têm atravessado os séculos, onde a
fusão amor-morte, bem e mal, caracteriza-se na mulher enquanto junção de elementos
ambíguos, que se configura como uma cisão intrínseca ao (ser) humano. O mito possui um
tom de fatalidade, entretanto representa uma afirmação do poder propriamente humano de
evitar que a existência do mal signifique sua efetividade. Conclui-se que é possivelmente
na mitologia que junto com a psicanálise, se encontram algumas respostas ao duplo sentido
concebido à mulher como figura de destruição e de criação.
Palavras-chave: mitologia grega, psicanálise, feminilidade.
96
CIDADE E SUBJETIVIDADE
RICARDO NEVES COUTO; LUIZ GUSTAVO DA COSTA FRANCO; JOSÉ LUIS
CAMPELO DA COSTA TEIXEIRA; PATRICK CASTRO DE OLIVEIRA; FABIO DA
COSTA OLIVEIRA; PAULO GUSTAVO CERQUEIRA ESCÓRCIO.
MODALIDADE: PÔSTER
Este trabalho objetiva averiguar como os estudantes universitários advindos de outras
cidades e que moram em Parnaíba percebem e significam esta cidade. Baseando-se em
referenciais teóricos como apego ao lugar, identidade de lugar, subjetividade e cidade,
apropriação, espaço e lugar. A relação estabelecida com o ambiente pode acontecer de
diferentes formas. “Espaço” é o ambiente físico em si, enquanto que “lugar” é da ordem
dos sentimentos em relação ao espaço físico. O diferencial nessa relação será o potencial
afetivo empregado pelo indivíduo no ambiente a qual ele circula ou estabelece moradia. No
meio desse processo de mudança de significados, para que um espaço ganhe importância
para o indivíduo e ganhe “status” de lugar, se faz necessário haver um movimento de
apropriação por parte desse sujeito com o ambiente, o tornando realmente “seu”. As
cidades são de fundamental importância quando se pensa produção de subjetividade, são
nelas que os indivíduos produzem sentido, encontram outras pessoas, outros grupos, seus
próprios grupos e são, a todo o momento, “bombardeados” por estímulos que podem
modificar o modo como essas pessoas percebem o meio onde estão inseridos. Além disso,
leva-se em consideração que o local no qual o individuo nasceu, viveu ou ainda vive e que
ao longo de sua vida tornaram-se importantes para ele, constituem referencias para a
construção identitária realizada ao longo da vida do sujeito na busca por sua
individualização. A partir disso, a pesquisa foi realizada na Universidade Federal do Piauí
(UFPI), contanto com 10 estudantes de cinco diferentes cursos (Biologia, Psicologia,
Fisioterapia, Turismo e Pedagogia, com idades variando entre 19 e 45 anos, os quais
responderam aos mapas afetivos desenvolvidos por Lancy, complementado por um
questionário com perguntas abertas acerca da relação com a cidade. Os procedimentos
foram: aplicação dos questionários, elaboração e análise dos mapas afetivos de cada
97
respondente e contraposição das respostas que mais se apresentarem. Os mapas afetivos e
os questionários foram respondidos pelos participantes de forma a evidenciar como eles
representam a cidade de Parnaíba, sua forma de vivência/existência, como eles fazem uso
do que a cidade pode oferecer ou se potencializar, como também verificar como os
entrevistados se relacionam com a cidade e como esta relação os afeta e constitui,
interferindo na sua subjetividade e produção de sentido dos locais que frequentam. Nos
desenhos representaram os locais mais frequentados e motivadores de sua morada na
cidade, a universidade, ruas de acesso, suas casas e quartos. Na visão dos estudantes,
maioria de cidades menores, eles em Parnaíba podem atingir seus objetivos (cursar uma
universidade e superar desafios). A cidade é percebida como um bom lugar para viver, com
oportunidades de lazer, estudo e locais que proporcionam encontros, além de um grande
potencial de crescimento turístico e histórico. Evidencia-se a importância deste trabalho na
preparação de psicólogos que estarão vinculados com a construção de subjetividade, sendo
que as cidades e seus novos arranjos urbanos apresentam-se como um campo vasto de
significação para os indivíduos.
Palavras-chave: subjetividade; cidade; espaço; lugar; identidade.
98
EIXO:
A INTERDISCIPLINARIDADE NA INTERFACE DA PSICOLOGIA APLICADA
AO DIREITO
99
AS CONSEQUÊNCIAS PSICOSSOCIAIS PARA A CRIANÇA VÍTIMA DE
ALIENAÇÃO PARENTAL
DANIEL CÉSAR NEGREIROS SANTOS; MARCIANO DA ROCHA RODRIGUES;
GLEYDE RAIANE DE ARAÚJO, ANNE HECADÉIA DE BRITO E SILVA.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
O presente Artigo aborda aspectos jurídicos, psicológicos e sociais da Alienação Parental,
bem como dá o seu conceito, apresenta as partes integrantes desse processo (genitor
alienante e genitor alienado), e ajuda na identificação da prática dessa ação que, em todos
os casos, será prejudicial para a vida saudável da criança ou adolescente tanto no âmbito
familiar como no social, ou seja, no relacionamento com amigos, professores, colegas de
classe e etc. Apresenta, além de níveis desse processo (que perpassam por situações leves,
moderadas e pode chegar até os casos mais graves, dependendo do sucesso do genitor
alienante em efetuar o processo de alienação), as possíveis consequências das quais será
vitima o filho, parte mais prejudicada na alienação, em contrapartida, temos os tratamentos
e maneiras de reconhecer a alienação para que esta possa ser banida do seio da família,
medidas de cunho psicológico somadas com artifícios jurídicos capazes de obstar as
atitudes do genitor alienante. Os resultados pretendidos foram alcançados por meio de uma
revisão bibliográfica utilizando vários livros, revistas, sites da internet e artigos da mesma,
e tiveram como pontos principais as conseqüências relativas à criança vítima de Alienação
Parental, tais como a Síndrome de Alienação Parental (SAP) que surgirá do processo de
alienação parental, logo, da disputa da guarda dos filhos pelos seus pais e afetará cada uma
das pessoas de maneira diferente. É abordado, ainda, a diferença existente entre a
Síndrome de Alienação Parental e a Síndrome das Memórias falsas que constantemente são
confundidas. Portanto, concluímos que a alienação e a síndrome que lhe é resultante são
extremamente prejudiciais à vida do menor, que pode ser vítima das consequências até a
vida adulta, por estas razões é imprescindível a preocupação e observação das relações
familiares por parte de profissionais do Direito e da Psicologia, para a efetiva prevenção
deste comportamento ou, nos casos mais graves, o tratamento eficaz.
100
Palavras-chave: Alienação Parental; Síndrome de Alienação Parental; Psicologia; Direito.
101
ATITUDES DESVIANTES, SEXO E IDADE: UM ESTUDO COM PARAIBANOS
DO ENSINO MÉDIO
CARLOS EDUARDO PIMENTEL; BRENDA LORRENNE DUNGA DE OLIVEIRA;
GIOVANNA BARROCA DE MOURA; ANNY EDZE MAIA; LARISSA DE SOUSA
SOARES.
MODALIDADE: PÔSTER
A literatura aponta que há um auge na prática de comportamentos delinquentes entre os 15
e 17 anos, indicando que com o fim e da adolescência e chegada da idade adulta esses
tendam a decair, contudo, quando não decaem conforme a idade aumenta, aumenta
também o envolvimento com comportamentos de riscos. Já referente a diferenças em
comportamentos delitivos entre os sexos é apontado que os homens tendem a ser mais
propensos a ter comportamentos delitivos, antissociais e desviantes. No entanto, não se
encontrou nenhum estudo no campo das atitudes desviantes com relação a estas variáveis.
Por outro lado, se as atitudes preveem comportamentos, pode-se esperar uma relação
semelhante nos estudos sobre delinquência. O objetivo desse estudo foi verificar as
relações entre atitudes frente à delinquência, sexo e idade. Para se realizar este estudo,
contou-se com uma amostra não-probabilística de 215 estudantes do ensino médio da
cidade de Guarabira, município da Paraíba. Estes estudantes tinham média de idade de 16
anos (DP = 1,29), variando de 13 a 23 anos, sendo a maioria do sexo feminino (53,7%), os
quais responderam a Escala de Atitudes frente à Delinquência, Questionário Sócio-
Demográfico e Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A Escala de Atitudes frente à
Delinquência compreende um instrumento de auto-relato, composto por 11 itens em escala
de 4 pontos, indo de 0 = Nada errado a 3 = Muito errado, sendo que esta escala foi
invertida para se indicar que quanto mais próximo do 3, mais atitudes favoráveis frente à
delinquência nas análises. Adotou-se um procedimento padrão para a coleta de dados. Dois
estudantes, treinados previamente, se dirigiram às escolas com o intuito de conseguir
autorização prévia para aplicar os questionários. Os questionários foram aplicados em salas
de aulas com a presença do professor. A participação dos alunos durou em média 15
102
minutos. Ao final de cada aplicação eram dirigidos agradecimentos aos alunos, aos
professores e à direção da escola. Os dados foram digitados no Excel e analisados no SPSS
18. Foram calculadas estatísticas descritivas e inferenciais. Verificou-se que os alunos do
sexo masculino e feminino não se diferenciaram nas suas atitudes frente à delinquência,
mesmo com os rapazes apresentando uma pontuação mais alta (M = 2,40, DP = 0,45) do
que as moças (M = 2,35, DP = 0,46), mas esta diferença não foi estatisticamente
significativa. Por outro lado, verificou-se uma correlação positiva entre atitudes frente à
delinquência e idade (r = 0,17, p<0,02), bem como se verificou que a idade prediz estas
atitudes (β = 0,17, t = 2,419, p<0,02) explicando cerca de 3% da variância (R = 0,17,
R2=0,03, F(1,200)=5,853, p <0,02). Isto quer dizer que quanto mais idade, mais atitudes
(favoráveis) frente à delinquência, mais atitudes desviantes. Os principais resultados não
apoiam as pesquisas sobre diferenças de gênero e delinquência, mas se encontrou uma
relação com a idade que implica que as atitudes frente à delinquência tendem a aumentar
em adolescentes mais velhos. Estes resultados devem ser replicados em outros contextos
para verificar se estas relações se mantêm.
Palavras-chave: atitudes frente à delinquência; sexo; idade.
103
ATITUDES FRENTE À DELINQUÊNCIA EM ESTUDANTES DE ESCOLAS
PÚBLICAS E PRIVADAS
CARLOS EDUARDO PIMENTEL; BRENDA LORRENNE DUNGA DE OLIVEIRA;
GIOVANNA BARROCA DE MOURA; ANNY EDZE MAIA; LARISSA DE SOUSA
SOARES.
MODALIDADE: PÔSTER
Os comportamentos delinquentes são explicados atualmente como sendo tanto derivados
de características individuais, como traço de personalidade, bem como de sociais, como
ambiente familiar. A delinquência também pode estar associada com o nível sócio-
econômico, estando os problemas econômicos financeiros relacionados positivamente com
a delinquência. Sabe-se que aqueles que têm melhores condições financeiras procuram
escolas particulares para estudar, mas não se encontrou nenhum estudo que procurasse
conhecer as atitudes frente à delinquência por tipo de escola. Portanto, o objetivo deste
estudo foi verificar se existem diferenças nas atitudes frente à delinquência nos estudantes
de escolas públicas e privadas. Para se levar a cabo este objetivo, participaram da pesquisa
um total de 215 estudantes de ensino médio, de escolas públicas (52,6%) e privadas
(47,4%) da cidade de Guarabira, município da Paraíba, os quais foram escolhidos não-
probabilísticamente. Estes estudantes tinham em média 16 anos de idade (DP = 1,29),
sendo a maioria do sexo feminino (53,7%). Estes responderam a Escala de Atitudes frente
à Delinquência, que é formada por 11 itens que representam atitudes frente à delinquência,
sendo respondidos em escala de quatro pontos, variando de 0 = Nada errado a 3 = Muito
errado. Para fins da análise, inverteu-se esta escala de resposta para que a maior pontuação
signifique mais atitudes positivas frente à delinquência. No questionário também haviam
questões sócio-demográficas, a exemplo de sexo, idade e que tipo de escola o aluno
estudava, se escola pública ou privada. Além do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido de acordo com as diretrizes éticas para pesquisas com seres humanos. O
procedimento para a realização da pesquisa foi um procedimento padrão para coleta de
dados por amostragem. Inicialmente duas alunas, colaboradoras deste projeto, se dirigiram
104
às escolas e conversavam com os diretores, apresentando a pesquisa e solicitando
colaboração para coletar os dados. A coleta foi realizada nas salas de aula e durou em
média 15 minutos. Ao final da coleta, as pesquisadoras dirigiam os agradecimentos de
praxe para os professores, alunos e diretores. Os dados foram digitados no Excel e
analisados no SPSS 18. Realizou-se um teste t de Student com o fim de comparar as
atitudes frente à delinquência nas escolas públicas e particulares. De acordo com os
resultados, verificou-se que os alunos de escola pública apresentaram mais atitudes
positivas frente à delinquência (M = 2, 43, DP = 0,52) do que os alunos de escola privada
(M = 2, 31, DP = 0,37), mostrando-se como uma diferença estatisticamente significativa, t
(201) = 1,935, p <0,05. Os resultados apoiam indiretamente as pesquisas que mostram que
a delinquência está associada com a classe sócio-econômica. Neste sentido, programas
governamentais devem considerar de forma especial aqueles alunos com menos condições
financeiras, das escolas públicas, de modo a protegê-los da delinquência, mudando suas
atitudes.
Palavras-chave: atitudes frente à delinquência; escola pública; escola particular.
105
ANÁLISE PSICOSSOCIAL DA DELINQUÊNCIA JUVENIL - UMA REVISÃO
LITERÁRIA
MARCIANO DA ROCHA RODRIGUES; DANIEL CÉSAR NEGREIROS SANTOS.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
Este artigo aborda aspectos sociais e psicológicos imbricados na problemática da
Delinquência Juvenil, que atualmente é um problema que tem crescido em todo o mundo e
necessita de ações imediatas e eficazes para que as consequências não sejam piores. Este
assunto que por muito tempo tem sido deixado de lado pela bibliografia merece mais
estudos e pesquisas nas áreas das ciências sociais e humanas como sociologia, psicologia e
direito. Diante disso, este trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica sobre a
Delinquência Juvenil compreendendo este problema sob o olhar das teorias psicológicas e
sociológicas especificamente no que diz respeito à etiologia, prevenção e tratamento. Com
isso são acurados diversos modelos explicativos sobre o problema da delinquência juvenil,
analisando-se fatores psicológicos e sociais que estão inseridos nesse contexto. Este
trabalho, portanto, objetiva levantar as possíveis causas para o comportamento delinquente,
realizando uma análise sobre a relação de comportamentos antissociais e a fase da
adolescência, que é compreendida como uma fase de instabilidade hormonal e psíquica.
Objetivou-se também conhecer e alertar a sociedade sobre que medidas devem ser tomadas
para que este problema que afeta praticamente todas as sociedades modernas seja
amenizado, pretendendo-se uma compreensão sobre as medidas socioeducativas utilizadas
no processo de ressocialização destes jovens. A fonte deste trabalho foi retirada de artigos
extraídos da internet sobre a temática. Como resultado, constatou-se que devem ser
considerados fatores sociais, econômicos, cultural e psicológico no contexto da
Delinquência Juvenil e percebeu-se verdadeiras falhas no tratamento e na prevenção deste
problema, visto que a justiça quase sempre busca punir os jovens infratores sem levar em
consideração os fatores que acarretaram este tipo de comportamento, nem as doenças
psicossociais envolvidas em cada caso. Nesse sentido é preciso que esferas da sociedade
como Família, Escola, Igreja e Estado trabalhem juntas visto que é papel do Estado o dever
106
de promover a segurança, a saúde pública e o acesso a tratamento terapêutico para jovens
que infringiram a lei, e para todos os adolescentes que enfrentam os típicos problemas
desta fase e é dever da sociedade cobrar para que seus direitos sejam garantidos. Julga-se
também importante destacar que a formação acadêmica dos juristas deve sofrer alterações,
a fim de se tornar cada vez mais interdisciplinar, para que problemas como este sejam
vistos de forma mais abrangente. Portanto, propõe-se uma interação entre os profissionais
das áreas jurídica e psicológica/social para que medidas preventivas sejam privilegiadas no
contexto da delinquência juvenil.
Palavras-chave: delinquência juvenil; violência; comportamento delinquente.
107
RELEVÂNCIA DO PSICÓLOGO JURÍDICO NO NÚCLEO DE PENAS
ALTERNATIVAS EM PARNAÍBA
NAYARA CHRISTINA PRUDÊNCI SOARES; ANA KARINE DE ARAÚJO FARIAS;
ELIANE CRISTINA DE CARVALHO; HÉDINA RODRIGUES DE SOUSA;
MARIANNE MENESES SOUSA; CARLA FERNANDA DE LIMA SANTIAGO DA
SILVA.
MODALIDADE: PÔSTER
O presente trabalho traz uma abordagem sobre o papel do psicólogo dentro das instâncias
jurídicas, ao relacionar a Psicologia Jurídica e o Direito Penal. De forma específica, a
pesquisa que motivou este relato tem por objetivo analisar a atuação e a relevância deste
profissional no Núcleo de Penas e Medidas Alternativas da cidade de Parnaíba, município
do Piauí, bem como investigar o benefício da aplicação das penas alternativas e o papel do
psicólogo enquanto canal de intermédio entre o apenado e o direito. Com os fundamentos
da Psicologia Jurídica e estudos acerca da temática pôde-se adentrar ao universo que
compreende as penas alternativas e atentar para a relação de parceria entre o direito e a
psicologia, a fim de oportunizar a reeducação do sujeito infrator. Para tanto, utilizou-se
como método a realização de uma pesquisa descritiva, no tocante a abordagem do
problema; bibliográfica no que se refere à literatura estudada; e quanto as coletas de dados,
foi realizado a pesquisa de campo, o que concerne, em suma, a pesquisa qualitativa. Para
isso, o presente trabalho contou com a colaboração de um profissional psicólogo, que atua
no referido Núcleo de Penas Alternativas, o que se deu por meio de uma entrevista
semiestruturada. Confrontando a teoria e a prática, percebeu-se que a relevância do
profissional da psicologia no ambiente jurídico faz-se necessário, porém, como consta na
literatura e nas pesquisas já feitas sobre este enfoque, a demanda de profissional na área é
pequena, no Brasil, de modo especial, se faz carente também a abertura do campo de
atuação desse profissional, destarte, as limitações estão inversamente proporcionais ao fato
da importância do mesmo. Assim, com a pesquisa, pode-se afirmar o imprescindível valor
desses profissionais no âmbito penal. Pautados no conhecimento abrangente sobre o
108
indivíduo e sua subjetividade, a inserção desse profissional pode ser entendida como uma
forma de humanizar a pena e trazer novas formas de punição.
Palavras-chave: Psicologia Jurídica; Penas Alternativas; Atuação.
109
EIXO:
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA EM RELAÇÃO COM OS DIVERSOS CAMPOS DE
ATUAÇÃO PROFISSIONAL
110
ADAPTAÇÃO DA ESCALA DE HOMOFOBIA AO CONTEXTO BRASILEIRO:
VALIDADE E PRECISÃO
DANIELLA DE CARVALHO MOURA; RAFAELA MARTINS RODRIGUES;
GABRIELA OLIVEIRA DO NASCIMENTO; MARIA GABRIELA COSTA RIBEIRO;
JÉSSICA DA SILVA LIMA.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
O termo homofobia pode ser caracterizado como sentimentos negativos em relação a
homossexuais e às homossexualidades, como também uma ameaça aos valores
democráticos de compreensão e respeito ao outro. Não obstante, a homofobia não se limita
a aversão aos homossexuais, ela é constituída pela rejeição, nas várias esferas, tanto
materiais quanto simbólicas, de tratar como iguais os seres afetivo-sexuais que diferem do
modelo sexual predominante. Ademias é perceptíveis índices alarmantes de crimes
cometidos contra homossexuais, tornando-se importante conhecer pensamentos e
comportamentos que possam motivar a homofobia. Portanto, fez-se relevante contar com
medidas adequadas para estimar, de forma precisa, a homofobia, além de possibilitar
conhecer algo mais sobre este construto a partir das relações que ele estabelece com outros.
Neste sentido, o presente estudo objetiva adaptar ao contexto brasileiro a Escala de
Homofobia, especificamente, conhecendo evidências de validade fatorial e consistência
interna. Para tanto, participaram 267 pessoas, em maioria estudantes universitários (63%),
do sexo feminino (55%), com idades variando entre 16 e 61 anos (M= 21,1; DP= 6,25),
que se autodeclararam de classe média (74%), solteiros (86%), heterossexuais (76%) e sem
nenhuma religião (40%). Além da Escala de Homofobia, os participantes responderam
questões de cunho demográfico. Inicialmente, verificou-se o poder discriminativo dos itens
e aqueles que não conseguiram diferenciar sujeitos com pontuações próximas foram
eliminados das análises posteriores. Em seguida, foi realizada uma análise fatorial,
utilizando como método de extração dos eixos principais e adotando rotação varimax. Os
critérios de Kaiser e Cattel indicaram uma estrutura trifatorial que explicam 55,6% de
variância total. O primeiro fator foi denominado Aceitação à Homossexualidade, formado
111
por seis itens, apresentando um índice de consistência interna igual a 0,86. O segundo
fator, denominado Afeto/Comportamento Negativo, composto por nove itens, apresentou
um Alfa de Cronbach de 0,83. O terceiro fator, denominado Atitudes Negativas foi
constituído por quatro itens e apresentou um alfa de Cronbach de 0,73. Logo, percebe-se
que a medida apresenta parâmetros psicométricos aceitáveis, não obstante, isso não limita
possibilidades futuras, como por exemplo, realizar uma análise fatorial confirmatória para
reunir maiores evidências em torno da medida. Ademais, é importante levar a cabo estudos
correlacionais, buscando potenciais preditores da homofobia, como pode ser o caso dos
traços de personalidade e valores humanos.
Palavras-chave: homofobia; preconceito; validade.
112
VALIDAÇÃO DA SPENCE CHILDREN ANXIETY SCALE (SCAS) EM
PARNAÍBA-PI
JOSÉ WALTER RÊGO RESENDE; GEOVANE PROFIRO FONTENELE; LAYS
MAGALHÃES DE FREITAS; ELISA PEREIRA NUNES SILVA; TATIANA
MEDEIROS COSTA; EMERSON DIÓGENES DE MEDEIROS.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
A Ansiedade é uma sensação difusa, que se manifesta através de diversos sintomas e que
atinge uma ampla escala de pessoas, inclusive estudantes, sendo considerado um dos
problemas psicológico mais frequentes em crianças e adolescentes. Neste contexto, a
Spence Children Anxiety Scale SCAS é uma escala australiana, composta por 44 itens,
criada em 2002 e utilizada por psicólogos e psiquiatras da área clínica para avaliação de
crianças e adolescentes com sintomas de transtornos de ansiedade, entre eles: ataques de
pânico e agorafobia, transtorno de ansiedade de separação, fobia social, medo, transtorno
obsessivo-compulsivo e a ansiedade generalizada. Assim, entendendo que a identificação e
quantificação dos sintomas por meio de instrumentos de medida psicométrica trazem
grande auxílio a pesquisas científicas de um modo geral e a fim de conhecer evidências de
validade e precisão da SCAS, o presente trabalho teve como objetivo verificar a validade
do instrumento Spence Children Anxiety Scale (SCAS) no contexto de Parnaíba-PI. Para
isso, realizou-se a adaptação e tradução do instrumento do inglês para o português e contou
com uma amostra de 192 estudantes de uma escola pública de Parnaíba, matriculados entre
o 6º ao 9º ano do ensino fundamental, com idade entre 11 e 16 anos. As análises dos dados
foram feitas através do pacote estatístico PASW, em sua versão 18.0. Especificamente,
para verificação da validade da escala, realizaram-se estatísticas descritivas, Teste-t,
Análise Fatorial Exploratória, Análise Paralela e Alfa de Cronbach. Além disso, para
verificação do poder discriminativo dos itens da escala, fez-se uso do critério interno da
mediana empírica e também a analise fatorial exploratória com ajuda do Test KMO e do
Bartlett's Test of Sphericity. Desta forma, com resultados obtidos nesta pesquisa,
constatou-se que a escala de SCAS, possui padrões psicométricos aceitáveis para fins de
113
pesquisas no contexto estudado, demonstrando índices esperados de validade, entretanto,
sua confiabilidade ficou abaixo do esperado, evidenciando a importância de que sejam
feitas novas pesquisas com amostras mais heterogêneas.
Palavras-chave: escala; ansiedade; crianças e adolescentes.
114
ESCALA DE ACEITAÇÃO AOS MITOS MODERNOS DA AGRESSÃO SEXUAL:
EVIDÊNCIAS DE VALIDAÇÃO
LUCIANA MARIA DE FRANÇA PENHA; BRENDA KATHARYNNE SOARES DE
OLIVEIRA; BRENDA LORRENE DUNGA DE OLIVEIRA; DAVI SILVA DA GRAÇA;
FRANCISCO GOMES PIRES; GIOVANA VALDUJO DE OLIVEIRA.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
A agressão sexual é caracterizada como uma atividade sexual realizada sem o
consentimento da vítima que varia desde um passar de mão até a concretização do estupro.
Este tipo de violência atinge mulheres em todo o mundo, não distinguindo, etnia, faixa
etária ou classe social. Estudos têm demonstrado que a causa desse tipo de agressão têm
raízes históricas e que refletem na visão que a sociedade tem sobre a culpabilização da
mulher. Desse modo, este estudo é de grande relevância, uma vez conhecendo a visão da
sociedade brasileira perante esse tema, podemos a partir disto, desenvolver meios de
conscientização sobre os reais culpados pela agressão e desmistificar a culpa da vítima
para assim, acolher de forma adequada as mulheres vítima desse tipo de violência. Este
estudo tem o intuito de adaptar a escala de Aceitação aos Mitos Modernos de Agressão
Sexual (AMMSA) ao contexto brasileiro. Participaram dessa pesquisa 203 pessoas, onde a
maioria destes possuía ensino superior incompleto (70,9%) e eram do sexo feminino
(62,6%), com idade variando em torno de 13 e 63 anos (M=24,8; DP = 10,76). Houve um
predomínio de heterossexual (82,8%) e como pertencendo à família de classe
socioeconômica média (38,4). Os participantes responderam a um questionário formado
pela escala de Aceitação aos Mitos Modernos da Agressão Sexual (AMMSA) e ao
questionário sociodemográfico. Para verificar se a escala é adequada para a realização de
uma análise fatorial foi encontrado um KMO = 0,88 e Teste de Esfericidade de Bartlett, X²
(435) = 2116, 495, p < 0, 001. A análise indicou a existência de um único fator, está se deu
através da extração dos componentes dos eixos principais, que mostrou valor próprio igual
ou superior a 1,00. Este fator único foi denominado de culpabilização da vítima,
apresentando um alfa de Cronbach igual a 0,91, ou seja, uma alta consistência interna.
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Através dos resultados foi possível concluir que a média de resposta aos itens foi de que
em geral as pessoas discordam ou se posicionam de maneira neutra (nem concordam, nem
discordam) em relação ao constructo medido, indicando por tanto que nossa amostra em
sua maioria não culpabiliza a mulher pelo estupro, ou seja, não é condizente com o mito
moderno da agressão sexual. Diante dos dados satisfatórios apresentados, a escala
mostrou-se valida e fidedigna à adaptação ao contexto brasileira, sendo assim, passível de
replicabilidade para estudos futuros.
Palavras-chave: culpabilização; agressão sexual; estupro; validade.
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ATITUDES FRENTE AO RUÍDO EM ADULTOS: EVIDÊNCIAS
PSICOMÉTRICAS PRELIMINARES DE UMA MEDIDA
MARIA GABRIELA COSTA RIBEIRO; CARLOS EDUARDO PIMENTEL; LUIS
AUGUSTO DE CARVALHO MENDES; LEOGILDO ALVES FREIRE; LAYRTTHON
CARLOS DE OLIVEIRA SANTOS; GABRIELA OLIVEIRA DO NASCIMENTO.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
Em clara definição, o ruído corresponde a um som percebido como indesejável. A sociedade atual
vive exposta a ruídos oriundos de diferentes contextos, como das ruas, do trânsito, das construções
e até mesmo de nossa vizinhança. Pesquisas recentes têm demonstrado que uma exposição intensa
ao ruído pode trazer diversas consequências ao organismo humano, o que tem se tornado objeto de
vários estudos. Neste sentido, a temática apresenta relevância social e aplicabilidade, sobretudo
para a população dos grandes centros urbanos que sofrem forte impacto acústico proveniente dos
diversos ruídos que produzimos e que nos rodeiam. Este estudo objetivou adaptar a Escala de
Atitudes Frente ao Ruído (EAFR) para população adulta no contexto brasileiro. Participaram 218
estudantes universitários de uma universidade pública da cidade de João Pessoa-PB, cujas idades
variaram de 18 a 48 anos (M= 23,4; DP= 5,81), sendo a maioria do sexo feminino (60,6%), solteira
(79,3%) e heterossexual (98,1%). Os participantes responderam a um questionário formado pela
Escala de Atitudes Frente ao Ruído para Adultos (EAFR–A) e por questões sociodemográficas,
tendo sido abordados em suas instituições de ensino, onde foram aplicados os instrumentos em
contexto coletivo de sala de aula, porém respondidos individualmente. Análises fatorial
exploratória e de consistência interna foram realizadas a fim de verificar, respectivamente,
evidências de validade e precisão da medida. Verificou-se a viabilidade de realizar uma análise
fatorial a partir dos seguintes indicadores: KMO (0,72) e o teste de esfericidade de Bartlett [X²
(190) = 838,40; p < 0, 001]. Utilizando uma análise dos componentes principais, com rotação
varimax, observaram-se sete fatores com valores próprios superiores a 1 pelo critério de Kaiser, e
explicando conjuntamente 46,47% da variância total. Para dirimir dúvidas sobre a estrutura fatorial
da EAFR-A, no entanto, foi realizada uma análise paralela (Critério de Horn), sendo sugerida uma
estrutura de quatro fatores. O primeiro fator foi denominado Cultura da Juventude e formado por
cinco itens, apresentando um índice de consistência interna (alfa de Cronbach) de 0,70. O segundo
fator, denominado de Ruídos Diários foi composto por sete itens e apresentou um alfa de Cronbach
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de 0,66. O terceiro fator, chamado de Concentração foi formado por quatro itens e expressou um
índice de consistência interna igual a 0,57. Finalmente, o último fator foi nomeado Influência,
composta por quatro itens, apresentou um alfa de Cronbach de 0,55. O conjunto dos dezenoves
itens apresentou uma consistência interna de 0,81. Concluiu-se, a partir desses resultados, que o
objetivo do estudo foi alcançado, sendo reunidas evidências preliminares de validade de construto e
precisão desta medida, sendo encontrada uma estrutura fatorial e propriedades psicométricas
semelhantes à medida validada para o Brasil, em relação às atitudes das crianças frente ao ruído.
No entanto, é importante que a consistência interna do terceiro e quarto fator sejam incrementadas,
embora estes possam ser utilizados para fins de pesquisa. Novos estudos devem aprimorar a
precisão desta escala e a sua estrutura fatorial deve ser replicada em novas amostras, para se
verificar se se mantêm.
Palavras-chave: adaptação; escala; ruído; validade; precisão.
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CONHECENDO O DFH: UMA EXPERIÊNCIA DE TESTAGEM
OLINDINA FERNANDES DA SILVA NETA; ANA PAULA CALDAS DE FREITAS;
ANDRÉA NARA LOPES HENRIQUE DE SOUSA; KATRINE SILVA DE
CARVALHO; TÁTILA RAYANE DE SAMPAIO BRITO.
MODALIDADE: PÔSTER
Alguns estudiosos do comportamento propõem que a inteligência é por essência uma
capacidade geral e única, enquanto outros argumentam que ela é composta por capacidades
específicas. Atualmente existem muitos testes que medem este construto. A medida da
inteligência refere-se ao desempenho de um indivíduo em uma situação específica de teste,
baseada em habilidades específicas. Dentre os testes de inteligência existentes atualmente,
destaca-se o Desenho da Figura Humana - DFH, o qual se refere a uma técnica utilizada
por muitos psicólogos em diferentes países, principalmente para avaliação da inteligência
infantil. Este teste possui simplicidade e objetividade, além de baixo custo, tendo fácil
aceitação pelas crianças no momento da aplicação. Deste modo o presente trabalho
objetivou proporcionar experiência de testagem com o DFH. Para tanto, participou desta
experiência K. B. M. L., oito anos de idade, sexo masculino, cursa a terceira série do
ensino fundamental. O instrumento utilizado para a realização da testagem foi o DFH,
escala Sisto, destinado à avaliação de inteligência em crianças. Inicialmente foi realizada
anamnese infantil com a mãe do participante, em seguida procedeu-se a aplicação do teste.
Foi solicitado que ele desenhasse uma pessoa com o máximo de detalhes possíveis, e a
realização do desenho durou cerca de três minutos. O ambiente em que o teste foi realizado
foi a casa do participante, em um lugar onde o mesmo costumava realizar suas tarefas
escolares, sendo que o espaço era iluminado e silencioso. Os dados foram analisados de
acordo com o manual do teste. O participante alcançou 05 pontos no total. Em termos de
desenvolvimento geral, encontra-se no percentil 15, ou seja, ainda não chegou na metade
do desenvolvimento em uma escala de 5 a 10 anos. Com relação a sua faixa etária, sua
pontuação está próxima ao ponto do quartil 25%, ou seja, está distante da média de sua
idade. Foram verificados na anamnese, dados que podem correlacionar-se positivamente
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aos resultados obtidos na testagem. Tais como, em relação ao sono, o participante
apresenta: sono agitado, sudorese, rangido dos dentes, olhos esbugalhados sem acordar e
sonambulismo. Em relação à sociabilidade, é agressivo, dentre outros aspectos. Seria
necessário um processo completo de avaliação psicológica para obter conclusões em
relação a um possível diagnóstico do testando, este processo envolvendo mais testes,
entrevistas, e, maior duração de tempo no acompanhamento do testando. É válido destacar
que a experiência de testagem vivenciada, ocorreu de forma positiva, pois, o objetivo de
obter conhecimentos acerca da aplicação do teste DFH com uma criança foi alcançado.
Possibilitando perceber a real importância do que a profissão de psicólogo carrega consigo,
pois não bastam conhecimentos fundamentados, aliados a estes é necessário possuir
comprometimento, postura ética, dedicação, paciência, além de considerar que os
participantes são seres humanos, carregadores de suas subjetividades e complexidades.
Palavras-chave: experiência de testagem; DFH; desenvolvimento; infância.
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ORIENTAÇÃO À DOMINÂNCIA SOCIAL E VALORES HUMANOS: UM
ESTUDO CORRELACIONAL
RAFAELLA DE CARVALHO RODRIGUES ARAÚJO; GABRIELA OLIVEIRA DO
NASCIMENTO; KÁTIA CORREA VIONE; ANA ISABEL ARAÚJO SILVA DE BRITO
GOMES; BRUNA NASCIMENTO.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
A Orientação à Dominância Social (ODS) pode ser definida como sendo a tendência
individual para apoiar a hierarquia entre os grupos. Assim, esta variável representa uma
crença duradoura que respalda uma predisposição generalizada em direção à hierarquia e a
desigualdade, desempenhando um papel nas atitudes que moldam os comportamentos
intergrupais. Deste modo, pessoas que são contra a dominância tendem a lutar pela
mudança nas desigualdades, enquanto que as que se mostram favoráveis são a favor das
diferentes hierarquias e acreditam em uma sociedade pautada rigorosamente nas
diferenças, contribuindo assim para o preconceito. Um dos construtos que podem auxiliar
na compreensão do endosso da hierarquia entre os grupos são os valores humanos, uma
vez que os mesmo podem contribuir para modelar e modificar as atitudes intergrupais,
considerando que os valores guiamos comportamentos e atitudes, além de representam
cognitivamente as necessidades humanas. Neste sentido, este estudo objetivou verificar a
relação entre a orientação à dominância social e os valores humanos. Participaram 207
pessoas da população geral do nordeste brasileiro, com idade variando entre 16 e 60 anos
(M=23,80;DP=5,55) sendo a maioria do sexo masculino (53,1), estudantes universitários
(57%), solteiros (90,8%) e católicos (52,2%). Esses responderam aos instrumentos, Escala
de Orientação à Dominância Social, Questionário dos Valores Básicos (QVB) e a
questões sóciodemograficas. A partir da pontuação total da ODS e das três orientações do
QVB, foram calculadas correlações, cujos resultados indicaram que a orientação valorativa
Pessoal(r=0,20; p<0,05) se correlacionou positivamente com a ODS, enquanto que a
orientação Social se correlacionou negativamente (r= -0,14; p<0,03), já a orientação
central não apresentou correlação significativa. Por meio dos dados apresentados, verifica-
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se que pessoas que se pautam em valores pessoais, ou seja, aquelas que endossam valores
como poder, prestígio e êxito, que se pautam em uma orientação individual, tendem a
endossar a hierarquia entre grupos, mostrando-se mais favoráveis às desigualdades sociais.
Por outro lado, pessoas que priorizam valores da orientação social, como convivência e
apoio social, se mostram contrárias a uma organização social embasada nas diferenças. A
partir do exposto, conclui-se que os valores humanos são variáveis que contribuem para
compreensão do endosso da hierarquia entre os grupos, podendo auxiliar no
desenvolvimento de estratégias interventivas que visem à minimização da desigualdade e
aceitação das diferenças.
Palavras- chave: orientação à dominância social; valores; correlações.
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PROMOVENDO SENSIBILIZAÇÂO AMBIENTAL A PARTIR DOS VALORES
HUMANOS E DO CONHECIMENTO
VIVIANY SILVA PESSOA; REBECCA ALVES AGUIAR ATHAYDE; ROOSEVELT
VILAR LOBO DE SOUZA; LARISSE HELENA GOMES MACÊDO BARBOSA;
ALESSANDRO TEIXEIRA REZENDE.
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
A iminência do esgotamento de recursos naturais capazes de gerar energia em forma de
combustível e eletricidade é um problema social que se agrava a cada dia, influenciando na
qualidade de vida dos indivíduos. Tomando como base esta questão, alguns autores
afirmam que no intuito de assegurar as necessidades humanas de mobilidade, energia
elétrica e calor, são pensadas e desenvolvidas alternativas fundamentais para atender as
demandas por energia, a exemplos das tecnologias baseadas no uso das Fontes Renováveis
de Energia (FRE), que são formas limpas de produzir energia, capazes de amenizar a
problemática ambiental. Para promover um processo de aceitação das fontes renováveis de
energia uma via coerente é em termos do conhecimento e comportamento dos indivíduos.
Na literatura, observa-se que os comportamentos pró-ambientais apresentam-se fortemente
associados aos valores humanos, que são critérios de orientação que guiam as ações
humanas e expressam cognitivamente suas necessidades. Diante do exposto, o presente
estudo tem por objetivo promover por meio dos valores humanos, especificamente os
valores suprapessoais (igualdade, conhecimento e maturidade) um aumento no
conhecimento e na preocupação com o meio ambiente por meio do método de
autoconfrontação dos valores. Participaram 36 estudantes, a maioria do sexo feminino
(52%), com idade média de 15,81 (variando de 14 a 16 anos, DP = 0,86) e de uma escola
pública de João Pessoa (PB). Estes responderam ao Questionário de Valores Básicos –
versão infantil (QVBI), Escala de Atitudes Frente às Fontes Renováveis de Energia
(EAFRE), Inventário de Atitudes ambientais (IAA), Escala de Preocupação ambiental
(EPA) e Questões demográficas. Inicialmente, os participantes foram divididos em dois
grupos: experimental (N= 15) e controle(N= 21), no primeiro aplicou-se a técnica de
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autoconfrontação e no segundo foi apenas avaliado seus conhecimentos e valores, sem
realizar nenhuma das ações. Os resultados indicaram que após a aplicação da técnica de
autoconfrontação, o grupo controle e experimental diferiram estatisticamente entre si nas
subfunções experimentação [t(158)=-1,91;p<0,05], suprapessoal [t(157)= -2,58; p<0,05],
interativa [t(159)= -3,44; p<0,05] e normativa [t(149)= -2,13; p<0,05]. Tanto os estudantes
do grupo experimental quanto do grupo controle obtiveram menor média em energia solar
e maior média em energia convencional, corroborando o objetivo do estudo, visto que,
segundo a escala de resposta, quanto menor as pontuações mais características positivas
são atribuídas ao termo energia solar. Estes achados indicam que, no espaço escolar, a
promoção de valores exerce um papel fundamental quando se trata de promover
comportamentos pró-ambientais, sendo estudos desta natureza importante para elaboração
de modelos de intervenção no contexto escolar.
Palavras-chave: Valores, pró-ambiental, conhecimento.
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PARCERIA
REALIZAÇÃO
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