02ª LISTA DE EXERCÍCIOS -...

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Enem e Vestibulares (62) 3526 2411 / 3526 2412 Ensino Médio (62) 3526 2400 / 3526 2401 www.colegioplaneta.com.br 02ª LISTA DE EXERCÍCIOS Juliana Bailão João Gabriel Valéria Thiago Caleffi Rocha Moita Rômulo Cleiton Rodrigo Paladino Pedro Itallo Data: 15/07

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  • Enem e Vestibulares(62) 3526 2411 / 3526 2412

    Ensino Médio(62) 3526 2400 / 3526 2401

    www.colegioplaneta.com.br

    02ª LISTA DE EXERCÍCIOS

    Juliana Bailão

    João Gabriel

    Valéria

    Thiago Caleffi

    Rocha

    Moita

    Rômulo

    Cleiton

    Rodrigo Paladino

    Pedro Itallo

    Data:

    15/07

  • Colégio Planeta

    Lista

    Férias Prof.: Juliana Bailão

    Lista de Língua Portuguesa

    Data: 15 / 07 / 2019

    Aluno(a): Enem Turma: Turno:

    PRONOMES

    1. (FUVEST-SP) Era para __________ falar _______ontem, mas não ______ encontrei em parte alguma. A) mim, consigo, o B) eu, como ele, lhe C) mim, consigo, lhe D) mim, contigo, te E) eu, com ele, o 2.(ES.Uberaba-MG) Assinale o exemplo que contém mal emprego do pronome pessoal. A) Nada mais há entre mim e ti. B) Nada mais há entre eu e ti. C) Nada mais há entre mim e ele. D) Nada mais há entre ele e você. E) Nada mais há entre ele e ela. 3.(UEPG-PR) Na oração "Certos amigos não chegaram a ser jamais amigos certos", o termo destacado é sucessivamente: A) adjetivo e pronome. B) pronome adjetivo e adjetivo. C) pronome substantivo e pronome adjetivo. D) pronome adjetivo e pronome indefinido. E) adjetivo anteposto e adjetivo posposto. 4. (E.S.Uberada-MG) Assinale o item em que não aparece pronome relativo: A) O que queres não está aqui. B) Temos que estudar mais. C) A estrada por que passei é estreita. D) A prova que faço não é difícil. E) A festa a que assisti foi ótima.

    5. (UEPG-PR) Assinale a alternativa em que a palavra onde funciona como pronome relativo.

    A) Não sei onde eles estão. B) "Onde estás que não respondes?" C) A instituição onde estudo é a UEPG. D) Ele me deixou onde está a catedral. E) Pergunto onde ele conheceu esta teoria.

    6. (FCMS-SP) Por favor, passe_____ caneta que está aí perto de você, _______ aqui não serve para _____ desenhar.

    A) aquela, esta, mim. B) esta, esta, mim. C) essa, esta, eu. D) essa, essa, mim.

    7. (UPPel-RS) I. O lugar _______ moro é muito pequeno. II. Esse foi o número _____ gostei mais.

    III. O filme _____ enredo é fraco, tem dado grande prejuízo. A) onde, que, cujo B) em que, de que, cujo o C) no qual, o qual, do qual o D) que, que, cuja o E) em que, de que, cujo

    8. (F.Londrina-PR) Para_____ poder terminar a arrumação da sala, guardem ______ material em outro lugar até que eu volte a falar _____, dizendo que já podem errar. A) ) eu - seu - com vocês. B) eu - vosso – convosco. C) eu - vosso – consigo. D) mim - seu - com vocês. E) mim - vosso – consigo. 9. (UECE) Na frase: "Você ignora que quem os cose sou eu", temos a indicação da classe gramatical correta no item: A) que - pronome relativo. B) quem - pronome relativo. C) os - pronome pessoal. D) você - pronome demonstrativo.

    10. (Unimep-SP) "Visitei o sítio da amiga de Paula, o qual muito me encantou".

    Usou-se o qual em vez de que:

    A) Por uma questão de estilo. B) Pois só o qual é conectivo. C) Pois a segunda oração é adjetiva. D) Pois ali só caberia um pronome relativo. E) Para evitar-se ambiguidade.

    11. (FEI-SP) Assinale a alternativa correta quanto ao emprego do pronome relativo:

    A) É um homem em cuja honestidade se pode confiar. B) Machado de Assis foi um escritor que as obras ficaram

    célebres. C) Comprou uma casa suntuosa, cuja casa lhe custou uma

    fortuna. D) Preciso de um pincel delicado, sem o cujo não poderei

    assinar minha obra. E) Os rapazes, cujos professores conversei com eles,

    prometeram ajudar os colegas.

    12. (FUVEST-SP) "Eu não sou o homem que tu procuras, mas desejava ver-te, ou, quanto menos, possuir o ter retrato".

    Se o pronome tu fosse substituído por Vossa Excelência, em lugar das palavras destacadas no trecho acima transcrito, teríamos, respectivamente, as seguintes formas:

    A) procurais, ver-nos, vosso. B) procura, vê-la, seu. C) procura, vê-lo, vosso. D) procurais, vê-la, vosso. E) procurais, ver-vos, seu.

    13. (U.F.SC)No período "Avistou o pai, que caminhava para a lavoura", a palavra que classifica-se morfologicamente como:

    A) conjunção subordinativa integrante. B) pronome relativo. C) conjunção subordinativa final. D) partícula expletiva. E) conjunção subordinativa causal.

  • 14. (MAK-SP) Relacione as duas colunas, substituindo o complemento verbal pelos pronomes pessoais oblíquos:

    1. Não podia abandonar tia Marcela. 2. Era a pressa de saber as novidades. 3. Aproveitaria a tarde. 4. Haviam estabelecido uma espécie de turnos. 5. Um caixão régio (constatou satisfeita Vanda).

    ( ) o ( )la ( )na ( )la ( )las

    A) 5-1-4-3-2. B) 4-3-5-1-2. C) 3-1-4-2-5. D) 5-3-2-1-4. E) 1-4-2-5-3.

    15. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que houve erro ao se substituir a expressão grifada pelo pronome oblíquo.

    A) "antecederam a Segunda Guerra Mundial (antecederam-lhe). B) "iniciando a série de science-fiction" (iniciando-a). C) "procuraram descrever a sociedade do futuro" (procuraram

    descrevê-la). D) "presenciava todos os atos individuais" (presenciava-os). E) "caracterizam as modificações." (caracterizam-nas).

    16. (UFPR) Assinale a alternativa que substitui corretamente as palavras destacadas. 1. Assistimos à inauguração da piscina. 2. O governo assiste os flagelados. 3. Ele aspirava a uma posição de maior destaque. 4. Ele aspira o aroma das flores. 5. O aluno obedece aos mestres.

    A) lhe, os, a ela, a ele, lhes. B) a ela, os, a ela, o, lhes. C) a ela, os, a, a ele, os. D) a ela, a eles, lhe, lhe, lhes. E) lhe, a eles, a ela, o, lhes.

    17. (UNIRIO-RJ) Assinale o item que completa convenientemente as lacunas do trecho. "A maxila e os dentes denotavam a decrepitude do burrinho; ________, porém, estavam mais gastos que ________.

    A) esses/aquela. B) estes/aquela. C) estes/essa. D) aquelas/esta. E) estes/esses. 18. (FCMSC-SP) Por favor, passe ________ caneta que está aí perto de você; ________aqui não serve para ______ desenhar. A) aquela, esta, mim. B) esta,esta, mim. C) essa, esta, mim. D) essa, essa, mim. E) aquela, essa, eu. 19. (UNISINOS-RS) O período em que o pronome possessivo destacado está mal empregado é: A) Dirijo-me a ele, a fim de solicitar seu apoio. B) Dirijo-me a ti, a fim de solicitar o teu apoio. C) Dirijo-me a vós, a fim de solicitar o vosso apoio. D) Dirijo-me a Vossa Senhoria, a fim de solicitar o seu apoio. E) Dirijo-me a Vossa Senhoria, a fim de solicitar o vosso apoio.

    20. (PUCSP) Na frase: "Chegou Pedro, Maria e o seu filho dela", o pronome possessivo está reforçado para: A) ênfase. B) elegância de estilo. C) figura de harmonia. D) clareza. E) n.d.a 21. (CESGRANRIO-RJ) Assinale a opção que completa as lacunas da seguinte frase: Ao comparar os diversos rios do mundo com o Amazonas, defendia com azedume e paixão a história ____ sobre cada _____. A) desse/daquele. B) daquele/destes. C) deste/daqueles. D) deste/desse. E) deste/desses. 22. (PUC-SP) Assinale a alternativa onde a palavra em destaque é pronome. A) O homem que chegou é meu amigo. B) Notei um quê de tristeza em seu rosto. C) Importa que compareçamos. D) Ele é que disse isso! E) Vão ter que dizer a verdade. 23. (UFMG) Em todos os versos, o pronome em destaque está corretamente classificado, exceto em: A) "Isto aqui não é Vitória-Nem é glória do Goitá", (indefinido). B) "O mar de nossa conversa precisa ser

    combatido."(possessivo). C) "Seu José, mestre carpina, que lhe pergunte

    permita."(pessoal). D) "Primeiro é preciso achar um trabalho

    de que viva."(relativo). E) "Mas este setor de cá é como a estação dos

    trens."(demonstrativo). 24. (FUVEST-SP) Assinale a alternativa onde o pronome pessoal está empregado corretamente. A) Este é um problema para mim resolver. B) Entre eu e tu não há mais nada. C) A questão deve ser resolvida por eu e você. D) Para mim, viajar de avião é um suplício. E) Quando voltei a si, não sabia onde me encontrava.

    25. (SANTA CASA-SP) A carta vinha endereçada para _____ e para _____;______ é que a abri. Assinale a letra correspondente à alternativa que completa corretamente as lacunas da frase apresentada.

    A) mim/tu/por isso. B) mim/ti/porisso. C) mim/ti/por isso. D) eu/ti/porisso. E) eu/tu/por isso.

    26. (UFMG) Em todas as alternativas, a expressão destacada pode ser substituída pelo pronome lhe, exceto em:

    A) Tu dirás a Cecília que Peri partiu. B) Cecília viu perto a Isabel. C) O tiro fora destinado a Peri por um dos selvagens. D) Cecília recomendou a Peri que estivesse quieto. E) Peri prometeu a D. Antonio levar-te à irmã.

    27. (ITA-SP) Dadas as sentenças:

    I. Ela comprou um livro para mim ler. II. Nada há entre mim e ti.

    III. Alvimar, gostaria de falar consigo.

  • Verificamos que está(estão) correta(s)

    A) apenas a sentença I. B) apenas a sentença II. C) apenas a sentença III. D) apenas as sentenças I e II. E) todas as sentenças.

    28) (ITA-SP) O pronome de tratamento usado para Cardeais é: A) Vossa Santidade B) Vossa Magnificência C) Vossa Eminência D) Vossa Reverendíssima E) n.d.a

    29. (FIUbe-MG) Fala com a gerência. Aposto que eles irão conseguir um lugar para _______. Aliás ______ mesmo aconteceu coisa idêntica.

    A) ti/ com nós. B) ti/conosco. C) si/com nós. D) si/conosco. E) você/ conosco.

    30. (FATEC-SP) Assinale a alternativa em que o pronome grifado foi empregado corretamente.

    A) Aguarde um instante. Quero falar consigo. B) É lamentável, mas isso sempre ocorre com nós dois. C) O processo está aí para mim examinar. D) Vossa Senhoria preocupa-se com problemas cuja solução

    fosse da vossa alçada. E) Já se tornou impossível haver novos entendimentos

    entre eu e você.

    Nível Hard - DISCURSIVAS TODOS OS PRONOMES

    01. (FUVEST)

    Jornalistas não deveriam fazer previsões, mas as fazem o tempo todo. Raramente se dão ao trabalho de prestar contas quando erram. Quando o fazem não é decerto com a ênfase e o destaque conferidos às poucas previsões que acertam.

    Marcelo Leite, Folha de S. Paulo. A) Reescreva o trecho “Jornalistas não deveriam fazer

    previsões, mas as fazem o tempo todo”, iniciando-o com “Embora os jornalistas não devessem...”

    B) No trecho “Quando o fazem não é decerto com a ênfase (...)”, a que ideia se refere o termo grifado?

    02. (FUVEST) Leia o trecho de uma canção de Cartola, tal como registrado em gravação do autor:

    (...) Ouça-me bem, amor, Preste atenção, o mundo é um moinho, Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos, Vai reduzir as ilusões a pó. Preste atenção, querida, De cada amor tu herdarás só o cinismo Quando notares, estás à beira do abismo Abismo que cavaste com teus pés. Cartola, “O mundo é um moinho”.

    Caso o autor viesse a optar pelo uso sistemático da segunda pessoa do singular, precisaria alterar algumas formas verbais. Indique essas formas e as respectivas alterações. 03. Há algum tempo, através da televisão, foi veiculada uma campanha publicitária em que aparecia a seguinte frase: “Disco: o presente que todo mundo gosta”.

    Da maneira como está elaborada, essa frase utiliza uma estrutura característica da língua coloquial e desvia-se, assim, da norma culta. Considerando esse comentário, faça o seguinte:

    Reescreva a frase segundo os padrões da norma culta.

    04. (FUVEST-SP) Empregando exatamente as mesmas palavras, reescreva a frase seguinte, alterando-a de modo que adquira sentido negativo:

    “Algum amigo me ajudará”.

    05. Leia: “No discurso de posse, tu deves reafirmar que não te esquecerás dos compromissos que assumiste com teus colaboradores”.

    Fazendo as adaptações necessárias, reescreva a frase substituindo o pronome tu por Vossa Excelência.

    Nível Hard - OBJETIVAS TODOS OS PRONOMES

    01 - (UNIFOR CE)

    Assinale a alternativa em que o termo destacado na oração abaixo está corretamente substituído pelo pronome oblíquo.

    … FORMA DE CELEBRAR UM FERIADO RELIGIOSO...

    A) … forma de celebrá-lo… B) … forma de celebrá-lhe… C) … forma de o celebrar… D) … forma de celebrar-lhe-ei… E) … forma de celebrar-no…

  • 02 - (IBMEC SP)

    O pronome “ele”, no texto, refere-se A) ao autor do livro anunciado, Ernesto Paglia. B) à expressão “um dos quadros de maior audiência do Jornal

    Nacional”. C) à expressão “Diário de bordo do JN no ar”. D) à expressão “Escrito por Ernesto Paglia”. E) ao segundo descobrimento do Brasil. TEXTO: 1 - Comum à questão: 3

    1[...] E tenho encontrado homens bons de serviço que você nem acredita. Altair mesmo foi um desses. Quando começou a trabalhar comigo não conhecia nem um parafuso da Mercedinha, que era o caminhão que a gente usava lá na Rio-Bahia. E ele, com aquele jeito de ficar rindo e passando o pente no cabelo, foi aprendendo, aprendendo, que no fim 5conhecia o carro igual a mim. E dava tão certo a gente trabalhar um com o outro que, quando um carro enguiçava, eu mandava o motorista ir trabalhar num dos nossos, e nós dois resolvíamos o caso num instante. A gente trabalhava junto sem um atrapalhar o que o outro estava fazendo. Até no escuro, sem luz, a gente trabalhava. Passamos muito tempo juntos e fizemos muita coisa que ele estava lembrando lá na casa dele. Como aquele 10negócio da dona Olga, e que eu estava achando que não era coisa para ele ficar falando ali na frente da mulher dele. E falando como se a coisa fosse só comigo e que, na verdade, havia sido ele quem ficara como se fosse o dono da casa da dona Olga. Fora ele quem, no fim, tomara conta e quem ficara mandando, e até dizendo quanto a gente tinha que pagar. E tudo tinha sido ideia dele.

    FRANCA JUNIOR, Oswaldo. Jorge, um brasileiro.

    10ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988, pp. 85/86.

    03 - (UDESC SC) Em “casa dele”, “mulher dele” e “ideia dele” (ref. 5 e 10), o emprego da palavra dele, em vez do possessivo sua, contribuiu para evitar uma confusão quanto ao ser possuidor. Assinale a alternativa em que, eliminando-se o seu e empregando-se o dele após o substantivo, essa confusão (ambiguidade) também é evitada.

    A) Jorge, o Altair está procurando o seu irmão. B) Altair disse a Jorge que levou o seu documento. C) Jorge achava que Altair não deveria fazer o seu serviço

    naquele dia. D) Jorge falou a Altair que, no seu aniversário, faria uma festa. E) Jorge disse a Altair que ficava feliz por causa do seu dom

    no preparo de comida. TEXTO: 2 - Comum à questão: 4

    Analfabetismo persistente Com baixa taxa de eficiência, os atuais cursos de alfabetização não conseguiram cumprir a meta de erradicar o analfabetismo. O país ainda tem 14 milhões de jovens e adultos que não sabem ler e escrever

    POR QUE O BRASIL NÃO CONSEGUE ALFABETIZÁ- LA? Época, Rio de Janeiro, ed. 692, 22 ago. 2011, p. 66.

    04 - (UEG GO) Em “O país ainda tem 14 milhões de jovens e adultos que não sabem ler e escrever”, o termo destacado pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por: A) cujo B) cujos C) o qual D) os quais TEXTO: 3 - Comum à questão: 5

    O administrador da repartição em que Pádua trabalhava teve de ir ao Norte, em comissão. Pádua, ou por ordem regulamentar, ou por especial designação, ficou substituindo o administrador com os respectivos honorários. Não se contentou de reformar a roupa e a copa, atirou-se às despesas supérfluas, deu joias à mulher, nos dias de festa matava um leitão, era visto em teatros, chegou aos sapatos de verniz. Viveu assim vinte e dois meses na suposição de uma eterna interinidade. Uma tarde entrou em nossa casa, aflito e esvairado, ia perder o lugar, porque chegara o efetivo naquela manhã. Pediu à minha mãe que velasse pelas infelizes que deixava; não podia sofrer a desgraça, matava-se. Minha mãe falou-lhe com bondade, mas ele não atendia a coisa nenhuma.

    – Não, minha senhora, não consentirei em tal

    vergonha! Fazer descer a família, tornar atrás... Já disse, mato-me! Não hei de confessar à minha gente esta miséria. E os outros? Que dirão os vizinhos? E os amigos? E o público?

    – Que público, Sr. Pádua? Deixe-se disso; seja homem.

    Lembre-se que sua mulher não tem outra pessoa... e que há de fazer? Pois um homem... Seja homem, ande.

    Pádua enxugou os olhos e foi para casa, onde viveu

    prostrado alguns dias, mudo, fechado na alcova, – ou então no quintal, ao pé do poço, como se a ideia da morte teimasse nele. D. Fortunata ralhava:

  • – Joãozinho, você é criança? Mas, tanto lhe ouviu falar em morte que teve medo, e

    um dia correu a pedir à minha mãe que lhe fizesse o favor de ver se lhe salvava o marido que se queria matar. Minha mãe foi achá-lo à beira do poço, e intimou-lhe que vivesse. Que maluquice era aquela de parecer que ia ficar desgraçado, por causa de uma gratificação menos, e perder um emprego interino? Não, senhor, devia ser homem, pai de família, imitar a mulher e a filha... Pádua obedeceu; confessou que acharia forças para cumprir a vontade de minha mãe.

    – Vontade minha, não; é obrigação sua. – Pois seja obrigação; não desconheço que é assim

    mesmo.

    (Machado de Assis, Dom Casmurro)

    05 - (FGV ) Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal e à pontuação. A) Falou-lhe com bondade, minha mãe, mas ele não atendia a

    coisa nenhuma, repetindo: “Já disse que mato-me!” B) Falou-lhe, com bondade, minha mãe, mas ele não atendia a

    coisa nenhuma, repetindo: “Já disse que me mato!” C) Falou-lhe, com bondade, minha mãe, mas ele não atendia a

    coisa nenhuma, repetindo: “Já disse que mato-me!” D) Lhe falou, com bondade minha mãe, mas ele não atendia a

    coisa nenhuma, repetindo: “Já disse que mato-me!” E) Lhe falou com bondade minha mãe, mas ele não atendia a

    coisa nenhuma, repetindo: “Já disse que me mato!”

    TEXTO: 4 - Comum à questão: 6

    Esse texto do século XVI reflete um momento de expansão portuguesa por vias marítimas, o que demandava a apropriação de alguns gêneros discursivos, dentre os quais a carta. Um exemplo dessa produção é a Carta de Caminha a D. Manuel. Considere a seguinte parte dessa carta.

    Nela [na terra] até agora não pudemos saber que haja

    ouro nem prata... porém a terra em si é de muito bons ares assim frios e temperados como os de Entre-

    Doiro-e-Minho. Águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que querendo-a aproveitar, darse- á nela tudo por bem das águas que tem, porém o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente e esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar.

    06 - (IFSP) Considere os dois trechos a seguir:

    ... não pudemos saber que haja ouro nem prata...

    ... me parece que será salvar esta gente ... Substituindo os trechos grifados por um pronome oblíquo correspondente, tem-se um resultado correto gramaticalmente em:

    A) ... não pudemos saber isso... / ... me parece que será salvar eles ...

    B) ... não pudemos saber-lhes... / ... me parece que será salvar-lhes ...

    C) ... não pudemos sabê-lo... / ... me parece que será salvá-la... D) ... não pudemos saber-no... / ... me parece que será salvar-

    lhes ... E) ... não pudemos sabê-lo... / ... me parece que será salvá-los

    ...

    TEXTO: 5 - Comum à questão: 7 Considere um fragmento de Glória moribunda, do poeta romântico brasileiro Álvares de Azevedo (1831-1852).

    É uma visão medonha uma caveira? Não tremas de pavor, ergue-a do lodo. Foi a cabeça ardente de um poeta, Outrora à sombra dos cabelos loiros. Quando o reflexo do viver fogoso Ali dentro animava o pensamento, Esta fronte era bela. Aqui nas faces Formosa palidez cobria o rosto; Nessas órbitas — ocas, denegridas! — Como era puro seu olhar sombrio! Agora tudo é cinza. Resta apenas A caveira que a alma em si guardava, Como a concha no mar encerra a pérola, Como a caçoula a mirra incandescente. Tu outrora talvez desses-lhe um beijo; Por que repugnas levantá-la agora? Olha-a comigo! Que espaçosa fronte! Quanta vida ali dentro fermentava, Como a seiva nos ramos do arvoredo! E a sede em fogo das ideias vivas Onde está? onde foi? Essa alma errante Que um dia no viver passou cantando, Como canta na treva um vagabundo, Perdeu-se acaso no sombrio vento, Como noturna lâmpada apagou-se? E a centelha da vida, o eletrismo Que as fibras tremulantes agitava Morreu para animar futuras vidas? Sorris? eu sou um louco. As utopias, Os sonhos da ciência nada valem. A vida é um escárnio sem sentido, Comédia infame que ensanguenta o lodo. Há talvez um segredo que ela esconde; Mas esse a morte o sabe e o não revela. Os túmulos são mudos como o vácuo. Desde a primeira dor sobre um cadáver, Quando a primeira mãe entre soluços Do filho morto os membros apertava Ao ofegante seio, o peito humano Caiu tremendo interrogando o túmulo... E a terra sepulcral não respondia.

    (Poesias completas, 1962.)

    07 - (UNESP SP) Mas esse a morte o sabe e o não revela.

    Nas duas orações que constituem este verso, os termos em destaque apresentam o mesmo referente, a saber:

    A) vácuo. B) escárnio. C) lodo. D) cadáver. E) segredo.

  • TEXTO: 6 - Comum à questão: 8 Considere o trecho do conto A causa secreta, de Machado de Assis.

    Garcia lembrou-se que na véspera ouvira ao Fortunato queixar-se de um rato, que lhe levara um papel importante; mas estava longe de esperar o que viu. Viu Fortunato sentado à mesa, que havia no centro do gabinete, e sobre a qual pusera um prato com espírito de vinho. O líquido flamejava. Entre o polegar e o índice da mão esquerda segurava um barbante, de cuja ponta pendia o rato atado pela cauda. Na direita tinha uma tesoura. No momento em que o Garcia entrou, Fortunato cortava ao rato uma das patas; em seguida desceu o infeliz até a chama, rápido, para não matá-lo, e dispôs-se a fazer o mesmo à terceira, pois já lhe havia cortado a primeira. Garcia estacou horrorizado.

    – Mate-o logo! disse-lhe. – Já vai. E com um sorriso único, reflexo de alma satisfeita,

    alguma coisa que traduzia a delícia íntima das sensações supremas, Fortunato cortou a terceira pata ao rato, e fez pela terceira vez o mesmo movimento até a chama. O miserável estorcia-se, guinchando, ensanguentado, chamuscado, e não acabava de morrer. Garcia desviou os olhos, depois os voltou novamente, e estendeu a mão para impedir que o suplício continuasse, mas não chegou a fazê-lo, porque o diabo do homem impunha medo, com toda aquela serenidade radiosa da fisionomia. Faltava cortar a última pata; Fortunato cortou-a muito devagar, acompanhando a tesoura com os olhos; a pata caiu, e ele ficou olhando para o rato meio cadáver. Ao descê-lo pela quarta vez, até a chama, deu ainda mais rapidez ao gesto, para salvar, se pudesse, alguns farrapos de vida.

    Garcia, defronte, conseguia dominar a repugnância do

    espetáculo para fixar a cara do homem. Nem raiva, nem ódio; tão-somente um vasto prazer, quieto e profundo, como daria a outro a audição de uma bela sonata ou a vista de uma estátua divina, alguma coisa parecida com a pura sensação estética.

    (Machado de Assis. Obra completa, 1994.)

    08 - (Fac. Santa Marcelina SP) Se os elementos sublinhados forem substituídos por pronomes, a substituição proposta estará correta apenas em: A) o diabo do homem impunha medo = o diabo do homem

    impunha-o. B) que traduzia a delícia íntima das sensações supremas = que

    as traduzia. C) fez pela terceira vez o mesmo movimento = fez-lhe pela

    terceira vez. D) deu ainda mais rapidez ao gesto = deu-o ainda mais rapidez. E) estendeu a mão = estendeu-la. TEXTO: 7 - Comum à questão: 9

    Cérebro controla o envelhecimento do corpo

    1 Você vai morrer quando seus órgãos falharem. Essa falha 2 pode ser causada por acidentes, doenças ou pelo desgaste 3 natural dos tecidos ao longo da vida. Mas pode existir também 4 um quarto elemento: a ação do seu próprio cérebro. Um 5 grupo de cientistas da Faculdade de Medicina Albert Einsten, 6 em Nova York, descobriu que o cérebro humano possui uma 7 espécie de relógio interno – que determina quanto tempo o 8 organismo irá viver. Isso acontece no hipotálamo, uma região 9 no meio do cérebro que controla diversas reações do corpo, 10 como fome, sede e sono. Em estudos com ratos, os pesquisadores 11 notaram algo interessante: conforme o animal envelhece, 12 o hipotálamo vai elevando o nível de um conjunto de 13 proteínas chamado NF-kB. Os cientistas resolveram fazer 14 um teste. Usando manipulação genética, criaram ratos

    imunes 15 a essas proteínas. Surpreendentemente, os bichos viveram 16 23% a mais que a média. E não só isso: eles se saíram 17 melhor que os demais em testes físicos e cognitivos. “Além 18 de viver mais, os ratos viveram com qualidade”, diz o cientista 19 molecular Dongsheng Cai, líder do estudo.

    20 Ainda não se sabe por que a proteína está

    ligada ao processo 21 de envelhecimento. Uma possível explicação é que ela 22 gere processos inflamatórios crônicos no corpo – que, no longo 23 prazo, desgastariam os órgãos e poderiam predispor a 24 doenças. “Não temos como acabar com o envelhecimento. 25 Mas talvez possamos estender o tempo de vida das pessoas”, 26 acredita Cai.

    SUPERINTESSANTE. São Paulo: Abril, jun. 2013, ed. 319, p. 20.

    09 - (UFG GO) Na frase, “eles se saíram melhor que os demais em testes físicos e cognitivos” (Refs. 16 e 17), o pronome eles faz referência a: A) tecidos. B) humanos. C) cientistas. D) órgãos. E) ratos. TEXTO: 8 - Comum à questão: 10

    RECEITA DE ACORDAR PALAVRAS Palavras são como estrelas facas ou flores elas têm raízes pétalas espinhos são lisas ásperas leves ou densas para acordá-las basta um sopro em sua alma e como pássaros vão encontrar seu caminho.

    (MURRAY, Roseana. Receitas de olhar. São Paulo: FTD, 1997. p.10.)

    10 - (IFPE) No verso “para acordá-las basta um sopro”, o pronome sublinhado retoma o seguinte termo citado anteriormente: A) Estrelas B) Facas C) Flores D) Palavras E) Raízes

  • Colégio Planeta

    Lista Férias

    Prof.: João Gabriel

    Lista de Filosofia e Sociologia

    Data: 15 / 07 / 2019

    Aluno(a): Enem Turma: Turno:

    PARTE IV

    1. (Uem 2018)

    “Conforme propôs Sérgio Buarque de Holanda, o país foi sempre marcado pela precedência dos afetos e do imediatismo emocional sobre a rigorosa impessoalidade dos princípios, que organizam usualmente a vida dos cidadãos nas mais diversas nações. ‘Daremos ao mundo o homem cordial’, dizia Holanda, não como forma de celebração, antes lamentando a nossa difícil entrada na modernidade refletindo criticamente sobre ela”.

    (SCHWARCZ, L. M.; STARLING, H. M. Brasil: uma biografia. São Paulo:

    Companhia das Letras, 2015, p. 17).

    Ao pensar a sociedade brasileira nos anos 1930, Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) indicou ser a cordialidade uma característica fundamental da sociedade local. Acerca do conceito de homem cordial, conforme construído por Sérgio Buarque de Holanda, é correto afirmar que

    01) indica o desapreço da sociedade brasileira pelo uso da

    violência. 02) versa sobre a adesão da sociedade brasileira ao

    cumprimento das leis e sobre o desprezo pelo “jeitinho”. 04) as relações pessoais extrapolam as relações privadas e

    organizam também a vida pública. 08) a cordialidade seria algo transmitido no processo de

    socialização presente, de certa forma, na maioria dos brasileiros.

    16) indica a superação do passado colonial e a possibilidade de estruturação de uma democracia no Brasil baseada nos princípios de ordem e de progresso.

    2. (Uel 2017)

    O decênio de 1930 viu florescer um gênero novo de textos sobre o Brasil. O país, que já havia sido interpretado anteriormente em livros de gênero literário (como em Os Sertões, de Euclides da Cunha), passou a contar com análises advindas do campo das ciências sociais, que também começavam a se constituir em terreno nacional. Um dos mais destacados autores do período foi Sérgio Buarque de Holanda, que escreveu, em 1936, o clássico ensaio Raízes do Brasil, que aborda aspectos fundamentais acerca da colonização nacional e da formação de características da cultura política brasileira. Muito conhecida é sua formulação acerca do homem cordial.

    Com base nessas considerações, disserte sobre como a cordialidade do brasileiro, descrita por Sérgio Buarque de Holanda, influi na relação entre o público e o privado na sociedade brasileira.

    3. (Uem 2016)

    “Em Raízes do Brasil, Sérgio Buarque desenvolve uma ideia em torno da qual constrói sua interpretação sociológica: a do ‘homem cordial’. Este seria o brasileiro típico, fruto da colonização portuguesa e representante conceitual de nossa sociedade.

    (...). A cordialidade, tal como entendida por Sérgio

    Buarque, sugere aversão à impessoalidade. Nós, brasileiros, estaríamos sempre buscando estabelecer intimidade, pondo os laços pessoais e os sentimentos como intermediários de nossas relações. Estamos acostumados a ‘fazer amizade’, ‘contar a vida’, ‘pedir conselho’ a pessoas que nunca vimos antes enquanto aguardamos na fila do banco ou do supermercado.

    (...) Podemos concluir, assim, que o ‘homem cordial’

    caracteriza-se fundamentalmente pela rejeição da distância e do formalismo nas relações sociais. Mas o caso brasileiro tem outra característica: as atitudes e princípios vigentes no universo íntimo da família acabaram por transbordar para a esfera pública.”

    (BOMENY, H.; FREIRE-MEDEIROS, B.; EMERIQUE, R. B.; O’DONNELL, J. Tempos modernos, tempos de sociologia.

    São Paulo: Editora do Brasil, 2013, p. 348 e 349).

    Considerando o texto citado e conhecimentos sobre os temas das representações, das identidades e das diferenças culturais, assinale o que for correto.

    01) O homem cordial existe como um tipo ideal, isto é, trata-se de uma construção abstrata que se refere a certos padrões de comportamento individual relacionados com uma estrutura política, econômica e cultural predominante na vida social brasileira.

    02) A noção de cordialidade foi amplamente difundida dentro e fora do Brasil como estereótipo da hospitalidade e da simpatia do brasileiro e até hoje é considerada uma marca de grande valor simbólico no mercado turístico internacional.

    04) A cordialidade se manifesta também na concepção do espaço público como prolongamento do espaço privado.

    08) Interpretações sociológicas baseadas na observação de hábitos e costumes como elementos delineadores de uma identidade nacional marcaram de forma decisiva a constituição do pensamento social brasileiro no início do século XX.

    16) Ao instaurar um comportamento marcado pela proximidade, pela afetividade e pela emoção, a cordialidade impede o surgimento de relações desiguais e hierárquicas, tais como o preconceito social, o racismo e a violência de gênero.

    4. (Uepg 2017) A sociedade colonial brasileira tem sido, em algumas décadas, objeto de estudo de historiadores, sociólogos e antropólogos renomados. Gilberto Freyre, Sergio Buarque de Holanda e Caio Prado Junior figuram entre os intelectuais que se preocuparam com o estudo desse tema. A respeito da sociedade colonial brasileira, assinale o que for correto.

    01) Apesar de presente desde o princípio da colonização portuguesa, a Igreja Católica pouco interferiu na formação da sociedade colonial brasileira. A participação da Igreja nos séculos coloniais ficou restrita às celebrações religiosas e ao âmbito do conforto espiritual dos fiéis.

    02) Na casa-grande, sede das grandes fazendas e engenhos, viviam as famílias dos senhores das terras. A estrutura familiar era patriarcal e, geralmente, numerosa. Em torno do senhor costumavam gravitar seus filhos (legítimos e ilegítimos), parentes próximos e agregados.

  • 04) Enquanto no nordeste açucareiro predominou uma sociedade rural e com pouca mobilidade social, na região da mineração, floresceu uma sociedade caracterizada por um alto grau de urbanização e por uma maior possibilidade de ascensão social.

    08) A miscigenação foi um dos traços fundamentais na formação da sociedade colonial brasileira. O perfil mestiço dessa sociedade – personificado, por exemplo, no caboclo (indígena + europeu) e no mulato (africano + europeu) – compôs a base social brasileira entre os séculos XVI e XVIII.

    5. (Uece 2017) Leia atentamente os excertos a seguir:

    “Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente. E do modo com que se há com eles, depende tê-los bons ou maus para o serviço”;

    André João Antonil. Cultura e Opulência do Brasil por suas drogas e minas. Belo Horizonte. Itatiaia, 1982. p. 89.

    “A democracia no Brasil foi sempre um lamentável mal-

    entendido. Uma aristocracia rural e semifeudal importou-a e tratou de acomodá-la, onde fosse possível, aos seus direitos ou privilégios, os mesmos privilégios que tinham sido, no Velho Mundo, o alvo da luta da burguesia contra os aristocratas”.

    Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. Rio de janeiro.

    José Olímpio editora, 1984. p. 119.

    Considerando os vários aspectos da formação social do Brasil, pode-se afirmar corretamente que os dois trechos acima tratam A) da inclusão do negro e do pobre no processo democrático

    que rompeu com os direitos e privilégios das classes dominantes.

    B) da integração social ocorrida ainda na colonização com o processo de miscigenação étnica que tornou iguais todos os brasileiros.

    C) da condição de exploração e exclusão a que estava sujeita uma parcela significativa da população brasileira em razão dos interesses das elites.

    D) da perfeita inclusão dos negros libertos e da população pobre em geral na sociedade brasileira, com a criação da República e da democracia no Brasil.

    6. (Fac. Albert Einstein - Medicin 2016)

    “Mas Colombo não estava tão longe de certas concepções correntes durante a Idade Média acerca da realidade física do Éden, que descresse de sua existência em algum lugar do globo. E nada o desprendia da ideia, verdadeiramente obsessiva em seus escritos, de que precisamente as novas Índias, para onde o guiara a mão da Providência, se situavam na orla do Paraíso Terreal.”

    Sergio Buarque de Holanda. Visão do Paraíso. São Paulo: Editora Nacional, 1985, p. 15.

    A partir do texto, é possível afirmar que Colombo A) simbolizava o conquistador moderno, marcado pela

    valorização da razão, da aventura e do sucesso individual. B) demonstrava a persistência, durante o período da

    expansão marítima, de traços de uma mentalidade mística e fabulosa.

    C) simbolizava o conquistador moderno, movido pela ganância financeira e pela busca incessante de novos mercados.

    D) demonstrava a persistência, em meio à conquista europeia do Atlântico, da lógica maniqueísta do pensamento medieval.

    7. (Enem cancelado 2009)

    Formou-se na América tropical uma sociedade agrária na estrutura, escravocrata na técnica de exploração econômica, híbrida de índio — e mais tarde de negro — na composição. Sociedade que se desenvolveria defendida menos pela consciência de raça, do que pelo exclusivismo religioso desdobrado em sistema de profilaxia social e política. Menos pela ação oficial do que pelo braço e pela espada do particular. Mas tudo isso subordinado ao espírito político e de realismo econômico e jurídico que aqui, como em Portugal, foi desde o primeiro século elemento decisivo de formação nacional; sendo que entre nós através das grandes famílias proprietárias e autônomas; senhores de engenho com altar e capelão dentro de casa e índios de arco e flecha ou negros armados de arcabuzes às suas ordens.

    FREYRE, G. Casa-Grande e Senzala. Rio de Janeiro: José Olympio, 1984.

    De acordo com a abordagem de Gilberto Freyre sobre a formação da sociedade brasileira, é correto afirmar que A) a colonização na América tropical era obra, sobretudo, da

    iniciativa particular. B) o caráter da colonização portuguesa no Brasil era

    exclusivamente mercantil. C) a constituição da população brasileira esteve isenta de

    mestiçagem racial e cultural. D) a Metrópole ditava as regras e governava as terras

    brasileiras com punhos de ferro. E) os engenhos constituíam um sistema econômico e político,

    mas sem implicações sociais.

    PARTE V

    1. (Enem 2016)

    Participei de uma entrevista com o músico Renato Teixeira. Certa hora, alguém pediu para listar as diferenças entre a música sertaneja antiga e a atual. A resposta dele surpreendeu a todos: “Não há diferença alguma. A música caipira sempre foi a mesma. É uma música que espelha a vida do homem no campo, e a música não mente. O que mudou não foi a música, mas a vida no campo”. Faz todo sentido: a música caipira de raiz exalava uma solidão, um certo distanciamento do país “moderno”. Exigir o mesmo de uma música feita hoje, num interior conectado, globalizado e rico como o que temos, é impossível. Para o bem ou para o mal, a música reflete seu próprio tempo.

    BARCINSKI. A. Mudou a música ou mudaram os caipiras? Folha de São Paulo, 4 jun. 2012 (adaptado).

    A questão cultural indicada no texto ressalta o seguinte aspecto socioeconômico do atual campo brasileiro: A) Crescimento do sistema de produção extensiva. B) Expansão de atividades das novas ruralidades. C) Persistência de relações de trabalho compulsório. D) Contenção da política de subsídios agrícolas. E) Fortalecimento do modelo de organização cooperativa.

  • 2. (Ufg 2014) Leia a receita apresentada a seguir.

    TACACÁ

    2 litros de tucupi temperado 4 dentes de alho 4 pimentas de cheiro 4 maços de jambu

    12

    kg de camarão

    12

    xícara de goma de mandioca

    Sal a gosto Modo de servir: muito quente, em cuias, temperado com pimenta.

    Disponível em: .

    Acesso em: 9 set. 2013.

    Comer é um ato social, histórico, geográfico, religioso, econômico e cultural. O preparo dos alimentos, a escolha dos ingredientes e a maneira de servir identificam um grupo social e ajudam a estabelecer uma identidade cultural. Essa receita, “Tacacá”, comida muito apreciada na culinária paraense, demonstra

    A) uma interação cultural, com a incorporação de ingredientes

    advindos de tradições culinárias distintas. B) um modo de preparo espontâneo, associado aos padrões

    culinários da colônia. C) um modelo ritualista de servir, vinculado ao formalismo

    religioso africano. D) um modo de utilizar os ingredientes provenientes do

    extrativismo, associado ao nomadismo dos quilombos. E) uma imposição de identidade cultural, pelo uso de produtos

    cultivados em áreas sertanejas.

    3. (Uem 2015) Considere o texto e assinale a(s) alternativa(s) correta(s).

    “Como analisar a cultura popular brasileira quando a

    cultura internacionalmente popular se faz cada vez mais presente no Brasil? Se o samba e o carnaval podem ser tomados como exemplos máximos da construção a partir dos anos 30 e 40 da cultura nacional-popular, o funk carioca pode ser tomado como um exemplo da cultura internacional-popular. Outras manifestações dessa cultura podem ser o rock, que teve em Brasília um espaço preferencial, ou o axé music da Bahia, o que aponta para uma pluralidade, uma diversidade de expressões artísticas”.

    OLIVEIRA, Lucia Lippi. Cultura brasileira nesse fim de século. In:

    D’INCAO, Maria Angela. (org.) O Brasil não é mais aquele... mudanças sociais após a redemocratização. São Paulo: Cortes, 2001, p.32.

    01) O texto manifesta uma posição contrária à invasão cultural

    estrangeira no Brasil. Nesse sentido, trata-se de um manifesto de caráter nacionalista, em defesa da cultura puramente brasileira.

    02) Ao afirmar que o rock teve em Brasília um “espaço preferencial”, o texto faz referência a um movimento de efervescência de grupos musicais de rock que, nos anos 1980, na capital federal, produziu grupos tais como Capital Inicial e Legião Urbana.

    04) Ao afirmar que no Brasil há uma pluralidade e uma diversidade de expressões artísticas, a autora faz uma crítica ao predomínio da música sertaneja nos meios de comunicação de massa.

    08) O texto expressa uma preocupação em analisar a cultura popular brasileira em um mundo em que até a cultura sofre um processo de internacionalização.

    16) A principal crítica do texto à axé music decorre do desaparecimento de outros tipos de manifestações artísticas populares na Bahia.

    4. (Enem PPL 2014)

    A Estátua do Laçador, tombada como patrimônio em 2001, é um monumento de Porto Alegre/RS, que representa o gaúcho (em trajes típicos).

    Disponível em: www.portoalegre.tur.br. Acessado em: 3 ago. 2012 (adaptado).

    O monumento identifica um(a)

    A) exemplo de bem imaterial. B) forma de exposição da individualidade. C) modo de enaltecer os ideais de liberdade. D) manifestação histórico-cultural de uma população. E) maneira de propor mudanças nos costumes. 5. (Enem 2014) Queijo de Minas vira patrimônio cultural brasileiro

    O modo artesanal da fabricação do queijo em Minas Gerais foi registrado nesta quinta-feira (15) como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O veredicto foi dado em reunião do conselho realizada no Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte. O presidente do Iphan e do conselho ressaltou que a técnica de fabricação artesanal do queijo está “inserida na cultura do que é ser mineiro”.

    Folha de S. Paulo, 15 maio 2008.

    Entre os bens que compõem o patrimônio nacional, o que pertence à mesma categoria citada no texto está representado em:

    A)

    B)

  • C)

    D)

    E)

    6. (Enem 2013)

    Seguiam-se vinte criados custosamente vestidos e montados em soberbos cavalos; depois destes, marchava o Embaixador do Rei do Congo magnificamente ornado de seda azul para anunciar ao Senado que a vinda do Rei estava destinada para o dia dezesseis. Em resposta obteve repetidas vivas do povo que concorreu alegre e admirado de tanta grandeza.

    “Coroação do Rei do Congo em Santo Amaro”, Bahia apud DEL PRIORE,

    M. Festas e utopias no Brasil colonial. In: CATELLI JR., R. Um olhar sobre as festas populares brasileiras. São Paulo: Brasiliense, 1994 (adaptado).

    Originária dos tempos coloniais, a festa da Coroação do Rei do Congo evidencia um processo de A) exclusão social. B) imposição religiosa. C) acomodação política. D) supressão simbólica. E) ressignificação cultural.

    7. (Enem 2013)

    No final do século XIX, as Grandes Sociedades carnavalescas alcançaram ampla popularidade entre os foliões cariocas. Tais sociedades cultivavam um pretensioso objetivo em relação à comemoração carnavalesca em si mesma: com seus desfiles de carros enfeitados pelas principais ruas da cidade, pretendiam abolir o entrudo (brincadeira que consistia em jogar água nos foliões) e outras práticas difundidas entre a população desde os tempos coloniais, substituindo-os por formas de diversão que consideravam mais civilizadas, inspiradas nos carnavais de Veneza. Contudo, ninguém parecia disposto a abrir mão de suas diversões para assistir ao carnaval das sociedades. O entrudo, na visão dos seus animados praticantes, poderia coexistir perfeitamente com os desfiles.

    PEREIRA, C. S. Os senhores da alegria: a presença das mulheres

    nas Grandes Sociedades carnavalescas cariocas em fins do século XIX. In: CUNHA, M. C. P. Carnavais e outras frestas: ensaios de história social da

    cultura. Campinas: Unicamp; Cecult, 2002 (adaptado).

    Manifestações culturais como o carnaval também têm sua própria história, sendo constantemente reinventadas ao longo do tempo. A atuação das Grandes Sociedades, descrita no texto, mostra que o carnaval representava um momento em que as

    A) distinções sociais eram deixadas de lado em nome da

    celebração. B) aspirações cosmopolitas da elite impediam a realização da

    festa fora dos clubes. C) liberdades individuais eram extintas pelas regras das

    autoridades públicas. D) tradições populares se transformavam em matéria de

    disputas sociais. E) perseguições policiais tinham caráter xenófobo por

    repudiarem tradições estrangeiras. 8. (Unesp 2016)

    Nenhum dos filmes que vi, e me divertiram tanto, me ajudou a compreender o labirinto da psicologia humana como os romances de Dostoievski – ou os mecanismos da vida social como os livros de Tolstói e de Balzac, ou os abismos e os pontos altos que podem coexistir no ser humano, como me ensinaram as sagas literárias de um Thomas Mann, um Faulkner, um Kafka, um Joyce ou um Proust. As ficções apresentadas nas telas são intensas por seu imediatismo e efêmeras por seus resultados. Prendem-nos e nos desencarceram quase de imediato, mas das ficções literárias nos tornamos prisioneiros pela vida toda. Ao menos é o que acontece comigo, porque, sem elas, para o bem ou para o mal, eu não seria como sou, não acreditaria no que acredito nem teria as dúvidas e as certezas que me fazem viver

    .

    (Mario Vargas Llosa. “Dinossauros em tempos difíceis”. www.valinor.com.br. O Estado de S. Paulo, 1996. Adaptado.)

    Segundo o autor, sobre cinema e literatura é correto afirmar que A) a ficção literária é considerada qualitativamente superior

    devido a seu maior elitismo intelectual. B) suas diferenças estão relacionadas, sobretudo, às

    modalidades de público que visam atingir. C) as obras literárias desencadeiam processos intelectual-

    mente e esteticamente formativos. D) a escrita literária apresenta maior afinidade com os padrões

    da sociedade do espetáculo. E) as duas formas de arte mobilizam processos mentais

    imediatos e limitados ao entretenimento.

  • TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

    Temos que repudiar a ideia de que só com palavras se pensa, pois que pensamos também com sons e imagens, ainda que de forma subliminar, inconsciente, profunda! Temos que repudiar a ideia de que existe uma só estética, soberana, à qual estamos submetidos — tal atitude seria nossa rendição ao pensamento único, à ditadura da palavra — e que, como sabemos, é ambígua. O pensamento sensível, que produz arte e cultura, é essencial para a libertação dos oprimidos, amplia e aprofunda sua capacidade de conhecer. Só com cidadãos que, por todos os meios simbólicos (palavras) e sensíveis (som e imagem), se tornam conscientes da realidade em que vivem e das formas possíveis de transformá-la, só assim surgirá, um dia, uma real democracia.

    Augusto Boal. A estética do oprimido. Rio de Janeiro: Garamond, 2009, p. 16.

    9. (Unb 2011) Augusto Boal, um dos expoentes do Teatro de Arena de São Paulo, atuou como diretor, dramaturgo e pesquisador, e notabilizou-se com a criação do Teatro do Oprimido, um método dinâmico que visa à democratização dos meios de produção teatrais. Considerando essas informações e o texto acima, assinale a opção correta. A) O Teatro de Arena desenvolveu-se em um momento de

    estabilidade política, tendo sua atuação centrada na realização de comédias leves.

    B) Bastante rígido, o método elaborado por Augusto Boal caracteriza-se por priorizar a execução de exercícios de preparação corporal e vocal de atores profissionais.

    C) Como dramaturgo, Augusto Boal ganhou notoriedade internacional com a peça Eles não usam Blacktie.

    D) A estética do oprimido prevê a atuação direta dos cidadãos — todos potencialmente atores (espect-atores) — no sentido de encontrarem, coletivamente, alternativas para a transformação de uma realidade opressora.

    10. (Upe-ssa 1 2017) Leia o texto a seguir:

    As danças africanas desenvolvidas no Brasil têm também suas matrizes no binômio África Ocidental e África Banta (centro-oeste africano). Dos africanos ocidentais, principalmente dos iorubas, a cultura brasileira herdou as danças dos orixás, ricas em mímica e teatralidade. E dos bantos, chegaram-nos, principalmente, as danças em círculo e em cortejo, que geralmente expressam um enredo, um drama, sendo, por isso, denominadas “danças dramáticas”.

    LOPES, Nei. Heranças Culturais. In: ______. História e Cultura africana e afro-

    brasileira. São Paulo: Barsa Planeta, 2011, p. 86.

    As danças africanas contribuíram significativamente para as manifestações culturais de Pernambuco, que estão quase sempre associadas aos principais ciclos festivos. Sobre esse assunto e de acordo com o texto, assinale a alternativa que indica uma dança pernambucana de herança banta.

    A) Coco de roda B) Baião C) Quadrilha D) Frevo E) Caboclinho

    11. (Uem 2017) Leia abaixo o trecho da seguinte canção:

    Amores da minha vida

    (interp. Maiara e Maraisa)

    Mãe, eu te prometo, vou criar juízo

    Já passou da hora, ai que trem difícil

    Final de semana é quase todo dia

    Eu saio à noite e durmo de dia

    Mãe, meu Ibope tá valorizado

    Deve ser por isso que eu não tenho namorado

    (...)

    Ah eu vou ser orgulho da minha mãe

    Vou subtrair uns dez da minha vida

    Mas enquanto esse dia não chega

    Eu quero é que multiplica

    Disponível em maiara-maraisa.lyrics.com.br/letras/2611470.

    A cultura pop atual é um dos produtos da Indústria Cultural. Ela é normalmente entendida como entretenimento ou alienação. Ela pode, todavia, revelar tendências de pensamento e de comportamento presentes em uma determinada sociedade em um dado momento histórico. O universo da música sertaneja no Brasil sempre foi muito marcado pela narrativa masculina. Nesse universo, cantoras como Maiara e Maraisa, de alguma forma, contestam essa situação, oferecendo um ponto de vista feminino.

    A respeito da cultura pop e das questões de gênero, assinale o que for correto.

    01) A letra da música “Amores da minha vida” indica a inserção

    de novos pontos de vista narrativos no universo sertanejo, os quais incluem, por exemplo, a perspectiva feminina.

    02) A desigualdade de gênero é evidenciada nas disparidades em relação à posição que as mulheres ocupam na vida pública, nas relações sociais e nos contextos familiares. A letra de “Amores da minha vida” trata do tema da liberdade da sexualidade feminina, confrontando determinadas expectativas familiares.

    04) A produção musical das cantoras Maiara e Maraisa foge ao esquema oferecido pela Indústria Cultural, por não se constituir em uma produção comercial e por não seguir uma forma de distribuição que passa pelos suportes industriais e pela lógica do espetáculo.

    08) Nas sociedades contemporâneas, existe uma separação bem demarcada entre as manifestações culturais tradicionais, como a música caipira e a sertaneja, e as produções modernas e contemporâneas, como a música eletrônica.

    16) O conceito de gênero na Sociologia destaca que a classificação do que é feminino ou masculino é, sobretudo, uma construção social. Nesse sentido, a letra de “Amores da minha vida” evidencia a dinâmica dessa construção ao defender a possibilidade de “ser mulher” de uma maneira diferente daquela proposta pelas gerações passadas.

  • 12. (Enem (Libras) 2017)

    Para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), é importante promover e proteger monumentos, sítios históricos e paisagens culturais. Mas não só de aspectos físicos se constitui a cultura de um povo. As tradições, o folclore, os saberes, as línguas, as festas e diversos outros aspectos e manifestações devem ser levados em consideração. Os afro-brasileiros contribuíram e ainda contribuem fortemente na formação do patrimônio imaterial do Brasil, que concentra o segundo contingente de população negra do mundo, ficando atrás apenas da Nigéria.

    MENEZES, S. A força da cultura negra: Iphan reconhece manifestações como

    patrimônio imaterial. Disponível em: www.ipea.gov.br. Acesso em: 29 set. 2015.

    Considerando a abordagem do texto, os bens imateriais enfatizam a importância das representações culturais para a A) construção da identidade nacional. B) elaboração do sentimento religioso. C) dicotomia do conhecimento prático. D) reprodução do trabalho coletivo. E) reprodução do saber tradicional.

    13. (Upe-ssa 2 2017)

    As manifestações folclóricas existem por si e como expressão própria de cada comunidade, com razões e objetivos estabelecidos pela tradição e reinterpretados mediante sua dinâmica cultural própria.

    BENJAMIN, R. E. C. Folguedos e danças de Pernambuco. Recife: Fundação de

    Cultura da Cidade do Recife, 1989, p. 33. (Adaptado).

    Em Pernambuco, as manifestações folclóricas são diversificadas, atendendo às necessidades específicas e ao calendário da região. Sobre esse assunto, é CORRETO afirmar que A) os Maracatus de Baque Solto surgiram no Recife e foram

    levados para a Zona da Mata pernambucana e outras regiões do Nordeste. Seus personagens retratam a vida sofrida dos homens simples dessas regiões.

    B) a La Ursa é um folguedo típico do período carnavalesco, e seu cortejo sempre apresenta um enredo que está referenciado nas histórias infantis da Literatura Ocidental, como o Chapeuzinho Vermelho e o Lobo Mau.

    C) o frevo carrega a herança da capoeira africana. Nessa perspectiva, é considerado uma dança dramática por mostrar um enredo e um drama em suas apresentações.

    D) a quadrilha é uma manifestação folclórica do ciclo junino que guarda heranças culturais das cortes indígenas em seus ritmos, movimentos corporais e vestimentas.

    E) o mamulengo é uma manifestação popular de origem rural, principalmente das áreas da Zona da Mata, e as histórias contadas por esses personagens se referem ao dia a dia dos habitantes dessa região.

  • Colégio Planeta

    Lista

    Férias Profª.: Valéria

    Lista de Arte

    Data: 05 / 07 / 2019

    Aluno(a): Enem Turma: Turno:

    1. A arte Bizantina utiliza-se de algumas técnicas artísticas na sua produção, entre elas a pintura em afrescos, mosaicos e iluminuras.

    O Mosaico Bizantino é uma das técnicas mais peculiares deste período. Quanto à técnica do mosaico pode-se afirmar que A) Eram produzidos com pequenas pedras preciosas,

    justapostas lado a lado. B) As figuras humanas não eram representadas. C) As pessoas são representadas de lado, como nas pinturas

    egípcias. D) A altura com que as pessoas são representadas não era um

    fator preponderante nos mosaicos. E) Os temas apresentados eram limitados à cenas da vida

    cotidiana dos bizantinos. 2. Quanto à iluminuras podemos afirmar que A) Eram produzidas para ilustrar livros destinados à orientação

    dos cientistas da era medieval. B) Eram produzidas principalmente pelos monges nos mosteiros

    medievais. C) A Iluminura é uma intervenção artística criada pelos

    japoneses e copiadas pelos artistas medievais. D) Os temas usados nas iluminuras eram de personagens

    heroicos. E) Eram feitas por artistas independentes e ensinada em

    escolas populares. 3. As principais construções bizantinas são A) Templos pagãos, destinados ao culto dos deuses romanos. B) Igrejas protestantes contrárias aos dogmas católicos. C) Igrejas reformistas para evangelizar os novos fiéis. D) Igrejas cristãs no oriente. E) Templos ecumênicos. 4. A imagem a seguir está em um mosaico da igreja de San Vitale, na cidade de Ravena, na Itália. A figura é de influência cultural bizantina e representa o imperador Justiniano cercado de cortesãos.

    O Império Romano do Oriente tinha como capital Constantinopla. Originou-se da divisão do Império Romano em 395 d.C e, no período medieval, passou a ser mais conhecido como Império Bizantino, perdurando cerca de mil anos, até 1453 d.C, quando foi dominado pelos turcos. A sua longa duração produziu uma civilização que deixou uma herança cultural com repercussões significativas até os dias atuais. Da herança cultural bizantina fazem parte: A) O Corpus Juris Civilis, uma compilação da legislação e

    jurisprudência romanas e, também, bizantinas, base do direito civil moderno em muitos países.

    B) A atitude iconoclasta, contra a adoração de imagens nas igrejas, contribuição de considerável influência sobre o catolicismo ocidental.

    C) A organização de uma cultura artística laica, desvinculada da religião, especialmente na pintura dos ícones e na arquitetura.

    D) A separação entre Igreja e Estado, ardorosamente defendida pelos adeptos do Estado laico, concepção política decisiva na formação do Estado ocidental moderno.

    E) A construção de catedrais em estilo gótico. 5. Ícone é uma manifestação da arte bizantina. Sobre esta técnica podemos afirmar que: A) Ícone vem do grego e significa imagem. B) Os motivos de temas encontrados eram aves e florais. C) Suas características de representação são diferentes da

    figura do mosaico. D) As obras produzidas com essa técnica não eram

    conhecidas pela população cristã. E) Assim como os Afrescos eram feitos pelos monges. 6. Nas artes medievais, o grande destaque foi a Arquitetura, com os seus dois principais estilos: o românico e o gótico. A Catedral de Notre Dame de Paris (Imagem III) está entre esses estilos mencionados. Dentre as características abaixo, qual delas refere-se ao estilo Gótico? A) Arco redondo. B) Vitrais que permitiam melhor iluminação. C) Paredes altas. D) Colunas estreitas. E) Igrejas pequenas e estreitas.

  • 7.No islamismo, que conta com milhões de adeptos no mundo contemporâneo, a peregrinação

    A) é sinônimo de guerra santa e deve ser realizada por convocação de um aiatolá.

    B) foi instituída depois da morte de Maomé, para homenagear o fundador do Islã.

    C) deve ser realizada pelo menos uma vez na vida, pelos fiéis com condições físicas e financeiras.

    D) exige grande sacrifício, pois o fiel deve conservar‐se em jejum durante todo o período.

    E) dificultou a expansão do Islã para além do Oriente Médio, pelas obrigações que impunha.

    8. Observe atentamente a foto da Mesquita de Córdoba (Imagem V), construída, na Espanha, entre os séculos VIII e X. COSTA Luis C.A. MELLO; Leonel I.A. História antiga e medieval. São Paulo: Scipione, 1993. p. 249.) A Mesquita foi idealizada e construída pelos muçulmanos. Sobre eles pode-se afirmar que: A) desconheciam técnicas de navegação até a sua chegada à

    Europa, quando tomaram contato e aperfeiçoaram a bússola e a pólvora;

    B) proporcionaram grande contribuição aos povos da Península Itálica e Balcânica na Europa, mas não conseguiram o mesmo sucesso na Península Ibérica;

    C) impediram que os europeus praticassem quaisquer atividades comerciais, em razão do domínio que exerceram sobre o Mar Mediterrâneo por quase oito séculos;

    D) se destacaram pela intolerância com que tratavam os povos dominados, desrespeitando as culturas locais e a religião, em prejuízo das atividades produtivas;

    E) difundiram valores culturais da Antiguidade Clássica no mundo ocidental, no contexto marcado pelo expansionismo territorial.

    9. A arte Bizantina utiliza-se de algumas técnicas artísticas na sua produção, entre elas a pintura em afrescos, mosaicos e iluminuras.O Mosaico Bizantino é uma das técnicas mais peculiares deste período. Quanto ao mosaico assinale a alternativa errada: A) Eram produzidos com pequenas pedras preciosas,

    justapostas lado a lado. B) As figuras humanas não eram representadas. C) As pessoas são representadas de lado, como nas pinturas

    egípcias. D) A altura com que as pessoas são representadas não era um

    fator preponderante nos mosaicos. E) Os temas apresentados eram limitados à cenas da vida

    cotidiana dos bizantinos. 10. As principais construções bizantinas são: A) Templos pagãos. B) Igrejas protestantes. C) Igrejas reformistas. D) Igrejas cristãs. E) Templos ecumênicos.

    11. Sobre o estilo artístico denominado Romantismo assinale a alternativa correta: A) O retorno da natureza como fonte inspiradora da arte é

    uma das características do Romantismo. B) A escultura Romântica foi marcada pela pouca

    originalidade. C) A composição em vertical e horizontal é uma das

    características da pintura romântica. D) Os artistas românticos se preocupavam em valorizar e até

    copiar a arte greco-romana. E) Os artistas românticos destacavam em sua pinturas cenas

    do cotidiano da nobreza europeia do século XIX. 12.

    O Neoclassicismo foi um movimento artístico que se desenvolveu especialmente na arquitetura e nas artes decorativas. Floresceu na França e na Inglaterra, por volta de 1750, sob a influência do arquiteto Palladio (palladianismo), e estendeu-se para o resto dos países europeus, chegando ao apogeu em 1830. Inspirado nas formas greco- romanas, renunciou às formas do barroco (que não tinha tido grande repercussão na França e na Inglaterra) revivendo os princípios estéticos da antiguidade clássica.

    Enquanto os artistas neoclássicos se preocupavam em imitar a arte greco-romana e os mestres do renascimento italiano, os artistas românticos procuraram se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do artista. Sobre o Neoclassicismo é correto afirmar

    A) Caracterizou-se pelo desejo de recriar as formas artísticas da antiguidade greco-romana.

    B) Os neoclássicos queriam expressar as virtudes cívicas, o poder, a honestidade e o cristianismo.

    C) Os neoclássicos queriam romper com a herança artística e cultural que vinha da Grécia antiga.

    D) A arquitetura se caracterizou pelo uso de fachadas Barrocas, nas quais colunas dóricas ou jônicas sustentavam frontões hexagonais.

    E) O desenho não era importante na composição das obras de estilo Neoclássico.

    13.

    Marat foi um importante personagem na Revolução Francesa (1789). assassinato teve várias representações. Uma delas foi o quadro "A Morte de Marat", do pintor Jacques Louis Davi Em relação a essa obra ( Imagem I) , é correto afirmar que A) o artista ressaltou características da história pessoal de

    Marat, ou seja, um revolucionário de origem humilde e camponesa.

  • B) Marat foi retratado como um símbolo dos radicais girondinos, responsáveis pela expulsão dos montanheses da Convenção e execução de seus líderes.

    C) o artista inaugurou a pintura mística e irreal, apresentando a inferioridade do personagem.

    D) o artista retratou Marat de uma forma heróica, realçando a importância desse personagem da Revolução Francesa.

    E) o artista transformou Marat em personagem das tragédias gregas e sua morte em um ato romântico da revolução.

    14. O Rococó foi um movimento diferente dos demais movimentos artísticos dos séculos anteriores. Quanto às características do Rococó assinale a alternativa correta: A) As cores do Rococó são exceção, pois acompanham as

    tendências de cores do barroco. B) As paredes e tetos da arquitetura do rococó eram decorados

    com temas extremamente pesados. C) As cores de tons verdes e rosa são predominantes na

    pintura. D) Elementos de luxo como a porcelana não são aceitos em

    interiores considerados sagrados. E) Todas as alternativas estão corretas 15. Sobre o Neoclassicismo assinale a alternativa correta: A) Qualquer pessoa com talento nato era considerado artista. B) A pintura era diferente da escultura grega. C) Foi uma arte que procurou imitar os padrões greco-romanos. D) Foi muito semelhante com o Rococó. E) Não ultrapassou os limites das academias europeias. 16. Em relação à arte do Romantismo, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). A) A pintura do Romantismo pode ser considerada como uma

    reação à pintura do período Barroco. B) Os pintores românticos apresentaram uma predileção em

    retratar a mitologia greco-romana em grande parte de suas obras.

    C) A pintura romântica retoma algumas características do período barroco, como a valorização das cores e o contraste entre claro-escuro.

    D) A expressão das emoções humanas e a natureza representada de forma viva e dinâmica não são temas recorrentes nas artes do Romantismo.

    E) Apesar das diferenças temáticas em relação à arte do Neoclassicismo, os pintores românticos continuaram a prezar as regras e convenções das academias de belas artes em detrimento da liberdade de expressão artística.

    17. Identifique o autor da pintura representada na Imagem

    A balsa da Medusa. Óleo sobre tela. 1818. Museu do Louvre. Paris. A) Jacques Louis Davi. B) Miquelangelo de Merisi Caravaggio. C) Theodore Gericault. D) Miquelangelo Buonaroti. E) Rafae4l de Sanzio.

    18. As artes plásticas, bem como a literatura, carregam as marcas do momento histórico no qual são produzidas. O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e culturais causadas pela Revolução Industrial e pela Revolução Francesa do final do século XVIII. Sendo assim, a atividade artística tornou-se complexa. Os artistas românticos A) Valorizavam os sentimentos e a imaginação, o que é explicito

    no movimento das imagens presentes nas obras de Delacroix. B) Seguiam fielmente as regras da Academia tradicional. C) Tratavam com grande realismo seus temas. D) Jamais faziam referência a cenas ou acontecimentos

    vividos em suas épocas históricas. E) Não valorizavam a natureza em sua pinturas.

    19. Na sua ‘Liberdade guiando o povo’, Delacroix pintou A) um reflexo das lutas políticas que ocorriam em seu redor

    (embora tenha nascido pouco depois da Revolução Francesa, viveu em uma França bastante turbulenta).

    B) Cenas da Revolução Francesa, vividas por ele mesmo em sua juventude.

    C) Cenas da Guerra Civil Espanhola, inspirado na Revolução Francesa.

    D) O massacre de proletários pelos soldados imperiais durante a Revolução Francesa.

    E) A revolta dos proprietários de terras e escravos franceses durante a Primavera dos Povos.

    20. Sobre arte acadêmica marque a alternativa INCORRETA: A) Estilo que tem seu ápice na Itália no século XV; B) Estilo equivalente à Arte Neoclássica. C) Estilo baseado no classicismo grego; D) Nomenclatura utilizada pelo fato de ser o estilo ensinado

    nas primeiras academias voltadas par o ensino da arte; E) Surgiu na França em fins do século XVIII. 21. O MONUMENTO ÀS BANDEIRAS (SP), feito pelo escultor Victor Brecheret, é um exemplo de obra de arte tombada pelo Patrimônio. Assinale a opção que expressa a definição mais completa de Patrimônio Histórico.

    A) Patrimônio Histórico pode ser definido como um bem

    material, natural ou imóvel que possui significado para uma sociedade.

    B) Patrimônio Histórico pode ser definido como um bem material de importância histórica para uma sociedade.

    C) Patrimônio Histórico é um bem produzido por uma sociedade passada, por isso representa uma importante fonte de pesquisa e preservação cultural.

    D) Patrimônio Histórico pode ser definido como um bem material, natural ou imóvel que possui significado e importância artística, cultural, religiosa, documental ou estética para a sociedade.

    E) Patrimônio Histórico pode ser definido como um bem material, natural ou imóvel de caráter religioso importante para uma sociedade.

  • 22.

    A importância dos museus é desconhecida por uma grande parte da população, apesar de serem centros difusores de conhecimentos relevantes sobre o nosso mundo. A palavra “museu” é logo associada a coleções de objetos antigos, porém, a função dessas instituições vai além de simplesmente expor itens que despertem a curiosidade do público.

    Sobre a importância dos museus podemos afirmar: A) Os museus, ao desempenharem a função de centros

    agregadores do patrimônio cultural e social, possibilitam o contato do visitante a um universo de conhecimentos produzidos pela humanidade ao longo de sua história.

    B) Os museus são importantes fontes de renda para as cidades turísticas.

    C) Os museus são importantes lugares de armazenamento de objetos antigos e sem valor para as sociedades.

    D) Os museus servem exclusivamente para satisfazer a curiosidade das pessoas sobre o passado histórico.

    E) Os museus são laboratórios para pesquisadores desenvolverem seus estudos e pesquisas sobre o passado.

    23.

    As cúpulas presentes no Congresso Nacional, lar dos plenários da Câmara e do Senado, foram inspiradas nas construções egípcias e romanas. Também finalizado no ano de 1958, o edifício ainda é composto por dois prédios administrativos com 28 andares cada que, segundo o responsável pelo projeto, têm a finalidade de quebrar a linha horizontal presente na esplanada. O edifício do Congresso Nacional foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemayer para a construção de Brasília em 1960. O Congresso Nacional é:

    Croqui do Congresso Nacional. BSB. Oscar Niemayer. A) é o órgão constitucional que exerce, no âmbito federal, as

    funções do Poder Legislativo, quais sejam, aprovar leis e fiscalizar o Estado Brasileiro.

    B) Orgão responsável pela justiça em nível federal. C) Local de reunião do presidente da República com ministros e

    senadores para a discussão de questões relativas à sociedade brasileira.

    D) Residência oficial do Presidente da República em dias úteis. E) Sede do Banco Nacional onde são tomadas decisões no

    âmbito da economia na do Brasil. 24. A cena retratada na imagem a seguir simboliza a

    Os fuzilamentos de 3 de Maio de 1808 - F. Goya

    A) estupefação diante da destruição e da mortalidade causadas por um tipo de guerra que começava a ser feita em escala até então inédita.

    B) Razão, propalada por filósofos europeus do século XVIII, e seu triunfo universal sobre o autoritarismo do Antigo Regime.

    C) perseverança da fé católica em momentos de adversidade, como os trazidos pelo advento das revoluções burguesas.

    D) força do Estado nacional nascente, a impor sua disciplina civilizatória sobre populações rústicas e despolitizadas.

    E) defesa da indústria bélica, considerada força motriz do desenvolvimento econômico dos Estados nacionais do século XIX.

    25.

    A produção artística chega a nós, hoje, dos mais variados modos, e sua divulgação sofre interferências da mídia, instituições, governos. [...] a tecnologia existente hoje fez com que obras de arte se reproduzissem fantasticamente. Mona Lisa (Imagem III), por exemplo, existe apenas no museu do Louvre, em Paris, mas hoje vemos “Mona Lisas” espalhadas aos milhares, aos milhões pelo mundo. Quem já não a viu estampada em camisetas, cinzeiros, chaveiros e até fazendo propaganda de jeans em revistas? Quantas releituras, citações, apropriações já não foram feitas dessa obra?

    Releituras da Monalisa

    Considere as afirmativas a seguir e assinale a incorreta. A) A apropriação e a citação de obras de arte, ou de parte

    delas, tanto na propaganda como na arte, cumprem a mesma função.

    B) A reprodução da obra de arte, de certa forma, democratiza-a e a torna acessível à grande maioria da população.

    C) O processo de releitura pressupõe ir além da reprodução, pois significa reinterpretar e, por isso, criar novos significados.

    D) O aspecto quase sagrado que somente a obra original possui se perde à medida que esta é reproduzida em grande escala.

    E) Assim como existem diversas interpretações de uma obra de arte, existem diversas possibilidades de releituras dessa obra.

    GABARITO 1A 2B 3D 4A 5A 6B 7C 8E 9A 10D 11A 12E 13C 14B 15C 16C 17A 18A 19A 20D 21A 22A 23A 24A

  • Colégio Planeta

    Lista

    Férias Prof.: Thiago Caleffi

    Lista de História

    Data: 15 / 07 / 2019

    Aluno(a): Enem Turma: Turno:

    Independência do Brasil

    A independência do Brasil foi proclamada no dia 7 de setembro do ano de 1822, o que assegurou a emancipação da ex-colônia portuguesa. D. Pedro foi aclamado o primeiro imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I, sendo coroado no dia 1º de dezembro do mesmo ano.

    Resumo da Independência do Brasil

    Foram várias as causas da Independência do Brasil. No início do século XIX, a situação do Brasil, do ponto de vista político continuava a mesma do século anterior, as capitanias continuavam subordinadas à autoridade central do vice-rei, que governava em nome do rei de Portugal.

    A situação econômica era precária. Na agricultura a produção do tabaco e do algodão foram reduzidas. A cultura canavieira estava em fase de decadência.

    A pecuária se restringia à produção de queijo em Minas Gerais e charque no Rio Grande do Sul. A mineração apresentava baixo rendimento as jazidas estavam esgotadas.

    A indústria não se desenvolvia. O comércio no Brasil era limitado pelas restrições impostas pelo regime do monopólio. A colônia podia comerciar apenas com a metrópole.

    Para descobrir mais, veja o artigo: Causas da Independência do Brasil.

    A Família Real no Brasil

    No início do século XIX, a Europa estava inteiramente dominada pelas tropas do imperador dos franceses Napoleão Bonaparte. O principal inimigo de Napoleão era a Inglaterra, cuja poderosa armada Napoleão não pode vencer.

    Em 1806, o imperador decretou o Bloqueio Continental

    que obrigava a todas as nações da Europa continental a fecharem seus portos ao comércio inglês. Com isso pretendia-se enfraquecer a Inglaterra.

    Nessa época Portugal era governado pelo Príncipe Regente D. João. Pressionado por Napoleão, que exigia o fechamento dos portos portugueses ao comércio inglês, e ao mesmo tempo pretendendo manter as relações com a Inglaterra, D. João tentou adiar uma decisão definitiva sobre o assunto.

    A Inglaterra era fornecedora dos produtos

    manufaturados consumidos em Portugal e também compradores de mercadorias portuguesas e brasileiras.

    Para resolver a situação o embaixador inglês em Lisboa, convenceu D. João a transferir-se com a Corte para o Brasil. Desse modo os ingleses garantiam o acesso ao mercado consumidor brasileiro e a família real evitava a deposição da dinastia de Bragança pelas forças napoleônicas.

    No dia 29 de novembro de 1807 a família real, fidalgos e funcionários partiram para o Brasil escoltados por quatro navios britânicos. No dia seguinte as tropas francesas invadiram Lisboa.

    No dia 22 de janeiro de 1808 D. João chega a Salvador, onde tomou a mais importante medida de caráter econômico. Em 28 de janeiro expediu a Carta Régia de abertura dos portos do Brasil às nações amigas de Portugal. Só chegou ao Rio de Janeiro em março do mesmo ano.

    Rapidamente os produtos ingleses começaram a

    chegar. Um grande número de firmas inglesas se instalaram no Brasil. Em 1810, D. João assinou o Tratado de Comércio e Navegação. Entre outros atos, este estabelecia a taxa de 15% sobre a importação de produtos ingleses, enquanto Portugal pagava 16% e as outras nações 24%. A indústria brasileira ficou obrigada a sofrer a concorrência insuportável dos produtos ingleses.

    Em 1815, após a derrota definitiva de Napoleão, as potências europeias reuniram-se no Congresso de Viena. O objetivo era restaurar o regime absolutista anterior à Revolução Francesa.

    Para obter o reconhecimento da dinastia de Bragança e o direito de participar do Congresso, em 16 de fevereiro de 1815, D. João transformou o Brasil em Reino Unido de Portugal e Algarves. Era um passo importante para a emancipação política.

    A Revolução do Porto

    Desde a vinda da família real para o Brasil, o reino português estava a beira do caos. Além da grave crise econômica e do descontentamento popular, o sistema político era marcado pela tirania do comandante inglês, que governava Portugal.

    Tudo isso levou os portugueses a aderirem ao movimento revolucionário que teve início na cidade do Porto em 24 de agosto de 1820. A Revolução Liberal do Porto pretendia: derrubar a administração inglesa, recolonizar o Brasil, promover a volta de D. João VI para Portugal e elaborar uma Constituição.

    No dia 7 de março de 1821, D. João anunciou sua partida, e através de um decreto, atribuía a D. Pedro a regência do Brasil. No dia 26 de abril de 1821, D. João deixa o Brasil.

    Do Dia do Fico à Independência

    O novo regente do Brasil, D. Pedro de Alcântara tinha apenas 23 anos. Varias medidas das cortes de Lisboa Procuraram diminuir o poder do Príncipe regente e desse modo por fim a autonomia do Brasil.

    A insistência das Cortes para que D. Pedro voltasse a Portugal despertou atitudes de resistência no Brasil. No dia 9 de janeiro de 1822, foi entregue ao Príncipe Regente uma petição com 8 000 assinaturas solicitando que não abandonasse o Brasil.

    Cedendo às pressões D. Pedro respondeu: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo que fico. O Dia do Fico era mais um passo para a independência do Brasil.

    Em algumas províncias brasileiras, os partidários dos

    portugueses não prestigiavam o governo de D. Pedro. O general Avilés, comandante do Rio de Janeiro e fiel às Cortes, tentou obrigar o embarque do regente, mas foi frustrado pela

  • mobilização dos brasileiros, que ocupavam o Campo de Santana. Os acontecimentos desencadeavam uma crise no

    governo e os ministros portugueses, demitiram-se. O príncipe formou um novo ministério, sob a liderança de José Bonifácio, até então vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo.

    No mês de maio, o governo brasileiro estabelecia que qualquer determinação vinda de Portugal só devia ser acatada com o cumpra-se de D. Pedro.

    Na Bahia desencadeava-se a luta entre tropas

    portuguesas e brasileiras. Em desespero as Cortes tomaram medidas radicais: ✓ declararam ilegítima a Assembleia Constituinte reunida no

    Brasil; ✓ o governo do príncipe foi declarado ilegal; ✓ o príncipe deveria regressar imediatamente a Portugal.

    Diante da atitude da metrópole, o rompimento tornou-se inevitável.

    Grito do Ipiranga: "Independência ou morte!"

    No dia sete de setembro de 1822, D. Pedro se encontrava às margens do riacho Ipiranga em São Paulo, quando recebeu os últimos decretos de Lisboa, um dos quais o transformava num simples governador, sujeito às autoridades das Cortes.

    Essa atitude o conduziu a dizer que estavam cortados os laços que uniam o Brasil a Portugal, daquele momento em diante, Independência ou Morte seria o lema de todos os brasileiros. No dia 12 de outubro do mesmo ano, D. Pedro foi aclamado como o primeiro imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I, sendo coroado em 1º de dezembro de 1822.

    Atividade - ENEM 01. Leia o texto a seguir para responder ao que pede a questão.

    Decreto das Cortes Portuguesas

    “A 24 de abril de 1821, as Cortes de Lisboa declararam os governos provinciais independentes do Rio de Janeiro, subordinando-os diretamente às Cortes. Antes mesmo que lá chegassem os deputados brasileiros, já tratavam as Cortes, em 29 de setembro de 1821, de assuntos de sumo interesse para o Brasil, decidindo transferir para Lisboa [...] o Conselho da Fazenda, a Junta de Comércio, a Casa de Suplicação e várias outras repartições instaladas no país por d. João VI. Decretava-se a seguir, em 29 de setembro, 1º e 18 de outubro a volta do príncipe regente, nomeando-se para cada província, na qualidade do Poder Executivo, um governador-de-armas, independente das junta e destacando novos contingentes de tropas para o Rio de Janeiro e Pernambuco.”

    O texto acima se refere às deliberações das Cortes em Portugal, formada quando a família real portuguesa estava no Brasil, que pretendiam eliminar várias ações de autonomia administrativa implantadas por D. João VI na possessão portuguesa da América. Sobre o processo de Independência do Brasil é incorreto afirmar que:

    A) a primeira medida de autonomia econômica realizada por D. João VI foi a abertura dos portos às nações amigas.

    B) frente à pressão das Cortes, o príncipe regente D. Pedro I dirigiu-se a Portugal para prestar contas, voltando, porém, ao Brasil logo depois para poder realizar a Independência.

    C) a formação das Cortes obrigou D. João VI a retornar a Portugal, visto estar receoso de perder o poder na metrópole.

    D) as Cortes formadas em Portugal foi uma consequência da Revolução Liberal do Porto, de 1820.

    02. A independência do Brasil e das colônias espanholas na América tiveram como elemento comum: A) as propostas de eliminação do regime escravista imposto

    pela metrópole; B) o caráter pacífico, uma vez que não ocorreu a

    fragmentação política do antigo bloco colonial ibérico; C) os efeitos do expansionismo napoleônico, responsável

    direto pelo rompimento dos laços coloniais; D) o objetivo de manter o livre-comércio, como um primeiro

    passo para desenvolver a industrialização na América; E) a efetiva participação popular, uma vez que as lideranças

    políticas coloniais defendiam a criação de Estados democráticos na América.

    03. (MACKENZIE) O processo de independência do Brasil caracterizou-se por: A) ser conduzido pela classe dominante que manteve o

    governo monárquico como garantia de seus privilégios; B) ter uma ideologia democrática e reformista, alterando o

    quadro social imediatamente após a independência; C) evitas a dependência dos mercados internacionais, criando

    uma economia autônoma; D) grande participação popular, fundamental na prolongada

    guerra contra as tropas metropolitanas; E) promover um governo liberal e descentralizado através da

    Constituição de 1824. 04. A maior razão brasileira para romper os laços com Portugal era: A) evitar a fragmentação do país, abalado por revoluções

    anteriores; B) garantir a liberdade de comércio, ameaçada pela política de

    recolonização das Cortes de Lisboa; C) substituir a estrutura colonial de produção e desenvolver o

    mercado interno; D) aproximar o país das repúblicas platinas e combater a

    Santa Aliança; E) integrar as camadas populares ao processo político e

    econômico. 05. A respeito da independência do Brasil, pode-se afirmar que: A) consubstanciou os ideais propostos na Confederação do

    Equador; B) instituiu a monarquia como forma de governo, a partir de

    um amplo movimento popular; C) propôs, a partir das idéias liberais das elites políticas, a

    extinção do tráfico de escravos, contrariando os interesses da Inglaterra;

    D) provocou, a partir da Constituição de 1824, profundas transformações nas estruturas econômicas e sociais do País;

    E) implicou na adoção da forma monárquica de governo e preservou os interesses básicos dos proprietários de terras e de escravos.

    06. Leia as afirmativas abaixo sobre o processo da Independência do Brasil e assinale se as mesmas são Verdadeiras (V) ou Falsas (F). I. () V () F – A abertura dos portos brasileiros às demais

    nações do mundo pode ser vista como um primeiro “grito

  • de independência”, em que a colônia brasileira não mais estaria atrelada ao monopólio comercial imposto pelo antigo pacto colonial.

    II. () V () F – Como resposta à imposição das Cortes pelo seu

    retorno a Portugal, Dom Pedro I firmou uma resolução onde dizia que nenhuma ordem vinda de Portugal poderia ser adotada sem sua autorização prévia.

    III. () V () F – No contexto de acirramento das tensões entre as

    Cortes e a colônia portuguesa, o príncipe regente baixou os impostos e equiparou as autoridades militares nacionais às lusitanas.

    IV. () V () F - Dom Pedro I incorporou figuras políticas contra a

    independência aos quadros administrativos de seu governo, como José Bonifácio, defensor de situação colonial brasileira e do poder régio português, pretendendo com essa manobra enganar as Cortes de suas reais intenções.

    07. A respeito da Independência do Brasil, é válido afirmar que: A) foi um arranjo político que preservou a monarquia como

    forma de governo e também os privilégios da classe proprietária;

    B) as camadas senhoriais, defensoras do liberalismo político, pretendiam não apenas a emancipação política, mas a alteração das estruturas econômicas;

    C) foi um processo revolucionário, pois contou com intensa participação popular;

    D) o liberalismo defendido pela aristocracia rural apoiava a emancipação dos escravos;

    E) resultou do receio de D. Pedro I de perder o poder, aliado ao seu nacionalismo.

    08. A Independência do Brasil: A) rompeu o processo histórico; B) adaptou a estrutura política do país às conveniências da

    aristocracia rural; C) acelerou o processo de modernização econômica; D) representou um sério golpe na economia escravista; E) representou um retrocesso político, devido à forma

    monárquica de governo adotada. 09. O príncipe D. Pedro, na Independência do Brasil, foi: A) essencial, pois sem ele não ocorreria a independência; B) figura de fachada, totalmente submisso aos desejos de José

    Bonifácio; C) mediador, minimizando os antagonismos entre Brasil e

    Portugal; D) manipulado pela aristocracia rural, objetivando realizar a

    independência com a manutenção da unidade popular; E) totalmente independente, tomando para si liderança do

    processo, dando à i