Portugal Post Abril 2009

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PORTUGAL POST Director: Mário G. M. dos Santos ANO XVI • Nº 177• Abril 2009 • Publicação mensal • 2.00 € Portugal Post Verlag, Burgholzstr. 43 • 44145 Dortmund • Tel.: 0231-83 90 289 • Telefax 0231- 8390351•E Mail: [email protected] •www. portugalpost.de •K 25853 •ISSN 0340-3718 Leia nesta edição Página 13 Página 11 Página 7 Página 8 Publicidade Bar Cod Dortmund Faleceu Renato Calvário CAVACO SILVA ENCONTROU-SE COM A COMUNIDADE EM OSNABRÜCK Número de emigrantes portugueses na Alemanha diminuiu em finais de 2008 Estugarda Detidos dois Subempreiteiros portugueses Colónia capital alemã do cinema português José Lello, dirigente do PS, vem ajudar o SPD Hamburgo “Portugal necessita da ajuda da sua diáspora” Página 3 Sabia que D.Afonso Henriques não queria ser rei e não bateu na mãe mas sim no amante dela? Só não gostava do padrasto, Fernão Peres de Trava.Afonso Henriques, o Conquistador dava-se bem com a mãe e foi empurrado para a guerra pelos nobres e pela igreja que não queriam ficar dependentes de Galiza e assim nasceu a independência do condado portucalense. “A existência de Portugal é o nosso pri- meiro erro”, conclui sem dúvidas, João Vasco Almeida, co-autor do livro “12 Erros Que Mudaram Portugal”. Pág.10 “12 Erros Que Mudaram Portugal” No final de 2008 viviam na Alemanha 114.451 portugueses, menos 630 do que em igual período do ano anterior, revelou o Instituto Federal de Estatística (Destatis). Pág.10

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Portugal Post Abril 2009

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PORTUGAL POSTDirector: Mário G. M. dos Santos

ANO XVI • Nº 177• Abril 2009 • Publicação mensal • 2.00 €

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Página 13

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Página 7

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Bar Cod

DortmundFaleceu

Renato Calvário

CAVACO SILVA ENCONTROU-SE COM A COMUNIDADE EM OSNABRÜCK

Número de emigrantes portugueses na Alemanhadiminuiu em finais de 2008

EstugardaDetidos dois

Subempreiteirosportugueses

Colónia capitalalemã do cinema

português

José Lello, dirigente do PS,

vem ajudar o SPD

Hamburgo

“Portugal necessita daajuda da sua diáspora” Página 3

Sabia que D. Afonso Henriques não queria ser rei e não bateu na mãe

mas sim no amante dela? Só não gostava do padrasto, Fernão Peres

de Trava. Afonso Henriques, o Conquistador dava-se bem com a mãe

e foi empurrado para a guerra pelos nobres e pela igreja que não

queriam ficar dependentes de Galiza e assim nasceu a independência

do condado portucalense. “A existência de Portugal é o nosso pri-

meiro erro”, conclui sem dúvidas, João Vasco Almeida, co-autor do

livro “12 Erros Que Mudaram Portugal”. Pág.10

“12 Erros Que Mudaram Portugal”

No final de 2008 viviam na Alemanha 114.451 portugueses, menos 630

do que em igual período do ano anterior, revelou o Instituto Federal

de Estatística (Destatis). Pág.10

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PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009

EditorialMário dos Santos

2

DIRECTOR: MÁRIO DOS SANTOS

REDACÇÃO E COLABORADORESCRISTINA KRIPPAHL: BONAFRANCISCO ASSUNÇÃO: BERLIMFERNANDO A. RIBEIRO: ESTUGARDAHELENA GOUVEIA: BONAJOAQUIM PEITO: HANNOVERLUÍSA COSTA HÖLZL: MUNIQUE

CORRESPONDENTESALFREDO CARDOSO: MÜNSTERANTÓNIO HORTA: GELSENKIRCHENJOÃO FERREIRA: SINGENJORGE MARTINS RITA: ESTUGARDAJOSÉ PINTO NASCIMENTO: DÜSSELDORFKOTA NGINGAS: DORTMUNDMANUEL ABRANTES: WEILHEIM -TECKMICHAELA AZEVEDO FERREIRA: BONAPAULO ALEXANDRE: HAMBURGOZULMIRA QUEIROZ: GROß-UMSTADT

COLUNISTASANTÒNIO JUSTO: KASSELDORA MOURINHO: ESSENFERNANDA LEITÃO: TORONTOJOSÉ EDUARDO: FRANKFURTJOSÉ VALGODE: LANGENFELDLAGOA DA SILVA: LISBOALUIS BARREIRA, LUXEMBURGOMARCO BERTOLOSO: COLÓNIAMARIA DE LURDES APEL: BRAUNSCHWEIGPAULO PISCO: LISBOARUI PAZ: DÜSSELDORFTERESA COLAÇO: COLÓNIA

ASSUNTOS SOCIAISJOSÉ GOMES RODRIGUES: ASSISTENTE SOCIALCONSULTÓRIO JURIDICOCATARINA TAVARES: ADVOGADAMICHAELA A. FERREIRA: ADVOGADAMIGUEL KRAG: ADVOGADO

FOTÓGRAFOS:PAULO FERREIRA E FERNANDO SOARESAGÊNCIAS: LUSA. DPAIMPRESSÃO: PORTUGAL POST VERLAG

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REGISTO LEGAL: PORTUGAL POSTJORNAL DA COMUNIDADE PORTUGUESA NA ALEMANHAISSN 0340-3718 • K 25853PROPRIEDADEPORTUGAL POST VERLAG REGISTO COMMERCIAL HRA 13654

PORTUGAL POSTAgraciado com a medalha da Liberdadee Democracia da

Assembleia da RepúblicaFundado em 1993

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stava escrito que mais cedo ou mais

tarde partirias. As tuas enfermidades vie-

ram todas como um relâmpago depois

de teres começado a gozar a tua reforma

após mais de 40 anos de trabalho no duro.

São muitos aqueles que na nossa comunidade

te conhecem. O teu trabalho como Conse-

lheiro eleito pelo Conselho Mundial das

Comunidades Portuguesas fez de ti uma perso-

nalidade pública; um homem que lutava pelos

direitos das pessoas e fundamentalmente da-

queles que não têm voz e que sofrem de tantos

males sociais contra os quais tu lutaste à tua

maneira.

A tua vida foi igual à de tantos outros emigran-

tes da primeira geração: trabalhavas nas mon-

tagens a soldar a Alemanha destruída pela

guerra. O teu sonho era também como o de

tantos outros: dar uma vida melhor e digna aos

teus e criar condições talvez para um regresso

a Portugal para desfrutar daquilo para o qual

trabalhaste. Também como tantos outros, foste

ficando, adiando e neste permanente adiar foste

criando raízes sem te dares conta. E das raízes,

cujas sementes são os filhos e depois os netos,

nasceu uma ligação à terra que te acolheu e que

agora acolhe o teu corpo sem vida. Também

como tantos, ajudaste a criar associações nos

idos de 60. Eras o sócio número 1 do Centro

Português, em Dortmund, também já extinto

porque as forças vs vida daqueles que o ergue-

ram esgotaram-se.

Contigo parte um pouco da história dos pri-

meiros portugueses que quando para aqui vie-

ram em 1962 e nos anos a seguir mal sabiam

que esta terra seria afinal a “sua terra”; aquela

que vos viu crescer, vos deu trabalho, o pão e

um futuro e um sitio para o vosso repouso

eterno.

Portugal, que vos atirou para longe porque não

vos dava condições para uma vida com mais ou

menos dignidade, também vos retirou o direito

de lá encontrarem o último descanso.

A herança que deixas são os teus exemplos e

a mensagem de que os valores culturais e hu-

manos devem determinar o nosso comporta-

mento perante o mundo que nos rodeia.

Apesar da tua condição de operário (que te or-

gulhavas), o teu sentido, a tua sensibilidade e o

teu desejo pelo conhecimento faziam de ti um

incansável defensor de uma boa escolaridade e

formação para os jovens, sendo sempre essa a

tua preocupação quando falavas com toda a

gente que encontravas na rua, nas festas, nas as-

sociações...

Partiste e deixaste boas recordações; as recor-

dações simples de um homem que amava a

vida, a alegria, que estimava à sua maneira os

amigos, que amava Portugal e os seus, a música,

a cultura e momentos de boa cavaqueira...

Em suma, caro Renato Calvário, a tua passagem

por este mundo não foi em vão e estejas onde

estiveres saberás que deixaste por cá amigos

que muito te agradecem a oportunidade de te

ter conhecido.

Obrigado por tudo e até sempre.

Caro Renato Calvário,

E

Page 3: Portugal Post Abril 2009

PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009 Presidente da República na Alemanha 3

Presidente da República

prometeu continuar a fazer

tudo para aumentar a par-

ticipação política dos emi-

grantes portugueses,

sublinhando que quem se sente le-

gitimado para pedir o seu apoio

tem de estar “à altura de respon-

der” às suas necessidade.

“É meu firme propósito conti-

nuar a fazer o que estiver ao meu

alcance para que os portugueses

residentes no estrangeiro e os luso-

descendentes possam aumentar a

sua participação cívica e política e

reforçar os laços que os unem a

Portugal”, afirmou o chefe de Es-

tado, em Osnabrück, durante uma

recepção à comunidade portuguesa

aí residente no âmbito da sua vista

oficial Alemanha.

Porque, acrescentou, um país

que se sente legitimado para pedir

o apoio dos portugueses que vivem

e trabalham no estrangeiro “tem de

estar à altura de responder às ne-

cessidades desses mesmos portu-

gueses e de tudo fazer para

promover a sua ligação ao seu

país”.

Falando perante centenas de

portugueses que se deslocaram até

ao OsnabrückHalle, Cavaco Silva

disse que Portugal conta „com o

investimento de todos quantos se

sintam capazes de o fazer. É bem sa-

bido que o contributo dos nossos

emigrantes sempre foi muito im-

portante para a vida económica

portuguesa. Neste momento difícil,

ele assume uma importância deter-

minante.

Portugal necessita, hoje mais do

que nunca, da ajuda da sua diáspora.

Contamos com o vosso apoio para

projectar o nosso país, com a cola-

boração de todos para que possa-

mos aumentar as exportações de

produtos e serviços portugueses,

para promover a nossa terra como

destino turístico de excelência“

O futuro de Portugal a todos

nós diz respeito e sei que Portugal

pode contar convosco.

“Portugal somos todos nós que

o amamos e que lhe damos o me-

lhor que somos capazes”, acrescen-

tou.

Cavaco Silva enfatizou a forma

como os emigrantes se encontram

integrados nas sociedade de acolhi-

mento, incentivando o aprofunda-

mento do seu envolvimento nas

comunidades onde vivem.

Referindo-se à crise económica

e financeira mundial, o Presidente

da República deixou ainda uma pa-

lavra de solidariedade a todos os

que por ela são afectados, assegu-

rando acompanhar de muito perto

a situação e assegurando que tudo

fará para “minorar os seus efeitos”.

“Quero deixar-vos uma palavra

de esperança, incentivar-vos a que

não se resignem à adversidade do

momento. Estou certo de que, atra-

vés do empenho e da solidariedade

de todos, saberemos ultrapassar

este momento difícil e encontrar

soluções que garantam o bem-estar

e a prosperidade económica e so-

cial que todos desejamos”, salien-

tou.

O Presidente da República re-

novou ainda o apelo ao “espírito de

portugalidade”, que mantém viva a

Língua e Cultura Portuguesas.

“Jamais percam essa ligação à

vossa terra de origem, à terra dos

vossos pais e avós, e que continuem

a cultivar o uso da Língua de Ca-

mões e a rever-se nas realizações

da Cultura Portuguesa, de que

todos nos orgulhamos”, declarou,

considerando que Portugal se tem

de empenhar na promoção da Lín-

gua Portuguesa no estrangeiro.

“Conto, pois, convosco para a

concretização desta legítima aspira-

ção de ver a Língua Portuguesa

consagrada como uma língua verda-

deiramente mundial”, acrescentou,

insistindo que Portugal precisa

“mais do que nunca, da ajuda da

Diáspora”.

“Portugal necessita da ajudada sua diáspora”

Osnabrück

O

Cavaco Silva visitou o Bundestag

Banho de multidão em Osnabrück

Em Berlim, numa jornada dedicada à economia .Fotos: Fonte Presidência da República

Page 4: Portugal Post Abril 2009

PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009Nacional e Comunidades4

Emigrantes sociais-democratas reuniram-se em Estrasburgo

O presidente do grupo parla-

mentar do Partido Social-Demo-

crata, Paulo Rangel, disse que as

comunidades portuguesas sentem-

se maltratadas e desprezadas pelo

actual governo.

Paulo Rangel falava no final de

um encontro das estruturas do

PSD/Europa, que decorreu em Es-

trasburgo, com as eleições euro-

peias e legislativas e as

comunidades portuguesas na

agenda.

Entre os muitos temas, adian-

tou, foi abordada a forma como o

governo português tem tratado os

emigrantes portugueses.

„Houve uma avaliação feita

pelos diferentes intervenientes

sobre a política do governo nesta

área e aqui houve uma avaliação

muito negativa. As comunidades

portuguesas consideram que não

foram uma prioridade para este go-

verno tendo sido desprezadas e

maltratadas“, disse.

Segundo Paulo Rangel, uma das

questões abordadas foi o direito de

voto dos emigrantes e foi conside-

rado „inaceitável que a maioria PS

quisesse retirar este direito“.

„Foi uma troca de impressões

muito rica e vasta, estabelecendo-

se uma rede de contactos“, disse, o

lider parlamentar social-democrata,

adiantando que ficou decidida uma

maior articulação das estruturas lo-

cais do PSD com os partidos cor-

respondentes nos respectivos

países.

Paulo Rangel disse ainda que

ficou encarregue de, na próxima

conferência de lideres Parlamenta-

res do PPE a 16 de Março, apresen-

tar uma proposta no sentido de

institucionalizar relações entre os

partidos pelos emigrantes e os par-

tidos locais correspondentes.

O objectivo é que as estruturas

do PSD português possam colabo-

rar e ter apoio logístico respectivo

de forma a aumentar a mobilização

dos portugueses.

A divulgação da cultura portu-

guesa, os fluxos migratórios, a rela-

ção com as comunidades

empresariais e culturais foram ou-

tros dos temas em debate.

“Portugal fez-se para os portu-

gueses, Portugal é dos portugueses

e é para eles que nós temos que

trabalhar para criar as condições

para que sejam atraídos pelo nosso

país”, defendeu a presidente do

PSD, durante um jantar com cerca

de 200 pessoas em Pontault-Com-

bault, município a Leste de Paris.

“Irei lutar para que o nosso país

melhore e possa ser atractivo e ser

um incentivo para que muitos de

vós possam regressar com ânimo e

com perspectivas”, prometeu Ma-

nuela Ferreira Leite aos portugue-

ses e luso-descendentes presentes

na sala, a maioria militantes e sim-

patizantes do PSD.

Manuela Ferreira Leite disse, ao

mesmo tempo, querer “que se im-

peça que muitos mais portugueses

continuem a sair”, alegando que “a

situação actual a isso tem incenti-

vado” e que se têm criado “condi-

ções para que cada vez mais

portugueses abandonem o país”.

Depois de ter traçado o que

qualificou de “panorama mais ou

menos cinzento” de Portugal, a pre-

sidente do PSD acrescentou: “Só

não o faço negro porque nós esta-

mos seriamente a lutar e estamos

convencidos de que vamos ganhar

as eleições. E, como estamos con-

vencidos disso, achamos que vamos

ainda a tempo de mudar de política

e portanto de resultados”.

“Aquilo que eu mais desejaria é

que o país reunisse as condições

para poder albergar e receber

todos aqueles que um dia por mo-

tivos vários tiveram de decidir sair”,

reforçou, considerando que “deve

ser com certeza uma decisão que

nem sempre é fácil, mas provavel-

mente ainda é mais difícil tomar a

decisão de não regressar”.

Manuela Ferreira Leite disse aos

emigrantes presentes que a sua vi-

sita a Paris“é uma primeira visita”.

“Eu irei visitar periodicamente

as comunidades”, anunciou.

“De uma coisa podem estar

certos: nunca me esquecerei que

Portugal não são só os portugueses

que vivem naquele rectangulozinho

à beira-mar plantado. São também

as muitas centenas de milhar de

portugueses que vivem espalhados

por esse mundo fora e que têm

tanta ligação a Portugal, tantos di-

reitos sobre o país como qualquer

um de nós que lá vive”, declarou.

A presidente do PSD elogiou o

contributo das comunidades portu-

guesas “para o prestígio do país” e

terminou a sua intervenção di-

zendo: “Os portugueses são portu-

gueses independentemente do

lugar onde vivem e nós somos o

país genuinamente português”.

Manuela Ferreira Leite conta ganhar eleições e quer atrair emigrantes de volta a Portugal

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O Governo quer criar 150 ga-

binetes de apoio ao emigrante até

ao final do ano, para receber me-

lhor os emigrantes que regressam

à terra natal e ajudar os que deci-

dem emigrar a não serem vítimas

de contratos fraudulentos.

O secretário de Estado das Co-

munidades Portuguesas, António

Braga, esteve presente na assinatura

do protocolo que criou o 95º Ga-

binete de Apoio ao Emigrante, em

Alijó.

„Aspiramos até ao final do ano

atingir o coração da diáspora por-

tuguesa no Norte e Centro de Por-

tugal, que rondará cerca de 150

municípios“, afirmou o responsável.

Acrescentou que a „ambição“

do Governo „é cobrir sobretudo

os concelhos que têm uma história

de emigração e também uma diás-

pora significativa“.

Nestes gabinetes, os emigrantes

encontram todo o apoio necessário

para preparar o seu regresso à

terra Natal, garantindo que não

perdem direitos adquiridos nos paí-

ses de emigração, como por exem-

plo a reforma.

Mas, segundo o secretário de

Estado, estas estruturas podem

também ajudar a evitar situação de

„engano“ ou de „contratos fraudu-

lentos“ de que muitos portugueses

são vítimas.

„São também um veículo ex-

traordinário de prevenção, designa-

damente àqueles que queiram ir

trabalhar para o estrangeiro, uma

vez que a partir deste gabinete é

possível dar todas as informações

rigorosas, credíveis, sobre a natu-

reza dos contratos que são propos-

tos para os portugueses que

querem ir trabalhar para o estran-

geiro, quer também sobre a legisla-

ção que se lhes aplica“, salientou.

O objectivo é, frisou, „evitar

que os cidadãos portugueses sejam

dramaticamente surpreendidos por

contratos fraudulentos, que tantas

vezes os põem em situações de pré

escravatura no estrangeiro“.

António Braga destacou ainda o

papel que os gabinetes podem de-

sempenhar na „angariação de par-

cerias e investimentos“ para os

concelhos.

O secretário de Estado falou na

„imensa rede“ mundial, constituída

pelos cerca de 5,5 milhões de por-

tugueses emigrados, pelas cerca de

120 mil empresas de portugueses

que existem no estrangeiros, das

quais 20 mil são grandes empresas,

algumas das quais até estão cotadas

na bolsa.

„Queremos ajudar ao investi-

mento em Portugal, mas também à

internacionalização de empresas

portuguesas“, sublinhou.

Alijó, que a partir de agora

passa a ter em funcionamento o ga-

binete, é um concelho de emigra-

ção, essencialmente dirigida para os

Estados Unidos da América.

O presidente da Câmara de

Alijó, o socialista Artur Cascarejo,

salientou o papel do gabinete para

„desburocratizar“ o regresso dos

emigrantes, mas salientou ainda a

necessidade de aproveitar „a ri-

queza do capital humano que está

espalhado por todo o mundo“.

Frisou a „forte negociação na

área vitícola“ que está em curso

com os EUA, para que as adegas

cooperativas e os produtores a

nível particular possam exportar

cada vez mais para aquele país.

Mas, sublinhou, que „já há em-

presas do concelho que hoje têm

como mercado principal os EUA,

nomeadamente as Caves Transmon-

tanas, produtoras do Vértice, cujo

destino de 90 por cento das suas

exportações é a América“.

Evaristo Hipólito, 66 anos, emi-

grou há 21 anos para os EUA, para

uma cidade próxima de Nova Ior-

que, onde trabalhou na área da

construção civil e assumiu depois a

direcção de um clube português.

Agora, de regresso a Alijó, sua

terra Natal, Evaristo salientou a im-

portância do gabinete para ajudar a

informar os emigrantes.

„Muitas vezes tiram-se 30 dias

de férias e só para se tratar de um

assunto gastam-se 29 dias. Espero

que, com a criação deste gabinete,

os próprios emigrantes, em con-

tacto directo ou através de Inter-

net, possam ter a vida facilitada e

resolver mais facilmente os proble-

mas“, salientou.

Governo aspira criar 150 gabinetes de apoio ao emigrante até ao fim do ano

A presidente do PSD,Manuela Ferreira Leite,

manifestou-se convicta deque vai ganhar as eleições

legislativas e afirmou aambição de melhorar

Portugal de forma aatrair de volta os portu-gueses que emigraram.

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Sociais-democratas emigrantes reuniram-se em Paris com o presidente dogrupo parlamentar do Partido Social-Democrata, Paulo Rangel

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Page 5: Portugal Post Abril 2009

PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009 Nacional e Comunidades 5

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De acordo com a Direcção-

Geral dos Assuntos Consulares

e Comunidades Portuguesas

(DGACCP), em 2007-2008 havia

mais 22.726 portugueses a viver no

estrangeiro do que em 2006-2007.

Existem assim oficialmente

4.990.923 portugueses espalhados

pelo mundo.

O grande aumento em 2007-

2008 deu-se na Europa, com mais

25.251 portugueses, e em África,

com mais 13.564.

Na Ásia registou-se uma dimi-

nuição de 15.163 portugueses e na

América a comunidade também

teve uma redução de 926 pessoas.

Na Europa, a Suíça foi o país

onde a comunidade portuguesa

mais aumentou (15.871) em 2007-

2008, seguida do Luxemburgo

(6.600), da Bélgica (4.952), de Itália

(1.528) e de Andorra (1.005).

Em contrapartida, Espanha viu

reduzida a comunidade portuguesa

em 5.304.

No continente africano houve

mais 13.564 portugueses, sendo

que Angola registou o maior au-

mento (10.925).

Os países africanos de língua

portuguesa são aliás os que aco-

lhem mais portugueses em África,

tendo-se registado um aumento de

1.322 em Moçambique, 1.011 em

Cabo Verde, 381 na Guiné-Bissau e

196 em São Tomé e Príncipe.

Na Ásia, os números oficiais

apontam para uma redução da co-

munidade portuguesa em 17.000

pessoas em Macau e para um au-

mento de 1.478 em Timor-Leste,

122 na China e 73 na Tailândia.

No continente americano, re-

gistou-se um aumento de 832 por-

tugueses na Argentina, de 85 no

México e de 26 em Cuba.

Em contrapartida, a comuni-

dade diminuiu em 1.458 portugue-

ses no Uruguai, 409 no Chile e 46

na Colômbia.

Com excepção da Suíça e do

Luxemburgo, manteve-se o número

de portugueses nos países com

forte tradição emigratória como os

Estados Unidos, o Canadá, a Vene-

zuela e o Reino Unido.

Os números fornecidos pela

DGACCP são uma estimativa e re-

ferem-se apenas aos portugueses

que se registam nos consulados de

Portugal.

Conseguir determinar o nú-

mero exacto de portugueses no es-

trangeiro é um dos objectivos do

Observatório da Emigração, criado

pelo Governo em Maio de 2008, e

que começou os seus trabalhos no

início deste ano.

Número de portugueses no estrangeiro aumentou mais de 22 mil entre 2006 e 2008O número de portuguesesno estrangeiro aumentoumais de 22 mil entre 2006e 2008, destacando-seSuíça e Angola, segundodados do Governo portu-guês.

Portugal atraiu „533 estrangeiros

altamente qualificados de fora do es-

paço europeu em 2008, mais do

dobro do que em 2007“, referem

dados do Grupo de Contacto, criado

em 2006 para a promoção da simpli-

ficação do processo de contratação

de docentes, investigadores e outros

estrangeiros altamente qualificados,

no âmbito do Programa Simplex.

Estes imigrantes altamente qua-

lificados chegaram de mais de 40 paí-

ses, com „especial relevo para as

nacionalidades brasileira (223 vistos

concedidos), chinesa (39), indiana

(34) e norte americana (24).

Entre os vistos de residência e

de estada temporária concedidos em

2008, encontram-se os de 88 inves-

tigadores, 132 docentes do ensino

superior e 313 nomeadamente de

quadros de empresas, profissões mé-

dicas e paramédicas, informáticos,

engenheiros electrotécnicos, quími-

cos, profissões jurídicas, profissionais

liberais.

Segundo dados do Grupo de

Contacto, que integra representan-

tes do Ministério dos Negócios Es-

trangeiros, da Administração Interna

(MAI) e da Ciência, Tecnologia e En-

sino Superior, o tempo médio para a

obtenção dos vistos „tem vindo con-

tinuamente a ser reduzido“, tendo-

se atingido „um mínimo de cerca de

11 dias no segundo semestre de

2008, face a 12 dias no primeiro se-

mestre de 2008 e uma média que

ainda rondava os 20 dias em 2007“.

O MAI refere, em comunicado,

que estes objectivos foram possíveis

de alcançar graças aos „mecanismos

previstos na nova lei dos estrangei-

ros e das regras do espaço Schengen

que facilitam a circulação de quadro

técnicos qualificados e das medidas

especiais de reforço da articulação

dos ministérios e serviços envolvi-

dos“.

„Trata-se da concretização de

mais um passo no quadro do ‘Com-

promisso com a Ciência’, neste caso

adaptando a legislação de imigração

e os mecanismos de acolhimento de

imigrantes de alto nível científico e

técnico, assegurando condições

competitivas de entrada, fixação e

reagrupamento familiar“, lê-se no co-

municado

Neste contexto, os cidadãos es-

trangeiros com o perfil descrito

podem entrar e permanecer em ter-

ritório nacional, nomeadamente, se

„tiverem da entidade contratante

uma promessa ou contrato de traba-

lho, uma proposta ou contrato de

prestação de serviços ou uma bolsa

de investigação científica numa insti-

tuição de I&D“, lembra o MAI.

Número de estrangeiros altamente qualificados em Portugal duplicou em 2008

O número de cidadãosestrangeiros altamente

qualificados de fora do es-paço europeu que chega-ram a Portugal em 2008

duplicou em relação a2007, sendo a maioria denacionalidade brasileira,

segundo dados divulgadospelo Ministério da Admi-

nistração Interna.

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A vida Consular ( e Diplomá-

tica) portuguesa é palco de felizes e

dinâmicas reestruturações. Mais

abertura, maior transparência e ho-

rários alongados de 12 horas são

processos introduzidos com êxito

no Consulado-Geral de Portugal

em Paris, o maior do mundo lusíada

servindo mais de 1 milhão e meio

de nossos compatriotas, da cidade -

Luz a Lille e Valence. Tudo isto cons-

tituiu realce de uma entrevista -

relâmpago dada ao semanário luso-

pariseense , LusoJornal, duas sema-

nas após ter tomado posse como

Cônsul-Geral, o „ cérebro“ da nova

reestruturação, o diplomata Luís

Ferraz A „ marca „ de modernidade

e dinamismo da gestão do actual

SECP, António Braga, sai reforçada,

como é evidente.

De realçar o facto de, 15 dias

após ter tomado posse, o novo

Cônsul-Geral avançar com novas e

mais arrojadas medidas para dignifi-

car e qualificar o Consulado como

Serviço Público. E o que anunciou?

„ Quero abrir as portas do Consu-

lado à Comunidade Portuguesa „. E

de que forma(s)? Disponibilizar salas

e anfiteatros a todos os que o soli-

cite; organizar Debates e difundi-los

via Rádio Alfa; aprofundar os contac-

tos com a Imprensa francesa e emi-

grante para a Difusão da Ciência e

Cultura nacional.

Agilizando o diálogo e coope-

ração com o vasto Movimento As-

sociativo da área Consular

pariseense, que movimenta cerca de

340 associações e clubes, dinami-

zando os laços de trabalho com a

Casa de Portugal na Cidade Univer-

sitária de Paris e a Fundação Ca-

louste Gulbenkian, estimulando os

contactos e a produção de ideias e

iniciativas culturais multímodas, a

nova diplomacia consular portu-

guesa ,por certo, que vai entrar

numa nova fase de qualificação. Um

bom exemplo, portanto.

O hierático e espesso muro do

Palácio das Necessidades é posto à

prova pela honesta crítica da

Grande Imprensa. Foi o que aconte-

ceu, há duas semanas, com um

grande e longo artigo publicado

pelo matutino „ Público“,assinado

por Sofia Branco. A jornalista ouviu,

em detalhe, nada mais nada menos,

do que o presidente do Instituto

Diplomático(IDI), Carlos Neves

Ferreira, o líder da Associação Sin-

dical dos Diplomatas Portugueses

(ASDP), Tadeu Soares, e Miguel

Brito Abreu, adjunto da secretária

de Estado dos Assuntos Europeus.

Ou seja, falaram os grandes respon-

sáveis pela execução da política ex-

terna nacional, os „ obreiros „ das

consignas e orientações a accionar

no terreno.

O colaborador da secretária de

Estado chama a atenção para „ a

rede diplomática enorme“, que su-

pera a do Luxemburgo e a da Dina-

marca, por exemplo. Portugal activa,

neste momento 75 Embaixadas,57

Consulados e ainda as Representa-

ções Diplomáticas junto da U.Euro-

peia, ONU, OCDE, UNESCO…Há

480 diplomatas no quadro e apenas

370 no activo.

De forma incisiva, o artigo do

Público revela que um embaixador

no topo da carreira ganha cerca de

4 mil Euros/mês. E um adido cerca

de mil sem revelar que se trata de

salários auferidos em Portugal ou

no estrangeiro. A média de idades

situa-se, no entanto, entre os 35 e

os 50 anos. O presidente do Sindi-

cato dos Diplomatas considera „

um erro económico e profissional

a nomeação de outsiders para diri-

girem ou trabalharem em Embaixa-

das.

„ Há um número elevadíssimo,

de centenas de nomeados e em 95

por cento dos casos as funções po-

diam ser exercidas por diplomatas.

Na embaixada Permanente de Por-

tugal em Bruxelas (REPER), por

exemplo, três quartos dos funcioná-

rios não são diplomatas „, aponta o

embaixador-sindicalista, Tadeu Soa-

res. Os novos desafios da diploma-

cia europeia e nacional obrigam-

sublinham os cânones do MNE por-

tuguês- que os diplomatas devem

ter capacidade de interacção social,

resistência ao isolamento, abertura

a culturas e comportamentos dife-

rentes e saber defender e promover

Portugal no estrangeiro.

F.Almeida Ribeiro

Reestruturação Consularcomeça a dar frutos

Pobres dos embaixadores

Page 6: Portugal Post Abril 2009

PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009Opinião6

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anuela Ferreira Leite

foi a França a fazer

uma profissão de fé

pelas comunidades,

como se historica-

mente essa fosse a

maior preocupação

dos governos do

PSD. Na realidade, os cinco Secre-

tários de Estado das Comunidades

do PSD pouco ou nada fizeram e

isso é demonstrável com factos.

Assim, a apregoada devoção do

PSD pelas comunidades pode resu-

mir-se a numa bem conhecida ex-

pressão: banha da cobra.

Faça-se então uma breve rese-

nha histórica. O PSD já teve cinco

secretários de Estado das Comuni-

dades, enquanto o PS apenas teve

três. E estes três, principalmente

José Lello e António Braga, fizeram

infinitamente mais do que os cinco

do PSD, que foram Manuela Aguiar

(que viajava muito e, por isso, ficou

conhecida), José Vitorino, Correia

de Jesus, José Cesário e Carlos

Gonçalves. Estes dois últimos então

não fizeram nada e, não fosse o

caso de, como disse Santana Lopes,

andarem por aí, também já estariam

esquecidos para a história.

Agora, que estão na oposição,

prometem mundos e fundos e Ma-

nuela Ferreira Leite até diz que, se

forem Governo, não fecharão con-

sulados. É preciso dizer que, com

excepção de três consulados em

Paris que funcionavam mal e deram

lugar a um que funciona muito bem,

o Governo também não fechou ne-

nhum. Porém, o que o PSD deveria

dizer, caso viesse a ser Governo, é

se iria repor a classificação dos pos-

tos consulares como estava antes

da reforma. Porque, se calhar, se

ninguém os estivesse a ver, até

aplaudiriam a reforma consular que

fez o Governo do PS.

Mas vale a pena olhar para trás

e tentar perceber o que foi feito

pelas Secretarias de Estado das Co-

munidades do PSD, que medidas le-

gislativas aprovaram e o que

fizeram de facto para valorizar as

nossas comunidades. E o que se en-

contra é pouco mais que zero, mis-

turado com uma atitude

paternalista e que considera os

portugueses a viver no estrangeiro

mais como uma espécie de nicho

de mercado do que sujeitos de uma

maioridade cívica. Aliás, o facto de

Manuela Ferreira Leite estar sem-

pre a utilizar a expressão “emigran-

tes” e a forma como o faz diz tudo,

pois ignora a sua condição de cida-

dãos da União Europeia, dotados de

uma cidadania reconhecida nos Tra-

tados caracterizada pela liberdade

de circulação e de estabelecimento,

para viver e trabalhar, assente na

igualdade de direitos em relação

aos naturais dos países de acolhi-

mento.

Em contrapartida, é fácil reco-

nhecer nos Secretários de Estado

José Lello e António Braga (João Rui

Almeida esteve pouco tempo no

Governo) um espírito reformador,

em que a preocupação com os

membros das nossas comunidades

é evidenciado por acções em vários

domínios. Enquanto os governos do

PSD deixaram os consulados che-

gar a um estado de degradação hu-

milhante, o Governo do PS criou

uma nova imagem consular que

lhes devolveu a dignidade e deixou

os portugueses orgulhosos.

Foi também com um Governo

do PS que foram criados, pela pri-

meira vez, apoios sociais para os

portugueses pobres e viver no es-

trangeiro, o ASIC e o ASEC, que ac-

tualmente tem uma dotação anual

de sete milhões de euros. Além

disso, com os governos do PS

foram aumentados os professores

de língua e cultura portuguesa no

estrangeiro que o PSD reduziu, foi

criado o CCP e valorizados os jo-

vens e os talentos nas comunida-

des. Agora, com António Braga, os

problemas dos consulados têm

vindo a ser resolvidos, como, por

exemplo, Luxemburgo, Hamburgo e

Genebra, que o PSD não resolveu,

e houve uma modernização consu-

lar como nunca antes se fez. Valori-

zou-se o ensino e os jovens

talentos têm uma projecção sem

precedentes. Os empresários das

comunidades tiveram pela primeira

vez instrumentos de apoio, como o

Netinvest.

É por isso que Manuela Ferreira

Leite e os deputados pelas comuni-

dades do PSD são pouco mais que

vendedores de banha da cobra. São

imobilistas por natureza e não que-

rem que nada mude, mesmo aquilo

que está trespassado de vícios e

funcionamento duvidoso. Mas o

PSD é assim, vive ainda no tempo

da “mala de cartão” e ainda não se

apercebeu que os tempos são ou-

tros.

Director do Departamento deComunidades do PS

O PSD mergulhado em banha da cobra

Por Paulo Pisco

MO PSD já teve cinco se-cretários de Estadodas Comunidades, en-quanto o PS apenas tevetrês. E estes três, princi-palmente José Lello eAntónio Braga, fizeraminfinitamente mais doque os cinco do PSD

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Page 7: Portugal Post Abril 2009

PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009 7Comunidade Alemanha

Os membros do Conselho das

Comunidades Portuguesas (CCP)

na Alemanha pediram o reforço da

rede de ensino da língua e um me-

lhor funcionamento dos consula-

dos.

As preocupações dos conse-

lheiros foram transmitidas a Cavaco

Silva na Baixa-Saxónia, no último dia

da visita de Estado à Alemanha em

que participou também o Secretá-

rio de Estado das Comunidades,

António Braga.

Os conselheiros consideraram

também necessário apoios ao mo-

vimento associativo, e o reconheci-

mento do papel da Federação das

Associações Portuguesas na Ale-

manha (FAPA).

Os membros do CCP, que esti-

veram 45 minutos reunidos com o

Chefe de Estado, apelaram ainda a

uma política social mais activa para

os emigrantes, e à contagem para a

reforma do tempo que os emigran-

tes passaram no serviço militar.

A questão de os portugueses

que regressam à pátria poderem

beneficiar do seguro alemão de cui-

dados continuados, e o problema

da dupla tributação em Portugal de

rendimentos de emigrantes que já

pagaram impostos na Alemanha

foram também abordados pelos

membros do CCP com Cavaco

Silva.

Além disso, os membros do

CCP chamaram a atenção para a

falta de apoios de Lisboa à imprensa

e às publicações das comunidades.

“Foram sobretudo abordados

os problemas do ensino e do mau

funcionamento de alguns consula-

dos, o Presidente da República fez

muitas perguntas e disse que não

estava a par de nenhum dos proble-

mas que levantámos, que tudo era

para ele uma surpresa”, disse José

Eduardo, eleito pela área do Sul da

Alemanha. No que respeita ao en-

sino, o CCP na Alemanha lamenta a

redução gradual dos professores,

sobretudo dos que integram a cha-

mada rede alemã, da responsabili-

dade dos governos estaduais, que

nos últimos anos deixou muitos

luso-descendentes sem aulas em

vários pontos da Alemanha.

Quanto aos consulados, criti-

cam sobretudo a despromoção de

alguns deles, casos de Frankfurt e

Osnabrueck, e a consequente redu-

ção de pessoal consular, sobretudo

da área social.

José Eduardo acrescentou que

Cavaco Silva, no decorrer da reu-

nião, pediu muitas explicações” a

António Braga, “que também admi-

tiu desconhecer muitos dos proble-

mas”.

O Secretário de Estado das Co-

munidades sustentou ainda, se-

gundo o mesmo conselheiro, que a

situação no ensino e a situação dos

consulados “não era tão grave”

como o CCP expôs.

“No entanto, nós íamos muito

bem preparados e conseguimos

mostrar que apenas estávamos a

expor a realidade existente”, afir-

mou o mesmo conselheiro.

Os membros do CCP da Ale-

manha criticaram ainda, na reunião

com Cavaco Silva e com o SECP, a

nova lei que regula o funciona-

mento do CCP, afirmando que esta

“reduz a capacidade de resposta de

um orgão que funciona na base do

voluntariado”.

FA

Conselheiros da Comunidade encontram-se com Cavaco Silva

Conselheiros da comunidade pedem reforço de ensino da língua e melhor funcionamento dos consulados.Aspecto da reunião que Cavaco Silva teve com os Conselheiros e que contou com a presença do Secretáriode Estado das Comunidades, António Braga.

Cavaco Silva na Alemanha

O que se disse

“O Presidente da República mos-trou-se muito interessado e até sur-preendido com os problemas quelhe foram apresentados.”Rui Paz, Conselheiro do CCP.

Após encontro com o PR

“Quando foi do Mundial tivemosum pequeno braço-de-ferro com oSecretário de Estado das Comuni-dades que não tinha tempo para re-ceber os conselheiros. Isto temosque dizer: o Presidente da Repúblicaesteve 45 minutos a ouvir as nossaspreocupações, com muita atenção.”José Eduardo, Conselheiro do

CCP, ao jornal Mundo Português

“Cavaco apela ao dinheiro dos emi-grantes”Título do jornal Público de

7.03.2009

"Contamos ainda com o investi-mento de todos quantos se sintamcapazes de o fazer. É bem sabidoque o contributo dos nossos emi-grantes sempre foi muito impor-tante para a vida económicaportuguesa. Neste momento difícil,ele assume uma importância deter-minante. O futuro de Portugal atodos nós diz respeito e sei que Por-tugal pode contar convosco."Cavaco Silva, no discurso dirigido

aos portugueses em Osnabrück

"Portugal necessita, hoje mais doque nunca, da ajuda da sua diás-pora. Contamos com o vosso apoiopara projectar o nosso país, com acolaboração de todos para que pos-samos aumentar as exportações deprodutos e serviços portugueses,para promover a nossa terra comodestino turístico de excelência"Idem

“Em Osnabrück continuamos à es-pera que o Escritório Consularpasse para Vice-Consulado. Todos osportugueses que tiveram ontem emOsnabrück foram testemunha dafesta da portugalidade. Parabéns àorganização”.Nelson Rodrigues, ex-conse-

lheiro, em mensagem escrita na

página oficial da visita de Estado

à Alemanha

“Entristece-me o facto de que a vi-sita do Presidente da Republica por-tuguês não tem sido divulgada nosmaiores jornais alemães... Que bomseria se o Sr. Presidente da Repu-blica se interessasse não só pelosportugueses que trabalham na Sie-mens ou Volkswagen, mas tambémpelos compatriotas que trabalhamem outros grupos e empresas ale-mães, nomeadamente no Grupo Al-lianz.... Todos nos contribuímos cadadia que passa para a manifestaçãoda cultura portuguesa no seio dascomunidades estrangeiras!”Vera Araújo, Alemanha, em men-

sagem escrita na página oficial da

visita de Estado à Alemanha

Renato Calvário é para o jornal PORTUGAL POST um nome que fica li-

gado à vida desta publicação desde a sua primeira hora. Acompanhou passo a

passo a criação deste jornal sempre ao lado do seu fundador. Renato Calvário

foi mais do que um colaborador especial do Jornal. Ele era sobretudo uma

Amigo e confidente do director deste jornal, acompanhando-nos nas horas

mais difíceis, ajudando-nos a ultrapassar obstáculos e a encarar o futuro com

optimismo.

Colaborou intensamente com o PORTUGAL POST de forma generosa e

seria injusto não dizer que uma parte do êxito e da existência deste jornal lhe

pertence. A sua entrega tinha um objectivo: ver a comunidade mais esclarecida

e informada.

Renato Calvário, natural da Cova da Piedade, era um operário, soldador de

profissão, esclarecido,. empenhado cultural e socialmente, aberto às ideias mais

avançadas, animando-o o sonho de um mundo melhor para, como ele dizia, “a

classe trabalhadora e os mais desfavorecidos”.

Esteve também ligado, juntamente com o director deste jornal, à revista

bilingue de nome “Arcada” editada entre 1987 e 1993.

Foi membro fundador do extinto Centro Desportivo e Cultural, Em Dort-

mund, e sócio activo do Circulo de Artes e Ideias e.V, instituição cultural de

utilidade pública, também fundada em Dortmund. Primeiro Conselheiro eleito

para o Conselho Mundial das Comunidades Portuguesas.

Renato Calvário era um homem bom, solidário, que deixa saudades e o seu

desaparecimento é uma perda não apenas para a família como para a comuni-

dade.

Faleceu, vitima de doença prolongada, quando ia fazer 71 anos de idade. Os

seus restos mortais ficam depositados num cemitério em Dortmund, cidade

onde viveu desde 1962 e onde também vivem filhos, netos, esposa e amigos a

quem o PORTUGAL POST apresenta os mais sentidos pêsames.

Adeus Renato Calvário

Page 8: Portugal Post Abril 2009

PORTUGAL POSTnº 177 • Abril 2009Comunidade Alemanha8

Dois subempreiteiros portugue-

ses foram detidos em Estugarda, Ale-

manha, por suspeita de angariação de

trabalho clandestino e fuga ao fisco, e

terão ficado a dever salários a deze-

nas de operários portugueses e de

outras nacionalidades.

Os dois indivíduos, detidos no

passado mês de Março, terão anga-

riado em Portugal, nos últimos meses,

através de anúncios de jornal, 20 por-

tugueses, cerca de 30 brasileiros, e

ainda vários angolanos, guineenses e

ucranianos para um grande estaleiro

de construção do edifício da televisão

pública regional de Baden-Wuerttem-

berg, a SWR, em Estugarda.

Todos os operários estavam sem

receber há várias semanas e só pude-

ram comprar comida porque o su-

bempreiteiro alemão, que contratou

os empresários portugueses, lhes

adiantou 100 euros, disse a mesma

fonte consular.

O mesmo subempreiteiro recu-

sou, no entanto, assumir a totalidade

do pagamento dos salários em atraso,

invocando que a responsabilidade é

dos subempreiteiros portugueses.

Doze operários portugueses

foram repatriados a seu pedido, e os

restantes oito ficaram ainda em Estu-

garda à espera de obter emprego na

mesma obra, através de outra em-

presa portuguesa sediada em Leipzig.

Os 30 operários brasileiros anga-

riados do mesmo modo pelos su-

bempreiteiros portugueses ficaram

em situação ainda mais precária por-

que estavam a trabalhar ilegalmente

na Alemanha. Todos eles regressaram

a Portugal , em autocarro fretado

pelo consulado local do Brasil, adian-

tou a fonte.A detenção deu-se após

uma rusga da alfândega, da polícia e

da inspecção do trabalho, com deze-

nas de agentes a cercarem o estaleiro

de construção, tendo sido interroga-

dos mais de 70 trabalhadores.

Na rusga, foi confiscada docu-

mentação relativa aos contratos da

obra, confiada a uma grande empresa

alemã da região, a Baresel, que con-

tratou o subempreiteiro alemão, que,

por sua vez contratou os dois portu-

gueses agora detidos.

Segundo a mesma fonte, a Baresel

poderá também ser punida por lei e

excluída de futuros concursos públi-

cos, caso se verifique que foi coni-

vente com a angariação de

trabalhadores clandestinos.

As averiguações realizadas entre-

tanto pelas autoridades portuguesas

concluíram que os dois portugueses,

que deram uma morada de Almancil,

não têm qualquer empresa registada

em Portugal. Além disso, verificou-se

também que não efectuaram quais-

quer descontos para a segurança so-

cial portuguesa relativos aos

trabalhadores angariados, suposta-

mente em regime de destacamento,

ao abrigo das disposições da União

Europeia.

Os trabalhadores de nacionali-

dade brasileira, angolana, guineense e

ucraniana estavam a trabalhar ilegal-

mente na Alemanha porque a sua au-

torização de trabalho é circunscrita a

Portugal. Estes trabalhadores só po-

deriam laborar na Alemanha em re-

gime de destacamento se o

subempreiteiro português tivesse

uma firma em Portugal, o que não é

o caso, explicou a fonte consular.

Estugarda Óbito

Dois subempreiteiros portugueses detidos por suspeitaangariação de trabalhadores clandestinos

Policia e inspecção do trabalho durante uma rusga ao estaleiro de constru-ção do edifício da SWR. Foto: Stuttgarter Zeitung

O pai de uma jovem portuguesa

que testemunhou o massacre na es-

cola secundária Albertville, em Win-

nenden , manifestou-se „incrédulo“ e

que „o pior (do impacto psicológico)

ainda está para vir“.

António de Sousa disse que o

massacre ocorrido em Winnenden na

escola frequentada pela sua filha Sara

ainda está „muito fresco e tudo pa-

rece ser um pesadelo do qual pode-

mos acordar a qualquer momento“.

Para o pai da jovem portuguesa,

o pior, para Sara e para toda a família,

„será interiorizar e enfrentar o suce-

dido, o pior será realizar que um

jovem de 17 anos entrou na escola e

matou 16 pessoas“.

Sara de Sousa estava na escola

quando aconteceu o ataque e pôs-se

a salvo saltando por uma janela da es-

cola com uma colega para fugir aos

disparos.

O massacre foi levado a cabo por

um jovem, identificado pela polícia

alemã como Tim Kretshmer e ex-

aluno da escola, que entrou no esta-

belecimento de ensino de

Winnenden, perto de Estugarda, diri-

giu-se às salas de aula e começou a

disparar, matando nove alunos e três

professores.

Kretshmer pôs-se depois em

fuga, matando ainda uma empregada

de uma clínica das proximidades, e

mais tarde, já em Wendlingen, a cerca

de quarenta quilómetros da escola,

dois transeuntes, durante um tiroteio

com a polícia, que conseguiu cercá-lo.

Fontes policiais disseram que o

homicida foi primeiro atingido por

um tiro da polícia e depois se suici-

dou, colocando o balanço final do

massacre em 16 mortos.

Ficaram ainda feridas oito pes-

soas, algumas das quais com gravi-

dade, entre as quais os dois polícias

envolvidos no tiroteio em Wendligen.

Pai de testemunha portuguesa de massacre diz que “pior ainda está para vir”

Centenas de pessoas incorpo-

raram-se no funeral, para o cemi-

tério de Oliveira de Azeméis, de

Afonso Tiago, o português desa-

parecido em Berlim, a 10 Janeiro,

cujo corpo foi encontrado pelas

autoridades alemãs e entregue à

família.

A igreja matriz de Oliveira de

Azeméis encheu-se para a missa

de corpo presente, durante a qual

o celebrante referiu que “a sur-

presa por vezes bate à porta e re-

vela a fragilidade humana”,

considerando que “deve ser lição

de humildade e de bondade”.

Após o ofício religioso, o fére-

tro foi carregado aos ombros por

elementos dos Bombeiros Volun-

tários de Oliveira de Azeméis e

acompanhado até ao cemitério

local por centenas de pessoas,

entre as quais vários antigos cole-

gas de Afonso Tiago e amigos da

família.

Afonso Tiago desapareceu na

madrugada de 10 de Janeiro,

quando regressava a casa no

bairro berlinense de Kreuzberg, a

pé, depois de ter estado num bar

com amigos portugueses.

O engenheiro, de 27 anos, es-

tava há seis meses na capital

alemã a estagiar na sucursal da

empresa Active Space Tecnolo-

gies, de Coimbra, especializada em

projectos espaciais, ao abrigo do

programa Inove Contact do Mi-

nistério da Economia português.

A família e os amigos de

Afonso Tiago distribuíram então

milhares de cartazes em Berlim

para o tentar encontrar e chega-

ram a fazer uma petição ao Presi-

dente da República Portuguesa,

que recolheu mais de dez mil as-

sinaturas.

A polícia judiciária de Berlim

envolveu nas investigações consi-

deráveis meios, vindo o corpo a

aparecer no rio Spree, quase dois

meses volvidos sobre o desapare-

cimento.

De acordo com um familiar

de Afonso Tiago, „os primeiros re-

sultados da autópsia (realizada em

Berlim) não apontam para crime

e a morte terá ocorrido por afo-

gamento“. No entanto, só depois

de concluídos os exames comple-

mentares será possível esclarecer

o caso.

Português que morreu em Berlim foi sepultado em Oliveira de Azeméis

Page 9: Portugal Post Abril 2009

PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009Comunidade Alemanha 9

Félix Lopes CampiãoDe ano para ano o jovem atleta

Félix Brito Lopes, 15 anos de

idade, que pratica artes marciais

vem confirmando o seu feitio

de campeão ao conseguir 12

taças em vários torneios da Ale-

manha. Um deles tem um sabor

especial já que se trata de dois

primeiros lugares no torneio

“Deutsche – kampfkunstmeis-

terschfaft”, torneio este em que

arrecadou ainda três taças de

terceiro lugar.

Félix Lopes reside em Mön-

chengladbach e foi agraciado,

juntamente com a sua irmã,

também atleta da mesma moda-

lidade agora a viver em, Portu-

gal, com a medalha

“Portugaleser” atribuída pelo

jornal PORTUGAL POST no

âmbito das celebrações dos 40

anos de presença portuguesa na

Alemanha. Foto: PP

GENTEQuem não se lembra da célebre

frase de dirigentes comunistas em

tempos já distantes,

„Proletários de Todo o Mundo,

Uni-vos“. Homens e mulheres luta-

vam então na clandestinidade em de-

fesa das classes operárias mais pobres

e exploradas. Lutas que custaram

vidas, torturas, prisões e exílios. Tudo

pela Liberdade e contra a Ditadura.

O núcleo do Partido Comunista

Português (PCP), na Renania do

Norte e Westefalia (NRW), Alema-

nha, assinalou no dia 7 de Março, nas

instalações da Associação Portuguesa

Sanjorgense e V em Duesseldorf, o

88° aniversário da fundação do PCP.

Para esta comemoração dos 88°

anos, o núcleo do PCP na RNW fez

um convite a todos os militantes, sim-

patizantes e à comunidade em geral.

A efeméride foi assinalada com uma

intervenção política sobre a luta dos

comunistas portugueses pela demo-

cracia, e com a projecção de imagens

alusivas á historia do PCP. Mais de 80

pessoas vindas dos mais diversos

pontos da Alemanha, entre militantes

do PCP, amigos e independentes con-

fraternizaram em ambiente de festa

com um jantar-convívio mesmo à

camponesa… frango no churrasco,

bem regado com o famoso tinto por-

tuguês.

O Partido Comunista festejou aniversário Düsseldorf

“De pé, ó vítimas da fome!”

No final de 2008 viviam na Ale-

manha 114.451 portugueses, menos

630 do que em igual período do

ano anterior, revelou o Instituto Fe-

deral de Estatística (Destatis).

A comunidade lusa perfaz agora

1,7 por cento do total de 6,73 mi-

lhões de estrangeiros residentes no

maior país da União Europeia, um

quarto dos quais são oriundos da

Turquia.

No universo português, os ho-

mens continuam em maioria, com

um total de 62.291, e as mulheres

são 52.160 (45,6 por cento do

total).

Em relação a Dezembro de

2007, em que as estatísticas germâ-

nicas referiram a existência de

114.552 portugueses, há agora

menos 630, embora o movimento

das entradas no ano passado (4214)

tenha sido ligeiramente superior ao

das saídas (3685).

A discrepância foi explicada por

um dos autores do relatório com o

facto de na base do levantamento

terem estado duas fontes, o registo

central alemão o registo de estran-

geiros, cujos dados nem sempre são

coincidentes.

A média de idades dos portu-

gueses é de 39,4 anos, a sua estadia

média na Alemanha de 21,2 anos, li-

geiramente superior à média do

conjunto das comunidades emi-

grantes, que é de 18,2 anos.

Entre os portugueses, 45,6 por

cento são solteiros, 44,1 por cento

são casados e 23.226 (20,3 por

cento) já nasceram no país de aco-

lhimento.

Em números absolutos, há

52.147 solteiros, 50.516 casados,

entre os quais 5087 casados com

alemães, 1222 viúvos, 4877 divorcia-

dos e 5689 cujo estado civil é des-

conhecido das autoridades germâ-

nicas.

No que se refere aos escalões

etários, há 24.690 portugueses

(21,6 por cento) com idade até 25

anos, 43.942 com idade entre os 25

e os 65 anos (38,4 por cento), e

5.430 (4,7 por cento) com 65 anos

(actual idade da reforma) ou mais.

Quanto à distribuição geográ-

fica, o Estado Federado (land) da

Alemanha com mais portugueses é

a Renânia do Norte-Westfália, no

noroeste do país, com 35.672 pes-

soas.

Segue-se Baden-Wuerttenberg,

no sudoeste (25251), Hessen, no

centro oeste (13461), a Baviera no

extremo sudeste (7933) Ham-

burgo, na costa norte (7930) a

Baixa-Saxónia, no centro Oeste

(7042) e a Renânia-Palatinado, já

perto da fronteira com a França

(6989).

Na capital, Berlim, vivem agora

2793 portugueses, pouco mais do

que em Bremen (2472), no ex-

tremo norte, tal como Schleswig-

Holstein (2199).

A única região oeste-alemã com

menos de mil emigrantes portugue-

ses é o Sarre (481), pequeno land

do sudoeste, “colado” à França.

Os Estados leste-alemães que

constituíam a extinta RDA apresen-

tam igualmente taxas de residentes

portugueses muito baixas.

Mecklemburgo-Pomerânia Oci-

dental, no extremo nordeste, é o

“lanterna vermelha” com 89 emi-

grantes lusos.

Seguem-se nesta lista por

ordem inversa Brandenburgo, re-

gião que circunda Berlim (205), Tu-

ríngia (300), Saxónia-Anhalt (457) e

Saxónia (1177).

Francisco Assunção

Número de emigrantes portugueses na Alemanha diminuiu em finais de 2008

Baden-Wuerttenberg 25.251Baixa-Saxónia, no centro Oeste 7.042Baviera 7.933Berlim 2.793Brandenburgo 205Bremen 2.472Hamburgo 7.930Hessen 13.461Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental 89Renânia-Palatinado 6.989Renânia do Norte-Westfália 35.672Saxónia 1.177Saxónia-Anhalt 457Schleswig-Holstein 2.199Sarre 481Turíngia 300

Número de Portugueses na AlemanhaDistribuição por Estados federados

Encontra-se aberto o período de novas matrículas para os Cursos de Língua

e Cultura Portuguesas para o ano lectivo de 2009/2010.

Será de toda a conveniência que passem esta informação aos interessados

para que os alunos nos cursos não diminuam.

Relembro que as inscrições estão abertas a todas as comunidades que te-

nham interesse na aprendizagem da Língua Portuguesa.

Contactos:

Curso de 1ºciclo - Singen na Bruderhofschule

Telf: 015125206384

SingenCursos de Língua e Cultura Portuguesas

Para a celebração da Páscoa, Pi-

tanga Pub organiza para a comuni-

dade lusófona residente na Alemanha

a festa ANGOBRASIL a realizar no

próximo dia 11 deste mês , num dos

salões do DKH (Dietriche-Keunig-

Haus), Leopoldstr. 50-58.

A festa intitulada ANGOBRASIL,

será privilegiada com actuação ao

vivo do grupo musical brasileiro Pe-

londum de Danilo da Silva. O Baiano

com a sua precursão afro-brasileira

acompanhado da sua banda, dará o

colorido à festa

A festa, que terá inicio as 22h00,

servirá de lançamento oficial da nova

organização de eventos culturais

“PALOP EVENTO”, tem como pro-

pósito a união cultural de países de

Língua oficial portuguesa, nomeada-

mente, Angola, Brasil, Cabo Verde,

Guiné Bissau, Moçambique e Portu-

gal.

Segundo Kota Ngingas, mentor

do projecto, “o mesmo vem para

aproximar culturalmente as comuni-

dades de países de língua oficial por-

tuguesa residentes da Alemanha, em

especial na NRW”.

O tema ANGOBRASIL, é o início

de uma série de programas em

agenda em que contará com a parti-

cipação de diversos grupos musicais

e artistas oriundos da lusofonia,

dando a conhecer aspectos culturais

dos referidos países. PALOP EVEN-

TOS, aguarda pela colaboração e a

presença de todos os falantes da lín-

gua portuguesa interessados na noite

tropical que se avizinha.

k.N.as

DortmundFesta da lusofina

Page 10: Portugal Post Abril 2009

PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009Cultura10

E para quê falar de erros? Nós

portugueses, levamo-nos dema-

siado a sério. Somos chatos e não

sabemos rir de nós próprios. Al-

guma vez imaginou que o Papa João

XXI, que era português de nome

Pedro Hispano, quando o nomeram

Papa, se enganou no número que

escolheu para colocar à frente do

seu nome? Só não reparou que

nunca houve um XX. E o nosso

maior erro foi tê-lo deixado ir para

Roma. Durou oito meses e foi um

dos primeiros médicos a escrever

recomendaçoes específicas para

melhorar o coito. Ou que, ainda, foi

um rei o maior criador de ratos da

Europa?

Os relatos do livro – 12, como

os erros – oscilam entre a narrativa

histórica e os episódios de humor

ou nonsense. Todos verdadeiros.

Uma tradição inglesa ou brasileira

(“O Português que nos Pariu”, da

autora e jornalista brasileira Angela

Dutra de Menezes de grande su-

cesso nas livrarias brasileiras.

Neste livro, e pela primeira vez,

a História de Portugal é passada a

pente fino, à procura das grandes

mentiras, grandes equívocos, e suas

consequências no país que temos

hoje, dos idiotas que governaram o

País e das trapalhadas que estão na

génese daquilo que hoje conhece-

mos como o «bravo povo lusi-

tano». Fruto da pesquisa nas mais

conceituadas fontes históricas, 12

Erros Que Mudaram Portugal ana-

lisa cada um dos episódios de forma

simples mas eficaz, mostrando o

que de errado se passou em 800

anos de Portugal.

Com este livro, o leitor com-

preenderá finalmente o «gene

tuga», a tendência para o desenras-

que, as raízes do colesterol – foram

os portugueses que o inventaram

porque insistem em fritar tudo - e

do cancro do tabaco – que também

foi culpa nossa – e como nunca os

governantes, desde o princípio, tive-

ram um plano que se aproveitasse.

A não ser aquela questão das cara-

velas. Mas, mesmo aí houve asneira.

«Criar um hino para um país

não foi, nem de perto nem de

longe, a intenção de Keil do Amaral

nem de Lopes de Mendonça. A ideia

era tão simples como a de criar

uma cantiga para apoiar a selecção

nacional de futebol, mas depois, por

motivos que escapariam aos auto-

res, a musiqueta acabou cantada nas

bocas do Estado. Imagine o leitor,

por exemplo, que um golpe de Es-

tado tinha feito da música de Nelly

Furtado Como Uma Força o hino

de Portugal para o século XXI e a

cada 25 de Abril o Presidente e o

primeiro-ministro cantariam, em

uníssono, na Assembleia, os belos

versos „Como uma força / como

uma força / que ninguém pode

parar...“».

Cavaco Silva errou quando acei-

tou o aumento de 50 escudos nas

portagens da ponte 25 de Abril. O

PSD perdeu as eleiçoes, Cavaco

Silva foi derrotado por Jorge Sam-

paio nas presidenciais. Era o fim do

cavaquismo. Por causa dos 50 escu-

dos.

Este é o tipo de cozinhado que,

se bem não fizer, mal não faz. Seja-

mos generosos: com estes livros de

divulgação aprende-se sempre al-

guma coisa, nem que seja daquelas

histórias para contar nas reuniões

de família. “D. Afonso Henriques, o

Conquistador, afinal, não bateu na

mãe, tinha era um certo pó ao

amante da mãe?” Este é o tipo de

tirada capaz de desbloquear uma

conversa, iniciar um animado de-

bate sobre o complexo de Édipo ou

simplesmente mostrar que estamos

perante uma pessoa de cultura

geral acima da média.

Este volume não está mal con-

seguido, se atendermos os objecti-

vos a que se propôs. E aqui é

preciso salientar um aspecto muito

importante: o título é 12 Erros que

Mudaram Portugal e não “Os 12

Erros que Mudaram Portugal”. Ou

seja, os autores escolheram uma

dúzia de acontecimentos marcantes

da História de Portugal e tentam

contar-nos o que correu mal, ou

que equívoco terá estado por de-

trás desse evento. Em regra, foram

escolhidos momentos marcantes,

mas quando a selecção se torna

mais aleatória revelam-se algumas

fragilidades. Por exemplo, o que

terá sido mais marcante na nossa

história contemporânea, o buzinão,

ou a decisão de última hora de Sá

Carneiro de ir de avião, e não de

carro, para o Porto, na noite de 4

de Dezembro de 1980? Isso, sim, foi

um erro...

Desnecessário era que surgis-

sem erros de português. “Concelho

de Segurança da ONU”? Principal-

mente, quando se critica o analfa-

betismo: “Em Portugal, já há época

um país maioritariamente analfa-

beto...”. Vá lá, não engrossem a lista!

O livro escrito a meias pelo jor-

nalista da revista “Focus” João Vasco

Almeida e por Rui Baptista, técnico

do Instituto Geográfico Português,

reuniram neste livro doze dos mais

caricatos erros de Portugal ao

longo de 800 anos. Alguns de cir-

cunstância, outros graves e revela-

dores da nossa falta de jeito para a

administração. Cruzam-se dados de

várias fontes e comentam-se criti-

camente os acontecimentos, sem se

ter a pretensão de se criar um livro

de História. Desde os erros de D.

Afonso Henriques aos da Inquisi-

ção, passando pelo deslumbra-

mento de D. João V com o ouro do

Brasil, até às influências nefastas dos

portugueses na alimentação mun-

dial, passando pela invenção do co-

lesterol, tudo é mirado pelos

autores. Os últimos capítulos são

dedicados às incongruências do

hino nacional, aos erros de Marcelo

Caetano por não democratizar o

país e do próprio Cavaco Silva, aqui

apontado por não ter, desde o prin-

cípio, tomado conta dos portugue-

ses do ponto de vista afectivo

Há males que vêm por bem ou

com os erros é que se aprende, são

sentenças que estamos cansados de

ouvir. Mas serão elas, de facto,

regra? Ou, antes pelo contrário, os

males vêm sempre por mal e com

os erros erra-se e pronto?

O resultado é um livro cha-

mado 12 erros que mudaram Por-

tugal, que acabou agora de sair

(edição Guerra & Paz) e todos os

pretextos são bons para ficarmos a

saber um bocadinho mais de Histó-

ria de Portugal. Bem disposto, este

é um livro oportuno e o objectivo

é não chatear.

História de Portugal em 12 dis-

parates.

12 Erros que mudaram PortugalPropostas de Leitura

Sabia que D. Afonso Henriques não queria ser rei enão bateu na mãe mas sim no amante dela? Só nãogostava do padrasto, Fernão Peres de Trava. Afonso

Henriques, o Conquistador dava-se bem com a mãe efoi empurrado para a guerra pelos nobres e pela igrejaque não queriam ficar dependentes de Galiza e assimnasceu a independência do condado portucalense. “Aexistência de Portugal é o nosso primeiro erro”, con-

clui sem dúvidas, João Vasco Almeida, co-autor do livro

“12 Erros Que Mudaram Portugal”

Título: 12 erros que mudaram PortugalPreço: 30 €Prazo de entrega: duas semanasCupão de encomenda: página 19

“Neste livro, e pela primeira vez, a História dePortugal é passada a pente fino, à procura dasgrandes mentiras, dos idiotas que governaramo País e das trapalhadas que estão na génesedaquilo que hoje conhecemos como o «bravopovo lusitano». Fruto da pesquisa nas maisconceituadas fontes históricas, 12 Erros QueMudaram Portugal analisa cada um dos epi-

sódios de forma simples mas eficaz, mostrando o que de errado se passou em 800anos de Portugal. Com este livro, o leitor compreenderá finalmente o «gene tuga», atendência para o desenrasque, as raízes do colesterol e do cancro do tabaco – que tam-bém foi culpa nossa – e como nunca os governantes, desde o princípio, tiveram umplano que se aproveitasse. A não ser aquela questão das caravelas. Mas, mesmo aíhouve asneira...”

PORTUGAL POST SHOP Cupão de encomenda na pág.19

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Título: Inês de PortugalAutor: João Aguiar

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Título: Amor de PerdiçãoAutor: Camilo Castelo

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Título: Histórias ExtraordináriasAutor: Egar Allan Poe

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Page 11: Portugal Post Abril 2009

PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009 Alemanha 11

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TONY CARREIRA EM HAMBURGO2 Maio 09 pelas 21h00

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Compra de bilhetes através dos tel.:0160 - 44 32 042 Célia Nascimento

0176 - 12 00 11 20 Francisco Araújo

0152 - 07077610 Fernando Barbosa

O candidato ao Parlamento Eu-

ropeu do SPD em Hamburgo, Knut

Fleckenstein, irá fazer uma acção de

campanha especialmente dirigida à

comunidade portuguesa, que con-

tará com a participação do ex-Se-

cretário de Estado das

Comunidades e actual Secretário

Internacional do PS, José Lello.

A ideia de fazer acções de cam-

panha conjuntas surgiu na sequên-

cia de contactos entre as direcções

nacionais do PS e do SPD para o re-

forço da colaboração a nível local e

regional, particularmente para a

mobilização eleitoral para eleições

ao Parlamento Europeu e para as

Câmaras.

A participação na campanha de

José Lello, que irá acompanhado

pelo director do Departamento de

Comunidades, Paulo Pisco, surgiu na

sequência de uma carta do presi-

dente do SPD, Franz Müntefering,

enviada ao Secretário Geral do PS

e Primeiro-Ministro José Sócrates,

para que o PS apoiasse o SPD nesta

campanha.

Na carta, Franz Müntefering

alude à “grande comunidade portu-

guesa em Hamburgo e arredores”

e considera que a sua participação

“seria certamente uma grande

ajuda para os camaradas daquela ci-

dade”.

Da acção de campanha fazem

parte um grande encontro com

portugueses e alemães e visita a

instituições da cidade.

Sobre o candidato do SPD, Knut

Fleckenstein, Müntefering afirma

que ele é “um europeísta convicto

que, graças aos méritos que con-

quistou em Hamburgo devido às

suas funções de presidente do Ar-

beiter Samariter Bund, é bem co-

nhecido para além das fronteiras da

cidade”.

José Lello em acção de campanha pelo SDP em Hamburgo

Page 12: Portugal Post Abril 2009

PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009Comunidade12

Após seis meses de preparação e obras de adaptação, o novíssimo restaurante Chur-rasco Grill abriu oficialmente as portas no passado sábado dia 14 de Março, criandologo no início uma curiosidade natural entre a comunidade local e constituiu umaagradável surpresa de todos quantos esperavam este novo restaurante português.Apostando na originalidade dos grelhados (peixe e carne) a carvão, o frango doChurrasco Grill está também a tornar-se num caso de êxito na excelente emente donovo restaurante português em Dortmund.A abertura do Churrasco Grill era um sonho do jovem empresário Sidónio Rodrigues(conhecido na comunidade local por Sidi) nascido há 33 anos em Menden, que dizque “a ideia de abrir uma churrasqueira nasceu durante uma estadia de férias noAlgarve em 1997. Na altura visitei uma casa do género que deixou-me com a ideiafixa na mente levando-me a concretiza-la depois de alguns anos”. Sidónio Rodrigues, que mantém uma proximidade junto da comunidade lusa emDortmund traduzida na sua actividade de treinador da equipa de futebol do CentroSanto António, criou com o seu “Churrasco Grill” muitas perspectivas na cena gas-tronómica de Dortmund.Vem também contribuir para elevar a gastronomia portuguesa na cidade, enriquecera oferta e mostrar uma faceta da cozinha portuguesa que são os grelhados a car-vão.O local é agradável, sóbrio, onde se está bem. Os preços são acessíveis e a comidasaborosa. A equipa do “Churrasco Grill” esmera-se em atender e servir bem. Para além dos grelhados e do famoso frango com molho de piri-piri, os visitantespoderão ainda saborear outras delícias tais como o “Bitoque”, Cozido à Portuguesa,Bacalhau na Brasa, entradas que fazem crescer água na boca, Caldo Verde e outrasdelícias que recheiam o seu cardápio. No dia da inauguração, Sidónio Rodrigues manifestou a sua gratidão pela ajudaobtida por parte dos familiares que estiveram ao seu lado desde o princípio. “Arealização deste sonho só foi possível com ajuda da minha família. Foram todosfantásticos, disse.Em Dortmund ninguém duvida do êxito da nova casa. Tanto que se aconselha re-serva de mesa quem quiser almoçar aos fins-de-semana e, para grandes grupos,também durante a semana. K. Ngingas

A nossa ementa é variada e inclui peixes, car-

nes, isto para além da nossa especialidade de

frango com molho de piri-piri, não esquecendo

as deliciosas sobremesas, algumas delas exclu-

sivas da nossa casa.

NovoDortmund

Churrasco GrillMünsterstr. 10944145 Dortmund0231- 39 59 796Horário Abertura: 11h30-23h00. Terça: descanso

Reservas

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Mesa

Algumas das nossas especialidadesGrelhados

BacalhauSardinhas grelhadas

Dourada Salmão

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Espetadas de Peixe mistoEspetadas de Gambas

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Febras Espetada de Peru

Espetada de Borrego Espetada de Porco

EntrecostoBarriguinhas

Venha visitar-nos e reserve já a

sua mesa!

Desejamos aos nossos clientes e a

toda a comunidade uma

Páscoa feliz

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Os portugueses na Alemanha

vêem-se confrontados com uma

política portuguesa de emigração

reduzida à simbologia e ao apelo ao

espírito de sacrifício dos portugue-

ses. Uma política para pobres mas

que se permite funcionários ricos.

Esta política para inglês ver tem-se

vindo a piorar a partir de 1997. A

Administração portuguesa, fecha-se

nela mesma apenas virada para a re-

solução de problemas burocrático,

intra muros.

Embaixadores e Cônsules pa-

recem ilesos ao bem e ao mal que

acontece, não se preocupando com

o que sucede ou deixa de suceder.

São como os três macacos japone-

ses que não vêem, não ouvem nem

falam. Em relação à comunidade

portuguesa foi o escândalo do En-

sino de Português (EPE) que desa-

creditou políticos e administração

portuguesa. A nível de serviços so-

ciais foi a transferência  do Conse-

lheiro Matos, desaparecendo, com a

sua saída, uma certa presença da

embaixada do meio das associações

portuguesas. A Embaixada de Por-

tugal encontra-se desapercebida no

mundo português migrante. Além

dumas informações de actividades

culturais nada mais sai cá para fora.

Portugal continua encerrado nos

corredores das suas instituições

vendo se reduzido aos fluxos da mi-

gração. O associativismo é, duma

maneira geral, muitíssimo carente.

Depois da era das associações liga-

das às missões e à Caritas motiva-

das pela escola e pela necessidade

de apoio inicial e pelo desejo de

matar saudades em torno da mesa

e da dança, a partir dos anos no-

venta, assiste-se a um desmorona-

mento atendendo a que outras

necessidades preocupam a nova ge-

ração em desfavor da cultura. Na-

turalmente que se encontram

também honrosas excepções.

Desde sempre faltou o apoio admi-

nistrativo e técnico aos dirigentes

das associações. Estas tornaram-se

em agremiações ad hoc e num caso

ou noutro em torno dalgum par-

tido ou iniciativa económica.

O país  e os cinco milhões de

portugueses espalhados pelo

mundo mereceriam mais que uma

política simbólica também visível

em mensagens e apelos aos portu-

gueses em festas natalícias e outras

tal como em apregoações virtuais.

As instituições encontram-se muito

distantes das pessoas e muitas

vezes o trabalho burocrático não

permite convívio. O problema, mais

que do estatuto da instituição

(Consulado, Vice-consulado ou Es-

critório consular) está no empenho

e dinâmica dos funcionários; se são

pessoas que visitam regularmente

as comunidades ou se o fazem, ape-

nas nalguma festividade. O trabalho

burocrático parece ser de tal

ordem que não deixa forças dispo-

níveis para o contacto directo com

a comunidade nem margem para

ideias criativas. O povo, instintiva-

mente trabalhador, é, também cá

fora, administrado por dirigentes

sem conceitos nem estratégias de-

finidas. Estes, desligados de tudo e

de todos, não precisam de prestar

contas a ninguém; esgotam-se nos

actos das suas liturgias. Enlevados

na fragrância do seu incenso conse-

guem assim afastar-se dos odores

do redil. O problema não é de di-

nheiro; o problema vem de cima;

está na falta de pessoal de cúpulas

carente de competência, carácter e

vontade. É a tradicional “apagada e

vil tristeza” dum país que se per-

mite dirigentes “sem rei nem roque

nem o diabo que os toque”. Uma

elite mediana que se limita a admi-

nistrar a miséria.

Não há estratégia nem logística

administrativa na equação e resolu-

ção dos problemas consulares e as-

sociativos. O povo encontra-se

abandonado a ele mesmo condu-

zido apenas pelas necessidades mais

imediatas de sobrevivência. Aten-

dendo a que os portugueses, a par-

tir da segunda geração, se integram

na comunidade envolvente, perma-

nece o problema dos que chegam e

dos mais idosos. Os consulados não

se encontram vocacionados nem

equipados com pessoal para um

serviço directo à comunidade. O in-

vestimento estatal não atinge os

objectivos compatíveis com o inte-

resse nacional.

A devisa do povo é: “quem não

chora não mama” e a devisa do

homem de estado e da adminis-

traço é: quem não gatinha não

chega a subir aos miradouros do

Estado.

Embaixadores e Cônsules não ouvem, não vêem nem falamAntónio Justo

A Embaixada de Por-tugal encontra-se de-sapercebida no mundoportuguês migrante.Além dumas informa-ções de actividadesculturais nada mais saicá para fora.

ComentárioAntónio Justo

Page 13: Portugal Post Abril 2009

PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009 Cinema 13

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São raríssimas as oportunidades

para os cinéfilos na Alemanha de as-

sistir a filmes portugueses. Os cine-

mas convencionais desconhecem a

existência da Sétima Arte de cunho

luso. E as exibições nas chamadas

salas alternativas acontecem

quando o rei faz anos.

Cabe, pois, aos entusiastas da

língua e da cultura portuguesas –

que sorte existem também na Ale-

manha, de todos os tamanhos e fei-

tios – tentar colmatar esta lacuna.

Foi assim que um grupo de jovens

investigadores luso-descendentes,

brasileiros e alemães da Universi-

dade de Colónia levou a cabo um

conjunto de cinco festivais do ci-

nema português entre 2006 e 2008,

a que deu o título genérico de Ci-

nema Luso.

Graças a esta iniciativa, o pú-

blico na Alemanha ficou a conhecer

as obras de alguns dos realizadores

mais emblemáticos do cinema luso.

O forte interesse suscitado pela ini-

ciativa provou que as simpatias ci-

néfilas germânicas não se esgotam

nos filmes de acção de Hollywood.

Apesar da sua fama de «cinema di-

fícil», as longas e curtas metragens

lusas não passaram diante de salas

vazias, ao contrário do que acon-

tece com frequência em Portugal.

No Cinenova em Colónia foram

exibidos filmes de Teresa Villaverde,

João Canijo, Fernando Lopes, João

Botelho e João César Monteiro,

num esforço para transmitir toda a

diversidade do trabalho cinemático

em Portugal. Especialmente gratifi-

cante foi a disponibilidade de alguns

destes realizadores para se deslo-

carem a Colónia para um contacto

directo com um novo e jovem pú-

blico alemão e luso-alemão. Aos 72

anos, e ocupado a preparar uma

nova rodagem, Fernando Lopes,

símbolo de tudo o que há de me-

lhor na cultura portuguesa, não he-

sitou em aceitar o convite para

visitar, em pleno mês de Janeiro de

2008, a fria e chuvosa cidade alemã.

O cineasta disse então ao Portugal

Post: «É magnífico estar aqui em

Colónia, lembrarem-se de mim e

convidarem-me. É muito estimu-

lante. São essas pequenas coisas

que me dão forças para ir concre-

tizando novos projectos».

Onde não era viável a presença

do realizador homenageado, os or-

ganizadores do Cinema Luso tive-

ram o cuidado de convidar

conceituados críticos alemães e

portugueses para palestras seguidas

por conversas informais com o pú-

blico interessado em descobrir

novos mundos do cinema. Todas as

tertúlias decorreram com exce-

lente tradução simultânea de e para

os dois idiomas, num esforço para

não deixar ninguém «de fora». A or-

ganização perfeita dos vários even-

tos foi repetidas vezes elogiada por

membros da assistência, provando

que importam mais o empenho e a

boa vontade do que os grandes re-

cursos financeiros.

No entanto, sem apoios o pro-

jecto não poderia funcionar. Os or-

ganizadores souberam convencer a

fundação cultural Sparkasse Köln-

Bonn da importância de patrocinar

os pequenos festivais, que beneficia-

ram ainda da presença de um leito-

rado muito activo do Instituto

Camões na Universidade de Coló-

nia.

Encorajado pela boa recepção

do público alemão, o grupo de en-

tusiastas prepara agora uma nova

iniciativa para Outubro de 2009.

Desta feita pretendem dar a conhe-

cer os novíssimos talentos do ci-

nema português. Sob o título

«Estreia na Alemanha» serão exibi-

das duas películas por ano de reali-

zadores ainda por nomear. Pode ser

que desta vez os representantes

oficiais de Portugal na Alemanha se

apercebam da importância desta

iniciativa e se disponham a apoiá-la.

Para que o «final feliz» não perma-

neça apanágio exclusivo de Holly-

wood.

Cristina Krippahl

Colónia capital alemã do cinema português

A equipa do Cinema Luso com Fernando Lopes. Da esquerda para a direita: Maria Ferreira, Lara Pamplona, Alexan-dre Martins, Fernando Lopes e Beatriz de Medeiros Silva.

Page 14: Portugal Post Abril 2009

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Com a maxPluszins a BKM oferece umaaplicação de capital com juros de seis porcento, no sexto e último ano do prazo devencimento do depósito. Nos anos anterio-res a taxa é de 3,00, 3,50, 4,00 e 5 porcento, arrecadando deste modo o aforradoruma rendibilidade anual de 3,92 por cento,durante o prazo de vencimento total. Estataxa de juro é obtida por quem esteja dis-posto a depositar um montante mínimo de5.000 Euros, deixando os mesmos a renderdurante seis anos. A especificidade da max-Pluszins: caso o investidor o deseje, é pos-sível ter acesso ao seu dinheiro já após umano. Para este fim, é apenas necessáriocumprir um prazo de rescisão de contratode três meses.Para investidores que queiram um paga-mento mensal fixo do capital poupado, du-

rante algum tempo, o maxAuszahlplan éexactamente a escolha acertada. As taxasde juro e o período de vencimento são esti-pulados, de forma fixa, aquando da cele-bração do contrato e, deste modo,garantidos. Mais uma vantagem: o investi-dor não tem que se preocupar com maisnada após a celebração do contrato. A BKMencarrega-se de efectuar toda a transacção.Por exemplo, quem invista 50.000 Euros ecelebre um contrato, prevendo um plano depagamento com um “consumo” de capital

para 20 anos, recebe todos os meses umpagamento de 306,50 Euros brutos, comuma taxa de juro fixa de 4,25 %. O ma-xAuszahlplan é oferecido a partir de ummontante de investimento de 25.000 Euros.Os prazos de vencimento são de 5 a 20anos.

Na qualidade de título de poupança descon-tado, o maxSparbrief é predestinado parainvestidores com vistas largas: na compra(montante a investir 2.500 Euros) os juros,e os juros dos juros a esperar, são descon-tados. Desta maneira paga-se menos e be-neficia-se logo desde a primeira hora delucro. A creditação dos juros é efectuada nofinal do prazo de vencimento e terá lugarentre um e 10 anos, o que tem consequên-cias positivas, sob o aspecto fiscal, a partirde 2009, pois a partir desta data entra emvigor a “Abgeltungssteuer” (novo impostofiscal sobre aplicações de capital) de apenas25 %. Em 2008 os lucros de capital estavamsujeitos a uma taxa pessoal de tributaçãofiscal que podia alcançar até os 42 %. OmaxSparbrief, com uma taxa de juros ac-tual que pode chegar aos 4,25 % por ano,é digno de se ver!

Para o maxTagesgeld a BKM oferece de mo-

mento 2,30 % por ano. Com esta forma deinvestimento, que consegue cada vez maisadeptos através da sua flexibilidade, o seudinheiro está disponível diariamente e nãosão cobradas tarifas. Arredonda-se a ofertade aplicações e depósitos de capital atravésdo maxTopzins, com uma taxa de jurosanual actualmente de 5,50 % no primeiroano e uma taxa de juros atractivo nos anosseguintes (prazo de vencimento 10 anos),bem como o maxSparplan que permiteuma acumulação de saldo credor com pas-sos pequenos. E finalmente temos aindapara lhe oferecer o já bem sucedido max-Festgeld, extremamente lucrativo, com umataxa de juros actual de até 4,25 % por ano,dependendo do prazo de vencimento.Mais ainda, no que respeita à segurança

dos investimentos, não há necessidade dosclientes da BKM se preocuparem: a empresapertence ao chamado Entschädigungsein-richtung deutscher Banken GmbH (institutode indemnização de bancos alemães), ob-rigatório por lei, e é membro da Bauspar-kassen-Einlagensicherungsfonds e.V. (fundocom garantia depositária das Caixas depoupança-habitação). Através desta filia-

ção, os investimentos em capital estão ga-rantidos até um montante de 250.000,00Euros por cliente.

Além de depósitos a prazo fixo e depósitos diários oferecemos também depósitos a longo prazo

A BKM oferece juros atractivos para o seu dinheiroJá há anos que a BKM – Bausparkasse Mainz AG tem a famade ser um dos melhores endereços para aplicações de capitalaltamente rentáveis. Atribuem-se regularmente à oferta de de-pósitos com prazo fixo da BKM taxas de juro atractivas. Destemodo, no ano passado, o canal de televisão “n-TV” denominoua BKM de “o melhor prestador de serviços em depósitos aprazo fixo”.

As taxas de juro diárias actuais bem comoinformações detalhadas sobre as aplica-ções de capital da BKM podem ser consul-tadas na página da internetwww.bkm-geldanlage.de. Também sepodem dirigir ao nosso Director Regional

(Bezirksdirektor) da BKM, o Senhor Manuel Ferreira, Telefone: 069 / 9 13 02 70.

Indicações de taxas de juro de 25.03.2009

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Page 15: Portugal Post Abril 2009

PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009 Economia 15

Negócios Comunidades

O Gabinete de Apoio ao Emi-

grante vai “auxiliar quem esteve emi-

grado e quem quer emigrar”,

prometeu o secretário de Estado das

Comunidades Portuguesas que reve-

lou que existem no estrangeiro 120

mil empresas de portugueses.

“Noventa por cento dos emi-

grantes portugueses que regressam a

Portugal voltam para a freguesia de

onde partiram”, referiu, em Vila Nova

de Famalicão, o secretário de Estado

das Comunidades Portuguesas, ao

inaugurar, em Famalicão, o Gabinete

de Apoio ao Emigrante (GAE), um

serviço que está a ser implantado em

todo o País.

“O Gabinete destina-se a prestar

auxílio diverso aos munícipes que es-

tiveram emigrados, aos que estão em

vias de regresso, aos que residem

ainda no país de acolhimento e aque-

les que desejam emigrar”, frisou o se-

cretário de Estado.

A Câmara Municipal de Famalicão

cedeu o espaço onde os técnicos vão

passar a informar os emigrantes

sobre os seus direitos e deveres, a

prestar informações sobre oportuni-

dades de emprego e formação profis-

sional. O investimento financeiro em

Portugal ou no país de acolhimento é

outra das preocupações do GAE.

“120 mil empresas existentes em

países estrangeiros são propriedade

de cidadãos portugueses”, referiu An-

tónio Braga.

“Quando for altura de voltarem a

Portugal, tem que haver técnicos ca-

pazes de ajudar esses empresários”,

finalizou o secretário de Estado das

Comunidades Portuguesas.

Existem 120 milempresas de portugueses noestrangeiro

De acordo com um estudo rea-

lizado no Verão de 2008 pela Câ-

mara de Comércio e Indústria

Luso-Alemã, os „custos energéti-

cos“ e os „apoios financeiros“ são

os outros factores mais problemá-

ticos à localização em Portugal.

„Fazemos estes inquéritos

desde há muitos anos e são exacta-

mente esses os pontos (eficácia da

administração pública, códigos labo-

rais e sindicatos) que as empresas

mais nos mencionam“, disse o di-

rector-executivo da CCILA, Hans-

Joachim Böhmer.

Hans-Joachim Böhmer explicou

que o grande problema alemão

quanto à „eficiência da administra-

ção pública“ portuguesa prende-se

com o factor tempo.

„Sobre a eficiência da adminis-

tração pública fizemos outros in-

quéritos mais detalhados e esses

indicam que o maior problema [em

Portugal] é a demora até que haja

uma decisão, até se ter uma li-

cença“, explicou o mesmo respon-

sável.

Os diferentes sectores apresen-

tam poucas divergências face a

estes indicadores. No entanto, e na

indústria, o assunto „direito labo-

ral/sindicatos“ é visto de forma

mais problemática do que, em

média, o das „condições de paga-

mento e hábitos de pagamento“ no

comércio.

No sector da prestação de ser-

viços é a „eficiência da administra-

ção pública“ que surge como

tópico mais destacado.

A Câmara de Comércio e In-

dústria Luso-Alemã é a maior câ-

mara de comércio estrangeira em

Portugal, com mais de mil mem-

bros.

Hans-Joachim Böhmer explica

que as empresas alemãs em Portu-

gal mantêm-se optimistas quanto

ao clima de negócios para este ano,

e até 2012, se bem que a crise in-

Empresas alemãs apontam dificuldadespara se localizarem em Portugal

ternacional tenha refreado um

pouco esse sentimento.

„Temos de partir do pressu-

posto que a situação não é tão op-

timista como foi no Verão passado

(em que 39 por cento das empresas

esperavam melhorias). Mas também

estamos convencidos que não há

mudanças radicais na situação das

empresas“, disse.

„Estas mantêm o seu opti-

mismo e vão aproveitar as oportu-

nidades para produzir, exportar e

aumentar a produção. Mas não sa-

bemos em detalhe. Mesmo que ti-

véssemos feito um estudo em

Novembro ou Dezembro, agora

poderia diferente, porque a estabi-

lidade das opiniões das empresas

não é grande nestes tempos“, expli-

cou.

Mais de três dezenas de empre-

sários vão acompanhar o Presi-

dente da República na visita de

Estado à Alemanha, que tem como

grande objectivo transmitir um

„sinal de confiança“ no futuro.

As empresas alemãsem Portugal apontam as„condições e hábitos de

pagamento“, a „eficiênciada administração pú-

blica“, e o „direito laborale sindicatos“ como os

três factores mais proble-máticos para se localiza-

rem no nosso país.

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O número de dormidas nos esta-

belecimentos hoteleiros caiu 7 por

cento em Janeiro, face a igual mês de

2008, para um total de 1,7 milhões,

segundo os dados sobre a actividade

turística hoje divulgados pelo INE.As

receitas totais da actividade turística

recuaram 11,6 por cento para 81,5

milhões de euros, indica ainda o Ins-

tituto Nacional de Estatística.A que-

bra de 7 por cento do número total

de dormidas resultou de uma dimi-

nuição de 11,4 por cento da procura

dos turistas estrangeiros para um

pouco mais de um milhão de dormi-

das, só parcialmente compensada por

uma progressão de 1,4 por cento do

turismo „interno“, para cerca de 623

milhares de dormidas, de residentes

naciona is.Entre os maiores merca-

dos tradicionais, o de 15 por cento

neste primeiro mês de 2009, seguido

da Itália (-13,7 por cento) e da Ale-manha (-12,6 por cento). Os turis-

tas provenientes da França

diminuíram 9,4 por cento

Quebra no registo deentradas de turistasalemães em Portugal

Hans-Joachim Böhmer

Page 16: Portugal Post Abril 2009

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Tra

duto

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iços

Este dia pode corresponder

ao fim de um processo disciplinar,

ao início de um despedimento co-

lectivo ou, como vem sendo mais

comum, ao dia em que a empresa

apresenta uma proposta de

acordo de revogação ou „despe-

dimento negociado“, deixando

entender que dificilmente acei-

tará outra opção que não a ces-

sação da relação com o

trabalhador.

Assim, importa ter presente

que todo o despedimento se in-

sere num processo, o qual apenas

terminará nesse dia se o trabalha-

dor o desejar, pois tem a possibi-

lidade de questionar, negociar ou,

mesmo, impugnar a respectiva de-

cisão.

Desde logo são proibidos os

despedimentos sem justa causa

ou por motivos políticos ou ideo-

lógicos.

O despedimento é ilícito, sem-

pre que:

* O procedimento seja inválido;

* O despedimento se fundar em

motivos políticos, ideológicos, ét-

nicos ou religiosos;

* Forem declarados improceden-

tes os motivos justificativos invo-

cados para o despedimento.

O procedimento é inválido

quando a decisão de despedi-

mento e os seus fundamentos

não constarem de documento es-

crito ou faltar a comunicação da

intenção de despedimento.

Caso o despedimento seja

feito com justa causa e com pro-

cesso válido, o trabalhador tem

direito a receber:

* a retribuição correspondente a

um período de férias, proporcio-

nal ao tempo de serviço prestado

até à data da cessação, bem como

ao respectivo subsídio de férias;

* o valor do subsídio de natal pro-

porcional ao tempo de serviço

prestado no ano da cessação do

contrato.

Caso o despedimento seja

feito sem justa causa ou de forma

ilícita:

O trabalhador deve recorrer

ao Tribunal de Trabalho para

poder reclamar os seus direitos

uma vez que a ilicitude do despe-

dimento só pode ser declarada

por tribunal judicial em acção in-

tentada pelo trabalhador.

Atenção: Se um trabalhador

quiser obter a nulidade do seu

despedimento, deve, no prazo de

três semanas a contar da notifica-

ção escrita do despedimento, § 4

KSchG - Kündigungsschutzgesetz

(lei de protecção em matéria de

despedimentos), apresentar

queixa no Tribunal do Trabalho.

Caso não cumpra este prazo, pre-

sumese a eficácia jurídica do des-

pedimento.

Sendo o despedimento decla-

rado ilícito, o empregador é con-

denado:

* a indemnizar o trabalhador por

todos os danos, patrimoniais e

não patrimoniais causados

* a reintegrar o trabalhador no

seu posto de trabalho sem pre-

juízo da sua categoria e antigui-

dade

* a pagar ao trabalhador as retri-

buições que deixou de auferir

desde a data do despedimento

até ao trânsito em julgado da de-

cisão do tribunal

* a receber a retribuição corres-

pondente a um período de férias,

proporcional ao tempo de ser-

viço prestado até à data da cessa-

ção, bem como ao respectivo

subsídio de férias;

* ao valor do subsídio de natal

proporcional ao tempo de ser-

viço prestado no ano da cessação

do contrato.

Não deixe os seus direitos

por mãos alheias e lute pelo que

é seu!

Crise provoca sucessão de despedimentos Em tempo de crise, a

possibilidade de perder oemprego é uma das

maiores preocupaçõesdos trabalhadores. E se odia do seu despedimentoestivesse num futuro pró-

ximo, estaria preparadopara fazer valer os seus

direitos e interesses?

Michaela Azevedo Ferreira

Page 17: Portugal Post Abril 2009

PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009 17

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Ex. mos senhoresO Portugal Post tem sido para nós umaluz clara que tem desvendado com assuas sugestões e respostas muitas situa-ções que atormentam alguns compatrio-tas. Eu também ouso através destaminha carta poder usufruir dum poucode luz para o meu e nosso caso. Vou des-creve-lo em curtas palavras.Tenho um filho que acabou a escolari-dade obrigatória. Foi sempre um alunomédio, apesar de poder ter dado umpouco mais, como as professoras nos di-ziam sempre. Decidiu enveredar pelo ca-minho profissional. Mas nem ele tem acerteza do que no futuro quer fazer. Dá-nos a impressão que as escolas aqui naAlemanha tratam dos alunos dumaforma igual. O objectivo é encher a ca-beça de muitos conhecimentos e não ospreparam devidamente para o futuro.Ele parece que escolheu no catálogo dasprofissões um determinada emprego.Quando viu que não era aquilo que es-perava, abandonou a aprendizagemnessa profissão e agora procura umaoutra que esta em voga, mas que tendea desaparecer. Já enviou umas dezenasde cartas de apresentação com pedidos,mas diariamente recebe-os de volta coma mesma lengalenga. Agradecem e la-mentam mas a escolha recaiu numoutro candidato. Mas o que é triste é quemuitas empresas nem sequer respon-dem. Desde já agradeço a vossa respostaou sugestões, podendo transcreve-las nonosso jornal, pois infelizmente creio quehaverá muitos pais e filhos nessa situa-ção. É que esta é a maior herança que

posso deixar ao meu filho. É proporcio-nar-lhes asas para voar ou pernas paracaminhar. Por isso a minha preocupação.

Leitor devidamente identificado

Caríssimo compatriota, agradecemos

as suas frases de apreço e as suas pa-

lavras em comparar o nosso jornal

como uma luz que ilumina os cami-

nhos de emigração, achámo-la muito

elucidativas. Esperamos continuar a

sê-lo e a merecer a confiança dos

nossos leitores e a sua, claro. A situa-

ção que nos expõe, infelizmente re-

pete-se a cada esquina. Não nos disse

a idade do seu filho, mas partimos do

princípio que, se já não é de maior de

idade, estará perto de o ser. Gostaria-

mos que estas palavras chegassem a

ele, ou que fosse ele a sentir a neces-

sidade de aconselhamento. Vamos dar

algumas dicas que poderão servir

para o orientar a si a ao seu filho.

Singrar na vida no mundo dehoje

Claro que não é fácil no mundo de

hoje singrar na vida. O futuro não se

constrói só a partir duma determi-

nada idade, mas sim desde o nasci-

mento. Inicia com o amor dos pais

desde a infância e até antes do nasci-

mento durante a gravidez, se foi um

filhos desejado, na formação escolar

e na participação de grupos de infân-

cia e juvenis de cariz social e até reli-

gioso. São os grupos que, alicerçados

em valores perenes, vão transmitindo

qualidade que se enraízam e dão con-

sistência ao carácter do individuo.

Mas não é fácil, pois a sociedade ac-

tual carrega-os com pseudo - valores

que, e duma maneira tão atraente,

muito facilmente abafam os verdadei-

ros valores que enriquecem e lhes

dão vigor. Um carácter forte que se

manifesta na autoconfiança, entre ou-

tros, provocam no jovem o desejo de

voar mais alto e de lutar pelo futuro

duma forma muito consciente e rea-

lista. A liberdade é um valor que se

deve estimar, só que é muitas vezes

entendida e interpretada como liber-

tinagem. “sou livre e faço o que quero”mas não deveria ser assim, “mas soulivre para fazer o que melhor me ajudame faz bem e me alimenta”. “ Diz-me

com quem andas e dir-te-ei quem és

“ é um dito popular que tem a maior

validade. Os amigos e companheiros

podem constituir uma bússola e indi-

cador da situação. O grupo de convi-

vência é um terreno a formar e a

estreitar as relações humanas sadias.

Convém não esquecer este factor e

dar-lhe a importância devida. Claro

que não é fácil parar com a corrente

Algumas dicas

Admiramos o seu interesse e devido

esforço que o seu filho esta a ter.

Deve ser duro para si e para o seu

filho receber continuamente esse

tipo de respostas. Procurem animá-lo

pelos pequenos esforços que está a

ter. Que se dirija à secção de forma-

ção profissional do Instituto de Tra-

balho, não só uma vez, mas

periodicamente. Que não se canse de

os informar, dos passos que faz. Que

aceite os sugestões desse pessoal es-

pecializado e procure ganhar a con-

fiança deles. Há também a faculdade

de fazer um teste psicológico e pra-

tico para averiguar a tendência pro-

fissional. Além disso, existem escolas

profissionais ou instituições que, com

outros métodos, procuram atingir os

mesmos resultados: a orientação vo-

cacional de cada um.

Outros conselhos importantes

Que o seu filho procure encontrar

uma firma dum ramo que tenha a

profissão que ele gostaria de futura-

mente exercer. Desta forma, poderia

somar experiências para uma melhor

decisão e ganhar o respectivo prazer,

pois a profissão deve também dar

prazer a quem a pratica. Que seja ac-

tivo. É conveniente que, algumas se-

manas após enviar o pedido de

formação profissional, contacte tele-

fonicamente as firmas que tenha con-

tactado e pergunte simplesmente se

receberam a correspondência e que

lhes indique se já terá havido alguma

decisão. Esta actuação demonstra pe-

rante a empresa que há um grande in-

teresse da parte dele. O calar ou

simplesmente esperar não é o me-

lhor remédio. Geralmente esta ati-

tude deveria acontecer entre quatro

a seis semanas após ter sido enviado

o pedido.

A maneira de se apresentar temum grande valor

Um outro conselho que lhe podemos

dar é a maneira de se apresentar pes-

soalmente às empresas É o vestir. O

primeiro impacto é o mais impor-

tante e é o que marca alguém para o

futuro. Deveria apresentar-se bem

limpo e arranjado, sem muitas con-

tornos, barba feita, cabelo cortado

sem muito colorido. Há jovens que se

apresentam, como se fossem para um

jogo de futebol ou de brincos nas

orelhas ou cabelo pintado às cores.

Há patrões que dão uma enorme im-

portância ao aspecto exterior dos

candidatos e, como o objectivo é bem

concreto, convém ir ao encontro do

gosto deles. Claro que não há proble-

mas em que o seu filho ou outros se

vistam deste modo ou que apresente

um colorido próprio da juventude de

hoje que, para muitos, também já per-

tence à normalidade. Mas há cerimó-

nias e cerimónias! são eles que

necessitam e deverão submeter-se às

regras do mercado.

Um tempo de empenho solidá-rio numa ONG uma achega

Permita mais uma dica. O seu filho já

pensou dedicar um ano ou seis meses

a um serviço social voluntário ( So-

zialesjahr ) ? seria uma outra alterna-

tiva à insegurança profissional que ele

possa ainda estar a experimentar.

Nesse tempo, ele iria ter a possibili-

dade de reflectir, em conjunto com

outros jovens na mesma situação,

sobre o futuro. São várias as organi-

zações não governamentais que acei-

tam jovens com esse objectivo.

Procure escolher, se acaso enveredar

por este caminho, escolha organis-

mos que o saibam apoiar paralela-

mente com seminários, treinos

orientados, fins de semana de forma-

ção, entre outros. Esta oportunidade

poder-lhe-à abrir outros horizontes,

aumentar a sua autoconfiança e sen-

tir-se útil. O perigo nesta conjuntura

é também perderam o ritmo normal

do tempo e desabituar-se a uma vida

com horários e responsabilidades a

cumprir. Esta alternativa seria tam-

bém uma maneira de ser receber al-

guma compensação financeira. Ao

mesmo tempo estaria devidamente

segurado na Caixa de doenças e con-

tinuaria a receber o abono de família.

Informem-se na sua paróquia ou

outra instituição congénere sobre

esta opção.

Esperamos que lhes tenhamos dado

pistas suficientemente concretas que

poderão ajudar a si e ao seu filho, de

enveredar por caminhos que o pos-

sam ajudar a encontrar um rumo na

vida, que no fundo é a felicidade a que

todos têm direito e anseiam.

Uma achega à formação escolaré justa

A sua critica às escolas actuais tem

cabimento. Não foi sem razão que a

Alemanha, num estudo feito a nível

europeu, terá tido uma apreciação

muito aquém do que se esperava. Foi

o estudo que chamaram de “Pisa”.

Mas infelizmente os nossos filhos são

em muito o fruto da sociedade em

que vivem. As escolas deveriam olhar

o jovem no seu todos, em todas as

capacidade que eles possam demons-

trar. Que me interessa saber muitas

coisas, saber como se nada se eu não

tenho experiência e à primeira opor-

tunidade me afogo? Outros dizem

que é melhor um burro vivo que um

cavalo morto.

Desejamos tudo do melhor e espera-

mos que as escolas tenham em conta

a formação global do jovem em todos

os seus aspectos e que os preparem

para a vida, para a aventura e para a

conquista que é sinónimo de felici-

dade. Mantenha a luz da esperança

que nunca deve morrer. Continue a

ser muito amigo do seu filho e que

ele o sinta através dos seus gestos de

compreensão e de animo. Esperamos

ter sido um pouco de luz, apesar de

ténue, nestes momentos da vida de

emigrante.

Aceite um abraço e o nosso apreço.

Ao dispor e contacte-nos, quando vir

conveniente, é sempre com prazer

sentir que podemos ser úteis.

Formação escolar e profissional A herança que se deve deixar aos filhos

Page 18: Portugal Post Abril 2009

PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009Comunidade18

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Quinta-Feira

10h00 – 13h00

15h00-18h00

Sexta-Feira

18h30

Corrente da Família

Domingo

11h00

Corrente da Cura Divina

No primeiro Domingo do Mês não tem culto

11h00 com Santa Seia

Actividades da Semana

Am Bruchheck 1

44263 Dortmund-Hord

Tel.: 0231 – 7208766

Grandioso Festival de Folclore Santo António de Dortmund

Dia 2 de Maio 2009Dietrich-Keuning-Haus

Leopoldstr. 50

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Curso em Dortmund

17 e 18 de Abril

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Pastores, Missionários, Membros

vindos de vários Lugares

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4º Grandioso Festival Minhoto de Competição

Dia 25 de Abril 2009Fritz Steinhof Gesamtschule Am Bügel 20 Hagen-Helfe -16:00 Horas

Com a participacão de grupos de: Alemanha

FrançaSuíça

HolandaLuxemburgo

Grandioso baile com abandaOs AtlantisVenhaverouviradmirar o brilho e o explendor do folclore minhoto

4.04.2009 - MAGSTADTMAGSTADT- Baile de Páscoa nas instalaçõees do Centro Werlna Blumenstr.56. Baile com o duo Jose teixeira e Ilidio

11.04.2009 – DORTMUND. Festa Angola-Brasil. Local: Dietrich-Keuning-Haus,Leopoldstr. 50-58. Início: 22h00. Música ao vivo com a banda Pelodum.Info: 0179-8255489

11.04.2009 – COLÓNIA: Festa de Páscoa no restaurante “Vasco da Gama“Com baile pela noite com o grupo musical FM RADIO. Local : Liebigstrasse120, KölnReserva de mesas para jantar: 0221-3566566

11.04.2009 - HEILBRONN - Tradicional baile de Páscoa nas instalações doClube Português, Hans-Riesslerstr.4, Baile com o duo José Teixeira e Ilidio

11.04.2009 – ARNSBERG: Grande Festa Portuguesa e baile com o grupoNova Geração. Local: Schutzenhalle Schreppenberg. Início: 17h00. Info02931-4530. Org. Centro Cultural Desportivo.

12.04.2009 - SOLINGEN: Noite de Fados com a fadista que está em digres-são pela Europa Paula Oliveira. Início: 21h00. Local: Centro Português deSolingen, Klaubergerstr. 1. Tel.: 0212- 20 42 19

12.04.2009 - BAMBERG- Baile de Páscoa nas instalações do Clube Portuguêsna Gaustadter Haupstr.81. Baile com o duo Jose Teixeira e Ilidio.

18.04.2009 - RHEINE: 22º Festival de Folclore do grupo Ancora do Mar.Local: Kopernikussporthalle, Schützenstr. Início: 16h30. Com a presença devário grupos de todos o país. Baile com o grupo Trio Cabrita.

25.04.2009 – ULM: tradicional festival de folclore dos "Leões de Ulm" naEselsberg artista a designar e baile com o duo jose teixeira e ilidio

25.04.2009 – WITTEN: Noite de Fados com o grupo Antologia do Fado. LocalBistro Nosso Café. Info: 02302 – 9717288

25.04.2009: HAGEN: 4º Festival de Folclore Minhoto. Local: Fritz SteinhofGesamtschule, Am Bügel 20. Inicio: 16h00. Baile com a banda OS Atlantis.Organição: Coração do Minho

26.04.2009 – GÜTERSLOH: Festado do 25 de Abril da Associação Portu-guesa de Gütersloh. Local: In der Worth. Info: 05241-40414

30.04.2009 – WITTEN: Dança de Maio. Com a presença do músico Toy (dosFM). Local Bistro Nosso Café Hauptstrasse 65, Witten. Com início pelas 20.00horas. Info: 02302 – 9717288

Maio 2009

2.05.2009 – FELBACH: Grande Festa do 12° Aniversário do Centro Portu-gues de Fellbach e. V. Com o artista Rui Alves (pela primeira vez na Alema-nha) -Baile com Teixeira e Ilisio. Band Expression. DUO OASIS. Elvis.Madame Juju. Grupos de danca moderna. Folclore. Local: Fellbach-Schmi-den, Sport alle Hofäcker Str. 2, a partir das 16h00

2.05.2009 – DORTMUND: Festival de Folclore organizado pelo do R.F. SantoAntónio de Dortmund. Participação de vários ranchos folclóricos. Baile como grupo musical FM RADIOLocal : Dietrich-Keuning-Haus, Leopoldstrasse 50, DortmundCom início pelas 16.00 horas. Info 0174 7418721

2.05.200 - HAMBURGO: Tony Carreira ao Vivo. Local: Sporthalle, Kroch-mannstr.55. Bilhetes; 0160 - 44 32 042

Coração do Minho

Page 19: Portugal Post Abril 2009

PORTUGAL POST SHOP - Livros

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NOTA DE ENCOMENDASim, desejo encomendar os seguintes livros

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Queiram enviar a minha encomenda à cobrançaQueiram debitar na minha conta o valor da encomenda

Junte a este cupão um cheque à ordem dePORTUGAL POSTVERLAG e envie-o para a mo-rada do jornal ou, se preferir, pode pagarpor débito na sua conta bancária.Se o desejar, pode ainda receber a sua enco-menda à cobrança contra uma taxa quevaria entre os 4 e os 7 € que é acrescida àsua factura.Não se aceitam devoluções.

NOTANos preços já estão incluídos oscustos de portes correio e IVA

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José Saramago As intermitências da mortePreço: € 10,00No dia seguinte ninguém morreu». Assim co-meça este novo romance de José Saramago.Colocada a hipótese, o autor desenvolve-aem todas as suas consequências, e o leitor éconduzido com mão de mestre numa ampladivagação sobre a vida, a morte, o amor, e osentido, ou a falta dele, da nossa existência.

Jorge AmadoCapitães da AreiaPreço: € 10,00Capitães da Areia é o livro de Jorge Amado maisvendido no mundo inteiro. Publicado em 1937, tevea sua primeira edição apreendida e queimada empraça pública pelas autoridades do Estado Novo.Em 1944 conheceu nova edição e, desde então, su-cederam-se as edições nacionais e estrangeira, e asadaptações para a rádio, televisão e cinema.Jorge Amado descreve, em páginas carregadas degrande beleza e dramatismo, a vida dos meninosabandonados nas ruas de São Salvador da Bahia,

conhecidos por Capitães da Areia.

Lewis CarrollAlice no País das MaravilhasPreço: € 10,00É um dos mais extraordinários contosde fadas de sempre, onde a imagina-ção reina como senhora absoluta, oabsurdo e o nonsense delirante domi-nam e onde tudo é possível. O CoelhoBranco, o Gato de Cheshire, a Lebrede Março, o Chapeleiro Maluco, aRainha de Copas… e, claro, Alice…

Quem não se lembra das personagens que Lewis Carroll imortalizoue que fazem parte do imaginário de várias gerações?

Anónio Lobo AntumesOs Cus de JudasPreço: € 10,00António Lobo Antunes nasceu em Lisboa, em 1942.Estudou na Faculdade de Medicina de Lisboa e espe-cializou-se em Psiquiatria. Exerceu, durante váriosanos, a profissão de médico psiquiatra. Em 1970 foimobilizado para o serviço militar. Embarcou para An-gola no ano seguinte, tendo regressado em 1973. Em1979 publicou os seus primeiros livros, Memória deElefante e Os Cus de Judas, seguindo-se, em 1980,Conhecimento do Inferno. Estes primeiros livros são

marcadamente biográficos, e estão muito ligados ao contexto da guerra colonial; ime-diatamente o transformaram num dos autores contemporâneos mais lidos e discutidos,no âmbito nacional e internacional.

Miguel TorgaBichosPreço: € 10,00«Querido leitor:São horas de te receber no portaló da minha pe-quena Arca de Noé. Tens sido de uma constância tãoespontânea e tão pura a visitá-la, que é preciso queme liberte do medo de parecer ufano da obra, evenha delicadamente cumprimentar-me uma vez aomenos. Não se pagam gentilezas com descortesias, eeu sou instintivamente grato e correcto (…)»

Manuel AlegreAlmaPreço: € 10,00As memórias de infância. Os cheiros, as vozes, asemoções de um tempo em que o tempo não temfim e o significado está presente nas mais peque-nas coisas. Todas elas ficam sempre, como marcasna alma, princípios que norteiam a vida. A nostal-gia dos lugares mágicos da infância. De Alma, vilaencantada onde convive tradição e subversão, me-lancolia e audácia, crendices, ideologia e fute-

bol... Pela voz audaciosa de quem não receia dar-se a conhecer,chegam-nos ecos de um Portugal dividido entre a República e a Monar-quia, um país que era, á época, o mundo de uma criança expectante eatenta. De Alma, partiu toda a sua vida. Ler + português

Título: Inês de PortugalAutor: João Aguiar

Preço: 10 €

Título: Amor de PerdiçãoAutor: Camilo Castelo Branco

Preço: 10 €

Título: Histórias ExtraordináriasAutor: Egar Allan Poe

Preço: 10 €

Título: Os da Minha RuaAutor: OnjakiPreço: 10 €

Título: História Universal da InfâmiaAutor: José Luís Borges

Preço: 10 €

Page 20: Portugal Post Abril 2009

PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009Passar o Tempo20

Restaurante Portugal

Bornstr.8844145 Dortmund

0231-833140

Gerência:Lucas & Alice

Domingos ao almoço:

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Cozido à Portuguesa, .Feijoada, etc.

Reserve a sua mesa!

Queremos merecer a sua visita!

A vida é bela, é agradável e todos nós gostamos de viver e desfrutar as opor-tunidades, os desafios e as alegrias e os ciclos de vida.Porém como sabemos, ninguém é eterno e imortal. Há que pensar (quantoantes melhor) em segurar o nosso funeral para não deixarmos despesas quevão sub carregar quem ainda terá que suportar a nossa perda.Para mais informações sobre os nossos serviços funerários e como cobrir orisco financeiro do funeral. Contacte-nos sem compromissos.

Segure o seu funeral, porque não vai viver sempre

Agência funeráriaW. Fernandes

Serviço 24hTel. 0231 / 2253926 - Fax: 0231 / 2253927

Agência Funerária W. Fernandes em cooperação com a

Agência Eugénio, AXA Seguros

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Caro/a Leitor/a:Se é assinante,avise-nos se mudou ou vai mudar deresidência

Cavalheiro43 anos, deseja conhecer senhora

dos 35 a 45 anos, divorciada, sepa-

rada, ou viuva, residente nas áreas

de Hagen, Dortmund, Witten, etc..

para fazer amizade ou algo

mais,resposta a este jornal,se for

possivel com foto, Refª A104.

Amizades & Afins Cavalheiro

Só, 67 anos, aspecto jovem, sem ví-cios, não fumador, reformado a re-sidir na Alemanha (NRW) procuraSenhora a partir dos 60 anos (maisou menos jovem). Simples, apre-sentável, honesta, sincera e leal,sem compromissos, para umaafectuosa relação futura. Neste ca-minho alegra-me o seu contactona resposta a este Jornal Refª A 204

Cavalheiro55 anos, residente na Alemanha

(NRW), teria muito gosto em

contactar com senhora dos 45

aos 55 anos de qualquer naciona-

lidade para fins de amizade. As-

sunto sério. Resposta a este jornal

Refª A304

Procura a sua alma gémea?Coloque aqui o seu anúncio

O caso insólito ocorreu em Carre-

gal do Sal (Viseu). Um jovem de 17

anos tentou assaltar uma sapataria,

mas acabou por adormecer e foi

apanhado pelo dono do estabeleci-

mento, o que o obrigou a limpar a

loja.

Segundo relata o «Diário de Notí-

cias», o rapaz partiu o vidro e de-

sarrumou a sapataria, mas foi traído

pelo sono quando tentava encon-

trar valores. Adormeceu e foi sur-

preendido de manhã, quando já se

encontrava no local o dono da loja

e muitos populares. Acabou por

não ser detido, mas apenas identifi-

cado, mas a punição acabou por ser

a limpeza total do estabelecimento.

A GNR notificou a Comissão de

Protecção de Menores de Carregal

do Sal.

Tentou assaltar eadormeceu

Philip Carter, de 29 anos, terá ata-cado Splodge, um arraçado de Ter-rier, após este o ter mordido namão.Carter compareceu no tribunal deLoughborough, no Reino Unido,para ser julgado por causar sofri-mento desnecessário a Splodge epor não o levar ao veterinárioassim que ele foi ferido.Considerando-se culpado numa au-diência anterior, Philip Carter aca-bou por ser condenado a 12semanas de pena suspensa.John Sutcliffe, procurador daRSPCA, uma associação que lutapelos direitos dos animais, disse aotribunal que quando a polícia foi a

casa de Carter, verificaram umrasto de sangue, acabando por des-cobrir o cão a sangrar muito deuma ferida no nariz e com dificul-dades respiratórias.Max Duddles, advogado de defesa,alegou que Splodge não era muitobem comportado e que terá mor-dido Carter, tendo este mordido ocão no nariz e batido no animal,antes que este se virasse contra ele.O juiz distrital Jonathan Taaffe dissea Philip Carter que ele apenas sesafou da prisão por ter admitido asagressões, e avisou-o que iria paraa prisão se ele voltasse a agir da-quela maneira num prazo de 18meses.

Cão foi mordido pelo seu dono

Este indiano, que trabalha numa

banca de venda de vegetais para

fazer face às despesas, diz não ter

tempo para estudar. «Estudarei até

morrer. Mas não sou capaz de fazer

os exames, porque tive apenas um

ou dois meses para estudar. Posso

fazer os exames, se tiver mais

tempo», afirma.Para Husen, a edu-

cação tem um valor mais elevado

que a religião e o dinheiro, visto que

ninguém a pode roubar.

Apesar de vários colegas o terem

tentado ajudar, afirma querer fazer

o exame de acordo com aquilo que

sabe.

Indiano de 65 anos fazexame de 10º ano pela44ª vez

O norte-americano John Spinnie, de

42 anos, roubou um carro em Cin-

cinnati, Ohio, para não chegar atra-

sado ao tribunal, onde tinha uma

audiência na qual respondia à acu-

sação por roubo de jóias.

Betsy Sundermann, assistente da

procuradoria de Hamilton, disse

que Spinnie alegou que um desco-

nhecido tinha permitido que ele

usasse o carro, após o pagamento

de uma taxa de 10 dólares (aproxi-

madamente sete euros).

Betsy Sundermann contou ainda

que o homem foi detido pela polícia

antes de chegar ao tribunal. Após o

novo crime, o juiz Fanon Rucker es-

tipulou uma fiança de cinco mil dó-

lares (aproximadamente três mil

euros).

O tribunal de Ohio afirmou que

Spinnie poderia ser responsável por

uma série de assaltos em Nor-

wood, incluindo um em que supos-

tamente roubou uma televisão da

casa de um assistente da procura-

doria.

Rouba carro para nãochegar atrasado ao tribunal

Acredite se quiser

Uma jovem norte-americana en-

trou com um processo de indemni-

zação em tribunal contra os

proprietários do apartamento onde

morava, porque estes mexeram, ale-

gadamente, nos seus objectos mais

íntimos. Navah Meller, de 22 anos,

pede cerca de oito milhões de

euros aos idosos, que, garante, me-

xeram até nas suas cuecas.

«Senti-me suja ao saber que os

meus pertences tinham sido mani-

pulados por estranhos».

O casal de proprietários, Ilona de

79 anos e George de 84, negou

sempre as acusações. O proprietá-

rio do apartamento assegurou que

Navah lhe deu as chaves do aparta-

mento para ele ir consertar umas

infiltrações: «Eu não sei nada sobre

as suas cuecas.»

Oito milhões por mexe-rem nas suas cuecas

As imagens aparecem num vídeo

lançado na Internet, ao que consta

gravado pelo irmão do camionista.

O homem aparece no vídeo, o qual

já se tornou bastante popular e po-

lémico, a dançar em pleno anda-

mento da viatura, chegando a

dançar em cima do próprio banco.

O «Tarzan do volante», como já é

conhecido, é de nacionalidade ro-

mena e fazia o trajecto Bélgica-Ho-

landa. O secretário de Estado de

Transportes, Etienne Schouppe,

afirmou à emissora de rádio e tele-

visão pública francófona «RTBF»

que fará de tudo para que o moto-

rista não volte a andar pelas estra-

das do país.

«Tarzan do volante»choca Bélgica

Um homem estava noivo. Na véspera do casamento, re-solveu fazer uma partidinha de futebol com os amigos,para despedir-se da vida de solteiro. A meio do jogo, háuma falta contra a equipa dele. Ele fica na barreira. O ata-cante adversário chuta e... trás! Acerta em cheio nos paí-ses baixos do gajo, que cai logo cheio de dores. É levadopara o hospital e nas urgências o médico diz-lhe:- Oiça, não há maneira de engessar o seu Zé , por isso,vamos colocarumas talas de madeira para o imobilizar até melhorar.- Mas doutor, eu vou casar amanhã.- Só pode ser assim ou então não fica bom.Inconformado, aceita pôr as talas de madeira. No dia se-guinte, casa-se e os pombinhos vão para a lua de mel.Diz a esposa:- Olha, meu querido eu tive outros namorados antes, masnenhum deles me tocou. Guardei-me toda para ti, sou vir-gem.Marido:- Eu também ... - baixa as calças e diz - Vês, o meu aindaestá guardado na caixa!

Page 21: Portugal Post Abril 2009

PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009Passar o Tempo 21

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de EnsinoZimmerstr.56 10117 BerlinTelefone 030 - 590063500Telefax 030 - 590063600

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Escricório Consular Osnabruck-Schloßwall 2 - 49080 Osnabruck

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Consulado-Geralde Portugal em Dusseldorf

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Zeppelinalle 15 - 60325- FrankfurtTel: 069/ 97 98 800

Consulado-Geralde Portugal em Stuttgart

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Conselho das ComunidadesPortuguesas:

Alfredo Cardoso,Telelefone: 0172- 53 520 47

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Alfredo StoffelTelefone: 0170 24 60 [email protected]

José Eduardo,Telefone: 06196 - 82049

[email protected]

Maria da Piedade FriasTelefone: 0711/[email protected]

Rui Clemente PazTelefone: 0173 - 5351651

[email protected]

AICEP PortugalZimmerstr.56 - 10117 Berlim

Tel.: 030 254106-0

Federação das AssociacõesPortuguesas na Alemanha

Postfach 10 01 05 - 42801 Remscheid

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Previsões para Abril 2009Por Maria Helena Martins

Aprenda a viver sem medoFormato: 15,5 X 23 cmPáginas: 92

Preço: 18.99 €Este livro pretende ajudá-lo a vencer osmedos com que lida diariamente: o medo dedesagradar, o medo de fracassar, o medo deser rejeitado, o medo da mudança, entre ou-tros, e a aprender a confiar em si mesmo enas suas decisões.

CarneiroAmor: Procure dar atenção aos seus verdadeirosamigos.Saúde: Tenha mais confiança em si mesmo, va-lorize-se mais e cuide do seu corpo.Dinheiro: Cuidado, não alimente intrigas nolocal de trabalho.

TouroAmor: Partilhe essa boa disposição que o invadecom quem o rodeia. Saúde: dê maior atenção aos seus rins, bebamais água diariamente.Dinheiro: É possível que venha a obter aquelapromoção que tanto esperava.

GémeosAmor: Os momentos de romantismo estão favor-ecidos. Invista mais no seu relacionamento.Saúde: Estará em plena forma. Aproveite parase dedicar a um novo hobby.Dinheiro: Cuidado com as dívidas. Esteja maisatento às suas contas.

CaranguejoAmor: Encontra-se num período menos favor-ável, mas não desespere que é passageiro.Saúde: A sua auto-estima anda um pouco embaixo, anime-se e cultive os pensamentos posi-tivos. Dinheiro: Boa altura para investir naquilo de quemais gosta.

LeãoAmor: A sua relação poderá passar por um perí-odo menos positivo em que deve manter acalma, pois tudo se resolverá pelo melhor.Saúde: Deve tentar libertar-se dos hábitos quesó prejudicam a sua saúde.Dinheiro: O equilíbrio financeiro estará presentena sua vida neste momento.

Virgem Amor: Não desiluda um amigo que aposta muitoem si.Saúde: Tendência para dores musculares. Façauma sessão de massagens.Dinheiro: Boa altura para comprar casa ou paramudar de ocupação.

Balança Amor: A sensualidade irá apimentar a sua rela-ção de forma surpreendente.Saúde: Descanse as horas necessárias para estarbem física e psicologicamente.Dinheiro: Cuidado com os gastos supérfluos quefaz ao agir por impulso, sem parar para pensar.

EscorpiãoAmor: Aproveite bem todos os momentos quetem para estar com a sua cara-metade.Saúde: Poderá sentir alguma fadiga física.Dinheiro: Conserve bem todos os seus bens ma-teriais. Zele pelo que é seu.

SagitárioAmor: Não se deixe influenciar por terceiros, po-derá sair prejudicado.Saúde: Tenha um maior cuidado com os seus ou-vidos.Dinheiro: Não se precipite e pense bem antes deinvestir as suas economias.

CapricórnioAmor: Alguém para quem você é muito impor-tante dar-lhe-á um bom conselho. Saúde: Cuidado com o aumento de peso, façaexercício físico com regularidade.Dinheiro: Efectuará bons negócios, mas não as-sine nada sem pensar duas vezes.

AquárioAmor: Não seja tão possessivo nem ciumento.Respeite o espaço do seu par.Saúde: melhore o seu descanso diário dormindomais horas, para poder ter melhor rendimento.Dinheiro: Não gaste o seu dinheiro em coisas deque afinal nem precisa.

PeixesAmor: Não dê tanta atenção a quem não me-rece. Rodeie-se apenas das pessoas que o com-preendem e que gostam realmente de si.Saúde: Cuide da sua imagem. Inicie uma dieta.Dinheiro: Não se desgaste tanto na sua activi-dade laboral, pois será recompensado na devidaaltura.

PORTUGAL POST SHOP - Livros

Aprenda a Proteger-seContra a Inveja e Mau-OlhadoFormato: 15,5 X 23 cmPaginas: 156Preço: 19,90 €

Nas alturas de maior fragilidade, há que mcriaruma protecção efectiva contra os possíveis efeitosdas energias negativas.Neste livro damos-lhe conhecimento de mantigos

amuletos, fórmulas, rituais práticos, orações e rezas especiais para que possarepelir esse encantamento maligno.

Orações para Todos os MalesFormato: 14x21cmPáginas: 90

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Por razões de saúde, familiares,afectivas, materiais ou espirituais,todos mpassamos em algum mo-mento por situações difíceis. Nesta

obra encontrará uma centena de orações adequadas a cada caso.Orações para encontrar mcompanheiro/a, para conseguir casar-secom o seu namorado, pela paz da família, contra doenças, etc.

Como Cortar Trabalhos de BruxariaFormato: 14x21cmPáginas: 152Preço: 25,00 €

Um ritual de magia negra posto em acção contraalguém pode prejudicar avítima e destruir a suavida de forma brusca e surpreendente. Todas asáreasestão sujeitas a ficar afectadas. Tudo à sua

volta parece ruir. E, mais graveainda, a vítima de magia negra não consegue en-contrar forças para reagir. Neste livro de carácter prático, a autora apresentarituais fáceis de executar que permitem criar uma aura de protecção. Cupão de Encomenda a: PORTUGAL POST SHOP na Pág. 19

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Page 23: Portugal Post Abril 2009

PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009 23Vinhos de Portugal

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Os Novos Vinhos de Portugal

PorDra. Teresa Colaço do Rosário

Capa duraNº de Páginas: 176Dimensões: 22,5 x 24 Preço: 35,00 €Conhecido por “fiel amigo”,o bacalhau tem uma tradi-ção muito particular e origi-nal na gastronomiaportuguesa. Neste livro,fique a conhecer as origensda pesca deste peixe, assuas principais característi-cas, a melhor forma de oarranjar e outros aspectos

importantes, como a melhor forma de o escolher, conservar e amanhar.Deleite-se com as nossas receitas e experimente-as todas. Fique, ainda,a conhecer as tradições deste peixe noutros países do Mundo.

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tradiçãode 40

anos

No ano transacto, a importação de

vinhos portugueses para o mer-

cado alemão conseguiu consolidar

a sua quota de mercado, figurando

no nono lugar entre os principais

países importadores de vinho de

acordo com a Estatística de Im-

portação Alemã. Cerca de 32 mi-

lhões de euros foram o valor das

importações de vinhos portugue-

ses no período entre Dezembro

de 2007 e Novembro de 2008. As

taxas de crescimento para este

período foram de 14,5 % em valor

e 11,4 % em volume, motivo de

grande alegria dado que mercado

global estagnou em valor (+0,2 %)

e diminuiu em volume (-6,3 %) no

mesmo período.

No corrente ano o desafio ainda

é maior, dada a conjuntura econó-

mica. Tanto a ViniPortugal como a

AICEP conjugam os esforços para,

em conjunto com os agentes eco-

nómicos, tornar os vinhos portu-

gueses mais perto do consumidor

alemão, através de várias activida-

des de marketing.

Um dos pilares da estratégia de

exportação é a aposta nas castas

nacionais. Portugal tem um patri-

mónio genético muito vasto com

cerca de 300 castas autóctones.

Entre elas está a casta Touriga Na-

cional, considerada “ex-libris” da

viticultura portuguesa. É uma

casta, cuja origem é disputada

entre o Douro e o Dão. No en-

tanto, nos últimos anos tem-se dis-

seminado por outras regiões

demarcadas. Esta casta de baixa

produtividade dá origem a vinhos

muito concentrados, encorpados

e com taninos firmes. Na parte

aromática destaca-se um aroma

floral a violetas. É uma casta muito

personalizada e marca os vinhos

com o seu perfil aromático.

Alguns exemplos

Vicente Leite de Faria criou no

ano 2000 a empresa VLF Vinhos

Lda, na sequência da tradição fami-

liar na produção de vinhos na re-

gião do Douro assim como da sua

experiência pessoal no sector do

vinho. O seu objectivo é produzir

e comercializar vinhos da região

do Douro com personalidade e

qualidade superior. Os vinhos são

A moda da Touriga Nacionalcom alguns exemplos

Cerca de 32 milhões de euros foram o valor das importações de vinhos portugueses no período entre Dezem-bro de 2007 e Novembro de 2008. As taxas de crescimento para este período foram de 14,5 % em valor e 11,4% em volume, motivo de grande alegria dado que mercado global estagnou em valor (+0,2 %) e diminuiu emvolume (-6,3 %) no mesmo período.

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Que Bom!!!

obtidos a partir de “terroirs” de

elevado potencial onde são selec-

cionadas parcelas de vinhas e es-

colhidas as melhores uvas. A

vinificação e estágio visam enalte-

cer e preservar o potencial quali-

tativo dos vinhos obtidos, indo ao

encontro do estilo do consumidor

actual.

o Animus é um vinho concebido a

pensar no dia-a-dia, sem ocultar os

sabores típicos do Douro. É um

vinho obtido a partir das castas

Tinta Roriz, Touriga Nacional e

Touriga Franca, que fermentou a

temperatura controlada, seguindo-

se de uma maceração pelicular

pós-fermentativa. Na prova apre-

senta-se um vinho de cor granada

viva, com um aroma delicado a fru-

tos vermelhos e algumas notas flo-

rais. Na boca é um vinho

estruturado, complexo e persis-

tente. Pode ser consumido só ou

como acompanhamento de pratos

de massas, carnes frias e queijos

diversos. Já o Glória Tinto ColheitaSeleccionada 2004, um vinho do

mesmo produtor feito a partir das

mesmas castas, tem um aroma a

frutos secos e a especiarias. Na

boca destacam-se as notas da ma-

deira nova.

Para mais informações visite o site

www.vlfvinhos.com

Page 24: Portugal Post Abril 2009

PORTUGAL POST nº 177 • Abril 2009Última24

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O seu proprietário é Carlos

Quintas, um economista português

radicado em Dusseldörf, que assi-

nalou o décimo aniversário do iní-

cio da sua colecção com provas de

vinhos que tiveram uma convidada

muito especial, a especialista britâ-

nica Jancis Robinson, uma das „au-

toridades“ mundiais na matéria.

A prova esteve longe de ser

uma novidade para a colunista do

Financial Times, que em 1999 publi-

cou o livro „Jancis Robinson prova

os melhores vinhos portugueses“, a

obra que inspirou Carlos Quintas

para iniciar a sua colecção nesse

mesmo ano.

„Comecei a coleccionar um bo-

cadinho por força do acaso, porque

encontrei uma cave muito bonita

em Dusseldörf, de facto extraordi-

nária, com condições de armazena-

mento espectaculares, e hoje, penso

que, poderei dizer, uma das caves

mais significativas de vinhos portu-

gueses no mundo“, disse Carlos

Quintas.

Esta também não foi a primeira

vez que Jancis Robinson aceitou um

convite de Carlos Quintas para ex-

perimentar vinhos portugueses,

tendo já realizado uma prova em

2007, igualmente em Dusseldörf.

Sempre com o seu computador

portátil ligado, para ir apontando as

suas apreciações, a „mestre de

vinho“ - título que ostenta já desde

1984 - não tem uma tarefa fácil: no

primeiro dia de prova experimenta

26 „magnums“ (tinto) e no dia se-

guinte, na cave de 1641, nada menos

que 90 vinhos de 2006 e 2007,

numa sessão que tem início ainda

antes do almoço.

As reacções de Jancis Robinson

são acompanhadas com indisfarçá-

vel curiosidade por Carlos Quintas.

Mas não só. „Os produtores tam-

bém estão ansiosos em Portugal

pelas ‘notas’“ da „mestre“ inglesa,

conta com um sorriso o coleccio-

nador.

Dez anos depois de ter publi-

cado o seu livro sobre vinhos por-

tugueses - „há quanto tempo…“,

comenta a autora, parecendo tentar

recordar-se -, Jancis Robinson mos-

tra-se impressionada com a evolu-

ção dos vinhos, pelo que constata

nas garrafas que Carlos Quintas lhe

vai apresentando e servindo.

„Acho que a qualidade do vinho

português aumentou enorme-

mente em 10 anos. Conseguiu cer-

tamente acompanhar o aumento da

qualidade do vinho em todo o

lado“, acrescentando que continua

válida uma observação que fez há

alguns anos, quando escreveu que

os vinhos portugueses podem real-

mente oferecer estilos e sabores

distintivos que não podem ser en-

contrados em mais nenhum lado.

O segredo, diz, é os produtores

dos vinhos de qualidade não esta-

rem a ser „influenciados por modas

internacionais“ e Portugal manter

no terreno uma grande variedade

de uvas indígenas.

Essa é também a ideia de Carlos

Quintas, segundo o qual „o vinho

português pode de facto vingar“ no

mercado internacional, mas não

tanto enquanto „uma afirmação

conjunta“, mas mais na base da

„personalização dos produtores“.

Comentando que a sua colec-

ção é uma iniciativa „independente,

arrojada e arriscada“, Carlos Quin-

tas defende que Portugal até pode

ter „muito a ganhar“, e uma se-

gunda visita de Jancis Robinson

pode consolidar a imagem de que

„os vinhos portugueses têm poten-

cial de envelhecimento, de guarda, e

de investimento“, sobretudo esta

última. „É a pergunta que nós ainda

hoje nunca resolvemos em Portu-

gal“, diz.

Numa colecção que actual-

mente conta com 18.000 garrafas -

12.000 de segmento de topo de

gama e cerca de 6.000 de um seg-

mento „também muito bom“, diz -

Carlos Quintas não hesita quando

instado a eleger „a“ garrafa de

vinho mais valiosa.

„É uma garrafa que me veio

parar às mãos de um senhor muito

rico, milionário, famoso, que herdou

os vinhos sem saber o valor deles.

E ele ofereceu-me uma garrafa de

(19)56 que lhe tinha sido oferecida

pelo doutor (António Oliveira) Sa-

lazar“, julgando tratar-se de um

vinho já deteriorado.

Para Carlos Quintas, esse é

vinho, da Real Companhia Vinícola

do Norte de Portugal, é o mais em-

blemático“ da sua colecção, já que

tem „duas lições“ a oferecer: pri-

meiro, por se tratar de um vinho de

oferta e ser „extraordinário em Sa-

lazar oferecer vinhos“; segundo, por

mostrar que quando os vinhos

„mudam de mão“, frequentemente

quem os recebe „perde a noção do

que tem e normalmente dá ao des-

barato“.

„É uma lição que a gente tem

que tirar para a vida: há vinhos de

valor, a gente tem que saber conhe-

cer a história desses vinhos“, diz,

antes de regressar para perto de

Jancis Robinson.

Vinhos: Cave alemã do século XVII abriga tesouro vinícola português

Na cidade de Dussel-dörf, Alemanha, onde é

conhecida a paixão pelacerveja, uma cave do

século XVII junto àmargem do rio Renoabriga um „tesouro“

para outros paladares:nada menos que

18 mil garrafas de vinhoportuguês.