Post on 09-Jul-2020
Disfunção eréctil alvode projecto pioneiroUm grupo de investigado-res portugueses vai darinício a um projecto pio-neiro para testar se as cé-lulas da medula óssea po-dem regenerar os vasos
sanguíneos do pénis.Esta nova abordagem
pode ajudar a prevenira disfunção eréctil. 0 pro-jecto, a desenvolver pelaFaculdade de Medicina doPorto, em parceria como Instituto de BiologiaMolecular e Celular, foipremiado pela SociedadeEuropeia da Medicina Sexual, que atribuiu um pré-mio de €30.000 à equipa.
O objectivo dos cientis-tas Carla Costa, AngelaCastela e Pedro Vendeiraé avaliar uma nova abor-dagem que permita a re-generação do tecido vas-cular no pénis diabético.Os diabéticos têm umaprobabilidade acrescidade sofrer de disfunção. Os
investigadores vão usarratos de laboratório diabé-ticos, aos quais vão des-truir a medula óssea. Depois vão transplantar cé-lulas da medula óssea das
suas irmãs e ver se estascélulas regeneraram o teeido dos vasos do pénis.
Disfunção. Projecto doPorto recebe 30 mil eurosUma equipa de investigadores da Faculdade de Medi-cina da Universidade do Porto recebeu um prémiode 30 mil euros da Sociedade Europeia de Medici-na Sexual para testar um novo tratamento para a
disfunção eréctil. O projecto passa pelo uso de célu-
las da medula óssea para regenerar os vasos san-
guíneos do pénis em doentes diabéticos, que têm
uma maior probabilidade de sofrer disfunções sexuais.
Carla Costa, líder do projecto, explicou ontem emcomunicado que o objectivo é perceber se estas célu-
las, que já estão a ser testadas para regenerar o sis-
tema vascular de outros órgãos, funcionam no pénis.Para já, os investigadores vão testar a técnica emratinhos. Se tudo correr bem, pretendem desenvol-
ver um novo protocolo de tratamento. M.FR.
UNIVERSIDADE DO PORTO
Estudo da disfunção
¦ Um grupo de investigado-res da Faculdade de Medici-na do Porto vai dar início
a um estudo para testar se
as células da medula óssea
podem regenerar os vasos
sanguíneos do pénis.
DOCENTES DO SUPERIOR
Protesto em Lisboa
¦ Os professores do ensino
superior manifestam-sesábado frente ao Ministérioda Educação e Ciência, emLisboa, em protesto contraos cortes orçamentais.
Professores doSuperior marcammanifestação
Os professores do Ensino
Superior manifestam-se sábado,pelas 14 horas, em frente às
instalações do Ministério da
Educação e Ciência contra os
cortes orçamentais previstospara o sector, disse à Lusa fontesindical. Além desta
concentração, o SindicatoNacional do Ensino Superior estáa avaliar que outras medidasdevem realizar os docentes,como por exemplo a colocaçãode acções contra os cortesanunciados, mas também greves,paralisações das actividades e
encerramentos de instituições.
estudo Apesar de ainda estar 'aquém do exigido', o ensino está a melhorar
Educação nacional foia que mais progrediuna União Europeia
São cada vez mais os portugueses com o 12.° ano e um terço dos jovens frequentam o Ensino Superior
Oferta de formaçãoprofissional e ensino
para adultos foramdecisivos para recentes
progressos na área.PATRÍCIA SUSANO FERREIRApferreira@destak.pt
® Portugal foi o país da UEque mais progrediu na
última década em termos de
população que termina pelomenos o 12 2 ano e conseguiualcançar as médias europeiasno ensino superior, que é hojefrequentado por um em cadatrês jovens de 20 anos.
Estas conclusões foramavançadas ontem pela presi-
dente do Conselho Nacionalde Educação e fazem parte domais recente relatório que o
órgão aprovou em Setembro.
Segundo Ana Maria Bet-tencourt, os avanços do Paísdevem ser tidos como exem-plo para outros países que têmbaixado nos indicadores emcausa. No entanto, os bons re-sultados conseguidos estãoainda «aquém do exigido».
Mais formação profissionalA diversificação da oferta de
formação profissional, bem co-mo da educação de adultos
«contribuíram, sem dúvida,para os progressos que pude-mos verificar», mas é precisogarantir «níveis ainda maiselevados de recuperação», que
permitam ao País recuperarde um atraso de décadas e al-
cançar as metas estabelecidas
para 2020. Ana Bettencourtdisse ainda que a crise irá«comprometer as oportunida-des de emprego».
AR quer criar bolsade livros escolares
• Os deputados da Assembleia• da República recomendaram
ao Governo a criação de umabolsa de manuais escolares quepermita emprestar os livros
aos alunos mais necessitados.
Segundo a recomendação, os
alunos devem ser obrigadosa devolvê-los no final do ano.
Falta de psicólogos dificultaajuda a alunos de riscoInstabilidade. Escolas reclamam equipas
permanentes de psicólogos e colocadas a horasANA BELA FERREIRA
A presença do psicólogo na escola"é fundamental" para combatersituações de crianças em risco, co-mo seria o caso da criança de dezanos que se terá suicidado no sá-
bado, em Lisboa, e cujas causascontinuam desconhecidas. Mas o
facto de a maioria ser contratada e
mudar de escola todos os anos di-ficulta o acompanhamento de ca-sos de violência e indisciplina, queestes profissionais identificam e
ajudam a resolver.Esta é a opinião de directores de
escolas e dos próprios profissio-nais. "O ideal é que o psicólogo fi-
que na mesma escola ano apósano. Quanto maior é a estabilida-de do psicólogo na escola maior é
a probabilidade de ser bem suce-dido em casos de violência e
bullying', defende Vítor Coelho, daOrdem dos Psicólogos.
O presidente da Associação Na-cional de Directores de Agrupa-mentos e Escolas Públicas (AN-DAEP) não tem dúvidas: "o psicó-logo previne e de que maneira"."Não sei como é que uma escola
pode viver sem um psicólogo. Nu-
ma altura de crise pode-se pouparem muita coisa mas não nesta ma-téria", acrescenta Adalmiro Fonse-ca. O papel destes profissionais étambém "fundamental" para o
presidente da Associação Nacio-nal de Dirigentes Escolares(ANDE).
"São muito importantes porqueos problemas das escolas já nãosão o desinteresse e o insucessoescolar, mas problemas sociais
que estão a montante e os psicólo-gos têm outra visão das coisas. Fal-ta aos professores essa sensibilida-de para esses problemas", justificaManuel António Pereira.
Adalmiro Fonseca, que tam-bém é director da Escola Secundá-ria de Oliveira do Douro, sublinhao trabalho feito por estes profissio-nais. "Fazem o acompanhamentopessoal quer do aluno, quer da fa-mília, alertam os professores paraos problemas e organizam acçõesde prevenção". Por desempenha-rem também uma função impor-tante nos casos de indisciplina e
terem também "uma visão dife-rente da educação", os psicólogossão "essenciais".
O representante dos directoresdas escolas refere ainda que o ca-so do menino de 10 anos que teráposto termo à própria vida é "umalerta". "Sem haver culpados, estas
situações têm de funcionar comoum alerta para todos". Ainda as-
sim, Manuel António Pereira refe-
re que o papel principal é das fa-mílias que "devem estar atentas",já que as escolas têm de ter ematenção centenas de alunos.
Tudo indica que o acto da crian-
ça, que frequentava o 5. ° ano naEscola Pedro Santarém, terá resul-tado de vários problemas. A Co-missão de Protecção de Menoresde Lisboa Norte confirmou ao DNter acompanhado o menor "na se-
quência de outros processos deoutros familiares, de forma a ave-riguar as condições da família". O
processo foi aberto depois de seter verificado que os pais do primonão o podiam sustentar. A mesmaaveriguação decorria agora sobreos pais desta criança. O processoestava nas mãos do tribunal de fa-mília e menores desde 1 8 de Abril.O primo está numa instituição.
Acompanhamento psicológico "é fundamental", defendem directores de escolas
REDUÇÃO
Cortes atingemprofissionais> O Ministério da Educação eCiência reduziu em 8% o nú-mero de psicólogos quepodem contratados este ano.Podem ser admitidos 176profissionais, que vão come-çar a trabalhar já durante oano lectivo. Além destes psi-cólogos, existem 415 quepertencem aos quadros dasescolas, aos quais se somamos que estão em algumas das105 escolas TEIP (de inter-venção prioritária) e das 22com contrato de autonomia.
António VidlgalPresidente da EDP Inovação
Os veículos eléctricosAlfa pendular, noite de sexta-feira 21 de Outubro. De regressoa Lisboa, ligo o portátil e por um daqueles acasos inexplicá-veis, abro o 'blog' the Boyd Cohen.
O 'post' mais recente tem o título 'Can EVs Ignite TheSmart Grid?' e discute a relação dos veículos elétricos comas 'smart grids'; quase se pensaria que Boyd Cohen tinhaestado presente na conferência ELAB, em que acabo de
participar na Exponorte.Em Unha com o que tinha sido discutido na ELAB, Boyd
defende que, enquanto os contadores de eletricidade, pormais sofisticados que sejam, são pouco estimulantes parao utilizador final, já o mesmo não acontece com os auto-móveis com os quais os proprietários mantêm uma relaçãode afectividade, o que pode levar a que a combinação dosdois tenha um efeito explosivo.
A curva de adopção dos Veículos Elétricos (VEs) e dosHíbridos Elétricos está a acelerar, pois está previsto queem 2015 haja 108 modelos disponíveis no mercado. Muitoscomeçam, já, a fazer sentido: o Opel Ampera, que experi-mentei recentemente, não fica atrás de muitos automóveistradicionais de que gosto.
Ora o veículo elétrico representa, para as redes dedistribuição de energia, um novo tipo de carga que trásconsigo desafios, mas também oportunidades. Primei-ro que tudo, é interessante lembrar, que um veículoelétrico, que tenha a utilização típica, representa emPortugal, um consumo equivalente ao consumo do-méstico médio. Assim, quando existir, no País, um mi-lhão de veículos elétricos, isso será o equivalente a
mais um milhão de consumidores residenciais. Depois,trata-se de uma carga que varia no espaço e no tempo:não se pode saber quando e em que ponto da rede sevirá a ligar da próxima vez.
Quando existir, no Pais, um milhãode veículos elétricos, isso seráo equivalente a mais um milhãode consumidores residenciais.
De entre as oportunidades, sobressai o facto de o veículoelétrico ter um enorme potencial para regularizar o diagra-ma de consumos da rede, complementando as energias re-nováveis: carregando as baterias quando houver excesso deenergia, e devolvendo energia à rede quando isso se tornarnecessário.
Mas, para isso ser possível, torna-se necessário dotar asredes de distribuição de inteligência, isto é, instalar as
'smart-grids'. É precisamente o que Boyd defende no seu'blog'.
Ora quase todas as tecnologias descritas por Boyd estãoem desenvolvimento avançado em Portugal: a Efacec é umprodutor de referência de carregadores rápidos para VEs; aNovabase e a Criticai desenvolveram um sistema em 'cloudcomputing' para controlo das pontos de carregamento; OInesc Porto tem, em protótipo, um sistema V2G que per-mite a um VE devolver carga à rede; temos em Évora umverdadeiro 'livinglab' de 'smart grids'.
Nesta altura em que tudo são problemas e desânimo, é
importante não deixar cair as oportunidades! ¦
Professoresdo Superiormanifestam-secontra os cortes
• Os professores do Ensino Superiorvão manifestar-se este sábado frenteàs instalações do MEC, na Avenida5 de Outubro, em Lisboa, contra oscortes orçamentais previstos para o
sector, anunciou ontem o presidentedo Sindicato Nacional do Ensino Su-
perior. "O nosso objectivo é chamar a
atenção para a situação que foi criada
pela apresentação da proposta de Or-
çamento para 2012, de novo com uma
grave incidência nas remuneraçõesdos docentes e investigadores, no fi-nanciamento das instituições e, agora,até na capacidade de decisão destas",justificou António Vicente, citado pelaLusa. Além desta concentração, mar-cada para as 14h, o sindicato irá avaliara eventualidade de tomar outras me-didas, como por exemplo a colocaçãode acções em tribunal contra os cortes
anunciados, mas também greves, pa-ralisações das actividades dos docen-tes e investigadores e encerramentosde instituições. O Conselho de Reitoresdas Universidades Portuguesas (CRUP)
já criticou a proposta de OE para 2012,alertando para o facto de Portugal se
arriscar a perder competitividade nocontexto europeu.
Politécnicode Leiria recebemenos 6,8milhões do OE
João d'Espiney
• O Instituto Politécnico de Leiria(IPL) vai receber do Estado, em 2012,menos 6,8 milhões de euros em rela-
ção às verbas transferidas este ano,revelou ontem o presidente do IPL.Nuno Mangas reagia assim à notíciade sábado sobre os cortes na despesadas instituições do ensino superiorprevistos para o próximo ano. Deacordo com as contas do PÚBLICOaos mapas da despesa que acompa-nham a proposta de OE/2012, o IPLterá menos 1,5 milhões de euros de
despesa. Nuno Mangas começou porlembrar que "os dados avançados são
valores globais, não diferenciandodespesas suportadas por receitas pró-prias de despesas suportadas por do-
tações do OE". "O IPL tem, de facto,e comparativamente, mais receitaspróprias" e, "na realidade, se com-pararmos as verbas do OE em 2011e o previsto para 2012, a redução éde 6,8 milhões de euros, 2,4 milhõesna versão inicial do plafond, a quese juntaram agora 4,4 milhões peloefeito dos cortes dos subsídios de fé-rias e Natal", ou seja, menos 24,4%na dotação proveniente do Estado,explicou.
Portugal lidera subidade escolaridade na UE
• Portugal foi o país da União Euro-peia que mais progrediu na últimadécada em termos de população queterminou pelo menos o 12.° ano, atin-
gindo também médias europeias noensino superior, frequentado por umem cada três jovens de 20 anos. Asconclusões foram ontem avançadaspela presidente do Conselho Nacio-nal de Educação, Ana Maria Betten-court, e fazem parte do mais recenterelatório deste órgão consultivo doMinistério da Educação.
Educação
PORTO
Dois séculos: Instrumentos científicos na Histó-ria da Universidade do Porto Esta exposiçãooferece uma oportunidade rara de revisitarahistória do ensino e da investigação científico na
cidade do Porto. Museu Nacional Soares dos Reis
(R. D. Manuel 11, 44). Tel. 223393770. Até dia 30.
ArtePorto