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PARÂMETROS PARA ESTIMATIVA DE NECESSIDADE DE LEITOS E INTERNAÇÕES
HOSPITALARES
MANUAL DE OPERACIONALIZAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
A programação de leitos hospitalares tem sido pautada pelos parâmetros estabelecidos na
Portaria 1101/2002, elaborados com base em parâmetros internacionais, estatísticas de
atendimento prestado aos usuários do SUS, estudos realizados pelo Ministério da Saúde,
pareceres de especialistas e parâmetros assistenciais desenvolvidos e praticados em vários
estados, entre outros. As recomendações desta portaria refletem a realidade assistencial da
época em que a norma foi editada. A partir de então, houve significativas mudanças
tecnológicas e de modelo de atenção que impactaram na demanda e nos critérios de
internação hospitalar e, consequentemente, na necessidade de disponibilidade de leitos.
Assim, tornou-se necessária uma revisão destas recomendações de forma a refletir a
necessidade de leitos atual e incorporar novas abordagens metodológicas disponíveis que
tornam mais acurado o cálculo desta necessidade.
Uma nova proposta de parâmetros de leitos hospitalares destina-se a orientar os gestores dos
três níveis de governo no aperfeiçoamento do SUS, oferecendo subsídios para:
a) estimar necessidades de oferta de serviços assistenciais à população, no que diz
respeito aos leitos de internação;
b) Auxiliar o planejamento, programação e na elaboração do PGASS;
c) Auxiliar monitoramento, avaliação, controle e regulação dos serviços de saúde
prestados no âmbito do SUS.
Os parâmetros originados nessa proposta constituem-se referências, podendo sofrer
adequações no nível dos estados e regiões de saúde, de acordo com as realidades
epidemiológicas e disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros. Foram definidos
com base na combinação dos seguintes enfoques metodológicos: (i) análise de evidências
científicas, protocolos clínicos e terapêuticos que definem linhas de cuidado e modelos de
organização de redes de atenção, selecionados a partir de revisão de literatura nacional e
internacional; (ii) análise da estrutura e seu rendimento, com base dos dados disponíveis no
Brasil sobre capacidade instalada de hospitais e leitos e da produção nacional de internações
hospitalares; (iii) comparação com situações “ideais” /consolidadas/ reconhecidas / desejadas
(padrão atendimento Curitiba, SP, BH e outras), com algum ajuste para balizar a proposta
(benchmarking) dos parâmetros a serem utilizados na estimativa dos leitos; (iv) aplicação de
modelo de simulação através do qual se estimou parâmetros sobre taxas de ocupação por
porte hospitalar.
Com o objetivo de expor de forma facilmente aplicável o produto desta construção – os
parâmetros para leitos e internações hospitalares – apresenta-se este Manual.
2. EQUAÇÃO PARA ESTIMAR O NÚMERO DE LEITOS NECESSÁRIOS PARA INTERNAÇÕES DE
DETERMINADO TIPO/ESPECIALIDADE
Como explicitado na Nota Técnica1, o número de leitos necessários para internações de
determinado tipo-especialidade (NLe) é obtido através da seguinte equação:
𝐍𝐋𝐞 =NIe. TMPe
365.ρ𝑒∗𝐷𝐹𝑒 𝐹𝑛𝑟𝑒 (eq. 1)
No caso dos leitos gerais, o número de internações esperadas de determinado tipo-
especialidade é dado por:
𝑵𝑰𝒆 = 𝑃𝑜𝑝𝑒 ∗ 𝑇𝐼𝑒 ∗ 𝐹𝑅𝑒 (eq.2),
Assim sendo, a equação a ser utilizada para a estimação do número de leitos necessários para
aquela especialidade passa a ser a seguinte:
𝐍𝐋𝐞 =(𝑃𝑜𝑝𝑒∗𝑇𝐼𝑒∗𝐹𝑅𝑒). TMPe
365.ρ𝑒∗𝐷𝐹𝑒 𝐹𝑛𝑟𝑒 (eq. 3)
onde:
Pope é a população de referência para aquele tipo de leito/especialidade, que se encontra especificada no Quadro 1;
TIe é a taxa de internação esperada para aquele tipo de leito/especialidade, selecionada pela comparação das taxas vigentes no local (que devem ser calculadas conforme definido na Quadro 3) com os valores apresentados na Tabela 1;
FRe é o fator de ajuste para a taxa de recusa esperada para aquele tipo de leito/especialidade, com base na experiência local considerando o comportamento das filas e taxas de recusa obtidos pela análise dos dados das Centrais de Regulação.
TMPe = tempo médio de internação esperado para aquele tipo de leito/especialidade, definido confrontando-se o TMP do local objeto da programação (forma de cálculo apresentada no Quadro 4) com os valores de referência apresentados na Tabela 2;
1 Nota Técnica Seção A – Atenção hospitalar (leitos e internações), Consulta Pública SAS nº 6, de 12 de março de 2014 – Parâmetros assistenciais do SUS.
Pe = taxa de ocupação hospitalar para aquele tipo de leito-especialidade, selecionada Tabela 3, segundo porte hospitalar daquele tipo de leito e a taxa de recusa que se admite ter;
DFe = percentual de leitos daquela especialidade que estão efetivamente disponíveis, com base na experiência local;
Fnre = fator de ajuste para internações de não residentes em determinado tipo-especialidade, calculado como o inverso da proporção de internações de residentes no mesmo tipo de leito-especialidade.
No caso dos leitos de UTI, sendo o número de internações esperadas de determinado tipo-
especialidade:
𝑵𝑰𝑼𝑻𝑰𝒆 = (�̅�𝐼𝑒 ∗ 𝑝𝑈𝑇𝐼𝑒 ) (eq.4),
a equação a ser utilizada para a estimação do número de leitos necessários para aquela
especialidade passa a ser a seguinte:
𝐍𝐋𝐔𝐓𝐈𝐞 = (�̅�𝐼𝑒∗𝑝𝑈𝑇𝐼
𝑒 ) ). TMPUTIe
365.ρ𝑒∗𝐷𝐹𝑒 𝐹𝑛𝑟𝑒 (eq. 3)
sendo:
�̅�𝑰𝒆 é o número de internações esperadas em leitos gerais (estimado na etapa anterior pela eq. 2) das especialidade que correspondem àquele tipo de UTI, (neonatologia, no caso da UTI neonatal; pediatria clínica e pediatria cirúrgica, no caso da UTI pediátrica; e internações nos demais leitos gerais, no caso da UTI adulto);
𝒑𝑼𝑻𝑰𝒆 é a proporção esperada de internação com UTI em determinada especialidade
(𝐼𝑈𝑇𝐼𝑒 ) em relação ao número total das internações na mesma especialidade (𝐼𝑒). Esta
proporção deve ser selecionada confrontando-se os valores do local para o qual se faz a programação com os valores de referência apresentados na Tabela 4.
FRe é o fator de ajuste para a taxa de recusa esperada para aquele tipo de leito/especialidade, com base na experiência local considerando o comportamento das filas e taxas de recusa obtidos pela análise dos dados das Centrais de Regulação.
TMPUTIe = tempo médio de internação esperado em UTI para aquele tipo de leito/especialidade é definido confrontando-se o TMP do local objeto da programação (quociente entre o número de diárias de UTI e o número de internações com UTI) com os valores de referência apresentados na Tabela 5;
Pe = taxa de ocupação hospitalar para aquele tipo de leito-especialidade, selecionada Tabela 3, segundo porte hospitalar daquele tipo de leito e a taxa de recusa que se admite ter;
DFe = percentual de leitos daquela especialidade que estão efetivamente disponíveis, com base na experiência local;
Fnre = fator de ajuste para internações de não residentes em determinado tipo-especialidade, calculado como o inverso da proporção de internações de residentes no mesmo tipo de leito-especialidade.
Quadro 1 – População de referência para as internações em leitos gerais, por tipo-especialidade.
Tipo-especialidade População de referência
Obstetrícia No estimado de gestantes SUS = No de nascidos vivos SINASC por residência da mãe * Fator de Correção do sub-registro * proporção mulheres 15-49 sem plano de saúde com cobertura de obstetrícia
Neonatologia No de nascidos vivos SUS = No de nascidos vivos SINASC * Fator de Correção do sub-registro * proporção de menores de 1 ano sem plano de saúde
Pediatria
Pediatria clínica População < 15 anos SUS = População < 15 anos * proporção < 15 anos sem plano de saúde
Pediatria cirúrgica População < 15 anos População < 15 anos * proporção < 15 anos sem plano de saúde
Adulto
Clínica - 15 a 59 anos População 15 a 59 anos * proporção 15 a 59 anos sem plano de saúde
Clínica - 60 anos e mais População 15 a 59 anos * proporção 15 a 59 anos sem plano de saúde
Cirurgia - 15 a 59 anos População 60 anos e mais * proporção 60 anos e mais sem plano de saúde
Cirurgia - 60 anos e mais
População 60 anos e mais * proporção 60 anos e mais sem plano de saúde
Psiquiatria População 15 anos e +mais * proporção 15 anos e mais sem plano de saúde
Quadro 2 – Definição das internações em leitos gerais, por tipo-especialidade.
Tipo-especialidade Definição
Obstetrícia
Internaçãoes por parto, qual seja, pelos seguintes Proced obst [2008+): 0310010039 PARTO NORMAL, 0310010047 PARTO NORMAL EM GESTACAO DE ALTO RISCO, 0411010026 PARTO CESARIANO EM GESTACAO ALTO RISCO|0411010034 PARTO CESARIANO, 0411010042 PARTO CESARIANO C/ LAQUEADURA TUBARIA
Neonatologia Internações da população residente com idade de 0 a 27 dias
Pediatria Pediatria clínica Internações da população residente < 15 anos em leitos pediátricos e clínicos
Pediatria cirúrgica Internações da população residente < 15 anos em leitos cirúrgicos
Adulto Clínica - 15 a 59 anos Internações da população residente de 15-59 anos em leitos clínicos
Clínica - 60 anos e mais Internações da população residente de 60 anos ou mais em leitos clínicos
Cirurgia - 15 a 59 anos Internações da população residente de 15- 59 a em leitos cirúrgicos
Cirurgia - 60 anos e mais Internações da população residente de 60 anos e + em leitos cirúrgicos
Psiquiatria Internações da população residente de 15 anos e + em leitos psiquiátricos
Quadro 3 – Forma de cálculo das taxas de internações em leitos gerais, por especialidade.
Tipo-especialidade Taxa de internação
Obstetrícia TIObst = 1,0
Neonatologia TI Neonat = No de internações da população residente com idade de 0 a 27 dias / No de nascidos vivos SUS por local de residência da mãe
Pediatria
Pediatria clínica TI Pediat Clínica = No de internações da população residente < 15 anos em leitos pediátricos e clínicos/População SUS < 15 a
Pediatria cirúrgica TI Pediat Clírurgica = No de internações da população residente < 15 anos em leitos cirúrgicos / População SUS < 15 anos
Adulto
Clínica - 15 a 59 anos TI Clínica – 15 a 59 anos = No de internações da população residente de 15-59 anos em leitos clínicos / População SUS 15- 59 anos
Clínica - 60 anos e mais TI Clínica – 60 e + anos = No de internações da população residente de 60 anos ou mais em leitos clínicos / População SUS de 60 anos ou mais
Cirurgia - 15 a 59 anos TI Cirúrgica – 15 a 59 anos = No de internações da população residente de 15- 59 a em leitos cirúrgicos / População SUS 15 a 59 anos
Cirurgia - 60 anos e mais TI Cirúrgica – 60 e + anos = No de internações da população residente de 60 anos e + em leitos cirúrgicos / População SUS 60 e + anos
Psiquiatria TI Psiquiatria = No de internações da população residente de 15 anos e + em leitos psiquiátricos / População SUS 15 anos e +
Tabela 1 - Intervalo de variação para as taxas de internação esperadas, por tipo de internação.
Tipo-especialidade Taxa de internação (por mil) esperada*
Mínima Máxima
Neonatologia 82,4 168,0 Pediatria clínica 27,8 48,8 Pediatria cirúrgica 8,4 19,4 Clínica 15 a 59 anos 13,8 24,6 Clínica 60 anos ou mais 72,4 116,8 Cirúrgica 15 a 59 anos 44,9 72,6 Cirúrgica 60 anos ou mais 21,8 35,7 Psiquiátrico 15 anos ou mais 1,7 8,7
Nota: * Intervalo de variação das taxas de internações esperadas definido pelo critério de benchmarking estabelecidas com base na análise da situação recente nas UF e Capitais, ajustadas, sempre que possível, por evidencias da literatura.
Quadro 4 – Forma de cálculo do tempo médio internação em leitos gerais, por especialidade.
Tipo-especialidade Tempo médio de internação
Obstetrícia TMIObst = Permanência nas internações por parto* / No de internações por parto
Neonatologia TMI Neonat = Permanência nas internações da população residente com idade de 0 a 27 dias / No de internações da população residente com idade de 0 a 27 dias
Pediatria
Pediatria clínica TMI Pediat Clínica = Permanência nas internações da população residente < 15 anos em leitos pediátricos e clínicos / No de internações da população residente < 15 anos em leitos pediátricos e clínicos
Pediatria cirúrgica TMI Pediat Clírurgica = No de internações da população residente < 15 anos em leitos cirúrgicos / No de internações da população residente < 15 anos em leitos cirúrgicos
Adulto
Clínica - 15 a 59 anos TMI Clínica – 15 a 59 anos = Permanência nas internações da população residente de 15-59 anos em leitos clínicos / No de internações da população residente de 15-59 anos em leitos clínicos
Clínica - 60 anos e mais TMI Clínica – 60 e + anos = Permanência nas internações da população residente de 60 anos ou mais em leitos clínicos / No de internações da população residente de 60 anos ou mais em leitos clínicos
Cirurgia - 15 a 59 anos TMI Cirúrgica – 15 a 59 anos = Permanência nas internações da população residente de 15- 59 a em leitos cirúrgicos / No de internações da população residente de 15- 59 a em leitos cirúrgicos
Cirurgia - 60 anos e mais TMI Cirúrgica – 60 e + anos = Permanência nas internações da população residente de 60 anos e + em leitos cirúrgicos / No de internações da população residente de 60 anos e + em leitos cirúrgicos
Psiquiatria TMI Psiquiatria = Permanência nas internações da população residente de 15 anos e + em leitos psiquiátricos / No de internações da população residente de 15 anos e + em leitos psiquiátricos
Nota: Considera as internações pelos seguintes Proced obst [2008+): 0310010039 PARTO NORMAL, 0310010047 PARTO NORMAL EM GESTACAO DE ALTO RISCO, 0411010026 PARTO CESARIANO EM GESTACAO ALTO RISCO|0411010034 PARTO CESARIANO, 0411010042 PARTO CESARIANO C/ LAQUEADURA TUBARIA
Tabela 2 – Intervalo de variação esperada para o tempo médio de permanência nas internações em leitos gerais, por tipo.
Tipo-especialidade Tempo médio de permanência (dias)
Limite inferior Limite superior
Obstetrícia 2,4 3,1 Neonatologia 6,5 8,2 Pediatria clínica 4,6 5,7 Pediatria cirúrgica 2,4 3,9 Clínica 15 a 59 anos 6,5 8,5 Clínica 60 anos ou mais 7,4 9,5 Cirúrgica 15 a 59 anos 4,6 6,5 Cirúrgica 60 anos ou mais 3,6 4,3 Psiquiatria 16,3 21,1
Nota: Intervalo de variação definido por percentil 25 e 75 das capitais
Tabela 3 - Taxas de ocupação recomendada, segundo o número de leitos e taxa de recusa admitida.
Porte hospitalar Taxas de recusa admitida
(número de leitos) 0,1% 1% 3% 5% 10% 20%
10 a 20 39,5 52,0 61,0 65,5 71,1 82,3 21 a 30 52,0 63,5 71,3 75,3 79,6 88,3 31 a 40 58,5 69,5 76,5 80,3 83,8 91,0 41 a 50 63,0 73,5 79,8 83,3 86,4 92,8 51 a 60 66,5 76,3 82,3 85,3 88,2 94,0 61 a 70 69,0 78,5 84,3 86,8 89,4 94,8 71 a 80 71,0 80,3 85,5 88,3 90,6 95,3 81 a 09 73,0 81,5 86,5 89,5 91,6 95,8 91 a 100 74,5 82,5 87,5 90,3 92,3 96,3 101 a 200 79,0 86,0 90,3 92,3 93,9 97,3 201 a 300 84,5 90,5 93,5 95,0 96,2 98,5 Acima de 300 86,0 92,0 94,5 96,0 97,0 99,0 Média Ponderada 62,0 71,9 78,2 81,5 84,8 91,5
Fonte: Jones (2011)
Tabela 4- Intervalo de variação esperada para proporção de internações com UTI, por tipo de internação e de UTI.
Tipo de internação Tipo de UTI Proporção de internações com UTI
Limite inferior Limite superior
Neonatologia UTI Neonatal 23,54% 39,79% Pediatria clínica UTI Pediátrica 2,34% 5,04% Pediatria cirúrgica UTI Pediátrica 3,10% 5,61% Obstetrícia UTI Adulto 0,05% 0,66% Clínica 15 a 59 anos UTI Adulto 4,62% 6,24% Clínica 60 anos e mais UTI Adulto 6,51% 9,85% Cirúrgica 60 anos ou mais UTI Adulto 4,06% 6,25% Cirúrgica 15 a 59 anos UTI Adulto 9,92% 18,46%
Nota: Intervalo de variação definido por percentil 25 e 75 das capitais definidos com base na análise dos dados do SIH.
Tabela 5 – Intervalo de variação esperado para o tempo médio de permanência esperado em
UTI, por tipo de UTI, segundo o tipo de internação em leito geral.
Tipo de internação Tipo de UTI Faixa de variação do TMP em UTI (dias)
Limite inferior Limite superior
Neonatologia UTI Neonatal 8,8 11,9 Pediatria clínica UTI Pediátrica 7,78 14,10 Pediatria cirúrgica UTI Pediátrica 5,97 8,36 Obstetrícia UTI Adulto 2,87 4,59 Clínica 15 a 59 anos UTI Adulto 6,79 9,08 Clínica 60 anos e mais UTI Adulto 7,39 9,52 Cirúrgica 60 anos ou mais UTI Adulto 4,64 6,24 Cirúrgica 15 a 59 anos UTI Adulto 4,48 5,92
Nota: Intervalo de variação definido por percentil 25 e 75 das capitais.
Em resumo, a aplicação da equação de estimação dos leitos envolve a utilização direta de
dados do local objeto da programação e a utilização de parâmetros do modelo que são
escolhidos com base na comparação da situação atual do local objeto da programação com os
valores mínimos e máximos recomendados, ou seja:
Dados do local objeto da programação:
Pop – estimativas de referência
FR – estimativa sobre a proporção de pacientes que não conseguem internação
DF – estimativa sobre a proporção de leitos que estão efetivamente disponíveis
Fnr – proporção de internações de residentes
Parâmetros do modelo
TI – Taxa esperada de internação (teórica)
𝒑𝑼𝑻𝑰𝒆 - proporção esperada de
internação com UTI em determinada especialidade (teórica)
TMP – Tempo médio de internação (teórico)
p - Taxa de ocupação hospitalar (teórica)
Selecionados com base na comparação a situação atual do local objeto da programação com os valores mínimos e máximos recomendados
Desta forma, para a operacionalização é necessário coletar dados do local objeto da
programação e calcular de indicadores que permitam analisar a situação atual vigente no que
diz respeito às taxas de internação, tempos médios de permanência e taxas de ocupação,
segundo leito-especialidade, a partir do que serão selecionadas as variáveis correspondentes
que entrarão na equação de estimação dos leitos.
3. ETAPAS DO PROCESSO DE ESTIMAÇÃO DOS LEITOS
3.1 Análise da situação atual do local objeto da programação
Nesta etapa consta do levantamento, processamento e análise dos dados do local objeto da
programação de leitos
3.1.1. Levantamento de dados
A relação dos dados necessários, suas fontes, os sites onde são disponibilizados e as
ferramentas através dos quais são processados encontram-se no Quadro 5.
Quadro 5 – Dados necessários, fontes e forma de obtenção
Dado Fonte Site Processa através de:
a) Número total de internações ocorridas no período recente no local objeto da programação, por tipo de leito-especialidade,
SIH, arquivos "rdUFaamm.dbc"
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0901&item=1&acao=25
TABWIN
b) Número total de internações com UTI ocorridas no período recente no local objeto da programação, por tipo de leito-especialidade,
c) Número de internações ocorridas no período recente no local objeto da programação, de residentes no próprio local, por tipo de leito-especialidade,
d) Número de internações com UTI ocorridas no período recente no local objeto da programação, de residentes no próprio local, por tipo de leito-especialidade
e) Tempo de permanência do total de internações ocorridas no período recente no local objeto da programação, por tipo de leito-especialidade,
f) Número de diárias de UTI no total de internações com UTI ocorridas no período recente no local objeto da programação, por tipo de leito-especialidade
g) Tempo de permanência das internações de residentes ocorridas no período recente no local objeto da programação, por tipo de leito-especialidade
h) Número de diárias de UTI nas internações com UTI ocorridas no período recente no local objeto da programação, de residentes no próprio local, por tipo de leito-especialidade,
1. Nascidos vivos SINASC de mães residentes no local objeto da programação, no período recente,
SINASC
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0205&VObj=http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/cnv/nv
TABNET
2. Fator de correção do sub-registro dos nascidos vivos informados ao SINASC, RIPSA http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/a17b.htm
3. População residente por faixa etária e sexo, IBGE
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0206&VObj=http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?popestim/cnv/pop
4. Beneficiários de planos de saúde por idade, sexo e segmentação do plano, ANS
http://www.ans.gov.br/materiais-para-pesquisas/perfil-do-setor/dados-e-indicadores-do-setor
5. Número de leitos cadastrados no CNES por tipo-especialidade CNES
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0204&id=11665&VObj=http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?cnes/cnv/leiint
A forma como se executa no TABWIN e no TABNET as tabulações que permitem obter os
dados citados acima citados e seus resultados são apresentados nas figuras a seguir. Foi
utilizada, a título de exemplo, a coleta de dados para o município de Diamantina-MG.
3.1.1.1 Levantamento de dados SOBRE INTERNAÇÕES (TABWIN)
a.1. Número total de internações OCORRIDAS em Diamantina, em 2012, por tipo de leito-especialidade.
Que tem a seguinte saída:
continua ....
b.1. Número total de internações COM UTI OCORRIDAS em Diamantina, em 2012 , por tipo de leito-especialidade,
O que gera os seguintes dados:
Etc .... continua ... até 130 anos..
c.1. Número total de INTERNAÇÕES DE RESIDENTES em Diamantina ocorridas neste mesmo local, em 2012, por tipo de leito-especialidade:
O que gera a seguinte tabela:
Etc .... continua ... até 130 anos..
d.1. Número de INTERNAÇÕES COM UTI DE RESIDENTES em Diamantina ocorridas neste mesmo local, em 2012, por tipo de leito-especialidade:
O que gera a seguinte tabela:
Etc .... continua ... até 130 anos..
Vale notar que as internações obstétricas por parto não são definidas pela variável
“Leito/Espec” e sim pelos procedimentos obstétricos relativos ao parto, razão pela qual é
necessário também executar as tabulações a seguir:
a.2. Número total de INTERNAÇÕES POR PARTO OCORRIDAS em Diamantina, em 2012 b.2. Número total de INTERNAÇÕES POR PARTO COM UTI ocorridas em Diamantina, em 2012
O que gera a seguinte tabela:
c.2. Número total de INTERNAÇÕES POR PARTO, DE RESIDENTES em Diamantina ocorridas neste mesmo local, em 2012 d.2. Número de INTERNAÇÕES POR PARTO COM UTI, DE RESIDENTES em Diamantina, ocorridas neste mesmo local, em 2012:
O que gera a seguinte tabela:
16
Resumo das definições das tabulações em TABWIN para levantamento de dados sobre INTERNAÇÕES. Internações em leitos de todos os tipo-especialidade, exceto obstétricos
ITEM INCREMENTO
LINHA COLUNA SELEÇÕES Outras especificações
Número de internações ocorridas em Diamantina, de Residentes em Diamantina, por tipo de leito/especialidade
Freqüência idade detalhada
Leito\Espec [2008+
Município int: 312160 Diamantina; Município res: 312160 Diamantina
SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=false; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=true; NÃO_CLASSIFICADOS=0;
Número de internações ocorridas em Diamantina, por tipo de leito/especialidade
Freqüência idade detalhada
Leito\Espec [2008+
Município int: 312160 Diamantina
SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=false; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=true; NÃO_CLASSIFICADOS=0;
Número de internações com UTI, ocorridas em Diamantina, de Residentes em Diamantina, por tipo de leito/especialidade
Freqüência idade detalhada
Leito\Espec [2008+
Município int: 312160 Diamantina; Município res: 312160 Diamantina; Teve diárias UTI: Sim
SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=false; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=true; NÃO_CLASSIFICADOS=0;
Número de internações com UTI ocorridas em Diamantina, por tipo de leito/especialidade
Freqüência idade detalhada
Leito\Espec [2008+
Município int: 312160 Diamantina; Teve diárias UTI: Sim
SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=false; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=true; NÃO_CLASSIFICADOS=0;
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Internações em leitos de todos os tipo-especialidade, exceto obstétricos
ITEM INCREME
NTO LINHA COLUNA SELEÇÕES
Outras especificações
Número de internações PARA PARTO ocorridas em Diamantina, de Residentes em Diamantina
Freqüência
Municipio de
residência
Teve diárias
UTI
Município int: 312160 Diamantina; Proced
obst [2008+: 0310010039 PARTO
NORMAL, 0310010047 PARTO
NORMAL EM GESTACAO DE ALTO RISCO, 0411010026 PARTO CESARIANO
EM GESTACAO ALTO RISCO|0411010034 PARTO CESARIANO, 0411010042 PARTO
CESARIANO C/ LAQUEADURA
TUBARIA
SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=false;
SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=true;
NÃO_CLASSIFICADOS=0;
Número de internações PARA PARTO ocorridas em Diamantina (residentes e não residentes)
Número de internações PARA PARTO com UTI, ocorridas em Diamantina, de Residentes em Diamantina
Número de internações PARA PARTO com UTI ocorridas em Diamantina (residentes e não residentes)
18
3.1.1.2 . Levantamento de dados SOBRE TEMPO DE PERMANÊNCIA (TABWIN)
e.1 Tempo de permanência do TOTAL DE INTERNAÇÕES OCORRIDAS em Diamantina, em 2012, por tipo de leito-especialidade:
O que gera a seguinte tabela:
19
f.1. Diárias de UTI no total de internações com UTI ocorridas em Diamantina, em 2012, por tipo de leito-especialidade:
O que gera a seguinte tabela:
20
g.1. Tempo de permanência das internações DE RESIDENTES em Diamantina, ocorridas neste mesmo local, em 2012, por tipo de leito-especialidade.
O que gera a seguinte tabela:
22
h.1. Diárias de UTI no total de internações com UTI de residentes em Diamantina, ocorridas neste mesmo local, em 2012, por tipo de leito-especialidade:
O que gera a seguinte tabela:
e.2 Tempo de permanência, em 2012, do total de internações POR PARTO OCORRIDAS em Diamantina:
23
g.2 Tempo de permanência do total de internações POR PARTO DE RESIDENTES EM DIAMANTINA, OCORRIDAS em Diamantina, em 2012:
O que gera a seguinte tabela:
24
f.2. Diárias de UTI nas internações ‘’POR PARTO com UTI OCORRIDAS em Diamantina, em 2012. h.2. Diárias de UTI nas internações POR PARTO com UTI DE RESIDENTES em Diamantina, ocorridas neste mesmo local, em 2012.
O que gera a seguinte tabela:
Pois não houve internação com UTI nos partos ocorridos em Diamantina (ver tabulação c.2, d.2).
25
Resumo das definições das tabulações em TABWIN para levantamento de dados sobre PERMANÊNCIAS. Tempo de permanência nas internações em leitos de todos os tipo-especialidade, exceto obstétricos
ITEM INCREMENTO
LINHA COLUNA SELEÇÕES Outras especificações
Tempo de permanência das internações ocorridas em Diamantina, de Residentes em Diamantina, por tipo de leito/especialidade
Permanência idade detalhada
Leito\Espec [2008+
Município int: 312160 Diamantina; Município res: 312160 Diamantina
SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=false; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=true; NÃO_CLASSIFICADOS=0;
Tempo de permanência das internações ocorridas em Diamantina, por tipo de leito/especialidade
Permanência idade detalhada
Leito\Espec [2008+
Município int: 312160 Diamantina
SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=false; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=true; NÃO_CLASSIFICADOS=0;
Tempo de permanência em UTI das internações com UTI, ocorridas em Diamantina, de Residentes em Diamantina, por tipo de leito/especialidade
Diárias de UTI idade detalhada
Leito\Espec [2008+
Município int: 312160 Diamantina; Município res: 312160 Diamantina; Teve diárias UTI: Sim
SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=false; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=true; NÃO_CLASSIFICADOS=0;
Tempo de permanência em UTI das internações com UTI ocorridas em Diamantina, por tipo de leito/especialidade
Diárias de UTI idade detalhada
Leito\Espec [2008+
Município int: 312160 Diamantina; Teve diárias UTI: Sim
SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=false; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=true; NÃO_CLASSIFICADOS=0;
26
Tempo de permanência nas internações em leitos obstétricos
ITEM INCREMENTO
LINHA COLUNA
SELEÇÕES Outras especificações
Tempo de permanência em leitos gerais nas internações PARA PARTO ocorridas em Diamantina, de Residentes em Diamantina
Permanência
Municipio de residência
não ativa
Município int: 312160 Diamantina; Proced obst [2008+: 0310010039 PARTO NORMAL, 0310010047 PARTO NORMAL EM GESTACAO DE ALTO RISCO, 0411010026 PARTO CESARIANO EM GESTACAO ALTO RISCO|0411010034 PARTO CESARIANO, 0411010042 PARTO CESARIANO C/ LAQUEADURA TUBARIA
SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=true; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=false; NÃO_CLASSIFICADOS=0;
Tempo de permanência em leitos gerais internações PARA PARTO ocorridas em Diamantina
Tempo de UTI nas internações PARA PARTO com UTI, ocorridas em Diamantina, de Residentes em Diamantina
Diárias de UTI
Municipio de residência
não ativa
Município int: 312160 Diamantina; Proced obst [2008+: 0310010039 PARTO NORMAL, 0310010047 PARTO NORMAL EM GESTACAO DE ALTO RISCO, 0411010026 PARTO CESARIANO EM GESTACAO ALTO RISCO|0411010034 PARTO CESARIANO, 0411010042 PARTO CESARIANO C/ LAQUEADURA TUBARIA
SUPRIME_LINHAS_ZERADAS=true; SUPRIME_COLUNAS_ZERADAS=false; NÃO_CLASSIFICADOS=0;
Tempo de UTI nas internações PARA PARTO com UTI ocorridas em Diamantina (residentes e não residentes)
27
3.1.1.3. Levantamento de dados sobre as POPULAÇÕES DE REFERÊNCIA e LEITOS EXISTENTES (TABNET)
a. Nascidos vivos SINASC ocorridas em Diamantina de mães residentes neste mesmo local, em 2012:
Com o que se obtém a seguinte tabela:
28
b. Fator de correção do sub-registro dos nascidos vivos informados ao SINASC:
Correspondem à razão entre nascidos vivos informados e estimados disponibilizados pela RIPSA, para as
Unidades da Federação. Não existem estimativas para os municípios. Para capitais, considerar cobertura de
100% e para demais municípios, utilizar as estimativas da UF correspondente. Clicando no link:
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0205&VObj=http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/cnv/nv, se obtém a
seguinte tabela:
30
d. Beneficiários de planos de saúde:
No site da ANS são disponibilizados dados sobre cobertura dos planos de saúde para apenas para UF, capital,
interior, região metropolitana. Para analisar a cobertura dos planos de saúde nos municípios é necessário
fazer os cálculos a partir dos dados sobre beneficiários e população. Para fazer cobertura dos leitos gerais,
tabular os dados sobre beneficiários por idade, da seguinte forma:
Com esta definição se obtém a seguinte tabela:
31
Para fazer a cobertura da obstetrícia, é necessário tabular os dados de mulheres em idade reprodutiva
(selecionando beneficiários de 15 a 49 anos do sexo feminino) e segmentação do plano (planos com
cobertura para obstetrícia). PERIODO: junho/ano da programação.
Com esta definição se obtém a seguinte tabela:
32
e. Número de leitos cadastrados no CNES por tipo-especialidade:
Com esta definição se obtém a seguinte tabela:
33
Tabela resumo da forma de obter no TABNET as tabulações dos dados sobre as populações de referência e
leitos existentes
ITEM O dado está em: observação
Nascidos vivos http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/cnv/nvmg.def
dados da ultima atualização. TABULAÇÃO: LINHA = local para onde se faz a programação . COLUNA= não ativa. CONTEUDO=nascim p/resid mãe
Fator de correção do sub-registro dos nascidos vivos informados ao SINASC
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/a17b.htm
Correspondem á razão entre nascidos vivos informados e estimados disponibilizados pela RIPSA. Para os municipios utilizar as estimativas da UF correspondente. No caso das capitais considerar a cobertura = 100%
População residente por faixa etária e sexo
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?popestim/cnv/popmg.def
TABULAÇÃO: LINHA=faixa etária; COLUNA= sexo; CONTEÚDO=população residente. SELEÇÃO= local para onde se faz a programação.
Cobertura plano de saúde
http://www.ans.gov.br/materiais-para-pesquisas/perfil-do-setor/dados-e-indicadores-do-setor
Para municipio não tem dado sobre cobertura na ANS. É necessário tabular os beneficiarios para PERIODO= jun/ano da programação. Para fazer cobertura dos leitos gerais tabular os beneficiários por idade, ou seja: LINHA=Faixa etária, COLUNA=não ativa; CONTEÚDO=Assistência médica; SELEÇÃO=local para onde se faz a programação . No caso da obstetrícia tabular os dados só dos beneficiários do sexo feminino, de 15 a 49 anos , com planos com cobertura para obstetricia, ou seja: LINHA=não ativa; COLUNA=não ativa; CONTEÚDO=Assistência médica. SELEÇÕES: Faixa etária: 15 a 19 anos, 20 a 24 anos, 25 a 29 anos, 30 a 34 anos, 35 a 39 anos, 40 a 44 anos, 45 a 49 anos; Segmentação: Hosp. c/ Obstetrícia + Ambulatorial + Odonto, Hosp. c/ Obstetrícia + Ambulatorial, Hosp. c/ Obstetrícia
Número leitos cadastrados no CNES
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?cnes/cnv/leiintmg.def
Levantar os dados sobre numero de leitos cadastrados no CNES (Especialidade detalhada ou Leitos complementares na LINHA) para escolher a taxa de ocupação a ser usada para estimar o numero de leitos necessarios. TABULAÇÃO: LINHA = Especialidade detalhada . COLUNA - não ativa. CONTEUDO=leitos SUS - (exibir linhas zeradas)
34
3.1.2. Agregação dos dados
O dados acima obtidos precisam ser agregados segundo a definição do tipo-especialidade do leito, para se
ter as informações que entrarão na equação de estimação dos leitos, quais sejam:
3.1.2.1. Frequência do total de internações e das internações de residentes, por tipo de leito-especialidade e
UTI, base para o cálculo das taxas de internação de residentes no local objeto da programação e dos fatores
de ajuste para internações de não residentes em leitos gerais e em leitos de UTI.
Tipo-especialidade do leito
Definição:
Número total de internações ocorridas em Diamantina
Número de internações em leitos gerais ocorridos, de residente em Diamantina
Total Teve UTI Total Teve UTI
Obstetrícia Parto cesáreo e normal 1005 0 488 0
Neonatologia 0 a 27 dias 152 64 53 19
Pediatria
Pediatria clínica < 15 anos leito clínico e pediátrico 413 85 190 21
Pediatria cirúrgica < 15 anos leito cirúrgico 305 10 87 3
Adulto
Clínica - 15 a 59 anos 15-59 a leito clínico 1017 147 508 60
Clínica - 60 anos e mais 60 + anos leito clínico 1123 137 509 59
Cirurgia - 15 a 59 anos 15-59 a leito cirúrgico 2428 142 958 22
Cirurgia - 60 anos e mais 60 + anos leito clinico 469 54 163 18
Psiquiatria 15 e + leito psiquiátrico 0 0 0 0
3.1.2.2. Tempos de permanência e diárias de UTI do total de internações e das internações de residentes,
por tipo de leito-especialidade, base para o cálculo dos tempos médios de permanência em leitos gerais e
leitos de UTI:
Tipo-especialidade do leito
Definição:
Internações ocorridas em Diamantina (RES & NÃO RES)
Internações em leitos gerais ocorridas em Diamantina, de
residentes
Permanência Diárias de UTI Permanência Diárias de UTI
Obstetrícia Parto cesáreo e normal 2136 0 988 0
Neonatologia 0 a 27 dias 1853 893 676 262
Pediatria
Pediatria clínica < 15 a em leito clínico e pediátrico 3569 1031 1504 266
Pediatria cirúrgica < 15 anos leito cirúrgico 760 39 200 6
Adulto
Clínica - 15 a 59 anos 15-59 anos em leito clínico 6091 825 2791 273
Clínica - 60 anos e mais 60 anos e + em leito clínico 7231 875 3383 435
Cirurgia - 15 a 59 anos 15-59 anos em leito cirúrgico 8876 939 2757 118
Cirurgia - 60 anos e mais 60 + anos leito clínico 2870 394 1042 93
Psiquiatria 15 e + leito psiquiátrico 0 0 0 0
35
2.3. Populações de referência para cada tipo de leito-especialidade,
Tipo-especialidade Especificação População de referência
Obstetrícia N
o de nascidos vivos * F sub-registro * % mulheres 15-49 sem plano
de saúde com cobertura de obstetrícia
664*1,05*0,906 =
632
Neonatologia N
o de nascidos vivos SUS = N
o de nascidos vivos SINASC * Fator de
Correção do sub-registro * proporção de menores de 1 ano sem plano de saúde
664*1,05*0,901 =
628
Pediatria
Pediatria clínica População < 15 anos * proporção < 15 anos sem plano de saúde
10.340*0,914 =
9.451
Pediatria cirúrgica População < 15 anos População < 15 anos * proporção < 15 anos sem plano de saúde
10.340*0,914 =
9.451
Adulto
Clínica - 15 a 59 anos População 15 a 59 anos * proporção 15 a 59 anos sem plano de saúde
27.260*0,884 =
24.098
Clínica - 60 anos e mais População 15 a 59 anos * proporção 15 a 59 anos sem plano de saúde
4.390*0,848 =
3.723
Cirurgia - 15 a 59 anos População 60 anos e mais * proporção 60 anos e mais sem plano de saúde
27.260*0,884 =
24.098
Cirurgia - 60 anos e mais População 60 anos e mais * proporção 60 anos e mais sem plano de saúde
4.390*0,848 =
3.723
Psiquiatria População 15 anos e +mais * proporção 15 anos e mais sem plano de saúde
35132*0,879 =
30.881
2.4. Número de leitos CNES por tipo de leito-especialidade.
Leitos gerais Número de leitos
Obstetrícia 12
Neonatologia 3
Pediatria Clinica 0
Pediatria Cirúrgica 18
Clínica 57
Cirúrgica 41
Psiquiátrico 1
TOTAL 132
Leitos de UTI Número de leitos
UTI neonatal 8
UTI pediátrica 2
UTI adulto 10
TOTAL 20
36
3.1.3. Cálculo de indicadores
3.1.3.1. Cálculo das taxas de internação em leitos gerais ocorridas em Diamantina, de
residentes em Diamantina, em 2012, segundo tipo-especialidade do leito
Tipo de leito-especialidade Numerador Denominador Taxa *
Obstetrícia
1,0000
Neonatologia 53 628 0,0844
Pediatria
Pediatria clínica 190 10.340 0,0184
Pediatria cirúrgica 87 10.340 0,0084
Adulto
Clínica - 15 a 59 anos 508 27.260 0,0186
Clínica - 60 anos e mais 509 4.390 0,1159
Cirurgia - 15 a 59 anos 958 27.260 0,0351
Cirurgia - 60 anos e mais 163 4.390 0,0371
Psiquiatria 0 31.650 0,0000
Nota: * Taxas calculadas como apresentado no Quadro 5.
3.1.3.2. Cálculo da proporção de internações COM UTI, ocorridas em Diamantina, de
residentes em Diamantina, em 2012, segundo tipo-especialidade do leito,
Tipo de leito-especialidade Numerador Denominador Proporção de
internações com UTI
Obstetrícia 0 488 0,0000
Neonatologia 19 53 0,3585
Pediatria
Pediatria clínica 21 190 0,1105
Pediatria cirúrgica 3 87 0,0345
Adulto
Clínica - 15 a 59 anos 60 508 0,1181
Clínica - 60 anos e mais 59 509 0,1159
Cirurgia - 15 a 59 anos 22 958 0,0230
Cirurgia - 60 anos e mais 18 163 0,1104
Psiquiatria 0 0
3.1.3.3. Cálculo do tempo médio de permanência em leitos gerais, nas internações ocorridas
em Diamantina, de residentes em Diamantina, em 2012, segundo tipo-especialidade do leito
Tipo de leito-especialidade Numerador
(permanência) Denominador (número
internações) Tempo médio de
permanência
Obstetrícia 988 488 2,0
Neonatologia 676 53 12,8
Pediatria clínica 1504 190 7,9
Pediatria cirúrgica 200 87 2,3
Clínica - 15 a 59 anos 2791 508 5,5
Clínica - 60 anos e mais 3383 509 6,6
Cirurgia - 15 a 59 anos 2757 958 2,9
Cirurgia - 60 anos e mais 1.042 163 6,4
Psiquiatria 0 0 -
37
3.1.3.4. Cálculo do tempo médio de permanência em leitos de UTI das internações com UTI,
em Diamantina, em 2012, segundo tipo-especialidade do leito
Tipo de leito Geral Tipo de UTI Numerador
(diárias de UTI) Denominador (numero
de internações com UTI) Tempo médio
de permanência
Neonatologia UTI Neonatal 262 19 13,8
Pediatria clínica UTI Pediátrica
266 21 12,7
Pediatria cirúrgica 6 3 2,0
Obstetrícia
UTI Adulto
0 0 -
Clínica 15 a 59 naos 273 60 4,6
Clínica 60 anos e mais 435 59 7,4
Cirúrgica 15 a 59 anos 118 22 5,4
Cirurgia - 60 anos e mais 93 18 5,2
Psiquiatria 0 0 -
3.1.3.5. Cálculo do fator de ajuste para internações de não residentes em leitos gerais,
segundo tipo-especialidade do leito. Diamantina, 2012
Tipo de leito/especialidade Todas as internações Internações residentes FATOR AJUSTE
Obstetrícia 1005 488 2,06
Neonatologia 152 53 2,87
Pediatria 0 Pediatria clínica 413 190 2,17
Pediatria cirúrgica 305 87 3,51
Adulto 0 0 Clínica - 15 a 59 anos 1017 508 2,00
Clínica - 60 anos e mais 1123 509 2,21
Cirurgia - 15 a 59 anos 2428 958 2,53
Cirurgia - 60 anos e mais 469 163 2,88
Psiquiatria 0 0
3.1.3.6. Cálculo do fator de ajuste para internações de não residentes em leitos de UTI,
Diamantina, 2012
Tipo de UTI Todas as internações
COM UTI Internações residentes
COM UTI FATOR AJUSTE
UTI Neonatal 64 19 3,37
UTI Pediátrica 95 24 3,96
Pediatria Clinica 85 21
Pediatria Cirúrgica 10 3
UTI ADULTO 480 159 3,02
Obstetrícia (parto) 0 0
clínica 15 a 59 anos 147 60
Clínica 60 anos ou mais 137 59
Cirúrgica 15 a 59 anos 142 22
Cirúrgica 60 anos ou mais 54 18
38
3.1.3.7. Definição das taxas de ocupação a ser utilizada na estimação número de leitos
gerais, Diamantina, 2012
Tipo-especialidade dos leitos gerais Número de leitos
cadastrados no CNES Taxa de ocupação para
fila de 1% Taxa de ocupação para
fila de 5%
Obstetrícia 12 0,520 0,655
Neonatologia 3 0,520 0,655
Pediatria Clinica - 0,520 0,655
Pediatria Cirúrgica 18 0,520 0,753
Clínica 57 0,763 0,853
Cirúrgica 41 0,735 0,833
Psiquiátrico 15 anos ou mais 1 0,520 0,655
3.1.3.8. Definição das taxas de ocupação a ser utilizada na estimação número de leitos de
UTI, Diamantina, 2012
Tipo de UTI Número de leitos
cadastrados no CNES Taxa de ocupação para
fila de 1% Taxa de ocupação para
fila de 5%
UTI neonatal 8 0,520 0,655
UTI pediátrica 2 0,520 0,655
UTI adulto 10 0,520 0,655
3.2. Desenho de cenários e escolha dos parâmetros
3.2.1. Cenários extremos:
Nestes cenários a programação se dá a partir dos valores mínimo e máximo dos parâmetros
propostos.
CENÁRIO 1 Valor mínimo recomendado para
taxas de internação e tempo médio de permanência e
TOH para fila 5%
CENÁRIO 2 Valor mínimo recomendado para
taxas de internação e tempo médio de permanência e
TOH para fila 1%
CENÁRIO 3 Valor máximo recomendado para
taxas de internação e tempo médio de permanência e
TOH para fila 5%
CENÁRIO 4 Valor máximo recomendado para taxas de
internação e tempo médio de permanência e TOH para
fila 1%
39
3.2.2. Cenário “intencional”:
Neste cenário são escolhidos parâmetros de entrada no modelo com base na comparação da
situação atual do local com os valores mínimo e máximo dos parâmetros propostos para taxa e
tempo médio de internação, o que é apresentado nos quadros abaixo.
Tipo-especialidade Leito Geral
Taxa de internação recomendada Situação observada
Mínima Máxima
Obstetrícia (parto) 1,000 1,000 1,000
Neonatologia 0,082 0,168 0,084
Pediatria Clinica 0,028 0,049 0,018
Pediatria cirúrgica 0,008 0,019 0,008
Clínica 15 a 59 anos 0,014 0,025 0,019
Clínica 60 anos ou mais 0,072 0,117 0,116
Cirúrgica 15 a 59 anos 0,022 0,036 0,035
Cirúrgica 60 anos ou mais 0,044 0,073 0,037
Psiquiátrico 15 anos ou mais 0,002 0,009 0,000
Tipo de leito Geral Tempo de permanência (dias) recomendado
Situação observada Mínima Máxima
Obstetrícia 2,4 3,1 2,0
Neonatologia 6,5 8,2 12,8
Pediatria Clinica 4,6 5,7 7,9
pediatria cirúrgica 2,4 3,9 2,3
Clínica 15 a 59 anos 6,5 8,5 5,5
Clínica 60 anos ou mais 7,4 9,7 6,7
Cirúrgica 15 a 59 anos 3,6 4,4 2,9
Cirúrgica 60 anos ou mais 4,6 6,5 6,4
Psiquiátrico 15 anos ou mais 16,3 21,1 0,0
Verifica-se que a taxa de internação, em Diamantina, em 2012, se encontrava abaixo ou
próxima à taxa mínima recomendada no caso dos leitos de neonatalogia, pediatria cínica,
pediatria cirúrgica e cirurgia de idosos; apresentava um valor intermediário no caso as
internações clínicas da população de 15 a 59 anos; aproximando-se do máximo
recomendando nas internações clínicas de idosos e internações cirúrgicas da população de 15
a 59 anos.
Os tempos de internação observados eram menores ou próximos aos valores mínimos nas
internações por parto, clínica em todas as idades, cirúrgicas de 15 a 59 anos, situando-se em
torno do máximo nas internações neonatais e cirúrgicas de idosos.
Analisada a situação local e verificado seus determinantes, o gestor dos leitos deve julgar a
necessidade e possibilidade e sua modificação, e com base nisto, selecionar valores de taxas e
tempo médio de permanência a serem utilizar na equação de estimação dos leitos.
41
4. RESULTADOS:
4.1. LEITOS GERAIS ESTIMADOS para Diamantina
CENÁRIO 1: Estimativa mínima de leito necessários: com base no valor mínimo recomendado para taxas de internação e tempo médio de permanência e taxa de ocupação hospitalar para fila 5%
Tipo de leito/especialidade
Proporção SEM
PLANO DE SAUDE
População de referência
Taxa de internação MINIMO
"recomendado"
Ajuste para taxa de
recusa
Número de internações
estimada população residente sem plano de saúde
(NI)
Tempo médio de internação (TA) MINIMO
"recomendado"
Pacientes-dia
(NI*TA) residentes
Fator de ajuste para internações
de NÃO RESIDENTES
(NI*TA) total
internações (res & não
res)
Fator ajuste para
internações obstétricas
TOH "recomendada"
(p) DF
Número de leitos estimados
= (NI*TA) / (365*p*DF)
Total Sem
plano de saúde
OBSTETRICIA (parto)
0,906 697 632 1,0000 1,0 632 2,4 1.516 2,06 3.122 1,21 0,655 1 16
NEONATOLOGIA 0,901 697 628 0,0824 1,0 52 6,5 336 2,87 965 nsa 0,655 1 4
PEDIATRIA
Pediatria Clinica 0,914 10.340 9.450 0,0278 1,0 263 4,6 1.208 2,17 2.627 nsa 0,655 1 11
Pediatria cirúrgica 0,914 10.340 9.450 0,0084 1,0 79 2,4 191 3,51 668 nsa 0,753 1 2
ADULTO CLINICO
0
10.084 nsa 0,868 1 32
Clínica 15 a 59 anos
0,884 30.832 27.260 0,0138 1,0 376 6,5 2.445 2,00 4.895
Clínica 60 anos ou mais
0,848 5.179 4.390 0,0724 1,0 318 7,4 2.352 2,21 5.189
ADULTO CIRURGICO
7.904 nsa 0,833 1 26
Cirúrgica 15 a 59 anos
0,884 30.832 27.260 0,0215 1,0 586 3,6 2.110 2,53 5.347
Cirúrgica 60 anos ou mais
0,848 5.179 4.390 0,0440 1,0 193 4,6 889 2,88 2.557
PSIQUIATRICO 15 anos ou mais
0,879 36011 31.650 0,0017 1,0 54 16,3 877 1,00 877 nsa 0,655 1 4
42
CENÁRIO 4: Estimativa mínima de leito necessários: com base no valor máximo recomendado para taxas de internação e tempo médio de permanência e taxa de ocupação hospitalar para fila 1% Número mínimo de leitos necessários
Tipo de leito/especialidade
Proporção SEM
PLANO DE SAUDE
População de referência
Taxa de internação MINIMO
"recomendado"
Ajuste para taxa de
recusa
Número de internações
estimada população residente sem plano de saúde
(NI)
Tempo médio de internação (TA) MINIMO
"recomendado"
Pacientes-dia
(NI*TA) residentes
Fator de ajuste para internações
de NÃO RESIDENTES
(NI*TA) total
internações (res & não
res)
Fator ajuste para internações obstétricas
TOH "recomendada"
(p) DF
Número de leitos estimados =
(NI*TA) / (365*p*DF)
Total
Sem plano
de saúde
OBSTETRICIA (parto) 0,906 697 632 1,0000 1,0 632 3,1 1.958 2,06 4.032 1,21 0,520 1 26
NEONATOLOGIA 0,901 697 628 0,1680 1,0 106 8,2 865 2,87 2.482 nsa 0,520 1 13
PEDIATRIA
Pediatria Clinica 0,914 10.340 9.450 0,0488 1,0 461 5,7 2.629 2,17 5.714 nsa 0,520 1 30
Pediatria cirúrgica 0,914 10.340 9.450 0,0194 1,0 183 3,9 715 3,51 2.507 nsa 0,520 1
ADULTO CLINICO
22.385 nsa 0,763 1 80
Clínica 15 a 59 anos 0,884 30.832 27.260 0,0246 1,0 671 8,5 5.700 2,00 11.411
Clínica 60 anos ou mais
0,848 5.179 4.390 0,1168 1,0 513 9,7 4.974 2,21 10.973
ADULTO CIRURGICO 16.813 nsa 0,735 1 63
Cirúrgica 15 a 59 anos
0,884 30.832 27.260 0,0357 1,0 973 4,4 4.282 2,53 10.853
Cirúrgica 60 anos ou mais
0,848 5.179 4.390 0,0726 1,0 319 6,5 2.072 2,88 5.961
PSIQUIATRICO 15 anos ou mais
0,879 36011 31.650 0,0087 1,0 275 21,1 5.810 1,00 5.810 nsa 0,520 1 31
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Resumo das estimativas de leito
Cenário 1:
estimativa mínima Cenário 4:
estimativa máxima
Número estimado de Leitos
Leitos gerais 95 243
Leitos UTI 7 33
UTI Neonatal 1 8
UTI Pediátrica 1 5
UTI Adulto 5 20
Leitos de UTI / leitos gerais 7% 14%
Leitos por 1000
Leitos gerais por 1000 habitantes 2,1 5,2
Total UTI por 1000 habitantes 0,1 0,7
UTI Neonatal por 1000 nascidos vivos 1,8 10,8
UTI Pediátrica por 1000 habitantes de 0 a 14 anos 0,1 0,5
UTI Adulto por 1000 habitantes 15 anos e mais 0,1 0,6
Leitos cadastrado no CNES 2012 / Leitos estimado
Leitos gerais 1,4 0,5
Total Leitos de UTI 3,0 0,6
UTI Neonatal 6,2 1,1
UTI Pediátrica 3,1 0,4
UTI Adulto 2,1 0,5
Comentários:
Segundo estimativas do IBGE, Diamantina tinha em 2012 46.351 habitantes, dos quais 10.340
tinham de 0 a 14 anos de idade e 36.011, 15 anos ou mais. O número de nascidos vivos de
mães residentes na cidade, supondo-se um sub-registro de 5%, foi de 697 neste mesmo ano. O
CNES tinha cadastrados 132 leitos hospitalares gerias e 20 de UTI, sendo 8 de UTI neonatal, 2
de UTI pediátrica e 10 de UTI de adultos, o que perfaz 2,8 leitos hospitalares gerais por 1.000
habitantes e 15,2 leitos de UTI por 100 leitos hospitalares.
O número de leitos estimados de acordo com os cenários considerados, varia entre um
mínimo de 95 e máximo de 243, o que representa uma relação leito:1.000 habitantes igual 2,1
e 5,2, respectivamente. O número total de leitos de UTI estima é de 7 no cenário com taxa de
internação e média de permanência no limite mínimo recomendado e 33, para os parâmetros
no intervalo superior recomendado, correspondendo a 6% dos leitos gerais no primeiro caso e
cerca de um terço dos leitos de UTI cadastrados no CNES e 14% e 60% dos leitos CNES, na
variante máxima da estimação.
Vale notar que o parâmetro atual de programação de leitos é de 2,5 a 3 leitos hospitalares por
1.000 habitantes e que o número de leitos de UTI representem o mínimo 4% e no máximo 10%
dos leitos gerais.