Verbum Domini

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EXORTACÃO APOSTÓLICAPÓS-SINODAL

VERBUM DOMINI

DO SANTO PADRE BENTO XVI

SOBRE

A PALAVRA DE DEUSNA VIDA E NA MISSÃO DA

IGREJA

INTRODUÇÃO

A Palavra de Deus é o Verbo que se fez carne e habitou entre nós.

A XII Ass. Geral do Sínodo em 2008 foi encontro com esta palavra.

Na Exortação, Bento XVI dá a conhecer as riquezas do Sínodo.

O papa exalta a comunhão vivida no Sínodo a partir da Palavra.

INTRODUÇÃO

Exorta a todos a redescobrirem o encontro com o Verbo, com Jesus.

Diz: A Igreja precisa comunicar a alegria do encontro com a Palavra.

É preciso reabrir as pessoas à vida de Deus contida na Palavra divina.

A Igreja funda-se sobre a Palavra de Deus, nasce e vive de sua força.

INTRODUÇÃO

O mesmo acontece com a comunidade cristã, que nasce da Palavra.

Palavra contemplada na “Dei Verbum” como reveladora da Trindade.

O Sínodo veio aprofundar o estudo da DV nas perspectivas de hoje.

Palavra que só é entendida na escuta e acolhimento de nossa parte.

INTRODUÇÃO

Sínodo aberto a outras expressões cristãs, como um novo Pentecostes.

A constatação é de que existe um novo Pentecostes em caminho.

Foi dado um destaque ao Apóstolo Paulo pelo seu zelo pela Palavra.

Bento XVI quer que esta exortação influa eficazmente na vida da Igreja.

INTRODUÇÃO

Seja bem interpretada na liturgia, catequese e investigação científica.

Partes: 1. Verbum Dei; 2. Verbum in Ecclesia; 3. Verbum Mundo.

I PARTE: VERBUM DEI

Deus Se dá a conhecer no diálogo com seu povo eleito.

No prólogo de João, Deus sempre existiu como Verbum, logos.

O Verbo estava junto de Deus, o Verbo era Deus e fez-Se carne.

Jesus, nascido de Maria, fez-Se consubstancial a nós, um de nós.

I PARTE: VERBUM DEI

A plenitude do anúncio se dá na encarnação, morte e ressurreição.

Por isto, a nossa religião não pode ser do “livro”, mas da Palavra.

Não é de palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo.

Uma Palavra que não pode ser separada da Tradição Apostólica.

I PARTE: VERBUM DEI

Os fiéis precisam ser mais bem formados para compreender a Palavra.

Assim compreender a unidade do plano divino e a centralidade de Jesus.

Tudo que existe foi querido por Deus e começou a existir por Ele.

Toda a criação nasce do Logos e traz o sinal da Razão criadora de Deus.

I PARTE: VERBUM DEI

Cada criatura é palavra de Deus, porque proclama Deus na existência.

A realidade nasce da Palavra, tendo como movente a salvação.

O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, homem e mulher.

Por lei natural, ele tem o dom da razão, da liberdade e da consciência.

I PARTE: VERBUM DEI

Aí está fundada a sua capacidade de realizar o bem e evitar o mal.

A palavra foi anunciada no passado pelos profetas. Agora, por Jesus.

A encarnação do Verbo é uma novidade inaudita e inconcebível por nós.

É a Palavra divina que se exprime claramente em palavras humanas.

I PARTE: VERBUM DEI

É o Logos divino que Se dá a nós e comunica-nos a Palavra divina.

Jesus se manifesta a nós como a Palavra da Nova e Eterna Aliança.

Tudo na vida de Jesus Cristo aconteceu “segundo as Escrituras”.

No Mistério Pascal de Jesus realizam-se as palavras da Escritura.

I PARTE: VERBUM DEI

A vitória de Cristo sobre a morte é por força da Palavra de Deus.

Jesus é a harmonia e o centro da criação e da história do mundo.

Ele é o primeiro e o último, o Autor e sua própria obra criada.

A especificidade do cristianismo é Jesus Cristo, ápice da Revelação.

I PARTE: VERBUM DEI

O valor da Palavra de Deus supõe a nossa fé na ação do Espírito Santo.

Existem também as revelações privadas que ajudam na vivência da fé.

Uma aprovação delas pela Igreja significa que não têm nada contra a fé.

São revelações que ajudam na fé, mas não é obrigatório fazer uso delas.

I PARTE: VERBUM DEI

Não é possível compreender autenticamente a Palavra sem o Esp. Santo.

Irineu de Leão diz que Jesus e o Esp. Santo são “as duas mãos do Pai”.

Existe profunda ligação entre Esp. Santo, Tradição e Sagrada Escritura.

A Tradição tem origem apostólica e progride por ação do Espírito Santo.

I PARTE: VERBUM DEI

É a Tradição que nos faz compreender a SE como Palavra de Deus.

O Verbo de Deus se fez “carne”, e a Palavra de Deus se fez “livro”.

Com isto, a revelação da SE na Tradição se torna regra suprema de fé.

Jesus nasce do seio de Maria fazendo-se carne por obra do Esp. Santo.

I PARTE: VERBUM DEI

Também a SE nasce do seio da Igreja como Palavra escrita do Espírito.

Assim, a sua interpretação deve ser feita no mesmo Espírito Santo.

Perdendo a consciência da inspiração, a SE não passa de curiosidade.

Toda a Escritura é divinamente inspirada e, por isto, ensina a verdade.

I PARTE: VERBUM DEI

A verdade deve ser aprofundada para ajudar na vida espiritual dos fiéis.

A origem da Revelação é Deus Pai, em Jesus, por obra do Esp. Santo.

Todas as promessas de Deus se tornam realidade e “sim” em Jesus Cristo.

I PARTE: VERBUM DEI

A resposta do homem a Deus que fala

Deus faz Aliança com o povo, tendo-o como destinatário da Palavra.

Ele fez de nós habilitados para escutar e responder aos apelos da Palavra.

Deus fala e intervém na história a favor dos homens e das mulheres.

I PARTE: VERBUM DEI

Por isto, a Palavra nos capacita para o diálogo com os problemas.

São Boaventura: “O fruto da SE é a plenitude da felicidade eterna”.

A Deus que se revela devemos uma obediência de fé livre e consciente.

À Revelação devemos abrir a mente e o coração numa atitude de fé.

I PARTE: VERBUM DEI

“A fé vem da pregação e a pregação pela palavra de Cristo” (Rm 10, 17).

Pecado é não escuta da Palavra, é ruptura da Aliança e fechar-se a Deus.

A obediência à Palavra reconstitui a Aliança e abertura para a salvação.

O Sínodo foi para renovar a fé da Igreja na Palavra de Deus.

I PARTE: VERBUM DEI

Para isto, olha para o “sim” profético da Virgem Maria.

Foi uma fé obediente e totalmente disponível à vontade de Deus.

Maria foi sempre dócil à escuta da Palavra divina.

Os estudiosos são exortados à relação da mariologia e teologia da Palavra.

I PARTE: VERBUM DEI

Maria é símbolo da abertura para Deus através da Palavra.

Ela tinha familiaridade com a Palavra como vemos no canto do Magnificat.

O Magnificat é o retrato de sua alma, tecido de textos da Escritura.

As palavras de Maria nascem da Palavra de Deus e a encarna.

I PARTE: VERBUM DEI

Na ação pastoral precisamos aprender o ser de Maria.

O que aconteceu com Maria, pode acontecer agora com cada um de nós.

I PARTE: VERBUM DEI

A hermenêutica da Sagrada Escritura na Igreja

A autêntica interpretação da Palavra só pode ser feita na fé eclesial.

Boaventura: “É impossível conhecer a Palavra sem a fé infusa de Cristo”.

S. Tomás: “A letra do Evangelho mata se faltar a graça interior da fé que cura”.

I PARTE: VERBUM DEI

O lugar originário de interpretação da SE é a vida da Igreja.

A SE deve ser lida e interpretada com o mesmo Espírito que foi escrita.

Nenhuma profecia da SE é de interpretação particular, sem a comunidade.

A comunidade cristã é a Igreja e a hermenêutica brota da vida eclesial.

I PARTE: VERBUM DEI

A autêntica interpretação tem que estar em harmonia com a fé da Igreja.

A escuta da Palavra de Deus incrementa a comunhão eclesial na fé.

Cresceu o estudo da SE nos últimos decênios, unindo exegese e teologia.

Estudo que não pode abdicar-se do fato histórico e da pesquisa profunda.

I PARTE: VERBUM DEI

Não pode haver separação entre o humano e o divino, o científico e a fé.

O Vaticano II fala do estudo do gênero literário e da contextualização.

Deve ser levada em conta a unidade de toda a Escritura: exegese canônica.

Ter presente a tradição viva da Igreja e a analogia da fé.

I PARTE: VERBUM DEI

A interpretação não pode analisar só o passado sem levar em conta o todo.

Evitar uma hermenêutica secularizada eliminando Deus do contexto.

Interpretação que nega a instituição da Eucaristia e a ressurreição de Cristo.

Isto é negar o ingresso da presença Divina na história dos povos.

I PARTE: VERBUM DEI

Onde a exegese não é teológica, a Sagrada Escritura não pode ser a alma da teologia.

Não esquecer a dimensão filosófica na interpretação dos textos.

Na interpretação deve haver harmonia entre a fé e a razão.

Evitar o fideísmo fundamentalista que impede o sentido último da vida.

I PARTE: VERBUM DEI

Levar em conta uma renovada escuta dos Padres da Igreja.

Uma reta interpretação não separa sentido literal do sentido espiritual.

Todo método histórico-crítico de exegese tem que levar à realidade da fé.

Por isto, os textos têm que ser lidos sob o influxo do Espírito Santo.

I PARTE: VERBUM DEI

Não podemos nos ater na letra, mas também num processo de vida.

O texto tem que estar no contexto, na totalidade da Escritura.

São Paulo diz que a letra mata e o Espírito vivifica (II Cor 3,6).

O Espírito é vida e leva em conta a liberdade das pessoas.

I PARTE: VERBUM DEI

O Espírito é Cristo, e Cristo é o Senhor que nos indica a estrada.

Toda a Escritura constitui um livro único, e este livro é Cristo.

É a pessoa de Jesus que dá unidade a todas as Escrituras na única Palavra.

A unidade interna é critério para uma correta hermenêutica da fé.

I PARTE: VERBUM DEI

Esta unidade é a continuidade entre AT e NT, no cumprimento e superação.

Os cristãos lêem o AT à luz de Cristo morto e ressuscitado.

Jesus reafirma o valor teológico da Revelação no Antigo Testamento.

O Novo Testamento também dever ser lido à luz do Antigo Testamento.

I PARTE: VERBUM DEI

Santo Agostinho: O NT está oculto no AT, e o AT está patente no NT.

O que o AT anuncia de forma oculta, o NT proclama como presente.

O AT é profecia do NT, e este é o melhor intérprete daquele.

A relação dos testamentos está radicada na história de altos de baixos.

I PARTE: VERBUM DEI

A interpretação deve ser feita no contexto histórico-literário e cristão.

Existe vínculo peculiar entre cristãos e judeus, na dimensão de irmãos.

S. Paulo: Os cristãos tenham uma atitude de respeito e estima pelos judeus.

Hoje há uma profunda busca de diálogo dos cristãos com os judeus.

I PARTE: VERBUM DEI

Na interpretação temos que evitar o fundamentalismo subjetivista/arbitrário.

Senão é trair o sentido literal com o espiritual, caindo na instrumentalização.

O fundamentalismo incapacita para aceitar a verdade da Encarnação.

Não podemos ignorar na Palavra de Deus a mediação humana.

I PARTE: VERBUM DEI

A interpretação depende da relação entre Pastores, exegetas e teólogos.

A centralidade da Palavra de Deus ajuda no diálogo ecumênico e na unidade.

Temos um caminho a percorrer na escuta da Palavra para a unidade da fé.

O estudo da SE deve ser a alma da teologia: Tradição, SE e Magistério.

I PARTE: VERBUM DEI

Levar em conta os Santos, na escuta, na leitura e na meditação assídua.

Antão, Basílio, Bento, Francisco de Assis, Clara, Domingos de Gusmão.

Tereza de Ávila, Tereza do Menino Jesus, Inácio, João Bosco, Cura D´Ars.

A santidade na Igreja constitui uma hermenêutica da Palavra de Deus.

II PARTE: VERBUM IN ECCLESIA

Pela Palavra os filhos de Deus são acolhidos e formam a Igreja.

Na fé os cristãos formam uma relação vital baseada na Palavra vivida.

A Igreja é comunidade que escuta e anuncia a Palavra de Deus.

Ela é o âmbito onde os cristãos, pela Palavra, se tornam filhos de Deus.

II PARTE: VERBUM IN ECCLESIA

Liturgia, lugar privilegiado da Palavra de Deus

A Igreja é a Casa da Palavra que dá atenção à Liturgia sagrada.

Deus fala ao povo quando é lida na Igreja a Sagrada Escritura.

É importante o Ano Litúrgico onde a Palavra é distribuída durante o tempo.

II PARTE: VERBUM IN ECCLESIA

Os gestos e as palavras acontecem na celebração dos sacramentos.

Há uma unidade íntima entre Palavra de Deus e Celebração Eucarística.

É invocando a Palavra que Moisés alimenta o povo com maná no deserto.

Os discípulos de Emaús só entenderam a Palavra no partir do pão.

II PARTE: VERBUM IN ECCLESIA

Existe uma sacramentalidade da Palavra que vem da Encarnação do Verbo.

O Verbo de Deus entra no tempo e no espaço e se torna um de nós.

Cristo está presente no pão e no vinho, mas também na Palavra proclamada.

Destacamos o Lecionário litúrgico, dando harmonia nas leituras da Palavra.

II PARTE: VERBUM IN ECCLESIA

Os leitores devem ter uma adequada formação. Não ler, mas proclamar.

As homilias sejam feitas com qualidade, atualizando a Palavra ouvida.

Homilias que levem à compreensão do mistério que está sendo celebrado.

Os pregadores tenham familiaridade/contato assíduo com os textos sagrados.

II PARTE: VERBUM IN ECCLESIA

É importante um Diretório sobre homilias para ajudar os pregadores.

A pregação deve ser acompanhada pelo testemunho de vida concreta.

A Palavra de Deus é fonte de reconciliação, conforto, amparo e cura.

A Liturgia das Horas é sacerdotal porque Deus nos fala por sua Palavra.

II PARTE: VERBUM IN ECCLESIA

A oração cria nos fiéis familiaridade com a Palavra de Deus.

Devem ser incentivadas nas comunidades cristãs as Celebrações da Palavra.

Aproveitar também a Palavra nas expressões da piedade popular.

É importante o silêncio para a escuta atenta e acolhida da Palavra de Deus.

II PARTE: VERBUM IN ECCLESIA

É preciso valorizar também a solenidade do Evangeliário na celebração.

Levar em conta a acústica e a eloquência do espaço sagrado para a leitura.

O Ambão esteja em lugar bem visível e em harmonia estética com o altar.

Na igreja haja um lugar de honra e visível para colocar a Palavra de Deus.

II PARTE: VERBUM IN ECCLESIA

Leituras e Salmo Responsorial nunca podem ser substituídos na celebração.

Deve ser valorizado o canto nos momentos litúrgicos com base na Palavra.

Dar aos cegos e surdos instrumentos de contato com a Palavra de Deus.

II PARTE: VERBUM IN ECCLESIA

A Palavra de Deus na vida eclesial

Pela leitura orante da Palavra, os fiéis tenham encontro pessoal com Jesus.

É preciso conhecer a Escritura para crescer no amor de Jesus Cristo.

João Paulo II: A medida alta da vida cristã ordinária é a escuta da Palavra.

II PARTE: VERBUM IN ECCLESIA

Colocar a Palavra de Deus no centro da vida pastoral das paróquias.

Assim evitar a proliferação de seitas que deformam e instrumentalizam a SE.

Promover nas comunidades a formação, oração e conhecimento da bíblia.

A catequese deve ser impregnada de pensamento, espírito e atitudes bíblicas.

II PARTE: VERBUM IN ECCLESIA

Implica abeirar-se das Escrituras na fé e na Tradição viva da Igreja.

Bíblia e Catecismo da Igreja Católica dão à catequese base sólida de ação.

É fundamental a formação dos cristãos e dos catequistas sobre a Palavra.

Para isto é importante constituir Institutos especializados em estudos bíblicos.

II PARTE: VERBUM IN ECCLESIA

O papa recomenda maior atenção à Palavra de Deus nos grandes encontros.

A Palavra motiva nossa escolha vocacional no caminho de santidade.

A Palavra de Deus é indispensável para formar o coração de um bom pastor.

O bispo, como primeiro anunciador da Palavra, deve deixar-se guiar por ela.

II PARTE: VERBUM IN ECCLESIA

O sacerdote é consagrado e enviado para anunciar a todos o Evangelho.

O padre deve abeirar-se da Palavra com o coração dócil e orante na verdade.

O diácono tem na Palavra o elemento caracterizador de sua espiritualidade.

Os candidatos às Ordens Sagradas devem amar a Palavra de Deus.

II PARTE: VERBUM IN ECCLESIA

É importante a relação entre estudo bíblico e oração com a Escritura Sagrada.

A vida consagrada nasce da escuta da Palavra de Deus como norma de vida.

Destaque especial para a lectio divina, constitutiva para a vida espiritual.

Entre contemplativos, monges e monjas, é importante a oração e a Palavra.

II PARTE: VERBUM IN ECCLESIA

Os fiéis leigos tenham familiaridade com a Palavra para dar razão de sua fé.

A Palavra está na origem do matrimônio, uma das instituições do Reino.

Na mentalidade secularista, a Palavra reafirma a origem da união conjugal.

Os pais são para os seus filhos os primeiros anunciadores da Palavra de Deus.

II PARTE: VERBUM IN ECCLESIA

Para isto, cada casa tenha a sua bíblia colocada em lugar de destaque.

Os esposos estejam cientes do valor da Palavra de Deus nas horas difíceis.

A leitura da Palavra de Deus deve ser acompanhada sempre de oração.

É a chamada leitura orante da Palavra ou lectio divina, Deus que fala.

II PARTE: VERBUM IN ECCLESIA

A compreensão das coisas de Deus depende de oração e da Palavra orante.

Abordagem individualista da Palavra esvazia sua força de comunhão.

O lugar privilegiado da Palavra é a Liturgia, especialmente a Eucaristia.

Esquema da lectio divina: leitura, meditação, oração, contemplação e ação.

II PARTE: VERBUM IN ECCLESIA

Ambrósio: A leitura da Palavra nos faz passear com Deus no paraíso.

O papa recomenda as orações marianas, o rosário, com leituras bíblicas.

A Terra Santa vista como meta de vida que vem da Palavra dali transmitida.

III PARTE: VERBUM MUNDO

Ninguém jamais viu a Deus. Ele foi revelado pelo Filho, que “se fez carne”.

Santo Irineu de Lião: “Jesus é o revelador do Pai”, o “exegeta” de Deus.

Jesus Cristo é a Palavra definitiva e eficaz que saiu do Pai e voltou a Ele.

A Igreja tem a missão de anunciar a Palavra recebida como o fez São Paulo.

III PARTE: VERBUM MUNDO

Isto significa que ela é missionária, anunciando o “Logos da Esperança”.

Revigorar na Igreja a sua consciência missionária de anunciadora da Palavra.

O Senhor nos envia para anunciar a sua Palavra como servidores seus.

Tenhamos consciência de que anunciar a Palavra de Deus é anuncia o Reino.

III PARTE: VERBUM MUNDO

O dever de proclamar a Palavra é de todos os batizados e discípulos.

Bispos, padres religiosos, leigos, movimentos eclesiais e novas comunidades.

A todos a Igreja se vê devedora de anunciar a Palavra que salva, ad gentes.

O novo milênio exige nova evangelização da nova cultura secularizada.

III PARTE: VERBUM MUNDO

Neste anúncio deve haver relação intrínseca entre Palavra e testemunho de fé.

Anunciar o nome, a doutrina, a vida, as promessas, o Reino e o mistério.

III PARTE: VERBUM MUNDO

Palavra de Deus e compromisso no mundo

Muitos cristãos dão a vida pelo testemunho de fé e vivência cristã no mundo.

A Palavra nos recorda a necessidade do nosso compromisso no mundo.

Ela deve transformar e tornar o mundo mais justo e habitável para todos.

III PARTE: VERBUM MUNDO

Compete aos fiéis leigos, formados no Ev, intervir na ação social e política.

Devem defender e promover os direitos humanos universais de toda pessoa.

A Palavra de Deus é fonte de reconciliação e de paz, Cristo “é a nossa paz”.

Diz o papa que a religião nunca pode justificar a intolerância ou as guerras.

III PARTE: VERBUM MUNDO

A Palavra de Deus diz que a paz é possível e devemos ser reconciliadores.

É Palavra que constrói o amor a Deus e ao próximo na comunidade eclesial.

A Palavra anunciada aos jovens deve levá-los a uma familiaridade com ela.

Deve também tocar na sua descoberta vocacional para uma entrega total.

III PARTE: VERBUM MUNDO

Os movimentos migratórios são nova oportunidade de difusão da Palavra.

O anúncio da Boa Nova deve lhes dar segurança e acolhimento digno.

Os próprios migrantes devem tornar-se anunciadores da Palavra de Deus.

Os doentes são especialmente abertos e destinatários da Palavra de Deus.

III PARTE: VERBUM MUNDO

Os pobres são chamados por Jesus de bem-aventurados no Evangelho.

Há a pobreza que “se deve escolher”, e a que “se deve combater” (miséria).

A Palavra de Deus leva-nos a um novo modo de ver as coisas da criação.

III PARTE: VERBUM MUNDO

Palavra de Deus e culturas

Há um vínculo indissolúvel entre a Palavra divina e as palavras humanas.

Deus se revela assumindo linguagem, imagens e expressões das culturas.

A Palavra de Deus inspirou as diversas culturas gerando valores e expressões.

III PARTE: VERBUM MUNDO

O encontro da bíblia com a cultura nunca destrói a verdadeira cultura.

A bíblia é o grande código para as culturas, seja antropológico ou filosófico.

Por isto os agentes culturais, mesmo secularizados, devem conhecer a bíblia.

Nas escolas e universidades seja dado um profundo conhecimento da bíblia.

III PARTE: VERBUM MUNDO

As grandes manifestações no mundo da arte vieram da Sagrada Escritura.

Os organismos da Igreja devem dar sólida formação bíblica aos artistas.

A Palavra deve ressoar através dos meios de comunicação social modernos.

Cristo: “O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia...” (Mt 10,27).

III PARTE: VERBUM MUNDO

Um destaque para a Internet, mas nela deve sobressair o rosto de Cristo.

A Palavra deve evangelizar as culturas, tendo um caráter intercultural.

Aí deve estar o valor da inculturação do Evangelho, da encarnação do Verbo.

A bíblia deve ser traduzida nas diversas línguas para ser mais divulgada.

III PARTE: VERBUM MUNDO

No AT e bíblia em hebraico foi traduzida para o aramaico (Ne 8, 8. 12).

Mais tarde foi feita a tradução para o grego, tudo num contexto cultural.

Muitas comunidades ainda não têm a bíblia traduzida em suas línguas.

Há necessidade de especialistas como acontece na Fundação Bíblica Católica.

Pela universalidade da Palavra de Deus, ela supera o limite das culturas.

III PARTE: VERBUM MUNDO

Palavra de Deus e diálogo inter-religioso

Parte do anúncio da Palavra: encontro, diálogo e colaboração das pessoas.

Mas deve-se evitar o sincretismo e o relativismo nas expressões religiosas.

Relação de pessoas e culturas religiosas diferentes cria fraternidade universal.

III PARTE: VERBUM MUNDO

O papa incentiva o diálogo sincero e respeitoso entre cristãos e muçulmanos.

Respeito com outras religiões/tradições: Budismo, Hinduísmo, Confucionismo.

No diálogo é necessário respeito e liberdade na profissão da própria fé.

CONCLUSÃO

O papa exorta a todos para que a SE se lhes torne cada vez mais familiar.

Na base está a Palavra anunciada, acolhida, celebrada e meditada na Igreja.

Igreja anunciadora da Palavra do Esposo: “Espírito e Esposa: Vem” (Ap 22,17).

Há uma tensão missionária de anúncio da Palavra que cura e redime a todos.

CONCLUSÃO

A centralidade da Palavra de Deus nos convoca a uma nova evangelização.

Como Paulo e Barnabé, o Espírito chama anunciadores convictos da Palavra.

O anúncio cria comunhão e gera alegria que o mundo não pode dar.

Essa alegria é fruto do Espírito Santo, que brota da certeza dada pela Palavra.

CONCLUSÃO

São felizes os que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática (Lc 11,28).

“Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir, entrarei na casa...” (Ap 3,20).

A Igreja sempre se renova e rejuvenesce graças à Palavra de Deus (I Pd 1,25).

FONTE

Exortação Apostólica Pós-Sinodal “Verbum Domini”, do Papa Bento XVI, publicada em 30 de setembro de 2010, festa de São Jerônimo.

Síntese feita por Dom Paulo Mendes Peixoto.