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REESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DE
ARMAZENAGEM EM UMA INDÚSTRIA DE
PROCESSAMENTO DE CARNES
JESSE JAMES PRATES RATIER (UNESPAR )
JESSE_RATIER@LIVE.COM
MARCIA DE FATIMA MORAIS (UNESPAR )
marciafmorais@yahoo.com.br
Rony Peterson da Rocha (UNESPAR )
petersonccbpr@hotmail.com
Na indústria alimentícia, o alto valor agregado em termos de praticidade,
tempo de prateleira, tendências de mercado, têm alterados os hábitos de
compra dos consumidores. Inserido na segunda grande área de Engenharia
de Produção, a Logística, o estudo aqui apresentado, que trata da atividade
de armazenagem, teve como objetivo elaborar uma proposta de
reestruturação do sistema de armazenagem de produtos semiacabados e
acabados em uma indústria de processamento de carnes, aqui denominada,
Indústria X. Sabe-se que o mau aproveitamento do espaço físico disponível
para armazenagem acarreta aumento nos custos logísticos, quer seja por
falta ou excesso de produtos, bem como prejuízos com a movimentação de
materiais inadequada, tornando, portanto, relevante a execução de
pesquisas orientadas a esta temática. No decorrer da pesquisa foi
estabelecido um esquema para setorização dos produtos no armazém da
Indústria X, que pode dinamizar a funcionalidade do setor de expedição e
permitir que os produtos tenham maior tempo de prateleira (Shelf Life).
Metodologicamente, a pesquisa aqui apresentada é classificada quando aos
fins como descritiva, explicativa e exploratória, e quanto aos meios como
bibliográfica e estudo de caso. Constatou-se que com a implantação da
proposta de reestruturação do arranjo físico do armazém da Indústria X, será
possível ampliar o número de vagas de 166 para 192, o que corresponde a
um percentual de aumento de 22,5% na capacidade de armazenagem da
Indústria X. Também será possível reduzir de 30 para 20 o número de vagas
disponíveis para as sobras.
XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.
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Palavras-chaves: Arranjo físico, Setorização de produtos, produtos acabados
e semiacabados.
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1 Introdução
Na indústria de alimentos, o alto valor agregado em termos de praticidade, tempo de
prateleira, tendências de mercado, têm exercido forte influência nos de hábitos de compra dos
consumidores. Esta pesquisa tem como objeto de estudo uma indústria inserida no setor de
produtos cárneos.
Inserido na segunda grande área de Engenharia de Produção, a Logística, que segundo a
ABEPRO (2008) é a área que trata das principais questões envolvendo o transporte, a
movimentação, o estoque e o armazenamento de insumos e produtos, visando a redução de
custos, a garantia da disponibilidade do produto, bem como o atendimento dos níveis de
exigências dos clientes.
Para Ballou (1993) a logística é responsável pelo processo de planificar, implementar e
controlar o fluxo e armazenagem de matérias-primas, dos produtos em processo e acabados e
também de informações desde os fornecedores até o cliente de forma eficiente e efetiva. O
estudo aqui apresentado trata da atividade de armazenagem, que se refere à administração do
espaço necessário para manter estoques (BALLOU, 1993), e que segundo Amaral (2000)
assume grande importância na obtenção de maiores lucros para uma empresa.
Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo apresentar uma proposta de
reestruturação do sistema de armazenagem de produtos semiacabados e acabados na Câmara
de Estocagem 06 (CE06), no Corredor de Acesso (CA) e na Plataforma de Carregamento e
Expedição (PCE) em uma indústria de processamento de carnes, aqui denominada Indústria
X, uma vez que o mau aproveitamento do espaço acarreta aumento nos custos logísticos, quer
seja por falta ou excesso de produtos, bem como prejuízos com a movimentação de materiais
inadequada.
Este artigo encontra-se estruturado em sete seções. A primeira, a introdução traz uma breve
contextualização do estudo, bem como seus objetivos. O referencial teórico e a metodologia,
são apresentados na segunda e terceira seção, respectivamente. Na quarta seção, o atual
sistema de armazenagem na CE06, no CA e na PCE da Indústria X é caracteriza e analisado.
Uma proposta para reestruturação do sistema armazenagem na CE06, no CA e na PCE da
Indústria X é apresentada na quinta seção. Os resultados da proposta de reestruturação do
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sistema de armazenagem são discutidos na sexta seção. As considerações do estudo são
expostas na sétima seção.
2 Referencial teórico
2.1 Armazenagem
A armazenagem executa um papel chave para aumentar a eficiência do transporte de
mercadorias, reduzir os custos de estocagem, aumentar e melhorar o nível de serviço, de
modo satisfazer as necessidades dos consumidores. A armazenagem é a atividade da logística
que engloba o planejamento, coordenação, controle e desenvolvimento das operações
destinadas a manter adequadamente estocados matérias-primas e produtos finais, em
condições de uso, além de executar a expedição no momento certo (BALLOU, 1993).
2.2 Planejamento da armazenagem
As atividades envolvidas no planejamento da armazenagem, de acordo com Bowersox; Closs;
Cooper (2006) e Ballou (2006) são: Escolha do local; Projeto das Instalações; Analise do Mix
de Produtos; Localização do Estoque; Configuração das Instalações; e Projeto do Sistema de
Manuseio de Materiais.
2.2.1 Escolha do local
Na hora de escolher o local para a construção de um armazém, deve-se definir em que região
o armazém deverá estar localizado, levando em consideração as limitações urbanas, em
particular relativas à altura máximas e edificáveis (MOURA, 1989; BALLOU,1993).
2.2.2 Projeto das instalações
Um armazém deve ser projetado para facilitar o fluxo de produtos, visando também redução
de tempos. A elaboração de um projeto de armazém deve levar em conta muitas variáveis,
tais como as especificações e dimensões, o arranjo físico e o traçado fixado para o
equipamento de manuseio de materiais, conforme salientam Bowersox; Closs; Cooper (2006).
De acordo com Moura (1989) a metodologia geral, para projetar o arranjo físico de um
armazém, consiste em cinco passos:
a) Definir a localização de todos os obstáculos;
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b) Localizar as áreas de recebimento e expedição;
c) Localizar as áreas primárias, secundárias, de separação de pedidos e de estocagem;
d) Definir o sistema de localização do estoque; e
e) Avaliar as alternativas de arranjo físico do armazém.
Para Ballou (1993) o planejamento do arranjo físico geral é mais vantajoso quando realizado
antes da construção do edifício, pois ambos afetam os custos construtivos e manuseio.
2.2.3 Análise do mix de produtos
“O projeto e as operações de um armazém estão diretamente relacionados ao composto de
produtos armazenados. É conveniente determinar o tamanho total, a cubagem e o peso do
pedido médio que será processado pelo armazém.” (BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2006,
p. 328).
A determinação dos espaços no armazém, o seu projeto do armazém e seu arranjo físico, bem
como os equipamentos de manuseio, os procedimentos operacionais e as formas de controle,
são decisões baseadas no mix de produtos produzidos/ofertados por uma empresa.
2.2.4 Localização do Estoque
“A localização do estoque relaciona-se com a localização de itens individuais no armazém.
Não existe um único sistema de localização de estoque para todas as ocasiões e sim vários
sistemas básicos que podem ser utilizados juntos” (ARNOLD, 1999, p.357). Desta forma,
Arnold (1999) cita como exemplo os seguintes sistemas básicos de localização de estoques:
(a) Agrupar itens funcionalmente relacionados; (b) Agrupar os itens de giro rápido e; (c)
Agrupar itens fisicamente semelhantes.
2.2.5 Configuração das instalações
A configuração da instalação de armazenagem engloba o dimensionado e o arranjo físico.
Para o dimensionamento da instalação é necessário conhecer a relação entre estoque, espaço e
tempo, bem como a relação entre nível de estoque e o projeto da instalação, uma vez que o
nível máximo de estoque deve ser convertido em espaço ocupado (MOURA, 1989). De
acordo com Moura (1989) o dimensionamento do espaço e a quantificação de ocupação das
necessidades, engloba as seguintes etapas:
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a) Determinar o que será feito;
b) Determinar como fazer;
c) Documentar as necessidades de espaço de cada; e
d) Determinar as necessidades totais de espaço.
O arranjo físico de um armazém depende do sistema de manuseio de materiais escolhido e
exige um plano de área útil, tudo isso com o objetivo de facilitar a movimentação de produtos,
não se deve generalizar quando fala-se sobre arranjo físico de armazéns, pois devem atender a
requisitos específicos (BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2006). Bowersox; Closs; Cooper
(2006) e Ballou (1993) propõe que a realização de uma operação eficiente e efetiva de
armazenagem depende muito da existência de um bom arranjo físico.
Para Moura (1989) os objetivos do arranjo físico de um armazém devem ser:
a) Assegurar a utilização máxima do espaço;
b) Propiciar a mais eficiente movimentação de materiais;
c) Propiciar a estocagem mais econômica, em relação ás despesas de equipamento,
espaço, danos de material e mão de – obra do armazém;
d) Propiciar flexibilidade máxima para satisfazer as necessidades de mudança de
estocagem; e
e) Fazer do armazém um modelo de boa organização.
2.2.6 Projeto de manuseio de materiais
O manuseio de materiais está associado com a armazenagem e também apóia a manutenção
dos estoques, é uma atividade que diz respeito à movimentação do produto no local de
estocagem. O manuseio de materiais significa transportar pequenas quantidades de produtos
por distâncias relativamente pequenas (BALLOU, 1993).
Para a realização de um bom projeto de manuseio de materiais, existem algumas diretrizes nas
quais Bowersox; Closs; Cooper (2006) citam que:
a) Os equipamentos de manuseio e armazenagem devem ser os mais padronizados
possíveis;
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b) O sistema deve ser projetado para proporcionar fluxo de produtos mais contínuo
possível;
c) Os investimentos devem ser feitos em equipamentos de manuseio, de preferência a
equipamentos estáticos;
d) Os equipamentos de manuseio de materiais devem ser usados o mais intensamente
possível;
e) Os equipamentos de manuseio a serem escolhidos devem ter a menor relação possível
entre peso e carga útil; e
f) Sempre que possível, a força da gravidade deve ser aproveitada em projetos de
sistemas de manuseio.
Ainda de acordo com Bowersox; Closs; Cooper (2006) os sistemas de manuseio de matérias
classificam-se em: mecanizados; semi-automatizados; automatizados; e baseados em
informação.
3 Metodologia
Esta pesquisa é classificada quando aos fins como descritiva, explicativa e exploratória. A
pesquisa descritiva e explicativa foi utilizada para a compreensão do sistema de cada família
de produtos armazenados (Curados, Fatiados e Cozidos) na CE06 e na PCE. A pesquisa
exploratória foi utilizada para evidenciar o motivo pelo qual o arranjo físico existente não se
adequava ao nível de estocagem necessário a Indústria X.
Quanto aos meios, a pesquisa é classificada como bibliográfica e estudo de caso. A pesquisa
bibliográfica fez-se necessário para a elaboração do referencial teórico. A pesquisa é
caracterizada como estudo de caso, pois teve-se o intuito de estudar o processo de
armazenagem de produtos acabados e semiacabados na Indústria X, visando a reestruturação
do sistema de armazenagem através da proposição de um arranjo adequado às reais
necessidades da unidade em questão.
A coleta de dados foi realizada por meio de observações diretas e entrevistas abertas, além de
medições da área total disponível para a armazenagem e da capacidade de arqueamento dos
produtos semiacabados, queconsiste na atividade de revisão do vácuo das embalagens dos
produtos cozidos, após período de descanso de até 8 horas. As medições forneceram dados
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para se identificar o arranjo do espaço físico e o tempo necessário para o arqueamento dos
produtos semiacabados.
Foram utilizados para o desenvolvimento deste trabalho equipamentos para a medição do
tempo e volume de capacidade de armazenagem tais como: cronômetro e trena. Os softwares
como Microsoft Excel e AutoCAD 2010 foram utilizados no estudo.
4 O sistema de armazenagem na Câmara de Estocagem 06 (CE06), no Corredor de
Acesso (CA) e na Plataforma de Carregamento e Expedição (PCE) da Indústria X
Na CE06, no CA e na PCE são acondicionados produtos das famílias de fatiados, cozidos e
curados. A família dos fatiados é composta pelos produtos Bacon, Mortadela Bologna
Premium, Presunto Premium, Apresuntado Premium, Lombo Premium, Linguiça Calabresa
Fina, Linguiça Calabresa, Mortadela Defumada, Salame, Pontas de Salame, Copa, Mortadela
de Frango, Peito de Frango Light. A família dos cozidos é composta pelos produtos Linguiça
Portuguesa, Linguiça Paio, Linguiça Calabresa T01, Linguiça Calabresa T02, Lombo Cozido,
Linguiça Calabresa Fina, Linguiça Calabresa Reta. A família curados é composta pelos
produtos Salame Italiano 10 kg, Salame Italiano 5 kg e Copa à vácuo.
Do total produzido, cerca de 80.000 kg/dia são acondicionados na CE06 e na PCE. Um fluxo
médio adicional de 50.000 kg/dia de produtos para arqueamento também deve ser
acondicionado na CE06 e na PCE. Os produtos acabados são acondicionados em paletes de
1,00m x 1,20m entre (624 e 1000) kg, de acordo com o produto em questão. A produção
diária é separada em três turnos: 37% turno A; 37% turno B; e 26% turno C.
A Indústria X não tem disponibilidade para ampliar seu espaço físico, porém, o
comportamento da demanda e adaptações realizadas no setor produtivo, permitiu o aumento
nos níveis de produção, levando a necessidade de mais espaço para a armazenagem de
produtos acabados e semiacabados.
A CE06 constitui o principal espaço físico disponível para armazenagem da produção da
Indústria X, e conta com uma área utilizável de 277,88 m2, a mesma vem sendo utilizada
diariamente para o armazenamento de em média 100 paletes, podendo chegar a 130 no início
da semana, uma vez que são utilizados cerca 30 paletes para armazenagem de sobras (paletes
incompletos).
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Outra área que é destinada para armazenagem é a PCE e o CA, que conta com espaço físico
utilizável de 359,08 m2 divididos entre os setores de arqueamento, unitização de produtos
acabados, e embarque e desembarque. A CE06 conta com uma capacidade máxima de 120
vagas e o CA e a PCE tem capacidade máxima de 45 vagas, o que totaliza 165 vagas.
Na CE06, no CA e na PCE são armazenados diariamente cerca de 50 paletes adicionais,
divididos entre produtos acabados e produtos semiacabados (não arqueados). Os produtos
semiacabados, que aguardam o arqueamento, são armazenados aleatoriamente dentre as vagas
dispostas nestes setores.
O arqueamento da produção é realizado de segunda-feira à sexta-feira, e tem capacidade
média de 50 toneladas/dia. No entanto, a produção de produtos que necessitam de
arqueamento ocorre de segunda-feira à sábado, o que gerando sobrecarga no setor de
arqueamento na segunda-feira, uma vez que devem ser arqueada a produção do sábado e da
segunda-feira.
Os produtos acabados não são setorizados no armazém, o que provoca a mistura dos
diferentes produtos, além de produtos acabados com produtos para arqueamento
(semiacabados). Por não haver uma padronização, as sobras oriundas de cada setor de
produção são armazenados de maneira desorganizada fazendo com que pequenos volumes
ocupem em média 30 vagas no estoque.
Os paletes oriundos da produção de sábado são armazenados desalinhados e às vezes nos
corredores, já que não há espaço no armazém, devido à desorganização oriunda da falta de
arqueamento neste dia. Tal fato faz com que produtos estocados no fundo do armazém tenham
seus tempos de vida na prateleira (Shelf Life) defasados, já que os mesmos só poderão ser
carregados e expedidos depois dos produtos que necessitam de arqueamento.
O manuseio de materiais fica impossibilitado de ser realizado corretamente, já que as ruas,
que já são estreitas, ficam com produtos alocados, fazendo com que paleteiras não possam ser
deslocadas adequadamente.
A PCE e o setor de arqueamento não estão demarcados, o que ocasiona maior demanda de
tempo para a organização da carga necessária para o despacho de veículos.
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5 Reestruturação do sistema de armazenagem na Câmara de Estocagem 06 (CE06), no
Corredor de Acesso (CA) e na Plataforma de Carregamento e Expedição (PCE) da
Indústria X
Para a reestruturação do sistema de armazenagem na CE06, no CA e na PCE foi necessário
identificar a área disponível para Armazenagem, a capacidade necessária de armazenagem, a
quantidade necessária de arqueamento e o tempo diário necessário para o arqueamento.
A Tabela 1 apresenta as áreas disponíveis para armazenagem na CE06, no CA e na PCE.
Tabela 1 – Área total disponível para armazenagem
Camara de Estocagem 06
Área Total Utilizável (m2)
81,2
169,35
277,88
Total 528,43
Setor
Corredor de Acesso
Plataforma de Embarque e Expedição
As quantidades de paletes necessários por dia, para cada família de produtos, de acordo com
plano diário de produção, são apresentadas nas Tabelas 2, 3 e 4.
Tabela 2 – Total de paletes/dia: Família de fatiados
Produto kg/Palete Quantidade (Kg) Número de Paletes
Bacon 700 1615 3
Bologna Premium 844,8 1734 3
Presunto Premium 998,4 2307 3
Apresuntado Premium 998,4 2307 3
Lombro Premium 844,8 606 1
Linguiça Calabresa Fina 792 827 2
Linguiça Calabresa 800 1250 2
Mortadela Defumada 844,8 577 1
Salame 630 1534 3
Pontas de Salame Variável 47 1
Copa 630 202 1
Mortadela de Frango 844,8 1442 2
Peito de Frango Light 844,8 577 1
14755 26Total
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Tabela 3 – Total de paletes/dia: Família de cozidos
Produto kg/Palete Quantidade (Kg) Número de Paletes
LinguiçaPortuguesa 1000 2444 3
Linguiça Paio 1000 4400 5
Linguiça Calabresa T01 1000 29447 30
Linguiça Calabresa T02 1000 6667 7
Lombo Cozido 825 3911 5
Linguiça Fina 1000 8889 9
Linguiça Calabresa Reta 945 3597 4
59355 63Total
Tabela 4 – Total de paletes/dia: Família de curados
Produto kg/Palete Quantidade (Kg) Número de Paletes
Salame Italiano 10Kg 720 3635 6
Salame Italiano 5Kg 825 1239 2
Copa à vácuo 825 718 1
5592 9Total
Diariamente são necessários 98 paletes de produtos acabados, além de aproximadamente 50
paletes adicionais, divididos entre sobras (paletes incompletos) e produtos semiacabados (não
arqueados), totalizando 148 paletes/dia.
Para a obtenção do tempo necessário para o arqueamento diário da produção foram tomados
15 tempos para cada produto, e calculada uma média simples. Somou-se aos tempos médios o
tempo de ociosidade da atividade, que é de 9,67 minutos. Esta ociosidade foi obtida através da
subtração de 1 hora de trabalho pela soma dos tempos de arqueamento de paletes em 1 hora.
A Tabela 5 apresenta os parâmetros utilizados para o cálculo do tempo necessário para
arqueamento, bem como o tempo médio diário para arqueamento.
Tabela 5 – Tempo diário necessário para arqueamento
Número Paletes Tempo Médio por Tempo Médio por Tempo Total de
Arqueados Produto (min.) Produto + ociosidade (min.) Arqueamento (min.)
Linguiça Portuguesa 2 7,41 8,505 17,01
Linguiça Paio 4 6,91 8,275 33,10
Linguiça Calabresa T01 6 7,19 8,555 51,33
Linguiça Calabresa T02 29 6,99 8,355 242,30
Linguiça Calabresa Fina 8 7,51 8,875 71,00
Linguiça Calabresa Reta 3 6,86 8,225 24,68
Total 52 439,41
7,32
Produto
Tempo Médio Diário (horas)
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Para a armazenagem dos produtos na Indústria X, propõe-se que os mesmos sejam dispostos
em três famílias de produtos e setorizados em 8 áreas de armazenagem, divididas por cinco
Ruas, visando facilitar a localização dos produtos e a aplicação da regra de despacho PEPS
(Primeiro que Entra Primeiro que Sai). O Quadro 1 sintetiza o esquema de setorização dos
produtos.
Quadro 1 – Setorização dos produtos na CE06, no CA e na PCE
Quantidade Área de
Reservada Armazenagem
LinguiçaPortuguesa 5 C W LARANJA
Linguiça Paio 8 C K VERDE
Linguiça Calabresa T01 32 E K,Y VERDE, AZUL
Linguiça Calabresa T02 27 H * LARANJA
Lombo Cozido 4 E W LARANJA
Linguiça Fina 8 E W LARANJA
Linguiça Calabresa Reta 5 C Y AZUL
Diversos Produtos - Arqueamento 44 B, D * AMARELO
Bacon 2 A K VERDE
Bologna Premium 2 A K VERDE
Presunto Premium 2 A K VERDE
Apresuntado Premium 2 A K VERDE
Lombro Premium 1 A H AZUL
Linguiça Calabresa Fina 2 A W LARANJA
Linguiça Calabresa 2 A W LARANJA
Mortadela Defumada 1 A Y AZUL
Salame 2 A K VERDE
Pontas de Salame 1 A Y AZUL
Copa 1 A Y AZUL
Mortadela de Frango 2 A W LARANJA
Peito de Frango Light 1 A Y AZUL
Salame Italiano 10Kg 6 F * AZUL
Salame Italiano 5Kg 2 F * AZUL
Copa à vácuo 2 F * AZUL
Todos Produtos - Sobras 20 A, B, C, D * VERMELHO
Outros 8 G * VERDE
Demais áreas em comum * * * BRANCO
192Total de Vagas
Família Produto Subárea Cor
Cozi
dos
Fati
ad
os
Curados
Demais
No arranjo físico proposto, a CE06 terá uma capacidade de armazenagem de até 147 vagas,
sendo dividido em cinco áreas de armazenagem (A, B, C, D, E) e três ruas (R1, R2, R3).
Para a familia dos fatiados, no setor A, serão disponiilizadas 31 vagas, dividades em três
subáreas (K, W, Y). Os setores B, C, D e E serão disponibilizados para a família dos cozidos,
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sendo disponibilizadas 23, 21, 28 e 44 vagas respectivamente, totalizando 116 vagas. Os
setores B e D, com 51 vagas será destinado a armazenagem dos podutos não arqueados. O
Setor C, com 21 vagas será disponibilizado para armazenagem de Linguiça Portuguesa,
Linguiça Paio e Linguiça Calabresa Reta, que tem menor giro e deverão ter o Shelf Life
cuidadosamente administrado. Os demais produtos cozidos acabados serão armazenados no
setor E, que dispõe de 44 vagas.
As áreas deverão ser demarcadas com as faixas de 10 cm de largura, pintadas ao chão em
cores diferentes para cada subárea, conforme o Quadro 01. A Planta Baixa da CE06 é
apresentada na Figura 1.
No Arranjo Físico proposto para o CE06 e a PEC serão demarcados 18 vagas divididas em
dois setores, F (10 vagas) para produtos curados e G (8 vagas) para demais materiais
colocados no armazém. A PCE receberá a denominação H e terá disponibilidade para 27
paletes, que geralmente são utilizados para Linguiça Calabresa.
O setor de arqueamento será composto uma área de 6m2 no CA com uma Arqueadeira
específica para a Linguiça Calabresa Reta e outra área de 50m2 na PCE, contendo duas
Arqueadeiras. A balança, a strechadeira, os microcomputadores, o bebedouro e os contentores
para a acomodação dos produtos para reprocesso serão mantidos nos lugares em que se
encontram atualmente.
No sistema de armazenagem proposto, a atividade de arqueamento será realizada em turno
único (A) de 8 horas de segunda-feira a sexta-feira, e de 4 horas aos sábados, e demandará 4
funcionários para o arqueamento e 1 funcionário da expedição para finalizar a unitização dos
produtos acabados. A expedição deverá ser realizada pela regra de despacho PEPS.
Quanto as demarcações, as faixas terão 10 cm de largura e serão pintadas ao chão em cores
diferentes para cada subárea (Quadro 1). Planta Baixa para o CA e a PCE é apresentada na
Figura 2.
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Figura 1 – Planta Baixa para a CE06
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Figura 2 – Planta Baixa para o CA e a PCE
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6 Discussão dos resultados
Após a análise da proposta de reestruturação do sistema de armazenagem para produtos
acabados e semiacabados na CE06, no CA e na PCE da Indústria X, constatou-se que a
utilização do espaço do armazém não estava otimizada, pois com a reestruturação do arranjo
físico, o número de geral de vagas aumentará de 166 para 192, correspondendo a um
percentual de aumento de 22,5%. Também será possível reduzir de 30 para 20 o número de
vagas disponíveis para as sobras, já que a proposta prevê a existência de apenas uma vaga
para sobras de cada produto. As estatísticas da proposta de reestruturação do sistema de
armazenagem são apresentadas nas Tabelas 7 e 8.
Tabela 7 – Número de vagas no armazém
Setor Sistema Atual Sistema Reestruturado Variação Percentual
Corredor de Acesso 120 147 22.5
Plataforma de Embarque e Expedição 45 45 0.00
Camara de Estocagem 06 165 192 16.36
Números de Vagas Disponíveis
Tabela 8 – Número de vagas ocupadas por sobras
Setor Sistema Atual Sistema Reestruturado Variação Percentual
Corredor de Acesso 25 20 -20.00
Plataforma de Embarque e Expedição 5 0 -100.00
Camara de Estocagem 06 30 20 -33.33
Números de Vagas Ocupadas por Sobras
Para melhorar o manuseio de materiais, a proposta aqui apresentada, também sugere que a
largura das ruas seja ampliada para que as paleteiras trafeguem com maior segurança,
evitando acidentes e a deterioração de produtos unitizados. A Tabela 9 apresenta as variações
nas larguras das ruas do armazém.
Tabela 8 – Largura das ruas no armazém
Rua Sistema Atual Sistema Reestruturado Variação Percentual
R1 1,75m 1,75m 0.00
R2 1,77m 2,00m 12.99
R3 1,55m 1,61m 3.87
R4 1,56m 1,91m 22.44
R5 1,85m 2,00m 8.11
Com a reestruturação do sistema de armazenagem se poderá setorizar os produtos
adequadamente, separando-os em acabados e semiacabados (não arqueados) facilitando a
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aplicação da regra de despacho PEPS, o que conferirá ao produto um maior Shelf Life. Outra
vantagem que se obterá com a setorização será o fato de se localizar facilmente o produto
desejado, evitando que o mesmo não seja localizado dentro do armazém no momento do
despacho da carga.
E para a atividade de Arqueamento, percebe-se que a mesma terá uma meta diária constante
de 52 paletes de segunda a sexta e de 26 paletes no sábado, o que não acontece até o
momento, pelo fato desta atividade não ser realizada aos sábados, ocasionando acúmulo de
produtos semiacabados que deveria ser diminuído durante a semana, havendo dias
sobrecarregados e dias ociosos.
Quanto à sobrecarga no arqueamento, se propõe que a função seja exercida de segunda-feira a
sábado, em um turno com 8 horas diárias e um turno de 4 horas aos sábados, fazendo assim
com que o nível de produto acabado para Arqueamento seja sempre mantido dentre os limites
de capacidade diária da equipe que realiza a função, ou seja 52 paletes de segunda a sexta e 26
paletes aos sábados.
Com o arqueamento diário da produção (de segunda a sábado), a produção paletizada no dia
deverá constar no sistema comercial da empresa, de modo que a mesma possa ser expedida no
dia seguinte, reduzindo deste modo, os níveis de estoque e o fluxo de produtos.
Através da diminuição de tempo de estocagem e de fluxo de produtos acabados se poderão
dar início as organizações do estoque setorizando a Câmara de Estocagem 06 e a Plataforma
de Carregamento e Expedição. Esta setorização seria no âmbito de aplicar o Arranjo Físico
apresentado neste estudo de caso.
Na reestruturação do sistema de estocagem na Câmara 06 propõe-se demarcar espaços
destinados às Sobras (paletes incompletos), conscientizando os responsáveis pelo transporte
da produção até a câmara a colocar estes paletes incompletos sempre no espaço demarcado,
além de levá-los de volta ao setor de produção para serem completados no momento em que
vierem trazer um novo palete à câmara de estocagem.
Quanto à PCE, propõe-se setoriza esta em uma área de armazenagem para 18 vagas no
Corredor de Acesso, demarcar um setor exclusivo para a atividade de Arqueamento, que
compreenderá 50m2 da área disponível total (demonstrada na planta baixa), além de um
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espaço equivalente a 27 paletes para o carregamento de veículos, já que a frota comporta no
máximo 28 paletes.
Quanto às ruas, com a melhor utilização do espaço físico, as mesmas terão a possibilidade se
serem mais largas, facilitando o manuseio de materiais e evitando até mesmo acidentes de
trabalho.
6 Considerações finais
Com a realização deste estudo, pode-se constatar a influência que um sistema de
armazenagem adequado tem no desempenho da empresa, isto é, no aumento dos lucros, dos
níveis de produção, dos níveis de atendimento aos clientes, uma vez que com a reestruturação
do sistema de armazenagem na Indústria X, poderão ser obtidos aumentos em 22,5% no
número de vagas disponíveis para paletes, o que permite um aumento de até 22,5
toneladas/dia nos níveis de produção.
Também foi possível verificar com a realização deste estudo, que a organização de um
armazém melhora a funcionalidade do setor de expedição da Indústria X, possibilitando que a
regra de despacho PEPS seja efetivamente aplicada no despacho das cargas, o que permite
que os produtos tenham maior tempo de prateleira.
Destaca-se também que o aumento da largura das ruas, proposta neste estudo, proporciona
uma melhor segurança e qualidade, isto é, evita acidentes e deterioração de produtos
unitizados.
REFERÊNCIAS
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Empreendedor – SEBRAE, 2000. Disponível em: http://www.bte.com.br. Acesso em 21 de
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NOVAES, A. G. N.; ALVARENGA, A. C. Logística Aplicada: suprimento e distribuição
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