Post on 03-Sep-2020
A Reforma Protestante a desafiar a nossa cultura evangélica
Se um grão de trigo lançado à terra não morrer, não dá fruto. Mas se morrer dá muito fruto. (João 12:24)
Publicação periódica da Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) Novembro 2018
boletim informativo
Grão de Trigo
Recordar a Reforma Protestante é celebrar a aproxima-
ção do povo às Escrituras, e por isso, ao próprio Jesus,
mas é também recordar que esse caminho foi desvirtuado
ao se cair num individualismo acérrimo. Hoje, passados
mais de 500 anos é tempo de agra-
decer a Deus pela forma como Ele
usou homens e mulheres para que o
seu povo o conhecesse de forma
mais profunda, mas também clamar
pela sua orientação de forma a que o
seu povo passe a viver como povo
redimido.
João Calvino, como muitos outros
reformadores, dizia que se podia
inferir quem era ou não salvo pela
forma como as pessoas viviam,
dentro e fora da Igreja, mas, em
última análise, era Deus que sabia
quem seria salvo e quem não
seria. Ao contrário da Igreja romana,
os reformadores defendiam uma fé pessoal. Essa nova
ordem exigia uma relação pessoal entre o indivíduo e
Deus.
Nesse novo contexto relacional com Deus, a Reforma
contribuiu para o desenvolvimento do espírito capitalista,
pilar da economia moderna. Como defendeu o sociólogo
alemão Max Weber em The Protestant Ethic and the Spirit
of Capitalism (1904), o capitalismo já existia na Europa
antes da Reforma, bastava olhar para a actividade dos
banqueiros de então. Porém, era uma sistema limitado
pelo contexto religioso e socio-cultural. O Protestantismo
veio tornar esse modelo económico muito mais dinâmico.
Uma vez que defendia a obrigatoriedade de o cristão ter
ser um instrumento nas mãos de Deus na construção de
um mundo mais próspero, acabou por
se tornar um pilar da modernização.
Este espirito nasceu da interpretação
de que o ser humano devia continuar a
obra criadora de Deus através do tra-
balho.
Porém, se essa visão possibilitou que
se iniciasse um desenvolvimento social,
politico e económico a uma velocidade
que não era conhecida, também foi
catalisador da formação de uma socie-
dade que na sua consciência individual,
dispensou Deus.
Os deuses da sociedade deixaram de
ser imagens fabricadas pelas mãos de homens e mulhe-
res. Esses deuses passaram a ser conceitos que prevale-
ceram sobre a própria definição de ‘ser’ Deus. Deixou de
haver uma estátua de Mamon, mas o dinheiro ocupou o
lugar de um deus nos corações; deixou de haver estátuas
de Ares, mas a guerra continuou a proliferar pelo mundo;
deixou de haver imagens de Atenas mas o conhecimento
humano sobrepôs-se à vontade de Deus.
Porém, hoje, a dificuldade não é ver como a cultura foi
influenciada pela Reforma. Desde as artes até à
(Continua na página 4 e 5)
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Editorial
Olá, bom dia, cá estamos de novo.
O nosso boletim não morreu; e para o seu reaparecimento evocamos o versículo bíblico que lhe deu o nome: “Se um
grão de trigo lançado à terra não morrer, não dá fruto; mas se morrer dá muito fruto” (João, 24:12).
Que frutos dá o nosso boletim? Não sabemos, mas estando convictos de que ele proclama a palavra do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo acreditamos que se inscreve dentro daquelas iniciativas cujo resultado não podemos medir, nem
agora nem nunca, mas que é o nosso Deus quem o usa para sua gloria..
É nosso propósito, no início desta nova fase do boletim, que o GT saia duas vezes por ano; no dia da Reforma e no Do-
mingo de Páscoa. Manterá a sua dupla função informativa e formativa e procurará ser mais um meio de ligação de todos
os membros e amigos da nossa Igreja.
No mês comemorativo da Reforma Protestante, impossí-
vel esquecer do slogan cunhado pelo Reformador Holan-
dês Gisbertus Voetius: «Ecclesia Reformata et Semper
Reformanda Est» que pode ser traduzido como: Igreja
reformada, sempre se reformando.
Essa contínua reforma, não significa que as doutrinas
fundamentais da Igreja podem ser cedidas e que aquela
está aberta a qualquer aculturação, a ponto de tornar-se
mais sofisticada e parecida com o mundo. Na verdade, a
pedra de toque do lema, é um retorno contínuo às Sagra-
das Escrituras e a submissão a Cristo que é Senhor da
Igreja.
Naturalmente, a igreja por ser constituída por seres huma-
nos salvos pela Graça, mas ainda pecadores, acaba por
perder seu foco e objetivo, desviando-se vez após vez do
caminho para o qual foi chamada a trilhar. Por isso que,
ela deve sempre se «reformar».
Entretanto, quais os critérios para que possamos repen-
sar se a igreja do Senhor como um todo e especificamen-
te, aquela comunidade na qual participamos semanal-
mente, precisa de uma nova reforma?
Os escritores e pastores, Kevin DeYoung e Mark Dever,
em dois pequenos artigos, tratam daquilo que eles deno-
minam de 9 marcas de uma igreja doente (artigo do Ke-
vin) e 9 marcas de uma igreja saudável (artigo do Dever).
Penso que, por meio destas listas – que não são taxati-
vas, ou seja, resumem a saúde de uma igreja, mas pode
haver outros critérios de análise para tal – conseguimos
vislumbrar com melhor lucidez se nossas igrejas, preci-
sam de reforma.
Destarte, as nove marcas de uma igreja doente são: 1)
quanto mais periférico o tópico do sermão, mais entusias-
madas as pessoas ficam; 2) os oficiais da igreja não têm
prazer em trabalhar; 3) o pastor/presbíteros e a suas es-
posas não se dão bem; 4) quase ninguém sabe para onde
vai o dinheiro da igreja; 5) a equipa de liderança nunca
muda ou sempre muda; 6) ninguém jamais é levado pela
igreja para o ministério pastoral ou é enviado da igreja ao
serviço missionário; 7) existe uma lentidão exacerbada na
tomada de decisões; 8) a pregação se torna errónea – ou
seja, perde-se a centralidade do evangelho; 9) Há proble-
mas que todos conhecem, mas ninguém conversa aberta-
mente a respeito deles.
Por outro lado, as nove marcas de uma igreja saudável
são: 1) pregação expositiva; 2) teologia bíblica; 3) o evan-
gelho entendido, pregado e vivenciado por todos os mem-
Igreja Doente– Igreja Saudável
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«Também vocês hão-de dar testemunho de mim, porque estão comigo desde o princípio». (João 15:27)
bros; 4) conversão; 5) evangelismo; 6) membresia com-
prometida; 7) disciplina; 8) discipulado; 9) liderança com-
prometida e fiel ao Senhor.
Creio que diante destas «marcas», podemos e devemos
olhar para nossas igrejas e vermos se elas estão a preci-
sar de reforma. Não existe – pelo menos desse lado da
vida, enquanto o Senhor Jesus não vier buscar sua noiva
– igreja perfeita, por isso que com razão afirmaram: «se
encontrares uma igreja perfeita, não entres lá, pois nesta
ocasião, já não será mais perfeita». Entretanto, o lema
«Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est» conti-
nua a nos lembrar que assim como os apóstolos, os pais
da igreja e uma longa linha de vultos históricos, temos
responsabilidade de zelar pela noiva do Senhor, que é o
coluna e baluarte da verdade (1ª Timóteo 3:15). A Deus
seja dada Glória!
Filipe Francisco
Professor EBD na IELP
DEYOUNG, Kevin. Nove marcas de uma igreja doente.
São Paulo: Voltemos ao Evangelho. Consultado em
«https://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/03/9-
marcas-de-uma-igreja-doente/» em 30 de outubro de
2018
DEVER, Mark. Nove marcas de uma igreja saudável.
São Paulo: Fiel, 2007.
Em 24 de Junho,comemoramos o 120º aniversário numa celebração e festa que reuniu mais de 100 pessoas.
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economia e política é fácil de ver a sua influência. A difi-
culdade é saber porque é que a Reforma hoje encontra
uma barreira na cultura. temo dizer que a culpa passa
muito pela forma como nós cristalizamos a nossa fé,
deixando de sentir e chorar por uma cultura que se en-
contra nas nossas ruas. Como Igreja deixámos de levar
pessoas a Cristo, ficando satisfeitos com os números que
podemos apresentar. Isso é tudo aquilo pelo qual os refor-
madores nunca lutaram. Diferenciamos secular de profa-
no e depois não queremos que a cultura de hoje o faça de
igual modo. Basta que te perguntes. Como vives a tua fé
à segunda-feira?
Os Censos de 2010 diziam que há apenas 77.000 evan-
gélicos em Portugal e na Grande Lisboa esse número
ronda os 35.000. Há 1.600 milhões de católicos, sendo
que, segundo a universidade católica portuguesa, somen-
te 20% são praticantes, ou seja, na grande Lisboa há ape-
nas 350.000 cristãos comprometidos. Quando venho de
barco do Montijo e olho para Lisboa, compreendo que
podíamos fazer muito mais se compreendêssemos que a
reforma não é sinónimo de individualidade, seja de cons-
ciência ou de salvação, mas é sinónimo de vivência real
da fé em Cristo.
Teimamos em achar que a nossa salvação tem que ver
com a nossa moral e não compreendemos que é pura
graça de Deus.
Hoje as Igrejas preocupam-se muito com a sua identida-
de, mas esquecem-se de que a identidade principal do
cristão nasce da filiação ao Pai. Nós somos filhos de
Deus e a nossa missão não é ir pelo mundo e enfiarmo-
nos dentro de uma Igreja, é irmos pelo mundo, ensinando
e baptizando em nome do Pai, do Filho e do Espírito San-
to.
Quando passamos a estudar a Reforma meramente por
motivos históricos, passamos a olhar para o que se
passou no século XVI como um antiquário olha, por
exemplo, para uma cadeira. O antiquário não está interes-
sado em saber se ela é confortável, se dá para nos
sentarmos bem nela, se ela cumpre adequadamente a
função de cadeira. Basicamente a preocupação resume-
se à sua idade, ao seu estado de conservação e, princi-
palmente, a quem pertenceu. Isto determinará o valor da-
quele objeto para o antiquário e, consequentemente, o
seu estudo é motivado por
essa visão.
Esse é também o desafio de
hoje: uma coisa é olhar para
trás e louvar homens e
mulheres famosos, mas isso
pode ser pura hipocrisia se
não aceitamos, no presente,
aqueles que pregam a mensagem de Lutero, de Calvino
e de tantos outros. São as Igrejas protestantes de hoje
verdadeiras filhas da Reforma, honrando esses grandes
profetas de Deus?
Mas existe uma forma correta de relembrar o passado
que podemos retirar do que acabámos de dizer, que a
Bíblia em Hebreus 13.7-8, nos esclarece:
“Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a
palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da
sua vida, imitai a fé que tiveram. Jesus Cristo, ontem e
hoje, é o mesmo e o será para sempre.”
A maneira correta de relembrar a Reforma é, portanto,
verificar a mensagem, a Palavra de Deus, como foi pro-
clamada, e isso não apenas por um interesse histórico de
"antiquário," mas para que possamos imitar a fé demons-
trada pelos reformadores. Devemos observar aqueles
eventos e aqueles homens, para que possamos aprender
deles e seguir o seu exemplo, discernindo a sua mensa-
gem e aplicando-a aos nossos dias.
Claro que pessoas como Wicliffe, Huss, Lutero, Calvino,
Zwinglio, Knox e tantos outros influenciaram fortemente a
mente dos protestantes, e também dos católicos roma-
nos, há que recordar que a resposta da Igreja católica ao
movimento reformador protestante foi a contra-reforma da
Igreja de Roma. Mas nada do que disseram teria sido pro-
pagado, ou sequer aceite, se estes homens não tivessem
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vivido à luz daquilo que anunciavam. Eles criam e viviam
segundo a fé que proclamavam.
Já imaginaram quando as regras institucionais forem me-
nos importantes do que o desejo de intimidade com Je-
sus? Estarmos tão perto de Jesus que podemos sentir o
calor do seu corpo, o cuidado dos seus gestos, a correção
que nasce da sua preocupação. Já pegaram numa
criança ao colo e a abraçaram? Já imaginaram quando
nós nos sentirmos essas crianças nos braços de Jesus…
completamente amados, completamente aceites… Só
nesse momento poderemos crescer e nos tornarmos
adultos sem complexos ou desejos de impor a nossa
identidade ao próximo. A identidade que a Reforma nos
recorda que temos de expressar é a centralidade de
Jesus, fundada na graça imerecida de Deus que nos
sustenta e que nos leva a dar glória somente a Deus. Se-
jamos Presbiterianos, congregacionais, luteranos, meto-
distas, ortodoxos, católicos, assembleianos… antes disso
tudo, somos filhos de Deus.
Talvez seja bom recordar que Deus não nos criou para
sermos denominacionais, mas também não nos criou pa-
ra não o sermos. Romanos 8:29 recorda que “aqueles
que Deus de antemão conheceu também os predestinou
para serem semelhantes ao seu Filho”.
Wicliffe, Huss, Lutero, Calvino, Zwinglio, Knox e tantos
outros foram excelentes teólogos, como o foram, Mestre
Eckhart, Francisco de Assis, Tomás de Aquino, von
Balthasar; ou Gregório de Nissa, Policarpo de Esmirna,
Irineu de Lyon, Origenes, João Crisóstomo, Cipriano de
Cartago, entre tantos outros. Mas o que ele fizeram foi
viver segundo a fé que Deus lhe colocou no coração.
No dia em que procurarmos sermos semelhantes ao Filho
de Deus, tudo o demais se torna secundário.
O desafio é grande, mas somente assim poderemos ser
transformados e andar de fé em fé.
A Deus seja dada a honra e a glória, agora e para sem-
pre.
Luís de Matos
Pastor da Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) Em 7 de Outubro, culto conjunto com o Harburger Kammerchor
(Coro de Câmara de Hamburgo)
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Quem são os arménios e a sua Igreja
Se algum povo existe que testemunhou com sangue e sofrimento o seu compromisso com Jesus Cristo é, sem dúvida o
povo Arménio!
Povo de origem lendária e remota, filhos de Hayak, de
língua e cultura indo-europeia, habitaram e habitam a re-
gisão da Ásia Menor, ou Anatólia Oriental, junto aos Mon-
tes do Cáucaso. O Monte Ararat, com mais de cinco mil
metros, localizado hoje em território turco, constitui o sím-
bolo nacional dos arménios.
A região acima referida foi lugar de cruzamento de civili-
zações e povos de culturas diferentes e oponentes: gre-
gos, persas, árabes e turcos, estes últimos vindos das
estepas da Ásia Central. Perante todos eles, os arménios
resistiram à assimilação e ao aniquilamento, mantendo
tenazmente a sua cultura e identidade religiosa.
Originariamente pagãos, adoradores de deuses aparenta-
dos à mitologia iraniana, nomeadamente àquela que está
relacionada com o Deus iraniano Ahura-Mazda, pai de
todos os deuses, cirador do Céu e da Terra, e que era
adorado sob o nome de Aramzad.
Muito mais tarde, e segundo a lenda e tradição arménia, o
Evangelho começou a ser pregado por Tadeu, no sul do
país, e pelo apóstolo Bartolomeu na sua região norte. Por
essa razão eles são considerados os primeiros iluminado-
res dos textos antigos da Arménia. O numero de converti-
dos cresceu consideravelmente entre os séculos II e III
após Cristo. Tertuliano, grande teólogo cristão, afirma
nos seus escritos que os arménios estavam representa-
dos em Jerusalém no dia do Pentecostes. Foram muito
perseguidos inicialmente e depois a partir do ano 277
d.C.. sob o reinado de Trdat (N.R. Tiridates III).. Mas foi
durante o seu reinado que o cristianismo finalmente triun-
fa. Trdat é convertido ao cristianismo por Gregório, o Ilu-
minador, o segundo iluminador da Arménia, atribuindo-se
-lhe um milagre durante o processo de conversão. Entre
os anos 301-314 d.C. o cristianismo tornou-se religião
oficial da Arménia, antes de Constantino declarar o cristi-
anismo como religião oficial de Roma. Pode dizer-se, as-
sim, que a Arménia é o primeiro pais e Estado a declarar
o cristianismo como religião nacional e oficial.
No sec. V (405) aparece o alfabeto arménio, lindíssimo,
que ainda hoje é utilizado pelos arménios em todo o mun-
do. Milhares de manuscritos estão guardados em Yere-
vam, capital da Arménia. Mais tarde, em virtude do Concí-
lio da Calcedónia (451 d.C.), e do errado entendimento da
tradição arménia pelos Igrejas Católica e Ortodoxa, os
arménios foram considerados monofisitas – aquelas que
acreditam numa só natureza de Jesus Cristo, a Divina!
Juntaram-se à Igreja Arménia a Igreja Copta do Egipto e a
Igreja da Etiópia. Até aos dias de hoje o equivoco mante-
ve-se, apesar de um muitos aspectos estar ultrapassado
face ao movimento ecuménico e à melhor compreensão
doutrinal.
A Igreja Arménia denomina-se oficialmente como Igreja
Apostólica Ortodoxa Arménia, e tem como líder a figura
do Catholikos, que vive em Etchimiadzin, cidade da Repú-
blica Arménia. A Igreja da Arménia faz parte, juntamente
com a nossa Igreja, do Conselho Mundial de Igrejas, e é
muito considerada e respeitada no mundo cristão. Tam-
bém há entre os cidadãos arménios alguns protestantes e
católicos.
Nos tempos mais recentes, os arménios foram objecto de
genocídio e de extermínio cultural por parte dos turcos,
primeiro em 1890-1900, depois entre 1915-1916. Durante
esse período foram mortos mais de um milhão de armé-
nios. Este facto faz-nos pensar e duvidarda pretensa tole-
rância religiosa por parte dos muçulmanos e do Islão.
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“Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está
escrito: Mas o justo viverá pela fé.” Romanos 1:17
Hoje, e após o desaparecimento da União Soviética, a
Arménia é um pais independente com 29800 km2 e
3500.000 de habitantes e uma forte e poderosa comuni-
dade emigrada pelo quatro cantos do mundo.
Terminado este artigo cito uma curiosidade que muitos
portugueses talvez não saibam: Calouste Gulbenkian,
figura importante para a história moderna de Portugal
através da sua Fundação, era arménio.
NOTA: Quem queira conhecer melhor a civilização armé-
nia e o seu povo sugiro que leia o livro “Os Arménios” de
Sirarpie Der Nersessian, publicado pela editora Verbo, em
português.
Miguel Ângelo Jardim
Artigo publicado no Grão de Trigo de Abril de 1999
Cronologia de Martinho Lutero
• 10 de Novembro de 1483
Nasce na localidade ale-
mã de Eisleben (Saxónia)
• 1515-1516
Escreve um comentário da
Epistola de Romanos
• 31 de Outubro de 1517
Afixa as 95 teses na porta
da Igreja do Castelo de
Wittenberg
• 1518
Reafirma as suas opiniões
em Roma
• Junho de 1519
Debate público em Leip-
zig com o dominicano
Johann von Eck
• 1520
Redige o manifesto à no-
breza alemã. O cativeiro na
Babilónia e a liberdade do
cristão
• 3 de Janeiro de 1521
É excomungado
• 1521-22
Esconde-se no Castelo de
Wartburg e traduz o Novo
Testamento
• 1525
Casamento com Catarina
de Bora
• 1530
Aprovação da Confissão de
Augsburgo
• 1534
Publicação da Bíblia em
Alemão
• 18 de Fevereiro de 1546
Morre em, Eisleben
Qualquer ensinamento que não se enquadre nas escrituras
deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos
os dias” - LUTERO
Serviços
Domingo - 11:00h
Culto
Escola Dominical - crianças
Domingo - 12:30h
Escola Dominical - jovens e adultos
4ª feira - 17:30h
Reunião de oração
GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / 08
FICHA TÉCNICA: Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) Rua Febo Moniz, 17-19, Anjos, 1150-152 Lisboa; Tel. 21 314 99 75; ge-
ral@igrejalisbonense.org; www.igrejalisbonense.org; www.facebook.com/igrejaevangelicaisbonense
Como chegar: Metro Linha Verde (Anjos) * Carris 208, 708, 712, 726, 730
EQUIPA: Coordenação: Conselho Presbiteral; COLABORADORES: David Valente, Filipe Francisco, Jaime Fernandes, Luís de Matos, Miguel
Ângelo Jardim, Sónia Valente
Atividades
Mateus, nasceu a 14 de Julho,
filho do pastor Luís de Matos e de
sua esposa Alexandra de Matos.
Que Deus abençoe esta família e
especialmente o novo membro.
FESTA DE NATAL
BAZAR
9 de Dezembro
Celebração e partilha!
Notícias
Em 15 de Julho, agradecimento pela licenciatura da Ir. Deborah
Costa
Em 22 de Julho, encerramento da Escola Bíblica Dominical Em 21de Julho, picnic e ida ao teatro (encerramento da EBD)