Post on 17-Apr-2015
Kleber Recalde
Brasília 07/04/2009
A CRISE MUNDIAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A
ECONOMIA BRASILEIRA
Representante nacional e internacional das entidades empresariais da Indústria da Construção e do Mercado Imobiliário
62 entidades 26 estados e DF/
Obras
rodoviária
s
Saneament
o
Mercado
imobiliário
Segmento
s da construçã
o
SINDICATOS, ASSOCIAÇÕES E CÂMARAS
CRISE MUNDIAL
O CHOQUE E A PROPAGAÇÃO
MERCADO DE HIPOTECAS SUBPRIME
As hipotecas negociadas no mercadode consumidores de baixa renda (subprime) são securitizadas e empacotadas em vários títulos vendidos no mercado financeiro e carregado por agentes financeiros pelo mundo.
Com a queda do preço dos imóveis se elevaram as taxas de inadimplência e o preço dos títulos;
Com o aumento de preço dos “papéis” aumentou-se a atratividade para este tipo de risco
As instituições financeiras alavancara-se exageradamente e no “estouro” tentaram vender “tudo” e os preços despencaram destruindo a riqueza financeira mundial.
O CHOQUE E A PROPAGAÇÃO
MERCADO DE HIPOTECAS SUBPRIME
Portanto, o mercado foi e é de alto risco e o choque já era previsto, mas a propagação foi gigantesca diante do elevado grau de alavancagem.
A CRISE NÃO FOI IMOBILIÁRIA E SIM FINANCEIRA
O CHOQUE E A PROPAGAÇÃOFonte.: Folha de São Paulo
O CHOQUE E A PROPAGAÇÃOMERCADO DE HIPOTECAS SUBPRIMEAlém da alavancagem individual dos bancos estes
“papéis” estavam distribuídos em várias instituições
financeiras americanas e ao redor do mundo, sem que
conseguisse medir a intensidade do problema.
INSTALOU-SE UMA CRISE GENERALIZADA DE
CONFIANÇA QUE PARALIZOU OS MERCADOS DE
CRÉDITO
EFEITOS DA CRISE INTERNACIONAL
Contração do crédito externo refletido no crédito doméstico.
Redução da liquidez mundial
Redução dos saldos comerciais; Redução dos preços das commodities.
Contração do mercado internacional
Desvalorização de ativos e ações; Redução dos fluxos de entrada de capitais; Redução de estoques; Desvalorização do real frente ao dólar.
Transferência de capitais para as matrizes
EFEITOS DA CRISE INTERNACIONAL
EFEITOS DA CRISE INTERNACIONAL
BRASILEm cenário de crise
mundial antes de 2003
Os juros subiam para conter o ataque especulativo;
A dívida pública subia diante da elevação dos juros básicos;
O superávit primário aumentava para maior amortização da dívida;
Cortavam-se investimentos públicos (e privados);
Fragilização da economia com a redução do produto e do
emprego.
BRASILEm cenário de crise
mundial antes de 2003US$ 202,4 bilhões
BRASILDE HOJE
A economia brasileira mantém os instrumentos de política
econômica (política monetária, fiscal e de sustentação do
investimento) e desequilíbrios (juros altos, US$ subvalorizado) que
criaram espaço para reagir à crise.
Foi “desmontada” a ligação do choque externo com a elevação da
percepção de risco soberano, de maneira que, ao se deflagrar uma
crise de confiança, considerando que o Brasil é atualmente credor
líquido em dólar, se reduz a dívida pública melhorando o risco do
país.
BRASILDE HOJE US$ 202,4 bilhões
BRASILCenário do país no agravamento
da crise(outubro 2008)
Reservas Internacionais
Fontes.: IBGE e Banco Central do Brasil
Inflação anual(projeção do IPCA)
Crescimento do PIB Nacional(3º trimestre/08)
Crescimento do investimento (3º trimestre/08)
Taxa de desemprego(Outubro/2008)
US$ 202,4 bilhões
17,3%
6,4%
10,2%
7,5%
4,9%
Crescimento do PIB Construção (3º trimestre/08)
BRASILDE HOJE
Melhor situação fiscal.Fonte.: Ministério da Fazenda
BRASILDE HOJE
Menor vulnerabilidade externa (reservas internacionais/dez-08)
Fonte.: Ministério da Fazenda
BRASILDE HOJE
Controle inflacionário (.
Fonte.: Ministério da Fazenda
BRASILDE HOJE
Sistema Financeiro pouco alavancado.
Fonte.: BCB
BRASILDE HOJE
Depósitos compulsórios elevados.
Fonte.: BCB
BRASILDE HOJE
Bancos públicos fortes (podem atender a necessidade de crédito).
Fontes.: BNDES / BCB
BRASILDE HOJE
Mercado imobiliário pouco alavancado.
Fonte.: BCB
BRASILDE HOJE
Mercado imobiliário sem “subprime” (baixa inadimplência).
Fonte.: ABECIP
BRASILProblemas para
equacionar
Ausência do crédito e custo financeiro elevado (principalmente para pequenas e médias empresas);
Retração do comércio internacional;
Manutenção do nível de emprego;
Estímulo ao investimento.
MEDIDAS CORRETIVAS
CRÉDITO EXTERNO
Uso de reservas internacionais
Crédito comercial de curto prazo;
Venda de dólares à vista (leilão paradívida externa privada e ACC.
MEDIDAS CORRETIVASFISCAL
Dilatação de prazos de recolhimentos de alguns tributos;
Redução de IPI para aquisição de veículos, materiais de construção e produtos da linha branca;
Redução de IOF para financiamentos;
Alívio na incidência de Imposto de Renda (ampliação e correção das faixas);
Ampliação de 5 para 7 parcelas do seguro-desemprego.
MEDIDAS CORRETIVAS
CRÉDITO DOMÉSTICO
Liberação de compulsório;
Antecipação de crédito para agricultura;
Reforço no capital de giro de exportadores e pequenas e médias empresas;
Nova linha de capital de giro para aconstrução civil;
Permissão para que bancos públicoscomprem bancos privados;
MEDIDAS CORRETIVASCRÉDITO DOMÉSTICO
Aporte adicional de US$ 100 bilhões (3,5% do PIB), em 2009, para o BNDES
Ampliação de 20% para 30% do crédito consignado para desconto em folha de pagamento.
Dispensa licitação para bancos públicos federais adquirirem bancos em dificuldade;
Suspensão de exigência da Certidão Negativa de Débito, por 6 meses, para empréstimos em Bancos Públicos
MEDIDAS CORRETIVASCRÉDITO DOMÉSTICO
Aporte adicional de US$ 100 bilhões (3,5% do PIB), em 2009, para o BNDES
Ampliação de 20% para 30% do crédito consignado para desconto em folha de pagamento.
Dispensa licitação para bancos públicos federais adquirirem bancos em dificuldade;
Suspensão de exigência da Certidão Negativa de Débito, por 6 meses, para empréstimos em Bancos Públicos
BRASILEconomias Centrais
Nas economias centrais, foco da crise, são injetados trilhões de dólares em socorro a grandes bancos e empresas sem contrapartida em um sistema de gestão que comprovadamente não tem gerado resultado satisfatório e portanto, alonga e aprofunda a crise, o que deverá produzir crescimentos marginais com elevação significativa do déficit fiscal destes países com conseqüências futuras.
BRASILBrasil
O Brasil atua diretamente na geração de crédito (e não nas instituições financeiras) e na economia real, gerando emprego e renda (e não na solvência das empresas), com firmas lucrativas e, portanto, produzem efeitos virtuosos mais rapidamente.
Desta forma, o país deverá crescer mais que a média mundial nos próximos anos e haverá oportunidades e investimentos com alto retorno e baixo risco, em um ambiente institucional estável.
BRASILOportunidades
O Brasil possui gargalos estruturais clássicos:
Sociais (construção habitacional e sustentável)
Infraestrutura (ineficiência logística e viária)
Culturais (burocracias, cartoriais etc.)
Se atacados atuam como ações anti-cíclicas pois encontram-se na economia real (gerando emprego e renda);
No mercado imobiliário, o funding é todo nacional e está disponível ;
Os juros possuem “teto” tabelado;
Possui baixo consumo de insumos importados, estimulando a indústria nacional;
O processo de inovação tecnológica e de construção sustentável são indispensáveis para se pensar “o futuro”.
MOTIVOS PARA SE OPTAR PELA CONSTRUÇÃO CIVIL
360 empregos diretos;
160 empregos indiretos;
Para cada R$ 10 milhões investidos são gerados:
520 total de empregos gerados;
Fonte: FGV- Fundação Getulio Vargas
EFEITOS DO INVESTIMENTO EM CONSTRUÇÃO NA ECONOMIA
PROGRAMAS ANTI-CÍCLICOS
INVESTIMENTOS DO PAC PERÍODO DE 2007 A 2010
Fonte: PAC
142,1503,9TOTAIS
8,224,5Outros sociais
72,0106,3Habitação
4,040,0SaneamentoInfra-estrutura social
20,2274,8Energia
37,758,3Logística
NOVOS E AMPLIAÇÕES
VLR EM R$ BILHÕES
SEGMENTO TOTAIS
646,0
32,7
178,3
44,0
295,0
96,0
AMPLIAÇÃO DOS VALORES DO PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO (PAC) ANTE A CRISE
PAC COMO MEDIDA ANTI-CICLICA
META : Implementar o Plano Nacional de Habitação, construindo 1 milhão de moradias para famílias com renda até 10 salários mínimos
Aumenta o acesso das famílias de baixa renda à casa própria
Famílias com renda até 3 salários mínimos – subsídio integral com isenção do seguro
Famílias com renda de 3 a 6 salários mínimos – aumento do subsídio parcial em financiamentos com redução dos custos do seguro e acesso ao Fundo Garantidor
Famílias com renda de 6 a 10 salários mínimos – estímulo à compra com redução dos custos do seguro e acesso ao Fundo Garantidor
HABITAÇÃO COMO MEDIDAS ANTI-CÍCLICA
PACOTE HABITACIONAL
Fonte : Programa Minha Casa Minha Vida
MEDIDAS ANTI-CÍCLICAS
PACOTE HABITACIONAL
Fonte : Programa Minha Casa Minha Vida
Distribuição da produção por faixa de renda
Distribuição da produção por Região em função do déficit habitacional
MEDIDAS ANTI-CÍCLICAS
PACOTE HABITACIONAL
Recursos públicos empregados no Programa (R$ 34 bilhões ou aprox. US$ 14,8 bilhões)
Fonte : Programa Minha Casa Minha Vida
Acréscimo de 2 pontos percentuais no PIB Nacional;
Geração de 1 milhão de novos empregos;
EFEITOS DO PACOTE NA ECONOMIA
Fonte : Ministério da Fazenda e FGV Projetos
MERCADO IMOBILIÁRIO
MERCADO IMOBILIÁRIO
MERCADO IMOBILIÁRIO
Fonte : CEF
MERCADO IMOBILIÁRIO
MERCADO IMOBILIÁRIO
RISCOS AINDA EXISTENTES
Crescem as expectativas de crescimento negativo em 2009.
BRASILRiscos ainda existentes
Projeções para o crescimento da economia brasileira demonstram o grau de incerteza:
FMI = A projeção era de 1,8% em janeiro/2009 e passou para -1,3% em abril/2009 Banco Mundial: 0,5% Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econ. (OCDE): -0,3% Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal): -1,0% Banco Central do Brasil : 1,2% Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada: IPEA: Entre 1,5% e 2,5%. CNI: 0,00% Pesquisa Focus – Banco Central 22/05/2009 : -0,53% Febraban: 0,3% Morgan Stanley: -4,5%
Aumento do nível da inadimplência, tanto para empresas como para pessoas físicas (com deflação o peso das dívidas crescem em relação ao item financiado);
Técnicos já projetam o impacto da gripe suína, que pode aumentar o protecionismo e afetar setores importantes como: o de carnes, soja, milho, turismo e o transporte aéreo.
BRASILRiscos ainda existentes
Câmara Brasileira da
Indústria da
Construção
www.cbic.org.brTel.: (61) 3327-
1013Fax: (61) 3327-
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