Portugal Post Setembro 2009
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PORTUGAL POSTDirector: Mário G. M. dos Santos
ANO XVI • Nº 182 • Setembro 2009 • Publicação mensal • 2.00 €
Portugal Post Verlag, Burgholzstr. 43 • 44145 Dortmund • Tel.: 0231-83 90 289 • Telefax 0231- 8390351•E Mail: [email protected] •www. portugalpost.de •K 25853 •ISSN 0340-3718
Leia nesta edição
Página 9
Página 11
Página 9
Página 14
Página 3
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Portugal Post - Burgholzstr 43 - 44145 DoPVST Deutsche Post AG - Entgelt bezahlt K25853
Informe-se, escolhae vote2009
EncontroCandidatos do PS,
Paulo Pisco e Dora Mourinho,
encontram-se com dirigentes da FAPA
PortugalEmigrantes de férias
surpreendidos com preços altos num
Portugal em crise
OsnabrückManuel Silva
nomeado Vice-Cônsul
ViagensComboio de Emigran-tes ainda apita com o
nome Sud-Express
Gripe AAlemanha terá a maiorcampanha de vacinação
do pós-guerra
Legislativas
Paulo Pisco, Cabeça de lista do PS pelo circuloeleitoral da Europa
Dora Mourinho, residente em Essen (NRW), candidata pelo PS
José Sócrates. Secretário-Geral do PS
Carlos Gonçalves, Cabeça de lista de PSD pelocirculo eleitoral da Europa
Manuel Ferreira, residente em Frankfurt, candidato pelo PSD
Manuela Ferreira Leite, Presidente do PSD
São Belo, Cabeça de lista da CDU pelo Círculoeleitoral da Europa
Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009
EditorialMário dos Santos
2
DIRECTOR: MÁRIO DOS SANTOS
REDACÇÃO E COLABORADORESCRISTINA KRIPPAHL: BONAFRANCISCO ASSUNÇÃO: BERLIMFERNANDO A. RIBEIRO: ESTUGARDAHELENA GOUVEIA: BONAJOAQUIM PEITO: HANNOVERLUÍSA COSTA HÖLZL: MUNIQUE
CORRESPONDENTESALFREDO CARDOSO: MÜNSTERANTÓNIO HORTA: GELSENKIRCHENJOÃO FERREIRA: SINGENJORGE MARTINS RITA: ESTUGARDAJOSÉ PINTO NASCIMENTO: DÜSSELDORFKOTA NGINGAS: DORTMUNDMANUEL ABRANTES: WEILHEIM -TECKMICHAELA AZEVEDO FERREIRA: BONAPAULO ALEXANDRE: HAMBURGOZULMIRA QUEIROZ: GROß-UMSTADT
COLUNISTASANTÒNIO JUSTO: KASSELDORA MOURINHO: ESSENFERNANDA LEITÃO: TORONTOJOSÉ EDUARDO: FRANKFURTJOSÉ VALGODE: LANGENFELDLAGOA DA SILVA: LISBOALUIS BARREIRA, LUXEMBURGOMARCO BERTOLOSO: COLÓNIAMARIA DE LURDES APEL: BRAUNSCHWEIGPAULO PISCO: LISBOARUI MENDES: AUGSBURGRUI PAZ: DÜSSELDORFTERESA COLAÇO: COLÓNIA
ASSUNTOS SOCIAISJOSÉ GOMES RODRIGUES: ASSISTENTE SOCIALCONSULTÓRIO JURIDICOCATARINA TAVARES: ADVOGADAMICHAELA A. FERREIRA: ADVOGADAMIGUEL KRAG: ADVOGADO
FOTÓGRAFOS:PAULO FERREIRA E FERNANDO SOARESAGÊNCIAS: LUSA. DPAIMPRESSÃO: PORTUGAL POST VERLAG
PUBLICIDADE: TELMA BONITO
REDACÇÃO, ASSINATURAS E PUBLICIDADEBURGHOLZSTR.43 - D - 44145 DORTMUNDTEL.: (0231) 83 90 289FAX: (0231) 83 90 351WWW.PORTUGALPOST.DEE MAIL: CORREIO @ FREE.DE
REGISTO LEGAL: PORTUGAL POSTJORNAL DA COMUNIDADE PORTUGUESA NA ALEMANHAISSN 0340-3718 • K 25853PROPRIEDADEPORTUGAL POST VERLAG REGISTO COMMERCIAL HRA 13654
PORTUGAL POSTAgraciado com a medalha da Liberdade e Democracia da
Assembleia da RepúblicaFundado em 1993
OS TEXTOS PUBLICADOS NA RÚBRICA OPINIÃO SÃO DA EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DE QUEM OS ASSINA E NÃO VEICU-LAM QUALQUER POSIÇÃO DO JORNAL PORTUGAL POST
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s resultados das eleições a realizar no
próximo dia 27 deste mês em Portugal
(exactamente no mesmo dia em que
acontecem as eleições na Alemanha)
irão ditar qual o governo que os portugueses
querem para os próximos quatro anos.
Contrariamente ao desinteresse que a opi-
nião publica e publicada em Portugal dá aos
votos provenientes da “emigração”, a verdade
é que os “nossos” votos poderão ser decisi-
vos em caso de empate entre os dois maiores
partidos. Os quatro deputados que os portu-
gueses residentes fora de Portugal elegem
podem fazer a diferença e até podem contri-
buir para que dêem a vitória ao Partido So-
cialista ou ao Partido Social Democrata, os
dois partidos que normalmente disputam o
poder em Portugal.
Pelo círculo eleitoral da Europa, são dois os
deputados a eleger. PS, PSD e CDU são as
forças policias que reúnem condições para
conquistar deputados.
Os dois deputados a eleger por este círculo
são normalmente distribuídos pelos partidos
PS e PSD. No entanto, nem sempre foi assim.
PS já conseguiu os dois deputados e, nas últi-
mas eleições, faltaram cinco votos aos socia-
listas para fazer o pleno.
A CDU, a coligação entre comunistas e Ver-
des, também se posiciona na campanha elei-
toral animada pelos votos conseguidos nas
últimas eleições europeias. A ver vamos se a
força militante dos comunistas consegue ser
traduzida em votos.
É sabido que por um voto se perde e por um
voto se ganha. Assim sendo, está nas mãos
dos eleitores o futuro da governação do país.
Como tem sido habitual, O PORTUGAL
POST concede espaço aos partidos que
lutam por conquistar deputados pela emigra-
ção, cumprindo, deste forma, um serviço pú-
blico e contribuindo para o esclarecimento
dos eleitores, eleitores que são aqueles que
vão escolher o partido para governar o país
e os deputados merecedores da sua con-
fiança para os representar num importante
órgão de soberania de Portugal que é a As-
sembleia da República.
Por isso, informe-se, escolha e vote.
A SUA OPINIÃO É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS.
Na página 10 desta edição, o PORTUGAL
POST publica um inquérito a todos os que
nos lêem que tem como única finalidade tor-
nar este jornal mais próximo dos interesses
dos seus leitores. Ao preencher o inquérito,
o leitor está a ajudar-nos a melhorar o nosso
trabalho e a contribuir para reforçar a missão
de porta-voz da comunidade do PORTUGAL
POST.
Por isso, ficamos muito gratos pelas contri-
buições de todos quantos preencherão o in-
quérito que será para nós de muita utilidade
para assim prestarmos um melhor serviço e
uma mais útil informação.
OInforme-se, escolha e vote
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009 3Nacional & Comunidades
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Emigrantes de férias em Portugal
levaram menos dinheiro o objec-
tivo de gastar o menos possível,
num país onde se vive pior do que
naqueles que eles escolheram para
trabalhar e agora ainda mais por
causa da crise.
O fim-de-semana que marcou a
entrada da segunda quinzena de
Agosto foi de partidas e chegadas
em Vilar Formoso, porta de entrada
num país que recebe nesta altura
do ano milhares de emigrantes, que
enchem os depósitos no último
posto de combustível espanhol e
param no primeiro café em Portu-
gal.
Jorge e Cristina Serra, mais a
pequena Matilde, vivem nos arredo-
res de Paris, onde todos nasceram,
e preparam-se para visitar os dois
lados da família, na Figueira da Foz
e em Pinhel.
“Vamos tentar gastar menos e,
desta feita, não vamos para o Al-
garve para podemos jantar mais
vezes fora”, diz Jorge Serra, cons-
ciente “dos altos preços dos com-
bustíveis e dos baixos salários em
Portugal”.
“A classe média e a baixa tam-
bém está a sofrer em França”,
afirma Jorge Serra, que é funcioná-
rio de uma empresa de telecomu-
nicações móveis. A mulher trabalha
numa pequena empresa de soft-
ware.
O casal não pensa trocar
França por Portugal, porque lá há
melhores condições de vida e um
sistema nacional de saúde mais efi-
ciente.
Já de férias em Portugal, Abel
Silva, 54 anos, que há 19 trocou
uma pequena aldeia da freguesia de
São Mamede, no concelho da Bata-
lha, pelo Canadá, sente que “tudo
melhorou um pouco” em Portugal,
mas “continua a ganhar-se mal”.
“Ganha-se pouco e as coisas
estão caras”, constatou, acrescen-
tando que “todas as pessoas se
queixam”, uma situação que atribui
à crise.
Abel Silva adiantou que, embora
“as pessoas tentem poupar alguma
coisa”, a crise é um impedimento
Quanto a um hipotético re-
gresso a Portugal, o emigrante res-
ponde: “Com a minha idade não é
fácil arranjar emprego”. Por isso,
adia para uma idade mais próxima
da reforma a possibilidade de refa-
zer a vida em Portugal.
Quem acredita num regresso
mais cedo é Noémia Reis, 57 anos,
emigrante em França.
Natural de Aljustrel, Fátima, a
emigrante, empregada de limpeza,
completa agora 35 anos em França,
onde estão os seus três filhos e os
três netos, e assegura que não será
a crise a impedi-la de regressar.
“Em Portugal, sinto-me mais
alegre. Lá é casa-trabalho-
trabalho-casa”, assegurou Noémia
Reis, que vê Portugal um país “mais
avançado”, mas muito caro e com
um serviço de saúde que gostaria
que fosse igual ao de França.
“O meu filho diz que aqui os io-
gurtes são mais caros”, observou a
emigrante, assegurando não ter dú-
vidas de que “em Portugal quem
tem dinheiro vive bem”. O pro-
blema é que „a maior parte das
pessoas não tem dinheiro”.
Noutra latitude, Teixoso, na Co-
vilhã, Maria José Fernandes, 61 anos,
está de regresso a casa, embora
ainda continue a visitar, “mês sim,
mês não“ os arredores de Paris,
onde trabalhou mais de três déca-
das como ama.
“Também lá há muita crise, com
muito desemprego. Mas acho que a
atitude dos franceses e sobretudo
dos emigrantes portugueses em
França é muito diferente”, des-
creve.
“Aqui as pessoas ficam muitas
vezes à espera das ajudas, como o
subsídio de desemprego, refere
Maria José Fernandes. „Lá é dife-
rente: quando alguém está no de-
semprego, luta logo por alguma
coisa”, descreve, confessando ainda
“estranheza” por ver pessoas “com
tão pouco a comprar tanta coisa”.
“Depois vem-se a saber que
estão endividadas. Em França tam-
bém não é assim”, conta. “Às vezes
é preciso sofrer, sobretudo nesta al-
tura de crise, mas há muita gente
que não quer sofrer.”
Já os emigrantes que desembar-
cam no aeroporto da Portela gos-
tam de Portugal, mas só para férias,
já que não pensam regressar em
definitivo tão cedo, sobretudo pela
percepção que têm da situação da
economia portuguesa.
„Neste momento, não há nada
a esperar de Portugal. Não vejo
perspectivas de melhoras (da eco-
nomia)“, declarou Sérgio Crespo,
30 anos,no aeroporto de Lisboa,
chegado de Inglaterra para passar
férias.
Sérgio Crespo, que mora com a
mulher há dois anos em Reading,
considera que a crise financeira in-
ternacional está a ter impacto em
Portugal, „porque a economia por-
tuguesa depende muito de outros
países“.
Os emigrantes também apon-
tam os baixos salários, o baixo pa-
drão de vida em relação aos outros
países da Europa, a falta de estru-
tura dos serviços básicos forneci-
dos pelo Estado, sobretudo na área
da saúde, e o baixo valor das refor-
mas como alguns factores para con-
tinuarem a trabalhar no
estrangeiro.
„Os ordenados são muito bai-
xos (em Portugal) e passei seis anos
sem receber um aumento, a traba-
lhar para o Estado português“, de-
clarou Crespo, natural do Cartaxo
e que trabalha em Inglaterra como
administrador de sistemas informá-
ticos.
„O nível de vida é definitiva-
mente diferente, muito melhor, mas
custa-nos estar longe do nosso
país“, referiu ainda Crespo, que está
em permanente contacto com as
notícias de Portugal através da in-
ternet.
Para a sua mulher, Paula Vaz, 27
anos, também natural do Cartaxo,
existem muitas facilidades para as
pessoas em Inglaterra, „além do
serviço de saúde e do sistema de
serviços do Estado em geral serem
muito melhores“ do que em Portu-
gal.
„Em Portugal, as coisas demo-
ram muito tempo a acontecer. Em
Inglaterra, tudo é resolvido rapida-
mente, disse Paula Vaz, que trabalha
como recepcionista num ginásio.
O casal não pretende retornar
a Portugal tão cedo e vem ao país
„apenas para passar férias“.
Duas outras emigrantes em fé-
rias, Isabel Klose e Ana Maria Gou-
veia, residentes há mais de 30 anos
na Alemanha, também acreditam
que a situação económica de Por-
tugal continua a não ser das melho-
res.
„Pelo que nós vemos nos noti-
ciários portugueses da televisão,
está tudo muito difícil, tudo está
mais caro. A situação económica do
país está pior“, indicou Ana Maria
Gouveia, natural de Seia e que mora
há 35 anos em Nuremberga.
„A assistência médica é muito
melhor na Alemanha. O padrão de
vida lá é muito melhor“, referiu Ana
Maria Gouveia, 60 anos, que traba-
lha numa fábrica de munições e
vem todos os anos passar férias a
Portugal.
Esta é a mesma opinião de Isa-
bel Klose, uma administrativa de 53
anos, há 36 anos na região de Estu-
garda e que acompanha as notícias
de Portugal pela televisão.
Ao contrário do casal de Ingla-
terra, Isabel Klose e Ana Maria pla-
neiam voltar assim que se
reformarem.
„Como a reforma da Alemanha
dá para viver bem aqui (Portugal).
Não posso dizer a mesma coisa da
reforma portuguesa, que é muito
baixa“, declarou Isabel Klose.
„Vou reformar-me daqui há três
anos e volto para Portugal, mas, se
não tivesse essa reforma garantida,
ficava na Alemanha“, finalizou Ana
Maria Gouveia.
Lusa /PORTUGAL POST
Emigrantes deférias
surpreendidoscom preços
altos num Portugal em
criseJorge (D) e Cristina Serra (E), e Matilde, vivem nos arredores de Paris, e estão a passar férias em Portugal, temem ospreços altos e trazem o objectivo de gastar o menos possível, num país onde se vive pior do que naqueles que eles es-colheram para trabalhar e agora ainda mais por causa da crise, LUSA
E os que desembarcamna Portela queremmesmo é passar férias
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 20094 Eleições Legislativas 09
No dia 27 deste mês, os portu-gueses vão ser chamados a ele-ger os 230 deputados, 4 dosquais representam os círculoseleitorais da Europa e de Forada Europa, que irão compor opróximo parlamento que, porsua vez, elegerá o próximo Go-verno de acordo com os resul-tados eleitorais.
Os cerca de 11.000 eleitores
devidamente recenseados na Ale-
manha receberão em casa o bole-
tim de voto que o terão de enviar
(de preferência em carta registada)
devidamente preenchido até ao dia
27.
Cada um votará em consciência
na força politica que lhe inspira
mais confiança. Para ajudar a con-
vencer os eleitores, os partidos têm
programas e, para dar a cara por
eles, as forças politicas têm rostos,
sendo que também estes acabarão
de alguma maneira por influenciar
os eleitores.
Por isso, alguns partidos apre-
sentam rostos que são, mais ou
menos, conhecidos dos eleitores da
Alemanha. E se não o são, os parti-
dos ao colocá-los nas suas listas
querem dar o sinal aos eleitores de
que estão próximos deles e que os
seus candidatos conhecem os seus
anseios e compreendem as suas ne-
cessidades.
Mas falando no que aos eleito-
res da Alemanha diz respeito. Par-
tido Socialista e Partido Social
Democrata colocam nas suas listas
candidatos aqui residentes. O PS ao
colocar a socióloga Dora Mouri-
nho, residente em Essen, nas suas
listas “quer dar um sinal à comuni-
dade que está a dar importância
aos portugueses da segunda gera-
ção. Por outro lado, Dora Mourinho
é uma pessoa com profundos co-
nhecimentos na área da integração
e migrações”, informa o responsá-
vel do PS pelo Departamento das
Comunidades, Paulo Pisco, que tam-
bém encabeça a lista por aquele
Partido.
Já o PSD coloca dois cidadãos
residentes na Alemanha. São eles
Manuel Ferreira, que se candidata
pela terceira vez e que já passou
pelo parlamento por duas vezes
para substituir Carlos Gonçalves
que tutelou a pasta da Secretaria de
Estado das Comunidades no Go-
verno de Santana Lopes. Manuel
Ferreira, director de uma caixa de
poupança alemã, surge em segundo
lugar da lista.
Por seu turno, Maria do Céu
Campos, uma emigrante residente
no sul da Alemanha, ocupa o quarto
lugar da lista, isto é, segundo su-
plente, do PSD (ver texto nesta edi-
ção). Carlos Gonçalves, Cabeça de
lista do PSD justificou ao nosso jor-
nal a colocação de dois portugue-
ses residentes neste pais devido ao
facto da “estrutura do PSD ser
muito forte”.
No que diz respeito à CDU
(coligação entre Verdes e comunis-
tas), na lista pelo círculo eleitoral da
Europa deste partido não consta
nenhum residente na Alemanha. Há,
porém, a registar o nome de Lu-
ciano Caetano da Rosa, um profes-
sor universitário residente em
Berlim, mandatário desta lista .
O cabeça de lista deste partido
é uma emigrante na Suíça conhe-
cida na comunidade local por São
Belo, uma operária da relojoaria e
presidente do rancho folclórico
Duas Rosas
No que concerne aos progra-
mas, o nosso jornal solicitou (por
escrito) entrevistas aos principais
partidos para lhes colocar questões
que têm a ver com os programas
eleitorais. PSD e CDU neste edição
e PS na anterior divulgam o mais
importante dos seus programas.
Assim, restará aos leitores a apre-
ciação e julgamento de cada um
deles.
Redacção PP
Os candidatos emigrantes às eleiçõeslegislativas
Dora Mourinho, Essen,candidata pelo Partido Socialista
Manuel Ferreira, Frankfurt, candi-dato pelo PSD
Maria do Céu Campos, Ravensburg,candidata pelo PSD
São Belo, Suíça, candidata pelaCDU
“Devemos considerar como
prioridade de vários departamen-
tos do Estado a defesa da nossa lín-
gua”, afirmou José Sócrates em
Lisboa, dirigindo-se a um grupo de
representantes das comunidades
portuguesas no estrangeiro, no âm-
bito da pré-campanha às eleições
legislativas de 27 de Setembro.
Para além da defesa da língua,
José Sócrates apontou a necessi-
dade de “ajudar à afirmação das co-
munidades portuguesas”, já que
desta depende “grande parte da
afirmação do país”.
“Tem sido um erro que come-
temos ao longo de várias décadas
não perceber que grande parte da
afirmação do país está dependente
da afirmação das comunidades”,
que constituem a “guarda avançada
do país”.
Sócrates deu o exemplo da re-
lação comercial entre Portugal e Ve-
nezuela que “foi finalmente
potenciada” porque o Governo “se
deu conta que a comunidade por-
tuguesa era uma arma ao serviço
dessa relação económica”.
A simplificação dos actos admi-
nistrativos que os órgãos da admi-
nistração prestam aos emigrantes e
O PSD revelou que quer"alargar a nacionalidade por-tuguesa aos netos de cidadãosnacionais por mero efeito davontade" e criticou a actua-ção do Governo neste campo,acusando-o de "ter feito tudocontra" os emigrantes portu-gueses.
Falando no final de uma audiên-
cia com representantes das comu-
nidades portuguesas na sede do
PSD, Manuela Ferreira Leite acusou
o executivo socialista de "não ter
cumprido em nada nenhuma das
promessas que fez sobre esta temá-
tica" e defendeu que o seu partido
"sempre tem dado enorme impor-
tância ao longo da sua história" aos
emigrantes, "com uma preocupação
fundamental de manter unidos
todos aqueles que são portugue-
ses".
"A actual lei da nacionalidade
prevê que a segunda geração, ou
seja os netos, possam ter a acesso
à nacionalidade portuguesa por na-
turalização, mas não por efeito de
vontade", explicou o deputado José
Cesário (PSD).
O deputado sublinhou ainda
que "a aquisição da nacionalidade
por naturalização não é extensível
aos filhos dos respectivos, de quem
adquirir esta nacionaldade, e pode
implicar, em alguns casos, na perda
da nacionalidade originária".
"O que nós propomos é a reto-
mada da proposta que já apresen-
támos no curso desta legislatura,
por duas vezes, que prevê a trans-
missão da nacionalidade portuguesa
aos netos de portugueses, ainda
que os pais não a tenham, por
efeito de vontade", referiu ainda
José Cesário.
Lusa / PP
a valorização das comunidades en-
quanto “instrumento da afirmação
do país” é o objectivo das candida-
turas do PS pelos círculos da Eu-
ropa e Fora da Europa, disse.
Em panfletos distribuídos na ini-
ciativa, que decorreu num hotel de
Lisboa, o PS compromete-se a
transformar os serviços da adminis-
tração pública da rede consular em
“verdadeiras lojas do cidadão” e a
deslocar funcionários consulares
para “irem ao encontro das comu-
nidades mais pequenas e isoladas”.
Incentivos às associações de
emigrantes que se destaquem na
“actividade em prol da comuni-
dade” e a criação de “novas moda-
lidades de apoio ao regresso de
idosos são outras prioridades do
programa socialista dirigido aos
emigrantes.
Lusa /PP
José Sócrates quer dar prioridade à defesa dalíngua portuguesa junto da emigração
PSD quer alargar nacionalidade portu-guesa a netos de cidadãos nacionais
O secretário-geral so-cialista, José Sócrates,defendeu que a priori-dade de “vários depar-tamentos do Estado”deve ser a valorizaçãoda língua portuguesajunto dos países ondeexistem comunidadesportuguesas, que classi-ficou como “a guardaavançada“ de Portugal.
No dia 27 de Setembro, mais de 62
milhões de eleitores alemães serão
chamados às urnas a fim de eleger os
deputados à 17ª legislatura do Parla-
mento federal alemão. Por sua vez, os
parlamentares elegerão o ou a chan-
celer federal. Assim, o resultado da
eleição é também uma decisão sobre
quem chefiará o governo federal nos
próximos quatro anos, ocupando a
Chancelaria Federal em Berlim.
Tudo indica que a grande coliga-
ção, chefiada pela primeira chaceler
alemã, Angela Merkel, entre o SPD e
a CDU não terá continuidade.
De quatro em quatro anos, o elei-
torado escolhe a nova composição
política do Bundestag. O Parlamento
federal, composto regularmente por
598 deputados, é principal órgão de
soberania da República Federal da
Alemanha. Legislar é uma das suas ta-
refas principais. Todas as leis federais
têm de ser debatidas e aprovadas
pelo Parlamento. Na sua 16ª legisla-
tura, recém encerrada, o Parlamento
federal alemão aprovou cerca de 600
leis. Ao lado desta importante função
legislativa, o Parlamento também é
responsável pela eleição do chefe de
governo, o chanceler federal, e pelo
controlo do governo federal.
O Parlamento federal alemão
tem, há dez anos, a sua sede no edifí-
cio histórico do Reichtag. Na última
eleição para o Parlamento federal, em
Setembro de 2005, foram seis os par-
tidos políticos que conquistaram
mandatos parlamentares.
Nas anteriores eleicões, em 2005,
houve uma percentagem eleitoral de
77,7% . Na 16ª legislatura do Bundes-
tag, a CDU/CSU formou a maior ban-
cada parlamentar, com 222 mandatos.
Seguiu-se o SPD, com 221 deputados.
O FDP obteve 61 lugares; A Esquerda,
53; e a Aliança90/Os Verdes, 51. A isto
se soma três deputados sem bancada.
A Alemanhavai a votos
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009 Eleições Legislativas 09 5
Perguntas a... Carlos GonçalvesCabeça de lista do PSD pelo Círculo da Europa Por Mário dos Santos
P Divulgados que estão os nomes
dos candidatos pela Comunidades,
quais as propostas políticas que o
PSD vai apresentar para convencer
o eleitorado?
R O PSD apresenta-se nesta cam-
panha com um conjunto de propos-
tas sérias e, acima de tudo,
exequíveis, imbuído de um profundo
espírito reformista e com o objec-
tivo prioritário que é o de garantir
a reaproximação entre Portugal e
todos os portugueses que se encon-
tram espalhados pelo mundo.
Para nós as Comunidades Portugue-
ses devem de novo assumir-se
como fundamentais no contexto da
nossa política externa sendo nossa
intenção desenvolver, entre outras,
as seguintes medidas caso tenhamos
a responsabilidade do Governo de
Portugal.
Aumentar a participação cívica e
política das nossas comunidades na
vida política nacional e nos países de
acolhimento;
-Desenvolver mecanismos de capta-
ção de poupanças e investimentos
dos portugueses residentes no es-
trangeiro nomeadamente restau-
rando as conta poupança-migrante;
Dar sequência a programas que in-
centivem a mobilização dos jovens
luso-descendentes para uma maior
relação com a nossa Cultura, a nossa
Língua e a realidade do Portugal mo-
derno;
Será dada prioridade à reforma do
sistema de voto dos portugueses re-
sidentes no estrangeiro, adoptando
nomeadamente o sistema de voto
electrónico;
Valorizar as celebrações do Dia de
Portugal, de Camões e das Comuni-
dades Portuguesas e do dia 25 de
Abril;
Desenvolver novos mecanismos de
captação de poupanças e investimen-
tos dos Portugueses residentes no
estrangeiro;
Incentivar a organização empresarial
no seio das nossas Comunidades
numa óptica de aproximação ao te-
cido industrial e comercial nacional;
Reformar a rede consular de forma a
garantir uma melhor ligação às comu-
nidades portuguesas;
Iniciar o processo de criação dos “Es-
paços Portugal”, enquanto estruturas
capazes de integrar no seu seio orga-
nismos oficiais e empresas ou asso-
ciações empresariais e culturais que
possam dar um importante contri-
buto para a defesa dos nossos inte-
resses e a aproximação à nossa Diás-
pora;
O alargamento da nossa acção con-
sular deverá contar igualmente com
a rede de associações portuguesas,
com as quais deverão ser estabeleci-
das novas modalidades de coopera-
ção;
Dar prioridade à celebração de acor-
dos bilaterais na área da segurança
social que permitam uma maior pro-
tecção dos direitos dos cidadãos por-
tugueses que trabalham no
estrangeiro;
Será retomada a proposta do alarga-
mento da nacionalidade portuguesa
aos netos de cidadãos nacionais por
mero efeito de vontade;
O voto dos não residentes nas elei-
ções autárquicas voltará a ser defen-
dido;
A reforma do ensino do Português
no estrangeiro terá continuidade,
apostando-se num modelo que per-
mita alargar a rede aos países de fora
da Europa e garanta a articulação es-
tratégica com instituições formadoras
das próprias comunidades e a contra-
tação local de professores;
O apoio aos Portugueses em situa-
ções economicamente mais difíceis e
mais fragilizados socialmente será
uma prioridade;
Serão valorizados os órgãos de co-
municação social das nossas Comuni-
dades.
P O PSD ao integrar na lista pelo cir-
culo eleitoral da Europa dois candi-
datos residentes Alemanha quer dizer
que vai apostar mais forte no eleito-
rado deste país ou isso significa uma
mera coincidencia?
R A Alemanha foi, certamente, dos
grandes países de comunidades por-
tuguesas um dos mais maltratados
pelo Governo do Engº Sócrates. Com
efeito, desde a rede Consular que se
encontra com uma escassez de re-
cursos humanos preocupante – vejam
os casos de Hamburgo, Frankfurt ou
Estugarda., continuando pela extinção
do Consulado Geral de Frankfurt –
recentemente transformado em ape-
nas vice-consulado apesar da impor-
tância de que se revestia para as
nossas comunidades os interesses da
nossa política externa, destacando o
facto de Estugarda não ter tido Côn-
sul por vários anos, prosseguindo o
desinvestimento na área dos cursos
de língua portuguesa que tanto
deram que falar nesse país e termi-
nando numa ausência total de sensi-
bilidade para a área social em virtude
da Alemanha não merecer sequer ter
um Conselheiro Social que possa
acompanhar as questões sociais e o
importante, por vezes decisivo na
aplicação das políticas para esta área
de governação, tecido associativo
português.
Face a esta situação, o PSD não podia
deixar de apresentar nas suas listas
candidatos que possam de uma forma
clara e séria defender os interesses
dos portugueses residentes na Ale-
manha.
Foi a pensar neles que o PSD não
hesitou em constituir uma lista com-
posta por dois elementos emigran-
tes nesse país.
P Quando for eleito, em que domí-
nios é que vai centrar o seu trabalho
no Parlamento?
R Par mim a resposta a essa per-
gunta é muito simples. Apenas darei
continuidade ao trabalho que reali-
zei nos anos em que tenho sido De-
putado. Vejam a minha actividade
parlamentar – podem fazê-lo con-
sultando o sítio da Assembleia da
República www.parlamento.pt – e
poderão constatar que no exercício
das minhas funções fui a voz das co-
munidades portuguesas no Parla-
mento e, muitas vezes, a voz da
comunidade portuguesa residente
na Alemanha.
P Caso o seu partido ganhe as elei-
ções, vai ocupar de novo a pasta da
Secretaria de Estado das Comunida-
des?
R Quanto à pergunta que me faz
não tenho qualquer tipo de expec-
tativa em ser de novo membro do
Governo. Tenciono ser Deputado,
realizar um trabalho que dignifique
a função que assumo e que esteja à
altura das expectativas que possa
criar junto dos portugueses residen-
tes no estrangeiro ao apresentar-me
a um acto eleitoral acompanhado
exclusivamente de emigrantes e
com propostas exequíveis e sérias.
P Divulgados que estão os nomes
dos candidatos pela Comunidades,
quais as propostas políticas que o
PCP vai apresentar para conven-
cer o eleitorado?
R A primeira grande proposta que
fazemos ao eleitorado, ao povo
português e às comunidades é pôr
fim em Portugal a uma política que
à semelhança da que vem sendo
seguida na União Europeia, tem
dado tanta força aos grandes capi-
talistas e banqueiros e tem reti-
rado tantos direitos aos
trabalhadores e às comunidades
portuguesas. Não há dinheiro para
se manter os consulados nem para
se reforçar a rede de ensino mas
para os especuladores e explorado-
res o dinheiro do Estado nunca se
acaba. Sócrates demonstrou que
um primeiro ministro do PS a ma-
lhar nos trabalhadores não fica
atrás da direita.
P Que resultado espera para a
CDU na Alemanha e que tipo de
campanha vai fazer para falar com
as pessoas?
R Mesmo tendo em conta que
muitas pessoas que gostariam de
votar contra a política deste Go-
verno não estão inscritas, estamos
confiantes que a CDU no círculo da
Europa vai obter um bom resul-
tado, o que já aconteceu nas últimas
eleições europeias onde por exem-
plo, pela primeira vez na Alemanha,
a CDU ganhou a área consular de
Dusseldorf , obtendo mais votos do
que o PS e o PSD juntos.
P Se for eleita, em que domínios é
que vai centrar o seu trabalho no
Parlamento?
R É muito importante que as co-
munidades sintam que os deputa-
dos pela emigração actuam na de-
fesa dos seus direitos. A actual
maioria absoluta de deputados do
PS acabou com a Subcomissão das
Comunidades Portuguesas na As-
sembleia da República. Criou legis-
lação que conduziu praticamente à
paralisação do Conselho das Co-
munidades Portuguesas.
Transferiu para os cônsules pode-
res de nomeação dos representan-
tes das comunidades nas comissões
consulares. Isto demonstra bem o
medo que o PS tem da democracia.
A actual deputada do PS é conhe-
cida pela deputada virtual como os
consulados que o seu governo pre-
coniza, ou seja invisível.
Há imenso trabalho a fazer no
campo do apoio social, do ensino,
do estímulo aos ranchos folclóri-
cos, ao movimento associativo e às
suas federações. A força política
com maior capacidade moral, sen-
tido patriótico e provas dadas na
defesa das comunidades é a CDU.
P Já identificou os problemas com
que a Comunidade na Alemanha se
debate?
R Como verifiquei ao visitar a Ale-
manha durante a campanha para as
eleições europeias de Junho pas-
sado, os problemas da comunidade
portuguesa aqui não são muito di-
ferentes das dificuldades das comu-
nidades de outros países da Europa.
A exemplo do que aconteceu na
França e noutros lados, a Alemanha
já perdeu num curto espaço de
tempo dois consulados-gerais. É sig-
nificativo que para mudar o nome
ao escritório consular de Osna-
brück o PS tenha demorado quatro
anos e só o tenha feito debaixo de
grande pressão à beira das eleições.
Mas o ensino do português como
língua materna é outra das preocu-
pações maiores.
Sem portugueses a falar português
não teremos comunidades portu-
guesas dignas desse nome. Na Ale-
manha foram necessárias pelo
menos três manifestações, em Dus-
seldorf, Frankfurt e Stuttgart, para
obrigar este Governo a respeitar o
direito dos nossos filhos ao ensino.
Um direito que continua em perigo.
Há muito para fazer. É por isso que
é necessário levar a luta até ao
voto, votando na CDU.
Perguntas a... São BeloCabeça de lista da CDU pelo Círculo da Europa Por Mário dos Santos
Agenda da CDU
1. Sábado, dia 5 de Setembro, en-
contro de activistas da CDU da
Alemanha às 16 horas na Festa do
Avante no stand da Emigração do
PCP, na Quinta da Atalaia na
Amora, Seixal.
2. Durante todo o mês de Setem-
bro e até ao dia 25, sexta-feira, a
CDU vai em várias associações
portuguesas na Alemanha informar
os associados sobre as suas pro-
postas e o seu programa para as
comunidades.
3. Na Alemanha, o ponto alto da
campanha eleitoral será a partici-
pação do deputado no Parlamento
Europeu, João Ferreira do PCP, e
do Mandatário da CDU pelo cír-
culo da Europa, Luciano Caetano
da Rosa na “Festa dos Cravos” no
Sábado, dia 19 de Setembro em
Leverkusen. A Festa que é aberta a
toda a comunidade portuguesa de-
correrá na Karl-Liebeknecht-
Schule, am Stadtpark 68,
Leverkusen, das 11 horas da
manhã até à noite. Haverá música
portuguesa e internacional ao vivo
e comes e bebes à portuguesa.
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009Crónica6
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ausou grande consterna-
ção um artigo de opinião
recentemente publicado
no semanário português
«Expresso», que tentou
o feito inédito de ofen-
der de uma assentada cinco mi-
lhões de portugueses. Digo
tentou, porque a meu ver só se
ofende quem quer ser ofendido.
Mas espanta-me a consternação. É
possível que seja novidade para al-
guém que uma grande parte da
população portuguesa continua a
achar que os emigrantes são cida-
dãos de segunda? Depois da forma
como nos tratam há anos os su-
cessivos governos, os políticos que
supostamente nos representam, as
entidades pagas para nos assisti-
rem, foi preciso um rapazote qual-
quer debitar meia dúzia de
bacoradas num jornal às moscas
por causa da «silly season» para
nos apercebermos da considera-
ção que nos têm na pátria?
Pessoalmente acho bastante mais
assustador e significativo que um
licenciado em História Contem-
porânea tenha tão poucos conhe-
cimentos sobre a História do seu
país. Não vou tecer considerações
sobre a instituição que o formou.
Não sei se é uma daquelas «uni-
versidades» que proliferam no
Portugal moderníssimo, criadas
expressamente para garantir um
canudo a troco de muito dinheiro
e pouco talento a quem tenha pai-
zinhos em condições financeiras.
Se calhar também as universidades
portuguesas ditas sérias preferem
calar algumas realidades mais incó-
modas. Por exemplo, a de que os
emigrantes, pelo menos os na Eu-
ropa, pagaram duplamente pela
modernização de Portugal nos úl-
timos 50 anos: primeiro através
das remessas e segundo através
dos impostos e das contribuições
nos países que trabalham, que são
a base dos fundos estruturais eu-
ropeus, que, por sua vez, deram a
Portugal tantos e tão bonitos es-
tádios e autoestradas vazios. Isto
porque os políticos portugueses li-
geiramente atrasados em relação
ao que se sabe serem as priorida-
des para um país apostado no de-
senvolvimento, acham que investir
no futebol e nos automóveis para
todos faz mais sentido do que
construir um sistema de ensino e
formação ao nível europeu. Os re-
sultados estão à vista.
Confesso que pertenço ao nú-
mero de emigrantes que, todos os
anos, no Verão, «invade» a pátria,
se bem que não «montada» na
minha «fanfarrona bomba de ma-
trícula amarela». Primeiro, porque
não me parece que isso descreva
correctamente o meu VW Golf.
Segundo, porque não me apetece
levar a viatura para Portugal, país
onde a miséria ainda é tanta que
qualquer carro com matrícula es-
trangeira se arrisca a ser assaltado
por quem acha que os emigrantes
guardam sempre as suas poupan-
ças da vida debaixo do assento do
condutor. Prefiro deixar o meu
carrinho abandonado durante qua-
tro semanas à porta da casa na Eu-
ropa, porque não tenho garagem,
nem preciso, num país civilizado
onde em 30 anos não sofri um
único arrombo. E terceiro, porque
guiar nas estradas portuguesas é
mais ou menos como guiar no
Cairo: só para quem procura aven-
turas de alto risco. O atraso de
Portugal em relação à Europa no
desenvolvimento do mais rudi-
mentar civismo faz-se notar com
particular ferocidade na forma
como os portugueses guiam.
Mas não só. A nós os emigrantes
de «modos rurais» todos os anos
nos choca de novo a dimensão do
atraso, que tentamos depois es-
quecer entre Setembro e Julho: o
lixo nas ruas, nas matas e nas
praias. Os carros estacionados em
cima dos passeios que obrigam
mães com filhos pequenos a arris-
car a vida quando andam nas cida-
des. As cuspidelas para o chão. A
prepotência da polícia. A corrup-
ção a todos os níveis da sociedade.
O colapso total da justiça. As tele-
visões que tratam os espectadores
como atrasados mentais. Mas
como é o nosso país, encontramos
mil desculpas: « … a Democracia
não se faz em 20, 25, 30, 35 anos»,
« … mas tem bacalhau e pastéis
de nata», « … as praias são lin-
das» (e mortíferas por causa dos
crimes que se cometem contra a
ecologia). E por aí fora. Como é só
para as férias, aguenta-se bem.
Desde que não nos caia uma falé-
sia em cima. Mas muitas vezes nos
perguntamos: como é que «eles»
aguentam? «Eles», claro, são os dez
milhões que ficaram.
Como é sabido, a esperança é a úl-
tima a morrer. E assim nós os emi-
grantes continuamos alegremente
a enviar dinheiro, a investir em
Portugal, a passar lá as férias e a
contribuir para os fundos estrutu-
rais, porque estamos convencidos
– muito mais do que os que lá
vivem - que um belo dia Portugal
há-de começar a recuperar deste
atraso enorme que leva em rela-
ção à Europa onde nós vivemos.
Com um bocadinho de sorte, será
um processo que até incluirá a im-
prensa, que poderá então apostar
mais na informação feita por pro-
fissionais pagos e menos na opi-
nião com que agora enche as
páginas porque é de graça, para
não dizer gratuita. E quando publi-
car uma opinião, será de comenta-
ristas com coisas inteligentes para
dizer.
A minha «fanfarrona bomba de matrículaamarela» e eu
C
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009 7Comunidade Alemanha
OpiniãoPor Luísa Costa Hölzl
Que cônsul queremos nós?Em lugar de destaque, logo napágina 3, o Portugal Post publi-cou na edição de Agosto umartigo sobre o facto do cônsulhonorário de Munique estar aser „contestado pela comuni-dade“.
Fazendo eu parte desta comu-
nidade desde 1975, quando, como
estudante e bolseira do DAAD vim
estudar para a cidade de Munique,
e sendo membro activo da mesma
em sucessivas fases - empenho na
Missão Católica, participação em
associações, professora de portu-
guês, fundadora da LUSOFONIA e
como tal, desde 1995, ocupada com
a curadoria e organização de bastos
e vastos projectos culturais - sendo
eu pois aqui - e para quê falsas mo-
déstias? - uma espécie de „adida
cultural“, espanta-me eu não ter
sido interpelada, até ao momento,
por ninguém, para juntar-me aos
protestos em favor dum afasta-
mento do Cônsul Dr. Adolff.
Mas o meu espanto vai mais
longe: como é que, só agora, depois
de mais de 15 anos de „deixa-
andar“ em relação à comunidade, se
levantam protestos? O consulado
do Dr. Adolff pareceu na altura co-
meçar bem...foi uma festa com
pompa e circunstância, própria do
corpo diplomático. Acho que à
época a comunidade se alegrou,
pois, o trauma de termos perdido
na capital da Baviera os serviços
consulares havia deixado uma ferida
em todos nós. Tínhamos pois côn-
sul...lembro-me que houve discur-
sos e que o Cônsul proferiu longas
passagens em português. Mas
quando chegou a fadista, não se fez
o silêncio apropriado, era só baru-
lho e comes e bebes e logo ali senti
uma pontinha de desprezo pelo bo-
cadinho de cultura portuguesa...
Essa sensação, naturalmente muito
subjectiva, foi tomando formas
concretas. Assim, lembro-me de
pedir apoios para leituras com es-
critores portugueses: salvo erro, só
uma vez tive sucesso. Depois fiz su-
gestões para semanas culturais...
Houve, pelo meio, um certo inter-
câmbio, mostra de interesse, até
presença em alguns eventos e, cer-
tamente, um reconhecimento pes-
soal dos meus méritos como
portuguesa empenhada na difusão
da cultura de língua portuguesa. Ha-
vendo pois da parte do Cônsul
pouquíssimas iniciativas - e estas
poucas restringindo-se à economia
e ao comércio, funcionando a cul-
tura apenas como enfeite, não dei-
xei de sentir, às minhas próprias
iniciativas, um certo estímulo, ao
qual sempre me mostrei grata, mas,
infelizmente, percebi sempre nesse
estímulo a tal pontinha de des-
prezo: ela que faça lá essas coisas da
cultura, que eu sou homem de ne-
gócios e é para isso que cá estou.
É esse o busílis da questão: o
cônsul honorário está aqui para
quê? Qual a sua verdadeira função?
Existe uma espécie de acordo entre
essa pessoa e o país representado?
E para representar um país que
dotes, que competências ele terá de
demonstrar? Apenas uma relação
comercial, neste caso investimentos
imobiliários numa qualquer região
portuguesa?... Que deseja o nosso
país de seus cônsules honorários?
Basta que ele ponha o seu escritó-
rio uma vez por semana ao dispor
do serviço consular? (e isto ao fim
de uma década sem nada...) É sufi-
ciente um cônsul honorário ter a
credencial do país em que se en-
contra ? Que exigências lhe podem
ser feitas por parte do país repre-
sentado? E representa ele esse país
ou também a comunidade local na
diáspora? E, se é assim, como teria
de funcionar essa representativi-
dade?
Volto então à minha pergunta:
porquê só agora este abaixo-assi-
nado? Ao fim de 15 anos esta inicia-
tiva? Talvez seja este o sinal mesmo
desta nossa comunidade. Não nos
juntamos regularmente, não temos
uma associação aqui em Munique,
não somos muitos e vivemos espa-
lhados...tudo argumentos para uma
certa morosidade, um típico
„deixa-andar“ que criticamos no
dignatário e que, afinal, também nos
caracteriza a nós...
Não houve eleição para o côn-
sul, nunca o haverá...o corpo diplo-
mático serve o país, não serve o
governo, fica pois à margem das es-
truturas democráticas, sempre
assim o foi, por todo o lado. Os go-
vernos caem, os diplomatas ficam e,
em muitos casos e em várias épo-
cas e nalguns países, isso tem sido
até positivo.
Um cônsul saído da própria co-
munidade, com apoio da mesma,
poderia fazer um lugar em prol dos
seus ( não próprios!) interesses?
Ficam aqui as minhas questões, as
minhas dúvidas...
Se cada comunidade tem o côn-
sul que merece, façamos por mere-
cer outro!
Talvez o abaixo-assinado dê
para isso os primeiros passos...
Ao apresentar os candidatospelo círculo eleitoral da Eu-ropa, o PSD volta a colocarManuel Ferreira em segundolugar da lista encabeçada peloactual deputado Carlos Gon-çalves.
Manuel Ferreira, que já foi de-
putado, substituindo no parlamento
Carlos Gonçalves quando este as-
sumiu a pasta da Secretaria de Es-
tado das Comunidades no Governo
de Santana Lopes, exerce funções
de Director-Geral do departa-
mento Sul da Europa da caixa de
poupança alemã BKM.
Do seu curriculum político,
consta-se-se também a sua partici-
pação nas listas do PSD pela emi-
gração nas eleições de 2002.
Natural de Santa Comba Dão,
Manuel Ferreira, de 47 anos de
idade, justifica a sua candidatura
para “defender uma política justa e
de afirmação das nossas Comunida-
des Portuguesas”, disse numa nota
enviada por escrito ao PP.
Defendendo o PSD “como o
único partido com assento na As-
sembleia da República que tem de-
fendido os interesses dos
portugueses que trabalham e resi-
dem no estrangeiro”, Manuel Fer-
reira diz ao nosso jornal que “ainda
hoje os portugueses são obrigados
a emigrar para poder garantir a
subsistência das suas famílias” e
aponta o actual Governo como res-
ponsável de “politicas erradas” para
as comunidades. “Por isso” – diz
Manuel Ferreira - “Torna-se pri-
mordial restabelecer a confiança
dos portugueses no nosso país, e
este governo socialista desgastado
já não consegue restabelecer essa
confiança. É no PSD que as portu-
guesas e os portugueses têm con-
fiança para restabelecer de novo a
nossa Economia”
Também na mesma lista do par-
tido de Manuela Ferreira Leite pela
emigração surge em último lugar
uma portuguesa residente em Ra-
vensburg, Baden-Wurttemberg,
Maria do Céu Campos.
Esta candidata, de 56 anos de
idade, militante assumida do PSD e
da CDU, pertencendo mesmo à di-
recção deste partido em Ravens-
burg, reside na Alemanha há 33
anos e foi candidata autárquica pela
CDU na cidade onde vive.
Explicando as razões da sua
candidatura, Maria do Céu Campos
apresenta um rol de argumentos
contra o Partido Socialista, atri-
buindo a este partido a responsabi-
lidade da inexistência de um
Conselheiro Social na embaixada.
A candidata diz candidatar-se
“porque entendo que, com a expe-
riência adquirida, posso contribuir
para uma política mais justa e cons-
trutiva para com as comunidades
portuguesas”, diz numa longa decla-
ração enviada ao PP, na qual faz a
listagem dos pontos mais importan-
tes do programa do PSD para as
comunidades pormenorizadas na
entrevista que o cabeça de lista dá
à presente edição do PP.
.
Eleições legislativas 09
Manuel Ferreira e Maria do Céu Campos concorrem na lista do PSD Socialistas portugueses e ale-
mães realizam no Outono em
Munster um seminário para conso-
lidar as relações políticas e aprofun-
dar a forma de chegar aos cidadãos
portugueses que residem na região.
Segundo fontes do PS, a inicia-
tiva de realizar o seminário saiu do
encontro realizado em Münster,
em que estiveram presentes diri-
gentes socialistas alemães (SPD).
„Além de termos discutido o
programa do PS para as comunida-
des, ficou decidido que o PS e o
SPD vão fazer um seminário con-
junto para aprofundar o relaciona-
mento e a forma de conseguirem
chegar aos português e desenvolver
politicamente“, disse fonte do PS.
O seminário realiza-se em Ou-
tubro ou em Novembro, em Muns-
ter.
Breves ++ Breves ++ Breves ++Breves ++ BrevesSocialistas portugueses e alemães realizam semi-nário conjunto após legislativas nos dois países
Uma explosão destruiu parcial-
mente um Mercedes, de matrícula
alemã, pertencente a um emigrante
que estava de férias, e causou danos
em outras duas viaturas, na fregue-
sia de Nogueira, Braga. No local do
incidente, os vizinhos falam em
ajuste de contas, mas a polícia não
adiantou pormenores sobre o
crime.
A explosão ocorreu por volta
das 02.45, de Nogueira, e causou o
pânico entre os moradores da fre-
guesia que acordaram com o „es-
trondo“. Mas, por sorte, o incidente
não causou vítimas. A explosão
destruiu parcialmente o Mercedes,
de cor cinzenta, propriedade de um
emigrante que se encontra a passar
férias em Braga.
A explosão terá sido causada
pela introdução de algum elemento,
por apurar, no depósito de combus-
tível do Mercedes.
Carro de emigrante alvo de atentado à bomba
A comunidade católica portu-guesa em Münster deu as boasvindas ao novo Pároco que vempresidir à missão católica local.
Assim, o Padre Vítor Medeiros,
oriundo dos Açores, tomou posse da
Diocese Portuguesa em Münster d
urante a Celebração da Eucaristia
com a Igreja Matriz repleta de paro-
quianos durante.
O novo Padre foi ordenado a 14
de Dezembro de 2002 em S. Miguel
(Açores) de onde é natural, estando
ao serviço da Diocese da Ilha das Flo-
res desde 2006 até 2009.
Congratulando-se com a pre-
sença de muitos fiéis de outras paró-
quias que lhe vão ser confiadas, o
Padre Vítor Medeiros apelou à uni-
dade da comunidade em torno da
igreja.
No final foi servido um lauto ban-
quete confeccionado gratuitamente
pelas comunidade, sendo este o mo-
mento de troca de impressões entre
o padre e os paroquianos, disponibili-
zando-se para ajudar as paróquias
que irão estar à sua responsabilidade
(Münster, Rheine, Osnabrück, Stad-
tlohn Ochtrupe Epe).
Alfredo Cardoso, correspondente
Münster tem novo Pároco
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009Publicidade8
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009 Comunidade Alemanha 9
GENTEPETIT, jogador português de fu-
tebol que actua no FC Köln, tem
tido uma boa prestação desde
que chegou ao clube alemão em
2008.
Para surpresa dos entendidos do
desporto-rei,o ex-internacional
português foi eleito o melhor
médio-defensivo da Bundesliga e
titular do onze ideal da época
2008/2009.
A ver vamos se o atleta português
consegue na época que já está a
decorrer manter a mesma cate-
goria com tem actuado e que faz
dele um dos melhores jogadores
estrangeiros a actuar na Bundes-
liga.
O cabeça de lista do PS pelo círculo da Europa,
Paulo Pisco, realizou a sua primeira acção de pré-
campanha com uma deslocação à Alemanha.
Acompanhada por Dora Mourinho, candidata
número três da Lista do PS,Paulo Pisco cumpriu
um programa de visitas às cidades de Solingen,
Dortmund, Münster e Osnabrück nos
dias 15, 16 e 17 de Agosto.
Em Solingen, o candidato do PS
manteve, a seu pedido, uma reu-
nião com a direcção da Federação
de Associações Portugueses na
Alemanha (FAPA) durante a qual o
candidato se inteirou dos proble-
mas com os quais o movimento
associativo na Alemanha se de-
bate. Neste contexto, Vítor Estra-
das, Presidente da FAPA,
apresentou algumas propostas que
podem ajudar as associações a sair
da crise, “como por exemplo a
necessidade da formação dos ele-
mentos directivos das associa-
ções”. Por seu turno, Paulo Pisco,
que também se fazia representar
por Manuel Botelho, destacado
membro do PS da área de Dussel-
dorf, disse ao nosso jornal que
tentou transmitir à FAPA o impor-
tante papel que esta Federação
tem na renovação do movimento
associativo. Paulo Pisco sugeriu
mesmo que a FAPA “se deve trans-
formar numa estrutura com uma
função mais profissionalizada de
modo a prestar um serviço às as-
sociações em áreas como a jurí-
dica e de animação cultural”. Para
Paulo Pisco, a função da FAPA é,
neste momento, tão importante e
que, por isso mesmo, “não deve
gastar energias em questões que
não têm nada a ver com o associa-
tivismo”.
Vítor Estradas, por seu lado,
acha estes encontros bastante po-
sitivos e disse ao PP que a FAPA
está aberta a reunir com os candi-
datos de todos os partidos.
Paulo Pisco presidiu a ainda a
um debate com eleitores no Cen-
tro Português de Münster em que
esteve em discussão o programa
eleitoral do PS às próximas elei-
ções. Neste encontro bastante
concorrido, o candidato do PS
Candidatos do PS, Paulo Pisco e Dora Mourinho, encontram-se com dirigentes da FAPA
fazia-se acompanhar pelo depu-
tado do SPD ao Bundestag, Chris-
toph Strässer.
Paulo Pisco anunciou ainda que
socialistas portugueses e alemães
realizarão no Outono, em Müns-
ter, um seminário para consolidar
as relações políticas e aprofundar
a forma de chegar aos cidadãos
portugueses que residem na re-
gião.
A iniciativa de realizar o semi-
nário saiu do encontro realizado
no Centro Português de Munster
em que estiveram presentes diri-
gentes socialistas alemães (SPD).
Em Osnabrück, Paulo Pisco vi-
sitou o Centro Português local
onde se realizou uma sessão pú-
blica com o candidato do Partido
Socialista a conctactar de perto
com os eleitores. Falando ao
nosso jornal, Paulo Pisco disse
atribuir „grande significado polí-
tico a esta deslocação a Osna-
brück porque, como sabe, o
Governo cumpriu a promessa de
criar o VIce-Consulado, que o PSD
quis encerrar contra a vontade
dos cerca de vinte mil portugueses
espalhados pelos três Estados que
a área consular abrange”.
Na sua deslocação a Osna-
brück, Paulo Pisco foi recebido
pelo novo Vice-Cônsul , Manuel
Silva, nas instalações do Vice-Con-
sulado português naquela cidade .
Redacção PP
Da esq.: Dora Mourinho e Paulo Pisco, candidatos e membros da direcçãoda FAPA. Foto: PP
O encontro entre o candidato
Paulo Pisco (que é também respon-
sável do Partido Socialista pela emi-
gração) e a FAPA foi oportuno e
merece aprovação. Oportuno por-
que os dirigentes da FAPA tiveram
a possibilidade de falar com o poli-
tico sobre as necessidades e as
preocupações que em seu entender
são aquelas que o movimento asso-
ciativo sentem.
Num momento em que a crise
económica abala a disponibilidade
das pessoas se entregarem ao de-
sempenho de funções voluntárias
nas associações, crise que também
tem consequências na sua sobrevi-
vência financeira, a FAPA faz bem
em reunir-se com candidatos e po-
líticos sempre com o intuito de ver
concretizadas acções de apoio às
colectividades.
É certo que este não é o mo-
mento para pedir dinheiro ao Es-
tado para resolver problemas de
caixa de associações que enfrentam
crises. Basta que a FAPA elabore um
programa (como, por exemplo, o da
formação das pessoas para pode-
rem estar à altura de gerir uma as-
sociação) que aponte para
inovação no modo e jeito de fazer
das associações Casas de Portugal
com gestão semi ou mesmo profis-
sionalizada, como de resto sugeriu
o candidato Paulo Pisco durante a
reunião que aqui se faz referencia.
Por isso se saúda o diálogo
entre o PS e a estrutura federativa
das associações portuguesas .
Mário dos Santos
ComentárioO diálogo necessário
Manuel Silva é oficialmente Vice-
Cônsul de Portugal em Osnabrück.
Nomeado a 10 de Agosto último,
Manuel da Silva passa a chefiar o novo
Vice-Consulado naquela cidade.
Agora com autonomia e com
uma área de jurisdição própria, o
Vice-Consulado fica apto a praticar
todos os serviços consulares sem que
os seus utentes tenham de se deslo-
car ao consulado em Hamburgo.
O elevação do escritório consu-
lar em Osnabrück a Vice-Consulado
foi uma reivindicação da comunidade
local após uma tentativa de encerra-
mento por parte do ex-Secretário de
Estado das Comunidades, José Cesá-
rio.
O novo Vice-Consulado serve
cerca de 20.000 portugueses espalha-
dos por três Estados: NRW, Baixa-Sa-
xónia e Bremen.
Manuel da Silva, que até ao pas-
sado dia 10 de Agosto acumulava as
funções de técnico de serviço social
e cultural com as de responsável pelo
ex-escritório Consular, disse ao PP
que pretende “aproximar o posto
consular das pessoas com a introdu-
ção de serviços de presença consular
em cidades distantes de Osnabrück”.
Segundo Manuel Silva, este serviço
far-se-á nas instalações de associa-
ções em dias previamente marcados.
O novo Vice-Cônsul anunciou
ainda a intenção de se reunir com os
membros do Conselho Mundial das
Comunidades Portugueses e com a
Federação das Associações Portugue-
sas na Alemanha.
Manuel Silva foi nomeado Vice-Cônsulem Osnabrück
Manuel Silva, à direita, recebeu ocandidato do PS Paulo Pisco jácomo Vice-Cônsul.
PORTUGAL POSTnº 182 • Setembro 200910 Comunidade Alemanha
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Quais a rubricas que costuma ler?p Editorial p Nacional e Comunidades p Cultura p Comunidades Alemanha p Entrevistas p Economia p Opinião p Socie-dade p Consultório p Assuntos Sociais p Astrologia
Em sua opinião, sobre quais os assuntos/temas que gostaria de ver publicados jornal?
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A sua opinião é muito importante para nós!Está satisfeito com o jornalp Sim p Nãop Penso que poderia melhorar em áreas como....
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Os emigrantes queixam-se de
ter sido burlados através de um
esquema de investimentos imobi-
liários, mas o candidato do PSD
alega que não cometeu nenhuma
ilegalidade e salienta que ganhou
todos os processos civis que
foram movidos contra ele na Ale-
manha por quatro famílias portu-
guesas.
Manuel Ferreira é director co-
mercial para o sul da Europa da
BKM, uma caixa de poupança
alemã de Mainz especializada em
crédito hipotecário, e dirige em
toda a Alemanha uma rede de
mais de 100 angariadores que tra-
balham junto da comunidade por-
tuguesa.
Os queixosos, representados
por uma advogada alemã, que
apresentou queixas-crimes nos
tribunais de Munster e Osna-
bruck, dizem que lhes promete-
ram juros anuais de 11 por cento,
a troco de um investimento mí-
nimo de 30 mil euros, mas acaba-
ram por perder tudo.
A advogada de quatro famílias
portuguesas lesadas, Stephanie
Mueller-Bromley, disse à Lusa que
duas queixas-crime apresentadas
em processo civil em Osnabrueck
e uma em Munster foram rejeita-
das, mas os respectivos ministé-
rios públicos estão agora a inves-
tigar os casos na esfera criminal.
„Por agora o senhor Manuel
Ferreira é acusado, mas se o mi-
nistério público, que está a proce-
der a interrogatórios, decidir
levar o caso a tribunal, passará à
condição de arguido“, explicou.
O sistema funcionava através
da captação de investimentos em
habitações da imobiliária portu-
guesa Citymar, de Almada, que en-
tretanto abriu falência.
Confrontado com estas acu-
sações, Manuel Ferreira disse à
agência Lusa: „É uma história de-
sagradável, mas estou de cons-
ciência tranquila e não vejo
razões para não continuar a ser
candidato do PSD“.
Manuel Ferreira lembra que
ganhou em tribunal os processos
movidos contra ele, o último dos
quais na semana passada, em
Munster.
Quanto ao facto de dois mi-
nistérios públicos alemães esta-
rem a investigar o caso na esfera
criminal, Manuel Ferreira alegou
que a justiça alemã esperava pre-
cisamente o desfecho dos proces-
sos civis, que acabou por lhe ser
favorável.
O candidato do PSD alegou
também que não foram só os
seus clientes que perderam di-
nheiro, porque também ele e sete
colaboradores do BKM investi-
ram dinheiro no mesmo projecto
e perderam-no.
Segundo Manuel Ferreira, as
notícias sobre este caso surgem
por ser candidato do PSD pelo
círculo da Europa às eleições le-
gislativas de 27 de Setembro e
têm como objectivo atingir o seu
partido.
A Lusa contactou o PSD na-
cional mas não foi possível até ao
momento obter um comentário a
este caso.
Lusa
Número dois do PSD pelo círculo da Europa processado na Alemanha por emigrantes portugueses“Estou de consciência tranquila”, diz Manuel Ferreira
O número dois da lista do PSD pelo
círculo da Europa, Manuel Santos
Ferreira, foi judicial-mente processado na
Alemanha por emi-grantes portugueses,
mas diz estar de consciência tranquila,
garantindo que não vai desistir da candidatura.
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009 11ViagensO Sud-Express ainda apita etransporta solitários e famíliasinteiras de portugueses, quecontinuam a viajar no „com-boio do emigrante“ pelacarga sentimental, pela como-didade e pelo preço acessívelque lhes oferece nos dias dehoje.
Quarenta e cinco minutos de-
pois das cinco da manhã, chega à
estação de Vilar Formoso, recheada
de painéis de azulejos do século
XIX, que brindam os viajantes com
imagens dos principais monumen-
tos de Portugal.
Numa das últimas manhãs, o
Sud-Express trazia cerca de 250
passageiros oriundos dos mais di-
versos pontos da Europa, lotação
que, segundo o revisor do dia, tem
rondado os 90 por cento neste
mês de Agosto.
Franco, como quer que o tra-
tem, trabalha há cerca de 30 anos
nos Comboios de Portugal e uma
vez por mês no Sud-Express, em
Vilar Formoso, rende os seus ami-
gos espanhóis.
„Tenho conhecimento de um
aumento de passageiros nos últi-
mos anos, talvez pela crise“, afirma
Franco, acrescentando conhecer
„muita gente que continua a viajar
neste comboio pela carga senti-
mental que ele lhes traz“.
„Ainda vêm famílias inteiras, e
não se pense que são só de estra-
tos mais baixos“, sublinha este
homem, que é uma espécie de
conselheiro, meteorologista e pri-
meiro cicerone à chegada dos emi-
grantes a Portugal.
„As pessoas revelam-me senti-
mentos de saudade, que eu aprecio
como bom português“, acrescenta
Franco, que também já tem um
pouco de emigrante, reconhece.
„São pessoas fiéis ao comboio,
até porque hoje em dia já ninguém
passa sem pagar, e eu gosto desta
gente“, acrescenta, enquanto nos
conduz ao vagão restaurante.
Está a amanhecer e os primei-
ros madrugadores já se encontram
fora das „cochetes“, quer das de
primeira classe ou das de cinco
camas individuais, e preparam-se
para tomar o pequeno-almoço e
não perder pitada das paisagem da
Beira Alta. Francisco e Priscila, e os
pequenos Laura e Lucas, são os
primeiros a chegar ao vagão res-
taurante. Bem dormidos, apresen-
tam-se frescos para a primeira
manhã de férias em Portugal. Vêm
de Nimes (França), de onde par-
tem todos os anos para visitar a fa-
mília Costa, do Francisco, natural
de Ponte da Barca.
„Faz dez anos que vimos neste
comboio, todos os meses de
Agosto, porque a viagem é muito
mais tranquila e cómoda, principal-
mente para os miúdos“, afirma
Francisco Costa, que gasta cerca
de 300 euros com a família, ida e
volta.
O Sud-Express, que antiga-
mente vinha directo de Paris, parte
agora depois de dois ou três
TGV’s, apenas em Irún, com as
mesmas carruagens de há 30 anos,
seguindo em direcção a Lisboa,
todos os dias do ano, para regres-
sar à noite.
Comboio de Emigrante ainda apitacom o nome Sud-Express
Alfredo Franco, revisor do Sud Express, leva 30 anos no ‘Comboio do Emigrante’ e é igualmente uma espécie de conselheiro, meteorologista eo primeiro cicerone à chegada dos emigrantes a Portugal, Vilar Formoso DANIEL GIL/LUSA
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PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 200912 Música
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port de origem portuguesa,
sobretudo do ramo Alimentar,
o Joaquim Madeira, acaba de
abrir um bar de Comidas &
Petiscos em Estugarda. Trata-se
de uma aposta sólida e cora-
josa, em primeiro lugar. Com a
sua humildade e optimismo, o
Quim, como é por todos co-
nhecido, arranjou um espaço
confortável e caloroso para
dar a conhecer os „ mimos“-
queijos, enchidos e iguarias-
que descobre pelo interior de
Portugal. Os amigos mais che-
gados e, sobretudo o clan Ma-
deira- há mais de 40 anos em
Estugarda- uniram-se para gal-
vanizar o novo desafio do
aguerrido Quim. Ele tem um
apurado sentido do „ forno „
e conhece o que é bom: ma-
risco, bacalhau e cabrito na
grelha. A carta de Vinhos- a
preços moderados- inclui o
Curral-da-burra (Dão), o céle-
bre Quinta da Pacheca
(Douro), o Coelheiros ( Riba-
tejo) e os Alentejanos de Jorge
Bhöm, em grande destaque. O
lote dos Vinhos Verdes é tam-
bém pujante, com destaque
para o Muralhas (Monção) e
os da Aveleda e Ponte de Lima.
Ambiente simpático, familiar e
solidário: F.A.R.
Parecia que ninguém que-
ria vir, o serão já primaveril
convidava os muniquenses a
saborearem uma cerveja noc-
turna no ar ameno de um
„Biergarten“. Uma fadista e
nada de fãs...
Os nossos receios não se
justificaram. O clube „Am-
pere“ nas instalações de uma
antiga central eléctrica junto
ao rio Isar, palco de muitos gé-
neros de música e apreciado
por qualquer faixa etária, iria
afinal juntar amantes da cul-
tura portuguesa, curiosos de
„world music“ de especial
cariz e alguns poucos portu-
gueses, felizes com a perspec-
tiva de uma noite de fado.
Não seria em adega, aguenta-
ríamos de pé, mas o espaço
consegue uma intimidade aco-
lhedora.
Ali estávamos pois para
receber a jovem fadista ANA
MOURA, cuja voz se foi ou-
vindo até que uma figura de
jovem, muito esguia num ele-
gantíssimo vestido de lante-
joulas, surgiu acompanhada
pelos seus músicos: José Ma-
nuel Neto à guitarra, José El-
miro Nunes à viola e Filipe
Larson na viola baixo. A fadista começou por, calorosamente,
cumprimentar em português, para depois, gentilmente, passar
ao inglês.
Ana Moura, nascida em Coruche, em 1979, vem ocupando
um lugar de destaque entre os mais novos fadistas. Foi des-
coberta e veio para ficar. Dia 7 de Abril, em Munique, apre-
sentou um repertório de fados tradicionais, fado menor, fado
maior, corrido, mouraria e outros que, com letras conhecidas
(Vou dar de beber à dor) ou originais, proporcionaram um
ambiente quase familiar, simples e castiço.
A sua actuação viveu da presença em palco, duma lingua-
gem corporal muito sensível em que os mais ínfimos gestos
emprestam significado à melodia e ao verso, e de uma voz ver-
dadeiramente sensacional, madura, sonora que lembra não a
Amália mas antes a Hermínia Silva, também ela uma grande
fadista. Talvez Ana Moura seja uma neta da Hermínia, mas sem
a sua rusticidade, pois as suas
interpretações oscilam entre
um certo marialvismo (não
nega pois as origens) e uma
sofisticação a que o fado re-
cente nos tem habituado - é
que o fado tornou-se música
do mundo, de certo modo
global e tem vindo a ultrapas-
sar o bairrismo que, apesar do
sucesso internacional de Amá-
lia, ainda havia conservado du-
rante décadas. Ana Moura
participou num projecto mu-
sical com os Rolling Stones,
que, também eles, acharam a
sua voz fascinante.
Em Munique, tomando
como base uma melodia tra-
dicional, interpretou, em tom
de fado, dos Rolling Stones
„No expectations“, maravilho-
samente adaptado à linguagem
musical da guitarra - o público
vibrou. Mas também vibrou
com um Malhão e participou
com „Canto o Fado“ e ba-
tendo palmas segundo o
ritmo.
Ana Moura cativou o pú-
blico, com presença e simpatia
e com um timbre que encan-
tou. As palmas foram muitas,
ela e os seus esplêndidos mú-
sicos reapareceram. Ao fim, um fado corrido e depois a faixa
linda „Búzios“. Daí me ficaram no ouvido os últimos versos:
„Vê como os búzios caíram virados p’ra norte / Pois eu vou
mexer o destino, vou mudar-te a sorte“.
Os poemas do serão falavam de amor, paixão, saudade -
os temas de sempre, que continuam a „mexer o destino e a
mudar a sorte“, então se envolvidos numa voz de fadista
maior.
AnaMouraencantaMunique
Por Luísa Costa Hölzl
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009 Efeméride 13
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Bartolomeu de Gusmão agitouhá 300 anos a pacatez da socie-dade lisboeta com experiênciaspioneiras no domínio da Física,que interessaram e divertirama corte mas foram alvo da cha-cota popular.
O „padre voador“, como lhe
chamava o povo, inventou os aerós-
tatos, ao lançar pela primeira vez ba-
lões de ar quente, quando tinha
apenas 24 anos.
Apesar de rudimentar, o lança-
mento dos balões marcou a pri-
meira ascensão de um objecto mais
pesado do que o ar e precedeu em
74 anos o primeiro voo em balão
tripulado pelos franceses Pilâtre de
Rozier e marquês de Arlandes, assi-
nalou Isabel Malaquias, do Centro de
Estudos de História e Filosofia da
Ciência e da Técnica da Universi-
dade de Aveiro.
Como recorda o físico e poeta
Rómulo de Carvalho no seu livro
„História dos Balões“, Bartolomeu
construiu o engenho com arames,
papel grosso e madeira fina e „ser-
viu-se do fogo para os fazer subir“,
inspirado na elevação de uma bola
de sabão por efeito de uma fonte de
calor.
As experiências decorreram em
Agosto de 1709, na Sala das Embai-
xadas da Casa da Índia, situada no
que é hoje o Terreiro do Paço, e
foram apoiadas por D. João V, que a
elas assistiu, juntamente com a rai-
nha, os infantes e o marquês de Fon-
tes, protector do jovem cientista.
Bartolomeu enumerou as vanta-
gens do seu invento „para andar
pelo ar da mesma sorte que pela
terra e pelo mar“, tanto para as co-
municações, como para a guerra e o
comércio.
O projecto previa a possibili-
dade de criar um instrumento que
permitisse mandar avisos a territó-
rios longínquos, transportar produ-
tos ultramarinos, socorrer praças
sitiadas, descobrir as regiões próxi-
mas dos pólos e resolver o pro-
blema das longitudes.
A Biblioteca Geral da Universi-
dade de Coimbra guarda um mani-
festo de Bartolomeu sobre o
invento, tal como uma cópia da pe-
tição que dirigiu a D. João V para lhe
ser concedido o privilégio de só ele
poder „fabricar instrumentos para
voar“.
Segundo as crónicas, à primeira
tentativa a Passarola „não subiu mais
que 20 palmos no ar antes de
arder“, o que fez de Bartolomeu um
alvo da chacota popular.
Onze anos depois das experiên-
cias, Bartolomeu doutorou-se em
Cânones pela Universidade de
Coimbra e foi incluído por D. João V
nos primeiros 50 sócios da então
criada Real Academia Portuguesa de
História. Em 1722 foi nomeado fi-
dalgo capelão da Coroa Real.
Bartolomeu de Gusmão nasceu
em Dezembro de 1685 em Santos,
no Brasil, então território portu-
guês. Foi aluno do Seminário Jesuíta
de Belém, na Baía, ingressou na
Companhia de Jesus, esteve de 1701
a 1705 em Lisboa, para onde veio
definitivamente em 1708.
Nos últimos anos de vida ter-se-
á envolvido „num processo escanda-
loso que incluía o rei, um irmão
deste, as suas amantes, freiras, bru-
xas e alcoviteiras, mais o Tribunal da
Inquisição, obrigando-o a fugir de
Portugal“, clandestinamente, de
acordo com o referido livro de Ró-
mulo de Carvalho.
Bartolomeu pretendia ir para
Paris, mas adoeceu em Toledo, Espa-
nha, onde viria a falecer a 19 de No-
vembro de 1724.
O padre voador
Bartolomeu de Gusmão inventou os aeróstatos há 300 anos e com isso agitou Lisboa
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O governo alemão aprovou
campanha para a maior campanha
de vacinação no país desde a se-
gunda guerra mundial. Para isso,
foram encomendadas 50 milhões
de doses da vacina, que deverão
estar à disposição já no final de Se-
tembro.
A vacina contra o vírus H1N1
será dada inicialmente a grupos de
risco, como grávidas, pessoas que
sofrem de doenças crónicas, profis-
sionais da saúde, além de policiais e
bombeiros. O Ministério da Saúde
estima que serão abrangidas numa
primeira fase cerca de milhões de
pessoas.
A ministra alemã da Saúde, Ulla
Schmidt, disse que a vacina estará
ao alcance de qualquer cidadão
desde que o deseje. „A melhor
protecção contra essa gripe é a va-
cina“, assegurou Schmidt. A minis-
tra, no entanto, adverte que
crianças não devem ser vacinadas
até que sejam concluídos os estu-
dos clínicos conduzidos pela Uni-
versidade de Mainz.
O governo estima um custo de
28 euros para cada pessoa que re-
ceba duas doses da vacina. Ainda
neste ano, serão gastos 600 milhões
de euros e, em 2010, outros 400
milhões no programa de vacinação.
A vacina deverá ser distribuída
em hospitais e consultórios médi-
cos. Para cada vacinação em consul-
tório, o médico deve receber cinco
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Alemanha terá a maior campanha de vacinação do pós-guerra
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PORTUGAL POSTnº 182 • Setembro 2009 15Identidade Portuguesa
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Quer admitam quer não, todos
os portugueses têm um caracter in-
ternacional e um grave problema de
identidade.
Senão vejamos a questão da
nossa internacionalização:
Se um português tem um pro-
blema complicado para resolver
“vê-se grego” (lembram-se do
EURO 2004 em Portugal!), se não
entende alguma coisa “aquilo para
ele é chinês”, tem uma invenção
moderna nas mãos “é uma america-
nice”, trabalha de manhã à noite
“que nem um mouro”, se alguém
fala muito depressa “parece um es-
panhol” e se vive uma vida de luxo
“é à grande e à francesa”.
E se por acaso alguém quer
causar boa impressão “é só para in-
glês ver”, se é muito agarrado ao di-
nheiro “é pior que um judeu”, se
quer um café curtinho “pede uma
italiana”, se uma máquina funciona
bem “é como um relógio suíço” e
se funcional mal “é mesmo à portu-
guesa”.
Uma das coisas que eu mais
gosto nos portugueses é a capaci-
dade para explicar algo, por exem-
plo, quando tentam falar de alguém
mas, não se lembram do nome:
“Tu sabes quem é... Não me
lembro do nome como é que ele se
chama mas, tu conheces! Ele traba-
lhou muito tempo com o... Aquele
que a irmã teve um ataque de
caspa... Ela até chegou a estar ca-
sada com aquele rapaz que calçava
as sapatilhas ao contrário... Aquele
que o irmão é viciado no jogo! É
tão viciado que o patrão para o
conseguir despedir teve de dizer
“game over”... Mas de quem é que
estávamos a falar ao início?!
Damos tantas voltas que acaba-
mos por perder-nos... De qualquer
maneira eu acho que nós os portu-
gueses somos bastante inteligentes
ou (Xico-espertos), até que acho
que se cada português recebesse
um chocolate mediante o tamanho
da sua inteligência, todos nós tería-
mos direito a grandes tabletes. O
chocolate é muito bom mas, não
podemos abusar dele. À custa de
chocolates existem pessoas
que engordam tanto que, no
seu vigésimo aniversário
existem vinte bolos e apenas
uma vela. Dizem que uma das
coisas que provoca a obesi-
dade é passar-se horas a
horas a fio sentados no sofá
a ver televisão e a comer
sem parar... pelo menos acho
que devemos escolher com
cuidado os programas que
vemos. Se eu tivesse que es-
colher entre ver Alberto
João Jardim (AJJ) na RTP1 e
ver Rui Santos (comentador
desportivo) na SIC Notícias,
logicamente que optaria por
desligar a televisão!
Vejamos agora a questão
do nosso problema de iden-
tidade:
A identidade que Portu-
gal não descobre “lá fora”,
nem em si certezas.
Nestas férias de Verão
aproveitei o solzinho algarvio
para ler, entre outros, o último
livro de José Gil “Em busca da Iden-
tidade” com o subtítulo “o des-
norte”. Não basta sabermos que é
um dos portugueses mais interna-
cionais, ou seja, com maior credibi-
lidade em terras além-fronteiras.
Não basta pensarmos no impacto
que um livro como “Portugal Hoje –O Medo de existir” (2004) provocou
na comunidade socialmente cientí-
fica... e nos tops de venda. Quer-me
parecer que a tese principal deste
pequeno livro (meia centena de pá-
ginas) é a de que os portugueses
têm um grave problema de identi-
dade. Por um lado, função da nossa
hiperidentidade, somos pessoais e
auto-reflexivos e em função disso
somos autocomplacentes, pouco
confiantes, queixinhas, invejosos,
dominados pela inércia. São as pra-
gas nacionais que nos envenenam. A
hiperidentidade „fecha-nos sobre nósmesmos, impedidndo-nos de criar um„fora“, ar e vento livre, respiração paraviver“. Somos portugueses antes de
sermos homens. É a chamada
doença da hiperidentidade. O filó-
sofo continua a dissecar a alma por-
tuguesa, onde, além de pegar
regressar aos medos já tão mencio-
nados, revelados no outro livro,
aborda a busca contínua da identi-
dade de um povo que se encontra
decaracterizado, sem identidade,
sem comportamento definido e a
percorrer trilhos estranhos sem al-
cançar o destino almejado.
O autor analisa numa linguagem
que permanece acessível e simplifi-
cadamente filosófica, a evolução ve-
rificada com a transição para a
democracia imposta pelo 25 de
Abril e com as mudanças verifica-
das no período que se seguiu à re-
volução, em particular após a
„normalização“ do final dos anos 70
e os efeitos da crise actual. Pelo
meio José Gil dedica uma grande
atenção ao papel do actual Go-
verno - em particular através da
análise do discurso do primeiro-mi-
nistro, o polémico estado da educa-
ção no país e do recurso à avaliação
„enquanto método universal de
formação de identidades necessá-
rias à modernização“ - na formação
da nossa subjectividade. José Gil ar-
ranca pedaços do quotidiano nacio-
nal e atribui-lhe os sentidos mais
básicos, primários, aqueles que por
vezes parecem escapar ao observa-
dor mais atento.
As conclusões não são anima-
doras: „ (...) A crise actual vai assim
tocar num aspecto da nossa vidaque,aparentemente, nada tem a vercom ela; o sentimento da identidade(individual e nacional). Até agora, vivía-mos recolhidos em nós, protegendo-nos ainda do choque com um „fora“
que não pára de nos invadir - A UniãoEuropeia. Apesar das perdas, aqui e ali,
de soberania, o ganho de ade-são à UE foi sentido como lar-gamente positivo pelapopulação. Tanto mais queessas perdas não destruíramo nosso „cantinho“ familiar, anossa maneira de viver, anossa intimidade, quer dizer,o modo como gostamos e nosdetestamos a nós mesmos,aos outros e ao nosso país. AEuropa continua a estar « láfora», o que preserva o nosso«dentro». Um «lá fora» quenunca foi realmente um«fora» no sentido de umaforça exterior que nos afectae nos obriga a mudar. A «Eu-ropa» não faz ainda parte daexperiência consciente quoti-diana dos portugueses. (...) Aameaça total que pesa sobreas nossas vidas, sobre as fa-mílias, sobre o emprego, sobrea educação, sobre a saúde -para não falar no espectro dafalência do Estado -, obriga-nos a descobrir a dependên-cia radical do nosso país
relativamente ao resto do mundo. Serportuguês já não protege. A vacinaidentitária que nos manteve imunes àsdoenças do mundo por tantas décadasacaba de falhar. Por isso os nossos mi-nistros insistem tanto nas especificida-des do nosso sistema financeiro: serportuguês é ainda vantajoso. Mascomo o descalabro do sistema já nãoé dissimulável, têm também de assina-lar a gravidade da crise e a nossa par-ticular debilidade. E, aí, a reacção daspessoas pode tornar-se excessiva: nas-cer português é um azar do des-tino.(...) Um dos traços dessaidentidade é a capacidade que temosde viver o local como global. Trata-se
de uma questão de alcance de percep-ção. O nosso território mental é limi-tado, e as suas fronteiras muralhasque nos reenviam a nossa imagem, oque nos permite reconhecermo-nosimediatamente.(...)“
Outro dos pontos fulcrais desta
perpectiva filosófica da actualidade
portuguesa é o “chico-espertismo”,
fenómeno nacional que se infiltra
em todo “o tipo de subjectividade
da nossa sociedade, sendo transver-
sal a todas as classes, grupos, géne-
ros e geraççes”, ironizando com
exemplos de contorno dos mean-
dros legislativos. Há chico-esper-
tismo em todos os campos. Desdeo automobolista que aproveita um es-paço vago na biche à sua frente e seprecipita ultrapassando os outros paraganhar um ou dois lugares até às de-cises ministeriais que fazem os “ricos”(que ganham mais de 5000 € men-sais) pagar IRS para compensar “aclasse média” sacrificada (...). Toda avida social, política e privada dos por-tugueses é um constante rodopio degolpes de chico-espertismo.
Uma leitura muito apropriada
num ano decisivo em que as próxi-
mas eleições irão definir o futuro
próximo do país e não só. Esta aná-
lise corrosiva da mentalidade
“dócil” tão portuguesa é mais um
contributo para o debate que teima
em não surgir. “Tudo isto está a es-boroar-se, com a crise global a acele-rar bruscamente o processo. (...) É aameaça psicótica de perder a imagemde si, ou a identidade. De desaparecer,enfim”. Explica muita coisa.
Não é estranho, portanto, o re-
torno do autor às palavras melan-
cólicas do poeta Pessoa e às
“lágrimas de Portugal”.
Um livro de leitura obrigatória.
Palavras há muitas...A sério dizem-se verdades. A brincar também. Joaquim Peito
Há chico-espertismo em todos os campos. Desde o automobolista que aproveita um espaçovago na biche à sua frente e se precipita ultrapassando os outros para ganhar um ou dois lugaresaté às decises ministeriais que fazem os “ricos” (que ganham mais de 5000 € mensais) pagarIRS para compensar “a classe média” sacrificada (...). Toda a vida social, política e privada dosportugueses é um constante rodopio de golpes de chico-espertismo.
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 200916 ConsultórioO Consultório jurídico tem a colaboração
permanente dos advogadosMichaela Azevedo Ferreira e Miguel Krag
Miguel Krag, AdvogadoPortugal HausBüschstr.7 - 20354 HamburgoLeopoldstr. 1044147 DortmundTelf.: 040 - 20 90 52 74
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AdvogadoCarlos A. Campos MartinsDireito alemãoConsultas em português por marcação
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verdade que já se afirma
que a crise financeira atin-
giu o seu ponto mais baixo.
Mas não há dúvida de que
há muita gente que sente os
efeitos da recessão, quer
por ter de trabalhar a tempo redu-
zido, quer mesmo por ter sido ví-
tima de um despedimento. Por isso,
quero alertar hoje os leitores para
o facto de que, precisamente no di-
reito do trabalho, uma reacção rá-
pida constituir muitas vezes o único
pressuposto para que cada um
possa fazer prevalecer os seus direi-
tos. Tal acontece não só no caso de
uma acção de defesa contra despe-
dimento injustificado, que terá de
ser interposta no prazo de 3 sema-
nas, como também no caso do re-
querimento para indemnização por
insolvência, que deverá ser efec-
tuado no prazo de 2 meses. Sobre
este assunto já escrevi vários artigos
na Portugal Post que estão igual-
mente à disposição na nossa home-
page e que poderão ser consultados
em “www.kohnen-krag.de”.
Precisamente no que diz respeito a
muitos outros direitos relativos ao
vínculo laboral, nomeadamente o
pagamento do ordenado, existem os
chamados prazos improrrogáveis,
após os quais a respectiva reivindi-
cação está absolutamente excluída.
Estes prazos são muito comuns no
mundo laboral: vêm frequentemente
pessoas ao nosso escritório a quem
a entidade patronal foi constante-
mente dizendo para esperarem mais
algum tempo; quando perdem a pa-
ciência e resolvem ir consultar um
advogado, já é muitas vezes tarde
demais.
Por isso, estude bem o seu contrato
de trabalho e verifique os prazos es-
tipulados. Em caso de dúvida, será
preferível pedir o conselho de um
especialista jurídico, pois o ajuste de
tais prazos exige determinados
pressupostos: foi por exemplo de-
cretado numa sentença do Tribunal
Federal de Trabalho que o prazo de
dois meses acordado num contrato
de trabalho para a caducidade de
determinados direitos, era dema-
siado curto e carecia portanto de
qualquer validade jurídica. Mas, em
todo o caso, será sempre melhor
agir mais cedo do que tarde demais.
Se no contrato de trabalho estiver
prescrito um determinado prazo,
será preferível cumpri-lo. Verifique
se a reivindicação deverá ser efec-
tuada de uma forma específica (fre-
quentemente, terá de ser feita por
escrito). Se o prazo ajustado já tiver
expirado, consulte um advogado o
mais breve possível, a fim de o
mesmo verificar se tal prazo tem va-
lidade jurídica.
Ainda mais perigosos do que os pra-
zos improrrogáveis dos contratos
individuais, são os dos contratos co-
lectivos. Por um lado, poderão ser
mais curtos, e por outro, o assala-
riado não sabe muitas vezes que ao
seu contrato é aplicado um contrato
colectivo ou que do mesmo consta
uma cláusula desta natureza.
Se no contrato de trabalho estiver
mencionado que o mesmo é regido
por um determinado contrato co-
lectivo, não haverá outra coisa a
fazer: leia o contrato colectivo e ob-
serve os prazos aí estabelecidos.
Mas poderá ainda dar-se o caso de
os contratos colectivos poderem
ser aplicados a muitos contratos de
trabalho, sem que seja necessário
mencionar tal facto. Tal acontecerá
sempre que tais contratos forem de-
clarados como tendo obrigatorie-
dade geral. É o caso da construção
civil e das empresas de limpeza. Em
ambos os ramos, as reivindicações
terão de ser efectuadas por escrito
no prazo de 2 meses, a contar a par-
tir da data de vencimento. Se não se
observar este prazo, será excluída
toda e qualquer possibilidade de rei-
vindicação. Se a entidade patronal
não reagir no prazo de 2 semanas,
ou se rejeitar a reivindicação, terá de
ser interposta uma acção no prazo
de 2 meses, a contar a partir da ex-
piração do prazo ou da recusa. Se
não for interposta qualquer acção
dentro deste prazo, a reivindicação
será excluída.
Mas no caso de não se ter cumprido
um prazo improrrogável, nem sem-
pre está tudo perdido. Em certas
constelações, os tribunais permitem
que sejam levadas a cabo determi-
nadas reivindicações. Muitos tribu-
nais alegam que a entidade patronal
está legalmente obrigada a entregar
aos assalariados um comprovativo
de trabalho do qual deverão constar
os regulamentos laborais mais im-
portantes, inclusive informações
sobre um eventual contrato colec-
tivo. Nos termos desta legislação, se
a entidade patronal não agir da
forma mencionada, como acontece
em contratos ajustados apenas oral-
mente, tal entidade não poderá ba-
sear-se nas cláusulas de exclusão
contidas em tais contratos colecti-
vos. Foi constatado o mesmo relati-
vamente a salários inferiores aos
que foram estipulados nos contratos
colectivos de trabalho.
Todavia, o leitor não deveria confiar
demasiado nestes casos, pois os tri-
bunais decidem de forma bastante
diferenciada. Vá pelo seguro e faça as
suas reivindicações dentro dos pra-
zos estipulados. Está no seu direito!
Prazos improrrogáveis – Perigo no Direito do Trabalho
É
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009 17
3José Gomes Rodrigues
Assistente SocialCaritas Neuss
CHAMAMOS A ATENÇÃO dos leitores a colocar-nos as suas perguntas e sugestões pela forma es-crita usando o correio ou melhor ainda o correioelectrónico. Queiram também mencionar o vossonúmero de telefone fixo para, sendo necessário eem caso de urgência entrarmos em contacto con-sigo. As suas questões e sugestões podem ser en-viadas para as seguintes direcções:[email protected]: Tel. : 0231 8390289 - fax 0231 [email protected].: 02131 269320 - fax 02131 269 236 Desde já, muito gratos por este esforço e serviçoque poderão deste modo facilitar e aligeirar a vidaa outros leitores. Agradecidos!
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Amigos do Portugal PostTanto eu como o meu marido recebemos ajuda social do fundo dedesemprego, depois de receber do seguro de desemprego. Nãonos encontremos bem a viver dependentes desta ajuda, pois sabe-mos que esta advém do erário público. Temos multiplicado esforçospara sair desta situação. Eu já encontrei um pequeno trabalho, foio que apareceu. O Meu marido tem tido alguns problemas desaúde, mas mesmo assim não se tem poupado a esforços. Já fezum curso de Alemão. Até de computador ele já fez. Todas as sema-nas vai à Caritas, onde pode através da Internet ver as ofertas detrabalho e com a ajuda de um alemão que trabalha lá voluntaria-mente algumas horas, tem-no apoiado e escrever mesmo o curri-culum e até os pedidos de trabalho por escrito. Temos de pouparmuito para conseguir levar a carga familiar. Temos três filhos me-nores que ainda frequentam a escola e tudo queremos fazer poreles. Quando chegam estas alturas das matriculas...o peso finan-ceiro com o material escolar é quase insuportável, esticamos aomáximo as poupanças. Ouvimos dizer que existem ajudas paraos filhos nesta situação. Sabem-me dizer como poderei requereresta ajuda?Leitora devidamente identificada
Caríssima amiga, obrigado pela sua carta e pela confiança de-
positada ao descrever-nos de uma forma tão realista e sem
rodeios, a vossa situação familiar derivada ao desemprego in-
voluntário em que vos encontrais. Não podemos de forma al-
guma deixar de vos dar os parabéns pelo esforço que, apesar
da saúde precária do seu marido, estão fazendo para deixar
de depender dessa situação de ajuda social do fundo de de-
semprego. Não se pode de forma alguma fechar-se em casa
ou deambular pelas ruas esperando que alguma ajuda possa
cair do céu, ou de terceiros ou simplesmente a colocarem-se
numa situação de criticar tudo ou todos. É necessário conti-
nuar a permanecer activos e úteis, aproveitando devidamente
este tempo livre para adaptar-se aos novos tempos utilizando
todas as iniciativas possíveis para uma requalificação profis-
sional e aptidão para um novo e possível trabalho. Mesmo que
este não apareça facilmente, a vossa atitude é meritória, pois
a pessoa humana não se pode reduzir simplesmente à produ-
ção e a cifrões. A sua dignidade ultrapassa tudo isso. Que o
vosso exemplo seja seguido por muitos outros e estamos
convencidos que outros compatriotas estão usando este
tempo da forma activa e usada para uma reciclagem e forma-
ção profissional e até humanista.
Após esta observação que achamos também úteis, vamos res-
ponder à sua pergunta.
Já em Dezembro de 2008 foi introduzido na legislação social
a possibilidade duma ajuda financeira para as crianças e jovens
em idade escolar e até aos 25 anos de idade. Pela critica que
se levantou em volta desta alteração, este regulamento só en-
trou em Agosto do presente ano.
QUAL A QUANTIA A RECEBER?Cada criança em idade escolar e que não ultrapasse os 25
anos de idade receberá uma ajuda financeira anualmente no
valor de 100 €.
QUAIS AS CONDIÇÕES PARA ESSA AJUDA?Se no agregado familiar um dos progenitores esteja a usufruir
da ajuda social de desemprego a 1 de Agosto do ano em ques-
tão. A ajuda não será facultada quando o jovem receba uma
outra ajuda, em virtude de se encontrar em formação profis-
sional.
QUEM RECEBERÁ TAMBÉM ESTA AJUDA?Além de usufruir desta ajuda os agregados familiares que usu-
fruem da ajuda social ao desemprego, também quem receber
um apoio financeiro ao Abono de família ( Kindergeldzus-
chlag) poderá também auferir este financiamento.
QUEM E ONDE SE APARENTARÁ ESTE REQUERI-MENTO?Para quem receber a ajuda social ao desemprego ( ALG 2)
será a administração do Instituto do desemprego ( ARGE) e
emitir a ajuda. Para quem esteja a receber a ajuda ao Abono
de Família deve ser a administração do Abono de Família ou
seja as caixas de família correspondentes, a “Familienkasse” a
decidir do requerimento.
Segundo a lei, sendo os filhos maiores de idade, deverão eles
mesmos apresentar o pedido, sendo menores serão os pais a
ter de o fazer. Os filhos adultos poderão delegar os pais a
fazê-los por si.
SERÁ NECESSÁRIO APRESENTAR ALGUM CERTI-FICADO ESCOLAR?Geralmente dos 7 aos 15 anos não será necessário apresentar
qualquer justificação escolar. Em alguns estados federados po-
derão exigir a apresentação de comprovantes escolares a par-
tir dos 14 anos.. Se não for apresentado qualquer documento
até o dia 1 de Agosto, poderá ser dado um prazo limite para
a sua apresentação.
SE RECEBER AJUDAS DOUTRAS INSTITUIÇÕESSERÃO REDUZIDAS ESTAS AJUDAS?Geralmente não serão tidas em conta para a supressão ou re-
dução deste subsidio escolar ajudas financeiras para o efeito
que poderiam ser dadas por uma instituição particular de ca-
ridade ou mesmo pela escola.
Ajuda para as crianças e jovens em idade escolar
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tanistenverband.de
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20h00. Local Theater Labora-
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Oldenburg
11.09.2009 – BERLIM – Ex-
travagante – Concerto. Início:
20h00. Local: Teehaus im En-
glischen Garten - Altonaer
Str. 2 - 10557 Berlin
19.09.2009 – BERLIM – Trio
Fado Concerto .Início:
20h00. Local Admiralspalast –
Studio, Friedrichstr. 101,
10117 Berlin
19.09.2009 – ERKELENZ-HETZERATH – Trio Fado
Concerto .Início: 20h00.
Local Haus Hohenbusch –
Atelier, Hohenbuscher Str.,
41912 Erkelenz-Hetzerath
24.09.2009 – LEIPZIG –
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20h00. Local: Gewandhaus
Augustusplatz 8 - 04109
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ticipação/voz de Telmo Pires
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Guedes .Viola: André Krengel
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Música: Amália Rodrigues, Ma-
riza e Camané, entre outros
.Iní: 19h30. Local: Bühnen der
Stadt Gera -Großes Haus -
Theaterplatz 1 -07548 Gera
25 09.2009 – DÜSSEL-DORF – Trio Fado Con-
certo .Início: 20h00. Local
Bistro im Tanzhaus NRW,
Erkrather Str. 30, 40233
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Trio Fado Concerto .Início:
20h00. Local “Sardinhada” –
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marcadamente biográficos, e estão muito ligados ao contexto da guerra colonial; ime-diatamente o transformaram num dos autores contemporâneos mais lidos e discutidos,no âmbito nacional e internacional.
Miguel TorgaBichosPreço: € 11.50«Querido leitor:São horas de te receber no portaló da minha pequena Arca deNoé. Tens sido de uma constância tão espontânea e tão pura avisitá-la, que é preciso que me liberte do medo de parecerufano da obra, e venha delicadamente cumprimentar-me umavez ao menos. Não se pagam gentilezas com descortesias, eeu sou instintivamente grato e correcto (…)»
Manuel AlegrePreço: € 11,50As memórias de infância. Os cheiros,as vozes, as emoções de um tempoem que o tempo não tem fim e o sig-nificado está presente nas mais pe-quenas coisas. Todas elas ficamsempre, como marcas na alma, princí-pios que norteiam a vida. A nostalgiados lugares mágicos da infância. DeAlma, vila encantada onde convive
tradição e subversão, melancolia e audácia, crendices, ideolo-gia e futebol... Pela voz audaciosa de quem não receia dar-sea conhecer, chegam-nos ecos de um Portugal dividido entre aRepública e a Monarquia, um país que era, á época, o mundode uma criança expectante e atenta. De Alma, partiu toda asua vida.
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Eça de QueirósA CIDADE E AS SERRASPreço: 11.50
A Cidade e as SerrasEça de QueirosO romance foi publicado em 1899 (um anoantes da morte de Eça) na Revista Moderna, esaiu em livro em 1901. Pertence à última fasedo escritor, quando Eça se afasta do realismo edeixa a crítica dura que fazia à sociedade por-tuguesa da época.
CONTOS POPULARES PORTUGUESESPreço: 11.50Contos Populares Portugueses sãocontos de todos os tempos e de todasas idades. Uma obra que nos devolveo imaginário e o maravilhoso danossa cultura popular, e de que fazparte, entre outras, «História da Caro-chinha», «A Formiga e a Neve», «O Co-
elhinho Branco», «A Raposa e o Lobo», «O Compadre Loboe a Comadre Raposa» e «Os Dois Irmãos».
A CASA DA RÚSSIAJohn le CarréPreço: 13,50 Publicado em 1989, apresenta os meandos de espionagem e con-tra-espionagem entre o Ocidente e a antiga União Soviética.John le Carré arrasta-nos, uma vez mais, para o seu mundo secretoe faz dele o nosso.Em Moscovo, Leninegrado, Londres e Lisboa, numa ilha da costa doMaine que pertence à CIA, e no coração do próprio Barley Blair, Carré
desenvolve não apenas uma história de espionagem, mas uma alegoria do amor individualconfrontado com atitudes colectivas de beligerância.
TRAVESSIA DE VERÃOTruman CapotePREÇO: 11.50Obra póstuma e inédita, Travessia de Verão é um primeiro romance precocee seguro que mostra o sentido implacável da narração de um dos maioresescritores do século XX. Os seus fraseados imaculados, a sua crua ironia ea sua visão das subtilezas das diferenças de classe anunciam os futurostriunfos de Capote. Digno de um lugar em qualquer estante de um leitor
de Capote, este é, em todos os sentidos, um tesouro perdido e reencontrado.
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PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009Vidas20
Cavalheiro43 anos, deseja conhecer senhora dos 35 a 45anos divorciada, separada ou viuva, para fazeramizade ou algo mais. Caso sério.Resposta a este jornal, se for possivel com foto, Refª A104.
Amizades &Afins
CavalheiroSó, 67 anos, 1,65 m, meigo, honesto, livre eindependente, da área de Matosinhos, não fu-mador, a residir na Alemanha (NRW), procuraSenhora com qualidades atrativas, só, sem en-cargos, mais ou menos da idade, compatível,para amizades ou algo mais. Se sim, escrevahoje mesmo . Carta com foto é gentil, na res-posta a este jornal Refª A 205
Senhor56 anos, divorciado, não fumador,residentena Alemanha deseja conhecer senhora na casados cinquenta para fins de amizade. Resposta a este jornal Refª A107
poesias de amore de outros sentires
Sabemos que há mulheres e homens que desejam comunicar as suas aventuras ouaté mesmo histórias sobre a sua vida ou que querem relatar experiências e contarcasos de que foram testemunhas ou os principais protagonistas. Todos, uns mais que outros, temos uma história para contar, como por exemplo,como cá chegamos; a nossa dificuldade em compreender a língua; os sonhos queacalentamos para aguentar estar num país tão diferente; o choque cultural, o pri-meiro dia de trabalho e, porque não, as dificuldades por que passamos.Nós queremos contar a sua vida, o bom e o mau. Escreva-nos como sabe e pode e a sua história poderá ser um valioso testemunho danossa presença neste país.Não se esqueça de nos enviar as fotografias que deseja ver publicadas.Morada:PORTUGALPOSTBurgholzstr.4344145 DortmundFax: (0231) 83 90 351E mail: [email protected]
ESCREVA-NOS e conte-nos a história da sua vidaSegredo
Nem o Tempo tem tempopara sondar as trevas
deste rio correndoentre a pele e a pele
Nem o Tempo tem temponem as trevas dão tréguas
Não descubro o segredoque o teu corpo segrega
David Mourão Ferreira
CavalheiroDeseja conhecer Senhora na casa dos 55 anoslivre, sem qualquer compromisso. Boa apre-sentação, honesta, carinhosa e, acima de tudorespeitosa. Não importa que seja pobre.. Pro-curo felicidade. Assunto sério. Responder só que estiver inte-ressado. Contacto: 0160-1584521. Com carta enviada a este Jornal Refª A0108
Não vou aqui contar a minha vida
porque sei que ocuparia muitas e
muitas páginas do vosso jornal.
Prefiro antes escrever e contar as
razões porque estou aqui.
Nasci em Angola já lá vão uns ani-
tos. Quando aconteceu a revolu-
ção em Portugal em 1974 toda a
minha família estava em Angola,
meus pais e os meus três irmãos
e duas irmãs.
Depois de acontecer a revolução
em Portugal foi o que toda a
gente sabe, quero dizer, tivemos
de fugir a bom fugir com uma
mão à frente e outra atrás. Foi
uma desgraça. Ficámos sem nada
e chegámos a Portugal com a
roupa que tínhamos no corpo
porque já foi bom sair vivo da-
quela confusão em Angola que a
revolução causou.
Depois de desembarcar em Por-
tugal, fomos para perto de Tavira,
no Algarve, onde moravam uns
parentes afastados de meus pais.
A partir daí agarrei-me a tudo
para ganhar para a bucha e até fui
pescador numa embarcação pe-
quena. As coisas iam mal. Nesse
tempo não havia muito emprego
e em casa passávamos mal.
Foi então que conheci a mulher
com quem vivi. Era alemã, mais
velha do que eu quase quinze
anos. Na altura eu tinha 27 anos
e ela tinha 42 anos. Conheci-a
numa praia no Algarve quando es-
tava de férias. Eu arranhava um
pouco de inglês e ao fim de três
semanas já não podíamos estar
um sem o outro. Até que veio o
dia que ela tinha de voltar para a
Alemanha. Nas despedida, que foi
muito difícil para os dois, ela pro-
meteu-me que quando chegasse à
Alemanha começaria aprender
português. O tempo passou e os
nossos contactos foram rareando
e a minha vida continuou lá no Al-
garve a contar os tostões para ir
vivendo.
Um dia as coisas complicaram-se
e fiquei sem trabalho. Andei du-
rante muito tempo a passar por
dificuldades. Um dia, já sem espe-
rança e farto da vida que levava,
telefonei à mulher
alemã que tinha
conhecido na praia
e contei-lhe como
pude as dificulda-
des e disse-lhe que
gostaria de ir para
Alemanha para ar-
ranjar vida. Não
disse que não. Por
correio mandou-
me dinheiro para a
viagem de com-
boio e dias depois desembarquei
numa estação na Alemanha. De-
pois tive que apanhar um outro
comboio e cheguei ao meu des-
tino já noite. Telefonei à alemã e
passado algumas horas estava em
casa dela. Quando cheguei a sua
casa não queria acreditar no que
os meus olhos viam. Aquilo não
era uma casa, era um palácio!!!
Em comparação com a casa onde
morava em Portugal, aquilo era
para mim um palácio.
Quando cheguei a sua casa não
sabia o que ela pensava sobre a
relação que tivemos no Algarve.
Talvez ela visse agora aquilo como
uma aventura de férias e nada
mais. Mas para minha admiração
ela tratou-me muito bem e até
preparou um jantar que era
aquilo que na altura eu mais de-
sejava já que a fome era muita.
Fui ficando e a nossa relação re-
começou. Mas o mais importante
de tudo não era isso, é que eu fi-
quei a saber que ela era rica,
muito rica. A casa pertencia-lhe e
era também proprietária de mui-
tos prédios.
Fui ficando por ali. Para me entre-
ter ia cuidando do jardim da casa.
Ela impôs que eu fosse para uma
escola aprender alemão, o que fiz.
E ia vivendo bem. Às vezes dáva-
mos grandes passeios de carro e
também comecei a tirar a carta
de condução. Estava bem.
A família dela, a mãe e os seus
dois irmãos, simpatizam também
comigo. Eu também lhe fazia o
trabalho de jardim já que não
tinha nada que fazer.
Um dia fomos ao Algarve, para
perto da localidade onde tinha vi-
vido, onde viviam os meus paren-
tes e amigos. A minha chegada
causou grande espanto junto de
quem me conhecia. Agora, em
vez da casa sem condições, tinha
alugado um quarto num hotel
caro e conduzia uma bruta má-
quina alugada. Era um senhor!
Tinha dito adeus às preocupações
e sentia-me que nem um rei.
Durante o tempo que vivi com
ela nunca soube ao certo o que
tinha quanto e que fortuna pos-
suia. Disso ela nunca me falava.
Para separar as coisas, ela abriu-
me uma conta na
Sparkasse e de
seis em seis
meses fazia trans-
ferências para co-
brir as minhas
despesas: cigar-
ros, para a gaso-
lina do carro que
então já tinha, e
para pagar a
conta do restau-
rante quando
íamos jantar fora ou passear.
As coisas foram andando assim.
Eu já estava bem integrado no
meio que ela frequentava e, ver-
dade seja dita, não me faltava
nada. Tinha conhecido um portu-
guês na escola onde aprendi ale-
mão e era com ele que eu saía
para espairecer. Foi esse portu-
guês que me incentivou a pedir-
lhe em casamento . Dizia que
teria o meu futuro assegurado. E
assim fiz, fiz e nunca o deveria ter
feito. Nesse dia a verdade, a ver-
dade da vida que eu vivia se mos-
trou. Disse-me não, nunca! Que
vivíamos assim bem e que não
queria compromissos comigo. Es-
tava até a pensar falar comigo
para eu ir viver numa outra casa
e quando quiséssemos podería-
mos encontrar. Muito admirado
perguntei se ela já não gostava de
mim e se já não queria nada co-
migo. Não, claro que gostava, mas
não era um gostar como eu pen-
sava e ademais eu tinha que ar-
ranjar maneira de me sustentar e
olhar pela minha vida. Disse que
me ajudava a encontrar e a re-
chear a casa com as mobílias ne-
cessárias.
Percebi tudo e pela primeira vez
vi que, confrontado com a aquela
realidade, tinha de viver um
sonho.
Passado alguns tempos tinha um
apartamento e conseguido traba-
lho numa fábrica de contrapla-
cado de uns amigos dela.
Durante os primeiros tempos
ainda a vi algumas vezes, mas
fomo-nos afastando um do outro
à medida que o tempo passava.
Hoje, passado já quase trinta
anos, tenho a minha vida: trabalho
e tenho família. Às vezes arre-
pendo-me de ter vindo com vim
para a Alemanha. Mas se não ti-
vesse vindo não sei o que teria
acontecido à minha vida.
Para terminar, peço aos senhores
para corrigir esta minha carta e
para não divulgarem o meu nome.
Nota: A redacção corrige apenas aortografia e/ou substitui vocabuláriomenos adequado
Leitor identificado
Foi o destino que me trouxe para a AlemanhaJulguei que ia casar com uma mulher rica
Era um senhor! Tinha dito adeus às preocupações e sen-tia-me que nem um rei.Durante o tempo que vivi com ela nunca soube ao certoo que tinha quanto e que fortuna possuia. Disso elanunca me falava. Para separar as coisas, ela abriu-meuma conta na Sparkasse e de seis em seis meses faziatransferências para cobrir as minhas despesas: cigarros,para a gasolina do carro que então já tinha, e para pagara conta do restaurante quando íamos jantar fora ou pas-sear.
PORTUGAL POST nº 182 • Setembro 2009 21
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As Galinhas do VizinhoO agricultor mandou o filho ir à casa de um vizinho buscar uma
caixa com galinhas.
O rapaz foi mas, pelo caminho para casa, deixou cair a caixa, que
se abriu, e as galinhas fugiram.
O rapaz foi atrás delas por todo o lado e juntou-as novamente na
caixa, mas não tinha a certeza se as tinha apanhado todas.
Chegando a casa, vira-se para o pai e diz, mostrando a caixa com
algum receio:
- Pai... As galinhas fugiram-me, mas eu consegui apanhar as doze...
- Caramba, filho, mas eram só sete...
Pagamento AdiantadoEra sábado e a adolescente foi confessar-se:
— Padre, eu dormi com meu namorado.
— Pecado, minha filha, pecado. Reza dez ave-marias. A adolescente
foi-se levantando, andou uns passos e voltou de novo ao padre.
— Posso rezar vinte, senhor padre?
— Porquê, minha filha?
— É que a gente vai passar este fim-de-semana fora...
Briga que Acaba com a Mulher de Joelhos— Então? Como acabou a discussão com a tua mulher?
— Como eu esperava: veio ter comigo, de joelhos.
— Sim? E depois?
— Aproximou-se e gritou: saia debaixo da cama, seu covardão.
CARNEIROAmor: Poderá ser invadido pela saudade, vivamais focado no presente. A felicidade espera porsi, aproveite-a!Saúde: Procure fazer uma vida mais salutar. Cui-dar da sua saúde não é uma questão de querer.É um dever. Dinheiro: Esta não é uma boa altura para inves-tir nos negócios.
TOUROAmor: Dê mais atenção à sua família. Ela tam-bém necessita de si. Que o Amor seja uma cons-tante na sua vida!Saúde: Poderá ter dificuldades em dormir. Dinheiro: Se pretende abrir um negócio não ofaça já. Espere por dias melhores.
GÉMEOSAmor: É uma boa altura para os nativos solteirosiniciarem um relacionamento estável. Procureintensamente sentimentos sólidos e duradouros,espalhando em seu redor alegria e bem-estar!Saúde: O descanso e o exercício físico são fun-damentais para conseguir aguentar a pressãoexercida sobre si durante este mês.Dinheiro: Planifique a sua vida profissional paraque possa ser mais organizado e rentabilizar oseu trabalho.
CARANGUEJOAmor: Ponha as cartas na mesa e evite escondera verdade. Enfrente os seus medos e as suas dú-vidas e será feliz!Saúde: É possível que se sinta psicologicamenteesgotado. Descanse mais.Dinheiro: É possível que tenha alguns problemas
com o seu patronato.
LEÃOAmor: Esqueça o seu passado afectivo e partaem direcção à felicidade. Que o futuro lhe sejarisonho!Saúde: Andará mais impaciente nesta altura.Dinheiro: Financeiramente tudo se apresenta es-tável.
VIRGEMAmor: Altura ideal para efectuar a mudança quetanto necessita de fazer. É tempo de um novorecomeço!Saúde: Canalize a sua energia para actividadesde lazer. Faça apenas aquilo que realmentegosta.Dinheiro: Esforce-se por aumentar os níveis dosseus rendimentos, para conseguir melhorar asua situação económica.
BALANÇACarta do Mês: 8 de Paus, que significa Rapidez. Amor: Evite as discussões com alguém que lhe émuito querido. Agora é tempo para desenvolvera paciência e a vontade de partilhar.Saúde: Previna-se contra gripes. Dinheiro: Dê mais valor ao seu trabalho, e sóterá a ganhar com isso.
ESCORPIÃOAmor: Poderá ser surpreendido pelo seu par.Aproveite a surpresa. Viva o presente com con-fiança!Saúde: Tente manter a calma, pois o seu sistemanervoso anda um pouco frágil.Dinheiro: Este é um momento favorável, apro-
veite para fazer o que já tinha planeado.
SAGITÁRIOAmor: Saiba desculpar e pedir desculpa. O seupar apreciará a sua atitude. Siga a sua intuição,siga o caminho do amor!Saúde: Faça mais exercício físico. Olhe mais pelasua circulação sanguínea. Dinheiro: Tente poupar algum dinheiro. Maistarde poderá precisar dele.
CAPRICÓRNIOAmor: Mês de grande harmonia entre o casal.Aproveite ao máximo os momentos de alegriapara agradecer a Deus tudo o que tem!Saúde: Modere o seu estado de ansiedade. Dinheiro: Êxitos a nível pessoal e profissional.
AQUÁRIOAmor: Sentirá a necessidade de fazer alguns sa-crifícios para manter o bem-estar familiar. Re-jeite pensamentos pessimistas e derrotistas. Dêmais de si.Saúde: Tendência para sentir uma ligeira indis-posição que o conduzirá à redução do seu ritmodiário. Dinheiro: Poderá ter as condições necessáriaspara se dedicar a um projecto deixado na ga-veta.
PEIXESAmor: Sentir-se-á liberto para expressar os seussentimentos e amar espontaneamente. Que oAmor seja uma constante na sua vida!Saúde: Estará melhor do que habitualmente.Dinheiro: Boa altura para pedir aquele aumentoao seu chefe.
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Lusofonia
Durante uma deslocação a Dort-
mund para actuar na festa do quinto
aniversário da revista Ngingão, o can-
tor angolano Bonga decepcionou a
plateia ao revelar um carácter que
deixa muito a desejar.
A sua tão esperada presença aca-
bou por se tornar numa figura de ter-
ror para as centenas de fãs que
estiveram presentes para assistir ao
concerto.
Tudo começou na tarde de sá-
bado com a chegada do músico ao
salão para fazer o som check (ensaios
preliminares de som). Bonga, coadju-
vado por Lito Graça, baterista do
Semba Master, grupo que o acompa-
nhou, revelou a sua performance em
arrogância, dizendo ordinarices à mis-
tura com insultos públicos.
O jogo de códigos entre os dois
arrogantes ajudou a identificar a falta
de personalidade de Bonga perante a
entidade (Revista Ngingão) que por
respeito e carinho pela carreira mu-
sical do artista lhe preparara uma ho-
menagem.
O medo de não ser pago foi a
razão de sua insegurança. O compor-
tamento mesquinho de Bonga e do
seu acompanhante permitiu entender
que o artista não conhece realmente
o seu valor na arena musical.
Quando se fala de Bonga, pensá-
vamos nós que se tratava de uma per-
sonalidade com estatuto equiparável
a Cesária Évora, Bana, Martinho da
Vila, Djavan, Alcione e outros, em que
seus concertos são tratados por
agentes profissionais em condições e
que garantem a salvaguarda dos seus
mandantes.
Mas, isso não acontece com o
cantor em causa. Bonga, na sua arro-
gante vinda à Alemanha, mostrou-se
desprovido de conhecimentos con-
tratuais não possuindo qualquer
Home Page ou agente que fale por
ele. O artista, usando mecanismos ru-
dimentares, começou por tropeçar
com o contrato muito antes de ter cá
chegado.
Lamentavelmente Bonga não sabe
conciliar a sua reputação artística
com a celebração de contratos. Ao
aperceberem-se dos acordos feitos
entre o artista e a parte contrata-
dora, os seus acompanhantes confir-
maram as trafulhices do mais velho.
“O kota já está velho e mesmo
assim quer continuar a fazer coisas
que não entende. Nós dizemos-lhe
sempre que seria melhor que fosse-
mos nós a tratar da parte administra-
tiva e ele apenas da parte artística,
mas ele não nos ouve e por isso
temos tido problemas idênticos”,
disse Lito Silva, seu fiel acompa-
nhante. Os outros dizem ainda que a
desordem de Bonga está a fazer com
que outros músicos percam vontade
de trabalhar com ele. “Se ele conti-
nuar assim vai acabar sozinho, muitos
já não querem trabalhar com ele,
como é o caso do nosso colega que
ficou em casa por causa destas con-
fusões”, prosseguiu Betinho Feijó,
desculpando-se pelo comportamento
de Bonga. No contrato, Bonga exigiu
honorários para quatro elementos
que o acompanhariam. embora a
parte contratadora ter cumprido
com a exigência, Bonga veio apenas
com 3 elementos e sem pudor, em-
bolsou o dinheiro destinado ao
quarto comportando-se como um
avarento querendo enriquecer em re-
cuperação do tempo que perdeu.
O comportamento de Bonga na
sua última visita a Alemanha não foi
diferente ao de qualquer outro que
ele usa em criticar nas suas canções.
A única diferença é que as persona-
gens referidas em suas músicas pos-
suem poderes que Bonga não tem
para poder sustentar e tornar visível
o seu complexo e arrogância.
Em palco, as suas anedotas ordi-
nárias aterrorizaram os assistentes
que lá se dirigiam, pois tinham medo
de ser agredidos verbalmente pelo
artista. O seu comportamento pouco
escrupuloso deixou a plateia decep-
cionada.
Durante o concerto, Bonga cor-
reu com todos os rapazes que subi-
ram ao palco para lhe entregar
qualquer mimo, dizendo repetidas
vezes que gostaria que as coisas lhe
fossem entregues apenas por mulhe-
res e não por homens.
O denominado Rei do Semba re-
gistou o seu ponto alto na década de
80 com canções de intervenção con-
tra o regime angolano no poder. Na
altura, pela sua firmeza e determina-
ção, ganhou carinho e admiração pelo
mundo fora, especialmente entre os
angolanos que chegaram a considerá-
lo como sendo a voz da razão. Con-
trariamente, no espectáculo do dia
dois de Maio, em Dortmund, Bonga
mostrou-se cansado do título, assi-
nando as afirmações dos desiludidos
fãs que o consideram covarde por ter
se rendido à causa que aparentava de-
fender.
Neste espectáculo ao interpretar,
a pedido da plateia, “Tenho uma lá-
grima no canto do olho”, um dos seus
grandes sucessos, furioso pediu repe-
tidas vezes ao camaraman que pa-
rasse com a gravação naquele
momento. O comportamento do ar-
tista deixa um ponto de interrogação.
Porquê apenas naquela canção?
Preferia não acreditar que Bonga
está com medo de ser visto em An-
gola a cantar os seus êxitos. A ver-
dade é que não se importou que as
filmagens prosseguissem depois da
canção ter acabado!...
Malcom X, Bob Marley e muitos
outros considerados defensores de
qualquer causa morreram repletos de
fidelidade, o mesmo não se pode
dizer de Bonga se formos a julgá-lo
com base no seu comportamento no
concerto de Dortmund. Aí deixou
muito a desejar, com um cachet
ganho quase de graça, porque Bonga
não cantou, ridicularizou-se e mos-
trou o seu lado insociável.
Bonga portou-se mal em Dortmund
Já não tem umalágrima ao cantodo olhoPor Kota Ngingas
Foto:Bonga (E) acompanhado por um elemento da organização do espectáculo
Zeca Schall, angolano naturali-
zado alemão desde 2004, é um mem-
bro do partido democrata-cristão da
chanceler alemã, Angela Merkel, e está
a ser foi alvo de ameaças por parte
do NPD em Turíngia. Este partido da
extrema-direita diz que a Zeca Schall
deve „voltar para casa“.
A campanha do NPD contra
Zeca Schall deve-se ao facto deste
aparecer num cartaz de campanha
eleitoral da CDU.
Zeca Schall, 45 anos de idade, vive
na Alemanha desde 1988, é membro
da CDU local, partido pelo qual tam-
bém concorre localmente em elei-
ções regionais a realizar a 30 de
Agosto. Zeca Schall é encarregado
das questões de imigração e multicul-
turalismo da CDU no Estado da Tu-
ríngia.
„Estes ataques surpreenderam-
me porque já no início do ano havia
cartazes meus espalhados em Hild-
burghausen, onde havia eleições dis-
tritais“, disse Schall à Deutsche Welle.
Preocupado com as ameaças e a
campanha do NPD, O angolano na-
turalizado alemão encontra-se sob
escolta policial. Mesmo assim, Zeca
Schall diz não ter medo. „Neste mo-
mento chegou um caminhão do NPD,
que está contra mim, fazendo campa-
nha também na estrada. Mas não
temos medo, temos protecção e que-
remos continuar nossa campanha até
o fim“, disse à Deutsche Welle.
„Bom regresso a casa, Zeca!“,
dizia uma faixa colocada num auto-
carro do NPD.
Entretanto, A CDU apresentou
queixa à Justiça alemã após o NPD
ter afirmado que Schall „preenche a
cota de negros da CDU“, que a pre-
sença do político „não é necessária“
e que ele „deveria voltar para casa“.
NPD ameaça politico de origem angolanaUm cidadão alemão natural
de Angola que é candidato
pela União Democrata-
Cristã (CDU) às próximas
eleições regionais na Ale-
manha está sob protecção
policial devido a ameaças
da extrema-direita