Post on 06-Aug-2015
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RECURSOS TERAPÊUTICOS II
SEMIOLOGIA DA DORPROF. FLAVIANO MOREIRA
DEFINIÇÃO DE DOR• É uma experiência sensorial e emocional desagradável que é associada às lesões
teciduais reais ou potenciais.• A dor é sempre subjetiva e Pode ser modificada.• Cada indivíduo aprende a utilizar este termo através de suas experiências passadas.
FUNÇÃO DA DOR• Avisar ao SNC que existe algo errado, resultando em um reflexo de retirada para evitar
um agravamento da lesão.• Resulta em espasmo muscular (proteger a parte lesionada).• A DOR PODE PERSISTIR DEPOIS DE NÃO SER MAIS ÚTIL• Sensação Subjetiva desagradável• Pode assumir diferentes formas:
• DESCONFORTO• PIOR SENSAÇÃO POSSÍVEL
• SENSAÇÃO DOLOROSA = Estrutura orgânica sensível + Estímulo AdequadoESTRUTURAS MUITO SENSÍVEL
• Pele (picada, calor, inflamação); Dentina e polpa dentária (picada e inflamação); Pleura parietal (inflamação e tração); Peritônio parietal ( inflamação e compressão); Cápsula Hepática (distensão); Músculo Cardíaco (anóxia); Sinóvia; Periósteo; Meninges.
• ESTRUTURAS POUCO, OU NADA SENSÍVEIS• Ossos;Tecido Hepático; Superfícies articulares; Pleura visceral e parênquima pulmonar;
Peritônio Visceral; Pericárdio visceral; Parênquima cerebral
RECEPÇÃO, CONDUÇÃO E PERCEPÇÃO• Um estímulo adequado atinge terminações sensitivas de uma estrutura• Origina-se uma sucessão de fatos eletrofisiológicos (bradicininas)• O impulso percorre a via nervosa até as raízes dorsais da medula• Neste nível passará para uma nova via de condução – feixes espino-talâmicos
• Chega ao tálamo e córtex parietal• Sensação percebida sob a forma de DOR
CLASSIFICAÇÃO EM RELAÇÃO À EVOLUÇÃO
• DOR AGUDA = Aquela que se manifesta transitoriamente durante um período relativamente curto, de minutos a algumas semanas, associada a lesões em tecidos ou órgãos, ocasionadas por inflamação, infecção, traumatismo ou outras causas. Normalmente desaparece quando a causa é corretamente diagnosticada e tratada
• DOR CRÔNICA = Tem duração prolongada, que pode se estender de vários meses a vários anos e que está quase sempre associada a um processo de doença crônica.Pode ser conseqüência de uma lesão já previamente tratada. A dor persiste por mais de 06 meses.
• DOR RECORRENTE = Apresenta períodos de curta duração que, no entanto, se repetem com freqüência, podendo ocorrer durante toda a vida do indivíduo, mesmo sem estar associada a um processo específico. Ex. clássico: Enxaqueca
TIPOS DE DOR
DOR CUTÂNEA ou SUPERFICIAL• Provocada por: Traumatismos, calor ou frio intenso, substâncias cáusticas e
venenos.• Intensidade: Depende muito do tipo e da intensidade do estímulo: é
sentida no local exato do estímulo e a sensação tem qualidade própria para os diferentes estímulos.
DOR PROFUNDA• Dor sentida nos músculos, tendões, articulações e fáscias.
DOR VISCERAL• Dor vaga, pobremente localizada e quando severa está associada
com náuseas, vômitos, sudorese e até mesmo diminuição da pressão arterial e bradicardia.
DOR REFERIDA• Profunda que se projeta à distância – metamérica.• Convergência das vias aferentes cutâneas e profundas de um mesmo
segmento.• Não tem localização muito precisa com o local da lesão e é contínua.• Em algumas circunstâncias, a dor originária das vísceras é referida à pele e
outras estruturas somáticas localizadas a considerável distância da víscera e tem um padrão segmental de dermátomo.
- Angina ou IAM
DOR IRRADIADA• Provocada por: irritação direta de um nervo sensitivo ou misto. É
sentida exatamente no território correspondente à raiz nervosa estimulada – superficial e profunda.
• Ex: Dor ciática: percepção da dor em território que é inervado pela raiz nervosa estimulada.
DOR FANTASMA• É definida como dor referida a um membro perdido, seja por remoção
cirúrgica ou por perda acidental.
DOR SOMÁTICA• É uma dor criada pelo indivíduo.• É a dor que o paciente garante que tem, mas na realidade não existe nenhum
estímulo sobre as terminações nervosas.
CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS DA DOR
LOCALIZAÇÃO• A melhor forma é pedir ao paciente que aponte com o dedo onde está a dor.• As regiões sensitivas do cérebro são altamente organizadas quanto à procedência do
estímulo.• Cada região do corpo é representada numa área específica do cérebro.
IRRADIAÇÃO• Dor com um trajeto definido. Ex. Síndrome do Piriforme
CARÁTER OU QUALIDADE• Queimação: úlcera péptica• Em pontada ou Fincada• Dor pulsátil• Dor em cólica• Dor constritiva / aperto• Dor contínua• Dor do membro Fantasma
INTENSIDADE• Leve• Moderada• Intensa• Muito intensa
Como é codificada a intensidade de um estímulo?• Código de Frequência = A intensidade do estímulo é codificada pela frequência dos
potenciais de ação em cada fibra estimulada.
• Código de População = A intensidade do estímulo é codificada pelo número de
receptores estimulados.
DURAÇÃO• Tempo decorrido entre o início da dor e a avaliação.
• Contínua• Cíclica (periódica)
EVOLUÇÃO• Pode intensificar-se progressivamente.• Pode ser rítmica.• Pode apresentar surtos periódicos ao longo da duração da doença.
- Ex. Mudança de tempo
RELAÇÃO COM FUNÇÕES ORGÂNICAS• Leva em conta a localização da dor e os órgãos situados na área.
Ex: Tóraxretroesternal cervical epigástrica lombar pernas
FATORES DESENCADEANTES OU AGRAVANTES• Mínimos esforços• Máximos esforços• Compressão do local
FATORES QUE ALIVIAM• Posições antálgicas• Indução de vômito• Resposta a analgésicos já utilizados
MANIFESTAÇÕES CONCOMITANTES• A própria dor, quando muito intensa pode provocar outros sintomas.
Cólicas: náuseas, vômitos, sudorese, palidez e mal-estar.• É freqüente que a dor se acompanhe de manifestações relacionadas diretamente com
sua causa.
AVALIAÇÃO DA DOR
• ESCALA VISUAL ANALÓGICA - (EVA)
REFERÊNCIAS
ELETROTERAPIA – Prática Baseada em Evidências; CAPÍTULO 5 – Fisiologia daDor – Pag. 82 a 85.
MODALIDADES TERAPÊUTIAS em Medicina Esportiva; CAPÍTULO 2 – Controle da Dor com as Modalidades Terapêuticas – Pag. 19 a 24.