HCA 11º, Espaço Virtual, Arquitetura

Post on 17-Jul-2015

635 views 3 download

Transcript of HCA 11º, Espaço Virtual, Arquitetura

ARQUITETURA

2ª METADE DO SÉCULO XX ATÉ AOS NOSSOS DIAS

PÓS-MODERNISMO

Neo-historicismos

Neorracionalismo

Charles Moore, Praça de Itália, 19-74-78, Nova Orleães, EUA

A arquitetura pós-moderna iniciou-se na década

de 60 como reação ao Modernismo instituído por Le Corbusier e Gropius na primeira

metade do século XX. Os arquitetos desta

corrente utilizaram uma série de estratégias para

estabelecer uma crítica ao modernismo

devido a sua demasiada comercialização

que despersonalizou e estandartizou a

arquitetura tornando-a monótana,

tendenciosa e não histórica.

Assim o Pós-Modernismo não constitui um só

estilo mas sim reune em si vários que

concordavm na rejeição dos princípios

básicos do modernismo.

Christian de Portzamparc, Torre LVMH, 1995-

99, Noa Iorque

Nasceram nos EUA e na Inglaterra tendo em

comum o retorno intencional às raizes

históricas da arquitetura, adaptando-as aos

contextos atuais. Esta arquitetura reavivou o

uso da organização axial da construção e

da simetria, da coluna da Antiguidade

como elemento estrutural, das janelas

semicirculares e do ornamento.

Robert Venturi, Casa Guild, Filadélfia, 1960-63,

Pensilvânia

Ricardo Bofill, Complexo Residencial Les Colonnes,

Paris

Neo-historicismos

Arquitetos mais notórios: • Robert Venturi

• Charles Moore

• Robert Stern

• Michael Graves

• Aldo Van Eyck

• Christian de Portzamparc

• Ricardo Bofill

Neorracionalismo

Esta corrente retoma ao racionalismo

italiano dos anos 20-30 que marcou a

arquitetura fascista de Mussolini. Afirmou-se

a partir da década de 70 caracterizada por:

formas geométricas simples; uso da

coluna cilíndrica de grosso fuste;

telhados de duas águas; janelas

quadradas alinhadas horizontalmente e

verticalmente; severidade e austeridade na decoração; monumentalidade.

Aldo Rossi, Hotel Pallazo, 1987-89, Fukuota, Japão

Arquitetos mais notórios: • Aldo Rossi

• Mario Botta

• Oswald Ungers

• Joseph Kleihues

Mário Botta, Casa do Livro, da Imagem e do Som, 1984-88, Villeurbanne, França

Oswald Mathias Ungers, Casa-Alpendre de Feira, 1983-84, Francoforte, Alemanha

Continuação do Modernismo

Modernismo Tardio

High Tech

Tadao Ando, 4x4, Kobe, Japão

Modernidade Moderada

Esta corrente iniciou-se nos finais dos anos

60. Retomou aos princípios

arquitetónicos da Bauhaus e de Le

Corbusier adaptando-os aos contextos

socias e tecnológicos novos. Recorreu assim

a características modernistas como:

estruturas de aço com cofragens de

madeira à vista; grandes superfícies

de vidro e paredes brancas; formas

cúbicas combinadas com cilíndricas;

grandes escadarias envidraçadas; mas

reinterpretando-as de modo mais livre e

autónomo libertando-as de qualquer

preocupação social objectiva. Charles Gwathmey, Residência, 1967, Long Island,

EUA

Modernismo Tardio

Arquitetos mais notórios: • Richard Meier

• Charles Gwathmey

• Gunter Behnisch

• Tadao Ando

Richard Meier, Casa da Praia, Califórnia, EUA

Richard Meier, Casa da Praia, Califórnia, EUA

Richard Meier, Tribunal da Justiça dos Estados Unidos, Nova Iorque, EUA

Este estilo é descendente do espírito

experimental e da actualização

tecnológica. Caracteriza-se por partir de

princípios como: prefabricação e

estandartização dos elementos

construtivos, rapidez construtiva e

soluções técnico-formais arrojadas, utilizando

materiais e recursos técnicos

avançados. Deixou à vista as complexas

estruturas construtivas propositadamente,

sendo assim tratada como um

“exibicionismo construtivo”. Foi por

vezes pouco funcional e pouco racional e

também bastante dispendiosa, alcançando

resultados espectaculares em termos

criativos e de efeito estético.

Norman Foster, Torre Hearst, Nova Iorque, EUA

Alta tecnologia

Arquitetos mais notórios: • Frei Otto

• Norman Foster

• Michael Hopkins

• Jan Kaplicky

• Renzo Piano

• Richard Rogers

• Jean Nouvel

Richard Rogers e Renzo Piano, Centro Pompidou, Paris, França, 1972-76

Norman Foster, Sainsbury Centre, Norwich, Inglaterra, 1977

Foster e Parceiros, Banco de Hong-Kong e Xangai, 1979-86, Hong-kong, China

Esta foi a corrente maioritária na qual esta

integrada maior parte da produção

arquitectónica após 1980, manteve-se fiel

aos princípios modernistas, valorizando

a rigorosa adequação dos meios e

pela clareza construtiva.

Ralph Erskine, Tom Collins House, Newcastle, Inglaterra

Modernidade Moderada

Ralph Erskine, A Caixa, Estocólmo, Suécia

Ralph Erskine, Area Residêncial, Tibro, Suécia, 1956-59

Novos romantismos

Romantismo Orgânico

Fratura e DEcadência

Domenig, Banco de Vienna-Favoriten, 1974-79, Áustria

Romantismo Social

Esta arquitetura destaca-se a partir da década

de 70 e foi a que menos se integrou no

espírito da atualidade. Inspirou-se em áreas

exteriores, tais como a Natureza, Orgânica e

Inorgânica, questões sociais e preocupações

ecológicas, ou seja, é uma arquitetura mais

intemporal que não se enquadra na linha

evolutiva geral. A grande unidade desta

tendência é o seu caráter emocional que veio

o contrapor o exagerado intelectualismo,

racionalismo e tecnicismo. Gunther Domenig, Primeiro esboço do Banco de

Viena-Favortien

• Rejeita a geometria pura e o ângulo

reto;

• Preferiu formas orgânicas – suaves

curvas captadas da natureza vegetal e

animal;

• Construção complexa;

• Recurso a tecnologias avançadas

associadas por vezes a técnicas

artesanais;

• Materiais inovadores – aço pré-

modelado e chapas metálicas encurvadas;

Henrich and Inker Baller, Apartamentos, Berlim, 1999

Romantismo Orgânico

Arquitetos mais notórios: • Gunther Domenig

• Karla Kowalski

• Michael Szyszkowitz

• Henrich e Inker Baller

• Explora o efeito de ruína;

• Fraturas e fendas expostas

propositadamente;

Gupo SITE, Arden Fair Shopping Center, 1977,

Sacramento, Califórnia

Fratura e decadência

Gupo SITE, Alameda-Genoa Shopping Center, Houston,

1975, Texas Gupo SITE, Projeto Peeling, 1972, Richmon, Virgínia

• Aberta e democrática;

• Caráter caótico e

desorganizado;

• Participação dos destinátarios

da construção no projeto;

• Viva e pitoresca;

• Individualidade.

Lucien Kroll, La Meme, Faculdades de Medicina, 1970-78, Bruxelas,

Bélgica

Romantismo Orgânico

Nova Modernidade

Descontrutivismo

Pluralismo Moderno

Frank Gehry, Museu de Arte Frederick Weisman, Minnesota, 1993

Esta é a tendência mais recente na Arquitetura que passou a liderar

principalmente a partir do final da década de 80. Foi uma reacção a todas as

tendências anteriores e um forte desejo de inovação voltando-se para o

futuro e aceitando o caráter experimental da arquitetura.

Frank Gehry, The Experience Music Project , Seattle Center, Washington, 2000

Inciou-se nos finais da década de 70 tendo

origens no Construtivismo e Supermatismo

russos. As características deste estilo são:

abandono da verticalidade e da

horizontalidade como linhas orientadoras

das construções; rotação dos corpos

geométricos em ângulos agudos;

decomposição de estruturas

construtivas até ao caos; caráter provisório

das construções.

Descontrutivismo

Rem Koolhass, Biblioteca Central De Seattle, Washington,

EUA

Arquitetos mais notórios: • Zaha Hadid

• Bernard Tschumi

• Rem Koolhass

• Frank O. Gehry

• Coop. Himmelblau

• Morphosis

Frank Gehry, Lou Ruovo Centro de Saude Neurológica, Las Vegas, Nevada.

Coop. Himmelblau, UFA-Kristall Filmpalast, Dresden

Morphosis, Universidade de Cincinnati, Ohoi, EUA

Zaha Hadid, Maggie’s Center, Kirkcaldy

Não é considerado uma corrente mas sim

uma expressão que reúne vários estilos

pessoais inovadores de arquitetos dos

finais do século XX e inícios XXI. Estes

estilos apresentam em comum a rejeição

dos neo-historicismos e uma postura

eclética que os leva a reunir elementos das

arquiteturas de alta tecnologia e

desconstrutivas e inovações pessoas.

Pluralismo Moderno

Fumihito Maki, Hillside West, Tóquio, Japão, 1998

Arquitetos mais notórios: • Fumihiko Maki

• Itsuko Hasegawa

• Owen Moss

• Peter L. Wilson

• Jo Coenen

• Eric Miralles

• Carme Pinós

Fumihito Maki, Biblioteca Nakatsu Obata, Nakatsu Ōita, Japão, 1993

Itsuko Hasegawa, Shonandai Bunka Center, Japão, 1990

Owen Moss, Torre Samituar, Culve City, EUA

Carmen Pinós, Projeto da Plaza de Guardunya

Escola Secundária Tomás Cabreira

História e Cultura das Artes Valeriya Rozhkova, 11º4, nº19