Post on 23-Nov-2018
VI JORNADAS TÉCNICAS DE
SEGURANÇA NO TRABALHO DA AEVA
EPI– Critérios Específicos de Seleção
| 2 | Marta Vasconcelos| Departamento de Saúde Ambiental | ESTeSC - Coimbra Health School
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL –CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE SELEÇÃO
Perigo
– Fonte potencial de dano
– O que fazer? Eliminar/ Limitar
Risco
– Combinação entre a probabilidade e as consequências da ocorrência de um acontecimento perigoso
– O que fazer? Reduzir através de:
� Protecção colectiva
� Protecção individual
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PROTECÇÃO INDIVIDUAL
Legislação aplicável
Decreto-Lei348/93
Portaria988/93
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PROTECÇÃO INDIVIDUAL
Equipamento de protecção individual - todo o equipamento, bem como qualquer complemento ou acessório, destinado a ser utilizado pelo trabalhador para se proteger dos riscos para a sua segurança e para a sua saúde
– não evitam os acidentes (como acontece de forma eficaz com a
protecção colectiva)
– apenas diminuem ou evitam lesões que podem decorrer de acidentes
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PROTECÇÃO INDIVIDUAL
Princípio geral
Os EPI’s devem ser utilizados quando os riscos existentes não puderem ser evitados ou suficientemente limitados por meios técnicos de protecção colectiva ou por medidas, métodos ou processos de organização do trabalho
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PROTECÇÃO INDIVIDUAL
Obrigações do empregador em matéria de EPI’s
– Fornecer o EPI e garantir o seu bom funcionamento
– Fornecer e manter disponível nos locais de trabalho informação adequada sobre cada EPI
– Informar os trabalhadores sobre os riscos contra os quais o EPI visa proteger
– Assegurar formação sobre a utilização dos EPI’s
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PROTECÇÃO INDIVIDUAL
Obrigações do trabalhador em matéria de EPI’s
– Utilizar correctamente o EPI, de acordo com as instruções fornecidas
– Conservar e manter em bom estado o equipamento
– Participar de imediato todas as avarias ou deficiências de que tenha conhecimento
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PROTECÇÃO INDIVIDUAL
Aspectos relevantes
– Ao escolher um EPI deve assegurar-se de que este é eficaz contra os riscos de que se quer proteger sem introduzir novos riscos
– Os EPI’s utilizados simultaneamente devem ser compatíveis entre si e manter a eficácia de protecção
– Os EPI’s são de utilização pessoal
– Os trabalhadores têm o direito de participar na escolha destes equipamentos (forma de consulta)
– …
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PROTECÇÃO INDIVIDUAL
Aspectos relevantes
– …
– Adoptar uma série de precauções para a utilização e a manutenção dos EPI
Deve ser limpos com regularidade
Devem ser guardados em local
apropriado após cada utilização
Tem de ser seguidas as instruções do
fabricante
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PROTECÇÃO INDIVIDUAL
Classificação dos EPI pela parte do corpo que protegem
– Cabeça
– Ouvidos
– Olhos e cara
– Mão e braços
– Pés e pernas
– Tronco e abdómen
– Corpo inteiro
– Vias respiratórias
– Pele
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PROTECÇÃO INDIVIDUALPROTECÇÃO DA CABEÇA
Factos…
As estatísticas de acidentes de trabalho disponíveis apontam a cabeça como uma das partes do corpo mais atingidas (14,9% *)
Face a estes dados, a prevenção e protecção dos acidentes que possam atingir a cabeça tornam-se imperiosas e ganham uma importância fundamental, em especial nas situações de trabalho onde possam ocorrer quedas de objectos ou quedas em altura
*Fonte: Estatísticas em síntese, Acidentes de Trabalho, 2010, Gabinete de estratégia e planeamento
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PROTECÇÃO INDIVIDUALPROTECÇÃO DA CABEÇA
Quanto ao material de fabrico, a protecção da cabeça pode ser de:
– Couro - a usar apenas onde não haja perigo de ser atingido por objectos pesados
– Metal - normalmente não aconselhados devido à sua condutibilidade eléctrica
– Plástico - podem ser rígidos, semi-rígidos ou flexíveis e serem feitos de plástico de diversos tipos
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PROTECÇÃO INDIVIDUALPROTECÇÃO DA CABEÇA
NP-1526 (Segurança no trabalho. Equipamento de protecção individual.
Capacetes. Terminologia e características)
Os capacetes são constituídos por duas partes:
– Casco - parte exterior resistente
– Arnês - conjunto de elementos interiores que devem absorver a energia transmitida por um choque e ao mesmo tempo manter o capacete numa posição correcta na cabeça
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PROTECÇÃO INDIVIDUALPROTECÇÃO DA CABEÇA
calote
pala
suspensor
banda anti-suor
cerra-nuca
precintas
goteira
casc
oa
rnê
s
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PROTECÇÃO INDIVIDUALPROTECÇÃO DA CABEÇA
| 16 | Marta Vasconcelos Pinto| Departamento de Saúde Ambiental | ESTeSC - Coimbra Health School
Os capacete têm data de validade?
Nota: a validade do capacete é subjetiva, visto que a continuidade das características do mesmo depende do uso correto, limpeza, armazenamento, condições de temperatura, acidentes (capacetes que sofrem grandes impactos deve m ser substituídos ou sujeitos a uma verficação cuidada) – definida pelo fabricante (< 5 anos)
Ex: Dezembro 2007
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PROTECÇÃO INDIVIDUALPROTECÇÃO DAS MÃOS E BRAÇOS
Factos…
Os ferimentos nas extremidades superiores são os mais frequentes (36,3%*) por serem as partes mais vulneráveis do corpo (são as mãos que manipulam os objectos, utilizam equipamentos e contactam com produtos agressivos)
O braço e o antebraço estão, geralmente, menos expostos do que as mãos, não sendo contudo, de subestimar a sua protecção
Os danos que podem sofrer as mãos vão desde simples arranhões, a queimaduras, radiações, cortes mais ou menos profundos, perfurações, abrasões, esmagamentos e mesmo amputação de dedos ou da própria mão
*Fonte: Estatísticas em síntese, Acidentes de Trabalho, 2010, Gabinete de estratégia e planeamento
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PROTECÇÃO INDIVIDUALPROTECÇÃO DAS MÃOS E BRAÇOS
Quanto ao risco que protegem
– Produtos químicos e microrganismos
– Mecânicos
– Térmicos (calor e fogo)
– Radiações ionizantes
– Frio
– Trabalhos eléctricos
– Tipos especiais (malha de aço; alta visibilidade)
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PROTECÇÃO INDIVIDUALPROTECÇÃO DAS MÃOS E BRAÇOS
Como dispositivos de protecção individual usar-se-ão luvas, muflas, dedaleiras, mangas, punhos, mitenes, manicas.
As luvas são os dispositivos mais frequentes (protege a mão ou
parte dela, podendo em alguns casos cobrir também parte do antebraço e o
braço), existindo no mercado diversos tipos em função do fim a que se destinam
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PROTECÇÃO INDIVIDUALPROTECÇÃO DAS MÃOS E BRAÇOS
EN-420 ↦ estabelece as exigências gerais para todas as luvas de protecção (excepto para as de trabalhos eléctricos e cirúrgicos)
Esta norma define em especial os requisitos quanto a:– Ergonomia
– Inocuidade
– Limpeza
– Conforto
– Eficácia
– Marcação
– Informação aplicável
| 22 | Marta Vasconcelos| Departamento de Saúde Ambiental | ESTeSC - Coimbra Health School
PROTECÇÃO INDIVIDUALPROTECÇÃO DAS MÃOS E BRAÇOS
Os materiais utilizados dependem do agente agressor:
– couro
– tecidos (algodão, lã,...)
– borracha natural (látex) ou sintética
– materiais sintéticos (nitrilo, neoprene, PVC,....)
– amianto
– malha metálica
– fibras resistentes (kevlar)
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PROTECÇÃO INDIVIDUALPROTECÇÃO DAS MÃOS E BRAÇOS
Categoria I (design simples) – protegem unicamente para riscos mínimos onde os efeitos de risco são mínimos e as consequências do contacto são facilmente reversíveis. É permitido ao fabricante testar e certificar ele próprio as luvas
Categoria II (design intermédio) - protegem de riscos intermédios. Estas luvas terão de ser testadas e certificadas por um laboratório ou organismo notificado
Categoria III (design complexo) - protegem contra o risco de lesões irreversíveis ou a morte. São certificadas por um organismo notificado que deverá ser reforçado por um controlo interno de fabricação
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Pictograma / Tipo de perigo
EN 511
EN 388
EN 407
EN 374
EN 374
EN 1149-1
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PROTECÇÃO INDIVIDUALPROTECÇÃO DAS MÃOS E BRAÇOS
| 26 | Marta Vasconcelos| Departamento de Saúde Ambiental | ESTeSC - Coimbra Health School
PROTECÇÃO INDIVIDUALPROTECÇÃO DAS MÃOS E BRAÇOS
CategoriaNorma
Pictograma
Níveis de performance:� Resistência à abrasão (0 a 4) ciclos necessários para
desgastar completamente a luva
� Resistência ao corte por lâmina (0 a 5) ciclos
necessários para cortar completamente a luva, com velocidade constante
� Resistência ao rasgo (0 a 4) força necessária para rasgar a
luva
� Resistência à perfuração (0 a 4) força necessária para
perfurar a luva utilizando punção normalizado
| 27 | Marta Vasconcelos Pinto| Departamento de Saúde Ambiental | ESTeSC - Coimbra Health School
| 28 | Marta Vasconcelos Pinto| Departamento de Saúde Ambiental | ESTeSC - Coimbra Health School
Descrição: Luva em grafatex com fio de aramida, forro interno de lã e punho em raspa. Recomendado para trabalhos onde a mão está exposta de forma contínua a elevadas temperaturas. O forro de lã interno, permite maior isolamento térmico. O punho em raspa aberto, permite uma rápida extracçãoda luva e protecção adequada a baixo custo.
Aplicações: Indústrias de vidro, mecânica, petroquímicas, siderúrgicas, fundições, indústrias de alto índice de corte, montadora. Trabalhos com temperatura elevada que exijam resistência à abrasão, corte, tração e habilidade digital. Riscos até 350°C, conforme tempo de exposição.
| 29 | Marta Vasconcelos| Departamento de Saúde Ambiental | ESTeSC - Coimbra Health School
PROTECÇÃO INDIVIDUALPROTECÇÃO DAS MÃOS E BRAÇOS
As luvas não devem obstruir o livre movimento das mãos
A marcação das luvas deve ser constituída por dois grupos de informação:
– Luva (de um modo legível e indelével, durante toda a vida útil do produto)
– Embalagem
| 30 | Marta Vasconcelos| Departamento de Saúde Ambiental | ESTeSC - Coimbra Health School
PROTECÇÃO INDIVIDUALPROTECÇÃO DAS MÃOS E BRAÇOS
A marcação na luva é constituída pelas seguintes indicações:
– Identificação do fabricante
– Designação da luva (nome comercial)
– Tamanho
– Período de validade (se as funções protectoras são afectadas pelo
envelhecimento)
– Pictograma apropriado aos riscos que a luva visa proteger
| 31 | Marta Vasconcelos| Departamento de Saúde Ambiental | ESTeSC - Coimbra Health School
PROTECÇÃO INDIVIDUALPROTECÇÃO DAS MÃOS E BRAÇOS
| 32 | Marta Vasconcelos Pinto| Departamento de Saúde Ambiental | ESTeSC - Coimbra Health School
Muito Obrigada!
martavasconcelos@estescoimbra.pt