Post on 05-Jul-2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Aluna: Bárbara Chaves
Professor: Rachel Colacique
A REVOLUÇÃO MEXICANA
O levante, mural de Diego Rivera
O MÉXICO ÀS VÉSPERAS DA REVOLUÇÃO
Em 1910, a população mexicana era constituída majoritariamente de
camponeses; sociedade agrária com fortes desigualdades sociais no campo.
No fim do século XIX, o México havia experimentado um período de
estabilidade política e progresso econômico no Governo do general Porfírio
Díaz( Porfiriato: 1976-1911).
Porfírio alavancou o capitalismo no México com seu plano de modernizar a
economia mexicana; e para tal, havia a necessidade de disponibilidade de
assalariados para a indústria, assim, pode-se dizer que Porfírio fez uma
reforma agrária às avessas ;
No começo do século XX ocorriam manifestações na sociedade mexicana
bradando por mudanças democráticas a política do país, surgindo uma
importante figura de oposição chamado Francisco Madero, paralelo à
campanha maderista já havia “generais” ao sul e ao norte lutando com
camponeses armados, um desses se chamava Emiliano Zapata.
Como disse Porfírio”Madero libertou o tigre. Quero ver agora se consegue
cavalgá-lo”.
O primeiro à
esquerda, Emiliano
Zapata, à direita
Francisco Madero
e, embaixo, Porfírio
Díaz e por [ultimo
Pancho Villa.
GOVERNO MADERO: A NOVA SITUAÇÃO
Díaz preparava novamente sua reeleição para 1910, neste ínterim Madero foi
preso e fugiu para os EUA, passando a partir daí a clamar para que o povo
pegasse em armas contra o governo( Plano de San Luís);
O conflito armado se espalhou pelo país e Porfírio renunciou em 1911, se
exilando na França;
Madero foi eleito presidente em 1911. Madero não foi decidido na questão da
reforma agrária, desentendendo-se com os outros líderes revolucionários que
prosseguiram na luta pela terra , assim como os operários nas cidades
prosseguiram com greves;
Nessas circunstâncias, o líder camponês Zapata, percebendo que Madero
não iria atender as exigências dos camponeses, lançou o Plano de Ayala,
exigindo uma reforma agrária iminente.
O governo de Madero também causou descontentamentos em setores
dominantes e nos EUA, abrindo caminho para o golpe de Vitoriano Huerta,
derrubando Madero.
A GUERRA CIVIL
A maioria dos governadores aceitou Huerta, porém com exceção de
dois, Carranza e Pesqueira, lançando o Plano de Guadalupe. Esses
chamados de constitucionalistas por defenderem os princípios de
uma Constituição democrática; em paralelo, outras forças
continuavam lutando, como os exércitos de Pancho Villa e Zapata.
Além da resistência interna, em 1914 Huerta teve que lidar com uma
expedição estadunidense contra seu golpe. Os EUA haviam apoiado
o golpe contra Madero, porém, percebendo que Vitoriano Huerta não
havia conseguido controlar a situação no país, resolveram intervir.
No mesmo ano, tropas vitoriosas comandadas por Carranza
entraram na capital;
Neste momento se configuravam três exércitos poderosos em solo
mexicano: o de Carranza e Obregón, ligado à burguesia liberal; o de
Zapata, representando os camponeses do sul; e o de Pancho Villa,
representando os peões do norte.
Venustiano Carranza Vitoriano Huerta
A CONVENÇÃO DE AGUASCALIENTES
Nas eleições de 1914, Carranza, apoiado pelos Estados Unidos, foi eleito
presidente. Sua principal promessa era a elaboração de uma nova
Constituição, que, foi aprovada em 1917.Carranza percebeu a necessidade
de promover reformas sociais, e usou essa bandeira para galgar apoio social
maior.
Na Convenção de Aguascalientes, os delegados de Carranza, Villa e Zapata
debateram a respeito de como seria o novo governo do México, discordando
todos em muitos pontos, dando prosseguimento ao conflito. Agora Carranza
a situação e os outros dois continuavam sendo os rebeldes.
Com o tempo a balança pendeu para Carranza, as forças de Pancho Villa
encontravam-se cada vez mais isoladas e as de Zapata estavam
direcionadas para a reforma agrária no sul do México.
A Constituição de 1917 de cunho liberal foi uma conquista da revolução pois
estabeleceu alguns direitos fundamentais e exigências de alguns setores
sociais: reconhecia os direitos dos índios sobre as terras de uso comum, nas
relações de trabalho, se criou o salário mínimo e se determinou a jornada de
trabalho de oito horas. A Igreja Católica foi abalada em seu poder com a
separação entre Estado e Igreja.
O ADORMECIMENTO DO TIGRE
Zapata, assassinado em 1919 em uma emboscada do
governo,
e Pancho Villa foi morto em 1923´por inimigos políticos
locais em Parral;
Carranza terminou assassinado por ordem do novo presidente
(1920), o general Obregón.
Para saber um pouco mais sobre esses personagens e a Revolução Mexicana: http://www.brasilescola.com/historiag/revolucao-
mexina.htm ;
Ou:
http://www.anovademocracia.com.br/no-72/3189-quando-a-terra-e-o-
limite-zapata-e-a-revolucao-mexicana ou ainda:
http://www.sohistoria.com.br/ef2/revolucaomexicana/
REPERCUSSÕES CULTURAIS DA REVOLUÇÃO
MEXICANA
JOHN REED
John Reed foi um jornalista
estadunidense que esteve
no México, em 1914, e entrou
em contato com Pancho Villa,
que liderava junto a
camponeses a rebelião quando
Reed foi enviado como
correspondente, a partir dessa
experiência escreveu seu livro
México Insurgente.
saber mais sobre John
Reed:http://pt.wikipedia.org/wiki
/John_Reed
SERGUEI MIKHAILOVITCH EISENSTEIN
Serguei Mikhailovitch
Eisenstein, famoso cineasta
soviético, conhecido por filmes
como o Encouraçado Potenkin.
Intentou um projeto
cinematográfico sobre o
México desde de o tempo pré-
colombianos até a Revolução,
chamado Que viva México,
não conseguiu concluí-lo,
porém mais tarde foi compilado
o material que foi possível
elaborar.
Para saber mais
http://www.infoescola.com/biog
rafias/sergei-eisenstein/
DIEGO RIVERA
Diego Rivera, um dos maiores artistas plásticos mexicanos, produziu consagrados murais sobre a vida mexicana, inclusive sobre o período revolucionário.
Para saber mais sobre Rivera: http://www.infoescola.com/biografias/diego-rivera/
Para saber mais sobre a arte muralistarevolucionária:http://www.mundoeducacao.com/historia-america/muralismo-revolucao-mexicana.htm
Diego Rivera, "En el arsenal" (1928)