Post on 01-Jan-2021
TECNOLOGIA EDUCACIONAL
Autora: Elsira Teresinha Calgarotto Ritter 1
Orientadora: Daniela De Mamam 2
RESUMO
Este artigo propõe a reflexão, análise e discussão sobre o uso dos recursos
tecnológicos como material didático no processo de ensino e aprendizagem no
contexto educacional na contemporaneidade. Para tanto parte de pressupostos de
autores, tais como Poncho (2003); Sancho (2006) e Perrenoud(2002) que abordam
a temática com vistas para a utilização dessas ferramentas pelos professores e
alunos na tentativa que vivenciem as diferentes possibilidades que as tecnologias
oferecem de forma a contribuir nas suas atividades didáticas de em sala de aula.
Palavras-chave: tecnologias, ensino e aprendizagem, docência.
ABSTRACT
This article proposes a reflection, analysis and discussion of the use of
technological resources as teaching material in teaching and learning in the
educational context nowadays. It was based upon assumptions of authors such as
Poncho, Sancho and Perrenoud, educational technology on this subject in order to
1 Autora Professora Pedagoga do Colégio Arnaldo Busato - Ensino Fundamental e Médio- Verê –
NRE – Francisco Beltrão- Participante do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE- 2010-Pedagogia – Vinculado a Universidade Estadual do Paraná - Unioeste - Campus de Francisco Beltrão. 2 Orientadora Professora da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste - Campus de
Francisco Beltrão na Disciplina de Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Ciência Naturais do Curso de Pedagogia.
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use these tools for teachers and students in an attempt to experience what the
different possibilities that technology offers to contribute in their activities teaching in
the classroom.
Keywords: technology, teaching and learning, teaching.
1 Introdução
Este artigo tem como objetivo apresentar e propor uma ação reflexiva sobre o
período decorrente de dois anos letivos no Programa de Desenvolvimento
Educacional - PDE. Trata-se de um programa implantado pela Secretaria de Estado
da Educação do Paraná – SEED/PR, em parcerias com as Instituições de Ensino
Superior Pública – IES que proporcionam subsídios com vistas ao desenvolvimento
de ações educacionais de suas práticas em sala de aula. O programa foi organizado
para quatro períodos de seis meses cada: proposta de estudos, com carga horária
que prevê encontros presenciais, nas IES e estudos orientados á distância;
elaboração de materiais didáticos para uso na implementação do Projeto e
coordenação do Grupo de Trabalho em Rede – GTR, pelo professor PDE, espaço
online onde ele socializa sua pesquisa e promove discussões e estudos com os
demais professores da área e finalmente a apresentação do resultado através deste
artigo.
Opta-se por desenvolver um trabalho de acompanhamento na prática
pedagógica na área da Educação e, de forma especifica sobre Tecnologia
Educacional, a partir dos recursos tecnológicos disponíveis na Escola enquanto
ferramenta pedagógica para a melhoria da qualidade no processo de ensino e
aprendizagem. Para tanto a nossa pesquisa baseou-se nos pressupostos de alguns
autores dentre ele: Pocho (2003) Perrenoud (2002), Sancho (2006), Sandholtz
(1997).
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2 Desenvolvimento
A tecnologia está presente no processo ensino e aprendizagem já há um
longo período e cada vez mais está sendo inserida como alternativa didática. Na era
da sociedade contemporânea, houve uma revolução tecnológica que nos dispõe,
hoje, outros meios para auxiliar nesse processo. Apesar das mudanças ocorridas em
termo de recursos no processo educacional, em relação à inserção da tecnologia, os
professores continuam enfrentando dificuldades decorrentes das modificações
sociais, culturais e econômicas. Um dos grandes desafios está na escolha do
recurso a ser utilizado que melhor possa se ajustar diante ao Plano de trabalho
escolar e as estratégias propostas.
Quando se trata do contexto da sala de aula, inúmeras são as formas de
compreensão sobre o uso dos recursos tecnológicos por parte dos professores, são
inúmeras são as possibilidades, pelo fato de ser uma área que está sempre
inovando e evoluindo. Sabe-se que o uso da tecnologia no processo de ensino e
aprendizagem, por si só sem a capacitação e qualificação dos profissionais é
incapaz de melhorar a qualidade de ensino. A escola no contexto da sociedade
contemporânea não pode mais ser vista como um ambiente independente e sim
interagindo dentro de outros espaços. A inserção dos recursos tecnológicos em sala
de aula faz surgir novas formas de ensino e aprendizagem. E, para tanto, alguns
questionamentos são elaborados: que mudanças estão ocorrendo? Como agir
diante das inúmeras possibilidades? Que espaços ocupam na educação?
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p. 140): “A
tecnologia deve servir para enriquecer o ambiente educacional, propiciando a
construção de conhecimentos por meio se uma construção ativa, crítica e criativa,
por parte dos alunos e professores.”.
Neste sentido os recursos pedagógicos aplicados na educação podem
contribuir como ferramenta para a melhoria do trabalho escolar. No entanto, diversos
motivos têm dificultado a incorporação dessa tecnologia no processo de ensino e
aprendizagem pela maioria dos professores. As mudanças e avanços tecnológicos
que nos rodeiam, que exigem de nós a conexão imediata e cotidiana constituem
aspectos que, talvez, a educação escolar não conseguiu processar, organizar,
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conhecer e compreender. Os recursos tecnológicos são um verdadeiro desafio.
A missão primeira de uma escola é ensinar, ou, seja produzir e transmitir o
conhecimento científico, dependendo dos objetivos, da disciplina que o professor irá
aplicar. O uso das tecnologias não tem objetivo em sim mesma, mas um recurso no
processo de ensinar e aprender para alcançar os fins educacionais planejados.
Segundo Pocho (2003), as tecnologias merecem estarem presentes no
cotidiano primeiramente porque estão presentes na vida, mas também para:
1 – diversificar as formas de produzir e apropriar-se do conhecimento;
2 – serem estudadas, como objeto e como meio de se chegar ao
conhecimento já que trazem embutidas em si mensagens e um papel social
importante;
3 – permitir aos alunos, através da utilização da diversidade de meios,
familiarizar-se com a gama de tecnologias;
4 – serem desmistificadas e democratizadas;
5 – dinamizar o trabalho pedagógico;
6 – desenvolver a leitura crítica;
7 – ser parte integrante do processo que permite a expressão e a troca dos
diferentes saberes (p. 15 e 16).
Partindo do exposto acima, torna-se relevante analisar o papel que as
tecnologias desempenham em sala de aula. Trabalhar com as tecnologias é uma
possibilidade de ampliar e diversificar a prática pedagógica. É importante que os
alunos compreendam que esses recursos são alternativas possíveis acerca a
realizar determinadas atividades escolares. Assim, a concepção de ensino e
aprendizagem revela-se na prática de sala de aula e na forma de como os
professores e alunos se relacionam com as diferentes metodologias, criando um
processo de transformação onde todos têm um papel a desempenhar. Percebe-se
que o uso dos recursos tecnológicos em sala de aula, enriquece o processo de
ensino e aprendizagem, desde que sejam utilizados de forma adequada a partir das
práticas docentes.
De acordo com Pocho (2003), o domínio do professor deve concentrar no
campo crítico e pedagógico, decidindo-se pela opção de integrar ou não a tecnologia
em seu currículo, de acordo com os objetivos, e ainda escolher o momento
apropriado para fazê-lo. O professor não pode perder a dimensão pedagógica.
Assim, é importante a ação pedagógica, ética e criativa do professor como mediador
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do conhecimento no uso dos recursos tecnológicos no processo educativo.
Atualmente, os meios de comunicação divulgam uma nova maneira de
formação do indivíduo, e a escola tem por finalidade formar cidadão dentro dos
parâmetros definidos socialmente. A inserção dos recursos tecnológicos na sala de
aula requer um planejamento de como organizar adequadamente para facilitar o
processo didático na escola, buscando aprendizado significativo e a melhoria dos
indicadores de desempenho no sistema educacional como um todo, no qual as
tecnologias possam ser utilizadas de forma correta. A possibilidade de mudança é o
que se busca no uso dos recursos tecnológicos mediados pelo professor ao
processo de ensino e aprendizagem. As tecnologias integradas á sala de aula se
torna um novo desafio, que podem ou não produzir resultados esperados, depende
do dinamismo no processo ensino e aprendizagem.
A educação tecnológica é a relação entre a teoria e a prática orientada para o
conhecimento que determina ao saber fazer, ao fazer ao como fazer e ao saber
fazer. É uma aprendizagem constante necessária a compreensão das bases
técnicas e das inovações tecnológicas, enquanto indispensáveis para contribuir em
prol do desenvolvimento econômico, social e cultural do país. A reflexão sobre a
própria prática docente, percebida como recurso de desenvolvimento da ação,
mostra que a própria prática usada pelos professores poderá encontrar alternativas
para a mudança de novas metodologias.
Sendo assim, a escola como instituição enfrenta o desafio de incorporar as
tecnologias da informação para desenvolver de forma mais atrativa e significativa os
conteúdos que se propõe ensinar, ampliando as possibilidades pedagógicas,
incentivando o aluno a aprender construir e não somente reproduzir conhecimentos.
Assim, Sancho (2006) afirma que:
(...) o estudo, a experimentação e a exploração da informação, em qualquer área do currículo escolar, melhora imediatamente a motivação e as capacidades cognitivas dos alunos. (...) o possível caráter transformador que é atribuído no capitulo das tecnologias para transformar a educação encontra uma contribuição teórica argumentativa na pesquisa, mostrando que os resultados obtidos com a inserção da informação na educação abrem um amplo mundo de possibilidades cada vez mais interativos, capazes de motivar os alunos com a finalidade de ampliar e melhorar o ensino (2006, p. 21).
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No entanto, Sancho (2006) propõe que essas tecnologias sejam mediadas
por uma metodologia adequada fim que não se torne apenas uma maneira de
continuar com as antigas práticas de ensino enraizadas na reprodução do ensino e
encobertas pela tecnologia. Em termos de aprofundamentos do estudo, menciona-se
o estudo de Perrenoud (2002), sendo que este autor explicita sobre a ação
pedagógica do professor como sendo uma prática fundamental para a qualidade do
ensino. No âmbito da ação pedagógica, é preciso encontrar modalidades adequadas
para ela. A imersão em sala de aula não é suficiente, pois, há necessidade de uma
grande diversidade de configurações, sem que a redundância seja o bastante para
intensificar ou adensar a experiência e, dessa forma, acelerar as aprendizagens
(2002).
Deste modo, é importante salientar que independente do recurso ou
ferramenta que o professor utilize em suas aulas, o essencial é que ambas esteja de
acordo com a prática e a metodologia proposta pela escola e consequentemente em
harmonia com o planejamento de ensino e com isso o aluno possa compreender o
conteúdo programático.
Quando citando Perrenoud (2002):
Não inventamos nossos atos “concretos” ou “abstratos”- todos os dias. As situações e as tarefas são parecidas e, portanto, nossas ações e nossas operações, singulares são variações de uma trama bastante estável (2002, p. 38).
Conforme salienta Perrenoud (2002) ao propor esta reflexão é trazer à tona a
necessidade de se refletir sobre as práticas pedagógicas entendendo-as em suas
circunstâncias, ou seja, dentro da era das tecnologias e da orientação determinadas
deste ou aquele caminho na escola. Refletindo sobre as práticas é possível propiciar
aos professores a reconstruírem seu lugar: o de educador que ao promover
educação também se educa. Pensar em ensinar é pensar a maneira de como o
aluno vai se apropriar do conhecimento. Os recursos tecnológicos devem ser uma
mediação didática pedagógica o que permite ao professor e ao aluno estabeleça
relação de aprendizagem.
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Dentre os estudiosos, citamos Sandholtz (1997), através do qual se possa
entender como ocorre proposta de estudo que índia a utilização de recursos
tecnológicos em sala de aula. Um exemplo deste tipo de prática é o ACOT (Projeto
nas Escolas Americanas sobre as Tecnologias na Educação).
A partir deste modelo, Sandholtz (1997) defende que os professores passam
por várias fases antes de conseguirem integrar a tecnologia na prática com sucesso,
a saber:
a) exposição: os professores estão mais preocupados com os aspectos técnicos de gestão à medida que se vão familiarizando com a tecnologia; b) adoção: os professores preocupam-se menos com os aspectos técnicos e mais com a interação das tecnologias para apoiar as práticas existentes; c) adaptação: neste estágio a nova tecnologia está integrada na prática tradicional em sala de aula e os professores colocam a ênfase na tecnologia enquanto ferramenta produtiva. d) apropriação: os professores revelam domínio das tecnologias e começam a introduzir novas práticas pedagógicas. Os novos hábitos dos professores revelam uma grande mudança nas crenças sobre a utilidade da tecnologia. e) inovação: a mudança mais importante nesta fase foi à utilização pelos professores para criar novos ambientes de aprendizagem essencialmente alterados. Eles perceberam que seus alunos tinham a capacidade de aprender por conta própria (1997, p. 49-55).
Deste modo, Sandholtz (1997), a tecnologia é um ‘catalisador’ para a
mudança nos processos de sala de aula, porque propicia um rumo diferente, uma
mudança no contexto que surge formas alternativas de operação. Ela pode
impulsionar uma mudança de uma abordagem instrucional tradicional para um
conjunto mais eclético de atividades de aprendizagem que inclui situações de
construção de conhecimento para os alunos.
Sendo assim, salienta-se que, quando o professor estiver familiarizado com a
questão tecnologias, estará capacitado a explorar em atividades pedagógicas com a
interação dos conteúdos de ensino, a partir de seu plano de aula, procurando
conhecer as possibilidades oferecidas pelos recursos tecnológicos que auxiliem a
desenvolver um ensino e aprendizagem em que a criatividade e interação sejam
parceiras. A tecnologia não é importante apenas na vida profissional e social das
pessoas, mas, também no contexto educacional.
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Deste modo o uso dos recursos tecnológicos como mediação pedagógica é
importante, mas, deve levar em consideração algumas questões nas aplicações
dessas ferramentas no processo ensino e aprendizagem. O comportamento do
professor que se coloca com facilitador nesse processo, para que o aluno consiga
chegar aos objetivos propostos. Entendemos que a reflexão do aluno está
relacionada com a forma de interação em sala de aula ao seu contexto social.
Possibilidades entre professor e aluno a dialogar, pesquisar e comunicar-se com os
diferentes recursos.
Às vezes, pode-se imaginar até onde poderão chegar ás potencialidades dos
recursos tecnológicos, pois na área educacional ainda será necessário maior
capacitação dos professores, maior conhecimento das ferramentas, elaborar
atividades de aplicação desses recursos, escolhendo os mais adequados ao alcance
dos objetivos pedagógicos. O professor precisa despertar no estudante o desejo de
conhecer, de discutir, de argumentar fundamentado em uma corrente ideológica que
acredite e comprove.
Com a era das novas tecnologias, os alunos dispõem desses recursos para
pesquisar, e muitas vezes o professor não consegue acompanha-lo na busca da
construção do conhecimento. Contudo o aluno deve acreditar na sua capacidade e
de suas escolhas e dessa maneira o professor tem que lidar não só com alguns
saberes de cinco a dez anos atrás, mas, também com a tecnologia que está cada
dia mais presente na escola e na sociedade. Cada educador, as dificuldades e/ou
necessidades são por sua vez mais específica.
A observação feita em sala de aula sobre os recursos utilizados pelos
professores, a grande maioria ainda usam: retroprojetor, quadro de giz, DVDs, livro
didático ,embora de grande valia, tornam-se insuficientes e pouco atrativos para uma
geração que convive e interage com outros recursos tecnológicos e as novas
tecnologias.
Didaticamente, iniciam-se relatos com reflexão dos professores, a partir dos
encontros de Grupo de Estudos. Ao se falar em tecnologias na educação em
especial a informática a primeira ideia que surge é a instrumentalização apenas. Nós
professores sabemos da importância de um plano de trabalho contextualizado que
inclua o uso de softwares educativos, internet e outras atividades direcionadas para
significar e potencializar o aprendizado de inúmeros conteúdos, sem contar que hoje
já passa a ser visto como direito do aluno no mínimo, uma” alfabetização
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tecnológica” (segundo Borba 2001). Acredita-se que as tecnologias na educação
apresenta um novo olhar como inovação capaz de, não só provocar mudanças como
também uma ferramenta colaborativa que não delimita a aprendizagem, mas
socializa e articula conteúdos de forma criativa e prazerosa e que, aliada a um Plano
de Trabalho adequado possibilita preparar o aluno para uma sociedade cada vez
mais informatizada. O uso da informática na educação tornou-se necessário e
indispensável nos dias atuais, porém temos que partir do princípio que os recursos
tecnológicos são apenas ferramentas capazes de trazer avanços educacionais se
bem utilizados.
A expectativa em relação ao uso das tecnologias é que o professor possua
mais instrumentos e alternativas em sua prática pedagógica. A tecnologia não pode
ser usada isoladamente, mas, sim dentro de um contexto que vise à reflexão do
coletivo. O professor deve oportunizar o uso dos recursos tecnológicos porque a
clientela escolar é um conjunto de pessoas que vive a era tecnológica e o professor
pode até não saber utilizá-las, mas proporcionar o uso dos mesmos é seu dever,
assim como buscar aprender utilizá-los.
Percebe-se na sociedade atual que as tecnologias principalmente os
computadores estão presentes em todos os ambientes, escolas, empresas,
supermercados, lojas e cada vez mais faz parte das famílias. Acreditamos na
importância em sala de aula para enriquecer os conteúdos com novidades na
imagem, fatos atuais, raciocínio lógico. O uso de diferentes linguagens de mídia na
escola pode ser um caminho para promover mudanças de atitudes e de
metodologias de trabalho.
Desta forma, para o sucesso profissional de cada professor e para a
aprendizagem dos alunos que as aulas sejam “recheadas” de atividades
tecnológicas, visto que os alunos já passaram na frente de muitos profissionais em
termos de estarem utilizando as tecnologias.O importante é que a aplicação seja
coerente para obter bons resultados. Cabe ao professor planejar, aplicar e avaliar
contando com sua experiência e a do aluno além de ter o cuidado de estar
preparando e apto em lidar com os recursos tecnológicos.
Atualmente convive-se com as diferentes formas de ensino e aprendizagem
por conta das novas tecnologias, porém não podemos esquecer que nós
educadores temos que ter muito cuidado ao incorporar essas ferramentas no
cotidiano escolar, pois isto requer certa cautela e domínio e ainda estar em
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constante formação. O desafio está nas possibilidades em trazer para a sala de aula
várias ferramentas que propiciem o conhecimento aos alunos.
Ainda, cabe aos professores saber que para obter resultados satisfatórios na
utilização da tecnologia no processo de ensino e aprendizagem, é necessário ter
clareza dos objetivos pedagógicos, sendo que, as mudanças do ambiente educativo
com a presença de artefatos tecnológicos permitem e criam melhores condições
para a aprendizagem. A utilização da ferramenta tecnológica desperta no aluno o
interesse no aprendizado, na aquisição do conhecimento, já que estas são
instrumento que podem contribuir para incentivar e refletir a parte do aluno, sendo
necessário que tenha consciência de que as tecnologias fazem parte de seu
cotidiano, portanto devemos encarar o mundo e aprender a lidar com elas como
ferramentas de trabalho.
Desse modo, a importância está de que a tecnologia no contexto escolar vem
para enriquecer e esclarecer o conteúdo aplicado reside no fato pelo professor e,
deve ser encarado como um recurso a mais no processo ensino aprendizagem e
dependendo da forma como vem a ser aplicado. Para tanto o recurso tecnológico
não pode tornar-se o único meio de ensino aprendizagem devido a diversidade
metodologias com esta ferramenta, pois é necessário o encaminhamento e
acompanhamento do professor no conteúdo.
A escola enquanto instituição de ensino precisa interagir com as tecnologias,
discutir, analisar e utiliza-las de modo que venham a contribuir com o processo de
ensino e aprendizagem. Para obter resultados significativos na utilização de
tecnologias no ensino, é necessário ter clareza das intenções e objetivos
pedagógicos, assim como escolher a tecnologia mais coerente com o conteúdo a ser
ensinado. Assim, aponta-se para o fato do sistema educacional estejam em
consonância com a utilização das novas linguagens que sensibilizam e motivam os
alunos, e também combinar pesquisas escritas com trabalhos de dramatização, de
entrevista gravada, propondo formatos atuais como um programa de rádio, uma
reportagem para um jornal ou mesmo um vídeo. A motivação dos alunos aumenta
significativamente quando realizam pesquisas onde se possam expressar em
formato e códigos reais próximos da sua sensibilidade.
Mesmo uma pesquisa escrita, se o aluno puder utilizar o computador, adquire
uma nova dimensão e, fundamentalmente não muda a proposta inicial. Integrar as
mídias na escola para propiciar aos alunos a sua utilização para a expressão das
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ideias, a produção de conhecimentos e comunicação e interação social e não
apenas pela ótica do domínio das tecnologias devido à modernidade. É grande o
leque de opções metodológicas de organizar sua comunicação com os alunos, de
introduzir um tema, de trabalhar com os alunos. Cada docente pode encontrar sua
forma mais adequada de integrar as várias tecnologias e procedimentos
metodológicos.
Não se pode esquecer que o uso das tecnologias deve estar previstos e
organizados no Plano de Trabalho Docente para que realmente leve o aluno ao
aprendizado. Ensinar com as novas mídias é uma revolução, talvez seja lenta, mas
deve ser contínua. Para obter resultados significativos na utilização de tecnologias
no ensino, é necessário ter clareza das intenções e objetivos pedagógicos, assim
como escolher a tecnologia mais coerente com o conteúdo a ser ensinado.
As tecnologias e os alunos já vivem uma sinergia natural fora dos muros da
escola; não se pode inseri-las na escola apenas como uma muleta para uma
pedagogia capenga. A escola sob algumas ópticas tornou-se uma ilha de exclusão,
um museu pedagógico de velharias didáticas. E esta ilha está afundando
rapidamente no meio do oceano das novas tecnologias, novas metodologias de
aprendizagem e novas práticas didáticas. Nesta perspectiva, vê-se que os alunos
estão inseridos no mundo da tecnologia em seu dia a dia, estão em contato com um
mundo de interação e divertimento. Para tanto, aponta-se para a necessidade de
pontuar a utilização da internet no contexto escolar.
A internet caracteriza-se como ferramenta que desperta interesse nos alunos
e é neste sentido que devemos explorar a parte pedagógica em sala de aula desta
ferramenta, pois os alunos estão fazendo uso das tecnologias fora a escola. A opção
pelo uso pedagógico dos computadores e das novas tecnologias não é e não pode
ser entendida como, simplesmente “uma nova maneira de maquiar velhas práticas
educacionais”, não se pode pensar no uso dos computadores e da internet sem se
ter em mente que eles implicam em novas dinâmicas de aula, novas abordagens
curriculares e novos currículos, novas práticas de ensino. Os recursos tecnológicos
tem relevante importância para o desenvolvimento do processo de ensino e
aprendizagem, pois contribuem no sentido de ampliar e diversificar as possibilidades
que o docente tem no decorrer de suas práticas pedagógicas. Elas facilitam o
trabalho do professor em sala de aula e fora dela, possibilitam a apresentação de
metodologias diferentes e inovadoras, chamando o educando para a aula, entre
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outros, mas volto a dizer, para que tudo isso se efetive precisa mudança de postura
e de metodologias diferenciadas por parte do docente, que não deve usá-las como
passatempo divertido para o educando. A importância da tecnologia no processo de
ensino e aprendizagem é ter intencionalidade e objetivos claros para conseguir
resultados satisfatórios.
A mudança do ambiente educativo com a presença das tecnologias favorece
uma aproximação ao universo do aluno, contribuindo assim na manifestação de
ideias, criatividade, criando melhores condições de aprendizagem. O trabalho com a
imagem, através do vídeo e do computador pode possibilitar a concretização dessas
possibilidades.
A escola não deve dispensar nenhum meio de comunicação, mas integrá-los,
utilizando-se de novos procedimentos e entre eles inclui-se a aprendizagem
cooperativa, a pesquisa, o trabalho planejado, a organização no coletivo da sala de
aula.
Assim, é imperativo utilizar a tecnologia para a classe se ela estiver a serviço
dos conteúdos. Do ponto de vista do aprendizado, essas ferramentas devem
colaborar para trabalhar conteúdos que muitas vezes nem poderiam ser ensinados
sem elas. No início ao utilizar a tecnologia em sala de aula, comece investigando o
potencial das ferramentas digitais. Uma boa estratégia é apoiar-se nas experiências
bem-sucedidas de colegas.
No planejamento anual, avalie quais conteúdos são mais bem abordados com
a tecnologia e quais novas aprendizagens, necessárias ao mundo de hoje, podem
ser inseridas. É fundamental familiarizar-se com o básico do computador e da
internet. Conhecer processadores de textos, correio eletrônico e outros mecanismos
de busca. Antes de iniciar uma atividade específica em sala de aula, certifique-se de
que compreende as funções elementares dos aparelhos e aplicativos que pretende
usar. Para avançar no uso pedagógico das TICs, são boas opções os cursos,
oferecidos pelo Proinfo (inclusão digital).
A internet também ajuda na aquisição de conhecimentos técnicos. Procure os
tutoriais, textos que explicam passo a passo o funcionamento de programas e
recursos. Ajudar a turma a refletir sobre o conteúdo de blogs e fotoblogs. Debata
qual o nível de exposição adequado, lembrando que cada um é responsável por
aquilo que publica. Em caso de dúvidas sobre a tecnologia, vale recorrer aos
próprios alunos. A parceria não é sinal de fraqueza: dominando o saber em sua área,
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você seguirá respeitado pela turma.
Fontes: Adriano Canabarro Teixeira, especialista de Educação e tecnologia
da UFRGS, Maria de Los Dolores Jimenez Peña, professora de Novas Tecnologias
Aplicadas à Educação Da Universidade Mackenzie, e Roberta Bento, diretora do
Planeta Educação.
Desta forma, portanto, é importante que o aluno esteja motivado a querer a
buscar o conhecimento, a pesquisar a descobrir. Isto é possível se o professor em
sala de aula indicar caminhos, faz referência aos recursos que utiliza, seja através
da internet, livros, revistas, TV multimídia entre outros porque cada um utiliza os
meios que possui de acordo com sua metodologia e com sua concepção ética,
política e social conforme contexto em que está inserido.
As atividades desenvolvidas na prática de Implementação durante o quarto
período com os profissionais da Educação, possui vários aspectos dentre eles está
à discussão de propor novas metodologias com objetivo em contribuir para as
mudanças necessárias e consequentemente a ação pedagógica na sala de aula.
Acredita-se que para que a tecnologia na educação possa ser um fator
positivo no fazer, ensinar e aprender, o professor deve equilibrar seu uso como
instrumento ou recurso. Para tanto, é sempre primordial um planejamento elaborado
e pensado onde o centro da aula não seja o recurso, mas sim o conteúdo e que o
recurso venha apenas para enriquecer o trabalho do professor. No momento em que
em que se vive, a educação não pode ficar para trás, precisa estar atenta as
mudanças que ocorrem na sociedade em que vivenciamos, para isso é importante
que a escola se adapte a tais mudanças, para que os alunos não deixem de se
interessar pelos conteúdos aplicados ou que a escola fique em segundo plano na
importância de escolha.
Os recursos didáticos ligados à educação usados em sala de aula torna-se
indispensável na era da comunicação, pois as novas tecnologias ganham espaço
efetivo nas salas de aula com Computadores ligados à internet, software, televisão a
cabo, sistema de rádio e jogos eletrônicos. Estas são algumas das possibilidades
existentes e que podem ser aproveitadas no ambiente escolar como instrumentos
facilitadores do aprendizado.
Aprender é um trabalho duro que pode ser facilitado pelo uso das tecnologias,
temos várias possibilidades e estas dependem de como o professor irá planejar suas
aulas, do conhecimento que ele estabelece entre os recursos disponíveis na internet
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e na escola.
O professor, em seu contexto pedagógico, conta para possibilitar outras
possibilidades de proporcionar o ensino e aprendizagem e não deixar isso por conta
apenas dos livros didáticos disponíveis. Um aspecto também importante é o fato de
estimular a utilização de mais de um dos sentidos (audição e visão) o uso do recurso
audiovisual, permite ao o professor apresentar oralmente e reforçar visualmente com
a apresentação de uma imagem, reforçando assim o conteúdo. Sabemos que
necessitamos dos sentidos para adquirirmos conhecimento.
Antes parecia ser tudo mais fácil, trabalhar com o livro didático, e com o
quadro de giz era o suficiente. Em seguida fez-se uso do retroprojetor, os filmes e
documentários começaram a ilustrar algo referente ao conteúdo ministrado, o
computador começou a surgir na escola e assim por diante. As ferramentas
pedagógicas estão cada vez mais sendo questionadas, seja pelo manuseio,
aplicação ou significado de cada uma no cotidiano escolar. Em algumas situações o
professor acaba por não utilizar determinada tecnologia disponível na escola porque
não sabe direcionar a atividade, relacionando esta com o conteúdo trabalhado em
sala de aula. Alguns professores sentiram-se confusos com tantas novidades e
mudanças sugeridas pela escola e pela sociedade em geral, fazendo-se necessária
a formação destes com relação à tecnologia que envolve um processo dinâmico em
constante mudança.
As novas tecnologias permitem que as pessoas obtenham as mais variadas
informações em fração de minutos, independente do lugar em que estejam. Isto
pode acontecer, inclusive, a caminho da escola, através de anúncios em cartazes,
de um livro digitalizado na tela de um computador ou notebook, de programas sócio-
educacionais em canais de TV aberta ou fechada. A esse movimento podemos dar o
nome de democratização do saber. Muitos professores, no entanto, têm aproveitado
a oportunidade de aprender com seus alunos porque estes muitas vezes dominam
esses recursos muito mais que seus professores.
3 Conclusão
Assim chega-se a reflexão sobre a importância das Tecnologias no processo
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de ensino e aprendizagem como ferramenta/instrumento/recurso didático para a
construção do conhecimento. Pode-se afirmar que ainda são muitos os desafios
para a implantação das mesmas no ambiente da sala de aula, mas aos poucos
estão surgindo ideias e possibilidades dessas tecnologias como apoio pedagógico. A
temática foi de fundamental importância, pois trouxe um enfoque maior à questão do
uso das novas tecnologias na aprendizagem dos alunos, pois é um recurso eficiente
e rico para utilização, por parte dos educadores. A tecnologia além de constituírem
um recurso pedagógico interessante e importante para o professor caracteriza-se
como ferramenta que torna a aprendizagem mais significativa e mais prazerosa, no
ambiente escolar, mais especificamente na sala de aula.
No entanto, os educadores não tempo para preparar suas aulas,
necessitando de um espaço na grade curricular de forma atender com qualidade,
pois a tecnologia evolui de forma rápida e o professor precisa sentir preparado e
seguro para utilizá-la.
Referências Bibliográficas
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica.
Parâmentros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da
Educação, 1999.
PERRENOUD, Philippe. A Prática Reflexiva no Ofício do Professor:
profissionalização e razão pedagógica. Trad.Cláudia Schiling. – Porto Alegre:
Artmed Editora, 2002.
POCHO, Claúdia Lopes. Tecnologia Educacional: descubra suas possibilidades
na sala de aula. Lígia Silva Leite (coord.). Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.
SANCHO, Juana Mari et al. Tecnologias para Transformar a Educação. Tradução
Valério Campos. Porto Alegre: Artmed, 2006.
16
SANDHOLTZ, Judith Haymore et al. Ensinando com as Tecnologias: criando
salas centradas nos alunos. Tradução Marcos Antonio Guirado Domingues. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1997.