æ i Rio de Janeiro ESGHIPTOMO B REDACÇAO RUA DOS OURIVES...

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AnnoIV Quarta-feira 4 de Julho de 1877 CONDIÇÕES DA ASSIGNATÜRA COKTE E NICTHEROT De hoje até o fim do anno 7g000 Numero avulso 40 rs. ¦>$?& N. 163 CONDIÇÕESDA. A**3IGriN"A.TÜ'KA S PARA AS PROVÍNCIA» De hoje até o fim do anão 105000 ÓRGÃO DOS INTERESSES DO COMMERCIO, DA LAVOURA E DA INDUSTRIA . ..-,æi Numero avulso 40 rs. CtàpETA NEUTRALIDADE NA LUTA DOS PARTIDOS POLÍTICOS Rio de Janeiro ESGHIPTOMO B REDACÇAO RUA DOS OURIVES S. 51 Summario Lsimigraxtes russos. a exvosição permanente; em piiila- DELPHIA. E'COS DO PARLAMENTO Exterior.— Correspondência de Pari2- Correspondência de Lisboa. Noticias diversas. Avisos. Secção livre. fNEDITOllIAES. Commercio. Folhetim.—-Os Noivos, por TVJanzoni. iBMiaâgrsuHttes r«s»«f.s Em seu numero de ante-hontem occu- pou-se o Jornal da Tarde com este as- sumpto. O caracter desta folha, addicla ao go- verno e por isso mais ou menos imbuída de suas vistas, transluz sobro as suas opiniões um tom de autoridade, que se não é oflicioso é confidencial. E, assim, conhecer as opiniões deste órgão confidencial é quasi conhecer as opiniões dos que o inspiram, Das reflexões que aquella folha adianta, pôde concluir-se que o governo do Brazil é favorável á immigração russa, que ef- fectivamehte se prepara para aportar ás nossas praias. E isso se conclue das prevenções com que a folha ofíiciosa se esmera em tran- quilisar a opiúiãp publica sobre à quasi desnecessidade de aceudir com soecorros pecuniários aos immigrahtes, na máxima parte possuidores de algum capital, cujo cumpto se faz elevar ao considerável ai- garismo de trinta mil contos de réis, o na peior hypothese á metade dessa somma, que ainda assim é avultada. - Lisongea-se o governo com a perspec tiva de que todo esse numerário, ou grande parte delle se recolha aos cofres do tbèsouro nacionai, o que seria uma solurão providencial para os apuros fi- nanceiros do Império. Ao governo restaria apenas prover aos auxílios de uma turma de 12 a 14 mil co- lonos, oalclos <Ie meios "e" ãtlestrilniiçab cie terras, nas condições mais favoráveis da lei, aos que possuem capitães. Aclia a folha da tarde que a pccasíão é opportuna de ensaiar um novo systema de colonisação, condemnado como está pela experiência o até hoje seguido. Não partilhamos as fáceis e fagueiras esperanças do nosso illustràdo collega sobre a inversão dos fundos russos em titulos.da nossa divida publica. E' quasi absurdo esperal-o. Não soffre duvida que uma massa de população que se expatria traz comsigo uma certa quantidade de valores em di- nheiro, em utensílios e mais instrumen- mentos de trabalho, mas esses valores são na quasi totalidade tão diminutos, que apenas bastam para os gastos do primeiro estabelecimento. A regra é que quem está bem em seu paiz não emigra. Os habitantes do Wol- ga, cujos haveres forem de alguma im- portancia, muito difficilmente quererão vir correr nos sertões do Brazil com as eventualidades de uma exploração agri- cola., Admittida mesmo a importação desses capitães, seria menos útil para o nosso paiz que elles fossem encher as fauces insaciáveis do defficit, do que fomentar a producção e a riqueza das nossas uberas terras. Antes, porém, de embalar-se nos so- nhos dourados que suggerem á imagi- nação governativa os rublo.s russianos a despejarem-se no 'thesouro, outro ponto, que nada tem de illusorio e fascinante, deveria de preferencia oceupar os eui dados da administração. Onde vão aecominodar-se essas my- riades de colonos, prestes a chegar ? Não' basta que o governo pense em conceder-lhes terras pelo preço minimo da lei e a longo prazo. E' preciso que as entregue medide as demarcadas. E' pre- ciso ainda que sejam ellas situadas em pontos áccêssiyeis a um fácil e seguro transporte. Tem o governo terras em taes condi- çoes ? Para uma tão crescida demanda não tem. Internar esses colonos no coração das nossas mattas virgens, sequestrando-os dos mercados e do movimento commer- ciai dos portos, não é por certo um passo de muito tino para quem quer acprpçpár o systema da immigração espontânea. Tal é o grave problema que se levanta diante do governo com a immigração russa. E" preciso pensar em resolvel-o sabia- mente, se não quizermos que esses la- boriosos agentes da nossa riqueza nos dêem as costas e levem ás regiões do Prata os seus rublos e o seu trabalho. amam— FOLHETI » mmmmm^MM NOVELLA T3SCRIPTA EM,ITALIANO 1>0U ALES A Üfi » Í\ E .11A X % « K 1 OS NOIVOS Chegados á porta, abriu-a de par em par o conselheiro, porfiando para que o provincial entrasse primeiro. Passaram depois ambos á casa de jantar e junta ram-se com os outros convidados. Desta conferência resultou chegar de Milão uma nòite.a Prescárénico, um ca- pachinho com um officio para o padre guardião e nelle a ardem para que, em virtude da santa obediência, fosse frei Christovão ¦'pregar a Quaresma em Ri- mini, com expressa determinação de dei- xar no mesmo instante qualquer negocio que tivesse no paiz,e suspender igualmen- te toda a correspondência com elle ; o Ca- puchinho portador do officio devia acom- panhal-o. Nada disse 0 guardião nesta noite; porém na seguinte manhã muito cedo, mandou chamar o "padre r Christovão, mostrou-lhe a ordem, e lhe intimou,.,que se puzesse immédiatàmente a caminho cum o. tal frade companheiro. Imagine o leitor que golpe si-riá este para o bom religioso. Apresentaram-se- lhe immédiatàmente na. lembrança Lou- renço, Ignez,'', Luzia, e; exclamou com- sigo: O' meu Deus-! %íe farão sem mim" estes desgraçados? Porém levantando A exposicrà» gses-snunez&tc i;ih Philu- Aqui falla-se muito em Estados Unidos e no progresso do povo americano, mas não se faz cousa alguma sem primeiro appeliar-se para o governo e pedir-se a intervenção deste directa e iinmediata ; isto é, faz-se inteiramente o opposto do enérgico .povo a quem se quer ( em pa- lavras ) imitar, e que conta comsigo. A "respeito de "exposições eis o que se- gundò unia acreditada folha européa, aca- bani os americanos de fazer : « Unia sociedade fundada com o capi- tal de tií,'õ,: üü dollars, fez âcquisiçãp do Mair Biiil ding, situado no parque de Fairmout em Philadelphia, afim de ahi installar uma exposição internacional permanente de produetos industriaes e artísticos. « A abertura dessa exposição teve luga- a 10 de Maio, anuiversario da g ande exposição de 1876, e deu lugar as festas publicas na cidade dos qufikars. As bandeiras estrelladas .•• tremularam vivamente na maior parte dos edifícios públicos e das casas particulares, como nas festas do centenário. « O presidente Hayes, acompanhado por seu filho e três membros do gabinete, encontrou-se no Centinnial Grounds com o ex-presidente dos Estados-Unidos, o general Grant. Ambos, foram calorosa- mente acclamados. « A' uma hora, o presidente Hayes e sua comitiva, sahiram do Hote. Conti- dental e foram em carruagem á Fairmout escoltados pela first city troop. A' sua chegada no pavilhão central, os vizitan- tes foram recebidos pela com missão cen- trai de recepção, que os levou aos assen- tos reservados da frente da plata-fôrma. « Começou innnediatameute a cerimo- nia da inauguração, e foi ella imponente e grandiosa. A musica tocou o hymno nacional, seguiu-se um coro entoado por três mil vozes. Os Srs. John Welsh, Albert Goshorn e Clemente Beddle presi- logo os olhos para o céo, arrependeu-se de ter desconfiado da Providencia, e de julgar-se necessário para alguma cousa. Cruzou as mãos sobre o peito em sig nai de obediência, e baixou a cabeça diante do guardião, que chamando-o á porta, ihe participou a outra circumstanciacom pa- lavras de conselho e tom de ultimação. Recolheu-se frei Christovão á sua"cella, metteu o seii breviario e sermãos em uns aiforges, cingio o corpo com uma correia, foi despedir-se de seus irmãos frades, e depois de ter ido receber a benção do guardião, põz-se a caminho com o com- -panheiro que lhe tinham nomeado. dissemos, que animado D. Rodrigo, emais que nunca empenhado em levarão cabo a sua pérfida empreza, estava de- terminado a solicitar o auxilio de um malvado, de quem não podemos nem por conjuntura indicar o nome; appellido, nem titulos; cousa tanto mais estra- nha, quanto desta personagem acha- mos memória em mais de tini livro impresso : que este sujeito seja o mes- mo, : não o permitte duvidar a identi- tade de factos : porém em todas as partes se adverte um particular cuidado em ou- cultar. o seu nome. Francisco Eivola, «aliando da sobredita personagem na vida do cardeal Frederico Borromeo, chama- lhe um cavalheiro tão poderoso por suas riquezas, como illustre pelo seu nasci- mento; Ripamonti, no livro quinto* da década quinta da sua historia petrià falia delle com .bastante extensão cha- mandó-lhe sempre um sujeito, este ho- memi-iesta personagem, etc. Referirei diz no seu eloqüente, latim, o caso gm sujeito, que sendo dos primeiros raiides da cidade, tinha ido domiciliar-se na suaquinta, onde, seguro á forca de de- liçtos, zombava dos juizes, da rústica e de toda autoridade. Situado fronteira do Estado, vivia uma vida..independente,; dando, abrigo a todos os bandoleiros, e sendo elle mesmo também bandoleiro. * dente da Exposição pronunciaram dis- cursos. « O presidente, os officiaes generaes, os governadores dos Estados e os convi- dados percorreram depois as diversas secçoes da Exposição, que formam, por assim dizer, um resumo da Exposição do Centennario. « As prineipaes secções são as consa- gradas á musica, á pintura, á mecânica, á agricultura, á publicidade, á educação e á historia natural. Quasi todosos pai- zes que tinham exposto em 1876 deixaram alli alguns presentes. Um dos mais boni- tos ê o pavilhão do Brazil, dado pelo im} perador D. Pedro. « A França é representada pelo pavi- llião de crystal, onde se admiram espe- lhos de grandes dimensões ; a Allemanha, por uma' casa ailemã com eainponezes e a estatua collossal de Bismark ; a Rússia, pelos seus malaehitos ; a_ Itália, por quadros e mosaicos. A secçao mais com- pleta é a consagrada á educação. Com- prehende modelos de escolas urbanas, rura.es, teehnicas, normaes, cominerciaes, artísticas, amostras de todos os appare- lhos, instrumentos, livros,, desenhos, mappas, relevos de paisagens, auimaes e pássaros empalhados, personagens de diversas nações com suas vestes pro- prias, e etc. « Uma das secções que também mere- ceu especial cuidado foi a do Comfort pu- blico. Entre os attraetivos que offerece a Exposição permanente, nota-se o dio- rama que representa Washington em Yorktown, passando revista a 3 >,00¦') francezes e americanos veucedores do exercito, inglez commandado por lord Cornwallis ; o museu da Pensylvania; as magníficas estufas de Horticnltural Hall : o acampamento do Jardin Sioux ; os pavilhões turcos, armênios, chinezes e japonezes. » E tudo aquillo fez-se sem que o the- souro federal, ou os Estados concorres- sem se quer com um dollar. E' que naquelle paiz de energia e acti- vidade, se comprehende que a grande força das sociedades modernas é a inicia- tiva individual. Alli o governo tem a sua orbita perfei- tamente traçada, cada uni conta comsigo só, e quando os capitães se atiram á qualquer empreza, não se lembram os accionistas da encampação futura e muito menos do auxilio iinmediato dos cofres públicos. G \, ;P*''»P<>sit<> de rios e chuvas, fez b. Ex. uma prelecção de hydrographia. Ací-edita. na possibilidade de poços artezianos. Tainbem nós. Q»!Sil foi o presidente do Ceará que sue- cedeu ao senador José Martiniano de Alencar ? Depois daquella historia que contou o Sr. Araripe, ó interessante saber o nome do jjresidente inimigo dos poços arte- ziands. E' Realmente digno de attencão o que disse;o deputado cearense a respeito da construcçao de açudes, em virtude de uma lei. Se tentassem novamente aquelle re- curso? O abuso não deve contrariar o principio. Quei- S. Ex. que se faça do Ceará um novoíEgypto. Mas quem será o Khediva ? O Sr. Figueira de Mello opina pela conservação dos advogados do conselho de Estado; pois é preciso que esses pro- fisslonaes sejam conhecidos por sua proficiência e moralidade, a bem de evitar inútil trabalho do conselho, que o teria infalhvelmente, se fosse permittido ad- vogar perante elle quantos moços sahis- sem das academias sem a necessária ex- periencia. As Relações deveriam também ter os seus advoga ios, o que evitaria complica- çoes inúteis na administração da justiça. E«sl:i medida evitaria que advosados sem chentella e sem habilitações'pres- tassem as suas assignaturas " por 2$ qualquer procurador ou advogado trangeiro que faz os seus arrazoados. a es- dos deputados, o que adiará as novas eleições para fins de Outubro ou éoniecos ae .Novembro. BaqniatélàcoméçjtóeiJe por povoar as administrações dereriatu- ra.s suas; exercerá pressão formidável soore as eleições municipaes e departa- Sn? ^•o33 ã^is? J:'1 alguma cousa tentou o Sr. Buiiefc, mas saliiu-se maiem seu cnraanosoprojecW, graças ao inabala- vei bom senso da população. Umapliras® noinvelmente justa foi proferida pelo br. Grambetta :—.A. dissolução é o pvefa- cio da guerra. A' luz deste facho é due se faraó as eleições. Logo depois de decretada a proro<?acão os senadores '-—'^: L.»Viint»u também a adéa da coloni- zaçãq nacional. . I>t?jpl:ti*»3i que a producção agrícola annuàl do Ceará orça e«n 15.000:OÒ0/?;.)0O. -it? razão em algumas considerações que fez sobre a cathechese dos indigenas. EGHOS DO PARLAMENTO Os* votos que faz sobre a colonização são também os do Globo. Pehsaque a immigração para o Brazil será numerosa e expontânea, quando ti- vermos justiça brevemente administra- da, eíuma lei de locação de serviços. Acdmpanhamol-o ex abunãanlia cor- dis. E' fbom lembrar que o orador é magis- tradoide alta cathegoria. <%———^—~ Atjhv»a:<m tainbem pela liberdade de consciência. Muito apoiado. Pi'i)nnnci;5-se contra o abono de ven- cimentes a conselheiros que não estive- rem em exercício. neyem cessar os vencimentos de con- selneiro, quando tiverem assento no senado. O conselheiro é sujei to ao gover- no, o senador ao povo : não se pôde ser- vir a dois senhores. O Ss«. Octaviano opina pelo adiamento do projecto, devendo ir a uma commissão para dar parecer. Cora!»5ite o previlegio de advogados especiaes, mostrando que esse previlegio nao evita os abu os.° Qsier que se desafie a colonização espontânea.- *;- E nós igualmente. Af.í>e«3i a immigração oíficial. Estamos a seu lado para ajudai o. Em resumo, salvo o exordio, onde houve política, agradou-nos o discurso de S. ÍEx. Psfciloii na discussão do orçamento da agricultui-a o.Si\ Alencar Araripe.: O exordio do discurso desse Sr. não contém novidade ; parece-se com todos os exordios dos discursos de nossos repre- sentantes.Ä' S. Ex. ve tudo cor de rosa, em rela- ção á política. Questão do vidro da lunela. Cosmo cearense, agradece todas as provas de caridade e desvelo que se tem tido na corte e tora della, para com as vi- ctimas da secca na sua província. Tecesi elogios ao Sr. Caetano Estèllita. desembargador O elogiado terá de agradecer. Quem não poderá agradecer os elo- gios é o finado marquez de Pombal. A emíííiília apresentada pelo illustre deputado consigna três idéas/ V«»t5íS';sjj» pelas duas primeiras,^ aber- tura do canal e a construcção dos açu- des. ftíeg;«E!a<»3 o nosso voto á autorização para encampar a estrada de ferro de Ba- turité. A 5>í*eYsiIeí'ea' a razão allegada para encampar aquella linha férrea, adeus, finanças do Bi-azil. E as outras estradas não pedirão o mesmo favor *? Fazer tudo o que as leis prohibiam, metter-se nos assumptos dos outros sem mais interesse que mandar despoticamen- ie, e sei- temido de todos, tinha sido sem- pre a sua paixão dominante. Desde a sua mais tenra idade, ouvindo contar tantas tropelias, arbitrariedades e contendas, e á vista de tantos tyrannos como apre- sentava aquella época de confusao_ e desordem, invejava semelhante condição, anhelando imitahos. Sendo maneebo e vivendo na cidade, não não perdia oc- casião, mas até a buscava para metter-se com os mais famosos naquella profissão, e ter contendas com elles, com o ob> jecto de lhes dar o que fazer, com o de obrigal-os a procurar a sua amizade. Excedendo á maior parte, delles em ri- queza e clientela," a talvez a todos em atrevimento e força, conseguiu que mui- tos abandonassem toda a espécie de riva- iidade ; deixou a muitos escarmentados; e muitos se fizeram seus amigos, porém amigos submissos e dependentes. Não obstante, em ultimo resultado, vinha elle a ser dependente de todos ; porque ar cada momento lhe pediam o. seu auxi- lio nas suas emprezas ; e como fugir eom o corpo teria sido motiyo para que dimi- nuisse" 0 seu credito, couimetteu, por si, por outros, tantos attentadós, que não bastando para arrostar a força publf- ca e os oclios privados o seu nome, a sua família, nem os seus amigos, teve que abandonar o campo e sahir do paiz. Tao grande era o estado de anarquia dessa época, que Ripamonti conta que no dia em que. este homem poderoso teve que abandonar a cidade, a atravessou (tpda a cavállo e ao som de corneta, coni. grande acompanhamento de criadose cães; e ao passar por diante do palácio do Gover- uador; general deixou^ á guarda :uma em-, ' baixada grosseiros.. Insultos spara «ste magistrado. .;;;,; Na sua ausência não cessou de cor- Portant», se o Globo tivesse assento na câmara dos Srs. deputados, daria um r—miiíto bem ao Sr. Araripe, quando tèrminpií o seu discurso, apezar de algu- mas restricções que fizemos. O n»S»B'e Sr. barão de S. Domingos declarou ter ouvido com muito prazer o discurso do Sr. Araripe. Kssíi declaração deve ter sensibilizado ao illustràdo deputado pelo Ceará. V Foi rejeitado o requerimento do Sr. Franldin Doria, sobre a questão do Piauhy. O Sr. Affonso Celso, pediu cópia das instrucções expedidas á commissão no- meada para proceder a exame nos archi- vos da câmara municipal da corte, e bem assim dos contratos' celebrados pela mesma câmara e ultimamente approva- dos pelo governo. Eiiíende que o conselho de estado não esta organisado de modo que faca os serviç s que delle se esperam. ^<> Senado foram rejeitadas as propo- sicpes da Câmara dos Deputados conce- uendo diversas loterias. Depois oecuparam-se os senadores em trabalhos de commissões. . " EXTERIOR' Cori-espujsilesieiii especial para í3 « GIoSísj » Pariz, 19 de Maio. Su.m.mario : Hohenlohe e Decazes A carta de Mac-Mahon ao duque Decazes Fins do novo gabinete Seu plano de combate— A dissolução é o prefacio da guerra O terreno eleitoral Pro- testo dos deputados republicanos Thiers o ássigna—Protesto dos sena- dores republicanos—Opinião das fo- lhas francezas Reserva dos jornaes bonapartistas—As folhas clericaesla- vam-se em água de rosas Os jornaes allemaes As folhas inglezas. Í5 Sr. Siqueira Mendes fez um requeri- mento sobre questões da navegação do Araguaya. Não é S. Ex. sympâthico a este rio. ¥otam»s a favor do parecer da com- missão, sobre o requerimento da viuva do Dr. ~Villela Tavares. O Sr. senador Corrêa, falia sobre o projecto que extingue os lugares de advo- gados especiaes para o conselho de Es- tado. Ae«eiía esta revogação, mas não con- corda com outra idéa do projecto, qualé a de abonar-se gratificações aos con- selheiros de Estado extraordinários, quando mesmo não. estejam em exercício. responder-se com os seus amigos; con- servou sempre relações coin elles, con- trahindo além disto novas amizades, e os historiadores desse trfinpo asseveram que até Príncipes estrangeiros se valeram delle, para desfazer-se de algumas pes- soas. Finalmente, passado algum tempo, cujo espaço se ignora, ou fosse por ter «.fido indultado, ou porque o seu atrevi- mento lhe servise de salvaguarda, re- solveu voltar á sua pátria, como < five- íivamente o" verificou, ainda que não a Milão, mas sim a um seu castello feru- dal perto da fronteira do território de Bergamo, que, como todos sabem, per- tencia então á republica de Veneza, e ahi estabeleceu a sua residência. Esta casa, diz o citado Ripamonti, era unia secretaria em que se lavravam de- crètos de sangue. Os criados eram todos bandoleiros conhecidos por taes e assas sinos, de fôrma que nem o cozinheiro, nem o bicho da cozinha estavam" isentos de eommetter homicídios; até as mãos dos rapazes costumavam banhar-se em sangue. A tão honrada família se aggre- gava outra de indivíduos da mesma laia, espalhados por vários pontos do seu tér- ritorio, e sempre dispostos a executar as suas ordens. Todos os tyrannosmhos daquelles con- tôrnós tiveram, uns em uma,y outros em outra oceasião, que escolher entre a sua ainizade e p seu ódio; porque os primeiros que intentai^am fazer-lhé frente, ficaram tão mal, que a todos faltou animo para lhe; fazerem opposição. Não" bastava lambem estar mettido Ha eoneha, como costuma dizer-se, para não depender dos seus caprichos, pois chegava de qnando Disse-lhes que o Sr. Decazes conserva a pasta de estrangeiros. Depois da visita do Sr. Ilohenlohe ao presidente da Re- publica, o Sr Decazes recebeu e pubJi- cou no Officiel a seguinte carta : « Pariz, 17 cie Maio. « Meu caro duque. « Não me permittiram as circnmstan- cias que eu conservasse o gabinete do qual fazieis parte. « Quero, entretanto, que seja perfeita- mente comprehendido que pretendo man- ter com as potências estrangeiras as re- lações amigáveis que soubestes entreter com ellas. Não é possível modifica-las, e nada deve ser a altjrado na política externa por vós tão hábil e dignamente representada. - « Appello, pois, para o vosso patriotis- mo, e peço-vos que fiqueis no posto que vos confiei ha mais de 3 annos, certo de que se o abandonais, será isso em detri- mento da causa publica. - « Recebei, meu caro duque, as provas de sincera estima que vos consagra s O presidente da republica Marechal di: Mac-Mahox. - © que visa o novo gabinete ? Elle não o oceulta ; e a mensagem mesmo o con- fessa em muitos termos: deitar por terra a republica em 1880. Qual o seu plano? Passada a prorogação por um mez, elle terá-a prerogativa que lhe confere a con- stituição de decretar uma nova proroga- cao de igual tempo; mais tarde, de mãos dadas com o senado, dissolverá a câmara um manifesto' deputados acaba llitOjr Leza como por uma espécie de vassallagem, a outra se achava na dura alternativa de sujeitar-se á sua decisão, ou declarar-se inimigo seu, que era equivalente, como elie mesmo dizia; a estar hectico em ter- ceiro gráo. Muitos que não tinham razão appella- vam para elle afim de a terem ; e outros tendó-a, antecipavam-se a éscudar-se com o seu patrocínio, e fechar a entrada ao seu adversário. Succedeu mais de uma vez, que implorando a sua protecção certa pessoa opprinuda por um poderoso, se declarou pela parte mais fraca, obri- gadn o o oppressor a desisiír da sua em- preza, e no caso de negativa empregou conti-a elle meios violentos. Nestas ocea- siões, este homem tao temido e odiado, não deixou de ser abençoado, porque em conseqüência da deslocação social de semelhante epocha, aquella justiça,, ou para melhor dizer, aquella reparação de uma vexação, não teiia sido possível obtel-a de poder algum publico, nem privado. Todos estes factos lhe tinham grangea- do tal nomeada no território Milanez, que a sua vida subministrava matéria a roií contas populares,, excitando o seu nome a idéa de um poder extraordinário, e portentoso. Sernjwre que se apresen- tavam em alguma -parte bravos de as- peeto mais feroz, do que costumavam vèr-se, ouJse falia va de algum atteutadoi, cujo autor se ignorasse,. no mesmo ins- tante corria de bocea em hocea o nome deste indivíduo, nome que- pela singular circunaspecção {por não dizer outra eou republicanos de um lado, e os deputados do mesmo credo de outro, reuniram-se para redigir ao paiz. Õ da câmara dos assim : «Dentro de cinco mezes. quando muito a trança lera a palavra; temos eeriezt cie que ella se não desmentirá. A reuu- blica sahira mais forte do que nunca da urna popular, os partidos do passado serão definitivamente vencidos ea Frau- ça poderá olhar para o futuro cheia de confiança e serena. » Thiers foi quem <> assignou. O texto do manifesto dos senadores é o seguinte : « Os três grupos da esquerda do se- nado reunidos em assembléa geral, « Tendo maduramente examinado a si- tuaçao em que deixou o paiz a carta pre- sidenciat de 18 de Maio, e a composição do gabinete. « Protestam contra a tactica, que adi- ando o parlamento logo depois da leitura da mensagem; supprimiu quálquel dis- cussao e confiscou a liberdade da tribuna em proveito do ministério. E considerando que a crise suscitada sem motivos, no meio de profunda paz de que gozava o paiz, e em presença das eventualidades do exterior, abala os interesses e justifica qualquer descon- fiança; «Considerando que importa tranquilli- zar a França. « Exprimem afirme convicção de mie o senado nao se associará a nônham com- mettimento contra as instituições repu- olicanas e declaram que resistirão ener- gicamentea toda e qualquer política que ameace a paz publica. » Resta-me somente açora, para termi- naresta carta bem" longa, indicar o acolhimento que teve da imprensa fran- ceza e estrangeira ¦ o golpe de Estado de 10 de Maio. O Jnmal dos Debates reprova-o ener- gicamente. « Estamos em plena republica, e no emtanto no gabinete, o que não ha é um republicano ; mas também como poderia estar nelle um republicano ? Andamos quatro annos para traz: quatro annos ganhos á custa de esforços e saerihcios, e em uni dia perdidos ! ». A France compara o bello papel yp-' preseníado pelo Sr. Thiers ante uma deserção da maioria do "parlamento com o papei que quer reprosen ar o ST. M;ic- .vlaiion, e conclue: ;«;_Â Fran.;a, a Europa, a historia jul- garao qual das duas condnetas merece os seus applausos, qual é digna de censura. « O suffragio universal" se piònuii- ciou a 20 de Fevereiro de 1876 ; se o con- sultarem em 1S77, em vez de fazel-o em 18S0, elle não se decidirá. » O Bem Publico assim se exprime : « O ministério combate, hoje orpa- nizado, pôde levar a Franca a uma guerra. Se a isso não está ede ainda de- cididamente resolvido, forcal-o-hão as circmr.stancias. « Vendo que lhe é impossível governar com a constituição, ê forca que escolha um pretexto para derribàl-a. Então poderão lançar mão do recurso desses jogadores, que, em ultimo caso, jogam com o suicídio. « E' o que fará o ministério. A diffe- rençaestá em que elle não aventurará o seu suicídio, mas, ainda uma vez, o da França. » O Temps faz a seguinte apreciação : « O ministério que nos impõem é jus- tamente. o contrario daquelle que podiam legitimamente reclamar os votos da maio- ria. Ha quatro annos, uma assembléa única e soberana derribava o poder exe- cutivo por ella constituído ; hoje um che- fe de Estado, irresponsável, "fôrma um gabinete, que elle sabe não contar com a maioria e por elle tirado de qualquer outro lugar, menos dessa mesma maioria; organiza na Republica um ministério, do qual nenhum membro é republicano. personagem nao era possível emprehen- der o mesmo gênero de vida sem mal- quistar-se, ou relacionar-se com elle. Por esta razão lhe tinha offerecido os seus serviços, fazendo se seu amigo ; e com eflèito lhe tiníiã feito alguns favores e recebido protestações de amizade, e agradecimento, e auxilio reciproco, sem- pre que chegasse a precisai-o. Procurava nao obstante D. Rodrigo oceultar a sua. amizade, ou pei» menos a intimidade, e natureza delia: porque supposto aspirasse- a ser tyxanno, aão o queria ser selvático, e brutal. Semelhante profissão não- era para elle um objeeto, senão um meio ; e como se propunha; a freqüentar a sociedade da capital, e gozar de todas as commodidades, honras e divertiman- tos da uida civil, necessitava de ter certas conteaoiplações, dar-se bem com os seus parentes, cultivar a amizade das- pessoas de valimento, poder apoiar uma mão. na balança da justiça, para no.ca&o de necessidade inclinai-a em seu favor ; ou inutilisaili a, e até mesmo dar com ella. na cabeça de algum adversário, tmsnõo por este naoao se pudesse tirar melhor^ partido, que da vingança privada. O conhecimento, pois, da sua inti-. ; midade, ou para melhor dizer, da sua ali- i liança eom um hoiaem de tal espécie, fu- rioso inimigo da autoridade publica, não* teria de eerto feito bom estômago ao con-* de seu tio ; ao mesmo passo que eeztas. relações de mero cumprimento, que não fora fácil oceultar, passariam por atten- ções' indispensáveis relativamente a um homem, cuja inimizade era demasiado. sa) dos nossos escriptores, isao temos po- perigosa ; sendo por outro lado suficiente dido averiguar, vendo-nos portanto na em quando um emissário a intimar, que n0CeSSidade de chamar-ihe entalhe desistisse de tal ou tal empreza, que deixasse de importunar á este ou aquelle devedor, ou outras cousas senielhantes; e então era preciso respondei* cathegori- caniehfe. Quando em qualquer negocio uma das partes recorria a. sua mediação, iro anonymo, Senhor do castello, etc. Deste castello á morada de D. Rodrigo não havia mais distancia que sete milhas: por isso logo que este chegou a ser senhor e tyranno deste districto, se convenceu de que com a visinhança de> semelhante deseulpa a necessidade. Uma. manhã pois sábio D. Rodrigo em trajo de caçador com uma escolta de hra- vos a pé, o Canoso á estribeira, outros quatro atraz, e dirigio-foe assim para a castello do cavalheira sem nome. (Continua). ¦"•;'¦" '^;U"^-'*.:'-":rl V¦ - - . ¦ -_•"-'" '•.-. / '.

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Page 1: æ i Rio de Janeiro ESGHIPTOMO B REDACÇAO RUA DOS OURIVES …memoria.bn.br/pdf/369381/per369381_1877_00163.pdf · 2012-05-06 · Exterior.— Correspondência de Pari2-— Correspondência

AnnoIV Quarta-feira 4 de Julho de 1877

CONDIÇÕES DA ASSIGNATÜRACOKTE E NICTHEROT

De hoje até o fim do anno 7g000

Numero avulso 40 rs. ¦>$?&

N. 163

CONDIÇÕESDA. A**3IGriN"A.TÜ'KA S

PARA AS PROVÍNCIA»

De hoje até o fim do anão 105000

ÓRGÃO DOS INTERESSES DO COMMERCIO, DA LAVOURA E DA INDUSTRIA. ..-, i

Numero avulso 40 rs.

CtàpETA NEUTRALIDADE NA LUTA DOS PARTIDOS POLÍTICOS Rio de Janeiro ESGHIPTOMO B REDACÇAO RUA DOS OURIVES S. 51

SummarioLsimigraxtes russos.a exvosição permanente; em piiila-

DELPHIA.

E'COS DO PARLAMENTO

Exterior.— Correspondência de Pari2-— Correspondência de Lisboa.

Noticias diversas.Avisos.Secção livre.fNEDITOllIAES.

Commercio.Folhetim.—-Os Noivos, por TVJanzoni.

iBMiaâgrsuHttes r«s»«f.s

Em seu numero de ante-hontem occu-

pou-se o Jornal da Tarde com este as-sumpto.

O caracter desta folha, addicla ao go-verno e por isso mais ou menos imbuídade suas vistas, transluz sobro as suasopiniões um tom de autoridade, que senão é oflicioso é confidencial.

E, assim, conhecer as opiniões desteórgão confidencial é quasi conhecer asopiniões dos que o inspiram,

Das reflexões que aquella folha adianta,

pôde concluir-se que o governo do Brazilé favorável á immigração russa, que ef-fectivamehte se prepara para aportar ásnossas praias.

E isso se conclue das prevenções com

que a folha ofíiciosa se esmera em tran-

quilisar a opiúiãp publica sobre à quasidesnecessidade de aceudir com soecorros

pecuniários aos immigrahtes, na máxima

parte possuidores de algum capital, cujocumpto se faz elevar ao considerável ai-

garismo de trinta mil contos de réis, o na

peior hypothese á metade dessa somma,

que ainda assim é avultada. -

Lisongea-se o governo com a perspectiva de que todo esse numerário, ou

grande parte delle se recolha aos cofresdo tbèsouro nacionai, o que seria uma

solurão providencial para os apuros fi-

nanceiros do Império.Ao governo restaria apenas prover aos

auxílios de uma turma de 12 a 14 mil co-lonos, oalclos <Ie meios "e" ãtlestrilniiçabcie terras, nas condições mais favoráveisda lei, aos que possuem capitães.

Aclia a folha da tarde que a pccasíãoé opportuna de ensaiar um novo systemade colonisação, condemnado como está

pela experiência o até hoje seguido.Não partilhamos as fáceis e fagueiras

esperanças do nosso illustràdo collega

sobre a inversão dos fundos russos emtitulos.da nossa divida publica.

E' quasi absurdo esperal-o.Não soffre duvida que uma massa de

população que se expatria traz comsigouma certa quantidade de valores em di-nheiro, em utensílios e mais instrumen-mentos de trabalho, mas esses valoressão na quasi totalidade tão diminutos,

que apenas bastam para os gastos doprimeiro estabelecimento.

A regra é que quem está bem em seupaiz não emigra. Os habitantes do Wol-ga, cujos haveres forem de alguma im-portancia, muito difficilmente quererãovir correr nos sertões do Brazil com aseventualidades de uma exploração agri-cola. , •

Admittida mesmo a importação desses

capitães, seria menos útil para o nossopaiz que elles fossem encher as faucesinsaciáveis do defficit, do que fomentar aproducção e a riqueza das nossas uberasterras.

Antes, porém, de embalar-se nos so-nhos dourados que suggerem á imagi-nação governativa os rublo.s russianos adespejarem-se no 'thesouro, outro ponto,que nada tem de illusorio e fascinante,deveria de preferencia oceupar os euidados da administração.

Onde vão aecominodar-se essas my-riades de colonos, prestes a chegar ?

Não' basta que o governo pense emconceder-lhes terras pelo preço minimoda lei e a longo prazo. E' preciso que asentregue medide as demarcadas. E' pre-ciso ainda que sejam ellas situadas empontos áccêssiyeis a um fácil e segurotransporte.

Tem o governo terras em taes condi-çoes ?

Para uma tão crescida demanda nãotem.

Internar esses colonos no coração dasnossas mattas virgens, sequestrando-osdos mercados e do movimento commer-ciai dos portos, não é por certo um passode muito tino para quem quer acprpçpáro systema da immigração espontânea.

Tal é o grave problema que se levantadiante do governo com a immigraçãorussa.

E" preciso pensar em resolvel-o sabia-mente, se não quizermos que esses la-boriosos agentes da nossa riqueza nosdêem as costas e levem ás regiões doPrata os seus rublos e o seu trabalho.

amam—

FOLHETI» mmmmm^MM

NOVELLA

T3SCRIPTA EM,ITALIANO 1>0U

ALES A Üfi » Í\ E .11A X % « K 1

OS NOIVOSChegados á porta, abriu-a de par em

par o conselheiro, porfiando para que oprovincial entrasse primeiro. Passaramdepois ambos á casa de jantar e juntaram-se com os outros convidados.

Desta conferência resultou chegar deMilão uma nòite.a Prescárénico, um ca-pachinho com um officio para o padreguardião e nelle a ardem para que, emvirtude da santa obediência, fosse freiChristovão ¦'pregar a Quaresma em Ri-mini, com expressa determinação de dei-xar no mesmo instante qualquer negocioque tivesse no paiz,e suspender igualmen-te toda a correspondência com elle ; o Ca-puchinho portador do officio devia acom-panhal-o.

Nada disse 0 guardião nesta noite;porém na seguinte manhã muito cedo,mandou chamar o "padre

r Christovão,mostrou-lhe a ordem, e lhe intimou,.,quese puzesse immédiatàmente a caminhocum o. tal frade companheiro.

Imagine o leitor que golpe si-riá estepara o bom religioso. Apresentaram-se-lhe immédiatàmente na. lembrança Lou-renço, Ignez,'', Luzia, e; exclamou com-sigo: O' meu Deus-! %íe farão sem mim"estes desgraçados? Porém levantando

A exposicrà» gses-snunez&tc i;ih Philu-

Aqui falla-se muito em Estados Unidose no progresso do povo americano, masnão se faz cousa alguma sem primeiroappeliar-se para o governo e pedir-se aintervenção deste directa e iinmediata ;isto é, faz-se inteiramente o opposto doenérgico .povo a quem se quer ( só em pa-lavras ) imitar, e que só conta comsigo.

A "respeito de "exposições eis o que se-gundò unia acreditada folha européa, aca-bani os americanos de fazer :

« Unia sociedade fundada com o capi-tal de tií,'õ,: üü dollars, fez âcquisiçãp doMair Biiil ding, situado no parque deFairmout em Philadelphia, afim de ahiinstallar uma exposição internacionalpermanente de produetos industriaes eartísticos.

« A abertura dessa exposição teveluga- a 10 de Maio, anuiversario dag ande exposição de 1876, e deu lugar asfestas publicas na cidade dos qufikars.As bandeiras estrelladas .•• tremularamvivamente na maior parte dos edifíciospúblicos e das casas particulares, comonas festas do centenário.

« O presidente Hayes, acompanhadopor seu filho e três membros do gabinete,encontrou-se no Centinnial Grounds como ex-presidente dos Estados-Unidos, ogeneral Grant. Ambos, foram calorosa-mente acclamados.

« A' uma hora, o presidente Hayes esua comitiva, sahiram do Hote. Conti-dental e foram em carruagem á Fairmoutescoltados pela first city troop. A' suachegada no pavilhão central, os vizitan-tes foram recebidos pela com missão cen-trai de recepção, que os levou aos assen-tos reservados da frente da plata-fôrma.« Começou innnediatameute a cerimo-nia da inauguração, e foi ella imponentee grandiosa. A musica tocou o hymnonacional, seguiu-se um coro entoado portrês mil vozes. Os Srs. John Welsh,Albert Goshorn e Clemente Beddle presi-

logo os olhos para o céo, arrependeu-sede ter desconfiado da Providencia, e dejulgar-se necessário para alguma cousa.Cruzou as mãos sobre o peito em signai de obediência, e baixou a cabeça diantedo guardião, que chamando-o á porta, iheparticipou a outra circumstanciacom pa-lavras de conselho e tom de ultimação.

Recolheu-se frei Christovão á sua"cella,metteu o seii breviario e sermãos em unsaiforges, cingio o corpo com uma correia,foi despedir-se de seus irmãos frades, edepois de ter ido receber a benção doguardião, põz-se a caminho com o com--panheiro que lhe tinham nomeado.

Já dissemos, que animado D. Rodrigo,emais que nunca empenhado em levarãocabo a sua pérfida empreza, estava de-terminado a solicitar o auxilio de ummalvado, de quem não podemos nem porconjuntura indicar o nome; appellido,nem titulos; cousa tanto mais estra-nha, quanto desta personagem acha-mos memória em mais de tini livroimpresso : que este sujeito seja o mes-mo, : não o permitte duvidar a identi-tade de factos : porém em todas as partesse adverte um particular cuidado em ou-cultar. o seu nome. Francisco Eivola,«aliando da sobredita personagem na vidado cardeal Frederico Borromeo, chama-lhe um cavalheiro tão poderoso por suasriquezas, como illustre pelo seu nasci-mento; Ripamonti, no livro quinto* dadécada quinta da sua historia petriàfalia delle com .bastante extensão cha-mandó-lhe sempre um sujeito, este ho-memi-iesta personagem, etc. Referireidiz no seu eloqüente, latim, o caso dègm sujeito, que sendo dos primeirosraiides da cidade, tinha ido domiciliar-sena suaquinta, onde, seguro á forca de de-liçtos, zombava dos juizes, da rústica e detoda autoridade. Situado há fronteira doEstado, vivia uma vida..independente,;dando, abrigo a todos os bandoleiros, esendo elle mesmo também bandoleiro. *

dente da Exposição pronunciaram dis-cursos.

« O presidente, os officiaes generaes,os governadores dos Estados e os convi-dados percorreram depois as diversassecçoes da Exposição, que formam, porassim dizer, um resumo da Exposição doCentennario.

« As prineipaes secções são as consa-gradas á musica, á pintura, á mecânica,á agricultura, á publicidade, á educaçãoe á historia natural. Quasi todosos pai-zes que tinham exposto em 1876 deixaramalli alguns presentes. Um dos mais boni-tos ê o pavilhão do Brazil, dado pelo im}perador D. Pedro.

« A França é representada pelo pavi-llião de crystal, onde se admiram espe-lhos de grandes dimensões ; a Allemanha,por uma' casa ailemã com eainponezes ea estatua collossal de Bismark ; a Rússia,pelos seus malaehitos ; a_ Itália, porquadros e mosaicos. A secçao mais com-pleta é a consagrada á educação. Com-prehende modelos de escolas urbanas,rura.es, teehnicas, normaes, cominerciaes,artísticas, amostras de todos os appare-lhos, instrumentos, livros,, desenhos,mappas, relevos de paisagens, auimaes epássaros empalhados, personagens dediversas nações com suas vestes pro-prias, e etc.

« Uma das secções que também mere-ceu especial cuidado foi a do Comfort pu-blico. Entre os attraetivos que offerecea Exposição permanente, nota-se o dio-rama que representa Washington emYorktown, passando revista a 3 >,00¦')francezes e americanos veucedores doexercito, inglez commandado por lordCornwallis ; o museu da Pensylvania;as magníficas estufas de HorticnlturalHall : o acampamento do Jardin Sioux ;os pavilhões turcos, armênios, chinezese japonezes. »

E tudo aquillo fez-se sem que o the-souro federal, ou os Estados concorres-sem se quer com um dollar.

E' que naquelle paiz de energia e acti-vidade, se comprehende que a grandeforça das sociedades modernas é a inicia-tiva individual.

Alli o governo tem a sua orbita perfei-tamente traçada, cada uni conta comsigosó, e quando os capitães se atiram áqualquer empreza, não se lembram osaccionistas da encampação futura e muitomenos do auxilio iinmediato dos cofrespúblicos.

G \, ;P*''»P<>sit<> de rios e chuvas, fezb. Ex. uma prelecção de hydrographia.

Ací-edita. na possibilidade de poçosartezianos.Tainbem nós.

Q»!Sil foi o presidente do Ceará que sue-cedeu ao senador José Martiniano deAlencar ?Depois daquella historia que contou oSr. Araripe, ó interessante saber o nomedo jjresidente inimigo dos poços arte-ziands.

E' Realmente digno de attencão o quedisse;o deputado cearense a respeito daconstrucçao de açudes, em virtude deuma lei.Se tentassem novamente aquelle re-

curso? O abuso não deve contrariar oprincipio.

Quei- S. Ex. que se faça do Ceará umnovoíEgypto.

Mas quem será o Khediva ?

O Sr. Figueira de Mello opina pelaconservação dos advogados do conselhode Estado; pois é preciso que esses pro-fisslonaes sejam conhecidos por suaproficiência e moralidade, a bem de evitarinútil trabalho do conselho, que o teriainfalhvelmente, se fosse permittido ad-vogar perante elle quantos moços sahis-sem das academias sem a necessária ex-periencia.

As Relações deveriam também ter osseus advoga ios, o que evitaria complica-çoes inúteis na administração da justiça.

E«sl:i medida evitaria que advosadossem chentella e sem habilitações'pres-tassem as suas assignaturas " por 2$qualquer procurador ou advogadotrangeiro que faz os seus arrazoados.

aes-

dos deputados, o que adiará as novaseleições para fins de Outubro ou éoniecosae .Novembro. BaqniatélàcoméçjtóeiJepor povoar as administrações dereriatu-ra.s suas; exercerá pressão formidávelsoore as eleições municipaes e departa-Sn? ^•o33 ã^is? J:'1 alguma cousatentou o Sr. Buiiefc, mas saliiu-se maiemseu cnraanosoprojecW, graças ao inabala-vei bom senso da população. Umapliras®noinvelmente justa foi proferida pelobr. Grambetta :—.A. dissolução é o pvefa-cio da guerra. A' luz deste facho é due sefaraó as eleições.

Logo depois de decretada a proro<?acãoos senadores '-—'^:

L.»Viint»u também a adéa da coloni-zaçãq nacional.

.I>t?jpl:ti*»3i que a producção agrícola

annuàl do Ceará orça e«n 15.000:OÒ0/?;.)0O.

-it? razão em algumas consideraçõesque fez sobre a cathechese dos indigenas.

EGHOS DO PARLAMENTO

Os* votos que faz sobre a colonizaçãosão também os do Globo.

Pehsaque a immigração para o Brazilserá numerosa e expontânea, quando ti-vermos justiça brevemente administra-da, eíuma lei de locação de serviços.

Acdmpanhamol-o ex abunãanlia cor-dis.E' fbom lembrar que o orador é magis-

tradoide alta cathegoria.<% ———^—~Atjhv»a:<m tainbem pela liberdade de

consciência.Muito apoiado.

Pi'i)nnnci;5-se contra o abono de ven-cimentes a conselheiros que não estive-rem em exercício.

neyem cessar os vencimentos de con-selneiro, quando tiverem assento nosenado. O conselheiro é sujei to ao gover-no, o senador ao povo : não se pôde ser-vir a dois senhores.

O Ss«. Octaviano opina pelo adiamentodo projecto, devendo ir a uma commissãopara dar parecer.

Cora!»5ite o previlegio de advogadosespeciaes, mostrando que esse previlegionao evita os abu os. °

Qsier que se desafie a colonizaçãoespontânea. - *;-

E nós igualmente.

Af.í>e«3i a immigração oíficial.Estamos a seu lado para ajudai o.

Em resumo, salvo o exordio, ondehouve política, agradou-nos o discursode S. ÍEx.

Psfciloii na discussão do orçamento daagricultui-a o.Si\ Alencar Araripe.:

O exordio do discurso desse Sr. nãocontém novidade ; parece-se com todos osexordios dos discursos de nossos repre-sentantes. ' /¦

S. Ex. ve tudo cor de rosa, em rela-ção á política.

Questão do vidro da lunela.

Cosmo cearense, agradece todas asprovas de caridade e desvelo que se temtido na corte e tora della, para com as vi-ctimas da secca na sua província.

Tecesi elogios ao Sr.Caetano Estèllita.

desembargador

O elogiado terá de agradecer.

Quem não poderá agradecer os elo-gios é o finado marquez de Pombal.

A emíííiília apresentada pelo illustredeputado consigna três idéas/

V«»t5íS';sjj» pelas duas primeiras,^ aber-tura do canal e a construcção dos açu-des.

ftíeg;«E!a<»3 o nosso voto á autorizaçãopara encampar a estrada de ferro de Ba-turité.

A 5>í*eYsiIeí'ea' a razão allegada paraencampar aquella linha férrea, adeus,finanças do Bi-azil.

E as outras estradas não pedirão omesmo favor *?

Fazer tudo o que as leis prohibiam,metter-se nos assumptos dos outros semmais interesse que mandar despoticamen-ie, e sei- temido de todos, tinha sido sem-pre a sua paixão dominante. Desde a suamais tenra idade, ouvindo contar tantastropelias, arbitrariedades e contendas, eá vista de tantos tyrannos como apre-sentava aquella época de confusao_ edesordem, invejava semelhante condição,anhelando imitahos. Sendo maneebo evivendo na cidade, não só não perdia oc-casião, mas até a buscava para metter-secom os mais famosos naquella profissão,e ter contendas com elles, já com o ob>jecto de lhes dar o que fazer, já com o deobrigal-os a procurar a sua amizade.Excedendo á maior parte, delles em ri-queza e clientela," a talvez a todos ematrevimento e força, conseguiu que mui-tos abandonassem toda a espécie de riva-iidade ; deixou a muitos escarmentados;e muitos se fizeram seus amigos, porémamigos submissos e dependentes. Nãoobstante, em ultimo resultado, vinhaelle a ser dependente de todos ; porque arcada momento lhe pediam o. seu auxi-lio nas suas emprezas ; e como fugir eomo corpo teria sido motiyo para que dimi-nuisse" 0 seu credito, couimetteu, já porsi, já por outros, tantos attentadós, quenão bastando para arrostar a força publf-ca e os oclios privados o seu nome, a suafamília, nem os seus amigos, teve queabandonar o campo e sahir do paiz. Taogrande era o estado de anarquia dessaépoca, que Ripamonti conta que no diaem que. este homem poderoso teve queabandonar a cidade, a atravessou (tpda acavállo e ao som de corneta, coni. grandeacompanhamento de criadose cães; e aopassar por diante do palácio do Gover-uador; general deixou^ á guarda :uma em-,' baixada dè grosseiros.. Insultos spara «stemagistrado. .;;;,;

Na sua ausência não cessou de cor-

Portant», se o Globo tivesse assentona câmara dos Srs. deputados, daria umr—miiíto bem — ao Sr. Araripe, quandotèrminpií o seu discurso, apezar de algu-mas restricções que fizemos.

O n»S»B'e Sr. barão de S. Domingosdeclarou ter ouvido com muito prazer odiscurso do Sr. Araripe.

Kssíi declaração deve ter sensibilizadoao illustràdo deputado pelo Ceará.

V

Foi rejeitado o requerimento do Sr.Franldin Doria, sobre a questão doPiauhy.

O Sr. Affonso Celso, pediu cópia dasinstrucções expedidas á commissão no-meada para proceder a exame nos archi-vos da câmara municipal da corte, e bemassim dos contratos' celebrados pelamesma câmara e ultimamente approva-dos pelo governo.

Eiiíende que o conselho de estado nãoesta organisado de modo que faca osserviç s que delle se esperam.

^<> Senado foram rejeitadas as propo-sicpes da Câmara dos Deputados conce-uendo diversas loterias.Depois oecuparam-se os senadores emtrabalhos de commissões.

. "

EXTERIOR'Cori-espujsilesieiii especial para í3

« GIoSísj »

Pariz, 19 de Maio.Su.m.mario : — Hohenlohe e Decazes — Acarta de Mac-Mahon ao duque Decazes— Fins do novo gabinete — Seu planode combate— A dissolução é o prefacioda guerra — O terreno eleitoral — Pro-testo dos deputados republicanos —

Thiers o ássigna—Protesto dos sena-dores republicanos—Opinião das fo-lhas francezas — Reserva dos jornaesbonapartistas—As folhas clericaesla-vam-se em água de rosas — Os jornaesallemaes — As folhas inglezas.

Í5 Sr. Siqueira Mendes fez um requeri-mento sobre questões da navegação doAraguaya.

Não é S. Ex. sympâthico a este rio.

¥otam»s a favor do parecer da com-missão, sobre o requerimento da viuva doDr. ~Villela Tavares.

O Sr. senador Corrêa, falia sobre oprojecto que extingue os lugares de advo-gados especiaes para o conselho de Es-tado.

Ae«eiía esta revogação, mas não con-corda com outra idéa do projecto, qualéa de abonar-se gratificações aos con-selheiros de Estado extraordinários,quando mesmo não. estejam em exercício.

responder-se com os seus amigos; con-servou sempre relações coin elles, con-trahindo além disto novas amizades, eos historiadores desse trfinpo asseveramque até Príncipes estrangeiros se valeramdelle, para desfazer-se de algumas pes-soas. Finalmente, passado algum tempo,cujo espaço se ignora, ou fosse por ter«.fido indultado, ou porque o seu atrevi-mento lhe servise de salvaguarda, re-solveu voltar á sua pátria, como < five-íivamente o" verificou, ainda que não aMilão, mas sim a um seu castello feru-dal perto da fronteira do território deBergamo, que, como todos sabem, per-tencia então á republica de Veneza, e ahiestabeleceu a sua residência.

Esta casa, diz o citado Ripamonti, eraunia secretaria em que se lavravam de-crètos de sangue. Os criados eram todosbandoleiros conhecidos por taes e assassinos, de fôrma que nem o cozinheiro,nem o bicho da cozinha estavam" isentosde eommetter homicídios; até as mãosdos rapazes costumavam banhar-se emsangue. A tão honrada família se aggre-gava outra de indivíduos da mesma laia,espalhados por vários pontos do seu tér-ritorio, e sempre dispostos a executar assuas ordens.

Todos os tyrannosmhos daquelles con-tôrnós tiveram, uns em uma,y outros emoutra oceasião, que escolher entre a suaainizade e p seu ódio; porque os primeirosque intentai^am fazer-lhé frente, ficaramtão mal, que a todos faltou animo paralhe; fazerem opposição. Não" bastavalambem estar mettido Ha eoneha, comocostuma dizer-se, para não depender dosseus caprichos, pois chegava de qnando

Disse-lhes que o Sr. Decazes conservaa pasta de estrangeiros. Depois da visitado Sr. Ilohenlohe ao presidente da Re-publica, o Sr Decazes recebeu e pubJi-cou no Officiel a seguinte carta :

« Pariz, 17 cie Maio.« Meu caro duque.« Não me permittiram as circnmstan-cias que eu conservasse o gabinete do

qual fazieis parte.« Quero, entretanto, que seja perfeita-mente comprehendido que pretendo man-ter com as potências estrangeiras as re-lações amigáveis que soubestes entretercom ellas. Não é possível modifica-las,e nada deve ser a altjrado na políticaexterna por vós tão hábil e dignamenterepresentada.- « Appello, pois, para o vosso patriotis-mo, e peço-vos que fiqueis no posto quevos confiei ha mais de 3 annos, certo deque se o abandonais, será isso em detri-mento da causa publica. -

« Recebei, meu caro duque, as provasde sincera estima que vos consagras O presidente da republica

Marechal di: Mac-Mahox. -

© que visa o novo gabinete ? Elle nãoo oceulta ; e a mensagem mesmo o con-fessa em muitos termos: deitar por terraa republica em 1880. Qual o seu plano?Passada a prorogação por um mez, elleterá-a prerogativa que lhe confere a con-stituição de decretar uma nova proroga-cao de igual tempo; mais tarde, de mãosdadas com o senado, dissolverá a câmara

um manifesto'

deputados acaba

llitOjrLeza

como por uma espécie de vassallagem, aoutra se achava na dura alternativa desujeitar-se á sua decisão, ou declarar-seinimigo seu, que era equivalente, comoelie mesmo dizia; a estar hectico em ter-ceiro gráo.

Muitos que não tinham razão appella-vam para elle afim de a terem ; e outrostendó-a, antecipavam-se a éscudar-se como seu patrocínio, e fechar a entrada aoseu adversário. Succedeu mais de umavez, que implorando a sua protecçãocerta pessoa opprinuda por um poderoso,se declarou pela parte mais fraca, obri-gadn o o oppressor a desisiír da sua em-preza, e no caso de negativa empregouconti-a elle meios violentos. Nestas ocea-siões, este homem tao temido e odiado,não deixou de ser abençoado, porque emconseqüência da deslocação social desemelhante epocha, aquella justiça,, oupara melhor dizer, aquella reparação deuma vexação, não teiia sido possívelobtel-a de poder algum publico, nemprivado.Todos estes factos lhe tinham grangea-do tal nomeada no território Milanez,que a sua vida subministrava matéria aroií contas populares,, excitando o seunome a idéa de um poder extraordinário,e portentoso. Sernjwre que se apresen-tavam em alguma -parte bravos de as-peeto mais feroz, do que costumavamvèr-se, ouJse falia va de algum atteutadoi,cujo autor se ignorasse,. no mesmo ins-tante corria de bocea em hocea o nomedeste indivíduo, nome que- pela singularcircunaspecção {por não dizer outra eou

republicanos de um lado,e os deputados do mesmo credo de outro,reuniram-se para redigirao paiz.Õ da câmara dosassim :«Dentro de cinco mezes. quando muitoa trança lera a palavra; temos eerieztcie que ella se não desmentirá. A reuu-blica sahira mais forte do que nunca daurna popular, os partidos do passadoserão definitivamente vencidos ea Frau-

ça poderá olhar para o futuro cheia deconfiança e serena. »Thiers foi quem <> assignou.O texto do manifesto dos senadores éo seguinte :« Os três grupos da esquerda do se-nado reunidos em assembléa geral,« Tendo maduramente examinado a si-tuaçao em que deixou o paiz a carta pre-sidenciat de 18 de Maio, e a composiçãodo gabinete.« Protestam contra a tactica, que adi-ando o parlamento logo depois da leiturada mensagem; supprimiu quálquel dis-cussao e confiscou a liberdade da tribunaem proveito do ministério.E considerando que a crise suscitadasem motivos, no meio de profunda pazde que gozava o paiz, e em presençadas eventualidades do exterior, abala osinteresses e justifica qualquer descon-fiança;«Considerando que importa tranquilli-zar a França.« Exprimem afirme convicção de mie osenado nao se associará a nônham com-mettimento contra as instituições repu-olicanas e declaram que resistirão ener-

gicamentea toda e qualquer política queameace a paz publica. »Resta-me somente açora, para termi-naresta carta já bem" longa, indicar oacolhimento que teve da imprensa fran-ceza e estrangeira ¦ o golpe de Estado de10 de Maio.O Jnmal dos Debates reprova-o ener-

gicamente.« Estamos em plena republica, e noemtanto no gabinete, o que não ha é umrepublicano ; mas também como poderiaestar nelle um republicano ?\« Andamos quatro annos para traz:

quatro annos ganhos á custa de esforçose saerihcios, e em uni dia perdidos ! ».A France compara o bello papel yp-'preseníado pelo Sr. Thiers ante umadeserção da maioria do "parlamento

como papei que quer reprosen ar o ST. M;ic-.vlaiion, e conclue:;«;_Â Fran.;a, a Europa, a historia jul-garao qual das duas condnetas merece os

seus applausos, qual é digna de censura.« O suffragio universal" já se piònuii-ciou a 20 de Fevereiro de 1876 ; se o con-sultarem em 1S77, em vez de fazel-o em18S0, elle não se decidirá. »O Bem Publico assim se exprime :« O ministério dè combate, hoje orpa-

nizado, só pôde levar a Franca a umaguerra. Se a isso não está ede ainda de-cididamente resolvido, forcal-o-hão ascircmr.stancias.

« Vendo que lhe é impossível governarcom a constituição, ê forca que escolhaum pretexto para derribàl-a. Então sópoderão lançar mão do recurso dessesjogadores, que, em ultimo caso, jogamcom o suicídio.

« E' o que fará o ministério. A diffe-rençaestá em que elle não aventurará oseu suicídio, mas, ainda uma vez, o daFrança. »O Temps faz a seguinte apreciação :« O ministério que nos impõem é jus-tamente. o contrario daquelle que podiamlegitimamente reclamar os votos da maio-ria. Ha quatro annos, uma assembléa

única e soberana derribava o poder exe-cutivo por ella constituído ; hoje um che-fe de Estado, irresponsável, "fôrma um

gabinete, que elle sabe não contar com amaioria e por elle tirado de qualqueroutro lugar, menos dessa mesma maioria;organiza na Republica um ministério, doqual nenhum membro é republicano.

personagem nao era possível emprehen-der o mesmo gênero de vida sem mal-quistar-se, ou relacionar-se com elle.Por esta razão lhe tinha offerecido osseus serviços, fazendo se seu amigo ; ecom eflèito lhe tiníiã feito alguns favorese recebido protestações de amizade, eagradecimento, e auxilio reciproco, sem-pre que chegasse a precisai-o. Procuravanao obstante D. Rodrigo oceultar a sua.amizade, ou pei» menos a intimidade, enatureza delia: porque supposto aspirasse-a ser tyxanno, aão o queria ser selvático,e brutal. Semelhante profissão não-era para elle um objeeto, senão ummeio ; e como se propunha; a freqüentara sociedade da capital, e gozar de todasas commodidades, honras e divertiman-tos da uida civil, necessitava de tercertas conteaoiplações, dar-se bem com osseus parentes, cultivar a amizade das-pessoas de valimento, poder apoiar umamão. na balança da justiça, para no.ca&ode necessidade inclinai-a em seu favor ;ou inutilisaili a, e até mesmo dar com ella.na cabeça de algum adversário, tmsnõopor este naoao se pudesse tirar melhor^partido, que da vingança privada.O conhecimento, pois, da sua inti-.

; midade, ou para melhor dizer, da sua ali-i liança eom um hoiaem de tal espécie, fu-rioso inimigo da autoridade publica, não*teria de eerto feito bom estômago ao con-*de seu tio ; ao mesmo passo que eeztas.relações de mero cumprimento, que nãofora fácil oceultar, passariam por atten-ções' indispensáveis relativamente a umhomem, cuja inimizade era demasiado.sa) dos nossos escriptores, isao temos po- perigosa ; sendo por outro lado suficientedido averiguar, vendo-nos portanto naem quando um emissário a intimar, que n0CeSSidade de chamar-ihe entalhedesistisse de tal ou tal empreza, quedeixasse de importunar á este ou aquelle

devedor, ou outras cousas senielhantes; eentão era preciso respondei* cathegori-caniehfe. Quando em qualquer negociouma das partes recorria a. sua mediação,

iroanonymo, Senhor do castello, etc.

Deste castello á morada de D. Rodrigonão havia mais distancia que sete milhas:por isso logo que este chegou a ser senhore tyranno deste districto, se convenceude que com a visinhança de> semelhante

deseulpa a necessidade.Uma. manhã pois sábio D. Rodrigo em

trajo de caçador com uma escolta de hra-vos a pé, o Canoso á estribeira, outrosquatro atraz, e dirigio-foe assim para acastello do cavalheira sem nome.

(Continua).• ¦"•;'¦" '^;U"^-'*.:'-":rl

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Page 2: æ i Rio de Janeiro ESGHIPTOMO B REDACÇAO RUA DOS OURIVES …memoria.bn.br/pdf/369381/per369381_1877_00163.pdf · 2012-05-06 · Exterior.— Correspondência de Pari2-— Correspondência

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O GLOBO — Rio, Quarta-feira 4 de Julho de 187 7'-.

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« O novo gabinete, mais do que o ulti-mo, muito tem de trabalhar para acalmaras apprehensõcs da Europa ; é um gabínete suspeito; não deve deixar, por-tanto, pairar a mais ligeira nuvem sobrea sua condueta; deve ser muito zeloso, oque não lhe agrada muito, e menos a nós;mas é indispensável que o seja. »

A Pr esse confia na attitude do paiz : ,« A França está assombrada; mas,

inquieta, não. A França bem comprehen-deu a Garnbetta que em seu nome fallava,e em nome delia também ; a França pódesem receio vêr desfilar, desfilar é o termo,estas phantasias políticas. Se por ellasfòr abalada, se a mystificarem, por quenão se atrevem atacal-a de frente, é ellaf.-rte bastente paia deixar-se ficar firme,até que sòe a hora. Esperará um mez, de-pois da prorogação, esperará um mezainda, e mais tres mezes se fòr preciso,até que cheguem as novas eleições; hade chegar o dia d olia pronunciar-se ; ee»tíío, tudo estará acabade. »

O Constituo umal, folha essencial-mente conservadora, assegura que o pe-quenp golpe de Estado, já exerceu fatalinfluencia sobre as transacções.

« Pariz. em poucas horas, á medidaque se espalhava o boato, foi cahindoem uma espécie de desassocego, de ex-pectativa incornmoda, e nervosa, muitocommum nos abalos revolucionários.

« Quasi que instantaneamente faz des-prezar-se as transacções; muitas, jáfechadas e verbalmente firmadas, foramrescindidas.

« Em importantes casas de commercio,deu-se ordem de nada vender senão adinheiro á vista, Das provincias pe-dia-se pelos telegraphos explicações arespeito do que se passava. Desejavamdahi saber que significação tinha a quedado ministério. »

O Estafeta, folha nao menos conserva-•dora, assim aprecia o facto :

« A impivssão geral não foi boa. Oshomens de liberdade não estão satisfeitos,os da reacção desvaneceram-se de suasesperanças, os de ordem não estão tran-quillos. »

As folhas bonapartistas applaudem,mas não muito, os clericaes, esses, la-vam-se em agua de rosas;

O que é realmente doloroso é a attitude¦da imprensa estrangeira.

O unamos a Gazeta de Francfort:a A carta do Sr. de Mac-Mahon foi

•escripta com o punho de sua espada, ou•como diriámòs em allemão em linguagemmenos polida, com um cabo de vassoura.E' üm documento que falia em tom demilitar, a ponto de ser o partido clericalmuito ingênuo, se só a si unicamente at-tribué a queda do Sr. Jules Simon. Comoo marechal Mac-Mahon não se acha comfjiv.as de imprimiria politica externa daFrança uma feição clerical, esforça-sepor applicar á politica interna os seussentimentos reaccionarios. Ha homensque não se acham na altura da felicidadeque lhes coube em sorte. »

A Gazeta de Strasburgo. jornal offi-ciai allemão, assim se exprime :

et A demissão de Jules Simon é maisum passo dado na sendaem que penetrouo partido ultramontano na França, passoque aproxima esse partido do fim a queelle tende, que é arrastar o presidente daRepublica á dissolução da câmara

« Para nós e para a Itália, que é nossaariiiga, a feição que tomam as eousaslevam-nos afazer as mais sérias reflexões.

<-. Esta victoria dos ultramontanos naFranca, vem juntar-se immediatamente

.á que"ganhou o ultramontanismo no se-nado italiano, repellindo a lei sobre o-abuso de suas funeções pelos ecclesias-ticos.

« Nestas circumstancias, a Allemanhanão poderia conservar-se in differente;cumpre que ella desenvolva a maior vi-gífánciã;

« Quanto ao motivo allegado pelo pre-sidente na carta por elle dirigida a JulesSimon, esse motivo não é tal que nosdissuada Nas circumstancias actuaes, aqueda do gabinete Jules Simon é umaprovocação dirigida contra outra cousaque não' a maioria liberal da câmarafranceza, e cujas conseqüências bem pódeser que se estendam além das fronteirasda Franca. »

iO Times conclue o seguinte :« E' possivel que o marechal, que não

é homem politico, não veja até onde que-rem leval-o os seus conselheiros; mas averdade é que para resuscitar um phan-tasma de monarchia, elles o obrigam acorrer os riscos de um golpe de Estado ecompíomettem totalmente as explendi-das conquistas políticas dos sete últimos

rannos. »O Daily News assim conclue as suas

.apreciações:« O marechal pensa que agora princi-

palmente corre-lhe o dever de lembrar-seda responsabilidade que elle tomou paracom o paiz...

<f A França está em summa satisfeita dever o marechal, na posição eminente que

¦ elle oceupa, e não discute o seu titulo.« Agora, entretanto, que elle aventou a

questão, é possivel que alguns francezesse lembrem de que a França nao o elegeu,mas que elle foi escolhido pelo voto no-

• eíurnodeuma assembléa defunta, cujastendências o paiz reprovou pelo modomais solemne, por oceasião das ultimaseleições. »

Po: •íaaga!

Lisboa, 12 de Junho de 18/7.

Já nos assoberba a estação calorosa,que pelos modos parece será este annodas mais abrazadoras. Dias tem havido•em que o themometro tem attingido a 30grãos centígrados e por ahi já se póde fa -zer idéa do que se;á em Julho e Agosto,•que são os mezes que em Lisboa atemperatura continua a subir mais. Aca-pitai vai ficando deserta e todos fogempara o compo — Cintra Queluz, Bellas,Caldas da Rainha, serra do Bussaco,etc, etc, taes são os sitios mais procura-dos pelos tourístes. A familia real haalguns dias installou-se no palácio deQueluz, em cuja extensa quinta diver-tem-se os príncipes em atirar a . alvo e ácaça de galinholas e perdizes, em que éabundante a grande matta que faz partedas propriedades da casa real naqüelleameno lugar. S. M. o Sr. D. Fernando esua esposa pretendem passar o verão nasCaldas da Rainha, onde já estiveram oa.mo passado.— O facto que mais tem sobresahidonos últimos dias é a noticia, ainda quepareça não official, dá. realização-do em-presumo para a consolidação da dividaliuctuante.

Consta que na ultima conferência deministros fora aceeita a proposta feitapela casa de Puring Brothers, de ÍLon-dres, para um supprimento de dous mi-IhÕes de libras, a juro de 6 % parapagamento dò coupon da divida externa,que se vence no dia 1» de Julho e parapagamento de parte da diyida fluctuante,ficando a mesma easa encarregada de

Eromover o empréstimo nas praças de

ondres e Pariz, quando o julgar oppor-

!#' -tuno, mas nunca a menos de 50, 30'%.

r Ainda outro facto que alguma cousa oc-cupou o espirito publico, sempre ávidode novidades, foi a adjudicação do thêa-tro de D. Maria II.

Apresentaram-se dous proponentes r aactual" empreza Biester, Brazão & Comp.e os aetores Santos, Polia & Comp.;ambos offereciam condições acceitaveis edignas de apreço, compromettendo-se osprimeiros a dar benefícios em favor dehospicios de caridade, no que tambémforam acompanhados pelos outros con-currentes.

O elenco, porém, da companhia offereeidopelos primeiros, que é, com pequena va-riante, o menor que actuàlmente repre-presenta naqüelle theatro, apresentavamelhores garantias para o desempenhodas peças que continuam a subir na pri-meira scená portugueza, o que já nãoacontecia com o pessoal de Santos,Polia e C, que sendo o actual do pequenotheatro do Gymnasio, não está por certona altura de representar dramas de certaforça.

Como é sabido, carece aquella compa-nhia de damas da força de Emilia dasNeves, Falco e Virgínia, as quaes porum abaixo assignado se obrigaram a sórepresentar em theatro de que fossememprezarios Biester, Brazão & C.

Cremos que esta só circumstancia assásinfluiu na opinião do governo para a pre-ferencia que deu á actual empreza.

Não será, pois, de estranhar que acompanhia do Gymnasio, que aliás éexcellente para a alta Comedia do gêneroSardou, em falta de theatro, (pois quepertence o em que trabalharam a novoemprezario) se tente a emprehender umadigressão pelo Brazil, onde, segundo nosconsta, a par dos louros, recolhe actual-mente Emilia Adelaide, boa somma delouras...

Parece que ha plano de estabele-cer-se no Alemtejo uma coionia agrícolade italianos: para esse fim, diz-se qüebrevemente partirá para essa provínciao Sr. Barros Cunha, ministro da agricul-tura, e alli se entenderá com os proprie-tarios ruraes, a vêr se de entre os exten-sissimos terrenos que alli jazem incultos,lhe cedem gratuitamente alguns, ou pormódica renda, durante certo numero deannos. Estabelecido, pois, esse systemaregular de colonização, ao Alemtejo estásem duvida reservado um brilhantefuturo.

Parece que são 400 as familias italianasque se propõem estabelecer-se alli e quasitodas da Lombardia.

E' esta uma excellente idéa, que a serlevada á pratica, muita gloria reverteráao actual ministro da agricultura.

Foi dirigida ao governo uma repre-sentação para que se estabeleça o registrocivil conforme está disposto nas leis vi-gentes. O pedido não é novo, e por maisde uma vez tem sido feito aos poderes pu-blicos, porém sempre sem resultado.

O ex-ministro da justiça, Cardoso Ave-lino, nos últimos dias da sua curta ge-rencia daquella pasta, se havia compro-mettido. perante o parlamento, a tratardo assumpto, declarando que antes doencerramento da sessão seria presente áscâmaras uma proposta no sentido da exe-cução do disposto no Código.

Parece que havia da parte de certos es-tadistas certo receio de tocar em um as-sumpto que por má e insidiosamente sepropalava, era propaganda anü-catholica.

O registro civil existe em todos ospaizes mais adiantados e ainda naquellesque se reputam mais catholicos e chris-taos, e em verdade ninguém ha quepossa de boa fé sustentar que essa sim-pies fórmula implique offensa ao catho-licismo ou a outra qualquer religião.

A sua conveniência está provada e asua necessidade entre nós é urgentis-sima. |

Já quo o marquez de Ávila em virtudede sua ultima portaria reconheceu impli-citam enteia legalidade dos enterram en-tos civis, é de crer que não julgue neces-sario para o estabelecimento do registrocivil a prévia autorização do parlamento,como erradamente entenderam seus an-tecessores.

Como matéria corelata aos enterra-mentos civis e competente registro, pro-move-se também uma representação aospoderes públicos, pedindo,a revisão databeliã dos direitos parochiaes, substi-tuindo-a por outra que estabeleça um di-reito único sem distincçâo de classes.

Ninguém póde contestar a necessidadeda revisão da citada tabeliã: delia re-sultam os vergonhosos cònflictos que sedão repetidas vezes entre" parochianos ecuras, e foi a principal origem cios enter-ros civis, pelo menos o mais forte pre-texto para elles.

Por causa da actual tabeliã se estádando um facto grave que tem passadodespercebido aos poderes públicos. Osparochos pela tabeliã não são obrigadosa acompanhar o enterro além do iimitedas respectivas freguezias.

Ora desde que se fez o primeiro enterrocivil foram os cemitérios interdictosged'ahi a ordem do Exm. patriarcha deserem benzidas as sepulturas na ocea-sião dos enterramentos.

Nos enterros pobres o parodio não vaeao cemitericre são portanto enterradosesses em chão interdicto. Com a elimina-çao dessa disposição na tabeliã desappa-recerá esse inconveientemente para osmais escrupulosos.

— Tem por aqui apparecido varies ru-mores de propaganda separatista nosAçores, e diz-se mesmo que naqüelle ar-chipelago ha já.um forte partido quesustenta tão anarchicas idéas. O governonão se deve espantar,se tal vier a suecederTal é o abandono em que tem deixadoaquella parte das possessões portuguezas.A acção do governo alli, como em muitosoutros pontos do território portuguez,só se faz sentir pelas exigenciasdo íiscoi

Força é que o governo a= ripie carreira,se não quizer ver em breve tempo maisalgumas possessões seguhem o exemplodos Açores. A acçao do governo quanto ácivilização e á introducção dos melhora-mentos materiaes deve-se estender atodos quantos se dizem portuguezes, enao tratar a uns como fillios e outros deenteados. Todos têm igual direito aosdisvelos e protecção do governo da me-tropole.

Bom é que o governo attenda para oque se está dando nos Açores e que em-pregue todos Os meios para impedir quea idéa crie raízes e se espalhe, ganhandotodos os corações dos 4çorianos. E o me-lhor meio é não descurar das necessida-des e dos interesses dos nossos irmãos, ecom isso lucrará mais dogando a força e a violência.

E ninguém mais apto para, fazel-o doque o Sr. marquez d'A vila, por isso que ónatural dos Açores e não lhe falta boavontade nem patriotismo.

— De S. Thomé também cheganTeon-tradictorias noticias, boatos vagos de re-volta para a independência da ilha.

Não é a primeira vez que alli se intentasemelhante cousa rem 1873, 1875 e aindaem Junho do anno passado houve allitentativas de independência, sendo queesta ultima poderia ser de sérias conse-quençias, porque os agitadores e propa-gandistas pretendiam valer-se da excita-ção é greve dos libertos, qüe em 1876exigiam a plena liberdade, antes de en- siam,

cerrar-se o prazo para a extineção daescravatura.

Confirma-se; felizmente, a noticia deque o governo britannico declarara tpiemanterá os tratados e . contratos feitospela antiga republica dé' Transwall, hoje)annexada á Inglaterra, bem como garan-jtira as dividas contrahidas pela mesma.

Deste modo é de presumir que terá, den-tro em breve, construida a linha férreaque liga o Transwall com Lourenço Mar-quês, obra de grande e incontestável van-tagem commercial.

Sabe-se de Bombaim que o Sr. No-gueira Soares, governador da índia, re-ígressaria á Europa no fim d e Maio ; di-zem que é já portador dos tratados cele-ibrados entre Portugal e Inglaterra, afimide regular as relações commerciaes entreas possessões portuguezas da Ásia e as,inglezas. A carta que dá estas informa-çoes aecrescenta que as condições do;tratado não são, como se diz agora naimprensa britannica e portugueza da In-:dia, desfavoráveis a Portugal, no entanto1os plenipotenciarios assignaram um con-venio ad referenãum. Yeremos se se ve-rificam taes informações. í

Por noticias chegadas de Guimarães,sabe-se que realizou-se a conferência ácer-;ca da Cetania. Não faltaram bailes, jan-tares, lunchs, etc, etc, em honra dosvizitante3. Para a seguinte carta reser-;vamos mais circumstanciadas noticiasrelativas ao assumpto.

Bomfim de Montes Claros da diocese da rDiamantina, e ao padre Manoel Floren-tino Cassiano de Campos %

As honras de pregador da mesma ca-pella imperial, ao conego Antônio Pe-reira Nunes; vigário da vara da comarca^de Campos, da diocese do Rio deíaneiro,e a» conego João Gonçalves de Oliveira

NOTICIAS DIVERSASAos nossos assignantes resMcn-

tes nesta capital e cujja as^ignatu-ra áinila neste inez prevenimos que,para. não soáífrerem interrupção naremessa tia folha, «levem pagaradiantadamente o 2° semestre noescriptorio da folha.

Não convindo á empreza manternm pessoal para proceder £L cobran-ça das assignalnras, é isadispensa-vel a cxecaifção resfcricta da medidaacima indicada.

Ribeiro, vigário da freguezia de NossaSenhora da Piedade, de Barbacena, dio-cese de Maria nna.

Foi nomeado o Dr. Miguel RodriguesBarcellosl» vice-presidente da provínciade S. Pedro do Rio Grande do Sul.

Foram exonerados a pedido :O Dr. Antônio Joaquim de Miranda

Nogueira da Gama,do cargo de presidentena província do Espirito-Santo.

O bacharel Adolpho Lamenha Lins, deigual cargo da província do Paraná.

O Dr. Gracilian© de Paula Baptista, deigual cargo da província do Piauhy.

O bacharel João Ferreira de AraújoPi/iho, de igual cargo da provincia deSergipe.

O bacharel Enéas José Nogueira, docargo de Io vice-presidente da provinciade Piauhy.

Foi demittido o bacharel Antônio Francisco Pinheiro, do cargo de 4° vice-presi-dente da provincia do Pará.

Foram naturalisados, o cidadão fran-cez Jean Pierre Frederic Henry Duplan,o subdito austríaco Estevão Savich, osubdito dinamarquezThomaz Mortenson,o subdito allemão Carlos Franck, os sub-ditos marroquinos Izaac Cohin, IzaacSoussy e Izaac Bensimon, e os subditosportuguezes padre Antônio Dias de Arau-jo, Albino Soares Homem, Plácido Tei-xeira Coutinho, Manoel Antônio Peixoto,Joaquim Xavier Peppe, José Pereira deAmorim e Jeronymo Francisco Marques.

Por portaria de 2 do corrente mez foinomeado Domingos José da Silva Costapara o lugar de porteiro da secretaria deestado dos negócios do império.

O Journal des Déb&ts publícoo un»1 no-tavel artigo, em que estuda a sitaa.çaoactual da-Turquia, em frente do seu a a-versario secular, o Vlmpeííò Rasso. P*'"pois dé dizer que o sultão dé Constante-nopla e ò chefe supremo de uma reMgrao

Ao thesoureiro da commissão eentralcearense foram entregues as seguintesquantias: pela Exma. Sra. D. MariaBenedicta Guimarães Martins e TitoLivio Martins, produeto de um leilão deprendas realizado na festa de Rezende e

cujos adeptos estão espalhsídos em toda } nor elles promovido 1:S23#800; pelo Sra África e Ásia; mostra quse" os paizes Francisco Clemente Pinto, subscripçãomahometanos daquella parte dò mundo,Tunis, Tripoli 'fe Marrocos, nada psdepfazer presentemente a favor ão ImpérioOttomano. Nutre porém receios de que as-populações excitadas pelo fanatismcvserevoltem contra, os ehristãos , fazendosentir-se isto até-na Algeria.

A Pérsia é um paiz extenso^poueofértil, esgotado por seccas successiyas, e

pouco auxilio poderá prestar á Eussiaí.O Estado de Kadsgar,no centrodá Ásia,

pouco pôde fazer a favor do sultão; vistoachar-se em luta constante com os chins.Quem póde seriamente incommodkr aRússia são os musülinanos fanáticos doTurkestan, onde aquelle^ têm 40.000 sol-dados.

No emtanto, diz o Journal des Deèats,não deixará de haver alguma agitaçãonos 130.000:000 de musulmanos, quehabitam a Ásia e África, e serão ^os pai-zes vizinhos daquelles que terão comisso de soffrer.

Agora, perguntamos nós, a guerra akO'Oriente é ou não uma guerra ?

pt^lo mesmo Sr. agenciada em Santa Ritado Rio Negro, em Cantagallo, 1:600#;

ipel^ Sr. José de Freitas Macedo, pro-dücl o da festa agenciada por elle e o Dr.Sia» d, no chalet do Jardim Botânico, nanoite de 30 do passado, 2814/700 ; pelo Sr.José iMartins Torres, Antônio Joaquim'Gordos, ü Maurity e Eduardo Marcolino

ida Paixão, subscripção agenciada noal-Imoxarifbido do paço de S. Christovão,120,$ ; da menina Alice Ferraz, por inter-

imedio do- Sr. Antônio Joaquim Pauget,27#600; pelo Sr. vigário Eranciseo Mar-tins ão iMonte, 30$ ; pelo Sr. A. J. Pi-mental, ICtfOOO.

Não se realizando o leilão de prendasannuneiado no Club ©ymnastico Portu-gue^ será levado a effeito quando denovo se anisunciar.

NOVAS CONDIÇÕES I>E ASSIGMA-TURA

Para esta capital:Ke boje até o fim do anno. ^SOOO

Para as provincias tDe hoje até o fim do anno. 10SOOO

Aos nossos assignantes do inte-rio.» lemforaanos a conveniência demandarem reiormar as suas as-signaturas de semestre, para nãosoffirérem interrupção na remessada folha.

que empre-1

Pelo ministério do império, fez-semercê do foro de moços fidalgos, comexercicio na casa imperial, a Xavier Var-nhagen de Porto Seguro e Luiz Var-nhagen de Porto Seguro, filhos legítimosdo visconde de Perto Seguro.

Concedeu se dispensa de lapso detempo ao Dr João da Silva Ramos parapoder tirar alvará de fidalgo cavalheiroda casa imperial.

Foi jubilado, com o ordenado propor-cionai a 34 annos, dous mezes e 22 diasde effectivo exercicio no magistério, olente da 2a cadeira do 6" anno da facul-dade de medicina do Rio de Janeiro Ba-rao de Theresopolis.

Permittiu-se que o lente da 2a cadeirado Ia anno da mesma faculdade, Dr. Ma-noel Maria de Moraes e Valie, continuena regência da dita cadeira, com a grati-ficação addicional de que trata o art. 54dos respectivos estatutos, a contar dadata em que completou 24 annos de ef-fectivo exercicio no magistério.

Foi concedida a medalha de 2a classe,designada no art. 1° das instrucções aaue se refere o decreto n. 1,579 de 14 deMarço de 1855. a Manoel Rodrigues Lima,por ter salvado na tarde de 3 de Marçoultimo, no porto da cidade da Fortaleza,a vida de José Antônio Vieira da Cunha,o qual, tendo cahido ao mar,debatia-seinutilmente contra as vagas, sempre agi-tadas no referido porto.

Foram nomeados :Commendadores da ordem de Nosso

Senhor Jesus Christo, o monsenhor JoséJoaquim Pereira da Silva e o subditoporíuguez Antônio Dias Guimarães.

Cavaheiro da mesma ordem, o padreJosé Rodrigues de Oliveira, vigário davilla da Piedade, na provincia de S. Paulo,em attenção a serviços prestados á reli-giao e ao Estado.

Official da ordem da Rosa o bacharelAugusto de Mello Rocha, em attenção aserviços prestados á instrucçáo publicana provincia do Maranhão.

Cavalleiros da mesma ordem, o capitãodo 8o batalhão de infantaria Nicoláo An-tonio Bandeira Nogueira da Gama, porserviços militares prestados nas campa-

vnhas do Estado Oriental do Uruguay, edo Paraguay.

O capitão da guarda nacional da pro-vincia de Pernambuco, José Antão deSouza Magalhães, em attenção a serviçosprestados a bem da ordem publica namesma provincia, e Alexandre JúlioTheodoro Degrand.

Cavalleiros da ordem de S. Bento deAviz o capitão de fragata Joaquim Anto-nio de Cordovil Maurity, os l°s tenentesPedro Nolasco Pereira da Cunha, Ma-noel Augusto de Castro Menezes e Fre-derico Guilherme de Souza Serrano e osofficiaes de fazenda de 2a classe Fran-cisco Maria Bittencourt- e Antônio JoséMoniz de Almeida.

Foi aceita e confirmada a renuncia quefez o padre Vicente Ferreira Passos dafreguezia de Nossa Senhora da Assump-ção do Chapéo de Uvas da diocese deMarianna.

Foram concedidas as seguintes pen-soes, que ficam pendentes de approvaçãoda assembléa geral :

De 2:400#0:>i annuaes, á viecondessa deMacahé em attenção aos relevantes servi-ços que prestou ao Estado o visconde domesmo nome.

De 60i>#()ü0 anuuaes, ao operário de 1.aclasse da officina de construcção naval doarsenal de marinha da corte, AntônioDias dos Santos, em attenção aos serviçosque prestou na guerra contra o governodo Paraguay.

De 400$ annuaes, ao escrevente dasof&cinas do arsenal de marinha da BahiaAnaeleto dè Abreu Gontréirás,'-em atten-ção aos bons serviços que prestou aoEstado por mais de 26 annos.

Concedeu-se licença aos fidalgos cavai-leiros da casa imperial, barão da Estrellaè coronel Joaquim Antonto da Silva Car-valhal, para eftectuarem casamento, oprimeiro com D. Thereza de Drummonde o segundo com D. Libania Augusta deMiranda.

Foram concedidas:As'honras dp conego da cathedral e ca-

pella imperial, ao padre José Maria Ver-

Ministério dos negócios da justiça, 12de Maio de 1877.

Illm. e Exm. Sr. — Em solução ás du-vidas do juiz substituto da Ia vara civelda capital, sobre a verdadeira interpreta-çao dos arts. 17 § 5° da lei da reforma ju-diciaria, ^ e 61 do respectivo regulamento,quanto ás appellações em processos es-peciaes, julgados pelos juizes de direito,declaro a V. Ex. que as mesmas duvidasdesapparecem desde que considerar-seque o decreto n. 1,696 de 15 de Setembrode 1869, citado no § 2° do ultimo daquel-les artigos refere-se a qualquer sentençade absolvição, em primeira instância ; eestando alterado tanto o mesmo decretocomo o art. 84 da lei de 3 de Dezembrode 1841, segunda parte, dever-se-ha en-tender que, ainda nos casos de absolviçãoem processos especiaes, se decretará asoltura do réo, embora pendente a appel-lação do promotor publico ou da parte dooffendido, sempre que a pena fôr inferiorás declaradas no § 5.° do citado artigo 17da lei n. 2,0:33 de 20 de Setembro de 1871.

Deus guarde a V. Ex. — Francisco Ja-.nuariu da Gama Cer queira.—Ao Sr.presidente do Pará.

Bcpois da tomada de Ardahan, mar-charam os russos para Erzeroum e occu-param os desfiladeiros do Saghanli, se-gunda linha de defeza dos turcos. Foiisto que obrigou Mouktar-Packá a reti-rar-se para Zewin, onde acaba de serbatida a ala esquerda do exercito russo.

Foi eleito presidente do «Jockey-Club»o Sr. Barão de Pirapitioga.

Correu no meio de grande enthusias-mo e sem a menor perturbação da ordempublica a festa de 2 de Julho na capitalda Bahia. _______

Continua a edificação a desenvolver-se activamente no aprazível bairro da —Villa Isabel, para o que tem concorridoeffectivamente o enérgico presidente dacompanhiaferro-carril, que tem aquelladenominação.

Permittíu-se á Companhia «Estradade ferro de Campos á Carangólla», queprolongue o ramal de Itabapoana até orio Itapemerim, na provincia do EspiritoSanto.

Feia imperial sociedade de musicaRecreio de Botafogo, foi entregue ao go-verno a quantia de 415#S0ú, destinada ásvictimas da secca.

O ministério da agricultura declarouque nenhuma providencia ha a tomarsobre o facto de ter um conduetor dacompanhia de carris de ferro de S. Chris-tovão, recusado passagem á uma orde-nança do 2.» delegado, visto nao achar-serevestido o passe das formalidades exi-gidas por aquelle ministério.

Bem feito. Em todo o caso o conduetorque dê graças a Deus, por não ter sidopreso, quando commetteu tão feio delicto.

<%. alfândega rendeu hontem..\ recebedoriaA mesa provincial.

154:575567411:4S8S3702:557£512

A recebedoria rendeu no mez de Junhofindo 1.527:644^(382. A verba mais fortefoi a da décima urbana, que produzio1.037:7llSõ33, e a mais fraca, foros deterrenos, que deu 25#500.

Mó parlamento hespanhol, Castellaratacou com vehemencia o projecto de leieleitoral apresentado p lo governo. De-clarou-se francamente pelo suffragio uni-versai,

Em theoria também somos por essaidéa; agora quando se tratar da prat.ca,veremos.

Entendemos,que procedeu muito bemo Sr ministro da agricultura não appli-cando ao prolongamento do ramal deItabopoana até o rio Itapemerim, a dis-posição do decreto n. 6364 de 8 de No-vembro de 1876, relativo ao emprego docapital garantido.

Foi a informar ao juiz de direito daIa vara civil da corte, o requerimento deJosé Gomes de Oliveira, official do re-gistro geral de hypothecas, pedindo 3annos de licença para tratar de sua saúde,e indicando seu filho para substitui-lo.

Se a lei não se oppõe, muito menosnós. ._

O ministério de estrangeiros acha ne-cessaria a nomeação de uma commissãopermanente de pessoas versadas na le-gislação e no direito, a qual corres-ponda com instituição idêntica, creadaem França, pelo ministério dos cultos eda justiça, para o fim da permuta de to-dos os actos officiaes publicados nos douspaizes.

O ministério da justiça não entendeassim, acha aquillo desnecessário, e comeste concordamos.

vigário còllada da freguezia do

A Revista Industrial, publicando, se-gundo documentos officiaes inglezes,umaestatística dos accidentes das estradasde ferro e nas estradas onde a tracção éfeita por animaes, estabelece um calculomuito interessante a respeito do riscode accidentes, que correm os viajantes.

Em 1874, os accidentes de estradas deferro, custaram a vida, na Inglaterra, a1,240 pessoas, das quaes 1,16-3 homens e84 mulheres, em quanto os accidentes decarruagem oceasionaram a morte de 1,528pessoas, das quaes 1,313 homens e 215mulheres.

Quanto aos accidentes de estradas deferro, deve-se notar que o maior numerode victimas, 7;»9, é composto de pessoasque circulavam a pé na linha.

A proporção dos mortos para o numerototal de viajantes é de l para 2.274:881.Mas effectivamente só houve uma pes-soa morta em 5.556:281 por causas im-putaveis ás companhias, o maior numerotendo sido . victima de sua própria im-prudência.

Em 1875, houve uma só morte, em tresmilhões de viajantes, que possa ser at-tribuida a culpa das companhias.

Comparando os accidentes com o tra-jecto effectuado; admittindo para cadaviajante um percurso médio de 16 kilo-metros, chega-se a este resultado : umviajante morto para 480 milhões de kilo-metros, do que resulta que uma pessoaviajando continuamente dez horas pordia com a velocidade de 48 kilometrospor hora, não corre risco algum de morteera 2,749 annos nas estradas de ferro in-glezas.

E dizer-se, que entre nós ainda ha in-dividuos; que têm medo de viajar nasestradas de ferro, de passar nos túneis, eir a Santa Thereza pelo plano inclinado.

No éíntanto a verdade é serem as estra-das de ferro no. Brazil das que têm chro-.nicas mais pobres dè accidentes, que te-hham custado a vida a viajantes.

Ainda não houve, felizmente, uni sópassageiro morto nas estradas de ferroD, Pedro II e Cantagallo./Quanto ao plan© inclinado de-Santa

Thereza, é alli O serviço tãónbem feito,qüe nem ha possibilidade de |>erigo parao publico.

"'._ ¦/ :. ¦••;;."' ','.•;

ifl© dia 1° de Julho abriu-se a exposi-ção hortieula nacional no palácio de crys-tàl, no Porto.

Pavccc incrível que por falta de pro-motor não se tenha convocado a 2a ses-são judiciaria deste anno no termo deValença. Foi preciso que o governo de-terminasse positivamente ao presidenteda provincia, que providenciasse a esserespeito.

©a viagem a roda ão mundo do condede Beauvoir, extrahimos o seguinte, re-lativamente ao idolo de um templo deBangkok, capital do reino de Siao :

« No interior do immenso sanetuariovê-se o deus deitado a fio comprido, me-dindo de extensão 50 metros dos hom-bros até á planta dos pés. O corpo gigan-tesco deste idolo enorme, todo de pedra,é revestido de lâminas de ouro. Está odeus deitado sobre o lado direito, servin-do-lhe de leito uma peça esculpturalmagnífica, toda dourada. A cabeça, quese acha levantada acima do solo uns 25metros, apoia-se no braço direito; o es-querdo, tem-n'o elle estendido ao longodo corpo Os olhos do deus são de prata,os lábios de esmalte côr de rosa, e trazelle á cabeça uma coroa de ouro esmal-tado. Ao lado desse corpo monstruoso,nos parecíamos uns liliputianos, â modade Gulliver, e quando subimos para cimadelle, desapparecemos completamente nointerior do vasto nariz. Ficámos allimudos e quedos, admirando aquella con-strucção de titans, pela qual não podiaser pago o architecto senão com os the-souros de am Creso.

Nenhum culto ostentou tamanho luxode riquezas, pois vale essa armadura quereveste o idolo, uns mil milhões. Cadalamina das mil que forram a estatua,mede uns dous pés quadrados e pesa,segundo nos disseram,450 onças de ouro!»

Requerimentos despachados.Ministério da justiça 7-Antônio José Barreiros- Lyra, 1» taÜeL-

lião do publico, judicial e notas, e esori-vao do civel e crime do termo do Penedonas Aliagôas, e Manoel Aníonio Barreiros-Lyra,. escrivão privativo dà jury e exe-cuções- crimes do mesmo termo, pedindopermuta dos respectivos ©fficios.— NSotem lugar, em face do disposto no art 4^do decreto n. 4,6S3 de 27 de Janeiro de1871.

Dr. Manoel Polycarpo Moreira de Aze-vedo, reclamando novamente contra ©despacho do presidente da Relação doRecife, que negou registro ao seu diplo-ma de doutor em leis, por Philadelphia.—Indeferido.

Pelo ministério da agricultura :José Joaquim Teixeira da Cunha.—In-

deferido.Benjamin de Macedo Costa.—Não temlugar.Proprietária do prédio n. 11 da-praça

da Acclamação.—Compareça na secção^de contabilidade,

J. Coursell & Comp.—Idem.Compaohia de navegação Paulista.—

Idem.Joaquim Luiz Paes de Almeida, pe-dindo permissão para ter um troly de

linha, em Lavrinhas, afim de passarsobre a ponte.—A' directoria da estradade ferro D. Pedro II, para informar.Alexandre Dantas, pedindo concessão

de penna d'agua.—Com portaria ao íns-pector das obras publicasBernardo Ferreira da Costa, idem.—^Idem.

Domingos de Castro Peixoto, idem..—Idem.Prancisco Goulart de Souza, idemu —

Idem.Feliciano Ferreira da Costa, idem.—Idem.Ignacio Cardoso Leal, idem. —Idem.João da Costa Ferreira, idem.—Idem.Luiz da Ponte Ribeiro, idem.—Idem.íf.1^61 Joaquim Borges, idem.— Idem.Müitao Máximo de Souza Junior,idem.—Idem.^fií?0!3, João de Segadas Vianna, idem.— Adiado, por ser agua do Andarahy-Grande, JJosé Hancox, pedindo autorização parausar e gozar de diversos terrenos e pontes-desta cidade, para o desembarque e de-

posito do material destinado ás obras deesgoto daguas pluviaes.—Deferido,, comas restriecoes coimnunicadas ao inspec-tor geral- das obras publicas, somente noque depender deste ministério.

Ministério da marinha :José Soares do Amaral.—A' contadoria

para informar.D Balbina Nogueira de Moraes.—Di-rija-se á contadoria.

Constituiu-se em Lisboa urna socie-dade musical com o fim de levar a effeitotodos os annos duas ou mais series deconcertos, como se usa em Pariz, Lon-dres, Vienna, Madrid, etc.

Estes/concertos constarão de musicainstrumental, ou também vocal, se ascircumstancias o permittirem. 0>rsper-torio que a sociedade fará executar cons-tara das composições dos mesmos auto-res, sem preferencia de gênero.A primeira serie constará de tres con-certos, devia ter lugar o 1° no dia 6 deJunho no theatro dos Recreios Whit-toyne.

Recebemos o relatório aunual da so-ciedade Auxiliadora de Agricultura dePernambuco.

No dia Io de Agosto próximo faturoreunir-se-ha a junta parochial da fre-guezia da Gloria para proceder-se ao alis-tamento dos cidadãos da parochia parao serviço do exercito e da armada.

Wa Ia e 2a vara commercial nao houvedespacho do juiz de direito, porque ossupplentes do Sr.Dr. Caameiro de- Camposnão entraram em exercicio.

Ficou encerrada a 6a sessão ordináriado jury do corrente anno.

Foi capturado Luiz da Fiança Be-zerra, que estava pronunciado por crimede estellionatode 1S74.

desde 20 de Fevereiro

O exercito russo que penetrou na Rou-mania segue lentamente o plano que-parece ter por missão executar.Os primeiros pontos que os russos,

oceuparam fortemente sobre o Danúbiosao as margens deste rio visinhas de-Debrutscha, e hoje dominam o Delta do-Danúbio formado de tres braços, de S.Jorge, Kilia e Soulina (o ultimo é nave-gavel); paiz insalubre, sesonatico, palu-doso e cortado por infinitos braços se-cundarios.

Na margem turca, a pouca distanciada embocadura, encontra-se uma pe-quena cadêa de montanhas, denominadas:Babadagh, e que encerram.as primeirasaldêas búlgaras.

Na margem romaica, em frente dessas-montanhas, encontram-se, descendo o-rio, as cidades de Braila, Galatz e Ismai-la, oecupadas por tropas russas e que os.monitores russos têm bombardeado.'.

A natureza paludosa desias regiões,torna rnuito difficil aos russos a.passa-gem do Danúbio por tal ponto ; ehcon-trar-se-hiam a cada passo detidos pelasvaHas do Danúbio.

Póde suppôr-se que se fará uma mani-tação nestes lugares, mas quo-o verda-deiro projecto do estado-maior russo étentar a passagem do,Danúbio ao montedò Sereth, em Giorgewo, oii talvez, exaTurn-Severin

E' com effeito paara este dous pontosque se dirige.a marcha do exercito russo.

Em 8 de Maio, ás 11" e 32a-divisões a&-.infanteiia, e a 1.1*. divisão de cavallaiúa^,

: pertencente ao II» corpo ã& exercito ( ge-*" neral principe Schachowskoj ) oecupam.-posições entre (Salatz e- Braila. Estamesmo corpo d^e exército guardava a poa-ie de Barboche^sobre o Sereth.

A requerimento do Dr. Alexandre H^oates, o tribunal da Relação concedeu hon-tem habeas-corpvts em favor de Andréde Lima, para que elle seja apresentadona conferência do dia 6„ dando ©sclare-cimentos à autoridade que ordenou aprisão. ;•¦ -: _'.'"

Wa rua da Prainha foi hontem mor-dida por um cão a preta Casimira, es-crava do Dr. José Luciano Pereira. Orondante matou o cão.

Effeetuará hoje, 4 do corrente, ás* 7horasrda noite a prelecção da cadeira déagricultura o respectivo professor, o Sc.Dr, Nicoláo Moreira.

36a divisão doi7«> corpo de exercito ( ge-neral Janeccfcvr) estendia entre Reni eIsmaila.

A 15a divisão e a cavallaria deste corpode exercito,, estão em marcha e devemter passado a fronteira junto de Patar-Bennar.

A 9* e 11» divisões do S* corpo de exer-cito, dirigiam-se sobre, a linha de Galatz-Buséo.

Uma parte da 9a divisão oecupava já"Buséo em 8 de Maio-

Ás tropas da vanguarda deste corpo deexercito, Cémpòsta de cossacos, chegarama Jalomnitza. '

Por outro lado, um despacho de Jassyà Corresponãance VoliUque, annuncía apassagem por Braila e Galatz de umagrande quantidade áe tropas, e avalia-sè

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Page 3: æ i Rio de Janeiro ESGHIPTOMO B REDACÇAO RUA DOS OURIVES …memoria.bn.br/pdf/369381/per369381_1877_00163.pdf · 2012-05-06 · Exterior.— Correspondência de Pari2-— Correspondência

333 ¦¦ ¦-'.'.'•' > i

- '0 GLOBO — Rio, Quarta-feira 4 de Julho de 1877

em 65.000 homens de infanteria, 8/00 decavallaria e 112 canhões a força do exer-cito que desde alguns dias se acha amon-toada entre Giurgevfo e Turn-Severin.Os quarteis-mestres russos chegaram aTurn-Severin.

Os restos de uma antiga ponte romana,construída por Trajano, perto desta ci-dade, poderiam talvez neste ponto iacili-tar a obra dos pontoneiros russos. Alemde Turn-Severin, o príncipe Carlos deRoumania, á frente do exercito, romaico,fôrma a extrema direita do exercito russo.

Todas as operações do exercito turco,emquanto os russos avançam deste modoao longo do Danúbio, limitam-se ate

a inquietar com a aritlheria deagoraseus navios couraçados as cidades mar-

glPartilharia russa responde ao fogodos turcos com algum resultado, a julgarpela perda do grande monitor que fez ex-plusão em frente na Braila.

Na Santa Casa da Misericórdia pioee-deu-se á eleição dos irmãos que devem

eleger o provedor e a mesa no domingo

próximo futuro, e foram eleitos os Srs :Sonde de Baependy, Visconde de SantaThereza, Barão de Nogueira da Gama, u.Francisco Baltazar

°da Silveira, JoãoBaptista da Fonseca, João Nepomuwnode Sá, José Ferreira Leal, Manoel JoséTeixeira Júnior, Manoel Pinto TorresNeves Antônio Joaquim Dias tfiaga,José Dias da Cruz Lima e Joaquim Manade Souza. _

Nada menos de 36 propostas recebeu o«•overno para a construcção da estradaSê ferro de Porto Alegre a Uruguayana.Prefira o governo quem tiver experiênciae pratica dos trabalhos que se vao fazer,é o meio de evitar reclamações e indem-nizacões para o futuro, e ter-se certeza deboa execução das obras.

Noticias do campo; sob este titulo jlê-se no Jornal ão Commercio de Lisboa:}Vae s. findar o mez de Maio que correu

muito irregular, e se em parte lhe naofaltaram as ventanias; que lhe sao pro-pr.ias'f foram estas fortes e impetuosasque açoutaram excessivamente toda avegetação.

O frio, o calor; o vento, o sol e a chuvatem-se succedido uns aos outros comrepentinas müdanças.Feiizmenté a saudepublica não se tém alterado sensivel-mente.

• O anno será muito escasso de todas asfructas, e a nascença da uva não se apre-senta abundante. -

Os cereaes de pragana dão por em-quanto esperanças e as sementeiras demilho, nas terras fundas, vão-se fazendoá proporção que o tempo e os braços opermittem.

Os batataes tardios vão por emquantoescapando ao terrivel mal, que no pre-sente anno destruiu os temporãos.

Parou algum tanto a exportação domilho e o preço abateu, tendo saido alguma 500 réis por 20 lit. os.

Cresce o pi eço do vinho pelo muito con-sumo deste produeto, e não dar a futuracolheita as maiores esperanças de muitaabundância.

Não têm faltado forragens verdes paraos gados e o estado sanitário destes ani-mães tem sido bom até hoje.

O oidium, este mal das vinhas vae ap-parecendo, e já quasi perdeu a sua inten-sidacle pela efficacia do remédio do enxo-fre, e quando os vinhedos se achamameaçados de outro novo mal, mais des-truidor e até hoje incurável.

Que o insecto chamado jphiloxera naochegue a causar no nosso solo os immen-sos estragos feitos nos vinhedos daFrança. • .

O reino vegetal soffre e padece mfluen-cias maléficas, as quaes o velho lavradorexplica por castigos do céo com os gafa-nhotos.

AVISOS

Mevolveu-se ao presidente de S.Paulo,os requerimentos dos pretendentes aoofficio do 2° tabellião do publico, judiciale notas e escrivão das execuções e cíveisdo termo de Caçapava, afim de que pro-ceda a nova nomeação, escolhendo dentreelles o mais idôneo, visto existir incom-

patibilidade por parentesco entre o es-crivão de orphaos do mesmo termo Sil-vano Corrêa de Toledo e Luiz Lemos doPrado, nomeado para servir provisória-mente aquelle officio. .

E o presidente de S. Paulo era tao m-nocente que nao sabia disto?

No quartel do corpo de bombeiros, olente interino da cadeira de chymica, mor-canica da Escola Polyteehnica, Dr. Fran-cisco Antônio Carneiro da Cunha, assis-tiu hontem, acompanhado de todos osseus alumnos, em numero de setenta,aos diversos exercícios de bomba, e espe-cialmente aos dos extinctores (abatadei-ras) chymicos de Babcock, que funecio-nam pela acção do ácido carbônicodesprendido da dissolução do bicarbona-to de sódio atacado pelo ácido sulíurico.

Os capitães Drs. Neiva e Girard, di-rector e ajudante do corpo, prestaramtodos os esclarecimentos a respeito dosdiversos áppáreíhos utilizados no serviçode extihcção de incêndios, fazendo func-cionar todos elles, inclusive a bomba avapor. ,.

Fizeram-se ensaios de um apparelhode salvação — que é uma modificação dosque vem da Bélgica, onde se substituiu acadeira per um sacco de lona, no qualpodem ser, sem receio algum, salvas ascriacas, as senhoras, e as pessoas doen-les. ¦¦ ¦ - . .

A modificação, de que se trata, toi in-troduzida pelo actual director interino,caoitão Neiva.

Lê-se no Districto de Aveiro de 4 dopassado:

O tempo, ou antes a chuva, caprichaeste anno em nao deixar sahir á rua asprocissões reaes. Quando Aveiro, cheiode enthusiasmo... religioso, se prepa-rava para uma procissão da Santa Prin-¦ceza, como ainda aqui nao tinha havido;quando os mais influentes aguardavamesse espectaculo grandioso, devido áphilantropia e sentimentos religiosos de.alguns cavalheiros desta cidade ; quando" tudo estava convenientemente prepa-rado, toldam-se os ares e a chuva cruel,borbulhando á secapa, derrama em todoso desalento, e paralyza o fructo de tantostrabalhos !

Agora succedeu outro tanto.A quinta-feira de Corpus Çhristi foi a

repetição do dia da festa da Santa Prin-ceza.

A procissão não sahiu as portas da se.OS. Christovão teve de recolher-se. OS. Jorge e o seu estado maior succedeu-lhes outro tanto.

E tudo o mais assim.Come a manhã estivesse de boa cata-

dura, affluiu grande massa de povo ácidade, que festejou o dia debaixo dosArcos, ao som da banza, e nas tendas áface do rascante.

Assim se passou o dia de quinta-feira.— As chuvas que ultimamente têm ca-

Mdo, prejudicaram assáz os vinhedos eolivaes.

O fructo definha-se com este tempo, tãoimpróprio da quadra.

Mon»a3Bga—atgawn»

vu 11ERC! (1

Rio, 3 de Julho de 1877.

Cotações «fficiaes

Apólices.— Geraes de 6 % ao par.Metaes.—Soberanos a lü#240 e 10$239.Lstuas hypothecarias. — Banco do

Brazil ( 6 coupons ) a 82 %; idem (7 cou-

pons ) a 79 Va %•O presidente, J. A. A. Souto.O secretario, Alfredo ãe Barros

iVa huifít «1'íieiai da Bolsa

VENDERAM-SE

Ul ap«lices geraes de 6 %>.2,000 soberanos a 10#240.3,000. ditos a. 10P30. fâ55 letras hypothecarias do Banco do

Brazil ( 6 coupons). .52 ditas(7 coupons). ,3

Kilos de ouro trocados contraNOTAS do thesouro e dos bancostransformado este precioso metal ( idòloda época) em relógios e correntes pairahomens e: para senhoras, vende-'se namais acreditada casa do Império do Bra-zil, debaixo das bases seguintes:

l.a Todo o relógio Vendido em nossacasa, acima dê 60#, será novamente re-cebido no -prazo da garantia, com oúnico abatimento de 10 %>.

2.a Toda a corrente de ouro de lei ven-dida em nossa casa a 4# a oitava, torna-se a receber a 3#500 a oitava; vantagenssérias e indiscutíveis,

3.a Nas garantias dos relógios vendidose dos concertos, salva-se só o caso de de-sastre.

P. S. — A pedido da nossa numerosafreguezia do interior ; a loja estará abertapor 60 dias até as 7 horas da noite.

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11

©bitos.—Sepultaram-se nos differen-tes cemitérios públicos desta capital, nodia 2 do corrente, as seguintes pessoaslivres: S

Antonieta, filha de José Calvet Vello-so, 16 mezes, brazileira. — Eclampsia.

Guilherme, exposto da Santa Casa,dias. — Fraqueza congenial.

Agripino, exposto da Santa Casa,dias. — Stomatite.

Cicilia, filha de Antônio Rodrigues daCunha, 13 dias, fluminense. — Meningitecerebral.

Adelaide, filha de João Pedro Guima-rães, 4 mezes, fluminense. — Pleuro-pneumonia.

Deolinda, filha de José Vicente Tosta,1 mez, fluminense. — Entero colite.

D. Marianna, 60 annos, viuva, flumi-nense. — Idem.

Bento, 3 annos, fluminense. — Croup.Claudina Francisca Pereira, 25 annos,

solteira, fluminense. — Encephalite.- Simão Antônio Gomes, 52 annos, casa-

díj, portuguez. — Apoplexia cerebral.Eliza de Oliveira, 48 annos, casada,

brazileira. — Febre perniciosa.Maria da Gloria Rodrigues, _ 52 annos,

viuva, brazileira. — Pneumonia.Fausto, (55 annos, solteiro, africano. —

Demência.Quirino, 40 annos, solteiro, fluminense.

— Marasmo.Ventura Passos, 66 annos, solteiro,

africano. — Lezão do coração.José Ferreira do Rego, 64 annos, sol-

teiro, portuguez.—Elephantiasis dosárabes.

O. Broderens, 20 annos, solteiro, dina-marquez. — Queimaduras.

Maria Isabel da Rocha,. 28.annos,.casa-da, portugueza. — Tuberculos pulmo-nares.

Francisco Alves Nogueira, 22 annos,fluminense. — Idem.

Antônio Galdino de Nazareth, 34 annos,brazileiro. — Idem

Leandro Francisco Leal, 52 annos, ca-sado, brazileiro. — Idem.

Maria Joanna de Amorim Carrao, 48annos, solteira, fluminense. — Idem.

Antônio, 46 annos, solteiro, africano.—Idem.

Francisca, filha de Delmira Maria The-reza, 7 mezes, fluminense. — Tuberculosmesentericos.

José Marques de Almeida,54 annos,viu-vo, portuguez. — Lymphatite perniciosa.

4 fetos: filhos de Andaluza, Benedicta,Emilia de SanfAnna, e Philomena.

Sepultaram-se mais 3 escravos, sendo :1 de suicídio, 1 de dysenteria e 1 de gas-tro-interite.

No numero dos 12 cadáveres sepulta-dos nos cemitérios públicos, está incluído1 de pessoa indigente, cujo enterro se fezgrátis.

Meteorologia.—No imperial observa-torio astronômico, fizeram-se no dia 3as seguintes observações :Hor. Th. cent. T7i. Fah. Bar. a O. P. A.

IO.-»l.t4.t

20,022,026,426,7

63,0071,6079,5280,06

755,492755,509753,761753,8.28

14,4915,1615,2016,36

Céo limpo e azulado com leves cirrusdispersos pelo alto, serras e montes li-geiramente nublados e nevoados e hori-zonte ensineirado. Soprou N. moderadopela manha e N.O. regular á tarde.

ACÇÕES DE BANCOS

503 acçõesB. (ex-div.). 2830000CommercialCom. ex-div.. 43j?000Idem. com divid

integridade

COM.PANHIAS DE SEGUROS

4S#000I

ESTRADAS DE PERUO

23Ô|00Ô140S0003Sfl0O043S00Q

418000

Ao «Tardam das Damas. — Os pro-prietarios desta nova casa chamam aattenção das Exmas. famílias para obonito e variado sortimento de fazendase armarinho, e que vendem por preçosbaratissimos.

Rua da Assembléa n. 74. — Martins &Silva.

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CARRIS DE FERRO

S. Christovão..'..... | ex-div.Car.eRiach. 160#000

125.S000

210^000

DIVERSAS COMPANHIAS

Gaz do Rio. 3450000DoeasP.II. 350000

Fora «lã balsa

340000

O mercado de cambio conservou-se namesma posição, realisando-se sobre Lon-dres, transacções regulares a 23 3/4 d. pa-pel bancário, 23 Ve. 23 ^/1S e 24 d. parti-cular. Sobre França a taxa banôariacontinuou sendo 402 rs. por franco.

Vénderám-se 20 apólices geraes de 8 %ao par e 20 acções da companhia G. F. daLeopoldina à 1300 por acção. ¦'

Ás yendas de café foram regulares.Não nos constou frêtamento alguui. >

Pagádoria do tliesouro. — Paga-sehoje 4 do corrente as seguintes folhas :

Secretaria do império e da justiça, re-formados da guerra, da marinha e da

justiça, supremo tribunal de justiça, re-Ia ção, directoria de estatística, subsidiodos Srs. senadores e Ia folhada alfândega.

SECÇÃO LIVRE

abusos dos guardas. Sem contestar ábso-lutamente semelhante asserçao, devo,todavia, dizer que as accusações especi-ficadas, trazidas algumas vezes ao meuconhecimento, verifiquei que eram in-fundadas.

Devo tornar publico, ainda uma vez,que os guardas não têm autorização parasem ordem tocar nos registros; é por-tanto fácil a qualquer reconhecer e de-nunciar p abuso, quando o suspeite,certo de que não ficará impune. Não é,porém, justo que sem provas, sem preci-sar factos, se converta a imprensa eméco de infundadas accusações contra todauma corporação, que, se contém indivi-duos que não sabem ou não querem cum-prir seus deveres, também possue opti-mos servidores, tanto mais dignos daestima publica,quanto é exíguo o recursoque encontram nesse emprego para satisfazer até as mais imprescindíveis neces-sidades da vida.

Peço, Sr. redactor, a publicação destasbabas em satisfação aos reclamos quetêm sido ultimamente feitos, quer pelaimprensa, quer directamente dirigidos âesta inspectoria, esperando também queessa illustre redacçâo não se furtará aprestar á população em geral e á repar-tição, que dirijo, em particular, o serviçode convidar a todos a evitar o desperdícioou mesmo o consumo d'agua em cousasque na atualidade se podem reputar demero luxo,como em repuchos etc, quandocomeça ella a faltar a outros usos, emque é"absolutamente indispensável, Gomo que muito absequiará.

Ao de V. S., attento venerador e criado,Jeronymo R. de Moraes Jardim.

Inspeetor geral.

NOTA DA MÉDIA DIÁRIA DO VOLUME D AGUAFORNECIDA PELOS DIVERSOS MANANCIAESUTILIZADOS NO ABASTECIMENTO DESTACAPITAL EM OS MEZES DE JANEIRO AMAIO DO CORRENTE AN.\0, E BEM ASSIMDO FORNECIMENTO DO DIA 29 DE JUNHOPRÓXIMO PASSADO , CALCULADA SEGUNDO

AS MEDIÇÕES DIARIAMENTE FEITAS NAS

RESPECTIVAS CAIXAS DE DISTRIBUIÇÃO.

Abastecimento dáguaA deficiência e irregularidades que se

notam neste serviço desde alguns dias,não tem outra causa que a escassez dosmananciaes, os quaes, como se reconhe-cera pelo quadro, de medições abaixotranscripto, tem diminuído progressiva-mente desde o mez de Fevereiro, forne-cendo actualmente os mais importantesa terça parte do volume que forneciamem Janeiro.

Posso garantir que desde muitos annosnão se tem observado uma reducçao tãosensivel, nem mesmo em 1870, época me-"moravel em que foi preciso o emprego demedidas extraordinárias para acudir ásnecessidades da população. E se aindaagora não chegamos a esse extremo, naoobstante ter-se desenvolvido considera-velmente o consumo depois dessa época,deve-se aos melhoramentos que desdeentão se fizeram, já canalizando-se novosmananciaes, já regularizando tanto quan-ío tem sido possivel a distribuição.

Explica-se perfeitamente a grande re-ducção dos mananciaes pela escassez dâschuvas a partir do mez de Fevereiro ;desde então ®s mananciaes só têm sidoalimentados a longos intervallos porchuvas tão escassas, que nem se querconpensavam as perdas soffridas nosintervallos ; d'onde o decrescimento con-tinuo, durante os últimos 4 mezes, demodo a ehegármos ás criticas circumstancias em que nos achamos.

Infelizmente nao poderão ficar, antesdisso concluídas todas as obras proje-ctadas para melhorar o abastecimentopublico, antes da terminação do projectodefinitivo : de modo que somente temospodido contar com o acerescimo prove-niente do rio da Gávea, que mesmo essetem descido consideravelmente abaixodo volume com que se contava e real-mente fornecia.

O grande reservatório projectado ámargem do rio dos Macacos, no JardimBotânico, está hoje concluído, mas só podera ser realmente útil d'ora em diantee quando vierem chuvas capazes de en-chel-o, afim de com as reservas augmen-tar-se o produeto fornecido ordinária-mente pelo próprio rio, e tudo quanto setem podido até agora colher dessa impor-tante obra consiste no melher aproveita-mento das águas do mesmo rio e seus af-fluentes.

Outra obra, que também deve trazersensivel melhoramento, principalmenteaos bairros de S. Christovão, S. Fran-cisco Xavier, Engenho Novo, etc , foi re-tardada em conseqüência das desapro-priações ; todavia, espero que até o fimdo anno poderá ficar concluída. Refiro-meá canalização do Tres-rios, em Jacarepa-guá, que deve fornecer cerca de 3.000,000de litros.

Reconheço que ha ainda grandes de-feitos a corrigir na distribuição geral;.mas esses defeitos não podem desappa-recer completamente, senão quando setiver transformado toda a rede de distri-buição, submettendo-a a um regimenregular e uniforme.

Tem-se por vezes attribuido as faltasque se dão na alimentação dós prédios a

IMPORTAÇÃOEixlriíâit d© vários gênerosE.F.B.P.II. Cab. B. dentro.

Dia 2.Café :

K.Desde 1° »Idem 1876 »

Fumo :Dia 2:. K.Desde 1° »Idem 1876»

Toucinho :Dia 2...K.Desde Io »Idem 1876 »

AguardenteDia2...P.Desde 1° »Idem 1876 »

1J5.193317.353337.687

143.220143.220

47.4^086.22024.679

2.49316.437

: 5.959

5.83313.88515.650

2020

EXPORTAÇÃO "¦"

Embarcações despachadas nodia 3 de Julho

Falmouí ha ordens—Escuna sueca^op^iaAmalia, 230 tons.,.-'..'consigs. E. JAlbert & O :; manifestou 7,130 courossalgados.

Cabo da Boa Esperança—Patacho inglezUnãaundet, 237 tons*,, consig. o ca-pitão: manifestou 2,500 saccas decafé. - '

Nevy-York — Barca americana Norah,352 tons., consig. Phipps Irmãos ; nãofechou

"o manifesto."Pernambuco—Polaca hespanhola Iziãra,

190 tons., eonsig. J. N: de Vincenzi âíFilhos : segue em lastro^ .í

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" Sr. Redactor

Tendo lido o importante discurso doExm. Sr. conselheiro Affonso Celso, pe-nalizou-me não eslar na posição aosdignos officiaes de marinha, que têm as-sento na câmara temporária, para ter ahonra de responder a tao illustrado re-

resentante, e mostrar que S. Ex., que jáoi ministro da marinha, parece querer

ignorar a grande importância de certasrepartições de que S. Ex. pede a suppres-são a bem das economias do Estado.

Bas que S. Ex. aponta, são as capita-nias dos portos as que nenhum serviçoprestam !...

Permitta S. Ex. que lhe diga que labo-ra em erro. As capitanias dos portos sãorepartições altamente importantes-; aprova e que não ha uma só nação quedeixe de tel-as, com regulamentos quelhes dão amplos e estensivos poderes,no que diz respeito aos trabalhos do mar,e sobre tudo ás questões maritimas.

As nossas capitanias, embora aindaafíectas a um regulamento todo mutilado,prestam ainda relevantes serviços, prin-cipalmente aquellas que funcionam emprovíncias, que não têm arsenaes, e senão pergunte-se aos respectivos presi-dentes.

As capitanias nao foram só creadaspara o alistamento de homens do mar :têm a seu cargo a fiscalização e policiados ancouradouros e portos, e seus bali-zamentos ; a fiscalização do serviço dospharóes, serviço este que, embora hajauma repartição especial, não pôde jamaisser desligado das capitanias dos portos.

Além disso, ellas têm hoje a seu cargoa inspecção das companhias a vapor sub-vencionadas pelo governo, etc, encargoeste de nomeação do ministério da agri-cultura, commercio e obras publicas.

Disse mais S. Ex. que os serviços queas capitanias prestam, podem ficar soba direcção dos patroes-móres.

Se outra fosse a pessoa que avançasseuma tal proposição,não era de estranhar;porém S. Ex. que jà foi miuistro dama-rinha, e que deve saberem quem, quasisempre, recahe a nomeação desse em-prego, causa pasmo _

O patrão-mór, Exm., nao é mais doque um marinheiro de pouca ou nenhumainstrucção, e apenas apto para o serviçomaterial das capitanias, e nessas condi-ções não pode resolver questões de certanatureza, e nem tratar com officiaes es-trangeiros que procuram as capitaniaspara colherem informações até scienti-ficas, etc, etc.

0 que se deve fazer, quanto antes, edotar essas repartições com um regula-mento que lhes dê mais amplos poderes,afim de por si decidir as questões affectashoje a juizes incompetentes, que só pro-curam embaraçar o pobre marinheiro, queconstantemente se vê logrado pelo capi-tao do navio em que embarca.

Acabe-se coinjo artigo 3o, § 3o do rega-lamento que baixou com o decreto n.5,585 àe 11 de Abril de 1874, que nenhu-ma vantagem trouxe á cabotagem, que ospobres homens do mar serão mais garan-tidos e as reclamações dessa pobre gentedesapparecerão.

Feito isto, trate-se da suppressao dascompanhias de aprendizes marinheiros,deixando-se somente a da corte, Bahia,Pernambuco e Pará. Esta medida nao ésomente de grande economia, é até mo-ralizadora, como opportunamente mos-trarei.

A engenharia no Brazil

No Globo de 20 do corrente foi ínsertoum artigo meu protestante contra as ex-pressões pouco lisongeiras com que quizum S. Vicat mimosear os bacharéis emmathematicas e engenheiros geographosem um artigo publicado no Jornal ãoCommercio sob a mesma epigraphe deque agora nos servimos. Cumpri cum issoum dever de que não me podia esquivarsem quebra da dignidade de meus colle-gas e da minha própria, e estou plena-mente convencido de que não faltariaquem se apresentasse em nossa defesa seeu não me tivesse adiantado no cumpri-mento dessa obrigação.

Volte á imprensa afim de dirigir algu-mas palavras á um tal Sr. X., que naexpansão de sua amabilidade quiz hon-rar-me com uma pequena replica. Esteultimo senhor tomou á peito a causa deseu amigo Vicat, substituindo á fúriadeste uma collecção de banalidades in-qualifica veis. Logo depois do seu exordio,vomita o Sr. X. um despropósito tãogrande, que só mesmo a paciência dequem lida com—a?—-pôde oecupar-se delhe dar resposta.

Pelo facto de ter eu' dito, que todo oengenheiro brazileiro se dedica ao estudoda construcção de vias-ferreas, qualquerque seja a sua especialidade, porque com-prehende a necessidade que tem o paizdesses meios de eommunicação, concluiu,o Sr. X. que eu devia estudar medicina,uma vez que devo comprehender a neces-sidade dessa sciencia! Ninguém pôde,entre nós, exercer a profissão de medico,sem autorisação de uma das nossas esco-las de medicina; além disso esta scienciae muito completa, abrange uma grandediversidade de ramos e, o que é mais,esta complelamente fora da profissão doengenheiro.

Secretaria da inspectoria geral dasobras publicas da corte, em 3 de Julhode 1877.-^1. J. de Souza, escrivão sé-crètario. (•

IWEDITORIAESEstrada, de Ferro de D. Pedro II

Porque será que o Sr. fiel do armazémda exportação náo faz a declaração nasnotas de expedição logo que se verifiquealguma falta, e especialmente de saccascom café ?-

Não haverá quem responda aoCurioso ?

Incêndio da rua da Carioca

O abaixo assignado, estabelecido á ruada Carioca n. 77, faltaria a um dos maisnobres sentimentos, a gratidão, se dei-xasse de vir publicamente patentear seureconhecimento á muito digna direcçãoda associação de seguros Garantia e Pro-tecção Mutua, pela promptidao eom quemandou syndicar dos resultados do in-cendio oceorrido em a noite de 29passado, indemnisando-o de todosprejuízos que soffreu o seu referidotabelecimento.

O abaixo assignado cumpre ainda umdever de consciência recommendanduesta associação á todos aqueiles que ti-verem interesses a garantir, porque alliencontrarão, a par da maior lhaneza, amais perfeita boa fé e rectidão.

JoaqüTm Teixeira Ramalho.Rio de Janeiro,' 3 de Julho de 1877.

doos

es-

Nada disso acontece com a construcçãode vias-ferreas.Esta matéria pôde. ser estudada e postaem pratica por qualquer individuo, semlicença de ninguém; ella constitue umdos ramos mais fáceis, da engenharia efaz parte desta profissão. |0 Sr. X. acha,

pois, paridade entre duas cousas com-pletamente diversas! E é o Sr. X. que mevem cá fallar em lógica e em premiciassensatas!

Outro officio, meu caro Sr. X.—Notei no artigo do dedicado amigode Vtcat, uma incoherencia quo denotafalta absoluta daquella calma que S Sme recomenda, bom effeito, o S. X deixaperceber-se que é engenheiro civil, de-clara em seu artigo qne o individuo quese dedica a mais de uma especialidadenao se a perfeiçôa em nenhuma, e consi-dera a construcção das vias férreas comouma especialidade. Ora o engenheiro ei-vil dedica-se não só á construcção devias férreas, que no entender do Sr. X.constitue uma especialidade, "mas

tam-bem a hydraulica e architictura. D'ahi fa-cilimo é deduzir-se que o Sr. X. que é en-genheiro civil, se dedica a mais de umaespecialidade e portanto cabe-lhe melhoro epitheto de ignorante que S. S. nosatirou; E se. negando a conquenciaqueacabamos de tirar, mantiver as premiciasdondo as tiramos, que aliás á S. S. per-tencem ; caber-lhe-ha também melhor ode charlatão que S. S. não hesitou ememprestar-nos.

Veja agora o Sr.X. em que dão as suaspremicias sensatas.

Antes de terminar, quero pedir aoSr. X que lêa com mais attenção o meuprimeiro artigo. S. S. verá então que eunao pedi a ninguém qne me classificasse.Declarei não saber qual a classificaçãoque me deu o Sr. Vicat, mas nada pediaquelle senhor, nem preciso saber quala opinião que elle íój ma a meu respeito,porque não ligo á ella a mais insignifi-cante importância". Posso declarar aoSr. X que nem eu. tiem meus collegas,acceitamos ou pedimos classificaçõas deVicat.

Passo agora a declarar ao Sr. X quenão estou disposto à voltar á imprensapara oecupar-me com a sua lógica.

Cumpri um dever publicando o meuprimeiro artigo, e já fiz muito em res-ponder ás suas judiciosas considerações,

Calvinio.

Ao Exm. Sr. Ministro da Marinha

Será justo que certo constmetor con-tinue a passear aqui na Corte, gozandode uma licença interminável e peree-bendo elevados vencimentos, como seestivesse em exercício ?

E trata-se de economias lllA bar ata'protegida.

Experimentai o dentifrieio deJ. W. Coacl»man

Não ha nada melhor para os dentes.Deposito no Rio de Janeiro, á rua do Ou-vidor n. 130, 2o andar. Agentes no Rio-Grande do Sul, Hallawell & C Condi-ções especiaes e muito vantajosas para osnegociantes que comprarei»', em porção.

Porto Alegre — LugarGrande, 2,251 tons.manifestou vários

portuguez Rioconsig. o capitão

Despachos de exportação nodia 3 de Julho

Estados Tinidos—Na barca ingleza Wi-nifred, Wright & C, 2,3/5 saccas decafé, no valor de 98:416#:,00.

Havre—No vapor francez Belgrano, JP. Martin Potey & C, 273 saccas decafé, no valor de 10:434#G60 ; José San-tos Castro, 80 barricas de tapioca, no

-valor-de 1:5878200-; J. F. Ortigé & C,10 ditas de dita, no valor de 204$800;Câmara & Gomes, 14 ditas de dita, novalor de 286^720.

Cabo da Boa Esperança—Barca inglezaSazon, J. Fry& C, 1,300 saccas decafé, no valor de 49:686^000.

Coiiipaaíiiii Consumo de Pão

A administração desta companhia pededesculpa acs Srs. accionistas das faltas eirregularidades que se têm dado com aentrega d© pão em suas residências.

O grande numero de consumidores comque foi começado o serviço, e igual nu-mero que ao depois tem affluido, hão decerto modo contribuído a que a entregado pão não tenha sido feita com a regula-ridade,_que é de desejar, e que esta admi-nistraçao promette aos Srs accionistas,logo que mais um dos fornos do estabele-cimento se ache de todo concluído, o queterá lugar em poucos dias. Até então, éhumanamente impossível que a compa-nhia possa servir a todos os Srs. aceio-nistas com a regularidade necessária aum serviço de tanta monta, e que tãogrande aceeitação. tem obtido da parte dopublico.

José Rabello, gerente.Rio de Janeiro-,. 3 de Julho de 1877.

Movimento do porto-SAHIDA& NO DIA 3

Gálveston — Lugar norueguense MariaBernerrlVò tonsv, m. Gustav Krag.,equip &: c. café. . - _

Calháo—Galera ingleza Cvarlew^ l,2o7tona., my.John Jones, eqoip. 23: emlastro de;pedra.

Baltimorei—PatasS.o americano WaterWitch, 242 toas*., m. R. J. Nortt,eqaip. 7 r c- café

Hha do Sá!—Barca portògueza Vasca áaGama; 519? tona., m. Anto»io José 1 er-nandes «óelíw*. equip. 16: c. lastro dèpedra. -¦' '?' í - ''' ¦¦' .'¦ ¦

Monte vide» escalas—Paquete Cervantes,comm.l,'" temente VirisSimo, passags.João ParaüiM» da Silva, D. Thereza de

Azevedo e 1 filha, Júlio Réis% D. Ma-ria José da Rosa, Cândido CaetanoFerraz e sua mulher, Pedro- Ribeirode SanfAnna Vargas, Joaquim PiresFerreira, Antônio Mariano BarretoPereira Pinto, André Alves de Oliveira,José de Oliveira, Ernesto RodriguesChaves, 2° tenente Arthur da SerraPinto, G. Coelho Pires, Besnardo deAlbuquerque,. Antônio Pauto PereiraLemos, Manoel Christino dos Santos," Romão Rodrigues de Oliveira Brancoe 60 praças da armada ; os hsspanhóesBento Álbores Saroman e Jbsé Fer-nandes Domingue; o argentino Alej oMosquera e 29; emigrantes.

Imbetiba—Vapor Imbetiba, 500 tons., m.Francisca Augusto Luiz, eegaip. 24: c.vários gêneros; passags. dar-se-haamanhã a lista.

Rio de S. Francisco do Sul—S&cuna Mi-nerva, 164 tons., m. João- Euzebio de-Souza, equip. 8-: e. vários.gêneros.

ENTRADAS NO DIA. 3

Buenos-Ayres — 25 ds., swanaca hespa*-nhola Bolores, 140 tons. y m- SilvesfeueMarti, equip. 9: c. carae-,. a AlexandreWagner.

Porto Alegre—12ds., patacho S. B&xxzdt-cto, 2s0 tons., m. AntoEáo Gonçalves deFreitas Vianna, equips 8: c. vários ge-neros, a José da Rocha e Sousa; passa-geirosi 3 escravos .& entregar.

Imbetiba*—10 horas, vapor Imbetiba, 525tons., comm.l0 tenente Maciel Júnior ;equip. 25: c café e assucar à compa-nhia Macahé e Campos; passageiroAntônio Gonçalves R. Vianna Júnior.

Iguape e Cananéa—4 dias. patacho Zt*l-mira, 132 tons., m. Manoel FranciseoLagoa,: equip, S; c. arroz a Mendes &Garcia.

Agradecimento

O abaixo-assignado, retirando-se con$sua-familia da cidade, de Paracatú, onderesidio cerca de 2l annos recebendo d*a-cyuelle hospitaleiro povo e particular-saente das pessoas que o honram com.suas amizades constantes provas de eon-sideração e estima, não tem expressõe'

; «om que possa manifestar os sentimeníx; de gratidão que o dominam pelas ineqi;vocas e generosas demonstrações- d«apreço e afiecto que lhe dispensaram' e ásua familia por oceasiáo de sua partida,«¦por isso na impossibilade de dirigir-se acada um em particular, serve-se desteaaeio para testemunhar e protestar seusterno reconhecimento a todos os seus

[amigos e mais pessoas que expontânea-) mente a elles se assoeüaram nas referi-idas dernonsia-ações, offerecendo-lhes seu.'limitado prestimo na corte, onde veio es-1 tabelecer sua residência.

Rio de Janeiro, 25 de Junho de 1877/Bersakdino de. Faria Pebszra.

DEGL1RAÇÕESBanco Commercial do Rio de «Janeiro

No dia iodo corrente começará na the-souraria deste banco o pagamento do 22»dividendo relativo ao semestre findo, narazão de 9 «/0 ao anno do capital reali-sado.

Banco Commercial do Rio de Janeiro,8 de Julho de 1877.— F. de P. MayrinKdirector secretario do conselho. (.

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Page 4: æ i Rio de Janeiro ESGHIPTOMO B REDACÇAO RUA DOS OURIVES …memoria.bn.br/pdf/369381/per369381_1877_00163.pdf · 2012-05-06 · Exterior.— Correspondência de Pari2-— Correspondência

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O GLOBO — Rio, Quarta-feira 4 de Julho de i 87 7

SPANHAPor conta do Banco Industrial do Porto saca-se

sobre as seguintes agencias:Astorga (P. de Leon)Aviles.BarcelonaBetanzos.Bonor. (P,de Leon).Cadiz.Caldas de Reges.Camarinas.Cangas de Onis.Cangas de Tinco.Cartagena.Corcubion.Corunha.Cudellero (Asturias)

Ferrol.Gijon (Asturias).Grado .Idem).Infesto (Idem).Llanes (Idem;.Luarca (Idem).Lage (Galicia).Lugo.Leon.Madrid.Malaga.Mandonedo.Muras.Noya.

Orense.Ortigueira (Santa

Martha).Oviedo.Padron. ÇC-.-Pola de Leha.Pola de Labrana,Pola de Siera.Ponte Vedra.Pravra (Asturias).Puente-areas.Puente deume.Rivadeo.Rivadesella.

Sallas (Asturias).San Sebastian.Santander.Santiago (Galicia).Sevilha.Tenco.Tuy.Valentia.Valladolid.Vigo.Villa Garcia.Yilla Viciosa.Vi ter o.Sâragoza'.

14 Rua da Alfândega 14EM FRENTE AO BAKCO DO BRAZIL

Rangel da Gosta & Guimarães.

SORTE GRAMDE

A extracção terá lugar amanhã, 5 de Julho de 1S77, impreterivelmente.Os bilhetes restantes vendem-se, nesta corte, no armazém da

60 Rua Primeiro de Marco 60Bilhetes inteiros, a 100#000 ; décimos, a lOgOOO.

Companhia Ferro Carril Fluu-i-minense

Ficam suspensas as transferencias deacções desta companhia do dia 5 do cor-rente em diante até novo aviso.

Rio de Janeiro, 2 de Julho de 1877.—Dr, Bandeira ãe Gouvêa, gerente. (•

Comnani.ia de S. ChristovãoFicam suspensas as transferencias de

acções desta Companhia, dol° de Julho,até á data em que começar a pagar-se odividendo.

Rio. 1° de Julho de 1877.— Silva Porto,gerente.

-Imperial Irmandade da Santa Cruzdos Blilitar-es

De ordem do irmão provedor, o Exm.Sr tenente-general visconde de SantaThereza, pagam-se nos dias õ, 6 e 7 do-corrente as pensões relativas ao trimes-tre de Abril a Junho, das 5 ás 7 horas datarde.

Consistorio, 2 de Julho de 1877. — J.N. de Medeiros Mallet, irmão escrivão.

AforamentoDe ordem de S. Ex. o Sr. ministro dos

negócios da fazenda, faço publico quetendo João Duarte Galvão pedido poraforamento 32 metros de terrenos da ex-tincta aldèa de Índios de S. Lourenço,sendo 13 metros e 3 decimetros para atravessa da Piedade, e 18 metros e 7 deci-metros para o antigo caminho de S. Lou-renço, em Nitherohy, deverão as pessoasque tiverem reclamações a fazer contra areferida pretenção apresental-as nestasecretaria de estado, no prazo de 30 dias,a contar de hoje, sob pena de nao seremattendidas depois de findo o dito prazo.

Secretaria de estado dos negócios dafa-zenda, em 12 de Junho de 1877.— José Se-veria?}o da Rocha.

AVISOS MARÍTIMOS

___ia_r

LHASCOMPANHIA TRANSATLÂNTICA

saca constantemente sobre os seiisbem conhecidos agentes em

- S. SUGUE-TERCEIRA

FAYAL

2$ Rua do Visconde de Inhaúma 26¦¦- ¦— "¦ "¦¦»¦ ¦ ii—--- ¦¦¦ ¦—.__. .

Companhia das docas deD. Pedro II

CONVOCAÇÃO DA. ASSEMBLÉA GERALDOS SRS. ACCIONISTAS

©s Srs. accionistas da companhiadas docas de D. Pedro IS sao eonvi-dados a se reunir em assemb.é»geral no «lia 1*3 do corrente, ao.jjeio-dia, no salão do novo arma-xesn, para os íins indicados no art.¦íl ã dos estatutos e eie.eão da novadireetoria. Hio de «Janeiro. 3 deJulho de -IS?1?. — José MachadoCoelho, presidente.

Rio de Janeiro Gaz CompanyLimited

Sendo a cotação actual de cambio de23 3/i d. por 1$, fica estabelecido o preçode 9#095 por cada mil pés cúbicos de gazconsumidos no trimestre |decorrido deIo de Abril a 30 de Junho próximo pas-sado. Rio de Janeiro, 2 de Julho de 1677.— William,TI. Holman, gerente.

I TAPE Ml RIPiiuna, Victoria e S. Matheus.

O VAPOR

ALICEsahirá á 5 do corrente. Recebe cargaspara todos os portos a 2, 3 e 4 até o meio-dia pelo trapiche do Cleto, onde se tratacom Cancio. Passagens e encommendas,até á véspera da partida á rua de S. Bentons. 43 e 45, e a bordo na hora da sahida

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burgo e a America do SulO PAQUETE

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esperado HOJE dé Hamburgo e escalas,sahirá, depois dé pouca demora, paraSantos

Montevidéoíe Buenos-Ayres

Para fretes, passagens e mais informa-ções, trata-se com os consignatarios.

38 Rua do General Câmara 38

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MARITIMESAGENCIA

Rua Primeiro de arco 52í

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O PAQUETE,

¦'''¦ "y '/"".' ¦':-'cóinmandante Varangot, da linha circular, esperado de Bordéos e escalisatéo dia 11 de Julho, sahirá para Montevidéo e Bue_os-Ay-.es denoisda indispensável demora, ¦ '

-. ¦'¦ .;>.';.

O. PAQUETE^__^ «___. -«=__»

commandante de Somj-p, da linha circular, sahirá para Lisboa, Vi_« è'S .iSordeos, tocando na Bahia, Pernambuco e Dakar,, no dia S 5 de Julho ás. ..•".'•...¦.¦: 3 horas da tarde. ; ?

^ÈÊMM&k V-f ^ms?™fs informaçôeSiti-ata,sé na agencia, e para cargam^!ÊÊ?mm$Ê $%mi$m?rua do ím^m tyMz

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Protesta-se com todo o rigor da lei,contra quem o tiver acoutado.

Perapetinga, 24 de Junho de 1S77. —Joaquim Ferreira ãa Silva.

Fugiram de Capivara os seguintes escravos : Camillo, preto,alto e magro, rostocomprido, pouca barba, com falta dedentes no queixo superior, côr um tantofula, idade de:32a35 annos ; foi compradoao capitão Manoel Luiz de Amorim, mo-rador na cidade de Oliveiras, ( Minas ).

Thereza, parda, estatura regular, comum pequeno papo, cabellos corridos eannelados meio-crescidos, pés e mãosbem feitos, passo ligeiro e compassado,com 32 a 36 annos de idade, foi escravado mesmo capitão Amorim. Hoje os es-cravos fugidos pertencem aos abaixoassignados, Francisco Barbosa da Sil vaCastro e Manoel José do Amaral, moradores no districto da Capivara, e gvatifi-cam com 2;;0# (duzentos mil réis) aquémlevar e entregar os sobreditos escravosaos seus senhores. •)

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