Risco Físico: Temperaturas Extremas - Calor e Frio

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Aula ministrada para o curso de Engenharia de Alimentos do Campus de Ariquemes da UNIR

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RISCOS FÍSICOS

Temperaturas Extremas: Calor e Frio

Prof. Ms. Fernando S. S. Barbosa

Curso de Engenharia de Alimentos

UNIR – Ariquemes

Disciplina: Tópicos Especiais – Ergonomia e

Segurança do Trabalho

CALOR

Aspectos Legais:

Anexos 3 e 9 da NR 15

Conforto térmico e iluminação ergonomia – NR 17

Perda e ganho de calor:

1º Variável conforme atividade

2º Condução-convecção e irradiação temperatura pele-ambiente

3º Evaporação suor temperatura

REAÇÕES DO ORGANISMO

Vaso dilatação periférica

Sudorese:

2l/hora

11l/várias horas

REAÇÕES DO ORGANISMO

DOENÇAS DO CALOR

Exaustão do calor (prostração térmica)

Sintomas: cansaço, abatimento, dor de cabeça,

tontura, mal estar, fraqueza e inconsciência

Desidratação

volume sanguíneo exaustão do calor (estágio inicial)

Casos extremos: compromete a função celular, ineficiência muscular, redução da secreção (saliva), perda de apetite, dificuldade de engolir, acúmulo de ácidos nos tecidos, febre e óbito

DOENÇAS DO CALOR

Câimbras de calor

Perda de sais (sudorese)

Espasmos musculares dolorosos

Ingestão de água em grande quantidade x

reposição de sais (suor excessivo)

Insolação

Estado patológico de exposição ao calor sol

(fonte)

DOENÇAS DO CALOR

Intermação

Estado patológico de exposição ao calor fontes

artificiais

Tontura, vertigem, tremor, convulsão e delírio

Temperatura interna aumentada 43 graus

centígrados

Estado de emergência

Afastamento da fonte de calor

Retirar roupas

Toalha úmida sobre o corpo

DOENÇAS DO CALOR

Catarata

Doença ocular irreversível

Exposição prolongada à radiação (calor radiante)

Tratamento cirúrgico

Enfermidades das glândulas sudoríparas

Não evaporação do suor em quantidade suficiente

Queda ou paralisação do suor em algumas partes

do corpo

Erupções cutâneas

DOENÇAS DO CALOR

Edema pelo calor

Inchaço dos pés e tornozelos, às vezes mãos

Sintomas podem regredir ou progredir

Remanejamento para outras atividades

Estresse pelo calor

FATORES QUE INFLUENCIAM NAS

TROCAS TÉRMICAS

Temperatura do ar

Depende da defasagem positiva ou negativa da

temperatura do ar e da pele

Umidade relativa do ar

Evaporação

Relação indireta entre a evaporação e a umidade

Velocidade do ar

Depende da temperatura do ar

AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO

OCUPACIONAL AO CALOR

Posto de trabalho

Ciclo de trabalho

Situação térmica

AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO

OCUPACIONAL AO CALOR

Instrumento necessário

Termômetro de globo (tg) esfera oca de cobre,

1mm de espessura, 152,4mm de diâmetro, pintada

externamente de preto fosco

AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO

OCUPACIONAL AO CALOR

Instrumento necessário

Termômetro de mercúrio +10ºC a +150ºC com

precisão mínima de leitura de ±0,1ºC

AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO

OCUPACIONAL AO CALOR

Instrumento necessário

Termômetro de bulbo seco (tbs) termômetro de

mercúrio, +10ºC a +100ºC com precisão mínima de

leitura de ±0,1ºC

AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO

OCUPACIONAL AO CALOR

Instrumento necessário

Termômetro de bulbo úmido natural (tbm)

termômetro de mercúrio, +10ºC a

+50ºC com precisão mínima de leitura de

±0,1ºC, erlenmeyer de 125ml, pavio em

forma tubular cor branca de tecido de

algodão com alto poder de absorção de

água com comprimento de 100mm

AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO

OCUPACIONAL AO CALOR

Instrumento necessário

Equipamento complementares: tripé, garrafas com

mufa, anemômetro

AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO

OCUPACIONAL AO CALOR

AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO

OCUPACIONAL AO CALOR

AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO

OCUPACIONAL AO CALOR

AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO

OCUPACIONAL AO CALOR

Medições

Iniciar após 25’

Na situação térmica que está sendo avaliada

Repetir a cada minuto

Mínimo 3 leituras ou quantas forem necessárias para se observar um oscilação não superior a 0,1ºC entre as 3 últimas leituras

Considerar a média

Não havendo carga solar termômetro de bulbo seco não necessário

Medir também o tempo de permanência do trabalhador na situação térmica analisada (média de 3 cronometragens)

Metodologia: FUNDACENTRO NHT-01 C/E e NHO-06

MEDIDAS DE CONTROLE

Fontes

Temperatura do ar

Radiação proveniente do sol e equipamentos

Calor metabólico em função da atividade física

MEDIDAS DE CONTROLE

Evaporação suor pele dissipação

Efeito similar com ar frio e seco no corpo do

trabalhador

Vestimenta barreiras

INTERFERÊNCIAS

Na fonte de calor:

Variar a potência

Instrumentalização e automação do processo

Isolamento térmico

Na trajetória:

Barreiras fonte-trabalhador

distância fonte-local de trabalho

Ventilar ar fresco

umidade por exaustão do vapor d’água do

processo

INTERFERÊNCIAS

No homem:

Limitar o tempo de exposição

Otimizar os ciclos de trabalho

Utilizar EPI óculos com lentes especiais, luva, avental e capuz de material isolante

Monitorar trabalhador exames periódicos

Aclimatar o trabalhador

Recompor água e sais minerais perdidos

Elaborar procedimentos operacionais exposição do trabalhador

Treinar o trabalhador

INTERFERÊNCIAS

Ventiladores:

Recomendados apenas em temperatura <40ºC com

URA

INTERFERÊNCIAS

Aclimatação:

Imprescindível

Lenta e progressiva

5-7 dias

1ª semana= 80% de aclimatação

Restante nas 2 semanas seguintes

Sudorese equilibrada e <concentração eletrolítica, temperatura sanguínea estável e batimentos cardíacos e >produtividade e segurança

Roupas adequadas (evaporação e promovam isolamento) minimizar exposição ao calor

INTERFERÊNCIAS

Suplementação de água e sal:

1 copo 15-20 minutos

10-15ºC

Trabalhadores não bem aclimatizados 1g de sal

para 1l de água

FRIO

Efeitos:

<temperatura <fluxo sanguíneo

Temperatura corporal 35ºC pulso, pressão e

taxa metabólica

Tremor

Hipotermia 29ºC atividade cerebral

(hipotálamo) sonolência e coma

FRIO

Doenças:

Ulcerações: feridas, bolhas, rachaduras, necrose...

Engelamento dos mesmbros gangrena e amputação

Doenças reumáticas

Doenças respiratórias

Avaliação:

NR-15, anexo 9; art. 253 da CLT; NR-29