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PORTUGAL POSTDirector: Mário G. M. dos Santos
ANO XVI • Nº 188 • Março 2010 • Publicação mensal • 2.00 €
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Os eleitos. Em cima, da esq.: Anabela Barata, Hilden, Armindo Fragata, Leverkusen, António Horta, Gelsenkirchen, António
Machado, Burscheid, Elisabete Pinrto Araújo, Euskirchen, Carlos da Mota, Eschweiler. Em baixo, da esq.: Dania Cancela
Morewira, Eitorf, Melanie Ferreira Martins, Euskirchen, Manuel Botelho, Solingen, Manuel Machado, Münster, Paulo de
Jesus Pinto, Euskirchen e Sara Neto Alves, Rheine. Pág. 5
Doze portugueses eleitos para os Conselhos deEstrangeiros na Renânia do Norte e Vestfália
Elei
ções
NRW
201
0
Tributação de rendimentos obtidos na AlemanhaQuando um português é tributado em Portugal pelos rendimentos auferidos na Alemanha, apenas porque mantém em Portugal o agregado familiar, deve tal tributação ser anulada. Leia mais na pág.3
Deputado Carlos Gonçalves denuncia escassez de recursos humanos nos consulados de Estugarda e Frankfurt O deputado social democrata pelo círculo da Europa Carlos Gonçalves criticou a escassez derecursos humanos nos consulados de Estugarda e Frankfurt, na Alemanha, que „não temmãos a medir“ para atender a comunidade portuguesa ali residente. Pág. 7
PORTUGAL POST
falou com Cônsul-Geral de Portugal em Hamburgo
AlemanhaTribunal declara inconstitucio-nal a lei alemã de ajuda socialHartz IV
AviaçãoFrank Zehle é o novo delegadoda TAP Portugal na Alemanha
PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010
EditorialMário dos Santos
2
DIRECTOR: MÁRIO DOS SANTOS
REDACÇÃO E COLABORADORESCRISTINA KRIPPAHL: BONAFRANCISCO ASSUNÇÃO: BERLIMFERNANDO A. RIBEIRO: ESTUGARDAHELENA GOUVEIA: BONAJOAQUIM PEITO: HANNOVERLUÍSA COSTA HÖLZL: MUNIQUE
CORRESPONDENTESALFREDO CARDOSO: MÜNSTERANTÓNIO HORTA: GELSENKIRCHENJOÃO FERREIRA: SINGENJORGE MARTINS RITA: ESTUGARDAJOSÉ PINTO NASCIMENTO: DÜSSELDORFKOTA NGINGAS: DORTMUNDMANUEL ABRANTES: WEILHEIM -TECKMARIA DOS ANJOS SANTOS - HAMBURGOMICHAELA AZEVEDO FERREIRA: BONAZULMIRA QUEIROZ: GROß-UMSTADT
COLUNISTASANTÓNIO JUSTO: KASSELCARLOS GONÇALVES: LISBOADORA MOURINHO: ESSENFERNANDA LEITÃO: TORONTOJOSÉ EDUARDO: FRANKFURTJOSÉ VALGODE: LANGENFELDLAGOA DA SILVA: LISBOALUIS BARREIRA, LUXEMBURGOMARCO BERTOLOSO: COLÓNIAMARIA DE LURDES APEL: BRAUNSCHWEIGPAULO PISCO: LISBOARUI MENDES: AUGSBURGRUI PAZ: DÜSSELDORFTERESA COLAÇO: COLÓNIA
ASSUNTOS SOCIAISJOSÉ GOMES RODRIGUES: ASSISTENTE SOCIALCONSULTÓRIO JURIDICOCATARINA TAVARES: ADVOGADAMICHAELA A. FERREIRA: ADVOGADAMIGUEL KRAG: ADVOGADO
FOTÓGRAFOS:PAULO FERREIRA E FERNANDO SOARESAGÊNCIAS: LUSA. DPAIMPRESSÃO: PORTUGAL POST VERLAG
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Assembleia da RepúblicaFundado em 1993
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Depois de Estugarda, Dusseldorf e Osna-
brück, o consulado em Hamburgo anunciou
a constituição dos membros do Conselho
Consultivo nomeados pelo Cônsul-Geral da-
quela área consular.
Com a nomeação dos Conselhos Consulti-
vos, a comunidade tem agora instrumentos
que lhe permitem fazer-se ouvir junto das au-
toridades consulares que, por sua vez, devem
fazer chegar às entidades governamentais as
preocupações transmitidas pelos Conselhos.
Para além destes órgãos, que podem contri-
buir para a participação da comunidade na re-
solução dos problemas a nível regional, a
comunidade tem ainda os membros eleitos
do Conselho das Comunidades (CCP) que
têm a missão de saber dos problemas com
que os portugueses residentes neste país se
debatem e de os transmitir ao Governo.
É cedo ainda para avaliar da eficácia dos cha-
mados Conselhos Consultivos.
Seja como for, nunca a comunidade teve tão
representada junto das entidades oficiais
como agora está. Mas não basta ser apenas
membro dos Conselhos Consultivos só para
assistir às reuniões e ficar em bicos de pés. É
preciso que os seus membros fiquem atentos
ao que se passa e sejam o eco das preocupa-
ções da comunidade.
Pelo que nos foi dado a conhecer, todos os
membros dos Conselhos Consultivos já em-
possados são elementos empenhados nas
áreas que representam e podem prestar uma
contribuição positiva para a coesão e bem
estar da comunidade.
Nos conselhos já empossados, a preocupação
dos cônsules e vice-cônsules foi escolher e
nomear pessoas ligadas a actividades como o
ensino, o movimento associativo, a acção so-
cial, as missões católicas, etc. Pareceu-nos,
porém, que sectores como os empresariado
e negociantes deveriam figurar nos ditos con-
selhos. E isto por razões que tem a ver com
o potencial que o sector representa e que, de
alguma maneira, é importante para a econo-
mia portuguesa.
Lembramos, por exemplo, do apelo que o
Presidente da República fez aquando da sua
visita à Alemanha há um ano: “Portugal neces-sita, hoje mais do que nunca, da ajuda da suadiáspora. Contamos com o vosso apoio para pro-jectar o nosso país, com a colaboração de todospara que possamos aumentar as exportações deprodutos e serviços portugueses, para promovera nossa terra como destino turístico de excelên-cia”.Estas palavras do Presidente fazem hoje, mais
do que nunca, sentido por mor da situação
económica e financeira em que Portugal se
encontra. Assim, corresponder ao apelo do
Presidente é também uma prioridade e uma
missão de todos quantos fazem parte dos
Conselhos Consultivos.
A missão dos Conselhos Consultivos
PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 3DDESTAQUEESTAQUE
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A sujeição fiscal a tributação
em IRS sobre rendimentos em
Portugal, como é sabido não se
cinge aos rendimentos auferidos
por portugueses em Portugal.
Como prática recorrente, à ima-
gem do que se prevê em diversos
Estados, designadamente na Ale-
manha, o Estado Português pode
arrogar-se de uma pretensão tri-
butária sobre os rendimentos de
estrangeiros obtidos em Portugal
ou ainda dos rendimentos obti-
dos por portugueses no estran-
geiro, desde que preenchidos
determinados critérios legal-
mente estipulados.
Destacamos aqui os casos dos
cidadãos portugueses que resi-
dem na Alemanha e aí obtiveram
os seus rendimentos derivados de
trabalho dependente e por conta
de outrem, situação essa que tem
vindo a gerar pretensões e liqui-
dações ilegais pelos Serviços de
Finanças portugueses, especial-
mente, quando um dos cônjuges
no ano fiscal em causa fosse con-
siderado residente em Portugal.
Para isso, acrescentamos, bastaria
que o respectivo cônjuge ao ano
fiscal em causa permanecesse-se
em Portugal por mais de 183 dias,
ou seja, 183 dias e uma manhã a
título de exemplo.
Nestes casos, a Administração
Tributária portuguesa entende
preenchidos os pressupostos
para que o cônjuge não residente
em Portugal, seja por “arrasta-
mento” legal considerado resi-
dente em Portugal, ficando sujeito
às regras de IRS.
Sabendo que nas situações
que envolvem situações jurídicas
de cariz Fiscal em mais de um Es-
tado, o que sucederia no nosso
caso de cidadão português resi-
dente na Alemanha, as Conven-
ções Internacionais celebradas
entre Estados procuram evitar
que o cidadão fique sujeito a uma
dupla tributação, isto é, que sobre
os rendimentos auferidos num
país (por exemplo a Alemanha),
além do imposto aí pago, paguem
novo imposto sobre esses mes-
mos rendimentos em Portugal.
No nosso caso, que aqui reto-
mamos, os cidadãos portugueses
que são na Alemanha sujeitos a
impostos, porque aí é o seu Es-
tado de residência e onde obtêm
os seus rendimentos, tem sido
alvo de liquidações de IRS, para
pagamento do imposto adicional
sujeito a taxas superiores em
Portugal.
Nesses casos, por via de apli-
cação das referidas convenções
internacionais, ao imposto a pagar
em Portugal pela totalidade dos
rendimentos auferidos, em ter-
mos globais, cabe deduzir o even-
tual montante já pago na
Alemanha, sobrando para paga-
mento aquele que resulta da apli-
cação da taxa portuguesa menos
a parte de imposto já pago na Ale-
manha.
Este mecanismo convencional
não deve no entanto ser aplicável
quando a aplicação das normas
Fiscais portuguesas, ainda que
como se viu em concorrência
com as normas Fiscais alemãs, se
deve exclusivamente ao facto de
o cidadão português ser tido por
residente, não por aplicação de
nenhum critério legal que fixe
sobre si a residência fiscal em
Portugal, mas sim sobre o seu
cônjuge. Estaremos perante um
exclusivo critério de dependência
formal, sem correspondência na
realidade, e susceptível de gerar
situações de extrema injustiça.
Segundo a interpretação legal
mais correcta, como o têm reco-
nhecido os tribunais superiores
em Portugal, é de afastar a aplica-
ção de legislação fiscal portuguesa
sobre os casos destes cidadãos
nacionais, nomeadamente os resi-
dentes na Alemanha, ou seja,
quando um português seja tribu-
tado em Portugal pelos rendi-
mentos auferidos na Alemanha,
apenas porque mantém em Por-
tugal o agregado familiar, deve tal
tributação ser anulada.
Ora à luz dos princípio e re-
gras das Convenções Internacio-
nais celebradas entre os Estados
em matéria Fiscal, deve a sujeição
a imposto em Portugal ainda que
a pretensão seja pela Administra-
ção Fiscal formulada junto desses
contribuintes, somente ser aten-
dida, quando permaneçam no ter-
ritório nacional interesses
patrimoniais ou pessoais directos.
Assim, devem os cidadãos
portugueses que residam habi-
tualmente na Alemanha e aí de-
sempenhem sua actividade
profissional, impugnar judicial-
mente as liquidações de impostos
a pagar em Portugal, sobre os
rendimentos na Alemanha, caso
não possuam em Portugal outra
ligação que não seja o agregado
familiar.
Se tiver dúvidas escreva para
Catarina.Tavares@BPO.ptAdvogada
Tributação de rendimentos obtidos na AlemanhaDestacamos aqui os casosdos cidadãos portuguesesque residem na Alemanha e aí obtiveramos seus rendimentos derivados de trabalho dependente e por contade outrem
Catarina Tavares
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Quando um portu-guês é tributado emPortugal pelos rendi-mentos auferidos naAlemanha, apenasporque mantém emPortugal o agregadofamiliar, deve tal tri-butação ser anulada.
PORTUGAL POST nº 188 • Março 20104
Opinião por Fernanda Leitão
Continuam a chegar muitos emi-
grantes portugueses aos países eu-
ropeus, a maioria dos quais jovens
qualificados mas sem oportunida-
des profissionais em Portugal, aler-
tou o director da Obra Católica
Portuguesa de Migrações, Frei Fran-
cisco Sales Diniz.
Este foi o diagnóstico feito no
encontro dos sacerdotes que exer-
cem junto das comunidades portu-
gueses em França, Suíça, Bélgica,
Holanda, Luxemburgo, Alemanha, e
Reino Unido, que se reuniram em
Londres desde.
“Os problemas com a nossa
emigração são quase sempre os
mesmos, apesar de estarem mais
acentuados com a nova vaga de
emigração”, afirmou Frei Francisco
Sales Diniz
O grosso dos emigrantes está,
segundo a observação do clero, a
chegar à Suíça, Luxemburgo, Reino
Unido e França, mas é difícil quan-
tificar em números devido à falta de
inscrição nos consulados ou junto
das autoridades nacionais.
Esta “nova vaga”, descreveu
Sales Diniz, é composta por “pes-
soas com formação, muitas vezes
com cursos superiores, cursos pro-
fissionais ou cursos técnicos, que
não têm saída profissional em Por-
tugal” e que precisam de procurar
emprego fora para pagar as presta-
ções da hipoteca da casa em Portu-
gal. O director da OCPM advertiu
em particular para a construção do
túnel ferroviário nos Alpes, para
onde espera que se desloquem “al-
guns milhares de portugueses”.
Um dos empreiteiros, adiantou,
“é uma empresa ligada a trabalha-
dores portugueses” e a própria
“igreja francesa já nomeou um diá-
cono para acompanhar essa situa-
ção”.
Mas não são apenas as comuni-
dades portuguesas no estrangeiro a
enfrentar problemas, a própria
Igreja sofre da falta crescente de sa-
cerdotes, pelo que é frequente o
recurso a padres brasileiros, dos
países africanos de língua portu-
guesa e até outras de nacionalida-
des. Diniz Sales referiu que o
trabalho das missões no estran-
geiro é “acompanhar comunidades
sem criar guetos” e ajudar na inte-
gração no país de acolhimento e na
igreja local.
“Muitas vezes as igrejas locais
gostariam que a integração fosse
mais rápida, mas é um processo que
precisa de passar por uma primeira,
segunda, terceira geração que nós
temos obrigação de acompanhar”,
vincou.
Segundo director Obra Católica Migrações
Chegam muitos portugueses qualificadosaos países europeus
O secretário de Estado das Co-munidades Portuguesas, Antó-nio Braga, destacou as„potencialidades de enriqueci-mento mútuo“ propiciadaspelos gabinetes de apoio aoemigrante, durante a assina-tura do protocolo que criou naMealhada mais uma destas es-truturas.
„Há um universo de oportuni-
dades extraordinário para desen-
volver e explorar“, defendeu o
governante na cerimónia nos Paços
do Concelho, ao sublinhar que se
devem „explorar estas potenciali-
dades de enriquecimento mútuo“.
Apoiar os emigrantes que pre-
tendem regressar à terra natal e au-
xiliar os que querem emigrar são as
principais valências do gabinete,
criado ao abrigo de um protocolo
celebrado entre a Direcção-Geral
dos Assuntos Consulares e Comu-
nidades Portuguesas e o Município
da Mealhada (Aveiro).
„Os emigrantes insistem em
manter-se ligados a casa, cabe ao
Estado criar condições para isso
através da língua, da cultura e tam-
bém no domínio da economia e do
tecido empresarial“, referiu António
Braga, ao salientar o papel do re-
centemente criado programa Ne-
tinvest no „estímulo às parcerias“
entre empresários locais e empre-
sários da diáspora.
Para o presidente da Câmara da
Mealhada, Carlos Cabral, „a inter-
venção das autarquias no domínio
social é cada vez mais importante“.
„Temos intervenções em diver-
sas áreas, faltava-nos sem dúvida o
desenvolvimento deste trabalho.
Somos um concelho muito especial:
numa primeira fase, preocupámo-
nos imenso com a imigração, pro-
curámos acolhê-los e integrá-los.
Somos também um país de emi-
grantes. Faltava algo neste municí-
pio que pudesse estar ao serviço
dos que regressam ao país ou dos
que, estando no estrangeiro, preci-
sam de contactar com o país de
origem“, afirmou Carlos Cabral.
De acordo com o secretário de
Estado das Comunidades Portugue-
sas, existem já cerca de 90 gabine-
tes de apoio ao emigrante e mais
sete dezenas encontram-se „apala-
vrados“.
„É um serviço de extraordiná-
ria oportunidade social, para se in-
tegrarem no regresso a Portugal, ou
para se informarem quando preten-
dem sair“, sintetizou.
No protocolo lê-se que cerca
de 90 por cento dos portugueses
que regressam o fazem para a fre-
guesia de onde partiram e que no
concelho da Mealhada „sempre se
verificou um elevado índice de
Secretário de Estado das Comunidades destaca potencialidades dos gabinetes de apoio ao emigrante
Numa descuidada passeata pela inter-
net, caíu debaixo dos meus olhos esta
saraivada dada à estampa no SOL:
“O Processo chamado “Face Oculta”tem as suas raízes longínquas num fe-nómeno que podemos designar por “des-lumbramento”. Muitos dos envolvidos nocaso, a começar por Armando Vara, sãopessoas nascidas na Província que vie-ram para Lisboa, ascenderam a cargospolíticos de relevo e se deslumbraram.Deslumbraram-se, para começar, com opoder em si próprio. Com o facto demandarem, com os cargos a distribuírpelos amigos, com a subserviência demuitos subordinados, com as mordo-mias, com os carros de luxo, com oschauffeurs, com os salões, com os novosconhecimentos. Deslumbraram-se, de-pois, com a cidade. Com a dimensão dacidade, com o luxo da cidade, com asluzes da cidade, com os divertimentos dacidade, com as mulheres da cidade. Ora,para homens que até aí tinham vividosempre na Província, que até aí tinhamuma existência obscura, limitada, ligadosàs estruturas partidárias locais, este saltosimultâneo para o poder político e paraa cidade representou um cocktail explo-sivo”.
Interrompo a transcrição para
fazer alguns comentários a esta
prosa de prego-e-racha, sem es-
tilo nem graça, quase a lembrar
as da agit-prop usadas pelo”sol
da terra” de má memória. Para
o autor, nascer na Província é
ser inferior, atrasado, genetica-
mente esquisito e, portanto,
vulnerável à cidade que fascina e cor-
rompe. Na província, segundo ele,
todos estão mortinhos por se cor-
romperem na cidade, o que não é
caso dos alfacinhas de gema, todos
sem excepção, incorruptíveis. A honra
e a força de carácter é, de acordo
com esta saraivada, apanágio dos nas-
cidos à beira Tejo. Deve ser por isso
que falam de cátedra e se comportam
como donos de tudo, incluindo dessa
Província donde vêm os maraus e a
paparoca. Porque o lado maçador é
esse, a paparoca e a água vêm da Pro-
víncia, mais os braços para trabalha-
rem. Uma fatalidade que já deu o que
deu, em 1975, quando o PC mais o
Movimento das Forças Armadas de-
cidiram, também, insultar a inteligên-
cia e o patriotismo da Província: os da
dita cortaram as estradas, em Rio
Maior e como já estavam com a mão
na massa, incendiaram as carrinhas
que transportavam os jornais pejados
de insultos, ao mesmo tempo que o
Tio Abílio fazia mocas ao torno, para
o que desse e viesse. Foi o princípio
do fim dos autoproclamados donos
do país.
Não sei se o autor da prosa co-
nhece bem a Província ou que espé-
cie de gente conhece ele no interior
do país. Posso adiantar-lhe que, na
Província, há um grande número de
gente culta, a meter num chinelo os
sapateiros que teimam em tocar o ra-
becão do jornalismo, há muita gente
fina, civilizada e de bom carácter. Há
milhões de pessoas da Província que
vivem em cidades maiores, mais lu-
xuosas do que Lisboa, embora não
necessariamente mais bonitas, e não
vivem de expedientes nrm de boca
aberta. Entre esses milhões de expa-
triados, há centenas ocupando altos
cargos na banca, nas empresas, no
poder municipal, na política, e não
consta que sejam corruptos. O autor
da saraivada parece, ele sim, um “des-
lumbrado” com aquilo que considera
uma fortaleza inexpugnável: um jornal
teúdo e manteúdo por um sócio de
uma angolana que compra tudo
quanto vê em Portugal, mais dois an-
golanos ensopados em milhões. O
que foi trombeteado como um acto
de “libertação” por Felícia Cabrita, a
babada biógrafa de Pinto da Costa,
quando chamada a depor numa co-
missão parlamentar que mais parece,
nesta quaresma, o baile dos trapa-
lhões. Resta-nos aguardar que o jor-
nal passe a publicar saraivadas
contando a verdade do que se passa
em Angola. Porque, enfim, ninguém
pode acreditar que por lá haja cen-
sura e asfixia democrática.
A mim mais me parece cisma
contra quem é da Província. Já um fa-
miliar do autor da saraivada, num
tempo em que ainda andava muito li-
gado ao PC, cismou contra um pro-
fessor de português na Universidade
de Amesterdão, transmontano hon-
rado, escritor de mérito e respei-
tado, cidadão que nunca comeu da
gamela partidária, pondo a correr a
difamação de que ele seria da pide. E
não há muitos meses, um outro fami-
liar do autor da saraivada, através da
RTP, visto e ouvido por milhões de
pessoas em Portugal e no estran-
geiro, pôs nas ruas da amargura o
cônsul Aristides Sousa Mendes, um
beirão, deixando claro que o tinha
por pessoa desonesta, enquanto en-
deusava a perseguição movida por Sa-
lazar ao diplomata que salvou da
morte largos milhares de judeus.
Estas cismas,às vezes, passam de ge-
ração em geração.
Para finalizar, recomendo ao
autor da saraivada que não repita ge-
neralizações que insultam. Que saia
de Lisboa e verifique que toda esta
balbúrdia apenas interessa a políticos
carreiristas e jornalistas que vivem
dos políticos. Quem, na Província,
pega na enxada, se desdobra nas fá-
bricas, quem tem de labutar para pôr
na mesa o pão da família, reage mal a
estas confusões. Deixe a Justiça tra-
balhar.
Cuidado, gentes da província!
O que foi trombeteado como um actode “libertação” por Felícia Cabrita, ababada biógrafa de Pinto da Costa,quando chamada a depor numa comis-são parlamentar que mais parece, nestaquaresma, o baile dos trapalhões
Os trabalhadores dos serviços ex-
ternos do Ministério dos Negócios
Estrangeiros vão aderir à greve da
função pública de 04 de Março, em
protesto contra o congelamento
dos salários e das carreiras, anun-
ciou o sindicato do sector.
„Farto de congelamentos, o
pessoal dos Serviços Externos do
MNE (consulados, embaixadas, mis-
sões e centros culturais) vai aderir
à greve já marcada pela Frente
Comum de Sindicatos para o dia 04
de Março“, afirma o Sindicato dos
Trabalhadores Consulares e das
Missões Diplomáticas (STCDE).
Afirmando que esta foi uma
„decisão unânime“ dos corpos ge-
rentes, o STCDE relembra em co-
municado que „as carreiras estão
congeladas desde o século passado,
a progressão está congelada desde
2004, agora viria o terceiro conge-
lamento dos salários desde 2003“.
„O Governo prefere poupar
nos salários em vez de actuar con-
tra a fuga aos impostos e poupar na
propaganda e nas acções de fa-
chada“, lê-se na mensagem.
O STCDE diz ainda que já con-
frontou o Governo com o facto de
não haver recuperação do poder de
compra perdido nos últimos cinco
anos pelos trabalhadores dos servi-
ços externos e com o facto de
haver mais de duas centenas de tra-
balhadores que nem sequer aufe-
rem o valor do salário mínimo
nacional.
Funcionários dos consulados juntam-se à greve da Função Pública contra congelamento dos salários
PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 Nacional & Comunidades 5
A cidade de Leichlingen (NRW),
que tem um acordo de geminação
com Funchal, Na ilha da Madeira,
prontificou-se a corresponder a um
apelo de ajuda vindo do presidente
da Câmara do Funchal, Miguel Albu-
querque, enviando Uma equipa de
três bombeiros ao Funchal com di-
verso material de socorro para
apoiar as operações em curso na
capital madeirense, na sequência do
temporal que atingiu a ilha.
Logo após a chegada ao aero-
porto do Funchal, os três bombei-
ros alemães iniciaram a preparação
do transporte de equipamentos e
materiais até à cidade do Funchal.
Os bombeiros alemães trans-
portaram mangueiras, bombas de
água e equipamento de remoção de
escombros, entre outros materiais
de socorro.
Recorde-se que a geminação
entre Leichlingen e Funchal data de
desde 1996, sendo que desde essa
data tem existido várias iniciativas
e visitas promovidas pelas duas ci-
dades
Geminação Leichlingen - Funchal
Três bombeiros alemães no Funchalpara ajudar nas operações de socorro
Sábado de manhã. O telefone per-
turba o aconchego da leitura do
jornal. Levanto-me do sofá. Do
outro lado dizem-me:“liga a televi-
são”. Obedeço. Imagens terríveis,
daquelas que dispensam todas as
palavras. Num arrebatamento da
natureza a montanha desce até ao
mar. Fernão de Ornelas, Visconde
de Anadia, Avenida Arriaga. As ruas
da cidade a que aprendi a chamar
minha são cursos de água ferozes,
arrastando carros, arrastando des-
troços, destroçando existências. A
lama invadiu a baixa do Funchal, tú-
neis transformaram-se em Amazo-
nas, parques de estacionamento são
lagos profundos. Casas incrustadas
na encosta desabaram, estradas tor-
naram-se vias sem rumo. Os que se
esquivaram ao fio do acaso olham
sonâmbulos, incrédulos. A Madeira
encheu-se de refugiados do tempo-
ral, de desabrigados, de mortos. De-
masiados.
A culpa depressa é atribuída: a
natureza, o aluvião inusitado, as al-
terações climáticas. Não dá muito
jeito admitir que esta tragédia po-
deria ter sido prevenida, minorada.
A incúria cobrou o seu pesado tri-
buto.
Impermeabilização de solos,
construção em leito de cheias, de-
sordenamento territorial, má ges-
tão das florestas são algumas das
causas da tragédia madeirense. Cau-
sas humanas. Causas políticas. Uma
brandura de enganos.
E no meio da tentação da nor-
malidade, na Quinta da Vigia a preo-
cupação é“desdramatizar”.
Demonstrando um desprezo ver-
gonhoso pelos que morreram – já
se sabe, os mortos não votam – Al-
berto João Jardim exclama que “não
vale a pena dramatizar a situação lá
para fora”, até porque “não houve
nenhum caso grave com o sector
do turismo”. AJJ acreditava candida-
mente que bastava ele abrir a boca
para que os media internacionais se
calassem – como fazem alguns
media madeirenses – para não afec-
tar a “Madeira que fica bem nas fo-
tografias”, a “Madeira” acarinhada
pelo Governo Regional.
A tentativa de amordaçamento
não lhe saiu bem, a Madeira saltou
para as páginas da imprensa de
todo o mundo. E também os erros.
A pobreza mais grossa e mais crua
da Madeira, a outra, a invisível, a
que não se senta no Golden Gate a
bebericar refrescos e conspirar bai-
xinho, está aí, exposta pela violência
das águas, à mercê da caridade.
A propósito de outra tragédia
Clara Ferreira Alves escreveu o se-
guinte “ aquela morte enterrada em
tristeza e terra molhada, aquela
morte que é morte de pobre. Só os
pobres morrem assim, devolvidos à
terra antes de baixarem ao tú-
mulo”. Podia ter sido escrito para a
Madeira
Não se aprendeu nada com a
catástrofe de 1993 ? E agora? Que
lições se vão tirar desta catástrofe?
Qual é o plano de desenvolvimento
para as zonas afectadas?
Os madeirenses que morreram
e os que foram afectados merecem
um pouco de respeito. Merecem
qualquer coisa chamada dignidade.
Helena Ferro de Gouveia
Um pouco de respeitoOpinião
O secretário de Estado das
Comunidades, António Braga, ga-
rantiu que o Ensino do Português
no Estrangeiro (EPE) enquanto
língua materna vai continuar e
que a rede vai ser aumentada.
„Não há modalidade do EPE
que acabe. Todas têm o seu lugar“,
assegurou.
António Braga reafirmou
ainda que é objectivo do Governo
alargar a rede do ensino no es-
trangeiro ao Canadá e Estados
Unidos e, por essa via, „chegar
melhor“ aos emigrantes portu-
gueses.
O secretário de Estado falava
na sequência da ida, na terça feira,
da presidente do Instituto Ca-
mões (IC), Ana Paula Laborinho, à
Comissão de Negócios Estrangei-
ros e Comunidades Portuguesas
para esclarecer o alegado fim do
ensino do português no estran-
geiro enquanto língua materna
em alguns países.
Na Assembleia da República,
Ana Paula Laborinho assegurou
que a estratégia do ensino do
português no estrangeiro passa
pela expansão e qualificação dos
cursos existentes e não pela sua
descontinuidade.
„Não haverá encerramento
de nenhum curso existente. Rei-
tero que não vai haver desconti-
nuidade de nada“, afirmou.
Secretário de Estado diz que o ensino do portuguêsenquanto língua materna vai continuar
No passado dia 7 de Fevereirorealizaram-se eleições em 103cidades da Renânia do Norte eVestfália (NRW) para eleiçãodo Conselho de Estrangeiros(“Integrationsrat” ou “Inte-grationsausschuss”).
Nestas eleições, a cidade de
Dusseldorf, que é a capital da NRW
bateu o recorde da abstenção com
uma participação eleitoral a rondar
os 4,67%, ou seja, de 94 510 elei-
tores apenas 4.413 fizeram o uso
de voto.
Nas 103 cidades deste Estado
em que se registaram eleições, há,
de acordo com os dados disponí-
veis, a constatar a eleição de 12
portugueses/as, que, concorrendo,
conseguiram a eleição para os res-
pectivos Conselhos de Estrangei-
ros.
De entre os portugueses con-
correntes a estas eleições, há a su-
blinhar a lista “Camões”, em
Euskirchen, que conseguiu eleger
dois elementos. Nesta mesma ci-
dade, há um outro português que
consegue ser eleito numa lista indi-
vidual.
A participação dos portugueses
neste processo eleitoral não é coisa
de monta. Muitos não percebem
que no “Integrationsrat” existe a
possibilidade, não apenas de deba-
ter e ajudar a resolver problemas li-
gados aos estrangeiros, como ainda
conseguir ter acesso a verbas esti-
puladas para distribuir por associa-
ções que realizem eventos que
contribuem para a integração dos
cidadãos.
Como tem sido habitual, a co-
munidade turca obtém o maior nú-
mero de lugares. Há cidades em
que foram unicamente eleitos cida-
dãos turcos para este grémio.
A informação sobre estas elei-
ções também deixa muito a desejar
por parte das autoridades alemães.
Muitos dos estrangeiros que rece-
beram o boletim de voto nem sa-
NRW 103 cidadeselegeram Conselhode Estrangeiros (Integrationsrat)
Doze portugueseseleitos
Os doze membros eleitos nestas eleições foram: Anabela Barata, Hil-den, Armindo Fragata, Leverkusen, António Horta, Gelsenkirchen, An-tónio Machado, Burscheid, Elisabete Pinrto Araújo, Euskirchen, Carlosda Mota, Eschweiler, Dania Cancela Morewira, Eitorf, Melanie FerreiraMartins, Euskirchen, Manuel Botelho, Solingen, Manuel Machado,Münster, Paulo de Jesus Pinto, Euskirchen e Sara Neto Alves, Rheine.
Os eleitos (da esq.): Elisabete Barata, Hilden, Sara Alves, Rheine, Dania Cancela Moreira, Eitorf, Armindo Barata, Leverkusen
(da esq.) Carlos da Mota,Eschweiler, António Horta, Gelsenkirchen, ManuelBotelho, Solingen, Antonio Machado, Burscheid.
(da esq.)Manuel Machado, Münster, Paulo de Jesus Pinto, Melanie FerreiraMartins e Elisabete Pinto Araújo, Euskirchen,
biam para que fim este era, e outros
ainda nem sabiam que havia elei-
ções, havendo também quem vo-
tasse o boletim no lixo pensando
que se tratava de alguma publici-
dade.
António Horta
Opinião PORTUGAL POST nº 188 • Março 20106
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OpiniãoPaulo Pisco*
o âmbito do debate sobre
a identidade nacional que
decorre em França, o Go-
verno de Nicolas Sarkozy
apresentou iniciativas
para cultivar “o orgulho
de ser francês”. Embora aquele de-
bate comporte perigos pela facili-
dade com que resvala para o
racismo e a xenofobia, a necessi-
dade de cultivar o orgulho nacional
não é nada de negativo, bem pelo
contrário, desde que nunca ponha
em causa o respeito pelas outras
nacionalidades. Em Portugal e entre
as nossas comunidades seria bom
também se aprendêssemos a valo-
rizar aquilo que de melhor a nossa
história, a cultura e o país têm, as-
sumindo sem complexos o orgulho
de sermos portugueses e aquilo
que somos na actualidade, isto é,
uma nação moderna que procura a
todo o custo e da melhor maneira
possível o desenvolvimento.
E temos razões para nos orgu-
lharmos da nossa história, que é ri-
quíssima e possui um legado
cultural de grande valor disperso
pelos cinco continentes. Segundo o
propósito do Governo através do
Ministério dos Negócios Estrangei-
ros, este ano de 2010 será caracte-
rizado pela aproximação ao nosso
legado cultural espalhado pelo
mundo e pela nossa afirmação atra-
vés da Língua e da cultura portu-
guesa. Com efeito, as solicitações
para que Portugal esteja represen-
tado em iniciativas que ocorrem
um pouco por todo o mundo são,
porventura, muito superiores à
nossa capacidade para nos fazer-
mos representar. Mas isso é a prova
mais evidente do legado importante
que deixámos no mundo e da con-
sideração que esses países mantêm
em relação a Portugal, seja em
África ou na Ásia com países como
o Japão, a Coreia ou a China, com
os quais neste e no próximo ano
teremos importantes iniciativas
conjuntas.
Para que este desígnio estraté-
gico seja atingido, no final da ante-
rior legislatura foram aprovados
pelo Governo um conjunto de di-
plomas legislativos da maior impor-
tância para que o país pudesse este
ano fazer da Língua e da cultura o
seu principal vector de afirmação,
desde a reforma do Instituto Ca-
mões à aprovação do Quadro de
Referência do Ensino do Português
no Estrangeiro ou a criação de um
Fundo para a Língua.
Com efeito, à força de passar-
mos o tempo a criticar e a exigir
mais, acabamos por não valorizar
aquilo que temos e que, neste caso
concreto, é algo extraordinário.
Desde logo, devemos sublinhar que
a expansão e qualificação do ensino
do português no estrangeiro é um
instrumento fundamental para a
realização daquela estratégia e en-
volve directamente as nossas co-
munidades. Pela primeira vez, o
Estado vai tutelar também o ensino
do português em países como os
Estados Unidos, Canadá e Vene-
zuela, depois de recentemente o
ter alargado a países como a África
do Sul, Namíbia e Suazilândia.
Neste esforço de afirmação, a
Secretaria de Estado das Comuni-
dades terá um papel fundamental na
sua orientação estratégica através
do Instituto Camões, que passou a
ter a responsabilidade pela gestão e
orientação de todos os graus de
ensino, do básico às universidades,
para dar maior coerência à nossa
afirmação no mundo. Ou seja, o Ins-
tituto Camões tem, agora, necessa-
riamente, de estar mais receptivo
ao envolvimento das nossas comu-
nidades nas suas actividades de pro-
moção da Língua e da Cultura por-
tuguesa, e isto é uma novidade ab-
soluta em relação ao passado.
E é importante sublinhar tam-
bém outro aspecto, sobretudo para
aqueles que são pessimistas militan-
tes e acham que nunca se faz nada.
Os números da actividade do Insti-
tuto Camões relativamente aos úl-
timos anos reflectem uma presença
no mundo que merece louvor.
Entre 2004 e 2008, o Instituto Ca-
mões passou de 41 para 69 o nú-
mero de países em que está
presente. Por outro lado, nesse pe-
ríodo, passou de 121 instituições
com as quais tinha projectos de
cooperação para 294. Quanto ao
número de professores, incluindo
leitores, formadores e docentes ao
abrigo de protocolos de coopera-
ção, passou de 135 em 2004 para
621 em 2008. Tudo isto durante os
quatro anos de anterior legislatura
do Governo liderado por José Só-
crates.
*Paulo Pisco,Deputado do PS eleitopelas Comunidades
Orgulho sem preconceitos
N
O Instituto Camõestem, agora, necessaria-mente, de estar mais re-ceptivo ao envolvimentodas nossas comunidadesnas suas actividades depromoção da Língua eda Cultura portuguesa,e isto é uma novidadeabsoluta em relação aopassado.
“
PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 7Comunidade - Alemanha
Seja um
PP RepórterEnvie-nos a sua históriaportugalpost@free.de
BREVES
„A Alemanha é um país que está a
pagar a clara ausência de uma polí-
tica de recursos humanos do Minis-
tério dos Negócios Estrangeiros no
que diz respeito aos seus consula-
dos na vertente administrativa de
apoio a comunidade“, criticou o de-
putado no final de uma visita a este
país em meados do Fevereiro.
Durante a sua vista, o deputado
manteve contactos com represen-
tantes da comunidade portuguesa e
elementos do movimento associa-
tivo das áreas consulares de Frank-
furt e Dusseldorf, que lhe
transmitiram „uma situação muito
difícil“.
„Os consulados na Alemanha
estão em rotura [de] pessoal. O
consulado de Estugarda está numa
situação extremamente difícil de
atendimento depois do início do
serviço de emissão do cartão de ci-
dadão“, frisou Carlos Gonçalves,
explicando que o „vice-consulado
em Frankfurt passa por uma situa-
ção praticamente idêntica“.
Independentemente de o car-
tão de cidadão ser „um benefício“,
o pessoal „não chega para dar
conta do recado e há grandes difi-
culdades“, acrescentou.
O deputado social democrata
pelo círculo da Europa lembrou que
„já avisou várias vezes para a situa-
ção da escassez de recursos huma-
nos nos consulados de Portugal“,
situação que tem vindo a ser „es-
quecida pelo Governo“.
„Não posso deixar de estar
preocupado. Ainda há pouco tempo
levantámos essa questão. Já avisá-
mos várias vezes e apresentamos
propostas [para resolver a situa-
ção], mas aparentemente não
fomos ouvidos e a comunidade
portuguesa é que está a ser preju-
dicada“, lamentou.
„Esperamos o mais breve pos-
sível, através de iniciativa parlamen-
tar, chamar a atenção do governo
para esta questão“, afirmou.
Outra das prioridades durante
a sua visita a Alemanha, adiantou
Carlos Gonçalves, foi „verificar
como está a correr a modificação
da tutela do ensino português no
estrangeiro relativamente a aplica-
ção local“.
Apesar de o processo „ainda
estar num período inicial“ o depu-
tado disse ter verificado „desde já
alguns problemas“ que irão ser ana-
lisados „mais profundamente“, es-
cusando-se, no entanto, a adiantar
mais pormenores sobre o assunto.
Deputado Carlos Gonçalves denuncia escassez de recursoshumanos nos consulados de Estugarda e Frankfurt
O deputado social democrata pelo círculo
da Europa Carlos Gonçalves criticou a
escassez de recursos hu-manos nos consulados deEstugarda e Frankfurt, na Alemanha, que „não tem
mãos a medir“ para atender a comunidade
portuguesa ali residente.
O secretário de Estado das Co-
munidades, António Braga, garantiu
que eventuais faltas de funcionários
nos consulados poderão ser colma-
tadas ao longo do ano, com a aber-
tura de vagas para pessoal
administrativo.
„Há um balanço a fazer porque
programas como o SIRIC (Sistema
Integrado de Registo e Identificação
Civil) vieram libertar muitas tarefas,
mas ao longo do ano haverá aber-
tura de vagas para o pessoal admi-
nistrativo“, disse o governante.
Defendendo uma „racionaliza-
ção dos recursos“, o secretário de
Estado sublinhou ainda que a „ges-
tão dos recursos humanos por
parte do Ministério dos Negócios
Estrangeiros tem de corresponder
ao esquema financeiro de conten-
ção de meios“.
António Braga falava na sequên-
cia de um requerimento apresen-
tado pelo deputado do PSD pela
Emigração Carlos Gonçalves, que
visitou os consulados de Estugarda
e Frankfurt, na Alemanha e veio cri-
ticar a falta de funcionários consu-
lares naqueles postos.
Governo vai abrir vagas para funcionários consulares ao longo do ano
O grupo de fados Gerações volta
aos palcos para continuar a valori-
zar e a divulgar a canção nacional.
Agora com a voz de Elisabete Fer-
reira, acompanhada por Ivo Guedes
na guitarra portuguesa, João Ino-
cêncio à viola e, no baixo, Victor
Fonseca.
O grupo, que está pronto a ac-
tuar em qualquer parte da Alema-
nha , consagra o seu reportório ao
fado tradicional, dando-lhe voz com
a única finalidade de o mostrar ao
público, quer seja alemão ou portu-
guês.
Com músicos experientes e
apaixonados pelo fado, o “Gera-
ções” tem conquistado aplausos
nas suas muitas actuações que vêm
fazendo desde 1998, data da sua
fundação.
As informações sobre condi-
ções e marcação de datas para ac-
tuações podem ser obtidas através
do TLM 0173 – 29 38 194 E-Mail:
ivo1980@gmx.net.
Grupo “Gerações” Mais de 10 anos
ao serviço dofado
Carlos Gonçalves, o terceiro a partir da direita, na companhia de elementos locais, militantes do PSD e membrosda Comunidade aquando da sua passagem pelo Centro Cultural Desportivo em Arnsberg .
O banco Santander Totta, representado por Rogério Pires,
entregou um donativo aos Serviços de Apoio Regional ao En-
sino em Estugarda (SARE).
O donativo servirá para aquisição de leitores de CDs para
os trinta professores portugueses que leccionam naquela
área.
Rogério Pires disse ao PP que os leitores de CDs vão ser
utilizados nas aulas de Português da forma que os professo-
res acharem mais úteis.
Rogério Pires e o responsável pelo SARE em Estugarda, João
Mendes, combinaram que no final do ano escolar será entre-
gue um prémio ao melhor aluno de Português do 12º.
Santander Totta apoia ensino do Português
Foto Legenda: (da esq.) João Mendes, responsável pelo SARE, Ro-gério Pires, responsável pela Santander Totta na Alemanha, e Fran-cisco Costa, promotor externo local do Santander Totta
PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010Comunidade - Alemanha8
Tem servido como plataforma e
passagem de muitos povos. Hoje
continua a ser paradeiro de muitos
povos. Cerca de 30 % dos seus ha-
bitantes tem passaporte estran-
geiro. Segundo consta, é a cidade
alemã que possui uma maior con-
centração de estrangeiros ultrapas-
sando de longe Frankfurt e
Estugarda. Os Turcos representam
a grande maioria ultrapassando em
muito os italianos que ocupam o
segundo lugar, seguindo então os
gregos, os oriundos da antiga Jugos-
lávia, polacos, marroquinos, entre
muitos outros. A comunidade por-
tuguesa conta-se entre esses mui-
tos outros. Esta poderá ultrapassar
os mil habitantes.
As indústrias mais marcantes
O calçado e a indústria de peles e
couro ocupou, no seu passado re-
cente, a maior parte dos seus habi-
tantes. Offenbach ainda hoje é
conhecia nos palcos do mundo in-
dustrial como a capital do calçado
e das peles. A Gold Pfeil ainda tem
aqui a sede. Offenbach é anfitriã da
maior feira internacional das peles.
Hoje ainda existem algumas fábricas
na periferia da cidade. O sabão de
Offenbach, da Firma Kapus foi e
continua a ser um emblema de or-
gulho e de luxo. Em Portugal, es-
tando atento, e nas lojas da
especialidade, ainda o pode encon-
trar e usar claro. A Höchst – Naftol
- foi a fábrica que mais atraiu os
compatriotas. Que o diga o Sr. José
Correia. Não queremos esquecer a
Lavis, uma empresa metalúrgica vo-
cacionada para grandes estruturas
metálicas, sobretudo pontes. O Ro-
wenta, que entretanto fechou as
suas portes, deu a muitos lares por-
tugueses o seu pão.
O nosso interlocutor: rasgos duma vida
Fomos conhecer o Sr. José Correia
no seu mercado português “o que
melhor serve”, como o intitula uma
placa colocada por altura de um
dos seus aniversários de existência.
Já lá vão mais de 30 anos. É um es-
paço acolhedor onde os seus clien-
tes são bem recebidos sempre
com um sorriso nos lábios. Não
fosse o Sr. Correia uma pessoa que
continua a merecer pelos seus anos
de dedicação à comunidade portu-
guesa um espaço especial para mui-
tos. Uma grande parte da clientela
são alemães, que já se acostumaram
aos ricos sabores portugueses. Es-
pecialmente no Verão eles não es-
quecem de comprar ali a sua sardi-
nha e grelhá-la, regando-a com o
fresco e apetitoso vinho verde. De
perto ele seguiu o incrementar da
comunidade portuguesa desde os
seus primórdios. Ele já vive em Of-
fenbach há 45 anos. Veio de Lisboa
mas a suas raízes estão no norte de
Portugal onde nasceu. Apesar de
ter trabalhado meio século numa
grande empresa de Frankfurt o
bicho do comércio nunca o deixou.
Já em Lisboa e enquanto trabalhava
em vendas, estudava nos seus par-
cos tempos livres e de noite. Enfim
muito cedo ele soube conquistar
com suor o seu espaço na socie-
dade.
Não queremos aqui deixar de-
sapercebidos outras casas de por-
tugueses que continuam a
emprestar as nossas cores e tão
bem nesta região. A Casa Portu-
guesa na Waldstr. O restaurante
Tasquinha da Jacinta. A Casa Avei-
rense que se tem expandido com
medida e com segurança. Se alguma
faltar que nos perdoem, pois o
nosso objectivo é, além de outros,
elevar o portuguesismo nestas pa-
ragens que apesar da distancia geo-
gráfica esta cada vez mais presente.
Clube Operário Português: o desporto e a cultura
O senhor Correia viu nascer o
COP (Clube Operário Português
de Offenbach) provocando também
o seu crescimento, embalando-o
com muito carinho e dedicação.
Foram tantos os anos, que quase
lhe perdeu a conta. Desde secretá-
rio a presidente e enquanto as for-
ças o permitiram, esteve sempre ao
seu lado. Recorda-se com saudade
dos tempos passados, das festas e
eventos que levaram a cabo. A res-
sonância do Clube ultrapassava as
fronteiras estaduais. Os torneios de
futebol também sob a sua co-res-
ponsabilidade provocavam o conví-
vio sereno de tantos compatriotas
e famílias. As cores e os ritmos do
folclore ecoavam com êxito nas pa-
redes do Clube transbordando-as
para actuações múltiplas. A crise
das associações é geral e bateu
também à porta COP obrigando-os
a recorrer a um espaço mais exímio
e a limitar o mais possível as suas
actividades. São as rajadas são ra-
jadas de vento árido. Esperamos
que as organizações tenham a capa-
cidade de deixar-se limpar e cris-
talizar, colocando prioridades e
deixando-se adequar a novas exi-
gências em que a nossa cultura mi-
lenária ecoe mais alto e que o
voluntariado e o serviço ganhe um
maior impulso.
Comunidade Católica: uma comunidade viva e aberta
Passamos pela Missão Católica.
Lembra-se dos primeiros anos, do
P. José Cabral, que se ufana de ter
sido seu amigo, da mesma idade,
tendo-o conhecido quando ainda
era aluno do seminário de Mainz.
Saudades lhe deixou o seu irmão e
seu sucessor no cargo, o P. Fran-
cisco que, pouco antes de lhe ter
sido detectado a doença que o cei-
fou, lhe confidenciou o seu mal
estar de saúde convidando-o a
beber um copo. Mesmo que não
seja directamente um praticante, a
vida dá as suas voltas... admira enor-
memente o trabalho da Missão Ca-
tólica no seu actual Assistente
Pastoral, o Sr. Joaquim Nunes, uma
pessoa muito bem preparada e
muito aberta aos problemas da
emigração e da pessoa humana. Ele
sabe adequar a vida à fé e vice-
versa. Não há dúvida que as ofertas
que tem sido dadas e dirigidas a
todas as idades tem formado a
todos alicerçando-os nos perenes
valores que levam a uma atitude
mais solidária. O Sr. Correia recebe
a revista editada por ele e pelos
seus colaboradores. Nessa opús-
culo com o titulo “Comunidade
Cristã” não se limitam simples-
mente a dar realce às actividades da
Comunidade Católica Portuguesa,
mas procuram dar uma visão actual
e bem fundamentadas do mundo de
hoje.
Os serviços sociais tambémmereceram uma visita
Existem também os serviços sociais
da Caritas, que foram ainda obra do
P. José Cabral. Assistiu ao seu nasci-
mento, apadrinhado pelo Sr. Apoli-
nário Madeira, seu responsável. Ele
foi incansável ajudando uns e ou-
tros. Hoje tem uma outra desen-
voltura e aceitação, a sua eficiência
é e estrutura é mais global. Procu-
ram uma maior integração das pes-
soas na sociedade acolhedora,
libertando-as das amarras da de-
pendência.
Escola e integração
Offenbach pode-se orgulhar ter
uma professora de português que
vai acompanhando os nossos filhos,
no meu caso os meus netos e a
manterem ainda as suas raízes lusi-
tanos bem vivas. Tudo positivo, pois
a nossa integração só se pode ma-
terializar com a riqueza cultural e
linguística dos nossos antepassados.
Desde os anos setenta que os filhos
dos portugueses em Offenbach tem
e continuam a ter esta oportuni-
dade.
Vale a pena viver o presente nasituação concreta
Muito ficou por dizer sobre esta
simpática e milenária cidade. Não
queremos de forma alguma, através
deste trabalho, ferir susceptibilida-
des, elevando ou deixando de lado
alguma que outra instituição ou
pessoa. A nossa pretensão é per-
correr os muitos e belos recantos
desta Alemanha onde vivem e labu-
tam os nossos muitos compatrio-
tas. A história, tantas vezes
milenária e a situação geográfica
desses lindos recantos, poderão ser
um pequeno véu mostrando-nos
que vale a pena viver o presente na
situação concreta de cada um e em
cada lugar.
Apelamos aos leitores, que se-
guiram o desenvolvimento da co-
munidade onde vivem de
colaborem nesta rubrica.
José Correia e José de Vila Nova
Offenbach também foi destino de portugueses Ronda pelas comunidades
Offenbach tem uma histó-ria milenária e muito rica.Como cidade indepen-dente remonta ao ano561.
José Correia, 45 anos em Offenbach
Em Singen, todos se lembram que o
futebol masculino dominava os ani-
versários do Centro. Os tempos
são outros e as mulheres, ao longo
dos anos, desejam e adquiriram
mais integração e emancipação.
Hoje dão uma vida nova no des-
porto da colectividade. Solidários
ou não os homens em minoria en-
tregaram as chuteiras ao futebol
juvenil feminino.
Chuteiras em pés leves e ele-
gantes, deram o pontapé de aber-
tura do programa do 40°
aniversário do Centro Português
de Singen.
Nos dias 6 e 7 de Fevereiro, Sin-
gen foi palco de um evento de se
lhe tirar o chapéu. Isto dito por fo-
rasteiros. O Centro promoveu dois
torneios de futebol juvenil femi-
nino, trazendo a esta cidade 67 clu-
bes vindos dos vários quadrantes
da Região do sul do Bad Vürttem-
berg. Mais de 670 atletas participa-
ram no evento. O CPS fez-se
representar com 55 atletas que in-
tegravam 6 equipas - um mar de
lindas garotas acompanhadas por
135 treinadores/as e outros tantos
adjuntos/as e um número elevadís-
simo de apoiantes.
Tudo foi em grande. Pena foi
constatar a pouca presença de só-
cios e membros da comunidade,
como de resto lembrou o presi-
dente do CPS, dizendo que não está
nos seus planos “manter o Centro
aberto unicamente para beber uns
copos”.
Quem assistiu a esta iniciativa,
não esquecerá as alegrias vividas
entre atletas, espectadores e orga-
nização. Entidades públicas, políticas
e sociais que acompanharam o
evento tomaram notas, e louvaram
a organização, em especial o traba-
lho do Director - Desportivo Juve-
nil, o sr. Paulo Reis,
João FerreiraCorrespondente em Singen
Comemorações dos 40anos do Centro Portu-guês de Singencomeçaram com chutosfemininos
Da esq., Presidente do Centro, Sr.António Frade e o Director JuvenilPaulo Reis
PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 Comunidade - Alemanha 9
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ADRIANA MOLDER, BERLIM Esta artista plástica pre-
miada, conhecida pelo seu característico desenho de retrato,
tem vindo a expor na Alemanha, Portugal e em Espanha, em
mostras individuais e colectivas.Desenvolve, desde 2001, o de-
senho de retrato baseado na imagem fotográfica, com recurso
à técnica da tinta-da-china sobre papel esquisso. Recente-
mente, passou a utilizar o vídeo e a fotografia como meio,
usando a cor e a imagem em movimento, projectando ou im-
primindo imagens sobre aquele mesmo tipo de papel.Nascida
em Lisboa, frequentou sucessivamente os cursos de Realiza-
ção Plástica do Espectáculo (Escola Superior de Teatro e Ci-
nema), Desenho e Avançado de Artes Plásticas (Arco), tendo
sido bolseira em Lisboa, Budapeste e Berlim.As obras da ar-
tista fazem parte do espólio artístico de diversas instituições,
bem como de colecções privadas em Portugal, Alemanha, Bra-
sil, Reino Unido e Estados Unidos. Vive e trabalha em Berlim
No âmbito do 35º aniversário,
o Clube Filatélico de Estugarda vai
organizar mais uma grande exposi-
ção filatélica que será o principal
evento do ano de 2010 em que
serão levadas a cabo uma série de
iniciativas integradas nas festas do
seu aniversário.
Tido como o único clube de fi-
latelia além fronteiras, o Clube Fila-
télico de Estugarda já granjeou
reconhecimento internacional, con-
cretamente na Alemanha.
Para termos em conta a repu-
tação do Clube Filatélico também
em Portugal, os Correios de Portu-
gal anunciaram a criação de um ca-
rimbo para evocar os 35 anos de
actividade daquele que é a mais ori-
ginal colectividade portuguesa na
Alemanha.
Para além de ser um local de
encontro dos amantes da filatelia,
O Clube conta nas fileiras dos seus
associados gente que não sendo
coleccionadores aderiu ao Clube.
No entanto, e como nos referiu um
dos sócios das colectividade, o pre-
sidente do Clube, Serafim Rodri-
gues, está atento ao evoluir dos
tempos e apela aos jovens, que o
Clube quer e atrair para as suas fi-
leiras, para continuarem a obra que
se iniciou há 35 anos.
Clube Filatélico de Estugarda celebra35 anos de existência
Evento do Clube Filatélico de Estugarda35º Aniversário
Dias 27 e 28 de Março Exposição Filatélica subordinado ao tema „ 100
anos da Implantação da República de Portugal“ com a abertura prevista
para as 12h30 h sábado, 27. Prevê-se a presença do presidente da Fede-
ração portuguesa de Filatelia, Pedro Vaz Pereira, do Cônsul-Geral de Es-
tugarda, Manuel Gomes Samuel, e ainda de um representante da autarquia
local.
O local do festejos será na conhecida „ Sängerhalle „ em Stuttgart Un-
tertürkheim.
Grande exposição de filatelia
O PORTUGAL POST está à venda em cerca de 300 postos devenda em mais 200 localidades alemãs.
O porta-voz da comunidade portuguesa naAlemanha
Serafim Rodrigues, Presidente doClube Filatélico
O Cônsul-Geral de Portugal em
Hamburgo, António Alves de Car-
valho, nomeou e empossou o Con-
selho Consultivo junto do
respectivo consulado. A reunião,
que teve lugar nas instalações do
Consulado-Geral, no dia 30 de Ja-
neiro passado, serviu para nomear
elementos representativos da co-
munidade ligados à missão católica,
grupos de folclore, associações, clu-
bes desportivos, bem como alguns
membros nomeados por inerência,
como sejam o próprio Cônsul-
Geral, que preside ao Conselho
Consultivo, a Técnica dos Serviços
Sociais e o responsável pelos Servi-
ços de Apoio Regional ao Ensino.
No dizer do Cônsul-Geral, o
Conselho Consultivo (CC) será voz
da comunidade através dos seus re-
presentantes neste órgão.
O Cônsul disse também ao
PORTUGAL POST que logo a to-
mada de posse do CC se iria reunir
com os seus elementos, de acordo
com o que está previsto na lei de
regulamento consular. Para além da
primeira da reunião, o CC reunir-
se-á ordinariamente três vezes por
ano, mas caso se entenda, pode
reunir extraordinariamente um
terço dos seus membros sob con-
vocação do seu presidente.
Interrogado sobre o balanço
dos problemas e preocupações que
encontrou na comunidade, o Côn-
sul-Geral António Carvalho disse
ao PP que já tomou “conhecimento
da dimensão, estrutura e perfil da
comunidade portuguesa nesta área
de jurisdição Consular”.
“Com tranquilidade, consciên-
cia e responsabilidade, tenho estado
a avaliar as principais preocupações
e ansiedades da Comunidade. Seria
pretensão da minha parte dizer que
detectei todas, mas já detectei algu-
mas prioridades nas áreas de assis-
tência social às pessoas mais idosas
e que fazem parte da primeira ge-
ração de emigrantes. Ansiedades e
preocupações sobre a continuidade
do ensino da língua portuguesa, as-
sociativismo e integração“ São
questões sobre as quais o Cônsul-
Geral vai estar atento.
“Vamos procurar trabalhar jun-
tos e com a comunidade portu-
guesa no sentido de compreender
e absolver melhor as causas ou a
origem de alguma apatia no movi-
mento associativo local”, incremen-
tando e incentivando “as gerações
mais novas, com estímulos e pro-
postas alucinantes“, concluiu.
Maria dos Anjos Santos,Correspondente em Hamburgo
Cônsul-Geral de Portugal em Hamburgo empossou Conselho Consultivo
A COMPOSIÇÃO DO CONSELHO da esquerda: Adelino Pina, Carlos Marques, Isabel Arnedo,Maria José Amado Kock, Cônsul-Geral,António Alves de Carvalho, Salomé Andrade Pohl, JorgeFigueiredo (SARE), Fernando Bulhão e Manuel Loureiro) Foto: Fernando Soares
à
PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010Comunidade - Alemanha10
Tarcisio da Rocha Feltraus é um
padre brasileiro que está a passar
uns anos na Alemanha para estudar
alemão. “A pedido do Padre Cabral,
que é o responsável pela Comuni-
dade, eu tenho celebrado missas
aqui, quando ele não pode” expli-
cou ao Portugal Post. “Para mim é
um momento de grande alegria
estar aqui com a Comunidade por-
tuguesa, a celebrar a fé” diz o padre
brasileiro.
No fundo, a missa é um pre-
texto de encontro para a Comuni-
dade. “Esta é uma forma de
encontrar quase toda a Comuni-
dade que mora na cidade” diz Ar-
mindo Silva. “Este é um ponto de
encontro para todos nós. A gente
vê-se, comunicamos uns com os
outros” confirma por seu lado Joa-
quina Rosa Silvério.
No final da missa, na praça em
frente da igreja, trocam-se cumpri-
mentos, marcam-se encontros, pro-
metem-se telefonemas. “Como aqui
não há nenhum Centro português,
como há tão poucos eventos por-
tugueses, é sempre bom vir aqui,
para encontrar os amigos, e tam-
bém rezar, claro” afirma Armindo
Silva.
Quando se vive a cerca de três
mil quilómetros do país, todos os
meios são bons para guardar um
contacto com as raízes. “Sempre
fomos educados assim, já em garo-
tos íamos à igreja em Portugal” jus-
tifica Joaquina Rosa Silvério. “Para
mim, um domingo sem missa, nem
me sinto bem” acrescenta Maria
dos Santos, outra das muitas fiéis
que frequenta a igreja. “Já era assim
em Portugal e aqui, ainda bem que
temos esta missa em português,
para podermos continuar a praticar
a nossa devoção” acrescenta.
“Se nós somos católicos, se
temos fé em Deus, é natural que
vamos à missa, não acha?” pergunta
Maria Ferreira, membro do Grupo
coral da igreja. “E esta é também
uma forma de transmitir a nossa re-
ligião aos nossos filhos, que cá vão
continuar”.
Muitos dos Portugueses que
encontrámos, diz-nos que “o ale-
mão é uma língua difícil de se com-
preender e de falar”. Por isso, a
missa na língua de Camões é funda-
mental. “Acredite que há aqui pes-
soas há mais de 20 anos e que
continua a não saber falar alemão”
dizem.
Mas também há quem argu-
mente de outra forma: “Rezar em
Português tem muito mais sabor”
remata o padre no fim da eucaristia
dominical. “Eu sou Brasileiro, estou
aqui há 11 meses, e rezar em por-
tuguês tem outro significado, acre-
dite” diz ao Portugal Post. “E
compreendo que para a Comuni-
dade portuguesa se passe a mesma
coisa que se passa comigo: rezar é
na língua materna, na língua do co-
ração”.
“O alemão já nós o suportamos
durante a semama” diz com alívio
Armindo Silva. “Se nos pudermos
ver livres dele ao fim-de-semana,
tanto melhor” e ri. O próprio Padre
motiva os paroquianos a rezar com
a “língua dos sentimentos” e explica
que “também eu quando rezo em
alemão, parece não ter o mesmo
significado”.
Quanto à segunda geração, mais
integrada na sociedade alemã, pre-
fere, evidentemente, frequentar as
igrejas alemãs. “Durante muito
tempo tive de ir com os meus filhos
à missa alemã, porque eles prefe-
riam” explica Maria dos Santos.
“Agora, eles acabaram por ir para
Portugal e eu vim logo para esta
missa por ser em língua portu-
guesa”. Mas é Maria Ferreira quem
confessa que “quando vou a uma
missa em alemão, rezo o que sei em
alemão, muito pouco, e o que não
sei, rezo em português”.
Joaquina Rosa Silvério mora nos
arredores de Freiburg. “Lá onde
moro, vou mais à missa alemã do
que à portuguesa” explica. “Antiga-
mente tínhamos lá missa em portu-
guês todos os meses. Aquilo era
como se fosse uma festa para todos
nós, convivíamos todos com os Pa-
dres, que já cá não estão” relembra
com emoção. Agora desloca-se re-
gularmente a Freiburg para rezar na
língua que a viu nascer. “É mais fácil
e faz-me muito melhor” argumenta.
Mas cada vez há menos fiéis na
igreja. A sociedade em que vivemos
é cada vez mais individualista e as
igrejas são, em geral, demasiado
grandes para os paroquianos que
têm. Freiburg não é excepção. “Du-
rante o ano há menos gente, mas
por altura das festas de Natal e da
Páscoa, por exemplo, a igreja está
A “igreja dos portugueses” de Freiburg Igreja é também ponto de encontro da Comunidade
Todos os quinze dias, osPortugueses de Freiburgassistem à missa naigreja da Paróquia de St.Konrad. Mas já muitagente a conhece como a“Igreja dos Portugue-ses”.
cheia” diz confiante Joaquina Rosa
Silvério. “Claro que nem toda a
gente terá disponibilidade para vir
à missa, muitos têm outros com-
promissos. Depois, haverá uns que
vêm numa semana e outros que
vêm na outra”.
Tarcisio da Rocha Feltraus com-
preende as dificuldades da socie-
dade de hoje em encontrar um
sentido para a vida. “No momento
actual, com tanta oferta de coisas
para fazer e também com a televi-
são, as pessoas ficam um pouco
perdidas”. Mas o Padre acredita que
“as pessoas buscam acertar e oxalá
encontrem o caminho”.
A Comunidade Católica Portu-
guesa de Freiburg faz duas festas
por ano, uma em Maio e outra em
Dezembro, e o Grupo coral da
missa portuguesa está devidamente
organizado.
Como há missa aos domingos,
todos os quinze dias, o Grupo en-
saia aos sábados, antes da missa,
canções religiosas portuguesas e
brasileiras. “Porque o nosso Mestre
é Brasileiro...” diz a sorrir Maria
Ferreira, apontando para o caderno
onde guarda meticulosamente as
canções do reportório.
Lá dentro da igreja está a ima-
gem de Nossa Senhora de Fátima,
com um escudo português gravado
na base. Ficam algumas flores e mui-
tas velas acesas. Quem sabe se
algum pedido particular, na espe-
rança que possa ser atendido até à
próxima missa, dali por quinze dias.
Texto e foto:Carlos Pereira / LusoJornal
Caro/a Leitor/a:
Se é assinante,avise-nos se mudouou vai mudar de residência
“Rezar em Português tem muito mais sabor”
O Consulado-Geral de Portu-
gal em Estugarda acaba de confe-
rir uma verba de apoio a
investimentos ao Centro Portu-
guês de Fellbach, colectividade si-
tuada na grande coroa da capital
da Mercedes-Benz.
Trata-se de uma distinção me-
recida atribuída ao mais bem ge-
rido, equipado e dinâmico dos
pólos associativos lusos do
Baden-Württenberg.: O Centro
mobiliza cerca de 150 sócios ac-
tivos, paga escrupulosamente os
seus impostos e activa meia-dúzia
de pólos musicais, o que é real-
mente de assinalar.
Em declarações ao nosso jor-
nal, José Loureiro, o presidente da
Colectividade, revelou-nos ainda
que participa actualmente num
estágio sobre Gestão e Adminis-
tração de Centros, iniciativa da
autarquia onde se implanta o pólo
sociocultural português, fundado
há 14 anos.
José Loureiro e a sua equipa
estão confiantes no futuro. Des-
taca a alta perfomance atingida
pelos diversos grupos musicais do
Centro. E o trabalho em profun-
didade levado a cabo no Rancho
Folcórico“ Estrelas de Fellbach“,
com uma secção Juvenil incorpo-
rada. É de realçar a série de gru-
pos temáticos ligados à Dança
Moderna e Hip-Hop, para Juvenis
e Adolescentes. Um Duo Musical
de envergadura, o J/F e a Banda
Expression completam a oferta
de qualidade musical movida em
torno do Centro.
O líder do Centro tenciona
organizar este ano uma Excursão
para os associados. E cumprir o
plano anual com a Caminhada da
Primavera, por altura da Páscoa, e
o Passeio-Convívio em Bicicleta
em Maio. José Loureiro indica o
único caminho para o reforço da
vida associativa: o estreitar dos
laços de cooperação com as au-
toridades alemãs do sector e a
prestação escrupulosa de todos
os passos do controlo fiscal indis-
pensável na economia e gestão da
Colectividade.
F. Almeida Ribeiro
Centro Português de Fellbach
Consulado-Geral de Estugardadistingue rigor e honestidade daColectividade
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PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 11Alemanha
Numa sessão realizada no pas-sado dia 9 de Fevereiro, o Tri-bunal Constitucional Federaldeclarou a lei de ajuda social oscidadãos mais carenciados(Hartz IV) do país inconstitu-cional.
A lei, que combina ajuda social
de longo prazo e subsidio de de-
semprego, é, de acordo com o tri-
bunal, „incompatível com a
Constituição“, que prevê para
todos os cidadãos o direito a uma
„existência digna“. „As regras, da
forma como estão, não são suficien-
tes“, afirmou o presidente do tribu-
nal, Hans-Jürgen Papier. „Essas
regras são inconstitucionais“, disse.
Papier afirmou que as quantias
garantidas a adultos e crianças não
são suficientes para „garantir um
mínimo de existência humana-
mente digna“. O tribunal classificou
como carente de transparência a
maneira como a ajuda é calculada.
O cálculo é feito levando em
conta gastos estatísticos dos que
têm menores rendimentos. Essas ci-
fras, entretanto, contêm descontos
percentuais para gastos como casa-
cos de pele e viagens de avião, des-
pesas que, na opinião dos juízes do
Supremo alemão, dificilmente são
feitas pelas classes carenciadas. En-
quanto outras necessidades, como
gastos com educação, não são con-
siderados no cálculo, criticam os
magistrados.
O tribunal deu ao governo um
prazo até o final do ano para mudar
o modo como a ajuda é calculada.
Os economistas acreditam que a
reforma exigida pelo tribunal pro-
vavelmente aumentará sensivel-
mente os gastos do governo, que,
no ano passado, gastou 45 biliões
de euros no plano de ajuda social
Hartz IV .
Cerca de dois milhões de crian-
ças que vivem em famílias beneficiá-
rias de ajuda social do Governo
podem ter agora esperança de re-
ceber um melhor apoio do Estado,
sobretudo depois que a Justiça
alemã determinou que os gastos
com educação infantil devem ser le-
vados em consideração.
Sobretudo o sistema de cálculo
usado no caso de beneficiários me-
nores de idade, em que a dedução
da quantia para crianças é feita a
partir de uma parcela do valor que
cobriria as necessidades básicas de
um adulto foi um ponto criticado
pelos juízes. „Crianças não são pe-
quenos adultos“, afirmou a corte.
O veredicto do tribunal sediado
em Karlsruhe foi elogiado por re-
presentantes de oposição, governo,
além de entidades assistenciais. A
ministra alemã do Trabalho, Ursula
von der Leyen, classificou a decisão
como uma vitória para a educação
das crianças.
A decisão foi consequência de
um processo movido por três famí-
lias em 2005. Elas argumentaram
que a quantia de 207 euros a que
crianças com menos de 14 anos ti-
nham direito na época era determi-
nada arbitrariamente e que não
cobria um mínimo para garantir a
existência delas.
Segundo dados mais recentes,
aproximadamente 6,7 milhões de
alemães (dos quais 1,7 milhão com
menos de 14 anos) são beneficiá-
rios de ajuda social, sendo que 4,9
milhões são considerados capazes
de trabalhar.
O plano de benefícios sociais
Hartz IV foi uma reforma levada a
cabo pelo governo de centro-es-
querda de Gerhard Schröder em
2003 e 2004.
Schröder pagou um alto preço
político pela impopularidade das
medidas, sofrendo uma derrota
eleitoral em 2005 para a actual
chanceler alemã Angela Merkel,
após uma série de derrotas em elei-
ções estaduais.
Muitos economistas acreditam
que o plano Hartz ajudou a amor-
tecer o mercado de trabalho ale-
mão durante a crise financeira,
quando houve queda de produtivi-
dade de cerca de 5%, enquanto a
taxa de desemprego aumentou
menos que o esperado.
No entanto, o programa conti-
nua sendo um tema controverso na
Alemanha, tanto sob o aspecto po-
lítico como social, com os que re-
cebem Hartz IV sendo
frequentemente estigmatizados.
Críticos também argumentam que
aqueles que recebem os benefícios
têm dificuldade para voltar ao mer-
cado de trabalho.
Portugal Post com agencias
Tribunal declara inconstitucional a lei alemã de ajuda social Hartz IV
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Uma idosa de 85 anos está a ser
julgada em um tribunal da cidade
de Wuppertal. Ela é acusada de
traficar quilos e quilos de heroína
e cocaína. A aposentada, da cidade
de Solingen, confessou o crime e
é tida como a traficante de drogas
mais velha da Alemanha.
Hannelore M. está a ser jul-
gada juntamente com quatro ou-
tros réus, entre eles, seu filho, de
50 anos, e seu neto, de 28 anos.
„A minha mandante reconhece
sua culpa“, disse a advogada da
idosa
A octogenária foi presa em
Agosto passado, depois de ter es-
tado por diversos meses sob ob-
servação policial realizada por um
grupo especial de investigação. Os
policias encontraram no aparta-
mento da idosa, entre outras pro-
vas, quase três quilos de heroína,
no valor de 70 mil euros, cocaína
e duas armas de fogo.
A procuradoria acusa a idosa
de traficar heroína da Holanda
desde Março de 2008, em compa-
nhia de seu filho, viciado em dro-
gas. Ela transportava a mercado-
ria, de carro, embalada em paco-
tes de café, até Solingen, onde
comercializava a droga.
Segundo a acusação, a idosa
optava também por aceitar a
prestação de serviços domésticos
ou de jardinagem como paga-
mento, ao invés de receber di-
nheiro. Mais tarde, quando as
viagens à Holanda foram assumi-
das por seu neto, a aposentada
passou a guardar heroína em casa,
onde também escondeu o di-
nheiro do tráfico.
Ao todo, ela é acusada de ter
transportado, juntamente com
seus cúmplices, entre 200 e 500
gramas de drogas em cada viagem
à Holanda, somando mais de 11
quilos de droga traficada.
A acusada esperou o julga-
mento em liberdade, pois confes-
sou o crime logo após sua prisão.
Caso sejam condenados, os réus
podem ter de cumprir entre
cinco a 15 anos de prisão. O sen-
tença está prevista para o final
deste mês.
Alemã de 85 anos é julgada por tráfico de drogas
Mais de 3 mil sonega-
dores de impostos
entregaram-se volun-
tariamente às autori-
dades alemãs nas
últimas semanas. A
enxurrada de confis-
sões é atribuída à no-
tícia de que o governo da
Alemanha está prestes a comprar
um CD com dados de mais de 1,5
mil sonegadores que têm dinheiro
não declarado em contas na
Suíça.
De acordo com reportagem
publicada jornal Die Welt, 3.220
cidadãos recorreram às autorida-
des fiscais para fazer queixa con-
tra si próprios. Cada um deles
deve pagar entre 100 mil e 150
mil euros, em média, de impostos
atrasados. Segundo o jornal, o di-
nheiro arrecadado desta forma
pelo fisco alemão deve superar os
480 milhões de euros.
Segundo a lei alemã, sonega-
dores arrependidos que se entre-
gam às autoridades fiscais antes
de serem alvos de investigações
não sofrem punições, escapando,
deste modo, a serem alvo de pro-
cesso. Para isso, basta que paguem
os impostos atrasados dentro de
um prazo definido, acrescidos de
juros, naturalmente.
O governo alemão anunciou
no começo do mês estar disposto
a comprar um CD com dados de
transacções bancárias não decla-
radas ao fisco de 1,5 mil clientes
alemães de bancos suíços. Um in-
formador anónimo estaria pe-
dindo 2,5 milhões de euros pelas
informações, que teriam sido ob-
tidas ilegalmente.
Em 2008, o governo alemão
havia comprado dados roubados
sobre clientes do banco LGT, em
Liechtenstein, por cinco milhões
de euros.
CD com dados bancários faz com milhares se entregem ao fisco alemão
PORTUGAL POST nº 188 • Março 201012
Os rapazes abandonam cada
vez mais o ensino quando acabam a
escolaridade obrigatória. E muitas
vezes não é por falta de capacida-
des, mas pelo facto das escolas pri-
vilegiarem as raparigas. Nos 27
países da União Europeia, só a Ale-
manha mantém, no ensino superior,
valores equilibrados de participação
dos dois sexos. Será que o “velho”
modelo de turmas só masculinas ou
só femininas afinal é o mais ade-
quado para evitar uma geração de
excluídos? Ou será que uma gera-
ção de papás e mamãs tem de abrir
os olhos e educar os “monstrinhos”
para não lhes comprometer o fu-
turo?
Na hora de
escolher o liceu
para a minha filha
mais velha não
hesitei: uma es-
cola exclusiva-
mente feminina.
Adoptada às ne-
cessidades espe-
ciais das raparigas
e ao seu ritmo de
aprendizagem. Os
resultados são
mais, muito mais
que satisfatórios.
Para poder dar
resposta a alguns comentários tro-
cistas comecei a ler tudo o que me
aparece em mãos sobre ensino de
género. Recentemente o jornal por-
tuguês “Público” publicou um ex-
tenso artigo sobre uma “futura
classe de excluídos” no ensino
misto : os rapazes. De acordo com
o diário estudos feitos em vários
países europeus têm vindo a reco-
nhecer que as mudanças introduzi-
das nas últimas décadas no sistema
de ensino e de avaliação dos alunos
estão a contribuir a para afastar da
escola um número cada vez maior
de rapazes. O fenómeno, que é
comum à maioria dos países oci-
dentais, Portugal incluído, está a
alargar o fosso entre rapazes e ra-
parigas no sistema educativo. As ra-
parigas têm hoje melhores notas e
vão mais longe nos estudos, os ra-
pazes desistem, muitos deles no
final da escolaridade obrigatória.
Dos 27 países da União Europeia,
só a Alemanha mantém, no ensino
superior, valores equilibrados de
participação dos dois sexos. A Ale-
manha é um dos poucos países dos
27 apostar quer em escolas exclu-
sivamente femininas ou masculinas
ou em turmas separadas.
Uma corrida a contra-relógio
Os números do abandono es-
colar fizeram soar campainhas de
alarme. Segundo o director do ins-
tituto britânico de políticas para o
ensino superior, Bahram Bekhrad-
nia, citado pelo “Público”, a Europa
encontra-se numa corrida contra-
relógio. “Penso que corremos o pe-
rigo de estar a criar uma nova
classe baixa”, constituída só por ra-
pazes, diz, depois de um estudo re-
cente daquele organismo ter
confirmado a dimensão crescente
do fosso entre raparigas e rapazes,
e lançado algumas pistas inquietan-
tes sobre os motivos que explicam
o fenómeno.
O problema não são os bons
resultados obtidos pelas raparigas,
mas as fracas
classificações
dos rapazes e
aquilo que isso
implica: a res-
ponsabilidade
da escola nesta
situação, o que
isto está a pro-
vocar neles e
nelas, e as con-
sequências so-
ciais do
insucesso esco-
lar masculino.
Isto está a
acontecer não
por os rapazes se terem tornado,
de repente, mais estúpidos, mas em
grande medida, avisam os investiga-
dores, por eles estarem a ser ensi-
nados e avaliados num sistema que
valoriza as características próprias
das raparigas e penaliza as dos ra-
pazes. Para os professores, na sua
esmagadora maioria mulheres, o
modo como as raparigas se com-
portam e trabalham é „mais con-
forme com as suas representações
do bom aluno ou aluno ideal“ - o
que poderá conduzir a uma „sobre-
avaliação“ das alunas e a uma „dis-
criminação“ dos alunos.
O que o estudo diz ainda, é um
dado que me parece fundamental, é
que a “atitude”, o comportamento
dos rapazes, estará a comprometer
irreversivelmente os resultados da
sua avaliação. O sociólogo francês
Christian Baudelot defende que,
antes de mais, aquilo que é pedido
pela escola é a interiorização das
suas regras, mas que estereótipos
sociais ainda dominantes valorizam
nos rapazes o desafio, a violência e
o uso da força - um verdadeiro „ar-
senal antiescolar“. Apetece pergun-
tar onde andam os papás e as
mamãs dos meninos?
As raparigas, pelo contrário, são
socializadas na família em moldes
que facilitam a adaptação às exigên-
cias escolares: mais responsabili-
dade, mais autonomia, mais
trabalho.
Este poema da Ana Luísa Ama-
ral, nascida em Lisboa em 1956 e a
viver no Porto, docente universitá-
ria e conceituada investigadora, na
área dos estudos ditos femininos
ou feministas, está inserido numa
colectânea de mais de cinquenta
poemas, por sua vez integrando o
capítulo “Revisitações”. Revisitar
significa visitar de novo, alguém, al-
guma coisa de nós ausente já há
muito tempo. Alguma coisa de que
temos saudade. De facto, muitos
poemas de Ana Luísa revisitam as
nossas memórias, recordações da
infância, dum tempo desaparecido,
remexem na memória colectiva da
nossa cultura greco-romana e ju-
daico-cristã, contêm imagens ou
iconografias que quase desaparece-
ram do nosso presente, mas que a
lírica tem a capacidade de buscar
para de novo as representar, as
reescrever.
Mas aqui não temos uma revisi-
tação, o título indica-o: temos uma
visitação. A poeta, porventura con-
centrada nessa sua temática do re-
visitar, à procura de „coisas de luz
antiga“, tentando atravessar os „tra-
jectos da memória“ (dois títulos de
poemas), é interrompida pelo muito
real. O real que ocupa o espaço,
que toma o seu espaço sem olhar a
nada, esse real que irrompe na lírica
de Amaral e que alguns críticos
(masculinos) não realizam, pois que-
rem-na, a ela, à poeta e a ela, à lírica,
sempre em esferas transcendentes,
em compartimentos estanques.
Censuram o contexto familiar, par-
ticular dos textos. Que Ana Luísa se
serviria de palavras macias e que fi-
caria pelo quotidiano e pelo do-
méstico. Será?
Temos aqui uma cena, daquelas
que quase se contam em estilo de
anedota, imagina tu bem, eu sem
conseguir dormir, levantei-me ce-
díssimo, a emendar uns textos, a
consultar catrapázios e, de repente,
aquela marota, descalça na soleira
da porta, pé ante pé, chega-se ao
meu colo, sobe por mim acima, ani-
nha-se muito caladinha, um sorrizi-
nho matreiro e adormece. E o que
faz a poeta? Descreve nesse código
fulgurante da poesia - versos em ca-
dência rítmica, recorrências -
vejam-se as variações à volta de
„manso“ -, aliterações, oposições
semânticas.
A cena, de facto tão caseira, tão
banal, tão comum, é modelada ou
melhor, remodelada poeticamente
e ganha através dessa feitura uma
qualidade, um poder que a simples
narração do facto não teria nunca.
Pois o poema relaciona a presença
da menina com o trabalho intelec-
tual da mãe: ela entra com a madru-
gada, aparece ainda mais
devagarinho que a própria alvorada
(e nós sabemos como a luz do
novo dia é lenta a aparecer), o ruído
do seu andar é mais suave que o
instrumento de escrita, o lápis, em
contrapartida o riso é maior que os
versos. O riso da criança não co-
nhece entraves, expande-se como a
água da nascente, o que não acon-
tecerá sempre aos versos. Ela in-
vade o espaço da lírica, parece
naquele momento exigir mais aten-
ção do que qualquer palavra que
porventura será inscrita no papel,
ela inscreve-se no próprio espaço
da lírica, numa invasão mansa, suave,
delicada mas que não deixa de ser
exigente. O corpo da criança ir-
rompe no corpo do texto. E assim
rouba a inspiração à poeta. Que
deixa de ser poeta para ser só colo,
esse espaço-continuação do útero,
nunca negável à própria cria.
Este poema dá-nos parte do
próprio processo de criação. Os
atributos desse devir criativo que é
a escrita - o lápis, os versos (2x), o
poema, a inspiração - tudo ali se
conjuga para que esta possa fluir,
para que tome forma, para que as
palavras se juntem, se dêem novos
contornos, significados surpreen-
dentes e para que tudo vá desaguar
num discurso eminentemente lí-
rico, isto é, que, segundo o estu-
dioso Carlos Reis, concretiza um
processo de interiorização, que re-
presenta uma atitude marcada-
mente subjectiva e cujo material
linguístico se rege pelo princípio da
motivação, não sendo pois aleatório
nem arbitrário. Voltando à pequena
historieta da menininha que corre
para a mãe, se acolhe ao seu colo e
interrompe assim a actividade inte-
lectual da mulher, é o próprio dis-
curso lírico que vai enformar este
momento do quotidiano, que vai
pois modelizar liricamente (o tal
contar e cantar de que falava o
poeta espanhol Antonio Machado )
essa ínfima parcela do real, que
através dos versos se vai desligar
do concreto e que em letra de
forma chega até nós para nos tocar,
nos fazer sorrir, nos fazer lembrar
alguma cena semelhante das nossas
próprias vidas. É à lírica que cabe
esse papel transformador e encan-
tatório de pegar no real e trans-
cendê-lo, de focar uma cena quiçá
banal e elevá-la a um tom de magia.
Ao descrever o „crime“ da filha, o
roubo da imaginação, o eu enuncia
um poema novo, o poema do não-
poema, aquele que descreve na sua
concisão o contexto sócio-cultural
da mulher, a situação de trabalho
da mulher-poeta, obrigada a pousar
o lápis para dar o colo. Respon-
dendo ao mansinho da filha com a
secular mansidão das mulheres. E
com um poema encantador.
De mansinho ela entrou, a minha filha.
A madrugada entrava como ela, mas nãotão de mansinho. Os pés descalços,de ruído menor que o do meu lápise um riso bem maior que o dos meus versos.
Sentou-se no meu colo, de mansinho.O poema invadia como ela, mas nãotão mansamente, não com esta exigênciatão mansinha. Como um ladrão furtivo,a minha filha roubou-me inspiração,versos quase chegados, quase meus.
E mansamente aqui adormeceu,feliz pelo seu crime.
Aulas de PortuguêsAna Luísa Amaral, Às vezes o paraíso, Lisboa 1998
Visitações ou o poema que se diz de mansinho
Luísa Costa Hölzl
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PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 13CulturaNÚMERO DE EMISSORAS: 145 /// CONSUMO DIÁRIO DE TV: 207 MINUTOS
A Alemanha é campeã de exportação
– também no sector da televisão. As
suas produções de TV são apreciadas
internacionalmente e deram à televi-
são alemã a fama de produzir progra-
mas de qualidade. Ao mesmo tempo,
o mercado alemão de TV está entre
os de maior concorrência no mundo.
Característica especial: o sistema
dual, dividido entre emissoras de di-
reito público e emissoras privadas.
Em comparação internacional, a Ale-
manha possui algumas das maiores
emissoras de TV: as duas redes de di-
reito público (ARD e ZDF), bem
como dois grupos privados de TV
(RTL e ProSiebenSat.1). A ARD é uma
rede de nove canais regionais de TV
que operam com o canal nacional
Das Erste, cobrindo cerca de 35 mi-
lhões de domicílios na Alemanha. A
emissora Zweites Deutsches Fernse-
hen (ZDF) transmite a sua programa-
ção para todo o país.
As emissoras de direito público e
privadas oferecem uma programação
completa – de noticiário actual e do-
cumentações, séries, filmes de TV e
longas-metragens, bem como progra-
mas de entretenimento. A oferta da
ARD e da ZDF é complementada
com canais especiais e tematicos,
como, por exemplo, o canal de docu-
mentação e informação Phoenix e o
canal infantil KIKA, bem como com
ofertas internacional, como o canal
alemão-francês Arte e o canal cultural
3sat – uma cooperação com as tele-
visões austríaca e suíça.
O grupo privado de mídia RTL
Deutschland faz parte do Grupo RTL
europeu e pertence ao grupo Ber-
telsmann. Ao lado de outros, opera os
canais RTL, RTL II e VOX. ProSieben-
Sat.1 pertence aos investidores finan-
ceiros KKR e Permira. O grupo, que
opera entre outros os canais SAT.1,
ProSieben e Kabel Eins, fundiu-se em
2007 com o grupo europeu SBS. No
sector de pay TV, há ainda o grupo
Sky Deutschland, que é controlado
pela Rupert Murdoch News Corpo-
ration. ARD e ZDF são financiadas a
partir das taxas de radiodifusão, que
todo cidadão é obrigado a pagar,
quando dispõe de um aparelho recep-
tor de rádio ou televisão. Além disto,
elas detêm receitas de publicidade.
Mas a publicidade comercial só é per-
mitida aos dois canais públicos de se-
gunda a sábado, no horário que vai
das 17h00 às 20h00. Em 2008, a ARD
recebeu 5,35 bilhões de euros das
taxas de radiodifusão, com os quais
também financia as suas emissoras re-
gionais de rádio. A ZDF, que não pos-
sui emissoras de rádio, recebeu 1,73
bilhão de euros. A receita publicitária
total das emissoras de direito público
(inclusive rádio) rondava os 500 mi-
lhões de euros por ano, antes da crise
económica. Os canais privados de sin-
tonização gratuita ainda tiveram re-
ceitas de publicidade em 2006 de 4,9
bilhões de euros .
Não existem na Alemanha deba-
tes abertos, como na Grã-Bretanha,
sobre a possibilidade de as emissoras
privadas receberem uma parte da
taxa de radiodifusão. As emissoras
privadas têm pouco interesse nisto,
pois tal possibilidade imporia condi-
ções relativas à programação: as emis-
soras de direito público na Alemanha
têm de garantir uma chamada oferta
básica de informação. Por outro lado,
às emissoras privadas será possível a
partir de 2010 uma receita adicional
através de product placement em sé-
ries, shows e transmissões desporti-
vas. Isto é uma consequência das
novas directrizes da UE para os ser-
viços de mídia. Para ARD e ZDF con-
tinuará existindo a proibição de
product placement.
Na aceitação do público, a rede
nacional da ARD continuava recente-
mente na liderança. No ano de 2008,
Das Erste teve audiências na ordem
dos 13,4%, seguido pela ZDF com
13,1%, RTL com 11,8% e SAT.1 com
10,3%. Na importante faixa etária de
público entre 14 e 49 anos de idade,
a vitoriosa foi geralmente a RTL que
teve, em 2008, audiências de 15,7%
do mercado. Ela enfrenta agora a con-
corrência da ZDF. A emissora de
Mainz inaugurou, em Novembro de
2009, o seu novo canal digital
ZDFneo. A meta é atrair mais teles-
pectadores jovens, com programas
humorísticos próprios e séries ame-
ricanas, e aumentar assim a participa-
ção nesta faixa relevante do mercado,
até agora de apenas cerca de 5%.
Michael RidderCortesia DW
As emissoras de TV na Alemanha
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PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010Cultura14
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Que Bom!!!
Cerca de mil espectadores
acorreram à Filarmónica de
Berlim para assistir ao concerto
de Katia Guerreiro, que “agar-
rou” o público com vários clás-
sicos do Fado, arrancando
aplausos a fazer esquecer a
noite gélida.
A fadista partilhou o palco
da Sala de Música de Câmara da
Filarmónica de Berlim com o
cantor turco Ahmet Aslan, que
abriu o concerto e voltou a
subir ao palco no final para can-
tar com Katia Guerreiro.
O espectáculo intitulado
“Alla Turca - Huzun e Melanco-
lia - Canções de Portugal e da
Anatolia” foi uma iniciativa da
Orquestra Filarmónica de Ber-
lim e do seu maestro residente,
Simon Rattle, para promover o in-
tercâmbio de culturas musicais.
O entendimento entre a fadista
portuguesa, os seus guitarristas, o
cantor turco e respectivos músicos
foi quase instintivo, apesar de nunca
se terem visto antes.
“Conhecemo-nos hoje, na al-
tura dos ensaios, durante a tarde, e
em cinco minutos ficou definido o
que queríamos tocar à noite”, disse
Katia Guerreiro em Berlim.
O público aderiu inteira-
mente, chamando os artistas
ao palco no final com “bravos”
e fortes aplausos, para bisar
duas vezes, e a fadista não es-
condeu a sua satisfação por
cantar em local tão prestigiado.
“Esta é uma sala mítica, um
sítio quase religioso para os
músicos, pisar o palco da Filar-
mónica de Berlim é atingir o
pico da montanha”, observou
Katia Guerreiro.
A fadista confessou tam-
bém que antes do concerto
sentiu “alguma ansiedade, por
não saber que reaccção iria ter
de um público tão elitista, tão
musicalmente educado”.
O resultado da cooperação
musical luso-turca, porém, foi
um sucesso, e Katia Guerreiro disse
que esperava ter “conseguido der-
reter algum gelo em torno da Filar-
mónica”, na noite gélida de Berlim,
com a temperatura nos 10 graus
centígrados negativos. FA
Música: Katia Guerreiro aqueceu Filarmónicade Berlim em noite gélida
PORTUGAL POST NA ESCOLA
No passado dia 20 de Dezem-bro de 2009 realizou-se noSalão de St. Anna em Singen,a Festa de Natal do Curso dePortuguês do 1ºciclo.
Já há muito tempo que aescola portuguesa não reali-zava uma actividade como adeste ano que envolveu alu-nos, pais, familiares, amigos emuitos interessados na novi-dade.
Num curto espaço detempo, mais precisamenteum mês, os alunos apresenta-ram um bom espectáculoque agradou a todos.
Do programa fizeramparte um “Auto de Natal”,declamação de poemas, can-ções de Natal, participaçõesde alunos tocando instru-mentos como guitarrra,flauta transversal e trom-pete, Karaoke em português,entrega de prendas, e a “Or-questra de Garrafas”, pro-jecto musical do nossoprofessor Luís Lopes.
Esta iniciativa contou coma colaboração do Centro Por-tuguês de Singen, F.C. Magri-ços, Bar do Centro Portuguêsde Singen, Magrest gmbh,Karstadt, Fonseca gmbh, “OsConquistadores”, encarrega-dos de educação e algumaspersonalidades locais que fi-zeram questão em ajudar naconcretização deste sonho.
Graças à colaboração detodos podemos ter refeições,bebidas e animação suficien-tes para servir os que nos vie-ram visitar.
Foi um momento bonitode encontro familiar faladoem português que queremosver repetido e melhorado nopróximo ano lectivo.
Texto dos Alunos do 4º ano do Curso deLíngua e Cultura PortuguesasSingenRevisão: Prof. Luís Alberto Gomes Lopes
que aqui publica-
mos é uma contribuição de alunos
do 4º ano do curso de Língua e
Cultura Portuguesas em Singen (na
foto) escrito sob a orientação do
professor Luís Alberto Gomes
Lopes.
O texto dos alunos é uma par-
ticipação a que eles chamam "Notí-
cias dos pequenos jornalistas de
Singen".
Fica o nosso obrigado e incita-
mento a mais contribuições de ou-
tros pequenos “jornalistas“.
O TEXTO
PORTUGAL POST nº 188 • Março 201016
Orações aos Anjos da GuardaFormato: 14 X 21 cm.Páginas: 144Preço: 20,99 €Na primeira parte desta obra encontrará umvasto número de orações aos anjos da guarda,que certamente serão do seu inteiro agrado.Na segunda parte deliciar-se-á com a listagemcompleta dos 72 anjos protectores. Cada um des-tes anjos confere características particulares maomodo de ser e de amar dos seus protegidos. Con-
heça o seu anjo e as características que ele lhe imprime na sua vida. Estesseres celestiais estão constantemente ao nosso lado, para nos proteger oupara nos afastar dos perigos.
Aprenda a Viver Sem StressFormato: 15,5 X 23 cm.Páginas: 100Preço: 20,99Quanto mais tempo da sua vida é que está dis-posto a desperdiçar? Quanto mais tempo da suavida está disposto a continuar a sofrer? Quantoda sua vida está disposto a finalmente reivindi-car hoje? Quanto mais tempo vai deixar que osoutros mandem nas suas escolhas? E, se reivindicar a sua vida, acha quefica a dever alguma coisa aos outros?Quando você cede ao stress, você não está ser você mesmo. Quando vocêcede ao stress, você passa ao lado da vida, da sua vida. Você vive em per-manente sobrevivência. E quem sobrevive, sofre. E quem sofre, vive emstress
Formato: 14x21cmPáginas: 340Preço: 25.99É uma extensa antologia com centenas de oraçõesa saantos, anjos, arcanjos e toda a corte celestial.Nestas páginas encontra uma mensagem de espe-rança, um motivo para acreditar que a fé existe eque nos rodeia em todos os momentos da nossavida. É o companheiro ideal, pois as suas orações
têm o poder de transmitir ao espírito a energia que restaura a alegria deviver e a confiança no amor, na paz e na esperanaa para o futuro.
Grande Livro de Orações
Santo António - Orações e SimpatiasFormato: 14x21cmPáginas: 104Preço: € 18,99Santo António nasceu como Fernando Bulhão Martins,em Lisboa a 15 de Agosto de 1195 e faleceu em Páduaa 13 de Junho de 1231. Existem milhões de pessoas, em Portugal e pelomundo fora, que vêem em Santo António o seu Santo milagreiro. Esta obraé dirigida a estas pessoas. Compilámos orações, simpatias e adivinhaçõesdirigidas a Santo António, com vista a melhorar as mais diversas áreas devida.
Os Anjos são criaturas celestiais enviadas por Deuspara nos ajudar na nossa evolução terrena e espiritualEstão sempre por perto para nos auxiliar e, através da oração, podemosestabelecer contacto com eles. Os salmos bíblicos são invocações mágicas,orações poderosas, escritas há cerca de 5 mil anos. Salmo quer dizer oraçãocantada e acompanhada com instrumentos musicais. São utilizados parapedir a bênção e a ajuda de Deus para os problemas do dia-a-dia. Comomantras sagrados, podem ser utilizados por cada um de nós, independen-temente da religião ou crença de cada um. A leitura dos salmos é outra ma-neira de nos aproximar do nosso Anjo da Guarda e de trazer a sua influênciapara as nossas vidas. Cada Anjo é atraído por um salmo específico. Quandooramos, os Anjos oram connosco, nessa altura a cor da nossa aura muda eisso facilita aos Anjos entenderem a nossa intenção, levando mais pronta-mente as nossas petições ao plano astral, podendo assim prestar-nos deforma mais rápida a ajuda de que necessitamos.
Salmos e Orações aos AnjosAutor: Gabriela BarrosFormato: 14 X 21 cm.Páginas: 96Preço: € 20,99
A “Santíssima e Vera Cruz de Caravaca” é umadas mais importantes relíquias cristãs. Consistenum fragmento da madeirada cruz em que Cristo
morreu. Esse fragmento encontra-se desde o século XIII na cidade de Ca-ravaca, perto de Múrcia, em Espanha. O fragmento é conservado dentrode um relicário.O importante na relíquia não é o formato externo da Cruz,que constitui apenas o recipiente, mas o seu conteúdo, o Santo Lenho, queencerra em si todo o significado da mensagem e da acção terrena de JesusCristo. Desejamos advertir que qualquer reprodução dessa Cruz terá so-mente o valor de trazer à lembrança a original “Vera Cruz”, e as oraçõesa ela dirigida deverão ter a intenção de venerar o fragmento de madeiracomo símbolo do sacrifício de Cristo.
Sagrada Cruz de CaravacaFormato: 14 X 21cmPáginas: 140Preço: € 25.00
Cupão e condições de encomendana pág. 23
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O mesmo isolamento que ob-
riga a viajar por estradas espanholas
para chegar a Miranda do Douro
preservou a originalidade de ícones
culturais como a gaita-de-foles mi-
randesa, que viu reconhecidas as
suas singularidades.
A delegada regional da Cultura
do Norte, Helena Gil, proclamou,
no encerramento do I Congresso
Internacional da Gaita-de-Foles, em
Miranda do Douro, o reconheci-
mento e padronização da gaita mi-
randesa.
Este reconhecimento simbólico
significa que a partir de agora passa
a haver normas para a construção
e timbre deste instrumento tradi-
cional transmontano.
O padrão foi encontrado no
âmbito de um projecto de investi-
gação, apoiado pelo Ministério da
Cultura, que no último ano reco-
lheu 25 exemplares, alguns com 200
anos, das mais tradicionais gaitas
mirandesas.
Com este trabalho, o coordena-
dor do projecto Jorge Lira, espera
contribuir para revitalizar e preser-
var a tradicional gaita mirandesa
que estava a desaparecer e a ser
substituída por congéneres de ou-
tros países, nomeadamente pela
gaita galega da vizinha Espanha.
Há quase trinta anos, Zé Preto,
como é conhecido na sua aldeia da
Freixiosa, deu um contributo im-
portante para recuperar a gaita mi-
randesa.
Construiu a primeira aos 15
anos e contabilizou entre „70 a 80“
para diversas zonas do país, Espanha
e até Itália.
O timbre deste instrumento
ficou-lhe no ouvido desde criança,
numa época em que era o som da
gaita-de-foles que animava festas,
romarias e convívios populares.
Dividiu a sua vida entre a do-
cência de História e a construção
das gaitas até que foi colocado
longe de casa e ficou com menos
tempo para o tradicional instru-
mento.
Continua a trabalhar nos tem-
pos livres e férias na arte que apren-
deu também com a ajuda de velhos
gaiteiros e construtores.
Pretende agora contribuir para
o trabalho de padronização com
mais um exemplar, o mais tradicio-
nal que viu até hoje, construído com
o típico odre de pele de cabrito,
madeira e chifres.
Eram assim as primeiras gaita
que fez.
Os chifres ia buscá-los ao mata-
douro do Cachão para fazer os
anéis que colocava dentro da cana
de madeira da gaita.
As peles eram-lhe fornecidas
por um cabreiro da aldeia.
Hoje em dia, as regras de sani-
dade animal obrigam a que os ani-
mais sejam abatidos nos
matadouros e fazem com que a tra-
dição já não seja o que era.
As peles dos matadouro são
aproveitadas para outros fins e já
não servem para o „saco“ que o fô-
lego do gaiteiro enche de ar e que
vai sendo libertado, produzindo a
sonoridade da gaita com a ajuda do
acessório principal que é a pon-
teira, a responsável pela parte me-
lódica do instrumento.
A pele de cabrito, outrora cur-
tida com sal e cinza de forma arte-
sanal, tem sido substituída por
materiais sintéticos, que garantem
os entendidos não prejudicam a so-
noridade.
O projecto de investigação que
levou à padronização recolheu 25
ponteiras, que vão ser a partir de
agora replicadas, e que os promo-
tores acreditam guardarem os sons
mais originais da gaita mirandesa.
„O isolamento destas terras as-
segurou que a originalidade da gaita
prevalecesse até aos dias de hoje
sem influências exteriores“, assegu-
rou Jorge Lira.
Banhado pelo Douro Interna-
cional e encostado à fronteira com
a região espanhola de Castela e
Leão, o Planalto Mirandês é consi-
derado ainda hoje dos mais isola-
dos do Nordeste Transmontano.
Faltam estradas que obrigam a
que os automobilistas viajem entre
Bragança e Miranda do Douro,
pelas „carreteras“ espanholas, por
serem mais confortáveis do que as
nacionais portuguesas.
O mesmo isolamento preser-
vou, no entanto em terras de Mi-
randa particularidades culturais que
levaram à distinção da gaita-de-foles
e que, há nove anos, reconhecerem
o falar destas gentes como a se-
gunda língua oficial de Portugal- o
mirandês.
„Precipitado“ é como o presi-
dente da Associação para o Estudo
e Divulgação da Gaita-de-Foles,
Francisco Pimenta, considerou o re-
conhecimento e padronização
deste instrumento.
O representante desta associa-
ção nacional, com sede em Lisboa,
entende ser necessária „prudência“
e mais estudos, embora considere
o trabalho feito „meritório“.
O trabalho foi liderado pelo
grupo de música tradicional miran-
desa Galandum Galundaina, que
tem na gaita a sua principal sonori-
dade.
Da comissão científica fizeram
parte várias entidades, entre elas a
associação sedeada em Lisboa.
O coordenador do projecto,
Jorge Lira não reconhece „repre-
sentatividade“ à associação e acusa
o presidente de „não ter feito o
trabalho que lhe foi destinado neste
processo“.
„Este é um património genético
que seria lamentável deixá-lo per-
der pela incapacidade de o norma-
lizar e sermos substituídos na nossa
originalidade por instrumentos pro-
venientes de outros locais da Eu-
ropa, que são respeitáveis, mas que
não são nossos“, declarou.
Gaita-de-foles mirandesa reconhecida oficialmente como ícone cultural
PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 17Kultur
Erst mit Beginn der 1980er
Jahre traten die sogenannten
„neuen Christen“, jene vor Jahr-
hunderten konvertierten Juden,
an die Öffentlichkeit und bekann-
ten sich zu ihren traditionellen
Wurzeln. 1996 schließlich stifte-
ten reiche marokkanische und
nordamerikanische Juden dem
Ort Belmonte eine Synagoge.
Heute gibt es nur noch we-
nige portugiesische Juden und
ihre geheimen Riten gehen lang-
sam verloren. Doch einige Mitglie-
der halten noch an ihnen fest.
„Früher gab es das Krypto-Juden-
tum, also die versteckte jüdische
Religion, innerhalb der christli-
chen, katholischen Welt“, sagt der
Geschichtsprofessor David Ca-
nelo. „Heute finden wir noch
immer Spuren dieses Krypto-Ju-
dentums, aber diesmal innerhalb
des Judentums. Beide Male ist es
vor den Augen der beiden großen
Religionen versteckt - einmal vor
dem Christentum, einmal vor
dem Judentum. Immer gaben die
Eltern ihren Kindern die Bots-
chaft weiter, wie wichtig es sei,
eine solche Religion mit all ihren
Bräuchen geheim zu praktizieren:
das Passahfest, die Gebete und so
weiter ...“
José Henrique liest heute
noch auf Ladino, einer Mischung
aus Hebräisch, Spanisch, Portugie-
sisch und ein wenig Französisch.
Wenn er ein wenig Zutrauen ge-
fasst hat, erzählt der freundliche
Herr von den heimlichen Zusam-
menkünften aus seiner Kindheit
und von den Fleischgerichten, die
sie heimlich gegessen haben, als
gerade kein Rabbi da war, um
nicht vor Hunger zu sterben.
In Belmonte lobt man gerne
die guten Beziehungen zwischen
den Christen und den Marranen.
José Henrique spricht dagegen
von Angst: „Natürlich ist die Zeit
der Inquisition vorbei, aber die
Angst ist geblieben. Selbst in der
Zeit danach haben sich noch viele
grausame Dinge ereignet. Es gab
den Krieg. Hier in Belmonte wur-
den wir zwar nicht unterdrückt.
Aber es gab dieses Misstrauen ...
Ja, die Angst rührt von weit, weit
her.“
Ein gutes Drittel der portugie-
sischen Bevölkerung würde heute
zu den ursprünglich spanischen
Juden zählen. Obwohl sie die Ver-
bindung zu ihrem Ursprung längst
verloren haben, pflegen viele Por-
tugiesen - egal, ob konvertiert
oder nicht - die kulinarischen
Bräuche ihrer Vorfahren. Hier
zeigt sich, mit welcher Kunst die
Krypto-Juden ihre Religion im
Geheimen praktizierten.
Etwa am Beispiel der
„Alheira“, einer ganz speziellen
Wurstsorte: Frau Antonia kennt
das Rezept genau: „Wir nehmen
ein Kaninchen und ein Hähnchen,
schneiden beides in kleine Stücke,
nehmen ein wenig Fett und frittie-
ren beides zur gleichen Zeit. Da-
nach geben wir Salz hinzu, so wie
es zu unserer Tradition gehört,
aber auch Gewürze und Pfeffer.
Man vermischt alles. Genau so, als
ob es Schweinefleisch wäre.“ Die
„Alheira“ ist nichts anderes als
eine koschere Wurst, die man im
Norden Portugals überall be-
kommt.
Die jüdischen Gemeinschaften
in Portugal leben heute im Licht
der Öffentlichkeit. Seit etwa
zwanzig Jahren kehren unter dem
Einfluss der Rabbiner immer
mehr portugiesische Juden nach
Israel zurück. Der Filmemacher
Jorge Neves, Gründer der Ladino-
Vereinigung in Porto, zeichnet ein
differenziertes Bild: „Aus Sicht der
Christen waren wir Juden, aber
für die Juden waren wir das lange
nicht. Heute haben wir diese Bar-
rieren glücklicherweise überwun-
den.“
In weniger als einer Genera-
tion wird die Kultur der marranis-
chen Portugiesen vermutlich
ausgestorben sein. Doch es gibt
bereits Versuche, sie wieder aufle-
ben zu lassen. Die Arbeit der His-
toriker hat gerade erst begonnen.
Die Ladino-Sprache ist wieder im
Kommen. Die portugiesische Mu-
sikgruppe „Rosa negra“ jedenfalls
singt voller Nostalgie vom „fado
ladino“.
Jüdische Traditionen in Belmonte
In der Beira, einerGrenzregion im
Norden Portugals,fanden jene Juden
Zuflucht, die aus Spanien geflüchtetwaren, bis auch siesich nach nur fünf
Jahren zwischen Exiloder Konvertierung
entscheiden mussten.Doch das hat viele
portugiesische Juden,die sogenannten
„Marannen“, nichtdaran hindern kön-
nen, ihre Religionweiterhin auszuüben
- jetzt im Verborgenen.
PORTUGAL POST17 anos ao Serviço da Comunidade LusoAlemã
“Seit 17 Jahren ist die Portugal Post für die über 100 000 in Deutschland le-
benden Portugiesen ein unverzichtbares Medium, das aktiv das Gemeinschafts-
gefühl fördert und als einzige Zeitschrift einen Überblick gibt über ihre
Aktivitäten in den deutschen Städten. Dass die Portugal Post dabei der Han-
sestadt Hamburg mit ihren speziellen jahrhundertelang gewachsenen Bezie-
hungen zu Portugal besonderes Augenmerk widmet, freut mich natürlich
besonders. Die Portugal Post ist aber auch für all jene, die sich, wie zum Beispiel
die Portugiesisch-Hanseatische Gesellschaft, für die Vertiefung der Beziehungen
beider Länder einsetzen, eine gute Informationsquelle.
Uly Foerster, Chefredakteur Lufthansa Magazin, Hamburg”
Ein unverzichtbares Medium
Ao longo destes 17 anos, o Portugal Post tem desempenhado no
seio da comunidade portuguesa um papel importante. Apesar de
todas as limitações e deficiências, a existência de um órgão de in-
formação em língua portuguesa com notícias de uma comunidade
tão dispersa, como é o caso da comunidade portuguesa na Ale-
manha, é em princípio um bem para a comunidade. Mas esta si-
tuação também lhe confere uma grande responsabilidade. O
Portugal Post poderá valorizar ainda mais a sua função junto da comunidade se apoiar
de uma forma construtiva a componente mais dinâmica do movimento associativo
português na Alemanha, a FAPA e se abrir mais as suas páginas aos sectores de es-
querda que lutam por soluções mais justas e democráticas para a comunidade por-
tuguesa na Alemanha.
Rui Paz, Professor de música eMembro do Conselho das Comunidades Portuguesas
Nunca percebi porque é que o meu pai sempre tinha uma assinatura do
jornal da sua terra em Portugal quando, afinal, vivemos na Alemanha e
sobre aqui que devemos estar informados.
Descobri o Portugal Post há uns meses e cheguei à conclusão que este é
um meio importante informação sobre o que se passa com a comunidade
portuguesa no país em que passamos a maior parte vida. E sem o PP talvez
não saberia que até existe um "Bairro Portugues"/"Portugiesenviertel"
em Hamburgo ou que vai haver eventos como o festival da juventude, com muitas bandas por-
tuguesas..
Nélia Brito, Gestora de projectos eAdministradora do www.lusindex.de, forum virtual da comunidade luso-alemã
Devemos estar informados
Portugal hat unzählige Freunde in Deutschland: Viele haben
schon Urlaub gemacht zwischen Minho und Algarve, dort
gearbeitet oder studiert. Andere schätzen Pessoa oder Sara-
mago, sind Fans von Mariza oder Madredeus, Figo oder Cris-
tiano Ronaldo, lieben Pastéis de Nata oder Bacalhau. Noch
wichtiger: viele Deutsche mögen Portugal, weil sie portugie-
sische Kollegen, Nachbarn oder Freunde haben, weil die Kin-
der mit Portugiesen zur Schule gehen oder weil der Espresso
im nettesten Café oder Restaurant in der Nähe Bica heißt.
All diese Menschen sollten eigentlich die "Portugal Post"
lesen, um auf dem Laufenden zu bleiben und um die Portu-
giesen in Deutschland noch besser zu verstehen. Am schönsten wäre es aber, wenn
die deutschen Freunde Portugals sich mehr mit eigenen Texten und Ideen an der Zei-
tung beteiligen würden. Dann könnten die nächsten siebzehn Jahre "Portugal Post"
noch stärker im Zeichen von Dialog und Miteinander stehen.
Marco Bertoloso Leiter der Abteilung Zentrale Nachrichten beim Deutschlandfunk
O Portugal Post, para quem que como eu se quer manter ao cor-
rente de tudo o que à emigração portuguesa na Alemanha diz
respeito, tornou-se leitura obrigatória. Tive o prazer de acompa-
nhar a evolução do jornal desde que há 17 anos apareceu e com
ele aprendi muitos dos conhecimentos que hoje tenho sobre a
emigração portuguesa neste País. A isenção com que o jornal tem
vindo a tratar de todos os assuntos da actualidade, sem nunca
perder de vista a defesa dos interesses dos seus leitores bem
como de todos os emigrantes em geral, merecem o nosso apreço
e respeito. É por isso que não tenho dúvidas em recomendar a leitura do Portugal
Post a todos aqueles que querem estar bem informados quer sobre os nossos pro-
blemas quer ainda sobre o que se passa no nosso País. Está de parabéns o Portugal
Post pelo bom serviço prestado à comunidade. De parabéns estão também os leito-
res em geral e os assinantes em particular, por terem escolhido e assinado este jornal.
José EduardoMembro do Conselho das Comunidades Portuguesas
Parabéns ao Portugal Post pelo bom serviçoprestado à comunidade
O Portugal Post cumpre 17 anos de publicação. Foi um tempo de sucesso,
construído na base dum trabalho sério e rigoroso que lhe foi granjeando cre-
dibilidade e prestígio. A isenção e pluralismo na abordagem dos temas políticos,
como instrumento de intervenção democrática, a apologia dos valores cívicos
e a motivação e empenho em prol das aspirações e anseios das comunidades
portuguesas, fizeram do Portugal Post um título de referência para a genera-
lidade dos seus leitores, os portugueses residentes na Alemanha. Aí, sempre
eles encontraram um amparo, uma palavra, o respaldo amigo e o conselho avi-
sado para que ultrapassassem as dificuldades e constrangimentos que sempre
afectam quem vive longe da sua terra. Ao jornal, aos seus leitores e, em especial,
ao seu director, Mário dos Santos, os meus melhores votos de sucesso e longa vida.
José Lello, deputado do PS e ex-Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas
Trabalho sério e rigoroso
Desde há anos que acompanho a publicação do Portugal Post,
que tem sido para mim uma importante fonte de informação.
Considero muito importante haver um jornal como o Portugal
Post na Alemanha principalmente por duas razoes: 1. Como
somos uma comunidade bastante pequena e dispersa por várias
partes da país em que vivemos o Portugal Post é um elo de co-
municação e de troca de informação entre as várias comunida-
des; 2. uma vez que os hábitos de leitura dentro da comunidade
variam muito, também entre as gerações, o Portugal Post é um
contributo importante para manter o contacto com a língua portuguesa escrita, par-
ticularmente para os lusos-descendentes. Para concluir, o Portugal Post constitui uma
plataforma e é o porta-voz da comunidade portuguesa na Alemanha.
Dora Mourinho, Socióloga
A universalidade dessa relevante contribuição é reflectida em cada edição,
que tem artigos escritos por autores representativos vindos de todas as par-
tes da Alemanha. As opiniões divergentes sobre temas actuais e do interesse
da comunidade, com certeza contribuem para o debate de ideias, divulgando
e despertando ao mesmo tempo o espírito crítico dos leitores.
Parabéns.
Michaela Azevedo Ferreira Advogada, Bonn
O Portugal Post presta um inestimável serviço à comunidade portuguesa na Alemanha
Uma grande responsabilidade
Glückwunsch
O porta-voz da comunidade portuguesa naAlemanha
Ao passar mais um ano, o 17º, de existen-cia e publicação ininterrupta, o jornalPORTUGAL POST já há muito se afir-mou como o porta-voz da Comunidadeportuguesa na Alemanha. Como umórgão de informação, que já conquistouum lugar no panorama da imprensa por-tuguesa da emigração, o PP é hoje umjornal que constitui um verdadeiro patri-mónio da Comunidade lusa residente
neste país. Plural, sério, crítico e atento, o PP já há muito queganhou a confiança de todos e quer continuar com todos vós.
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PORTUGAL POST
Angola • Brasil • Guiné-Bissau • Cabo-Verde • Moçambique • Portugal • São Tomé e Principe • Timor Leste
Lusofonia
Diogo Costa Cabral (C) acompanhado por Vanda Medeiros e Marta Ceitilsão três jovens portugueses que optaram por viver na Guiné-Bissau, ondepodem ter uma "vida boa e saudável" e é "mais fácil trabalhar com gosto",apesar do emprego ser precário, em Bissau. Foto : Marisa Serafim, Lusa
Vanda Medeiros, Marta Ceitil e
Diogo Costa Cabral são três jovens
portugueses que optaram por viver
na Guiné-Bissau, onde podem ter
uma “vida boa e saudável” e é “mais
fácil trabalhar com gosto”, apesar
do emprego ser precário.
Os três, com idades compreen-
didas entre os 29 e os 33 anos, não
conseguem explicar exactamente
porque escolheram a Guiné-Bissau,
mas garantem que a opção não foi
feita com base na tentativa de “sal-
var o mundo”.
“A opção era trabalhar em Por-
tugal, mas a Guiné apareceu na
minha vida”, afirma Vanda Medeiros,
33 anos, licenciada em Filosofia.
Em Bissau desde 2002, Vanda já
fez de tudo um pouco, desde ob-
servação eleitoral, até à formação
de professores.
Actualmente trabalha com uma
organização governamental espa-
nhola, mas já esteve um ano e meio
numa ilha do arquipélago dos Bija-
gós a trabalhar com um padre num
projecto de alfabetização e a ganhar
300 euros por mês.
Para Diogo Costa Cabral, 32
anos, licenciado em gestão e com
um mestrado em desenvolvimento
e ajuda humanitária, as coisas não
foram muito diferentes.
Um projecto de verão levou-o
à Guiné em 2002 e acabou por
ficar, deixando para trás uma car-
reira numa corretora.
“Acabo sempre por voltar para
a Guiné por razões que não sei ex-
plicar”, diz.
“Eu levo uma boa vida em Bis-
sau. Não digo que em Portugal não
levasse, mas era mais difícil. É claro
que é difícil estar longe da família e
dos amigos, mas temos uma coisa
que em Portugal não temos que é
tempo”, explica Diogo Costa Ca-
bral.
“Mesmo sem ganhar muito di-
nheiro, conseguimos uma vida boa,
saudável e divertida”, diz, subli-
nhando, no entanto, que hoje em
dia já se começa a preocupar em
ter casa e a pensar na reforma.
Para Marta Ceitil, a relação com
a Guiné-Bissau começou com as fé-
rias. Veio três vezes de férias para o
país e começou a ficar “interessada
e deu-se o verdadeiro clique”.
“Estava a trabalhar na Roff e es-
tava cansada. O trabalho não me
fazia muito sentido”, explica.
“Não é mais fácil arranjar traba-
lho, mas a verdade é que é mais fácil
trabalhar com gosto na Guiné. Em
Lisboa não faço a diferença e na
Guiné acho que o nosso trabalho
faz a diferença e temos liberdade
para dar asas à criação. Não há li-
mites à criatividade”, diz Vanda Me-
deiros.Para as famílias daqueles
jovens, a decisão passou de estra-
nha a aceite na totalidade e todos
afirmam ter o “apoio” necessário.
“Eu tinha um futuro promissor
e foi um bocadinho complicado lar-
gar o trabalho em Lisboa. Ao prin-
cípio estava com medo de contar e
dizer ‘mãe, pai, vou para a Guiné e
vou despedir-me’ e surpreendente-
mente apoiaram-me e estão super
orgulhosos”, acrescenta Marta Cei-
til.
Os três jovens portugueses
aconselham a quem pretende ir
para o país, que não hesite em ex-
perimentar.
“É preciso vir sem ser com o
espírito de vir ajudar todos. Perce-
ber que nós não estamos cá para
ajudar ninguém. Assim como ajuda-
mos, somos ajudados”, explica
Vanda Medeiros.
Jovens portugueses escolhem Guiné-Bissau para viver,porque é mais fácil trabalhar com gosto
A Associação Cabo-verdiana de
Hamburgo entregou no princí-
pio do mês de Fevereiro mais
uma ajuda no valor de € 600
para as crianças da escola de
Rincão no Concelho de Santa
Catarina, Ilha de S. Tiago, Cabo
Verde.
A cerimónia de entrega do di-
nheiro foi organizada em coo-
peração com a Delegacia do
Ministério de Educação e a Di-
recção de Associação dos Pro-
fessores de S. Catarina e Picos,
tendo contado com a presença
do presidente da Associação de
Hamburgo, Estanislau Furtado,
bem como da Delegada do Mi-
nistério de Educação, do Ges-
tor da escola de Rincão, dos
C o o r d e n a d o r e s ,
professores, encarregados de
educação e alunos.
Para alegria das crianças, foram
oferecidas ainda duas bolas de
futebol.
Recorde-se que primeiro pa-
cote de ajuda em materiais es-
colares valor de €. 1000, foi
entregue em Janeiro passado a
uma escola da Ilha do Sal e
outra na ilha de S. Nicolau.
A Associação Cabo-Verdiana de Hamburgo ajuda crianças em Cabo-Verde
PORTUGAL POST nº 188 • Março 201020 Consultório
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Victor Leitão Nunes
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AdvogadoCarlos A. Campos MartinsDireito alemãoConsultas em português por marcação
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Michaela Azevedo Ferreira e Miguel Krag
Miguel Krag, AdvogadoPortugal HausBüschstr.7 - 20354 HamburgoLeopoldstr. 1044147 DortmundTelf.: 040 - 20 90 52 74
Michaela Azevedo Ferreira,Advogada
Theodor-Heuss-Ring 23,50668 Köln
0221 - 95 14 73 0
De alguns meses
para cá, têm mere-
cido especial atenção
dos meios de comu-
nicação, processos
em tribunais de trabalho, cujo
objecto são despedimentos
efectuados por motivos irri-
sórios. São pano de fundo
destes processos, despedi-
mentos levados a cabo pela
entidade patronal devido a
prevaricações relativamente
insignificantes do trabalhador
que, na sua maioria, atentam
contra os bens do emprega-
dor.
Para que os leitores do Portu-
gal Post fiquem esclarecidos
sobre a situação jurídica ac-
tual, descreveremos neste e
no próximo artigo quais as
prevaricações supostamente
insignificantes que poderão
levar a uma advertência de
iminente despedimento ou a
uma rescisão do contrato de
trabalho.
Se, no caso de um acto ilícito
que atente contra a proprie-
dade/os bens da entidade pa-
tronal, a advertência de
iminente despedimento ou a
rescisão do contrato de traba-
lho é, na maioria dos casos, in-
discutível, já a nível político e
nos media se discute actual-
mente se não se poderão
fazer excepções a este princí-
pio, caso o objecto subtraído
ser de valor material insignifi-
cante (despedimentos por ra-
zões mínimas).
De acordo com a jurisprudên-
cia consolidada, será decisiva
para a legalidade de um des-
pedimento devido a um acto
não permitido, a resposta à
questão de o comportamento
do trabalhador ter abalado ou
não a confiança indispensável
à continuação do vínculo labo-
ral. A decisão será tomada de
acordo com a totalidade das
circunstâncias de cada caso
em si, não dependendo apenas
do valor do objecto em causa.
Terá igualmente importância
decisiva, o tempo de serviço
na empresa e a forma de com-
portamento no passado.
No caso “Emmely”, o despedi-
mento foi considerado legal. A
empregada da caixa de um su-
permercado havia alegada-
mente subtraído dois talões
de depósito no valor de 1,30
€. Pelo contrário, o Tribunal de
Trabalho de Mannheim decla-
rou ilegal um despedimento
devido a um empregado do
lixo ter levado para casa uma
cama de criança que tinha
sido deitada fora.
Não é só através destes
exemplos que poderemos
concluir que não é possível
proceder-se a uma apreciação
generalizada do despedimento
por razões mínimas. A ques-
tão primordial consiste em
saber-se se, devido à prevari-
cação do trabalhador, a con-
fiança da entidade patronal na
honestidade do mesmo sofreu
um abalo e um agravo que se
manifestará de forma conti-
nuada.
Os tribunais decidem esta
questão de forma diversa.
Assim, um acto ilícito que
atente contra os bens da en-
tidade patronal poderá ser
sempre uma razão para um
despedimento. Por isso, antes
de se provar uns petiscos do
“büffet” do chefe, seria me-
lhor perguntar primeiro se ele
dá ordem.
Miguel Krag, Advogado
Direito do TrabalhoDespedimento por razões mínimas
D
PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 21
3José Gomes Rodrigues
Assistente SocialCaritas Neuss
PEDIMOS AOS NOSSOS LEITORESpara nos colocar as suas perguntas e su-gestões por escrito usando o correioou, melhor ainda, o correio electrónico.
Pedimos também para mencionarem o vosso nú-mero de telefone fixo para, sendo necessário, en-trarmos em contacto convosco. As questões esugestões dos leitores podem ser enviadas paraas seguintes direcções:jose.rodrigues@caritas-neuss.deTel.: 02131 269320 - fax 02131 269 336. correio@free.de: Tel. : 0231 8390289 - fax 0231 8390351Obrigado.
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SILVIA NEVES DE OLIVEIRAAdvogada
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Ex.mos senhores Admiro muito o vosso jornal em espe-cial as informações do nosso jornalsobre direito em geral. Não só as vos-sas informações na página social mastambém as informações jurídicas dosadvogados que duma forma sucinta eútil tem escrito. Sou assinante e possodizer com certo orgulho, quase desdeo inicio do jornal. Ainda ele tinha umoutro nome. Recorto e guardo todasas informações. Já possuo alguns dos-siers cheios das vossas informaçõesque ao longo dos anos tendes editado.Já os meus filhos, já homens e cadaum com o seu trabalho e a sua famíliafeita quando tem dúvidas lá vão vas-culhar esse fonte tão rica de informa-ção. Estou prestes a abandonar omeu tempo de trabalho. Existem con-tudo burburinhos na empresa que irãoser despedidos vários trabalhadorespor falta de encomendas. Fala-se emindemnizações que os companheiros,a serem despedidos, irão receber. Nemos sindicatos ou o conselho da em-presa não são unânimes nas declara-ções que lançam para a rua. Poderãoinformar-me sobre este capitulo. Infe-lizmente está a ser o “pai nosso decada dia” um pouco por toda a Alema-nha. Desde já o meu agradecimento.
Leitor devidamente identificado
Caríssimo compatriota, obri-
gado pelo apreço e por termos
comparticipado na compilação da
sua biblioteca informativa, que deve
estar muito recheada de informa-
ções úteis. Espero que ela possa
constituir uma fonte informativa
para muitos outros compatriotas e
não só. É um prazer para nós. Co-
locamos este tema em forma de
perguntas e respostas, procurando
transcrever as perguntas que são
mais comuns.
Consideração inicialAs interrogações em volta das
indemnizações a pagar pelo patrão
ou empresa ao trabalhador candi-
dato ao desemprego, são geral-
mente consideradas como um
bónus pela perda do lugar de traba-
lho. Estas indemnizações estão su-
jeitas a algumas condições que
gostaríamos de esclarecer conve-
nientemente de forma a evitar fal-
sas interpretações ou decisões
inconvenientes em detrimento dos
sujeitos em questão. A legislação
que procura regulamentar este ca-
pitulo do direito laboral tem so-
frido algumas alterações colocando
em dúvida muita gente. Vamos
então à questão:
Há um direito a uma indem-nização pela perda do lugar
de trabalho?Poderá haver desde que o patrão
tenha contemplado no despedi-
mento e o trabalhador candidato
ao desemprego não tenha inter-
posto uma acção contra esse des-
pedimento, deixando caducar o
prazo para interpor essa acção. Este
prazo é de 21 dias úteis de trabalho
ou sejam quatro semanas, desde a
altura em que recebeu por escrito
o despedimento.
Poderá recorrer do despedi-mento apesar de lhe ter sido
feita uma oferta deindemnização?
Antes de aceitar o despedimento e
a oferta deste bónus, será mesmo
conveniente recorrer a um advo-
gado, perito em direito de trabalho.
Este terá de em primeiro lugar ave-
riguar a conformidade com o des-
pedimento e se o montante da
indemnização estaria de acordo
com as circunstancias e as interpre-
tações das leis laborais vigentes. Se
decidir pelo caminho da justiça,
então a oferta de indemnização fi-
cará congelada. Esta poderá ser em
tribunal reajustada ou mesmo ne-
gada. Negada se a empresa decidir
readmitir o empregado.
Qual é o ordenado que servede base para o cálculo
da indemnização?Será o último ordenado auferido
ou então a media mensal do ano
civil transacto.
A quantia da recompensaestá estabelecida por
alguma lei?A lei prevê que a indemnização seja
igual a meio mês de ordenado, mul-
tiplicado pelos anos que trabalhou
na empresa. Se num ano terá traba-
lhado o máximo de seis meses
estes contarão como que fosse um
ano. Exemplificando, se um operário
tivesse trabalho numa empresa qua-
tro anos e seis meses completos e
tivesse um ordenado médio no úl-
timo ano de 3000 € mensais, teria
a receber a quantia de 7500 € de
indemnização.
Qual é o máximo que se po-derá obter duma
indemnização?A lei não descreve o montante má-
ximo a receber. O total depende da
maneira como é conduzida a con-
trovérsia. Se se processa contra o
despedimento para defender o seu
lugar de trabalho, a quantidade de
compensação deverá ser em prin-
cipio, decidida em tribunal. Neste
caso, o pagamento pode efectuar-se
desde que a empresa não veja qual-
quer possibilidade de o incorporar
novamente ou mesmo o despedido
não veja também condições para
essa possibilidade. Convém repetir
e matizar que, num processo de tri-
bunal de trabalho, o único que se
procura defender é o seu próprio
lugar de trabalho. A indemnização é
uma sucedânea da questão global.
Tenham cuidado na apresentação
do problema.
Sendo este o caso, os tribunais
têm usada a seguinte medida na
atribuição da recompensa. Para os
trabalhadores em geral é conside-
rado o pagamento da indemniza-
ção até ao máximo de 12 até 18
meses de ordenado, desde que te-
nham mais de cinquenta anos de
trabalho. Convém também acres-
centar que este quantia é paga
isenta de descontos sociais.
Será possível que, com a indemnização sejam assumi-
dos os descontos para a segurança social?
Também é possível. Este caso dá-se
quando a indemnização é derivada
da redução do tempo de trabalho.
Esta recompensa não esta ligada à
perda do lugar de trabalho mas sim
a uma recompensa pela perda do
poder de compra do trabalhador
em virtude da vir a sofrer uma
baixa de ordenado. Geralmente
esta compensação é paga durante o
período de trabalho e não numa só
vez.
Os trabalhadores mais idososreceberão o mesmo que os
mais jovens?Seguindo as determinações de tri-
bunais ulteriores, esta sua afirma-
ção condiz não só com a realidade.
Os mais idosos poderão até rece-
ber uma indemnização menor. É o
caso do encerramento duma em-
presa em que os trabalhadores com
58 anos ou mais são contemplados
no plano social com indemnizações
inferiores aos colegas mais jovens.
A razão é simples e, em diversos as-
pectos lógica igualmente. Como
esses estão mais perto do tempo
de reforma, o prejuízo financeiro é
inferior do que a de um trabalhador
mais jovem. O tempo de espera
para a reforma é neste caso mí-
nimo.
Uma vez determinada eaceite a indemnização, estanão poderá ser rejeitada
mais tarde?De forma alguma, desde que tenha
aceite o despedimento e a oferta da
recompensa, nada há a fazer a não
ser aceitar. Tenham cuidado nas
condições de aceitação dessa re-
compensa. O Instituto de Emprego
poderá ver no acto a aceitação do
despedimento o que poderá vir a
ser penalizado com o corte de
tempo no seguro de desemprego.
Por isso, ao ser-lhe apresentado tal
oferta pense bem nas possíveis
consequências não se deixando in-
candescer por essa oferta para que
não possa a vir a ser prejudicial.
Indemnizações pelo lugar de trabalho perdido
PORTUGAL POST nº 188 • Março 201022
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Março 2010
Citações do mêsA educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces
Aristóteles
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wigstr.62 , 84524 Neuötting
6.03.2010 – ESSEN – Jantar
Festa de Aniversário do PCP.
Local: Centro Português de
Essen. Início: 18h00 (aberto à
Comunidade). Giradetstr. 21
45131 Essen Tel: 0201-780488
6.03.2010 – BREMERHAVEN– Festa com o artista Ricardo
Saul. Actuação do conj. Banda
Lusitana. Org.: CTP de Bremer-
haven. Info: 0471/415637
7.03.2010 –MUNIQUE – Ma-
riza Concerto. Local, Philharmo-
nie im Gasteig, Rosenheimer Str.
5 , 81667 München. Início: 20h00
9.03.2010 – BOCHUM – Ma-
riza Concerto. Local: Jahrhun-
derthalle Bochum, An der
Jahrhunderthalle 1, 44793 Bo-
chum. Início: 20h00
12.03.2010 – LUDWIGSHA-FEN - Mariza Concerto
Local:Theater im Pfalzbau, Berli-
ner Str. 30, 67059 Ludwigshafen.
Início: 20h00
11.03.2010 – BERLIM - Leitura
do romance “Equador” com a
presença do escritor Miguel
Sousa Tavares. Local: Europäis-
ches Haus Unter de, Linden 78
, 10117 Berlin
16.03.2010 – COLÓNIA - An-
tónio Lobo Antunes.Leitura do
romance Mein Name ist Legion
(Meu Nome é Legião), no âm-
bito do Festival Internacional de
Literatura lit.Cologne . Modera-
ção: Kersten Knipp Leitura em
alemão: Michael Wittenborn .
Local: Kulturkirche Köln Sie-
bachstr. 85 , 50733 Köln
26.03.2010 – HAMBURGO -
Onde o Mar encontra a Terra .
Inauguração da exposição de fo-
tografia de Hans-Jürgen
Odrowski . Local: Consulado-
Geral de Portugal , Büschstr. 7 ,
20354 Hamburg
27.03.2010 – BRAUNS-CHWEIG – Sinal Concerto
com Talmo Pires (canto) e Maria
Baptist (piano). Local: Residenzs-
chloss , Roter Saal , Schlossplatz
1 , 38100 Braunschweig.
27 -28. 03.2010 – ESTU-GARDA – Exposição filatélica
“100 Anos República Portu-
guesa” no âmbito do 35º aniver-
sário do Clube Filatélico
Estugarda
Concertos de Ana Moura
11.03.2010 – REUTLINGEN –
Local: Kulturzentrum Franz.K,
Unter den Linden 23, 72762 Reu-
tlingen. Início: 20h00
13.03.2010 – BONA – Local:
Brückenforum, Friedrich-Breuer-
Str. 17, 53225 Bonn. Início: 20h00
14.03.2010 –DORTMUND-
Local: Domicil, Hansastr. 7-11,
44137 Dortmund. Início: 20h00
17.03.2010 –BERLIM- Local: Ad-
miralspalast, Friedrichstr. 101,
10117 Berlin.Início: 20h00
18.03.2010 –HAMBURGO –
Local: Kultur- und Kommunika-
tionszentrum Fabrik, Barnerstr. 36,
22765 Hamburg. Início: 20h00
19.03.2010 –HANNOVER – Local: Kultur- und Kommunikationszentrum
Pavillon, Lister Meile 4, 30161 Hannover.Início: 20h00
21.03.2010 – BREMEN – Local: Kulturzentrum Schlachthof, Findorffstr.
51, 28215 Bremen. Início: 20h00
23.03.2010 –MAINZ – Local: Frankfurter Hof, Augustinerstr. 55, 55116
Mainz . Início: 20h00
24.03.2010 MUNIQUE – Local: Muffatwerk – Club Ampere, Zellstr. 4,
81667 München. Início: 20h00
25.03.2010 –KARLSRUHE – Local: Kulturzentrum Tollhaus, Schlacht-
hausstr. 1, 76131 Karlsruhe. Início:20h00
Miguel Sousa Tavares em Berlim para lerexcertos do seu livro Equador
ComunidadePORTUGAL POST SHOP - LivrosLer português
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Anónio Lobo AntumesOs Cus de JudasPreço: € 11.50António Lobo Antunes nasceu em Lisboa, em 1942.Estudou na Faculdade de Medicina de Lisboa e espe-cializou-se em Psiquiatria. Exerceu, durante váriosanos, a profissão de médico psiquiatra. Em 1970 foimobilizado para o serviço militar. Embarcou para An-gola no ano seguinte, tendo regressado em 1973. Em1979 publicou os seus primeiros livros, Memória deElefante e Os Cus de Judas, seguindo-se, em 1980,Conhecimento do Inferno. Estes primeiros livros são
marcadamente biográficos, e estão muito ligados ao contexto da guerra colonial; ime-diatamente o transformaram num dos autores contemporâneos mais lidos e discutidos,no âmbito nacional e internacional.
Miguel TorgaBichosPreço: € 11.50«Querido leitor:São horas de te receber no portaló da minha pequena Arca deNoé. Tens sido de uma constância tão espontânea e tão pura avisitá-la, que é preciso que me liberte do medo de parecerufano da obra, e venha delicadamente cumprimentar-me umavez ao menos. Não se pagam gentilezas com descortesias, eeu sou instintivamente grato e correcto (…)»
Manuel AlegrePreço: € 11,50As memórias de infância. Os cheiros,as vozes, as emoções de um tempoem que o tempo não tem fim e o sig-nificado está presente nas mais pe-quenas coisas. Todas elas ficamsempre, como marcas na alma, princí-pios que norteiam a vida. A nostalgiados lugares mágicos da infância. DeAlma, vila encantada onde convive
tradição e subversão, melancolia e audácia, crendices, ideolo-gia e futebol... Pela voz audaciosa de quem não receia dar-sea conhecer, chegam-nos ecos de um Portugal dividido entre aRepública e a Monarquia, um país que era, á época, o mundode uma criança expectante e atenta. De Alma, partiu toda asua vida.
Ler + português
Eça de QueirósA CIDADE E AS SERRASPreço: 11.50
A Cidade e as SerrasEça de QueirosO romance foi publicado em 1899 (um anoantes da morte de Eça) na Revista Moderna, esaiu em livro em 1901. Pertence à última fasedo escritor, quando Eça se afasta do realismo edeixa a crítica dura que fazia à sociedade por-tuguesa da época.
CONTOS POPULARES PORTUGUESESPreço: 11.50Contos Populares Portugueses sãocontos de todos os tempos e de todasas idades. Uma obra que nos devolveo imaginário e o maravilhoso danossa cultura popular, e de que fazparte, entre outras, «História da Caro-chinha», «A Formiga e a Neve», «O Co-
elhinho Branco», «A Raposa e o Lobo», «O Compadre Loboe a Comadre Raposa» e «Os Dois Irmãos».
A CASA DA RÚSSIAJohn le CarréPreço: 13,50 Publicado em 1989, apresenta os meandos de espionagem e con-tra-espionagem entre o Ocidente e a antiga União Soviética.John le Carré arrasta-nos, uma vez mais, para o seu mundo secretoe faz dele o nosso.Em Moscovo, Leninegrado, Londres e Lisboa, numa ilha da costa doMaine que pertence à CIA, e no coração do próprio Barley Blair, Carré
desenvolve não apenas uma história de espionagem, mas uma alegoria do amor individualconfrontado com atitudes colectivas de beligerância.
TRAVESSIA DE VERÃOTruman CapotePREÇO: 11.50Obra póstuma e inédita, Travessia de Verão é um primeiro romance precocee seguro que mostra o sentido implacável da narração de um dos maioresescritores do século XX. Os seus fraseados imaculados, a sua crua ironia ea sua visão das subtilezas das diferenças de classe anunciam os futurostriunfos de Capote. Digno de um lugar em qualquer estante de um leitor
de Capote, este é, em todos os sentidos, um tesouro perdido e reencontrado.
AVENTURAS DE SHERLOCK HOLMESPreço: 11.50Aventuras de Sherlock Holmes é uma colectânea de 12 con-tos de aventuras publicada em 1892. Os contos foram origi-nalmente publicados na revista Strand Magazine, nos anosde 1891 e 1892.
Orações para Todos os MalesFormato: 14x21cmPáginas: 90Preço: 22,00 €Por razões de saúde, familiares,afectivas, materiais ou espirituais,todos mpassamos em algum mo-mento por situações difíceis. Nestaobra encontrará uma centena de ora-ções adequadas a cada caso. Oraçõespara encontrar mcompanheiro/a,para conseguir casar-se com o seu na-
morado, pela paz da família, contra doenças, etc.
Aprenda aProteger-seContra a Inveja e Mau-OlhadoFormato: 15,5 X 23 cmPaginas: 156Preço: 19,90 €
Nas alturas de maior fragilidade, há quemcriar uma protecção efectiva contra ospossíveis efeitos das energias negativas.Neste livro damos-lhe conhecimento demantigos amuletos, fórmulas, rituais práti-
cos, orações e rezas especiais mpara que possa repelir esse encantamentomaligno.
Como Cortar Trabalhos de BruxariaFormato: 14x21cmPáginas: 152Preço: 25,00 €Um ritual de magia negra posto em acção contra al-guém pode prejudicar avítima e destruir a sua vida deforma brusca e surpreendente. Todas as áreasestão su-jeitas a ficar afectadas. Tudo à sua volta parece ruir.
E, mais graveainda, a vítima de magia negra não consegue encontrar forçaspara reagir. Neste livro de carácter prático, a autora apresenta rituais fáceisde executar quepermitem criar uma aura de protecção.
PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010Vidas24
Memória futura
Sabemos que há mulheres e homens que desejam comunicar as suas aventuras ouaté mesmo histórias sobre a sua vida ou que querem relatar experiências e contarcasos de que foram testemunhas ou os principais protagonistas. Todos, uns mais que outros, temos uma história para contar, como por exemplo,como cá chegamos; a nossa dificuldade em compreender a língua; os sonhos queacalentamos para aguentar estar num país tão diferente; o choque cultural, o pri-meiro dia de trabalho e, porque não, as dificuldades por que passamos.Nós queremos contar a sua vida, o bom e o mau. Escreva-nos como sabe e pode e a sua história poderá ser um valioso testemunho danossa presença neste país.Não se esqueça de nos enviar as fotografias que deseja ver publicadas.Morada:PORTUGALPOSTBurgholzstr.4344145 DortmundFax: (0231) 83 90 351E mail: correio@free.de
ESCREVA-NOS e conte-nos a história da sua vida
Pedimos aos leitores que nos en-viam correspondência para estarubrica para não se alongaremmuito nos textos que escrevem.A redacção reserva o direito decondensar os textos.Obrigado.
Entre o Douro e o Minho há
muitas famílias de lavradores
que, com os seus solares e as
suas quintas, fizeram desta re-
gião uma das mais típicas de
Portugal. É também nesta re-
gião onde se encontram as
origens muito antigas da emi-
gração portuguesa, mais con-
cretamente para o Brasil que
foi um dos destinos de muitos
minhotos e durienses.
Na minha família, oriunda do
Minho, é, desde há muitos
anos uma família de emigran-
tes. Primeiro para o Brasil, de-
pois, passados longos anos
para a França e alguns para a
Alemanha, onde eu me encon-
tro hoje depois de chegar aqui
em 1962.
Quando cheguei aqui havia
trabalho a rodos. A Alemanha
estava em plena reconstrução
depois de ter sido abalada pela
guerra. Os emigrantes na al-
tura eram maioritariamente
italianos e por isso a minha
primeira mulher foi italiana,
irmã de colegas com quem na
altura trabalhava num gigante
da indústria do aço.
O meu trabalho aqui era e foi
sempre na ferrugem e na fer-
rugem passei a minha vida e
ganhei a minha reforma.
Saí de Portugal com um passa-
porte de turista, válido para
três meses e desses três
meses se fizeram 48 anos de
permanência aqui na Alema-
nha que é hoje o meu país. Tal
como alguns dos meus ante-
passados que emigraram para
o Brasil e por lá ficaram tor-
nando-se brasileiros, eu posso
dizer que me tornei num ale-
mão, pois, ao fim de tanto
tempo considero a Alemanha
como a minha terra.
A minha ligação a Portugal não
é como a maioria dos emi-
grantes. O tempo cavou uma
distancia entre mim e Portu-
gal. Construi uma família e
uma descendência que nada os
liga à minha terra de nasci-
mento. Posso dizer que a
minha relação com Portugal é
uma espécie de amor que já
passou e é apenas uma vaga
recordação.
Fiquei quase 25 anos sem pôr
o pé em Portugal. Depois de
chegar aqui, só em 1987 visitei
Portugal e com muitas curiosi-
dades de ver a terra e alguns
parentes. Depois desse ano lá
voltei por três vezes, três
vezes que levei a família para
passar férias e visitar alguns
parentes distantes que ainda lá
terei.
Quando penso no tempo que
vivi em Portugal vem-me à
memória coisas que não são
agradáveis. A vida naquele
tempo era muito dura e muito
raramente víamos a cor do di-
nheiro. Arrastávamos os ta-
mancos pelas ruas cheias de
lama e de pedras por onde
passavam carros de bois aos
salavancos.
Enfim, coisas de outros tem-
pos.
Contacto com portugueses
aqui não tenho. Verdade tam-
bém seja dita que aqui onde
eu moro não há portugueses e
o meu contacto com Portugal
e os portugueses é através do
jornal Portugal Post .
Tinha 20 anos quando aqui
cheguei. Hoje não posso viver
muito tempo fora daqui. Das
vezes que fui a Portugal ia com
grande ansiedade e com dese-
jos de estar por lá a gozar o
Sol e aquelas coisas bonitas da
natureza que ainda há por lá.
Mas ao fim de duas semanas já
sentia que tinha que vir em-
bora e as saudades afinal não
eram de Portugal mas da Ale-
manha.
Não sei se se passa o mesmo
com portugueses que lá vão.
Mas facto é que me senti des-
locado e estranho, ou talvez
estrangeiro. Afinal, uma se-
mana ou duas chegava para eu
reviver um pouco da minha ju-
ventude e ter contacto com o
país.
Por isso digo sinceramente
que não sinto muitas sauda-
des. Hoje, as férias passo por
aqui. Os meus filhos e netos
vão para outros lugares e,
muito raramente, consigo con-
vence-los a ir a Portugal.
Acontece que quando eles lá
vão tenho de ouvir as queixas:
que os portugueses são uns
desastrados a conduzir, que
não respeitam a natureza, que
não limpam as ruas e não per-
cebem porque passam os dias
de festa metidos nos centros
comerciais quando há muitos
lugares ao ar livre para passear
ou andar, etc., etc..
Não devo ser o único portu-
guês que perdeu a sua terra e
por cá fica, para sempre.
Quando eu saí de Portugal era
a pensar que um dia deveria
voltar com um bom pé-de-
meia, tal como nos sonhos dos
meus antepassados “brasilei-
ros”. Mas o destino pregou-
nos uma partida e, afinal, o que
queríamos não era o pé-de-
meia mas sim a estabilidade de
uma vida que viemos a conhe-
cer aqui.
Nunca comprei nem construi
casa em Portugal. Se o tivesse
feito perguntaria hoje para
que é que me servia. Penso
que muitos emigrantes pen-
sam o mesmo. Afinal o sonho
da casa é aqui, porque é aqui
que está o nosso destino e foi
aqui que encontramos a sere-
nidade que Portugal não dava
há 48 anos e parece que ainda
hoje não dá.
A casa que comprei foi aqui e
foi aqui que construi a minha
família e criei raízes para o fu-
turo. Os meus descendentes
por aqui continuarão e não
me sinto decepcionado por
isso.
Portugal não nos soube, a mim
e aos meus, conquistar. Per-
deu-nos como perdeu tantos
e tantos e hoje quando leio no
jornal Portugal Post que mui-
tos se queixam por as crianças
não terem escola portuguesa
e, por causa disso, também re-
ceiam que seja por falta de es-
cola que Portugal venha a
perder as novas gerações.
A. Marques.
Revisão: redacção do PORTUGAL POST
Ficar por cá, para sempre
O tempo cavou uma distância entre mim e Portugal.
Nós queremos publicar aqui as fotografias que fazemviver as suas recordações das férias, na associação, no tra-balho, com os amigos, no restaurante, nas festas, etc. Oenvio das fotos pode ser feito por e-mail ou por carta (coma garantia de restituirmos todas as fotos que recebermos)
Recordar é viverSandra, Dortmund,
(à direita) com irmã
e amigos
algures na Alemanha no
ano de
2003
Nova
Rubrica
PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 25Passar o Tempo
CONSULTÓRIO ASTROLÓGICOE-mail: mariahelena@mariahelena.tvTELEFONE: 00 351 21 318 25 91
Previsões para Março de 2010Por Maria Helena Martins
PROFESSOR CALLI BERLIN
Grande cientista, MÉDIUM, VIDENTE, ESPIRITUALISTA, descendente de uma família rica em poderes ab-solutos de magias negra e branca, feitiços dos impérios de Mali, Senegal, Gabu. Resolve casos desesperadoscom rapidez, como por exemplo: Amor, doenças fisícas e espirituais, ajuda na cura de doencas graves, pro-tege pessoas, familias, negócios e seu desenvolvimento, impotências sexuais, justica, invejas, maus-olhados,vicios de droga, tabaco e álcool, juntar homens e mulheres separados dos seus pares por outras pessoas edo mesmo sexo desde que haja amor, aproximar pessoas amadas, lê a sorte, dá a previsão de vida e futuro,faz trabalhos á distancia, pelo bom espírito talisma, prenda a pessoa amada com êxito absoluto, ponhafim a tudo o que o preocupa; angustia, depressão, ansiedade, vença os seus inimigos, contacte o Prof. Callipessoa dotada de grandes e absolutos poderes espirituais de DEUS. ( FACILIDADES DE PAGAMENTOS ).consultas pessoalmente, por carta ou por telef: 03049997523 Fax: 03053016653 Handy: 015224006814 in-dicativo para residentes fora da Alemanha telef: (00493049997523-Fáx:00493053016653 e Telemóvel004915224006814) endereco para correspondencia: Nome : Prof. Calli Postfach: 290241 - 13096 - Berlin Deutschland.pode visitar a minha página em: www.prof-calli.com e pode enviar imal para prof.calli@prof-calli.com ,desloco-me a casa do cliente na Alemanha e ao Estrangeiro.
Embaixada de PortugalZimmerstr.56 10117 BerlinTelefone 030 - 590063500Telefax 030 - 590063600
Consulado -Geralde Portugal em Hamburgo
Buschstr 7 - 20354 - HamburgoTel: 040/3553484
Vice-Consulado de Portugal emOsnabruck
Schloßwall 2 - 49080 OsnabruckTel:0541/40 80 80
Consulado-Geralde Portugal em Dusseldorf
Friedrichstr, 20 - 40217 -DusseldorfTel: 0211/13878-11;12;13
Vice-Consuladode Portugal em Frankfurt
Zeppelinalle 15 - 60325- FrankfurtTel: 069/979880-44;45
Consulado-Geralde Portugal em Stuttgart
Königstr.20 - 70173 StuttgartTel. 0711/2273974
Consulado Honorário dePortugal em Munique
Maximiliansplatz 15 - 80333 MunchenTel. 089-29163131
Conselho das ComunidadesPortuguesas:
Alfredo Cardoso,Telelefone: 0172- 53 520 47
AlfredoCardoso@web.de
Alfredo StoffelTelefone: 0170 24 60 130Alfredo.Stoffel@gmx.de
José Eduardo,Telefone: 06196 - 82049
jeduardo@gmx.de
Maria da Piedade FriasTelefone: 0711/8889895piedadefrias@gmail.com
Rui Clemente PazTelefone: 0173 - 5351651
ruipaz@gmx.de
AICEP PortugalZimmerstr.56 - 10117 Berlim
Tel.: 030 254106-0
Federação de EmpresáriosPortugueses (VPU)
Hanauer Landstraße 114-11660314 Frankfurt
Tel.: +49 (0)69 90 501 933Fax: +49 (0)69 597 99 529
Endereços Úteis
Cupão de Encomenda a: PORTUGAL POST SHOP na Pág.23
Astrologia, Karma e FelicidadePreço, 20,99 €Autor: Cristina CandeiasFormato: 14x21cmPáginas: 112A astróloga residente do programa "Praça da Ale-gria", de Jorge Gabriel, tornouse um fenómeno na-cional, com as suas previsões em directo. Este é oseu primeiro livro. O livro que nos ensina a atraves-sar o deserto para encontrar o oásis e a felicidadeplena. É necessário reflectir sobre quem fomos, oque somos e o que temos de vir a ser. Só depois deaceitarmos os nossos processos demudança a vida se nos revelará.
Embaixada de Portugal em BerlimTelefone de emergência (fora do horário normal de
expediente): 0171 - 9952844
CARNEIROAmor: Procure dar mais atenção
aos seus verdadeiros amigos.
Saúde: Tenha confiança em si
mesmo, valorize-se mais e cuide do
seu corpo.
Dinheiro: Cuidado, não alimente
intrigas no local de trabalho.
TOUROAmor: Partilhe essa boa disposição
que o invade com quem o rodeia.
Saúde: dê maior atenção aos seus
rins, beba mais água diariamente.
Dinheiro: É possível que venha a
obter aquela promoção que tanto
esperava.
GÉMEOSAmor: Os momentos de roman-
tismo estão favorecidos. Invista
mais no seu relacionamento.
Saúde: Estará em plena forma.
Aproveite para se dedicar a um
novo hobby.
Dinheiro: Cuidado com as dívidas.
Esteja mais atento às suas contas.
CARANGUEJOAmor: Encontra-se num período
menos favorável, mas não deses-
pere que é passageiro.
Saúde: A sua auto-estima anda um
pouco em baixo, anime-se e cultive
os pensamentos positivos.
Dinheiro: Boa altura para investir
naquilo de que mais gosta, mas com
cuidado que a vida está difícil.
LEÃOAmor: A sua relação poderá passar
por um período menos positivo em
que deve manter a calma, pois tudo
se resolverá pelo melhor.
Saúde: Deve tentar libertar-se dos
hábitos que só prejudicam a sua
saúde.
Dinheiro: O equilíbrio financeiro
estará presente na sua vida neste
momento.
VIRGEMAmor: Não desiluda um amigo que
gosta muito de si.
Saúde: Tendência para dores mus-
culares. Faça uma sessão de massa-
gens.
Dinheiro: Boa altura para comprar
casa ou para mudar de ocupação.
BALANÇAAmor: A sua sensualidade natural
irá apimentar a sua relação de uma
forma surpreendente.
Saúde: Descanse as horas necessá-
rias para se poder sentir bem física
e psicologicamente.
Dinheiro: Cuidado com os gastos
supérfluos que faz ao agir por im-
pulso, sem parar para pensar.
ESCORPIÃOAmor: Aproveite bem todos os
momentos que tem para estar com
a sua cara-metade.
Saúde: Poderá sentir alguma fadiga
física.
Dinheiro: Conserve bem todos os
seus bens materiais. Zele pelo que
é seu.
SAGITÁRIOAmor: estará cheio de confiança
em si próprio e ela ajudá-lo-á a alar-
gar a sua rede social. No entanto,
não se deixe influenciar por tercei-
ros, poderá sair prejudicado.
Saúde: Tenha um maior cuidado
com os seus ouvidos. Estará mais
sensível a infecções.
Dinheiro: evite precipitar-se, pense
bem antes de investir as suas eco-
nomias.
CAPRICÓRNIOAmor: Alguém para quem você é
muito importante dar-lhe-á um
bom conselho.
Saúde: Cuidado com o aumento
de peso, faça exercício físico com
regularidade.
Dinheiro: Efectuará bons negócios,
mas não assine nada sem pensar
duas vezes.
AQUÁRIOAmor: evite ser possessivo ou ciu-
mento. Respeite o espaço do seu
par.
Saúde: melhore o seu descanso
diário dormindo mais horas, para
poder ter um maior rendimento
sem cansar tanto o seu corpo.
Dinheiro: tenha mais cuidado, não
gaste o seu dinheiro em coisas de
que afinal nem precisa.
PEIXESAmor: Não dê tanta atenção a
quem não merece. Rodeie-se ape-
nas das pessoas que o compreen-
dem e que gostam realmente de si.
Saúde: Cuide da sua imagem. Inicie
uma dieta.
Dinheiro: embora deva empenhar-
se, evite o desgaste excessivo na
sua actividade laboral, pois será re-
compensado na devida altura. Acre-
dite mais em si.
Um canibal apanha um avião. Durante o voo vem a hospedeira e pergunta-lhe:
— O senhor deseja a ementa?
— Não, traga-me a lista dos passageiros!
Um tipo diz a um amigo:
— Há três anos, fui de férias para a Grécia e a minha mulher ficou grávida. Há dois anos, fui para a Tur-
quia, e a minha mulher ficou grávida. No ano passado, fui para as Baleares e ela voltou a ficar grávida.
Agora, acabou! Este ano, ainda não sei para onde vou, mas desta vez ela vai comigo!
Quatro turistas portugueses vem para o Brasil, alugam um carro e começam a correr pela Via Dutra.
Logo são parados por um guarda que se aproxima da janela e pergunta:
- Muito bonito! Por acaso posso saber o nome dos quatro elementos?
O Manuel responde rápido:
- Ora, essa é fácil: terra, fogo, água e ar!
Estão três miúdos (um francês, um inglês e um português) a discutir, quando diz o francês:
— O meu pai é o mais rápido de todos: é piloto do Concorde e vai de Paris a Nova Iorque em três
horas!
O inglês discorda:
— Nada disso! O meu pai é que é o mais rápido: é piloto de Fórmula Um e atinge trezentos à hora em
dez segundos!
Chega, finalmente, a vez do português:
— Ora, os vossos pais são umas lesmas, comparados com o meu: é funcionário público, sai do trabalho
às cinco da tarde e às quatro já está em casa.
PORTUGAL POST nº 188 • Março 201026
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PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 27Economia e Negócios
A Editora Portugal Post está a
preparar a segunda edição de
um Directório Empresarial
Luso-Alemão, isto é, uma espé-
cie de páginas amarelas em se
divulga o maior número possí-
vel de empresas portuguesas
ou luso-alemãs.
O objectivo desta publicação é
a criação de uma rede de con-
tactos empresariais. Um outro
não menos importante objec-
tivos é a divulgação do poten-
cial das empresas de
portugueses ou luso-alemães.
Como o PORTUGAL POST
não pode ter um conheci-
mento total das empresas por-
tuguesas neste pais, pedimos
aos nossos leitores que saibam
de portugueses que tenham
uma actividade empresarial
(restaurantes, firmas de impor-
tação, negocios ou outro ramo
qualqier) ou que exerçam uma
profissão liberal que nos infor-
mem através de telefone, fax
ou de e-mail. Ficaremos, como
é óbvio, muito agradecidos.
Os nossos contactactos:Tel.: 0231 -83 90 289Fax: 0231-83 90 351
Apelo a todos osnossos leitores
O presidente executivo da Sonae
Sierra, Álvaro Portela, anunciou
que a empresa ganhou o con-
curso para um novo centro co-
mercial em Garbson, que será o
quarto centro comercial da em-
presa na Alemanha.
„A Sonae Sierra ganhou o
concurso internacional e, neste
momento, está-se a desenvolver o
processo de licenciamento que é
longo e complexo“, afirmou Ál-
varo Portela, em conferência de
imprensa para apresentação do
terceiro centro comercial da
Sonae na Alemanha, que abre
sexta-feira ao público.
Em declarações aos jornalis-
tas, o presidente da Sonae Sierra
disse que, no decorrer do pró-
ximo ano, o projecto do novo
centro comercial „no centro de
uma nova cidade, nos arredores
de Hannover, deve ter licencia-
mento e financiamento assegu-
rado no próximo ano para
avançar“.
Sonae Sierra ganhaconcurso para quartocentro comercial naAlemanha
A delegação da TAP Portugal
em Frankfurt anunciou Frank Zehle
como o novo Delegado da compa-
nhia nacional para a Alemanha.
Frank Zehle, 44 anos, começou
sua carreira na Lufthansa em 1984,
tendo ainda desempenhado alguns
cargos de direcção em várias ca-
deias de hotéis internacionais. Foi
ainda chefe de Marketing da Varig,
no Brasil.
Falando fluentemente portu-
guês, Frank Zehle diz estar “feliz”
por, depois de 10 anos, voltar à avia-
ção comercial. Numa nota enviada
ao PORTUGAL POST, o novo de-
legado da TAP Portugal diz que
quer colocar ao serviço da compa-
nhia portuguesa o seu conheci-
mento do mercado europeu da
aviação e a sua experiência que ad-
quiriu na América Latina.
Frank Zehle refere-se também
à oferta de qualidade da TAP Por-
tugal que tem vindo a crescer nos
últimos anos, acrescentando que
companhia nacional tem potencial
para crescer na Alemanha e no
leste europeu.
No que se refere ao mercado
dos portugueses e luso-alemães,
Frank Zehle lembrou ao PP os dois
voos diários a partir de Hamburgo
“cidade que tem uma grande comu-
nidade portuguesa”, bem como os
voos a partir de Frankfurt e Muni-
que.
Para alem destes voos “a TAP
Portugal oferece ligações de com-
boios a partir de várias cidades da
Alemanha para passageiros que re-
sidem longe dos aeroportos de
Hamburgo, Frankfurt e Munique”,
produto denominado Rail & Fly em
parceria com a Deutsche Bahn.
Com este produto, o passageiro
pode viajar gratuitamente à partida
de todas as estações com a Deuts-
che Bahn AG para Frankfurt, Ham-
burgo e Munique onde poderá
obter ligações com os voos da TAP
Portugal.
Esta oferta está disponível ape-
nas em conjunto com voos opera-
dos pela TAP à partida destes três
aeroportos alemães. O Rail & Fly In-klusive tem que ser reservado e
emitido junto com os voos da TAP
Portugal.
O Rail & Fly Inklusive é valido
para todos os comboios regulares
da Deutsche Bahn, incluindo Inter-
CityExpress (ICE), InterCity (IC) e
EuroCity (EC), bem como para
transportes públicos entre estações
e aeroportos, excepto para com-
boios especiais como o Thalys e
„car-sleeper trains“.
Ainda numa curta declaração
ao PORTUGAL POST, Frank Zehle
inclui o mercado de passageiros da
comunidade portuguesa “muito im-
portante”, a quem vai dar atenção,
apesar da companhia nacional de
aviação não ter produto específico
para o mercado étnico, mas que é
considerado um mercado especial
pelas ligações afectivas, já que tam-
bém é necessário conquistar as
pessoas pelo coração.
Frank Zehle é o novo delegado da TAP Portugal na Alemanha
Frank Zehle
O maior banco
alemão, o Deutsche
Bank, veio a público
garantir que não aju-
dou Portugal a redu-
zir os níveis de défice
orçamental através
de swaps cambiais ou
outras transacções
com derivados.
„O banco nunca
procedeu em quais-
quer actividades com
derivados que tives-
sem como objetivo a
optimização da dívida
e do défice de Portu-
gal, à luz dos princípios do Euros-
tat“, afirmou o porta-voz do
banco, Ronal Weichert, citado pela
Bloomberg. A resposta do banco
alemão surge após o jornal eco-
nómico norte-americano The
Wall Street Journal ter indicado
que haveriam transacções entre o
Deutsche Bank e Portugal, que in-
cluíam, citando o banco, „swaps
cambiais completamente nor-
mais“ e que estariam dentro do
„quadro de gestão de dívida dos
países“.
Deutsche Bank garanteque não ajudou Portu-gal a esconder níveis dedéfice
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