Post on 03-Apr-2016
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Ueslei Marcelino/ReutersDida Sampaio/Estadão Conteúdo
São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014Conclusão: 23h40 www.dcomercio.com.br
Jornal do empreendedorAno 91 - Nº 24.207R$ 1,40
ISSN 1679-2688
9 771679 268008
24207
Em vez de propostas,mais boxe eleitoral.A luta pela Presidência continua noringue. "Quem se acha coitadinhanão pode ser presidente", disseDilma de sua obsessão, Marina,que respondeu: "Não vou atacaruma mulher". Ela avisou queoferecerá a outra face, "mas nãopara levar bofetão". Ao rebatercríticas de que está batendo muitona rival, a presidente explicou:"Não ataco, divirjo". Aécio atirouno PT, "pelo descompromisso coma ética", e no PSB, porque "o Brasilnão é para amadores". Págs. 5 a 7
Papa celebraunião de casais quejá têm filhosA primeira cerimônia de casamentorealizada por Francisco no Vaticano, em 18meses de papado, teve 20 casais – incluindoalguns que viviam juntos e já têm filhos. Pág. 14
Alberto Pizzoli/Reuters
Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão Conteúdo
Página 4
No Morumbi,Raposa não
escapado caçador.
O São Paulo bateu o líder Cruzeiropor 2 a 0 (gols de Rogério e Allan Kardec,
acima), reduziu a desvantagempara 4 pontos e encheu os olhos da
torcida: "O campeão voltou". Pág. 12
Toque de brasilidadeSob orientações de gente como o
paleontólogo Alexander Kellner, do MuseuNacional, no Brasil, artistas recriam gigantes
extintos em exposição nos EUA. Pág. 9
Piotr Redlinski/The New York Times
2 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014
DATA A SERCOMEMORADA
O conflito tem sido enquadrado como "étnico", mas Moscou tem alimentado os antagonismos.Brenda Shaffer
CRIADOR DE PROBLEMAS
Para evitar o agravamentodo conflito no Cáucaso Obamadeveria convidar os líderes doAzerbaijão e da Armênia paraWa s h i n g t o n e mostrar que osEUA não abandonaram região.
Hoje, a integração
dos dois povos
e suas economias
é um fato.
BRENDA SHAFFER
AUcrânia não é o único
lugar onde a Rússia
está criando proble-
mas. Desde a queda
da União Soviética em 1991,
Moscou tem rotineiramente
apoiado os separatistas nos
estados fronteiriços, a fim de
coagir esses estados a aceita-
rem seus ditames.
Sua mais recente campa-
nha desse tipo está aconte-
cendo no Sul do Cáucaso. Nas
últimas semanas, Moscou pa-
rece estar exacerbando um
conflito de longa data entre a
Armênia e o Azerbaijão en-
quanto atua como o senhor su-
premo da pacificação para os
dois lados. Na primeira sema-
na de agosto, cerca de 40 sol-
dados armênios e azerbaija-
nos foram mortos em confron-
tos perto da fronteira, pouco
antes de uma reunião de cúpu-
la convocada pelo presidente
da Rússia, Vladimir Putin.
Osul do Cáucaso pode
parecer distante, mas
a região faz fronteira
com a Rússia, o Irã e a Turquia,
e controla uma rota vital de
oleodutos e gasodutos que es-
coam da Ásia Central para a
Europa sem atravessar a Rús-
sia. As autoridades ocidentais
não podem se dar ao luxo de
deixar que outra parte da re-
gião seja absorvida por Mos-
cou – como fizeram quando a
Rússia separou a Ossétia do
Sul e a Abcásia da Geórgia, em
uma guerra curta em 2008, e
quando a Rússia tomou a Cri-
meia da Ucrânia este ano.
O conflito entre a Armênia e
o Azerbaijão não é novo. De
1992 a 1994, houve uma guer-
ra para decidir qual ex-Repú-
blica Soviética controlaria a
região autônoma de Nagorno-
Karabakh, região montanho-
sa com grande população de
cristãos armênios e cerca de
90 mil habitantes dentro das
fronteiras do Azerbaijão de
maioria muçulmana.
O conflito quase sempre
tem sido enquadrado como
"étnico", mas Moscou tem ali-
mentado os antagonismos.
Essa guerra chegou ao fim
com a força militar armênia,
integrada com a força militar
russa, ficando responsável
pela zona. Ela já matara 30 mil
pessoas e criara mais um mi-
lhão de refugiados.
Mesmo hoje, a Armênia
controla quase 20%
do território do Azer-
baijão, compreendendo boa
parte de Nagorno-Karabakh e
várias outras regiões adjacen-
tes. Apesar de um acordo de
cessar-fogo desde 1994, oca-
sionalmente surgem hostili-
dades, e as tropas russas con-
trolam a defesa aérea da Ar-
mênia, assim como elemen-
tos importantes da economia
e da infraestrutura do país.
Por três vezes na década de
1990, Armênia e Azerbaijão
assinaram acordos de paz,
mas a Rússia encontrou ma-
neiras de sabotar a participa-
ção da Armênia (em 1999, por
exemplo, um jornalista des-
contente, suspeito de ter rece-
bido ajuda de Moscou, assas-
sinou o primeiro-ministro da
Armênia, o presidente do Par-
lamento e outros funcionários
do governo).
Um conflito não resolvi-
do – um "conflito con-
gelado", como a Rússia
chama – dá às forças russas
um pretexto para entrarem na
região e coagirem os dois la-
dos. Assim que as forças rus-
sas se estabelecem, nenhum
dos lados consegue cooperar
mais intimamente com o Oci-
dente sem medo das represá-
lias de Moscou.
A mais recente violência
precedeu uma reunião de cú-
pula em 10 de agosto em So-
chi, na Rússia, quando Putin
tentou um acordo para empre-
gar mais "pacificadores" rus-
sos entre a Armênia e o Azer-
baijão. Em 31 de julho, os ar-
mênios iniciaram um ataque
surpresa e coordenado em
três locais. O presidente do
Azerbaijão, Ilham Aliyev, e o
ministro da defesa estavam
fora do país e Aliyev ainda não
tinha confirmado a participa-
ção na reunião de cúpula.
Contudo, o presidente da
Armênia, Serzh Sargsyan, ha-
via confirmado; é improvável
que a sua força militar inicias-
se tal provocação sem ter se
coordenado com a Rússia (a
reunião continuou, sem resul-
tados concretos).
Antes da reunião, Moscou já
vinha apertando o controle no
Sul do Cáucaso, com o apoio
tácito por parte da Armênia.
No fim do ano passado, o go-
verno da Armênia desistiu das
aspirações de assinar uma
parceria com a União Europeia
e anunciou, em vez disso, que
ingressaria na unificação das
alfândegas de Moscou.
A retomada da guerra aber-
ta daria à Rússia uma justifica-
tiva para enviar mais tropas,
sob pretexto de manter a paz.
Desestabilizar o sul do Cáuca-
so também poderia sabotar
um grande projeto de gasodu-
to, fechado em dezembro do
ano passado, que poderia re-
duzir a dependência da Euro-
pa do combustível russo.
Não obstante, espantosa-
mente, as autoridades ameri-
canas reagiram à luta atual di-
zendo que "acolhem" a reu-
nião de cúpula patrocinada
p e l a R ú s s i a . S e r á q u e
Washington não aprendeu na-
da com a Geórgia e a Ucrânia?
Para evitar o agravamen-
to do conflito no Cáuca-
so, e para negar a Putin o
pretexto para uma nova apro-
priação de terra, o Presidente
Obama deveria convidar os lí-
deres do Azerbaijão e da Ar-
mênia para Washington e
mostrar que os EUA não aban-
donaram o Sul do Cáucaso. Is-
so estimularia os lideres a re-
sistirem à pressão da Rússia. A
sessão da Assembleia Geral
da ONU, que será aberta nesta
semana, parece ser um mo-
mento excelente para tal ma-
nifestação de apoio.
Washington deveria culpar
a Rússia e resistir a qualquer
suposta resolução do conflito
que leve ao posicionamento
de mais frotas russas na re-
gião. E o Ocidente precisa de
uma estratégia para prevenir
que Moscou tome outra região
de fronteira. Nagorno-Kara-
bakh, independentemente da
distância, é a próxima frente
na campanha da Rússia de re-
construir seu império perdido.
Deixar que o Sul do Cáucaso
perca sua soberania para a
Rússia seria um golpe mortal
na já enfraquecida capacida-
de americana de buscar e de
manter alianças na antiga
União Soviética e além.
BR E N DA SHAFFER É P RO F E S S O R A
DE CIÊNCIAS POLÍTICAS
DA UN I V E R S I DA D E DE HA I FA .THE NEW YORK TIMES NEWS
SE RV I C E /SY N D I C AT E
ARISTÓTELES
DRUMMOND
Em dezembro de
2015, o Brasil
completa 200 anos
de sua independência e,
s u r p re e n d e n t e m e n t e ,
nada se projeta para
comemorar o grande
evento. Afinal, o 7 de
setembro de 1822
representa apenas a
separação de Portugal,
do qual já éramos reino
unido desde 1815. Os
governos de Portugal
e do Brasil deveriam criar
uma comissão mista
para tratar do assunto
com a importância que o
mesmo merece, inclusive
nas relações entre as
duas nações, separadas e
independentes, mas com
profundos laços culturais,
históricos e dividindo
a mesma língua.
Ao ser promovido a
Reino Unido por D. João
VI, na qualidade ainda de
Príncipe Regente, o Brasil
deixou de ser colônia e
passou a ser parte de
ambicioso projeto do
soberano de manter a
presença do reino nos
cinco continentes, tendo
como capital o Rio de
Janeiro. E assim agiu até
que, obrigado a voltar a
Lisboa, sofreu
irresistíveis pressões
políticas e teve de alterar
seus planos – e
recomendou ao filho que
assumisse a Coroa do
Brasil, "antes que algum
a v e n t u re i ro
o faça".
Não há
re s t a r
dúvida de
que que a
nossa
independência
se deu pelo
ato do
regente, reconhecido
internacionalmente. Os
diplomatas presentes no
Rio de Janeiro eram
acreditados junto ao
Reino Unido de Portugal,
Brasil e Algarves.
Passamos inclusive a ter
representação junto às
Cortes, que ainda
funcionavam em Lisboa.
Os próprios títulos de
nobreza emitidos no
período de 1815 a 1822
passaram a ter validade
em ambos os territórios.
Hoje, a integração
dos dois povos e das
duas economias é um
fato que não depende
de atos oficiais. Pelo
contrário, o que se pede
apenas é que não sejam
atrapalhadas. E um
grande futuro se abre,
com o mercado brasileiro
cada vez mais receptivo
aos produtos de origem
portuguesa e empresas e
investimentos brasileiros
muito presentes,
inclusive como um
trabalho preparatório
para maior presença na
União Europeia.
Um movimento de
gratuita contestação à
união tão fraterna tentou
apresentar o 7 de
setembro como um ato
de hostilidade aos
portugueses, quando foi
só uma reação política
às Cortes. Prova é que
o Imperador era o
próprio herdeiro do trono
português, que ocupou
como D. Pedro IV e
seu filho Pedro II nos
governou por 49 anos.
Getúlio Vargas, com
sua grande sensibilidade,
em 1940, fez o Brasil
presente na Exposição
Internacional do Duplo
Centenário de Portugal.
O evento teve grande
significado na época,
reafirmando os laços
de verdadeira irmandade
a unir os dois povos e as
duas nações.
Em 1972, quando dos
150 anos do 7 de
setembro, as
comemorações foram
prestigiadas pelos dois
governos, tendo vindo ao
Brasil o presidente da
República, Almirante
Américo Thomaz. Trouxe,
em navio da armada
portuguesa, os restos
mortais de Pedro I, hoje
no monumento do
Ipiranga, em São Paulo.
E vale lembrar que a
Rainha D. Maria da
Glória (Maria II) era
brasileira de nascimento,
irmã de D. Pedro II.
Portugal e Brasil são
como dois irmãos,
sócios no mesmo
empreendimento, que
resolvem se separar para
cada um seguir o seu
caminho, sem prejuízo
desta fraternidade e
comunhão de interesses
culturais e históricos.
Será um erro não se dar
ao grande passo de D.
João VI a importância que
ele merece!
ARISTÓTELES DRU M M O N D É
J O R N A L I S TA E VICE-PRESIDENTE
DA ASSOCIAÇÃO
COMERCIAL/RJ
PresidenteRogério Amato
Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos(josemaria@dcomercio.com.br). Editores Seniores: chicolelis (chicolelis@dcomercio.com.br), José Roberto Nassar(jnassar@dcomercio.com.br), Luciano de Carvalho Paço (luciano@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima(luiz.octavio@dcomercio.com.br), Marcus Lopes (mlopes@dcomercio.com.br) e Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br).Editores: Cintia Shimokomaki (cintia@dcomercio.com.br), Heci Regina Candiani (hcandiani@dcomercio.com.br), Tsuli Narimatsu(tnarimatsu@dcomercio.com.br) e Vilma Pavani (pavani@dcomercio.com.br. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.
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FALE CONOSCO
Fundado em 1º de julho de 1924
Reprodução
sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3
Carteira revolucionária
UMA SÍNTESE DO PETISMO
COM AS CARTEIRAS DIGITAIS NÃO É PRECISO CARREGAR DINHEIRO NEM CARTÕES.
As carteiras digitais nãoocultam as negociações nem
incentivam transaçõescriminosas. Utilizar o Bitcoin
é bem menos secreto doque usar dinheiro vivo.
PAULO SAAB
Esta semana a Apple
divulgou dois novos
produtos, o iPhone 6 e
um "relógio inteligen-
te". Porém, por mais que eles
sejam impressionantes, ne-
nhum dos itens é tão inovador
quanto um dos softwares que
os acompanha: uma carteira
digital que permite, através
de um rápido movimento do
disposit ivo no caixa, que
usuários evitem carregar di-
nheiro e cartões de crédito.
A carteira digital da Apple,
caso tenha adesão geral, po-
deria promover uma nova era
de tranquilidade e conveniên-
cia. Mas a parte realmente
empolgante é o futuro de rápi-
do crescimento que ela apon-
ta, no qual ativos virtuais de
todos os tipos – moedas tradi-
cionais, mas também Bitcoin,
milhas aéreas, minutos de ce-
lular – serão permutáveis, o
que traz um grande poder de
compra aos consumidores e
cria desafios complexos para
governos em todo o mundo.
Caminhar na direção de
uma carteira digital de dólares
(ou ienes, ou euros) é apenas
um pequeno passo avante;
em toda a história, o valor do
dinheiro foi, em grande parte,
virtual mesmo – pense em
ações, ou nas linhas de crédito
pessoais. A verdadeira mu-
dança é como a tecnologia de
carteira digital facilita o surgi-
mento do poder aquisitivo vir-
tual paralelo, como os pontos
de fidelidade.
Tipicamente, não pensa-
mos neles como moe-
da, porque o dinheiro
virtual tradicionalmente foi
bloqueado, no sentido de que
sua util ização era estrita-
mente limitada: se você ga-
nhasse pontos da Amazon,
apenas você poderia utilizá-
los, e seria possível trocá-los
por dólares apenas dentro da
loja da Amazon.
Até agora, as únicas moe-
das que você podia usar em to-
dos os lugares dentro de uma
economia eram as moedas
emitidas pelo governo, como
o dólar. Essa distinção está se
desfazendo: afinal, o valor de
uma moeda está no que você
consegue comprar com ela, e
não no fato do governo dizer
que ela vale alguma coisa.
Assim, se eu quiser comprar
um widget, e a única coisa que
consigo usar para comprá-lo
for o Widgetcash, então estou
disposto a trocar dólares ou
euros ou qualquer outra coisa
por Widgetcash. Quando com-
pro algo com Widgetcash, a
operação não passa por ne-
nhum banco.
É por isso que uma carteira
digital, carregada com os
seus dólares, crédito e pon-
tos de fidelidade, é uma tec-
nologia tão revolucionária –
ela torna essas transferên-
cias e transações sólidas e
seguras. Imagine que você
quer comprar uma camisa na
Target. Sua carteira digital
pode pagar com dólares, com
seus pontos na Target ou com
qualquer outra forma de
moeda que a Target aceite.
Passe seu telefone no caixa e
a camisa é sua.
Isso é o tipo de coisa que a
atual geração de carteiras di-
gitais já promete; o único obs-
táculo é a adesão por parte
dos varejistas. Contudo, isso
não será um obstáculo por
muito tempo.
Apermuta sem atritos é
um aplicativo inovador.
Algumas empresas po-
dem perder valor nos seus pro-
gramas de fidelidade, mas ou-
tras encontrarão grande valor
em emitir suas próprias moe-
das com propósitos publicitá-
rios ou de rastreamento de da-
dos, ou mesmo simplesmente
porque a criação de uma moe-
da virtual de sucesso ou de uma
carteira digital permite que as
empresas ganhem dinheiro fa-
zendo dinheiro. Essa é certa-
mente a aposta da Apple.
A revolução é o que vem a
seguir: um câmbio que conec-
te e negocie esses diferentes
depósitos de valores a fim de
encontrar o mais econômico
para utilização, tanto dentro
da sua carteira quanto das dos
usuários, mundialmente. Di-
gamos que você quer comprar
um áudio livro da Best Buy. Ele
custa 16 dólares, ou 1000 pon-
tos da My Best Buy (M.B.B.P.s
na sigla em inglês). A sua car-
teira contém várias centenas
de dólares e 200 pontos da
Best Buy. O software da cartei-
ra automaticamente determi-
na que, na taxa de câmbio
atual entre os pontos da Best
Buy e dólares, é melhor com-
prar usando os pontos.
Mas, então, digamos que vo-
cê tenha apenas 50 pontos. O
sistema da carteira busca os
seus clientes e encontra al-
guém – vamos chamá-la de
Hannah –com pontos o bastan-
te para a transação. A carteira
compra o áudio livro com os
pontos de Hannah e envia para
EDWARD CASTRONOVA E JOSHUA A.T. FAIRFIELD
SXC
você, e envia a Hannah dólares
da sua conta.
Seguindo o protocolo do
Bitcoin, o software da cartei-
ra propaga essas transações
para a rede, e todas as cartei-
ras do mundo atualizam a ta-
xa de câmbio entre o M.B.B.P.
e o dólar.
Aideia é que você possa
comprar qualquer coi-
sa, com qualquer coisa.
A carteira encontrará o me-
lhor negócio e irá executá-lo.
Ao fazer isso, ela irá ignorar as
diferenças históricas e cultu-
rais entre os dólares, os pon-
tos, as moedas e as proprieda-
des virtuais. Tudo são bits, na
v e rd a d e .
Esse tipo de carteira digital
cria problemas difíceis para os
órgãos reguladores, que de-
pendem de intermediários
institucionais como bancos
como o ponto de monitora-
mento das transações. Porém,
uma carteira digital pode ser
um aplicativo de celular; as-
sim como o dinheiro no seu
bolso, ela não exige contas
com qualquer intermediário.
Um aplicativo de carteira pode
ser criado por qualquer pes-
soa, baixado por qualquer
pessoa e obtido e mantido por
qualquer pessoa. Nesse enor-
me rio de dinheiro, não existe
nenhum canal mais estreito
por onde o governo possa des-
viar o fluxo para os seus pró-
prios campos.
Pense nas implicações
fiscais. No caso de você
ser pego trapaceando
com os seus impostos e fugir
do país, o governo pode for-
çar o seu banco a congelar
seus bens e a desembolsar o
dinheiro. Mas, e se não hou-
ver nenhum banco?
Uma preocupação que não
se aplica é a transparência. As
carteiras digitais não ocultam
negociações nem incentivam
transações criminosas. Usar o
Bitcoin é bem menos secreto
que usar dinheiro vivo. O go-
verno ( e qualquer pessoa) po-
de facilmente ver as negocia-
ções passando por nossas car-
teiras, assim como cada nego-
ciação no Bitcoin é visível no
site blockchain.info.
Mesmo que você tente es-
conder sua identidade, a aná-
lise de rede ou do tráfego qua-
se sempre consegue identifi-
cá-lo. O ponto crítico é que,
com a carteira digital, o gover-
no consegue ver as negocia-
ções, mas será mais difícil con-
trolá-las ou bloqueá-las.
Quando a operação de
câmbio fica mais bara-
ta, mais caro fica a re-
gulação. Isso pode ter diferen-
tes significados dependendo
da sua posição política. Você
pode celebrar a liberdade que
a tecnologia pode trazer a 2,5
bilhões de pessoas no mundo
sem acesso adequado aos
serviços financeiros, ou você
pode se preocupar com o abu-
so dos criminosos. O que não
vai adiantar é fingir que essas
tecnologias – e as suas impli-
cações revolucionárias – não
ex i s t e m .
EDWA R D CA S T RO N OVA É
P RO F E S S O R DE MÍDIA
DA UN I V E R S I DA D E DE INDIANA E
E S C R I TO R .JO S H UA A.T. FAIRFIELD É
P RO F E S S O R DE D I R E I TO DA
UN I V E R S I DA D E DE WA S H I N G TO N E DA
UN I V E R S I DA D E LEE.THE NEW YORK TIMES NEWS
SE RV I C E /SY N D I C AT E
Essa coluna existe para
e por causa do leitor. E
quando ele pede, com
critério, discernimento e
objetividade jornalística,
como é o caso de M.A.R,
busco atendê-lo. Mesmo se
ele se mostra visivelmente
cansado. Pois vejamos: o
leitor pergunta e ele mesmo
re s p o n d e .
1- Vai transar?
O governo dá camisinha.
2- Já transou?
O governo dá a pílula do
dia seguinte.
3- Teve filho?
O governo dá o Bolsa
Fa m í l i a .
4- Tá desempregado?
O governo dá Bolsa
D e s e m p re g o.
5- Não fez planejamento
familiar e teve um filho
de cada pai?
O governo dá Bolsa Escola
6- Vai prestar vestibular?
O governo dá Bolsa Cota
7- Bebeu a vida toda,
não parou em emprego
algum, não tem dinheiro
para comprar remédios?
O governo dá remédio
de graça.
8- Não estudou e agora
não tem dinheiro?
O governo faz sorteio
da casa própria.
9- Não tem terra?
O governo dá o Bolsa
Invasão e ainda te aposenta.
10- Virou bandido e
foi preso?
O governo dá o auxílio
reclusão. E presidiário com
filhos tem direito a uma
bolsa de 915 reais por mês,
por filho, porque o
coitadinho do criminoso não
pode trabalhar para
sustentá-los (Portaria 48 de
12.02.2009, do INSS).
Diz ainda o leitor: "O
sujeito mata seu filho e além
dele ser tratado como um
coitado, vítima da
sociedade, você ainda passa
a sustentar toda a família
dele. Este deve ser o único
país do mundo onde
um criminoso é premiado
e a família da vítima punida.
Experimenta estudar,
andar na linha, pagar as
contas e os impostos,
para ver o que te acontece.
Trabalhe duro, pois milhões
de pessoas que vivem
do fome-zero, do bolsa-
família, sem trabalhar,
dependem de você.".
Complemento: o PT
contrata para cargos
relevantes, altos salários,
pessoas que vão
"trabalhar", por exemplo,
dentro do Palácio do
Planalto, ou na prefeitura
de Guarulhos, para citar
apenas dois exemplos de
governos petistas, com a
missão de, usando mesa,
luz, cadeira, cafezinho,
computador, energia,
água, tudo com dinheiro
do brasileiro pagador de
impostos, para fazer
subversão e uma profusão
de mentiras e calúnias,
atacando adversários
do partido sob o manto do
anonimato. Descobertos,
pois se trata de crime,
os petistas governantes,
políticos, responsáveis,
que, certamente, de nada
sabiam, ainda se vangloriam
de mandar demitir
os irresponsáveis. Que,
certamente, então,
caem nos programas de
bolsas, etc e tal.
Palavras como respeito,
ética, probidade, valores,
honestidade, caráter e
outras nessa linha foram
totalmente descontruídas
nas gestões de Lula
e Dilma e nos governos por
onde o PT passa, trocadas
numa perversa inversão
de valores pela apologia
prática da imoralidade,
da indecência, da ausência
de escrúpulos, pudores
e dignidade no trato da
coisa pública e no respeito
entre semelhantes.
OPT tem feito
uma política de
disseminação de ódio entre
classes, enfrentamento
entre etnias, confronto de
valores, corrupção ativa,
passiva, mentiras, falácias,
aleivosias. Tem destruído
qualquer padrão de
moralidade construtiva.
Depois que isso tudo
passar –e vai passar, seja
agora ou em 2018, ou antes,
porque se Dilma lograr
vitória já começará um
governo sem moral – quem
for eleito precisará atuar em
duas frentes distintas:
numa, reconstruir os
fundamentos da economia,
da justiça, do direito, enfim,
recomeçar a pôr o Brasil no
trilho do desenvolvimento
unificado. E ,em outra,
reconstruir junto à imensa
população ignorante e
carente os valores da
educação, do trabalho,
como construção de riqueza
e crescimento pessoal
e familiar de cada um sem
depender da demagogia
do estado corrupto , do
socialismo barato. Como
dizia Margareth Thatcher, "o
socialismo dura até acabar
o dinheiro dos outros"
Os governos Lula e Dilma,
o PT e seus aliado$ sem
pudor, na linha da história,
vão deixar escritas as
páginas mais tristes da
conquistada democracia
brasileira, da qual se
beneficiaram e que querem
destruir; e mesmo tendo
feito possíveis coisas boas,
serão vistos como autores
de uma frustrada tentativa
de desconstrução do
Brasil como país livre,
soberano, democrático, de
igualdades e liberdades.
O mal que o PT e seus
aliado$ fizeram e fazem ao
Brasil é imensurável. E as
mentiras sobre a Petrobrás?
Onde está tanto dinheiro
desviado, superfaturado ?
PAU L O SAAB É J O R N A L I S TA ,PA L E S T R A N T E E E S C R I TO R
4 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014
gibaum@gibaum.com.brGibaUm 33333 33333
kkkkk
Colaboração:
Paula Rodrigues / Alexandre Favero
MAIS: sua agenda temsido fora do Paláciomisturando, com muitocuidado, as posturas depresidente e candidata.
MISTURA FINA
Fotos: BusinessNews
Esperandoa hora
ColeçãoBarbie
333 No Shopping Eldorado, emSão Paulo, Patrícia Bonaldi (àesquerda), estilista queridinhadas famosas, lançou em parceiracom a C&A sua linha Collection
PatBo Barbie, para crianças e adultos, inspirada na bonecamais famosa do mundo. Muita cor, estampas florais, jeans combordados de arabescos, mais brincos, anéis e braceletes. Nanoite de lançamento, estavam lá, entre outras, Fiorella Mattheis,(centro) com vestido rosa rodado e Maria Casadevall (direita),as duas fazendo caras e bocas.
Me chamam de Dr.Gay333 O cirurgião plástico Robert Rey, candidatoa deputado federal pelo PSC, está emplena campanha e reclama que, devido a“seu estilo e carisma”, muita gente acabausando, nas ruas, para ele o apelido Dr. Gay.Acha que terá uma super-votação e que, emBrasília, “vai encontrar muita salsicha velha e
corrupta”. E avisa a seus eleitores mais jovens que perguntamse “vai ter plástica no SUS”, que lutará por isso: “Elas queremabdominoplastias para tirar estrias após gravidez, queremlevantar o peitinho, né?”. Mais: daqui a quatro anos, quer secandidatar à Presidência da República.
Força danatureza
Nas últimas três semanas,raras vezes Dilma despa-chou ou recebeu alguémem audiência em seugabinete no Planalto.
333 Há quem garanta que, emsua delação premiada, PauloRoberto Costa já teria fornecidonome, endereço, cópias, planilhase tudo mais sobre os envolvidos
no propinoduto da Petrobras, não só de políticos, mas também derepresentantes de empreiteiras e outras empresas que participa-vam do esquema. O juiz Sérgio Moro, da 2ª Vara Federal Criminaldo Paraná, acredita que, com uma delação premiada também dodoleiro Alberto Youssef, seria mais do que suficiente para expedirum festival de mandatos de busca e apreensão (ou prisão).Youssef ainda não decidiu, especialmente porque, na lavagem dedinheiro, usou contas de laranjas, alguns supostamente ligadosao tráfico internacional de drogas.
Oferta de emprego333333333333333 O que começou quase como uma brincadeira, podeaté virar realidade: Dilma Rousseff e Luiza Trajano, da redeMagazine Luiza, encontram-se há dias, em meio a um evento, ea presidente, que já tentou levar a empresária para seu gover-no, confessou que a eleição não será fácil. E brincou com aamiga: “Se eu perder, vou pedir emprego lá no MagazineLuiza”. Luiza Trajano, do seu lado, até começou a gostar dahipótese: se Dilma não ganha um segundo mandato, temgarantido um grande posto na conhecida rede de varejo.
“Marina é santinha do pau oco”
333 Cantora, compositora,dançarina, modelo, designer demoda, atriz e até dona de suaprópria marca de guarda-chuvas,Rihanna, 26 anos, que já vendeu
mais de 50 milhões de álbuns e 180 milhões de singles, reaparecena capa e recheio da revista alemã Tush Magazine, em surpreen-dente ensaio assinado por Gomillion e Leupold. As fotos foramfeitas no deserto de Nevada, nos Estados Unidos e no editoral, omood é “trazer vida para o triste deserto da vida cotidiana”. Longoscabelos grisalhos, como “uma força da natureza”, Rihannaé comparada ao personagem Tempestade do filme X-Men.
Luz amarela333 Acendeu a luz amarela noQG da campanha de MarinaSilva: o tracking diário estárevelando sinais de que, debaixode bombardeio da campanhade Dilma Rousseff, o número debaixas nas intenções de voto daex-senadora pode crescer. Opessoal do staff principal enxergacomo um dos principais motivosa desproporção do tempo deTV entre uma e outra. Há outrossinais de que Aécio Neves acertouno tom e pode crescer. BetoAlbuquerque, candidato a vice,faz a convocação: “Temos desobreviver até o segundo turno”.
CONTAGIO333333333333333 Depois de romper comCarol Galan, 29 anos, MarcoPolo Del Nero, 73 anos, queassume a presidência da CBFem abril, agora está namoran-do Katherine Fontenele, 23anos, que apareceu toda nuana edição de março deste anoda revista Sexy e que trabalhacomo apresentadora da TV daFederação Paulista de Futebol,entidade da qual Del Nero épresidente. A internet estárecheada de fotos sem roupa deKatharine e ele está orgulhosoda namorada. Quem estápreocupada, contudo, é NeusaMarin, mulher de José MariaMarin, 82 anos, ainda presi-dente da CBF: tem ciúmes eacha que o marido podeacabar exposto a contagio.
Velha conhecida333 Nas denúncias depropinodutos envolvendoobras e serviços públicos, hádécadas, são sempre citadas,como supostamente partici-pantes, grandes empreiteirascomo Odebrecht, CamargoCorrea, OAS, Queiroz Galvão,Andrade Gutierrez, GalvãoEngenharia e outras campeãsde faturamento. Agora, emmeio a delação premiada dePaulo Roberto Costa, surge,nove anos depois do escânda-lo do mensalão, a empresaGDK, de engenharia na áreade petróleo. Em 2005, a GDKjá tinha contratos com aestatal e presenteou o entãosecretário-geral do PT,Silvinho Pereira, frequentadorda Petrobras, com um jipeLand Rover.
CARO REFORÇO333333333333333 Se Marina for para osegundo turno, deveráchamar para reforçar o staffda campanha o marqueteiroPaulo de Tarso, que játrabalhou com ela em 2010.Hoje, ele atua nas campanhasde Marconi Perillo e BetoRicha, os dois do PSDB,candidatos à reeleição emGoiás e no Paraná. O argenti-no Diego Brandy não seráafastado. Preço estimado dePaulo de Tarso, caso sejacontratado: R$ 10 milhões.
Quase fila333 O staff de comunicaçãoda campanha de Marina Silvaespalha, a cada dia que passa,mais um nome de outros partidosque poderão, eventualmente,serem convidados para comporno governo da ex-senadora, casoela vença. Os dois novos nomessão Cristovam Buarque (PDT-DF)e Eduardo Matarazzo Suplicy(PT-SP). Agora, o economistaEduardo Gianetti começa aser citado para o Planejamen-to, não mais para a Fazenda.Só falta Beto Albuquerquecomeçar a espalhar que seria“o candidato natural” à suces-são de Marina em 2018.
BONS AMIGOS333333333333333 Nos primeiros anos dogoverno Lula, o então presi-dente mantinha encontrosregulares com Paulo RobertoCosta, como também comSérgio Gabrielli, presidenteda Petrobras na época. Emconversas reservadas naBahia, hoje, Gabrielli refere-se aPaulo Roberto como Paulinho,tratamento intimo tambémusado por Lula. Já José Dirceutinha maiores relações comRenato Duque, então diretorde Serviços da estatal.
NEIL FERREIRA // jornalista e publicitário, criadordo slogan Seu voto, sua arma, atire para matar.
IN OUTh
h
Ruivas fakes.Ruivas genuínas.
333 A ASCENSÃO naspesquisas do governador LuizFernando Pezão, empatado comAnthony Garotinho, já estimula aimaginação do ex-governadorSérgio Cabral. Ele trabalha emseu novo projeto de retorno àcena política que seria suacandidatura em 2016 à suces-são do prefeito Eduardo Paes.
333 A JUSTIÇA Federal acabade decidir que pessoas portado-ras de nanismo são deficientesfísicos e têm direito a receberbeneficio do INSS. Por outrolado, continua em vigor adeterminação do mesmo INSSque deficiente mental e motorde origem genética só podereceber um salário mínimo daPrevidência, provando quedemais familiares ganhamapenas 1/4 do mesmo mínimo.
333 A MINISTRA da Cultura,Marta Suplicy, está descontente– ou mais do que isso – com aconvocação de Juca Ferreira, jáde licença da Secretaria Munici-pal de Cultura de São Paulo,para atuar no programa decultura da campanha de DilmaRousseff. Juca é amado eodiado nos círculos culturaisbrasileiros e Ana de Hollanda,ex-ministra da Cultura, odefine como “figura belicista”.
333 A DELAÇÃO premiada dePaulo Roberto Costa deverátrazer à cena o nome de HaroldoMeira Rego, conhecido comoPororoca, que teria atuado emoperações financeiras entreestatais, fundos de pensão eparaísos fiscais na época domensalão. Ele operaria comAlberto Yousseff e é figuramuito conhecida na maioriadas empreiteiras.
333 DEPOIS da novela Império,onde aparece em cenas quentescom Alexandre Nero, a atrizMarina Ruy Barbosa aumen-tou seu cachê para aparecerem eventos por uma hora paraR$ 35 mil. Mesmo assim, ficadistante do cachê pedido porBruna Marquezine: ela cobra R$80 mil. E não por algum trabalhoprofissional: é porque foinamorada do jogador Neymar.
sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5
Não é um caso, são muitoscasos (de corrupção).
Não é uma prática, éuma constante. Não éum desvio, é quaseque uma regra.
Fernando HenriqueCardoso, ex-presidente
da República.
Se o Aécio (Neves, candidato do PSDBPresidência) ganhar, terá que agradecer ao
tempo de televisão, porque tem muito dinheiro...Se Dilma ganhar, terá que agradecer a Sarney,Collor, Jader Barbalho, Maluf, Renan.
Marina Silva,candidata do PSB à Presidência da República.
Misturar política com religião é pegar dinheirodo Estado para beneficiar uma igreja ou alguma
religião. Nunca fiz isso.Marcelo Crivella,
senador (PRB), candidato aogoverno do Rio, que atua no
Congresso em favor de temasde interesse de evangélicos e
da Igreja Universal doReino de Deus.
Não adianta querer falar que eu fiz'Bolsa Banqueiro'. Eu não tenho banqueiro
me apoiando e me sustentandoDilma Rousseff (PT), presidente da República.
Ela (Dilma) deveria renunciar à Presidência.A gestora que controla o
País não pode deixar issoacontecer, e ela ainda dizer:'Eu não sabia de nada'. Aatual presidente éresponsável por todoo caos que se temna Petrobras.
Pastor Everaldo,candidato do PSC à
Presidência.
Você não anuncia que vai demitir.Ela anunciou previamente e desautorizou o
ministro da Fazenda e, por consequência,toda a equipe econômica de qualquer açãoconsistente. Isso afeta o mercado.
Aécio Neves, para quem Dilma demonstrou"irresponsabilidade" e "falta de coragem" no episódio.
Oito em cada dez eleitores de Aécio Nevesdevem votar em Marina Silva
para presidente num eventualsegundo turno. Os outros doistalvez votariam em Marina.
Beto Albuquerque,candidato a
vice-presidente daRepública pelo
PSB.
Quanto mais curto o período eleitoral,maior a chance dela (Marina) vencer porque é o
mito que concorre (contra os demais candidatos).Renato Meirelles, presidente do Instituto Data Popular.
A Secretaria do Povofará o levantamento
das necessidades dasregiões e o apresentaráao governador.
Paulo Skaf (PMDB),candidato ao Bandeirantes.
A proposta reforçoua sua fama de
"candidato dos patrões"entre os rivais.
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Div
ulga
ção
Candidatas no ringue:saraivada de palavras.
Dilma ataca e Marina se defende. Marina contra-ataca e Dilma reage. É a guerra presidencial feminina.
Apresidente Di lma
Rousseff chamou on-
tem a candidata à
presidência da Repú-
blica, Marina Silva, de "coita-
dinha" ao ser questionada so-
bre os recentes embates que
tem tido com a adversária.
Para Dilma, Marina tem le-
vado para o lado pessoal os
questionamentos a seu pro-
grama de governo. "Quem se
acha coitadinha não pode ser
presidente da República."
Questionada se ela teria dado
apoio nesta semana ao candi-
dato de oposição a Lobão no
Maranhão, Flávio Dino (PC-
doB), devido ao escândalo,
Dilma explicou que mandou
fotografias suas ao lado de Di-
no porque ele a apoia e não co-
mentou o caso do ministro
com a Petrobras. Apesar de
Dilma ter confirmado apoio a
Flávio Dino na disputa pelo go-
verno do Maranhão, o PT en-
trou formalmente na coliga-
ção de Lobão Filho no Estado e
faz oposição a Flávio.
R E S P O S TAA candidata do PSB à Presi-
dência da República, Marina
Silva, disse ontem que não vai
"agredir uma mulher" durante
a campanha eleitoral. A decla-
ração foi dada em um comício
do partido em Ceilândia, re-
gião administrativa a 26 km de
Brasília, no Distrito Federal.
Marina esteve acompanhada
do candidato a vice na chapa,
Beto Albuquerque, e dos can-
didatos ao governo do DF, Ro-
drigo Rollemberg, e ao Sena-
do, Antônio Reguffe.
Durante discurso a militan-
tes do PSB, Marina se referiu às
críticas que diz sofrer da presi-
dente, candidata à reeleição
pelo PT. Ao citar o nome de Dil-
ma, Marina disse que ela pode
ficar "tranquila" porque não irá
"mentir a seu respeito".
"Fique tranquila, presiden-
te. A senhora não vai receber
de mim o que a senhora está
fazendo comigo. Eu não vou
agredir uma mulher, não vou
mentir a seu respeito. Eu vou
lhe tratar com todo o respeito,
AMOR E ÓDIONo sábado, ao lembrar da
morte do ex-governador de
Pernambuco, Eduardo Cam-
pos, que completava um mês,
Marina havia pedido "um dia
de trégua" na campanha.
No mesmo dia, Dilma decla-
rou que nesta eleição "tem
gente com muito ódio". Mari-
na também afirmou que o pre-
sidente da República está su-
jeito a críticas e que sofre pres-
são "24 horas por dia". Para
Dilma, quem ocupa o cargo
"tem de aguentar a barra".
Ela afirmou que os adversá-
rios estão fazendo uma políti-
ca "perversa".
Ainda no sábado, Marina de-
sabafou: "Eles estão me agre-
dindo muito e, quando eu peço
para eles pararem com a men-
tira e a calúnia, dizem que eu
estou me fazendo de vítima.
Olhem como a política ficou
perversa. Você tem de ser calu-
niado, apunhalado e ainda fi-
Fique tranquila. Asenhora não vaireceber de mim oque a senhora estáfazendo comigo. Eunão vou agrediruma mulher.MARINA SI LVA
A presidente disse ter ficado
indignada com as críticas de
Marina à gestão do PT na Pe-
trobrás e lembrou que a con-
corrente foi do PT durante 27
anos, dos quais boa parte per-
tenceu à bancada petista no
Congresso e à equipe de mi-
nistros do ex-presidente Lula.
"Ser presidente é aguentar
críticas e pressão todos os
dias. Tem que ter coluna verte-
bral. Quem leva críticas para o
lado pessoal não vai ser boa
presidenta", alfinetou.
Dilma deu as declarações
após fazer um pronunciamen-
to à imprensa sobre o Progra-
ma Ciência sem Fronteiras. A
presidente tem adotado a prá-
tica de conceder entrevistas
coletivas, no Palácio Alvorada,
sempre que não tem agenda
pública de campanha.
A presidente foi questiona-
da a respeito da situação do
ministro de Minas e Energia,
Edison Lobão, que foi citado
pelo ex-diretor da Petrobras
Paulo Roberto Costa, durante
depoimento de delação pre-
miada, como um dos benefi-
ciados no escândalo de paga-
mento de comissão da estatal.
Quem se achacoitadinha não podeser presidente daRepública. Quemleva críticas para olado pessoal não vaiser boa presidenta.DILMA ROUSSEFF
Podem agredir,podem mentir, quevamos oferecer aoutra face. Não paralevar um bofetão,que meu pescocinhonão aguenta.MARINA SI LVA
mas isso não significa que vou
deixar de dizer as verdades",
afirmou a ex-senadora.
Marina voltou a dizer que,
diante dos ataques dos adver-
sários, vai oferecer a outra fa-
ce. "Podem agredir, podem
mentir, que vamos oferecer a
outra face. Mas não é para le-
var um bofetão, que meu pes-
cocinho é tão fino que não
aguenta. Ao ódio, vamos ofe-
recer o amor, à preguiça, o tra-
balho, à corrupção, a honesti-
dade e competência. É disso
que eles têm medo. Podem
provocar, que nós não vamos
nos transformar neles."
A ex-ministra do Meio Am-
biente tornou a criticar ter sido
a única dos três principais can-
didatos a lançar um programa
de governo. Segundo ela, Dil-
ma e Aécio Neves querem ga-
nhar as eleições "com um che-
que em branco".
"A verdade é que nós temos
um plano de governo. (...) Nós
temos um programa e, infeliz-
mente, nem ela nem o Aécio
têm. Querem ganhar a Presi-
dência com um cheque em
branco. Não assinem cheque
em branco", pediu Marina aos
eleitores no evento.
A ex-ministra do Meio Am-
biente também afirmou que
"eles (os adversários) sabem
que estão mentindo" quando
dizem que, caso ela seja elei-
ta, acabará com programas
sociais do governo federal, co-
mo o Bolsa Família e o Minha
Casa, Minha Vida. Segundo
ela, por ser de origem pobre e
entender a realidade da popu-
lação, os programas serão
"mantidos e ampliados".
Ser presidenteé aguentarcríticase pressão todosos dias.Tem que tercoluna vertebral.DILMA ROUSSEFF
car calado e sorrir agradecen-
do. Filha de pobre, negra e
evangélica é para ser desres-
peitada, tratada com precon-
ceito. Estão disseminando
uma cultura de ódio no Brasil".
Houve gritos de aprovação
de parte da plateia quando
Marina disse ser evangélica. A
candidata disse que o Estado é
laico e que os brasileiros que-
rem viver em paz
Ontem, durante o comício,
Marina voltou a dizer que seus
adversários, sobretudo os pe-
tistas, estão desesperados
com seu desempenho e acu-
sou: "Eles (o PT) viraram uma
máquina de disputar o poder
pelo poder." (Agencias)
6 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014
VAI PIORAR
Por Bob Jungmann
TROCO
GATUNAGEM E CORRUPÇÃO
Em meio a muitos impropérios contra a mí-
dia, o ex-presidente Lula, imagina-se, de-
ve ficar apoplético ao navegar na web e ver a
quantidade de material produzido contra o
seu partido tratando de corrupção, numa es-
pécie de fustigação subliminar a sua candida-
ta. Há pólvora eleitoral em todos os stands,
com destaque também para os que relacio-
nam diversos gastos fabulosos do governo
com coisas como com a construção de portos
em Cuba e no Uruguai, perdão de dívida a paí-
ses africanos, compra e/ou construção de re-
finarias a preços superfaturados, desvios de
dinheiro público, etc, e até pedido de impea-
chment da presidente por isso.
Há certamente as contrapartidas promovi-
das pela coligação da presidenciável, compa-
rando situações entre administrações petis-
tas e as outras, mas chamam menos a atenção
justamente por se mostrarem na defensiva
em relação às acusações e pelo caráter menos
ácido no conteúdo e na forma.
OPÇÃO CONCILIADORA
Antipetistas de carteira assinada já pro-
põem, acima das intenções de votos co-
lhidas pelos institutos de pesquisa eleitoral,
uma alternativa à eterna disputa entre PT e
PSDB ou ao estilo Lula e o jeito FHC de gover-
nar que f icar ia
entre uma coisa e
outra: um segun-
do turno ent re
Marina e Aécio.
O c a r t a z f a z
uma a lusão ao
d e s e j o d e m u-
dança proposto
por ela e a reno-
vação propaga-
da por ele, jun-
tando-se, assim,
uma disputa en-
tre forças mais
parecidas entre
s i n a s e g u n d a
etapa de votação. E eles que resolvam entre
si quem é melhor de urna.
Na mesma toada, aecistas já vêm pregan-
do uma pesquisa feita no Facebook "com cer-
ca de 2.500 internautas distintos" que ele na
verdade estaria à frente de todos com 36%,
contra 19% de Marina e 15% de Dilma.
M U LT I A Ç Ã O
Nabriga por mais um
mandato no Con-
g r e s s o , o s e n a d o r
Eduardo Suplicy (PT)
inova em sua propa-
ganda. Além de ressal-
tar as qualidades de ho-
nestidade e retidão no
desempenho de suas
funções reconhecidas,
ele criou um espaço na
sua página na web inti-
tulado "Você sabia?",
em que mostra outras
v i r tudes e apt idões
além da política. Uma
delas é a de que foi lutador de boxe com bom desempenho nos rin-
gues, quando era mais moço.
Outra é que se dedicou com afinco à música, tendo aulas de piano e
canto, e que por isso se sente à vontade ao cantar em público, seja ao
lado dos filhos Supla e João ou de estrelas internacionais, como Joan
Baez, musa das canções de protesto nas décadas de 70 e 80 e diva dos
estudantes de então.
PRAGA
Mesmo tendo sido um
grande campeão de
votos na eleição anterior
sob a bandeira "pior que es-
tá não fica", o palhaço e de-
putado federal Tiririca atrai,
ao mesmo tempo, o incon-
formismo de eleitores pela
forma deliberadamente es-
culachada com que se apre-
senta no horário eleitoral,
com dançarinas rebolantes
atrás de si. "Vamos mostrar
a este imbecil que o único
palhaço nesta história toda
é ele mesmo", reclamam.
Apesar de ciente da revolta e indignação que venha a gerar, Tiririca insiste
nos deboches, apostando suas muitas fichas no chamado voto de protesto,
que já elegeu até um rinoceronte em São Paulo, o Cacareco. E ele próprio.
Imp ul si on a da por apenas
um ponto porcentual de
crescimento na última pes-
quisa do Datafolha – o que
lhe dá 36% e a coloca em em-
pate técnico com rival Mari-
na Silva, com 33% – a presi-
dente-presidenciável Dilma
Rousseff decidiu deixar de
lado a elegância na fala e
partir para um ataque direto
contra a adversária, pas-
sando a atingi-la da maneira
mais contundente.
A estratégia, colocada no
ar pelo amplo tempo no horá-
rio eleitoral gratuito a que
tem direito e ainda mais feroz
nas redes sociais, é reduzi-la
a algo como uma aventureira
despreparada, evangélica e
servil aos interesses de líde-
res pentecostais e afins, sem
experiência na gestão das
coisas públicas, incapaz de
compreender o funciona-
mento das rodas vorazes da
economia, uma pessoa sem
muito traquejo no diálogo
com partidos essenciais ao
apoio no Congresso e com
muitas fraquezas de ordem
gerencial especialmente
quanto ao agronegócio, por
conta de sua militância nas
questões ambientais.
O estopim para essa súbita
mudança de tática de com-
bate, como qualquer eleitor
minimamente informado sa-
be, atende pelo nome de Pau-
lo Roberto Costa, ex-diretor
de Abastecimento da Petro-
bras preso pela Operação La-
va Jato que aceitou a delação
premiada e revelou, em de-
poimentos à Polícia Federal,
um esquema de propinas na
estatal envolvendo 32 depu-
tados e senadores, um minis-
tro e um governador. A l a rm a-
dos com o teor das declara-
ções dele, todos querem
acesso aos seus depoimen-
tos, mas o procurador-geral
da República, Rodrigo Janot,
já deixou claro que nada vai
ser liberado até o final das
investigações, nem mesmo
para a presidente Di lma
Rousseff e muito menos pa-
ra o PT, que tem na petrolei-
ra uma base política de âm-
bito estrutural.
Um grupo de parlamenta-
res integrantes da CPI mista
do Congresso para apurar os
desvios na empresa foi até a
Procuradoria pressionar pe-
la liberação das declarações
de Costa, mas voltou frus-
trado com a negativa, em
tom definitivo.
O poder explosivo das in-
formações do delator ainda é
desconhecido, o que eleva
ainda mais o temor de que se
trate de algo mais estarrece-
dor do que se supõe.
Há quem aposte que Paulo
Roberto Costa, funcionário
da Petrobras por 30 anos, te-
nha sido precavido e guarde
os documentos comprobató-
rios de tudo o que diz sobre o
esquema. Isso lhe daria uma
concessão de pena mais
branda, que seria o seu pro-
pósito, já que ficará preso por
um bom tempo.
Depois de muita conversa,
a convocação do denuncian-
te para falar à CPI no Congres-
so, ainda dependente da au-
torização do Supremo Tribu-
nal Federal (STF), foi prelimi-
narmente marcada para a
próxima quarta-feira, mas
ninguém seria tão ingênuo a
ponto de imaginar que ele
possa escancarar o jogo tão
abertamente quanto teria fei-
to nas dependências da PF e
cause estragos maiores que
os já provocados pelo vaza-
mento superficial de suas
confissões. Esse risco, pelo
menos em tese, não existiria.
O outro foco de enxovalhos
a Marina Silva por parte da
militância virtual petista está
no setor bancário, mais preci-
samente na coordenadora do
programa de governo da pes-
sedista, Maria Alice Setúbal,
a Neca, que vem a ser uma
das herdeiras do Itaú. Dilma
indiretamente disse que não
era sustentada por banquei-
ros, como se Marina fosse,
numa referência à Neca.
Marina, por sua vez, quei-
xou-se da "satanização" da
amiga pela esquerda majori-
tariamente representada pe-
lo PT, que passou a tratá-la
como banqueira, e não como
educadora – como era trata-
da quando cuidava do pro-
grama do prefeito paulistano
Fernando Haddad.
Esse é um dos fronts em
que o fogo será centrado por
mais algum tempo e os mari-
nistas sabem disso.
O terceiro alvo consiste na
independência do Banco
Central pregada pela ex-se-
nadora e combatida com ve-
emência pela presidente,
que alerta para consequên-
cias da falta de controle sobre
a taxa de juros e o câmbio,
com reflexos diretos na infla-
ção. A questão é polêmica en-
tre economistas, mas não no
comitê dilmista, que aponta o
fato como um perigo não en-
xergado pela oponente.
A julgar pelo tiroteio em
curso, a truculência entre in-
ternautas dos dois lados só
tende a aumentar nos próxi-
mos dias.
Sebastião Moreira/EFE
Defenestrado por anteci-
pação do ministério da
Fazenda pela sua chefe, Gui-
do Mantega passou a contar
com a solidariedade e o apre-
ço em sua saída até de quem
divergia integralmente de
suas medidas para recuperar
o pibinho (expressão cunhada
por ele), conter o galope infla-
cionário, estimular o emprego
e instigar o crescimento.
A explicação para o fato, segundo analistas, é que o ministro nunca agia por conta
própria, tendo Dilma sempre às suas costas, determinando o que deveria ser feito
nesta ou naquela situação. Para reforçar suas convicções, às vezes contrariando as
dele, a presidente buscava a opinião de terceiros, no segundo escalão.
O próximo a deixar o governo, nas mudanças anunciadas em campanha por Dil-
ma, seria o titular da pasta das Minas e Energia, Edison Lobão, citado como um dos
beneficiários do esquema de falcatruas na Petrobras.
DEFESA
Entre os três candidatos ao Palácio do Planalto,
contudo, Dilma surge, disparada, como a que
mais enfrenta investidas dos adversários. De um la-
do, tem que se defender das ofensivas do PSB e seus
simpatizantes, que embora um pouco mais suaves
no tom, também apontam na direção dos desman-
telos governamentais e nos constantes escândalos
que cercam parte dos seus integrantes.
De outro, o tucano Aécio Neves e seus batalhões,
que recarregaramfartamenteos seusarsenaisapar-
tir dos custosos malfeitos que vieram à tona com o ca-
so da Petrobras e passaram a investir pesado tanto na
internet quanto no horário eleitoral gratuito.
Terceiro colocado nas pesquisas, Aécio não deixa de
alfinetar Marina, sobretudo por ela admitir a possibli-
dade de governar ao lado de tucanos como José Serra
ou de petistas como Eduardo Suplicy. Mas as críticas
corrosivas são dirigidas com muito maior agressivida-
de contra Dilma e o apoderamento da máquina gover-
namental pelos petistas. O objetivo seria atrair de vol-
ta para a sua candidatura os eleitores desencantados
com a polarização entre PT e PSDB, que teriam migra-
do para a incógnita personificada em Marina.
Entre dezenas de posts do tipo "eu não votaria em
Dilma de jeito nenhum", um deles diz que Lula não
sabia de nada no caso do Mensalão, e que no caso da
Petrobras "Dilma não fazia a menor ideia".
sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7
Repito, o Brasil não é para amadores(...) isso não vai funcionar.Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência.
'NÃO TAMPO SOL COM PENEIRA'É o que diz Aécio, na Cufa de Madureira, com Ronaldo. Lá, critica governo do PT e o projeto de Marina Silva.
Osenador Aécio Ne-
ves, candidato tu-
cano à Presidência,
esteve ontem na
Central Única das Favelas (Cu-
fa), em Madureira, Zona Norte
do Rio, e aproveitou para alfi-
netar a ex-senadora Marina
Silva (PSB).
Ao comentar o quadro de
apoios no Estado, onde inte-
grantes do "Aezão" – grupo de
apoio à candidatura do tucano
e do governador Luiz Fernan-
do Pezão (PMDB) – c om eç a-
ram a abandonar a aliança se-
lada pelo PMDB fluminense,
Aécio afirmou que não "tampa
o sol com a peneira" e não mu-
da de ideia porque alguém tui-
tou algo contra sua proposta.
"O quadro mudou, estamos
tendo uma segunda eleição
após a morte de Campos. Eu
não tampo o sol com a peneira,
as coisas mudaram, o errado
seria eu mudar de ideias por-
que alguém tuitou algo contra
proposta minha, ou mudar de
ideia porque preciso agora
agradar um setor da econo-
mia que tem voto."
"Como no caso do agrone-
gócio com a Marina, que tem
sido frontalmente contrária ao
avanço dos transgênicos no
Brasil. Não fossem os transgê-
nicos, não estaríamos empre-
gando milhares de pessoas",
provocou ele, em referência
ao recuo dela em seu progra-
ma de governo na proposta so-
bre casamento gay, que teria
acontecido depois de posta-
gem do pastor Silas Malafaia
no Twitter.
Aécio também criticou a
aproximação de Marina com o
agronegócio e defendeu o
plantio de transgênicos.
Menina dos olhos do governo
Pezão, as Unidades de Polícia
Pacificadora (UPPs) também fo-
ram alvo de ataque do senador.
Ele afirmou que as UPPs são o
primeiro passo, mas só isso não
resolve: "Não adianta você le-
var apenas UPP, é importante,
mas precisamos levar investi-
mentos, emprego, qualificação
às pessoas para não ficar no
meio do caminho. Elas são o pri-
meiro passo, mas ficar só nisso
não resolve.
Ele criticou também as duas
outras propostas de governo
de suas adversárias e voltou a
dizer que Dilma Rousseff (PT)
terá dificuldade em se reele-
ger porque a economia fracas-
sou. Sobre Marina, afirmou
que não basta "pinçar pes-
soas" para formular um bom
projeto de governo. E se colo-
cou como a mudança no cami-
nho correto.
"Repito, o Brasil não é para
amadores, não adianta pen-
sar que vai pinçar uma pessoa
aqui outra acolá e fazer um
projeto de governo, isso não
vai funcionar. Nosso projeto
vai permitir o Brasil não ape-
nas mudar, mas mudar no ca-
minho correto."
Ao ser anunciado pelos inte-
grantes da Cufa, Aécio foi
vaiado, mas o protesto logo foi
abafado por aplausos dos pre-
sentes. "Minha expectativa é
que, depois de várias ondas
nessa eleição, está chegando
a hora da onda da razão", afir-
mou, ao lado do ex-jogador
Ronaldo, que reiterou seu
apoio ao tucano.
Eles estiveram na Cufa no
lançamento do livro Um paíschamado favela, de Celso Athay-
de, idealizador da organização,
e Renato Meirelles, diretor do
Instituto Data Popular, que ma-
peou o comportamento de mo-
radores de 63 favelas.
O ex-jogador da Seleção
Brasileira, que financiou o pri-
meiro projeto feito pela Cufa,
criticou o governo do PT e dis-
se: "O Brasil está cansado des-
sa sequência sem fim de es-
cândalos, a gente tem que
mudar isso. E a hora é agora,
vamos começar uma partida
para virar esse jogo e voltar a
fazer o Brasil crescer. O nosso
candidato vai resolver e me-
lhorar a vida dessas pessoas.
Todos sabem da minha amiza-
de com Aécio". Ronaldo, cres-
ceu em Bento Ribeiro, bairro
vizinho a Madureira, onde fica
a nova instalação da Cufa.
O livro diz que 76% dos mora-
dores de favelas acreditam que
a vida melhorou, mas só 1%
creditam o resultado à iniciati-
vas do governo. E Aécio com-
pletou: "Ninguém acha que foi
o governo que melhorou a sua
vida". (Agência O Globo)
Igo Estrela/ObritoNews
Aécio em encontro com lideranças da Central Única de Favelas (Cufa) no Rio, com o apoio Ronaldo.
Eu não vou mais,mas minha mulher vai.
Se essa moda pega...
pode ter registro bar-
rado ou ser Ficha Su-
ja, não importa... o marido
governa por meio da mu-
lher... É o caso do ex-gover-
nador José Roberto Arruda e
mais dois candidatos. Arru-
da, por exemplo, teve regis-
tro barrado pelo Tribunal
Superior Eleitoral com base
na Lei da Ficha Limpa e re-
solveu, no sábado, renun-
ciar à candidatura ao gover-
no do Distrito Federal pelo
PR. Jofran Frejat deve subs-
tituí-lo, tendo a mulher de
Arruda como vice – Flávia
Arruda, também do PR.
Arruda foi condenado
pelo Tribunal de Justiça do
DF por improbidade admi-
nistrativa no dia 9 de julho,
em segunda instância, pe-
lo suposto envolvimento
no esquema de corrupção
conhecido por Mensalão
do DEM. Com isso, a candi-
datura dele foi barrada pe-
lo TSE. O candidato entrou
com recursos na Justiça,
mas não obteve decisão
favorável.
Os outros dois candida-
tos a governador barrados
pela Ficha-Limpa e que de-
sistiram da candidatura nos
últimos dias são José Riva
(PSD), candidato ao gover-
no de Mato Grosso e Neudo
Campos (PP), candidato a
governador em Roraima.
Os Riva – A ex-secretária
de Cultura de Mato Grosso
Janete Riva foi lançada pelo
PSD como candidata ao go-
verno de Mato Grosso na
sexta-feira. Ela assumiu o
lugar do marido, o deputa-
do estadual José Riva (PSD),
que teve a candidatura in-
deferida pelo Tribunal Su-
perior Eleitoral (TSE). Riva
foi impedido de continuar
na disputa com base na lie
da Ficha Limpa.
Em discurso, Janete disse
que sua campanha terá
uma abordagem um tanto
"maternal", na tentativa de
transmitir à população –em
pouco mais de 20 dias até o
1º turno –- a ideia de que
uma governadora, por ser
mulher, teria melhores con-
dições de "cuidar" do povo.
Os Campos – O candidato
Neudo Campos (PP), que te-
ve o registro de candidatura
negado duas vezes pelo Tri-
bunal Regional Eleitoral de
Roraima (TRE-RR) e é consi-
derado ficha suja pela Lei da
Ficha Limpa, anunciou na
sexta-feira, em Boa Vista,
que a mulher, Suely Cam-
pos (PP), é a nova candidata
ao Governo de Roraima. A
candidatura de Suely ainda
não foi oficializada no TRE.
Ao anunciar a candidatu-
ra da mulher, afirmou que
Pau lo César Quar t ie ro
(DEM) continua como vice
na chapa. Disse ainda que
Suely era a melhor opção
para substitui-lo e que ele
'será uma sombra' da mu-
lher: "Tive de deixar a can-
didatura e escolhi colocar a
minha esposa, pois confio
nela e nós seguiremos jun-
tos na disputa eleitoral",
sustentou o político.
Questionada se manterá o
plano de governo de Cam-
pos, Suely afirmou que deve-
rá seguir as mesmas propos-
tas defendidas por ele. "Ela-
boramos o plano juntos e por
isso irei seguir com o que já
estava previsto". (Agências)
8 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014
A rainha enigmáticaA rainha Elizabeth II que-
brou seu silêncio em relação
ao referendo sobre a indepen-
dência da Escócia, dizendo on-
tem que ela espera que esco-
ceses pensem com muito cui-
dado sobre o futuro.
A monarca de 88 anos fez o
comentário na saída da missa
em uma igreja perto de sua re-
sidência escocesa, onde passa
as férias de verão.
"Eu espero que as pessoas
pensem com muito cuidado
sobre o futuro", disse a rainha
Elizabeth, para a surpresa dos
e s p e c t a d o re s .
O Palácio de Buckingham ti-
nha divulgado um comunica-
do na semana passada desta-
cando a neutralidade da mo-
narca sobre o plebiscito.
Mas os dois lados se apressa-
ram a reivindicar para si a fala
da rainha. Para a campanha se-
paratista, ela "ecoou a mensa-
gem" que os defensores do
"sim" estavam enviando aos
eleitores. Já os defensores do
"não" também enxergaram um
apoio velado da soberana.
Seja qual for o resultado da
votação desta quinta-feira,
Elizabeth ainda poderia ser
rainha da Escócia, uma vez
que a maioria dos escoceses
faz questão de mantê-la como
chefe de Estado, mesmo que
votem pela independência.
De quatro novas pesquisas,
três mostram aqueles em fa-
vor de manter a união com
uma vantagem de 2 a 8 pontos
percentuais. Uma pesquisa da
ICM, no entanto mostra sim-
patizantes da independência
na liderança, com 54%, e unio-
nistas com 46%. (Agências)
Robert Perry/EPA/EFE - 06/09/14
Cameron ameaçao Estado Islâmico,mas não morde.
trabalhava para a agência hu-
manitária francesa Acted.
O Estado Islâmico postou, no
sábado, um vídeo na internet
com o objetivo de mostrar que
tinha decapitado Haines.
O vídeo, intitulado "Uma
Mensagem para os aliados da
América," abriu com o primei-
ro-ministro britânico falando
sobre trabalhar com o gover-
no iraquiano e as forças alia-
das curdas Peshmerga para
derrotar o EI.
"Este homem britânico tem
de pagar o preço de sua pro-
messa, Cameron, de armar o
Peshmerga contra o Estado Is-
lâmico", disse um homem mas-
carado, vestido de preto, com
um sotaque britânico, de pé ao
lado de Haines, que foi mostra-
do ajoelhado e vestindo um ma-
cacão laranja (a b a i xo ).O vídeo, em seguida, mos-
trou a decapitação do homem
a j o e l h a d o.
No final do
vídeo, outro
refém, identi-
ficado como
Alan Henning,
foi mostrado e
o h o m e m
m a s c a r a d o
disse que ele
seria morto se
Cameron continuasse a apoiar
a luta contra o EI.
Recentemente, os militan-
tes do EI decapitaram dois jor-
nalistas norte-americanos e
postaram vídeos que mostra-
vam as decapitações na inter-
net. No fim do último vídeo da
morte de Steven Sotloff, eles
ameaçaram matar Haines.
Falando depois de presidir
uma reunião do comitê de res-
posta a emergências do gover-
no em Londres, o primeiro-mi-
nistro Cameron disse que seu
governo luta em várias frentes,
mas, por enquanto, não lança-
ria ataques aéreos.
"Estamos prontos para to-
mar as medidas necessárias
para lidar com esta ameaça e
manter nosso país seguro",
disse ele em um comunicado
televisionado feito a partir de
seu escritório.
Ao mesmo tempo, ele conde-
nou o assassinato e disse que
levará os assassinos à Justiça.
"Vamos caçar os responsá-
veis e levá-los à Justiça, não
importa quanto tempo leve.
Temos de enfrentar essa
ameaça", disse.
O Reino Unido, no passado,
foi muitas vezes o primeiro a
aderir à ação militar dos EUA
no exterior, mas a opinião pú-
blica está cansada da guerra,
o Parlamento rejeitou no ano
passado ataques aéreos so-
bre a Síria, e questões sensí-
veis em torno do referendo de
independência da Escócia, na
próxima quinta-feira, signifi-
cam um Cameron reticente
desta vez.
Até agora, ele tem adotado a
estratégia de tentar colocar
pressão sobre o EI, apoiando
um governo de unidade no Ira-
q u e , t r a b a-
lhando para
garantir que
as forças re-
gionais curdas
tenham as ar-
mas e supri-
mentos para
lutar contra os
extremistas, e
prestando ajuda humanitária.
O secretário de Estado dos
EUA, John Kerry, deve discutir
a decapitação de Haines com
o secretário de Relações Exte-
riores britânico, Philip Ham-
mond, em uma reunião sobre
o EI em Paris hoje.
Em entrevista à rede CBSdi-
vulgada ontem, Kerry confir-
mou que os EUA estão "em
guerra" com o EI, um termo
que tinha evitado.
"Sim, estamos em guerra
com a Al-Qaeda e suas filiais. E
no mesmo contexto se quise-
rem usar, sim, estamos em
guerra com o EI", disse.
Os EUA disseram ontem que
vão indicar aliados nos próxi-
mos dias que concordaram
em enviar tropas para lutar
contra o EI. (Agências)
Um turista que virou espião
Marko Djurica/Reuters
KCNA/Reuters
A decapitação do britânico
David Haines pelos militantes
do Estado Islâmico (EI) e a
ameaça de matar um segundo
refém britânico não foram sufi-
cientes para convencer o pri-
meiro-ministro britânico, David
Cameron, a se juntar à coalizão
internacional organizada pelos
Estados Unidos para erradicar o
grupo fundamentalista. Em de-
claração ontem, Cameron pro-
meteu "caçar" os responsáveis
pela morte de Haines, mas não
declarou apoio aos ataques aé-
reos norte-americanos contra
os radicais que ocupam vastas
áreas no Iraque e na Síria.
Haines, um pai de 44 anos de
Perth, na Escócia, foi seques-
trado no ano passado enquanto
Armas a caminho de KievO ministro da Defesa da
Ucrânia,Valeriy Heletey, disse
ontem que os integrantes da
Organização do Tratado do
Atlântico Norte (Otan) come-
çaram a entregar armas ao
seu país para equipá-lo a lutar
contra os separatistas pró-
russos (acima, em Luhansk, noleste ucraniano), também com
o objetivo de "parar" o presi-
dente russo, Vladimir Putin.
Heletey, que não citou a ori-
gem das armas, disse em en-
trevista coletiva que cerca de
3,5 mil soldados russos esta-
vam agora em território ucra-
niano, com mais de 25 mil reu-
nidos do lado russo da frontei-
ra comum. (Reuters)
A Coreia do Norte condenou
um cidadão norte-americano
de 24 anos a seis anos de tra-
balhos forçados, por entrar no
país ilegalmente e tentar rea-
lizar atos de espionagem.
Matthew Todd Miller, de Ba-
kersfield, no Estado da Califór-
nia, se junta a Kenneth Bae co-
mo o segundo norte-americano
que atualmente cumpre pena
de trabalhos forçados na Coreia
do Norte. Um terceiro, Jeffrey
Fowle, está atualmente aguar-
dando julgamento.
"Ele cometeu atos hostis à
República Democrática Popu-
lar da Coreia ao entrar no ter-
ritório do país sob a aparência
de um turista em abril passa-
do", disse o comunicado divul-
gado pela mídia estatal. A ver-
são coreana do comunicado
descreve a punição de Miller
(acima, sentado no tribunal ao la-do de um soldado norte-corea-no) como uma sentença de
"reeducação pelo trabalho".
Miller entrou na Coreia do
Norte por meio de um tour pri-
vado organizado por uma em-
presa norte-americana, a Uri
Tours, que organiza viagens
para o país.
Em um julgamento que du-
rou cerca de 90 minutos, o juiz
disse que Miller rasgou seu vis-
to de turista no aeroporto de
Pyongyang, após sua chegada,
em 10 de abril, e admitiu ter a
"ambição selvagem" de experi-
mentar a vida na prisão para
poder secretamente investigar
a situação dos direitos huma-
nos na Coreia do Norte.
Anteriormente, acreditava-
se que Miller tinha pedido asilo
quando entrou Coreia do Norte.
Durante o julgamento, no en-
tanto, a promotoria argumen-
tou que era um disfarce e que
Miller também afirmou falsa-
mente ter informações secre-
tas sobre as forças militares
norte-americanas na Coreia do
Sul em seu iPad e iPod.
A Coreia do Norte ainda não
anunciou uma data para o jul-
gamento de um terceiro cida-
dão norte-americano, Jeffrey
Fowle, de 56 anos, de Miamis-
burg, no Estado de Ohio, que foi
preso em maio deste ano por
deixar uma Bíblia debaixo de
uma lata no banheiro de um clu-
be de marinheiros na cidade
portuária de Chongjin.
Além desses dois turistas,
Pyongyang deteve o norte-
americano de origem coreana
Kenneth Bae, um missionário
e agente de turismo de 44
anos que foi detido em novem-
bro de 2012 quando liderava
uma viagem organizada na
zona econômica especial de
Rason, no noroeste da Coreia
do Norte.
Bae foi depois condenado a
15 anos de trabalhos forçados
por supostamente realizar ati-
vidades religiosas no país.
Em entrevista à rede CNNno
começo deste mês, os três
norte-americanos detidos pe-
diram a Washington que man-
de enviados especiais para a
Coreia do Norte para conse-
guir sua repatriação.
No passado, o regime norte-
coreano libertou diversos nor-
te-americanos após complexas
rodadas de negociações diplo-
máticas. (Agências)
SITE/Reuters - 13/09/14
sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9
A arte de recriar os dinossaurosPintores e escultores especializados trazem de volta o mundo dos gigantes extintos. Acervo está em exposição no Museu Americano de História Natural, em Nova York.
Helene StapinskiThe New York Times
Em um estúdio de pro-
dução iluminado no
Museu Americano de
História Natural, em
Nova York, 12 artistas traba-
lhavam duro, de cabeça baixa
e superconcentrados. Em um
canto, um escultor estava mo-
delando a argila para criar um
réptil voador do tamanho de
um gato, o r h a mp h o r hy n c hu s ,utilizando os traços deixados
pelo animal em uma pedra es-
cavada em Utah. Em uma sala
isolada, com roupas especiais
e máscaras de respiração,
uma equipe de três pessoas es-
tava criando outro tipo de pte-
rosauro, como são conhecidos
os répteis voadores: um tr o-pe ogn ath us de quase três me-
tros feito de espuma, fibra de
vidro e massa epóxi em torno
de uma estrutura de alumínio.
Porém, no meio disso tudo
estava o chefão – o quetzalcoa-tlus de 8,5 metros, com a mes-
ma envergadura de um caça a
jato e a cabeça do tamanho de
uma canoa. A estrela da atual
exposição do museu é "Ptero-
saurs: Flight in the Age of Dino-
saurs" (Pterossauro: O Voo na
Era dos Dinossauros), que te-
ve quatro artistas trabalhan-
do nela em tempo integral. (Ol i n k d a e x p o s i ç ã o éh t t p: / / w w w. a m n h .o r g / e xh i b i-tions/current- exhibitions/ptero-saurs-flight-in-the -age -of- dino-saurs).
A escultora Hannah Rawe
estava sentada ao lado de um
animal cheio de espuma, ras-
pando os pelinhos de seu om-
bro gigantesco. Em determi-
nado momento, ela parou pa-
ra perguntar ao chefe onde os
cabelos deveriam terminar e a
pele lisa deveria começar no-
vamente. Eles enviaram um e-
mail a Alexander Kellner, um
dos dois curadores da exposi-
ção, paleontólogo do Museu
Nacional, no Brasil. Pare no
pulso, ele instruiu. E foi isso
que Rawe fez.
Darwin – Em cada nova ex-
posição, incluindo "Darwin",
"Whales: Giants of the Deep"
(Baleias: Gigantes do mar),
"The Power of Poison" (O poder
do veneno) e agora esta expo-
sição com o pterossauro, os
cientistas transformam os
conceitos em obras visuais. E
os artistas exibem paciente-
mente as minúcias científicas
dos especialistas do setor.
"Essa é a oficina do Papai
Noel aqui no museu", afirmou
o porta-voz do museu, Rober-
to Lebron, sobre o estúdio de
exposições, no quinto andar.
"Essas são as pessoas que
criam tudo isso".
Nos últimos 90 anos, artistas
e escultores – conhecidos co-
mo preparadores de museu –
trabalharam nessa sala. A taxi-
dermia das exibições e cenas
mais famosas do museu foi fei-
ta aqui nos anos 1930. Nas pa-
redes do estúdio há chifres,
peixes e moldes de espécimes
antigos, bem como uma foto
em preto e branco de trabalha-
dores raspando a pele de um
elefante para o Salão Akeley de
mamíferos africanos.
E xe c u t i v o s – Esses animais
ainda enchem as salas do mu-
seu, como se estivessem con-
gelados no tempo. Contudo, a
atividade intensa que aconte-
ce atualmente no estúdio nun-
ca parece chegar ao fim. Ge-
ralmente o museu apresenta
duas exposições especiais por
ano, com os trabalhos de uma
começando justamente quan-
do a outra acaba. A criação de
cada exposição começa da
mesma forma, com os execu-
tivos que administram o mu-
seu aprendendo e dando
ideias aos curadores de cada
exposição. Desta vez os res-
ponsáveis são Kellner e Mark
A. Norell, chefe de paleontolo-
gia do museu, que já fez a cu-
radoria de mais exposições do
que qualquer outra pessoa da
equipe.
Norell e seus colegas cien-
tistas trabalham lado a lado
com os artistas para fazer os
desenhos de cada espécime.
Juntos, eles decidem qual será
a aparência da criatura, com
base nos fósseis e nos mate-
riais de pesquisa, e depois em
que posição ela ficará: voan-
do, batendo as asas, de boca
aberta, ou fechada. As cores
de um animal extinto há mi-
lhões de anos podem ser mui-
tas vezes determinadas por
melanossomas – corpos inter-
celulares que podem ser pre-
servados pelos fósseis.
Quantidades diminutas de
resíduos químicos que indi-
cam alguma coloração podem
estar presentes. Com base em
discussões e pesquisas, os ar-
tistas fazem seus desenhos,
que devem ser aprovados por
Norell, geralmente com algu-
mas idas e vindas. Depois dis-
so tudo, a equipe dá início ao
processo de construção.
Pla ntas – Alguns membros
da equipe de exposições têm
formação em biologia, e fa-
zem boa parte da pesquisa por
c o n t a p r ó p r i a . J a s o n
Brougham, que trabalhou em
uma cena da atual exposição,
pesquisou o pterossauro e os
peixes que seriam incluídos,
bem como as plantas que per-
tenciam ao início do período
Cretáceo. Ele deu indicações
sobre a anatomia para muitos
outros artistas.
Embora a maior parte da
equipe ainda estivesse traba-
lhando na exposição "O poder
do veneno", Brougham já es-
tava imerso no mundo dos di-
nossauros voadores e seu
meio ambiente. Ele trabalhou
com John Maisey, um paleon-
tólogo da equipe, que fez es-
cavações na Formação Ro-
mualdo, área rica em fósseis
no Brasil. Brougham fez gra-
duação em biologia e passou a
atuar como ilustrador científi-
co, realizando seu mestrado
em artes plásticas, com foco
em pintura. No museu, suas
outras criações incluem répli-
cas do cérebro humano e mo-
delos de cobre das proteínas
do genoma.
"Vim para Nova York para
me tornar um grande pintor",
afirmou Brougham. "Mas con-
segui um emprego aqui e me
apaixonei completamente pe-
la arte científica, reconstruin-
do animais extintos. Realmen-
te encontrei minha vocação. E
adoro os coquetéis do museu:
investidores bil ionários e
crianças de cinco anos con-
versam com o mesmo interes-
se", acrescentou.
Para a cena, Brougham tam-
bém trabalhou ao lado de Kell-
ner, utilizando o fóssil do crânio
de um thalassodromeus, a partir
de onde extrapolaram qual te-
ria sido a aparência do restante
do animal. Eles examinaram
uma espécie de pterossauro si-
milar, a tupuxuara, para recriar
o restante do corpo. "A maioria
das perguntas que os artistas
nos fazem não têm resposta",
afirmou Kellner. Mas quanto
mais pesquisas são feitas,
maior a certeza de como seria
um animal que está extinto há
66 milhões de anos.
Os curadores observam o
processo de perto, passeando
pelo local de tempos em tem-
pos, ou, quando estão distan-
tes, recebendo fotos do pro-
gresso e indicando alterações
e sugestões. Além disso, uma
reunião semanal é realizada
para discutir o progresso da
ex p o s i ç ã o.
Às vezes, as mudanças na
ciência ocorrem tão rapida-
mente que as criações artísti-
cas precisam mudar conside-
ravelmente. Por exemplo, Mi-
chael Habib, consultor cientí-
f i c o e s p e c i a l i z a d o n a
aerodinâmica do pterossauro,
estava prestes a publicar um
novo estudo, e sugeriu que os
corpos de todos os modelos fi-
cassem um pouco mais ma-
gros. Os pés do qu etz al coa tl ustambém passaram por enor-
mes modificações: em vez de
cinco, apenas quatro dedos
em cada pé; além disso, eles
foram encurtados e as unhas
re t i r a d a s .
As mudanças no quinto an-
dar foram então relatadas pa-
ra os artistas multimídia dois
Fotos de Piotr Redlinski/The New York Times
andares abaixo, para que seu
trabalho – que inclui imagens
digitais do pterossauro voan-
do – ficassem de acordo. Ao in-
vés de ficarem frustrados com
as mudanças constantes em
suas criações, a maioria dos
artistas parece ter orgulho de
trabalhar com perfeição.
Homem – Tom Doncourt, ar-
tista e ex-carpinteiro que fez o
esboço original do qu et z al co a-tluspara a exposição com base
no esqueleto do museu, afir-
mou que o desafio colocado
pelas rápidas mudanças de in-
formação não ocorre apenas
na ciência dos répteis pré-his-
tóricos. O Salão das Origens
do Homem, construído nos
anos 1990, ficou rapidamente
ultrapassado por conta das
descobertas antropológicas,
a f i rm o u .
"Às vezes a coisa fica obso-
leta no segundo em que termi-
namos de fabricá-la", afirmou
Doncourt, atual preparador
sênior no museu.
Mick Ellison, que trabalhou
com Norell por 24 anos fotogra-
fando fósseis e reconstruindo
animais a partir deles, afirmou
que não gosta de se basear em
desenhos anteriores, pois é im-
possível garantir sua precisão.
Segundo ele, os erros po-
dem ser transmitidos de um
artista para o outro, ano após
ano. Na exposição das baleias,
que ficou em cartaz no ano
passado, Ellison, artista sê-
nior no museu, usou uma man-
díbula para recriar um a n-drewsarchus inteiro, um paren-
te terrestre muito distante das
baleias.
"Era esse animal enorme e
peludo que sempre teve uma
aparência completamente er-
rada, se olharmos com aten-
ção para o fóssil", afirmou Elli-
son. "Não se parecia nem um
pouco com o que era utilizado
nos programas do Discovery
Channel e nos filmes de dinos-
s a u ro s " .
Por isso, Ell ison prefere
sempre começar os projetos
do zero. "É muito bom se apro-
ximar da verdade", afirmou.
Reprodução fiel: a artista Rebecca Meah conclui a pintura de um exemplar do réptil voador "tropeognathus" feito de espuma, fibra de vidro e alumínio. Mas o modelo é feito a partir de informações científicas.
Ciência e criatividade unidas na reconstrução do passado
10 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014
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O MUNDO ABRE AS PORTAS PARA QUEM ESTÁ MELHOR PREPARAD
Foco na gestão empresarialEspecialista faz palestra na Distrital
Centro com o objetivo de de orientarempreendedores sobre a importância
de uma gestão empresarial eficaz,visando resultados comerciais.
André de Almeida
OBrasil é frequente-
mente apontado
por especialistas
como um dos países
mais empreendedores do
mundo. Segundo dados da
pesquisa GEM (Global Entre-
preneurship Monitor), feita em
68 países, sete de cada dez
brasileiros que abrem uma em-
presa tomam a iniciativa por
identificar momento favorável
para ganhar dinheiro sendo
donos do próprio negócio.
No entanto, apesar do de-
sempenho no quesito empre-
endedorismo por oportunida-
de, uma em cada quatro em-
presas abertas no País fecha
as portas em até dois anos. As
causas para este alto índice de
mortalidade são diversas,
mas grande parte delas deve-
se à má administração ou à fal-
ta de gestão profissional.
Com o objetivo de orientar
empreendedores sobre a im-
portância de uma gestão em-
presarial eficaz – com foco em
resultados comerciais –, a Dis-
trital Centro da Associação Co-
mercial de São Paulo (ACSP)
promoveu palestra com o con-
sultor empresarial Waldir Cis-
zevski, diretor da Qualitivity
Consultoria & Gestão Empre-
sarial. O especialista deu im-
portantes dicas para que os
empresários melhorem seus
resultados, aumentando o vo-
lume e a qualidade de vendas.
E TA PA S
Para obter um gerenciamen-
to empresarial eficaz, o consul-
tor explicou que, antes de tu-
do, é preciso planejar todo o
processo de vendas, passo a
passo. "O empresário deve sa-
ber claramente quem são seus
potenciais clientes, por que
eles compram, além de como,
onde e quando compram". Lo-
go após vem a abordagem ini-
cial, ou seja, o primeiro contato
com o cliente. "Aí a palavra-
chave é investigação, ou seja,
é preciso entender suas neces-
sidades, problemas e dese-
jos", disse Ciszevski.
Depois de conhecer melhor
o cliente, é hora de começar a
planejar a solução e apresen-
tar uma proposta, consideran-
do os atributos do produto que
o cliente mais valoriza, em
uma linguagem lógica, clara e
criativa. Em seguida vem o
processo de negociação e fe-
chamento da venda. "Uma
das etapas mais importantes,
e muitas vezes negligencia-
das, é a da pós-venda. Verifi-
que pessoalmente se o que foi
acordado com o cliente foi efe-
tivamente realizado. Da mes-
ma forma, entre em contato
com o cliente para saber de
sua satisfação e coloque-se à
disposição dele para outras
necessidades".
Uma condição fundamental
para que o gerenciamento
empresarial seja eficaz é co-
nhecer profundamente todos
os problemas que afetam o dia
a dia do empresário. "A partir
do diagnóstico, deve-se recor-
rer a indicadores, traçar me-
tas e fazer acontecer". Outra
dica importante é contar com
uma equipe de funcionários e
colaboradores altamente trei-
nada e motivada, com metas
definidas a cumprir. "É preciso
inovar, surpreender, encan-
tar", ressaltou o consultor.
Freebievestors
R E A L I DA D E
O cenário econômico do
País, de acordo com Ciszevs-
ki, está relacionado de forma
direta com o desempenho
das empresas. Entretanto, o
consultor recomenda que o
empresário saia da "vala co-
mum", isto é, que não se dei-
xe levar por estimativas ge-
neralistas. "O mercado é mo-
vido por expectativa e con-
f i a n ç a , f a t o r e s q u e
influenciam na tomada de
decisão do empresário", dis-
se o consultor.
"Quando vemos no noticiá-
rio que o Brasil vai crescer
0,5%, por exemplo, isso não
significa que todos crescerão
nesta proporção. A lguns
apresentarão quedas em
vendas, outros ficarão está-
veis, enquanto que muitos
crescerão mais de 50%. O
empresário deve ter sua pró-
pria expectativa, esquecen-
do um pouco o mercado", fi-
nalizou o consultor.
Waldir Ciszevski em palestra para empreendedores na Distrital Centro da ACSP
Camp recebe homenagemduas décadas em prol da
educação, da inclusão social
e da inserção de jovens no
mercado de trabalho.
O Camp Centro iniciou suas
atividades em 1992, quando
alguns diretores e
conselheiros da ACSP -
incluindo José Silva, seu
falecido marido - iniciaram
um projeto que consistia em
dar aulas a jovens de menor
renda, começando ali um
processo de aprendizagem e
encaminhamento para
empresas. Hoje em dia, a
iniciativa – que já
encaminhou mais de quatro
mil jovens ao mercado de
trabalho –, tem três turmas
anuais, cada uma com 35
alunos, em dois turnos,
totalizando 210 alunos
formados anualmente.
Maria Lucia recebeu o
troféu das mãos do
superintendente da Distrital
Centro, Luiz Alberto Pereira
da Silva, além de dois dos
idealizadores do projeto: o
vice-presidente da ACSP,
Roberto Mateus Ordine; e o
conselheiro e ex-
superintendente da distrital,
Marcelo Flora Stockler. "Ser
homenageada é motivo de
muito orgulho. Um
reconhecimento pelo
trabalho. Divido essa
homenagem com a equipe do
Camp", afirmou Maria Lúcia.
André de Almeida
ADistrital Centro da
Associação Comercial
de São Paulo (ACSP),
em sua 26ª Reunião
Ordinária, homenageou a
conselheira Maria Lúcia
Ferreira Silva, presidente do
Centro de Aprimoramento e
Melhoramento Profissional
(Camp) Centro. Ela recebeu
uma réplica do Troféu Marco
da Paz em reconhecimento
pelos trabalhos
desenvolvidos em mais de
Agendas da Associaçãoe das distritais
Quintan Distrital Centro (11)
3208-4096
n 18h30 – Pa l e s t r a :
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QUALITIVIT Y CO N S U LTO R I A &GESTÃO EMPRESARIAL.
Fábio H. Mendes/Hype
sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11
NA SERRAA via está sendo
implantada na regiãoconhecida como Serra
da Macaca.
A estrada que virou parqueA primeira estrada-parque oficial do Estado, com mais de 30 quilômetros, será aberta em abril entre as cidades de São Miguel Arcanjo e Sete Barras.
André de Almeida
Aprimeira estrada-
parque oficial do Es-
tado de São Paulo de-
verá ser entregue
em abril do próximo ano. Tra-
ta-se de um trecho com exten-
são de de 33,4 quilômetros da
rodovia Neguinho Fogaça (SP-
139), que atravessa o Parque
Estadual Doutor Carlos Bote-
lho, na região conhecida como
Serra da Macaca. A estrada-
parque está localizada entre
as cidades paulistas de São Mi-
guel Arcanjo, no sudoeste
paulista, e Sete Barras, no Vale
do Ribeira. A área é Sítio do
Patrimônio Natural da Huma-
nidade pela Unesco e tem um
bioma de Mata Atlântica en-
tre os mais preservados do
B r a s i l , a l é m d e a n i m a i s
ameaçados de extinção, co-
mo o mono-carvoeiro, o bu-
gio ruivo e a onça pintada.
O trecho que formará a es-
trada-parque começou a
passar por obras de pavi-
mentação em outubro do ano
passado, até então era de
terra. Três meses depois, a
rodovia foi interditada para
veículos entre os quilôme-
tros 78,4 e 45, situação em
que permanece até hoje. Fo-
ra deste trecho, a pista já é
asfaltada e a circulação de
veículos está liberada.
P R O J E TO
O calçamento da pista está
sendo feito com blocos inter-
travados, material que facilita
a manutenção e permite
maior drenagem de água da
chuva. De acordo com infor-
mações do Departamento de
Estradas de Rodagem (DER), o
projeto está orçado em R$
52,5 milhões e quase 60% das
obras de pavimentação já fo-
ram executadas.
Na opinião do prefeito de
São Miguel Arcanjo, José Ko-
dawara, a estrada-parque,
quando pronta, facilitará a li-
gação do município com a re-
gião do Vale do Ribeira e com a
BR-116. "Estamos reivindi-
cando há décadas a pavimen-
tação do trecho que formará a
estrada-parque. A medida fa-
rá com que a cidade seja mais
visitada por turistas, fomen-
tando investimentos nos seto-
res comerciais e de serviços,
inclusive com a construção de
novos meios de hospeda-
gem", afirmou.
O projeto também benefi-
ciará, com o aumento de visi-
tantes, o Parque Estadual Car-
los Botelho, cuja sede e entra-
da principal localizam-se pró-
ximos a São Miguel Arcanjo,
antes do trecho inicial das
obras. O local – por onde pas-
sará toda a extensão da estra-
da-parque –, é uma importan-
te unidade de conservação
ambiental e , oferece ativida-
des voltadas para o turismo
sustentável, educação am-
biental e outras atividades
c o rre l a t a s .
Fotos: Divulgação e Telma Almeida.
Entrada do Parque Carlos Botelho, por onde passará a estrada-parque. Local é considerado pela Unesco Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade.
LICENÇA
Para a viabilização do proje-
to, o Governo paulista preci-
sou de licença do Conselho Es-
tadual do Meio Ambiente, emi-
tida após a edição do Decreto
Estadual nº 53146/2008, que
definiu os parâmetros para
implantação, gestão e opera-
ção de estradas no interior de
unidades de conservação de
proteção integral, como é o
caso do Parque Estadual Car-
los Botelho. Pelas normas do
decreto, os animais possuirão
prioridade nessas estradas.
Dessa forma, apesar de
ainda não haver definição,
especula-se que velocidade
máxima não ultrapasse os 40
quilômetros por hora. O aces-
so para a via será controlado,
haverá monitoramento por
meio de radares e câmeras e
serão construídas oito passa-
gens subterrâneas para a tra-
vessia dos animais e outras
seis aéreas, ligando árvores
para serem usadas pelos pri-
matas. Não serão permitidos
veículos de carga.
Também estão sendo cons-
truídos centros de monitoria,
quiosques, mirantes e áreas
para observação da natureza.
A estrutura inclui ainda m
pronto-socorro para animais
silvestres e o ‘s am u -a n im a l’,
um serviço de emergência
que levará os bichos eventual-
mente acidentados ao hospi-
tal veterinário do zoológico de
S o ro c a b a .
"Estamos lutando para
transformar São Miguel Ar-
canjo em uma estância turís-
tica. Certamente a implanta-
ção da estrada-parque aju-
dará nesse processo", desta-
cou Kodawara.
Fábio Ravacci, vice-presi-
dente da Federação das Asso-
ciações Comerciais do Estado
de São Paulo (Facesp) Região
Administrativa 10, que abran-
ge as cidades do Vale do Para-
napanema, entre elas São Mi-
guel Arcanjo, elogia e apoia o
projeto. "Será muito bom para
o fortalecimento do turismo
ecológico na região. As cida-
des ganharão em divulgação e
receberão mais turistas, be-
neficiando o comércio e o seg-
mento de serviços em geral",
concluiu o dirigente. A estrada
em terra existe desde a déca-
da de 1940, antes da criação
do parque. Durante a ditadura
militar, foi usada como rota de
fuga pelo revolucionário Car-
los Lamarca. O caminho é per-
corrido por peregrinos que se
dirigem ao santuário do Bom
Jesus, em Iguape.
Casa de macacos, onças,papagaios e gaviões.
Criado por um
decreto estadual de
1982, o Parque
Estadual Carlos Botelho é
uma área de preservação
ambiental de mais de 37
mil hectares de Mata
Atlântica. Sua fauna é
considerada uma das mais
diversas do País. Lá vive
metade da população
brasileira do maior primata
das Américas, o macaco
mono-carvoeiro. Tambem
é casa de onças-pintadas,
jacutingas, papagaios,
gaviões-pomba e gaviões-
pega-macaco, além de 220
espécies de aves.
O parque surgiu da
unificação de quatro
reservas ecológicas.
Desde 1991 a unidade
integra a Zona Núcleo da
Reserva da Biosfera da
Mata Atlântica e é também
reconhecida pela Unesco
como Sítio do Patrimônio
Mundial Natural.
Os visitantes podem
Além dos animais, o
parque tem trilhas,
nascentes, rios, ruínas de
fornos de carvão, espaços
para piquenique, uma
figueira centenária e
cachoeiras. A sede do
Carlos Botelho fica no km
78,5 da Neguinho Fogaça,
em São Miguel Arcanjo. O
parque é aberto para
visitação de domingo a
domingo, das 9h às 16h.
Não há hospedagem e
a l i m e n t a ç ã o.
Acima, a estrada Neguinho Fogaça em trecho asfaltado. Abaixo, funcionários fazem o calçamento da estrada-parque com blocos intertravados.
12 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014
NO FIM DE SEMANA, EMOÇÕES LOCAIS: CRUZEIRO X ATLÉTICO E CORINTHIANS x SÃO PAULO
DE MAL COM O GOL E COM O APITODhavid Normando/EC
O TRICOLOR VOLTOUDiante de suatorcida, o SãoPaulo de AlanKardec devolvegraça aoCampeonatoBrasileiro ao batero Cruzeiro dogoleiro Fábiopor 2 a 0 e voltar àbriga pelo título
Roberto BenevidesMauro Horita/EC
TOQUE RÁPIDO
Pela repescagem do GrupoMundial da Copa Davis,
Thomaz Bellucci derrotouo espanhol Roberto BautistaAgut por 3 sets a 1 (6-4, 3-6,6-3 e 6-2) neste domingo, noIbirapuera, e garantiu oretorno do Brasil à elite dotênis mundial em 2015. Avitória de Bellucci, quetambém batera Pablo Andújarna sexta-feira por 3 sets a 2,fechou em 3 a 1 para o Brasilo confronto com a Espanha,pois, no sábado, a duplaBruno Soares/Marcelo Melohavia vencido MarcLópez/David Marrero por3 sets a 0. A única vitóriaespanhola foi de Agut sobreRogério Dutra Silva por3 sets a 0.
Maior contratação doChelsea nesta
temporada, Diego Costa jámarcou sete gols em apenasquatro rodadas da PremierLeague - os últimos três nos4 a 2 sobre o Swansea, nosábado. A marca, inédita nofutebol inglês, impressionou otécnico José Mourinho: "Nãoé normal. Ele marca quandoquer". O Chelsea, comquatro vitórias, lidera ocampeonato.
Obrasileiro Lucas diGrassi é o primeiro
vencedor de uma prova daFórmula E, o campeonatomundial de carros movidos aeletricidade. O piloto da Audi-Sport ABT venceu, neste fimde semana, a prova dePequim. A Fórmula E usa ocritério de pontuação da F-1,mas premia também a poleposition e a volta mais rápidacom três pontos. Di Grassilidera o campeonato, com 25pontos. O francês FranckMontagny é o segundo, com18. A próxima prova dacompetição será disputadaem 22 de novembro nas ruasde Putrajaya, na Malásia.
Pode ser até exagero a
esta altura do Brasilei-
rão, com o líder Cru-
zeiro ainda quatro
pontos à frente, mas bem que
a torcida do São Paulo tem mo-
tivos para ter festejado os 2 a 0
deste domingo com um só gri-
to no Morumbi: "O campeão
voltou". As próximas rodadas,
a começar pelo confronto com
o Corinthians no próximo do-
mingo, vão mostrar se a torci-
da tricolor tem mesmo razão,
mas não há mais dúvida ne-
nhuma de que o São Paulo, ao
encurtar significativamente a
distância que o separava do lí-
der, entrou em definitivo na
rota do título de campeão.
E mostrou na vitória sobre o
Cruzeiro que é um time capaz
de torpedear o que, até pou-
cas rodadas atrás, parecia
uma tranquila caminhada
azul rumo ao bicampeonato
nacional. Depois do jogo, o
técnico Marcelo Oliveira, sere-
no como sempre, fez questão
de reconhecer: "Foi merecido.
O Cruzeiro teve chances tam-
bém, brigou no ataque, mas
escolhemos a pior jogada na
hora de fazer o gol. Se anali-
sarmos um todo, porém, o São
Paulo foi merecedor de fazer
os gols. E o time que faz gol é
que merece ganhar."
OCruzeiro, que não era
derrotado no Brasilei-
rão desde a oitava ro-
dada, até começou melhor o
jogo, pressionando a defesa
são-paulina ou partindo de
seu campo em rápidos contra-
ataques, mas foi o São Paulo
que abriu o placar, aos 35 mi-
nutos, em pênalti cometido
por Dedé em Ganso e cobrado
por Rogério Ceni para marcar
seu sétimo gol em Fábio.
O 1 a 0 mudou um pouco o
desenho do jogo até porque
obrigou o Cruzeiro, que teve
um dia a menos de descanso
entre a rodada do meio de se-
mana e o domingo, a gastar
mais energia. O São Paulo ace-
lerou o ritmo nos últimos mi-
nutos do primeiro tempo,
manteve a superioridade em
campo na volta para o segun-
do, criou chances para am-
pliar o placar, levou também
alguns sustos, mas acabou
decidindo o jogo aos 25 minu-
tos, quando Alan Kardez fez 2 a
0 e enlouqueceu de vez a tor-
cida que vinha se divertindo
em vaiar o velho conhecido
Dagoberto desde que ele
substituiu o volante Lucas Sil-
va, tentativa infrutífera do
treinador Marcelo Oliveira de
dar maior eficácia ao ataque
c r u z e i re n s e .
Muricy Ramalho, que de tão
animado com a exibição do ti-
me e a vitória convincente até
deu entrevistas ainda no gra-
mado, foi ovacionado pelos
torcedores que lotaram o Mo-
rumbi e comentou com mo-
déstia o atual momento do
São Paulo, invicto há nove ro-
dadas: "Nosso time se portou
bem, mas o Cruzeiro continua
sendo o melhor do Brasil".
Averdade é que, ao vol-
tar a brigar pelo título, o
São Pau lo sa lvou o
Campeonato Brasileiro, que
seria uma mera competição
entre aspirantes à Libertado-
res de 2015 e entre equipes
desesperadas para escapar
ao rebaixamento na prpóxima
temporada se o Cruzeiro tives-
se saído com a vantagem de
dez pontos sobre o vice-líder.
É difícil para as equipes que
o seguem na tabela - como o
Internacional, o Corinthians, o
Fluminense e o Grêmio - ainda
conseguir brigar pelo título
brasileiro de 2014, mas o pro-
tagonista Cruzeiro tem pelo
menos um antagonista de ver-
dade. Incendiado pelo futebol
eficiente, muitas vezes visto-
so e sempre vitorioso de Kaká,
Ganso, Pato e Alan Kardec, o
São Paulo devolveu o encanto
ao Brasileirão. Afinal, com es-
te quarteto em campo, o Trico-
lor venceu os sete jogos que
disputou até agora.
Oduo que puxa a fila de
frente do campeonato
é um bom exemplo pa-
ra os clubes que insistem em ir
trocando de técnico ao sabor
dos resultados. Marcelo e Mu-
ricy são os treinadores com
mais tempo no comando de
suas atuais equipes neste Bra-
sileirão. Entre os dois, a vanta-
gem ainda é do mineiro, que
está há mais tempo no empre-
go, tem um time mais à sua fei-
ção e um elenco mais qualifi-
cado. Não é à toa que está
mais perto do caneco do que o
paulista, mas a distância entre
os dois diminuiu bastante.
Éverdade que o goleiro Cássio
fez três ou quatro milagres,
incluindo a defesa de um
pênalti muito rigorosamente
marcado pelo árbitro e
razoavelmente bem cobrado por
Eduardo da Silva, e o Flamengo
mereceu a vitória no Maracanã. O
Corinthians, como sempre, criou
poucas chances de gol, mas só
perdeu por 1 a 0 por um erro
clamoroso de Sandro Meira Ricci, que
validou o gol de Wallace após Eduardo
da Silva, impedido, ajeitar-lhe a bola à
feição para o chute que Cássio não
conseguiu defender.
O Corinthians tem todo o direito de
chiar, não tanto quanto o Coritiba que
dez dias antes foi desclassificado da
Copa do Brasil pelo Flamengo,
também no Maracanã, por sucessivos
erros do árbitro mato-grossense
Wagner Reway. O torcedor corintiano
deve reclamar mais do time do que da
arbitragem, porém.
Os números mostram que o
Corinthians está de mal com o gol
neste Brasileirão. Em 21 rodadas,
marcou 25 gols - cinco deles no Goiás,
quatro no Sport. Nas outras 19
rodadas, portanto, soma 16 gols,
média de 0,84 por jogo. Com tal poder
ofensivo, ter vencido nove de 21
jogos é quase um milagre. É também
verdade que, em tal quesito, o
adversário deste domingo tem
desempenho ainda pior. O Flamengo
fez 17 gols e venceu oito jogos, mas,
pelo menos, está de bem com o apito.
Para alívio da Fiel, o 0 a 0 entre
Atlético-MG e Grêmio manteve o
Corinthians no G-4.
PALMEIRAS MELHORA,MAS PERDE MAIS UMA
OPalmeiras pode reclamar
da sorte, da arbitragem
e, mais uma vez, do goleiro
Fábio. Ainda no primeiro
tempo, o Flu fez 1 a 0, com gol
de Fred, e ganhou os 2 a 0 em
pênalti inventado por Elmo
Alves Resende Cunha numa
bola que bateu no braço de
Renato. Fred cobrou e fez.
No segundo tempo, Dorival
Junior trocou Patrick Vieira e
Henrique pelos argentinos
Cristaldo e Mouche e o
Palmeiras passou a mandar
no jogo. Foi, então, que Fábio
também deu uma mãozinha
ao Flu, papando um frangaço
numa cobrada por Conca.
E o Palmeiras não
aproveitava as chances para
fazer pelo menos um
golzinho.Os 3 a 0
empurraram o Palmeiras
mais para o fundo da tabela,
pendurado no muro que
separa os rebaixados dos
sobreviventes. Pelo menos,
continua pendurado do lado
de fora, pois, também no
sábado, o Coritiba foi batido
por 2 a 1 pelo Santos e ficou
onde estava. No Z-4.
BRASIL VIAJA
PELO TETRA NO VÔLEI
De nada adiantou a
seleção brasileira
masculina de vôlei fazer a
melhor campanha do Mundial
nas duas primeiras fase, com
nove vitórias em nove jogos.
O sorteio realizado na noite
deste domingo, poucas horas
depois da vitória sobre a
Rússia por 3 sets a 1 (com
parciais de 25/21, 24/26,
25/19 e 25/19), definiu os
grupos que disputarão, em
dois tringulares, as quatro
vagas nas semifinais. Brasil,
Polônia e Rússia, favoritas ao
título, ficaram no mesmo
grupo; França, Irã e
Alemanha, no outro.
Em busca do quarto título
mundial consecutivo, a
seleção brasileira jogará
nesta terça-feira, dia 16,
contra os poloneses, e na
quinta, 18, contra os russos.
O time de Bernardinho
deixará Katowice, cidade
onde estava desde o começo
do Mundial, para fazer os dois
jogos em Lodz. Voltará para
Katowice, porém, se chegar
às semifinais, seja com
França, Irã ou Alemanha.
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O Corinthiansnão perdeu de
mais porqueCássio fezmilagres no
Maracanã, massó perdeu porque
o juiz ajudou oFlamengo
sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13
Aquiles Rique Reis
CDO Pitanga amadureceu
Quatro anos depois de plantar
um EP (expanded play), o Pi-
tanga em Pé de Amora, quinteto
paulistano integrado por Flora
Poppovic (voz e percussão), An-
gelo Ursini (flauta, clarinete, sax
e voz), Daniel Altman (violão de
sete cordas, guitarra e voz), Die-
go Casas (violão e voz) e Gabriel
Setubal (guitarra, trompete, vio-
lão e voz), colheu o CD Pontes paraSi (independente). A força desse
jovem quinteto continua sendo o
seu sortimento instrumental e
composicional, pois é com eles
que a moçada agrega frescor à
sua inspirada musicalidade.
Desde o início das atividades
do grupo, o requinte obtido pela
versa t i l i dade dos sons que
criam, combinado com a total
convicção do que mais lhes inte-
ressa fazer da música, dá ao Pi-
tanga um saudável ar de moder-
nidade. Modernidade essa que
não se percebe por imposição,
mas que brilha e salta diante dos
olhos e dos ouvidos de quem os
ouve. Pontes para Si contou com a
produção do craque Swami Jr.,
ele que, com sua experiência,
muito contribuiu para tornar ain-
da mais atraente a concepção
musical do álbum.
Todas as catorze músicas do
CD são de autoria dos integran-
tes do Pitanga. As letras são de
Diego Casas, e as melodias, de
Ga Setúbal, Daniel Altman e An-
gelo Ursini, que assinam tam-
bém a maioria dos
arranjos. Arranjos
que fortalecem os
versos que cantam.
Tocar e cantar é o fu-
t u ro d o P i t a n g a ,
quinteto que esco-
lheu vê-lo através
da música.
Os arranjos, antenados com a
música, a qual deverão vestir, se
valem de dinâmicas muito bem
executadas. São vários os cres-
cendo que dão força às melodias
e aumentam a beleza poética do
versos. Versos esses que, descre-
vendo situações corriqueiras, bo-
lem com o imaginário. Ou então
falam dos segredos
e mistérios da vida,
fazendo-os a lçar
um voo ainda maior
do que poderiam ca-
so os arranjos não
cuidassem de emol-
durá-los de forma
tão construtiva.
Sendo um coletivo de criação,
o Pitanga em Pé de Amora buscou
participações especiais: o grupo
de percussões Batuntã e Mônica
Salmaso, que divide os vocais
com Flora Poppovic em Ceará ( G a-
briel Setubal e Diego Casas), fai-
xa que também conta com os so-
pro especial de Teco Cardoso.
Eles escrevem harmonias
bem trabalhadas, melodias que
servem às letras e versos que
passeiam por temas que deno-
tam, muitas vezes, a inquieta-
ção de jovens adultos, resultan-
do num conjunto harmonioso. E
tanto pode ser um baião, uma
valsa ou um samba: qualquer gê-
nero musical interessa aos Pitan-
gas, desde que vejam no resulta-
do um retrato das suas intenções
musicais. Aí está a verdade.
O quinteto sabe das dificulda-
des que ainda terá pela frente.
Mas nada poderá fazê-lo descrer
num futuro próximo e promissor
para o eles: o Pitanga madurou,
frutificando o pé de amora. Nes-
te momento, a moçada já parece
pronta para levar sua música a
um público ainda maior, que ou-
virá o Pontes para Si e lotará as
grandes salas de show para ouvi-
los tocar e cantar.
PS: o CD pode ser baixado no sitew ww.p i t an ga em pe de am or a .com.br gratuitamente.
Aquiles Rique Reis,músico e vocalista do MPB4.
MÚSICA
Garotosmovidosa heavymetal
Fotos: Chad Batka/The New York Times
Carrie BattanThe New York Times
Unlocking the Truth, trio de
pré-adolescentes negros
do Brooklyn que recebeu
ampla cobertura da mídia recen-
temente depois de assinar um
contrato lucrativo, é uma boy
band, mas apenas no sentido
mais literal do termo.
Seria mais adequado chamar o
grupo de anti-boy band. Esses
meninos não são produto de uma
máquina de fazer estrelas como a
Disney nem atraem multidões de
fãs desvairadas; em vez de músi-
ca pop, eles têm um rock contun-
dente que lembra o início do Me-
tallica, inspirado em animes japo-
neses e nas lutas do WWE.
São muito específicos sobre
suas intenções musicais. "Faze-
mos heavy metal", disse o guitar-
rista da banda, de 13 anos, Mal-
colm Brickhouse, numa tarde re-
cente, sentado em um banco na
escola pública 282 no bairro Park
Slope, ostentando seu novo ca-
belo estilo afro de um vermelho
berrante, ladeado por seus com-
panheiros de banda, o baterista
Jarad Dawkins, de 12 anos e o bai-
xista Alec Atkins, de 13. "Não te-
mos um público infantil".
Atkins acrescentou: "Quere-
mos fazer o rock voltar ao que era
nos anos 80. Não queremos saber
de pop ou rap". Os rapazes já abri-
ram shows de hard rock para gru-
pos como Queens of the Stone
Age e Scar the Martyr, aparece-
ram nos festivais Coachella e Vans
Warped Tour e compartilham seu
grupo de agenciamento com ban-
das de destaque como Guns N' Ro-
ses e Motörhead, inclusive abrin-
do o show desta em abril.
Jolene Cherry, executiva-che-
fe e fundadora do Cherry Party,
joint venture recém-formada
com a Sony que assinou com o
grupo, preferiu não discutir os
termos do acordo, mas segundo
relatos publicados, ele inclui um
adiantamento de US$ 60 mil pa-
ra o primeiro álbum, com o valor
aumentando para cada lança-
mento sucessivo, totalizando
US$ 1,78 milhão em seis álbuns,
desde que as vendas alcancem
números pré-determinados. Os
rapazes têm um contrato para
um livro com a Penguin e há pla-
nos para filmar um documentá-
rio à la One Direction: This Is Us.
Brickhouse e Dawkins, que se
conheceram na igreja quando
pequenos, tocam juntos desde a
escola primária e são pratica-
mente autodidatas (Atkins, que
vive em Crown Heights, juntou-
se ao grupo há dois anos).
As mães dos meninos disseram
que o interesse deles pelo heavy
metal foi motivo de preocupação
no início. "Pensei que, se fossem
tocar alguma coisa, seria R&B e
pop", disse Tabatha Dawkins, que
trabalha com finanças. "E quando
ouvi a música deles pensei: 'Oh
meu Deus, tenho que levar meu fi-
lho de volta para a igreja'".
A mãe de Brickhouse, Annette
Jackson, secretária e uma das
agentes da banda, acrescentou:
"Para mim, a coisa era tipo 'só
não toque aquela música que fa-
la sobre matar a mãe'". Quando
recentemente seu filho pediu
para fazer uma tatuagem, ela su-
geriu que ele a desenhasse em si
mesmo antes.
Se o recente sucesso os afetou,
não demonstram, e eles pareciam
bem à vontade no pátio da escola
PS 282. Gostam de brincar juntos,
como um bando de gatinhos in-
quietos. Em determinado mo-
mento, Atkins perguntou se pode-
ria dar um golpe de karatê no sor-
vete de Brickhouse (atitude bem
heavy metal! Brickhouse disse
que não). Na escola "sou apenas
u m g a r o t o n o r m a l " , d i s s e
Dawkins, o intelectual do grupo.
Os meninos gostam de citar
Naruto, a série de mangá japo-
nês, e estão sempre interrom-
pendo um ao outro. "Sapos místi-
cos poderosos!" gritou Brickhou-
se, o membro da banda com mais
cara de travesso, durante uma
discussão sobre heavy metal. At-
kins disse orgulhosamente "Mal-
colm não gosta de admitir, mas
nós somos nerds".
Nas apresentações, no entan-
to, mostram-se focados e sérios.
Começaram a se apresentar ao
vivo há dois anos, no festival
amador do Apollo Theater, e logo
partiram para outros shows em
Nova York. Quando se apresenta-
vam no Washington Square Park
em 2012, Steve Jordan, multi-
instrumentista que já tocou com
Eric Clapton e John Mayer, parou
para um bate-papo com os meni-
nos e acabou ajudando o grupo
na gravação de um demo. Um ví-
deo deles tocando na Times
Square virou sucesso no ano pas-
sado, chamando a atenção dos
veículos de comunicação online.
No fim do ano passado, Alan
Sacks, produtor de filmes de Dis-
ney (e da sitcom dos anos 70 We l-come Back, Kotter) estava procu-
rando um novo projeto depois
que o Jonas Brothers, com quem
havia trabalhado, se desfez. Ele
leu um artigo online sobre a ban-
da Unlocking the Truth e achou
que seria ótimo fazer uma série
de televisão ou um filme sobre
eles, talvez alguma coisa ficcio-
nal, mas quando conheceu os
meninos no Brooklyn, percebeu
um tipo diferente de potencial e
tornou-se seu empresário, junto
com os pais de Brickhouse.
Em novembro, Cherry enviou
um olheiro para ver uma apresen-
tação da banda durante o interva-
lo de um jogo do Brooklyn Nets e
logo propôs um acordo. Ela men-
cionou que já havia trabalhado
com grupos de hard rock como
Korn e System of a Down, mas
nunca com artistas tão jovens
quanto os do Unlocking the Truth.
"Não queria fazer negócio
com crianças", acrescentou,
"mas eles eram muito carismáti-
cos, muito legais".
Ela reconhece que o marketing
de uma banda de heavy metal ho-
je é mais difícil do que nos anos
90, quando o gênero tinha mais
presença no gosto popular. "Ob-
viamente, as vendas já não são as
mesmas, e o gênero tem outro al-
cance", disse, "mas nunca se sa-
be o que pode acontecer". Unlo-
cking the Truth poderia ser uma
boa aposta, apesar de ser uma
novidade em um gênero onde jo-
vens negros são uma raridade.
"Esse é o problema. Você não
quer ser visto como uma novida-
de", disse John Karkazis (mais co-
nhecido como Johnny K), produ-
tor que trabalhou com a banda no
EP de estreia. "A novidade é que
eles são jovens e bons, mas logo
estarão com 18 ou 19 anos, terão
vários discos gravados e não se-
rão mais uma novidade".
Os meninos, no entanto, já
pensam longe: Dawkins disse
que está aprendendo técnicas
para se tornar engenheiro de som
e chegou até a pedir que sua mãe
fizesse seguro de suas mãos. E
acrescentou, soando maneiro:
"Vou investir em ações".
Os outros disseram estar inte-
ressados em produzir para ou-
tras bandas. "Você sabe quanto
um produtor pode ganhar?", per-
guntou retoricamente Brickhou-
se. Atkins acrescentou que gos-
taria de se tornar um caçador de
talentos. "Vejo um monte de
bons artistas no YouTube todos os
dias, e eles realmente não têm a
oportunidade que tivemos".
Com Karkazis, os meninos re-
centemente gravaram seu pri-
meiro single, no Mission Sound
Recording Studio no Brooklyn.
Ainda este ano pretendem lan-
çar seu novo EP, que irá utilizar
mais vocais do que os anteriores,
que contavam com músicas
mais instrumentais.
Um pouco de paciência será
necessário, pois suas vozes ainda
não estão perfeitas. Durante a
conversa na PS 282, a voz de At-
kins deu uma falseada, e ele virou
entusiasmado para Dawkins:
"Minha voz está mudando!".
Acima, osmeninos da
banda demetal
Unlocking theTruth, que
conquistoupúblico
adulto. Aolado, JaradDowkins e,
abaixo, AlecAltkins: 13
anos deidade,
par ticipaçãoem festivais
da moda econtrato de
US$ 1,78milhão.
Dança cinematográficaAmpliar uma imagem até ela se distorcer. Esta é a sensação que o
espetáculo BLOW UP vol.1, que estreia na sexta (19), na Casa do Povo, transmite.A trilha de Felipe Ribeiro traz sons corporais criados em laboratório.
Divulgação
14 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014
.T..ELEVISÃO
Falando a língua de'Game of Thrones'
A partir de outubro,
fãs da série Game ofThrones vão poder
aperfeiçoar a pronúncia
da língua Dothraki
graças a um curso
lançado pela editora
Living Language. O
Dothraki é falado por
uma raça de cavaleiros
nômades da obra de
George R. R. Martin.
Pequenos trechos
existem nos livros, mas
a maior parte da língua
foi criada para a série da
HBO pelo linguista
David J. Peterson.
Com 3,2 mil palavras, o
idioma será ensinado
online pela Living
Language por US$ 30.
w w w. l i v i n g l a n g u a g e . c o m / d o t h r a k i
.C..INEMA
Novo 'Ben-Hur' teráMorgan Freeman
Morgan Freeman é o
primeiro nome
confirmado do elenco da
nova versão do clássico
Ben-Hur. Freeman, de 77
anos, dará vida a Ildarin,
o homem que ensina ao
escravo Ben-Hur as
estratégias para se
tornar um campeão das
corridas de biga.
Dirigido por Timur
Bekmambetov (OPr o c u r a d o , 2008), o filme
deve ser rodado a partir
do início do ano que vem
na Europa. O longa
chegará as salas em
fevereiro de 2016 e é
baseado no romance de
Lew Wallace Ben-Hur:Uma Narrativa de Cristo,
publicado em 1880 e
levado ao cinema pela
primeira vez em 1925.
.D..EMOGRAFIA
Japão tem 59 milpessoas centenárias
O Japão conta com cerca
de 59 mil pessoas
centenárias, 87% delas
mulheres, novo recorde de
longevidade da população
local, segundo os dados
divulgados pelo Ministério
de Saúde, Trabalho e Bem-
estar do país no final da
semana passada. As
pessoas de 100 anos ou
mais registradas em 1º de
setembro no país asiático
somam exatos 58.820,
4.423 a mais que na
mesma data de 2013, uma
proporção de 46,21 para
cada 100 mil habitantes. A
expectativa de vida das
mulheres japonesas é de
86,81 anos; a dos homens
é de 80,61 anos.
.D..ESIGN
Esticando a massaZuzia Kozerska, da Polônia,
criou uma série de rolos
para esticar massas que é
também um jeito de
decorar as guloseimas que
sairão do forno ao fim do
processo. A madeira
recebe os desenhos a
partir de um processo de
baixo relevo a laser.
http://goo.gl/cQrQgh
.T..RANSPOR TE
UltracompactoOriginalmente
produzido em 1960,
o Peel P50 volta para
ser o menor carro
elétrico do mundo
com 1,37 m de
c o m p r i m e n t o.
w w w. p e e l e n g i n e e r i n g . c o m
.T..ECNOLOGIA
Cresce a venda de smartphonesAs vendas de smartphones no Brasil
alcançaram 13,3 milhões de
unidades no segundo trimestre.
O número representa um crescimento
de 22% em comparação com o
mesmo período do ano passado,
segundo a consultoria IDC Brasil.
.F..RANCISCO
Papa casa quem já tem filhos
Han
nah
McK
ay/E
fe
31: Mitch Winehouse, pai de Amy Winehouse, ao lado da estátua da filha
em Camden Town, Londres. A obra, em tamanho natural, feita em bronze
por Scott Eaton, foi inaugurada ontem, dia em que a cantora faria 31 anos.
s
S u r re a l i d a d eAs colagens de Eliash Strongowski
brincam com o impossível e o absurdo
e criam imagens ao mesmo tempo
emocionantes e engraçadas. Repletas
de metáforas sobre o mundo cotidiano,
as obras misturam flores e bicicletas,
plantas e armas, máquinas
fotográficas e paisagens, máquinas de
escrever e borboletas numa recriação
do real que lembra alguns
experimentos dos artistas surrealistas.
http://goo.gl/8cXR1V
Monstros de luzOs monstros de luz do
fotógrafo francês Nicolas
Rivals são meras ilusões.
Embora pareçam ter
existência física, como
esculturas iluminadas, os
monstros são criados num
duplo processo: primeiro, o
fotógrafo faz imagens de
longa exposição de carros
e outros objetos luminosos
em movimento e depois
duplica as imagens
como num espelho.
http://nicolasrivals.com
Mapeandoflorestas
A NASA pretendeiniciar um projeto demapeamento dasflorestas da Terra usandoum dispositivo daEstação EspacialInternacional. Apontadopara o planeta, ochamado GEDI usarálaser para fazer mapasem 3D das florestaspara determinar aquantidade de carbonoaqui disponível.
http://goo.gl/3KwZjd
Opapa Francisco cele-
brou ontem casamen-
to de 20 casais, alguns
dos quais já viviam juntos e
têm filhos. É mais um sinal
que o pontíf ice argentino
quer que a Igreja Católica seja
mais aberta e inclusiva.
No primeiro casamento que
realizou em 18 meses de pa-
pado, Francisco conduziu ca-
da casal durante seus votos
–incluindo Gabriella e Guido,
que já têm filhos e pensavam
que um casamento seria im-
possível. "As pessoas que se
casaram hoje (ontem) são ca-
sais como muitos outros", dis-
se em comunicado a diocese
de Roma. "Alguns já moram
juntos, alguns já tem filhos."
A cerimônia foi a primeira do
tipo no Vaticano desde que o
papa João Paulo II presidiu um
casamento em 2000. Francis-
co, o primeiro papa não-euro-
peu em 1.300 anos, tem ex-
pressado tolerância em rela-
ção a tópicos delicados na Igre-
ja. "Quem sou eu para julgar?",
disse em relação a homosse-
xuais "que buscam Deus e têm
boa vontade". (Agências)
Com informaçõesdo GEDI, a Nasaterá condições deconhecer como osolo é usado e as
condições doshabitats terrestresem escala global.
sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014 15
CAIXA 1O seu consultor financeiro
O décimo-terceiro e o bônus estão chegando e este é omomento de definir o destino do dinheiro extra. Especialistasrecomendam quitar dívidas e montar um colchão financeiropara entrar no incerto ano de 2015 com tranquilidade.
Rejane Tamoto
Newton Santos/Hype
Apouco mais de três meses para o fim
de 2014 é hora de fazer um planeja-
mento para entrar no próximo ano
com as contas no azul. Na verdade, is-
so pode ser feito em qualquer época, mas neste
momento é preciso dar um destino para o di-
nheiro extra de fim de ano, como o décimo-ter-
ceiro salário e demais abonos e bônus. Espe-
cialistas dizem que o ideal é planejar o que fa-
zer com os recursos antes que entrem na con-
ta-corrente já que, quem espera, acaba
gastando tudo com pouco ou nenhum critério.
E desse jeito acaba esquecendo que, depois do
fim do ano, vem aquela ressaca de ano-novo
para o bolso: os gastos extras com rematrícula
e material escolar e principalmente o IPTU (Im-
posto Predial e Territorial Urbano) e o IPVA (Im-
posto sobre a Propriedade de Veículos Automo-
t o re s ) .
A prioridade do décimo-terceiro – que já co-
meçou a cair na conta dos aposentados pelo
INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social)
em agosto e que começa a ser pago para a
maioria dos trabalhadores nos próximos me-
ses – vai depender da situação de cada um. Po-
de ser usado para quitar dívidas, iniciar uma re-
serva para emergência ou mesmo para a rea-
lização um projeto em 2015.
Quem estiver muito endividado, ou com a
renda muito comprometida com prestações de
bens de consumo pode aproveitar o recurso pa-
ra quitá-las. "É preciso colocar tudo no papel.
Quando o total de parcelas contraídas em com-
pras já chega a 50% do ganho líquido, a pessoa
não consegue mais honrar os pagamentos",
diz Reinaldo Domingos, educador financeiro e
presidente da DSOP Educação Financeira. Ele
recomenda, neste caso, a metodologia de faxi-
na financeira, na qual é preciso reunir a família
e fazer uma avaliação das despesas e receitas
líquidas, para então definir metas de economia
e sonhos. "O mais importante é que,
junto com a faxina, a família estabele-
ça quanto poupar para realizar so-
nhos em prazos curto (um ano), médio
(de um a dez anos) e longo (mais de dez
anos)", afirma. Segundo Domingos, quem pre-
cisa economizar deve começar evitando o des-
perdício de energia elétrica e água. Segundo
pesquisa do Instituto Data Popular, a redução
nas contas de consumo (luz, telefone, água e
gás) tem sido a principal estratégia de quem
está com o orçamento apertado. O levanta-
mento, feito com 2.004 pessoas da classe C em
julho, mostra que 81% reduziram estes gastos.
Para 69% dos entrevistados, está difícil pagar
as contas e nove em cada dez pessoas disse-
ram que não conseguem comprar hoje, com o
mesmo valor, o que consumiam no ano passa-
do. Marcio Falcão, gerente de Novos Negócios
do Data Popular, avalia que a inflação, mesmo
dentro do teto da meta, está afetando o orça-
mento do consumidor, principalmente por cau-
sa da alta nos preços dos alimentos.
As dívidas com taxas de juros altas, como o
cheque especial e o rotativo do cartão de cré-
dito, devem ser prioridades de quem recebe as
gratificações de Natal, segundo Wilson Muller,
consultor de finanças do Vida Investe (progra-
ma da Fundação Cesp). "O ideal é relacionar to-
dos os parcelamentos e descobrir a participa-
ção deles no salário líquido (sem impostos e
contribuições). O ideal é que a parcela de bens
de consumo não ultrapasse 10% da renda men-
sal. Isso considerando também quem já tem
30% da renda comprometida com financia-
mento imobiliário", aconselha.
Oportunidade de ter um colchão financeiro
Se para algumas pessoas as gratificações de
Natal são uma oportunidade de organizar as fi-
nanças, para outras pode ser o momento de co-
meçar uma reserva financeira para 2015. Afi-
nal, o próximo ano é de incerteza por causa do
futuro governo, seja um novo ou a continuida-
de do atual. "Mesmo que o governo atual con-
tinue no poder haverá mudanças, como houve
nos segundos mandatos dos ex-presidentes
Lula e Fernando Henrique Cardoso. Novas
alianças serão feitas, e o cenário mundial mu-
dará. Não sabemos se o período será de mais
ou de menos agruras, por isso é bom ter um col-
chão financeiro", avalia Álvaro Modernell, dire-
tor da consultoria Mais Ativos Educação Finan-
ceira.
Segundo ele, quem tem essa reserva pode
utilizá-la em emergências sem ter que se endi-
vidar. Exemplos podem ser a perda do empre-
go, problemas de saúde ou mesmo reparos de
urgência em casa e no carro. Quem se prepara
pode, ainda, aproveitar oportunidades, como
comprar algo que deseja à vista por um preço
menor. Os especialistas lembram que este col-
chão financeiro deve ser separado do recurso
destinado a outros objetivos, como o investi-
mento em uma aplicação financeira e o acúmu-
lo para a aposentadoria.
Modernell diz que parte da reserva pode ser
usada para fazer uma aplicação financeira,
uma forma de ganhar com o juro alto. "Como te-
remos mudanças pela frente, a palavra de or-
dem é conservadorismo. Quem tem dinheiro
disponível, pode avaliar aplicações pós-fixa-
das (cujo rendimento será conhecido no futuro,
que acompanha um índice ou taxa da econo-
mia). O problema do prefixado (que paga um
rendimento determinado no ato do investi-
mento), neste momento de incerteza, é que o
juro pode subir e o aplicador perder", afirma
Modernell. Os especialistas em finanças dizem
que o pequeno poupador pode recorrer aos tí-
tulos do Tesouro Nacional. Se a opção for apli-
car em fundos de investimentos, a pessoa deve
prestar atenção às taxas de administração
que, junto com impostos, comem os ganhos.
O diretor da Mais Ativos recomenda que a re-
serva seja o equivalente ao montante de três e
até seis vezes o valor da renda familiar. Já Mul-
ler, do Vida Investe, aconselha que o colchão
seja correspondente ao montante de seis a 12
salários. O tamanho da reserva depende do or-
çamento de cada um, mas o importante é que
ela exista. "Ter esse recurso é importante e ele
pode ser o correspondente a três salários líqui-
dos para cobrir pequenas emergências. O im-
portante é que fique na poupança não compro-
meta a realização de outros sonhos. É preciso
ter equilíbrio", diz Domingos da DSOP. Ricardo
Pereira, consultor financeiro do projeto Consu-
midor Consciente da MasterCard, considera
que poupar de 10% a 15% da renda líquida
mensal é suficiente para formar uma reserva
contra imprevistos. "Parte do décimo-terceiro
pode ser usado para começar. Mas o mais im-
portante é que isso se torne um hábito", diz.
Consumo não deve seresquecido
De uma forma ou de outra – e
como ninguém é de ferro –os es-
pecialistas recomendam colocar
na ponta do lápis os gastos com
as festas de fim de ano, como os
presentes, festas e viagens.
"Mesmo porque não é proibido
comprar e nem realizar desejos.
Basta entender que tudo isso pe-
sa no orçamento e que não vale a
pena entrar em 2015 com dívi-
das sem necessidade. O que
acontece é que esta é uma época
do ano muito sentimental e,
quem não planeja, vai ao shop-
ping e compra em um dia o que
deixou de consumir em seis me-
ses. Uma dica é estipular um va-
lor para as compras e colocar em
um cartão pré-pago, como forma
de evitar o descontrole", diz Pe-
reira. Muller, do Vida Investe, diz
que este é o momento de fazer
uma lista de presentes definindo
quanto vai gastar em cada item.
"Ainda temos os meses de outu-
bro e novembro para começar a
comprar ou mesmo poupar para
esse consumo", diz o consultor.
Diga adeus àsDÍVIDAS eprepare umaRESERVA para2015
Dayvid RobsonNascimento,
administrador de empresas de25 anos, tem um plano ousadopara realizar um sonho: querpoupar até 70% do salário parapassar um mês estudandoinglês na Califórnia, nosegundo semestre de 2015."Ainda estou orçando osvalores de curso, passagemaérea e estadia. Vou poupar domeu salário porque souautônomo e não recebodécimo-terceiro", diz. Parafazer essa economia,Nascimento tem a seu favor ofato de morar com a família enão ter gastos fixos commoradia. Agora, balada econsumo só de vez emquando. "Continuo saindo,mas com menos frequência. O
planejamento ajuda muito e játenho uma viagem de réveillonagendada. Este será meuprincipal gasto de fim de ano",conta. O administrador diz que,utilizando o método DSOP, jáconseguiu fazer uma reservaque permitiu com que ficassesem trabalhar por um períodode dez meses. "Quis fazer umtratamento de saúde e passeimuito bem nesse período",lembra. Ele voltou a trabalharneste ano e, com uma rendamensal, ficou em dúvida sobreonde aplicar o dinheiro porcausa das incertezas quecercam o próximo ano."Avaliei bem e escolhi o títulodo Tesouro porque,independentemente dogoverno, o País não quebra.É seguro", afirma. ( RT )
"Já poupei para ficar semtrabalhar por 10 meses"
16 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014
sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 17
Carros "falam" entre si.
Aaron M. KesslerThe New York Times
Um motorista se mo-
vimenta no tráfego,
com a visão diantei-
ra bloqueada por um
caminhão ou por uma curva na
estrada. De repente, logo à
frente, alguém pisa no freio.
Os pneus cantam. Existe pou-
co tempo para reagir.
Pesquisadores do Instituto
de Pesquisas do Transporte
da Universidade de Michigan,
em Ann Arbor, estão traba-
lhando para adicionar tempo
a essa equação. Eles anteve-
em um futuro não muito dis-
tante no qual os veículos fi-
quem em comunicação cons-
tante e harmoniosa entre si e
entre o ambiente que os cer-
ca, instantaneamente aler-
tando os motoristas sobre os
perigos não vistos.
Quando alguém freia rapi-
damente, quando um moto-
rista descuidado atravessa
um farol vermelho, ou quando
um caminhão pressiona sem
ser visto em uma faixa de ul-
trapassagem, os painéis dos
carros adjacentes se acen-
dem imediatamente com aler-
tas – oferecendo tempo de
reação extra para evitar um
e n g a v e t a m e n t o.
O Departamento de Trans-
portes dos Estados Unidos
anunciou em agosto um pro-
jeto para exigir nos próximos
anos que a tecnologia, cha-
mada de comunicação veícu-
lo a veículo, seja instalada em
todos os carros e caminhões
nos Estados Unidos. O Secre-
tário dos Transportes, Antho-
ny Foxx, chamou isso de "o
próximo grande avanço em
salvar vidas".
O Google já pode estar em
fase experimental com os
seus próprios veículos sem
motoristas, mas a tecnologia
sendo testada nessa cidade
universitária por um grupo de
acadêmicos, pela indústria
automotiva e por pesquisado-
res do governo pode ser insta-
lada nos carros comuns.
Em um projeto piloto do go-
verno americano desenvolvi-
do em Ann Arbor, quase 3 mil
veículos guiados por voluntá-
rios estão sendo testados em
condições do mundo real. Os
transmissores nos veículos
enviam e recebem informa-
ções dez vezes por segundo: a
velocidade, a direção, a locali-
zação e outras informações
que os fabricantes de automó-
veis e os órgãos federais espe-
ram trazer para uma nova era
da segurança nas estradas.
Os motoristas hoje podem
comprar carros que monito-
ram os ângulos mortos, que os
avisam quando saem da pista,
e que até mesmo se estacio-
nam sozinhos. Tais funções
são controladas por sensores
de dentro do carro: câmeras,
radar e raios laser que podem
escanear a estrada como
olhos eletrônicos.
Como qua lque r pa r de
olhos, no entanto, eles podem
avisar apenas o que conse-
guem ver. A tecnologia em de-
senvolvimento em Ann Arbor
se concentra em perigos que
até mesmo os olhos eletrôni-
cos não conseguem detectar.
"Se houver vários carros en-
tre você e o que está freando
em pânico, você pode inclusi-
ve nem tê-lo percebido ", disse
Debby Bezzina, gerente assis-
tente do programa do experi-
mento feito pela Universidade
de Michigan. "Com certeza vo-
cê não conseguiria enxergar a
luz traseira".
C O N E C TA D O SA tecnologia sem fio vai
além de carros se comunican-
do com outros carros. Ela per-
mite que as próprias estradas
se comuniquem – não apenas
sobre engarrafamentos ou
obras na estrada, como tam-
bém se existe gelo na pista à
frente, por exemplo. Até mes-
mo os faróis podem ser inte-
grados à rede.
Em uma manhã recente do
verão no Hemuisfério Norte,
Bezzina apontou para o pai-
nel digital em um veículo de
teste da universidade en-
quanto o carro passava pela
zona de implantação do mo-
delo de Ann Arbor, que tem
aproximadamente 113 quilô-
metros de estradas na cida-
de, e fica a cerca de uma hora
a oeste de Detroit.
Conforme o veículo se apro-
ximou do farol verde, a tela
mostrou quantos segundos
faltavam para o sinal verme-
lho. "Pense em como as faixas
de pedestres modernas exi-
bem quanto tempo resta para
você atravessar a rua", ela dis-
se. "Isso torna as coisas mais
seguras; você não precisa adi-
vinhar ou possivelmente en-
trar em pânico. É a mesma
ideia, só que para veículos".
Uma rede de carros e de fa-
róis também poderia informar
aos motoristas a qual veloci-
dade ir para pegar todos os fa-
róis verdes à frente, criando o
chamado percurso verde. Isso
não apenas diminuiria o con-
gestionamento como tam-
bém ajudaria na eficiência de
combustível.
Porém, evitar os acidentes é
o que mais interessa aos ór-
gãos federais.
Bezzina demonstrou com os
veículos de teste um perigo
comum: um motorista paran-
do de repente. Um carro acom-
panhante se posicionou cerca
de 60 metros à frente e pisou
no freio com força. Imediata-
mente, um sinal vermelho de
aviso piscou no espelho retro-
visor, e soou um alarme alto.
"Isso certamente chamará a
sua atenção", ela disse.
VO LU N T Á R I O SEm 2012, o projeto piloto de
Ann Arbor começou a equipar
os veículos locais com trans-
missores sem fio, que operam
em uma frequência especial-
mente dedicada à tecnologia
de veículo a veículo. Os pes-
quisadores inscreveram qua-
se 3 mil voluntários em Ann Ar-
bor, e uma associação de oito
fabricantes de carros também
participaram da ação, trazen-
do os seus próprios carros de
teste. A meta era ter uma mas-
sa crítica de carros ligados em
rede no teste para possibilitar
a coleta de informações deta-
lhadas sobre como, ou se, os
sistemas interativos estavam
funcionando. Os motoristas se
apresentam regularmente a
intervalos de algumas sema-
nas a fim de baixar os dados
dos discos rígidos armazena-
dos no porta-malas.
Era para a experiência durar
um ano, mas foi expandida pa-
ra um programa de três anos
que logo pode incorporar cer-
ca de 9 mil participantes da re-
gião, inclusive, pela primeira
vez, com pedestres portando
pequenos transmissores.
Uma lição que os fabrican-
tes de carros estão aprenden-
do em Ann Arbor é que para
que os avisos do sistema veí-
culo a veículo sejam eficien-
tes, é melhor que eles tenham
p re c i s ã o.
"As pessoas não têm muita
paciência com coisas que se
tornam uma chateação", dis-
se Jim Keller, o engenheiro
chefe que supervisiona os veí-
culos conectados da Honda.
"O que não que-
remos é que es-
sas coisas dis-
parem o tempo
todo com alar-
mes fa lsos . É
preciso que o
alarme só acio-
ne caso haja um
p ro b l e m a " .
P R OT E Ç Ã OSe esses pro-
jetos t iverem
sucesso, os be-
nefícios podem
ser considerá-
veis. O Departa-
mento de Trans-
por te es t ima
que oito em ca-
da dez acidentes de trânsito
nos Estados Unidos envolven-
do motoristas sem deficiên-
cias possam ser evitados.
Dan Flores, porta-voz da
General Motors, afirmou que
a fabricante acredita que os
benefícios de segurança não
podem ser subestimados.
"Não estamos interessados
nisso porque é bacana", ele
disse. "Achamos que existe
um benefício fundamental
onde as pessoas podem ter
mais proteção caso tenham
essa tecnologia".
Ele completou: " Em longo
prazo, acreditamos que isso
fará parte do conjunto de tec-
nologias que possibilitarão
um verdadeiro carro sem mo-
torista".
Hideki Hada, gerente geral
dos sistemas de veículos inte-
grados do Centro Técnico da
Toyota, disse que os veículos
do futuro provavelmente
combinarão a comunicação
entre os veículos com as tec-
nologias como radar, criando
um carro inteligente capaz de
"enxergar 360 graus".
"Conseguimos manter um
Fotos: Joshua Lott/The New York Times
carro em sua pista com câme-
ras e radar, mas intercalar, ul-
trapassar – essas coisas exi-
gem a percepção dos outros
carros na estrada", Hada afir-
mou. "Esta tecnologia pode
ter um papel importante".
A rápida troca de tantas in-
formações naturalmente le-
vanta preocupações sobre a
segurança na computação,
que até agora não era uma
preocupação da maioria dos
fabricantes de carros. "Ela não
está enviando informações do
cartão de crédito ou algo as-
sim", Hada falou sobre a tec-
nologia de comunicação veí-
culo a veículo. "Mas quando as
pessoas ouvem sobre um sis-
tema de comunicação sem fio,
preocupam-se com privacida-
de e segurança".
Ele disse que alguns temo-
res podem ser atenuados so-
mente com o entendimento
de que, diferente dos apare-
lhos celulares ou dos GPS, os
transmissores da comunica-
ção veículo a veículo têm um
alcance de apenas cerca de
100 metros.
Eles são projetados para se
comunicarem com carros e
com a infraestrutura nas pro-
ximidades, como um rádio de
comunicação bidirecional, po-
rém, não rastreiam os movi-
mentos com o tempo e tam-
pouco gravam informações
pessoais.
A certificação de que os no-
vos sistemas são seguros fez
com que os fabricantes de au-
tomóveis recebam novos ti-
pos de especialistas. "Tradi-
cionalmente, vendemos aço e
borracha", Hada disse. "Mas
agora conseguimos introduzir
pessoas talentosas da ciência
da computação, do mundo de
sistemas de controle e dos al-
goritmos. É um ambiente em-
polgante".
Muitos da indústria automo-
tiva percebem que a comuni-
cação entre automóveis é
apenas a metade do quadro. A
utilização de sensores nas es-
tradas e de outras infraestru-
turas se propagará mais lenta-
mente. "O que queremos é
que a infraestrutura exista e
que os carros saiam das fábri-
cas prontos para conversar
com esses vários sinais", afir-
mou Keller da Honda.
Contudo, com os governos
locais em todo o país enfren-
tando pressão orçamentária,
"não acontecerá desse jeito",
ele disse. "Assim, será interes-
sante ver como as coisas irão
se desenvolver".
Debby Bezzina, daUniversidade de
Michigan: sistemaassume quando omotorista não temtempo de reagir ou
entra em pânico.
Assunto: maiorsegurança do usuário.
Tecnologia em desenvolvimentoserá um instrumento eficiente paraevitar desastres em ruas e estradas
Câmarasinstaladas natraseira doveículopermitem queele mapeie oentorno.Perigos, comoum carrofreandobruscamente àfrente,acendem luzesde alerta nor e t ro v i s o r
18 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014
sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 19
Declaração de Extravio de Documentos FiscaisA empresa Espelho Comunicação Ltda., inscrita no CNPJ sob nº 05.139.897/0001-52 e inscriçãomunicipal nº 32.773, com sede à Rua Meatinga, 45 – sala 13 – Centro – Santana de Parnaíba – SP, vemcomunicar o extravio de suas notas fiscais de serviços série “A”, de 001 a 200, parcialmente utilizadas,livros fiscais modelos 51 e 57 e guias de tributos municipais.
SÃO PAULO TRANSPORTE S/AC.N.P.J. nº 60.498.417/0001-58
EDITAL DE CONVOCAÇÃO - ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Ficam convocados os Senhores Acionistas da São Paulo Transporte S/A, para se reunirem em Assembleia Geral Extraordinária, que se realizará em 22/09/2014, com início às 11 (onze) horas, em sua sede social, nesta Capital, na Rua Boa Vista nº 236, no 7º andar, a fim de tomarem conhe-cimento e deliberarem sobre os seguintes assuntos: 1. ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA:Alteração na composição do Conselho Fiscal da Empresa; 1.2 Outros assuntos de interesse social.São Paulo, 08/09/2014. JILMAR TATTO - Presidente do Conselho de Administração
(11,12,13)(11,12,13)
UnotelTelecomS.A. - CNPJ/MF 08.356.224/0001-42 -NIRE 35.300.381.343EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Ficam os SenhoresAcionistas desta Companhia convocados a reunirem-se emAGO, a realizar-se no dia 25/09/14, às 09 horas. Local:Hotel Tryp Nações Unidas,Rua Fernandes Moreira,1.264,Chácara Santo Antônio, São Paulo/SP, a fim de deliberar sobre aseguinte ordem do dia:a) Retomar as deliberações aprovadas naAta deAGO realizada em 25/04/14, sob registro na JUCESP 206.831/14-6em 28/05/14, que foi deliberado e aprovado o adiamento da análise das DF’s pelo prazo de até 150 dias contados da presenteAssembleia.Aprovada a prorrogação do mandato de todos os membros do Conselho Fiscal e Administração; e b) Outros assuntos de interesse daCompanhia.São Paulo,11/09/2014.Orlando FerreiraNeto - Diretor Presidente.
Agropecuária Campo Guapo S.A. - CNPJ 59.789.909/0001-13 - AssembleiaGeralExtraordinária -EditaldeConvocaçãoConvocamos os senhores acionistas da Companhia, para se reunirem em AGE, que se realizará no dia 22/9/14, às 14 horas, nasede, Rua Gonçalves Figueira, 368, CasaVerde/SP, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: eleição de membros dadiretoria. SP, 11/9/2014. Sonia Maria Moreira Mendonça de Barros. (12,13e16/09/2014)
BTG Pactual Oil & Gas II Empreendimentos e Participações S.A.CNPJ/MF nº 17.200.699/0001-36 – NIRE 35.300.446.496
Ata da Assembleia Geral Extraordinária realizada em 22/08/20141. Data, horário e local: Aos 22/08/2014, às 10 horas, na sede social da BTG Pactual Oil & Gas II Empreendimentos eParticipações S.A. (“Companhia”), localizada na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3.477, 14º andar, parte, Itaim Bibi, em SP/SP. 2. Convocação: Dispensadas as formalidades de convocação, considerando a presença de todos os acionistas daCompanhia, nos termos do parágrafo 4º do artigo 124, inciso I da Lei nº 6.404/76 (“Lei das S.A.”). 3. Presença: Presentes osacionistas representando a totalidade do capital social da Companhia, conforme assinaturas constantes do Livro de Presençade Acionistas. 4. Composição da mesa:Presidente: Gabriel Fernando Barretti; Secretário: Guilherme M. Scaff. 5. Ordem doDia: Re-ratificar as deliberações tomadas na assembleia geral extraordinária da Companhia, realizada no dia 21/08/2014, às10 horas, na sede social da Companhia (“AGE”). 6. Deliberações: Por unanimidade de votos dos acionistas da Companhia,foram tomadas as seguintes deliberações: 6.1.Os Acionistas deliberaram re-ratificar as deliberações tomadas na assembleiageral extraordinária da Companhia realizada no dia 21/08/2014, às 10 horas, para corrigir a menção feita, na AGE, à 13ªemissão privada de debêntures nominativas, da espécie quirografária, não escritural, sem emissão de cautelas e certificados,não conversíveis em ações ordinárias da Companhia, tendo em vista que na realidade tratava-se da 14ª emissão privadade debêntures de forma nominativa, da espécie quirografária, não escritural, sem emissão de cautelas e certificados, nãoconversíveis em ações ordinárias da Companhia. 6.2. Desta forma, sendo que deveria ter constado da AGE que na realidadeocorreu a 14ª emissão privada de debêntures de forma nominativa, da espécie quirografária, não escritural, sem emissão decautelas e certificados, não conversíveis em ações ordinárias da Companhia e não a 13ª emissão privada de debêntures deforma nominativa, da espécie quirografária, não escritural, sem emissão de cautelas e certificados, não conversíveis em açõesordinárias da Companhia, os acionistas deliberam e concordam que todas as referências à 13ª emissão privada de debênturesde forma nominativa, da espécie quirografária, não escritural, sem emissão de cautelas e certificados, não conversíveis emações ordinárias da Companhia na AGE devem ser entendidas como referências à 14ª emissão privada de debêntures deforma nominativa, da espécie quirografária, não escritural, sem emissão de cautelas e certificados, não conversíveis em açõesordinárias da Companhia. 6.3.Os acionistas ratificam todas as outras deliberações tomadas na AGE.7. Encerramento:Nadamais havendo a tratar, foi a presente ata lavrada e, depois de lida e aprovada, assinada pelos membros da mesa e pelosacionistas presentes. 8. Mesa: Presidente: Gabriel Fernando Barretti; Secretário: Guilherme M. Scaff; Acionista: BTG PactualPrincipal Investments Fundo de Investimento em Participações, neste ato representado por sua gestora BTG Pactual Gestorade Recursos Ltda. SP, 22/08/2014.Mesa Guilherme M. Scaff - Secretário.
Auto Posto Super Chevy LTDA, torna publico que recebeu da CETESB a LicençaPrévia n29001935 e requereu a Licença de Instalação, para Posto de Combustivel,sito à R: Conselheiro Saraiva, 440 - Santana/SP.
Auto Posto Maria Carlota LTDA, torna publico que recebeu da CETESB a Licença deOperação nº 30009373, val. até 11/09/2019, para Auto Posto sito à Rua MariaCarlota, 302 - Penha/SP
Isapa Participações S.A. - CNPJ/MF: 13.273.775/0001-82 - NIRE: 35.300.390.971Extrato da Ata de Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária
Data, Hora, Local: 30.04.2014, 13 horas, sede, Rua Bahia 527, apartamento 111, São Paulo/SP.Mesa: IsaacHamoui: Presidente, Jaky Diwan: Secretário. Presença: Totalidade do capital. Deliberações Aprovadas:AGO: (i) As contas dos administradores e as demonstrações financeiras dos exercícios findos em 31/12/2011,31/12/2012 e 31/12/2013, dispensada sua publicação. (ii) Reeleição dos Diretores: Isaac Hamoui, solteiro,comerciante, RG 9.878.027 SSP/SP, CPF/MF 011.081.028-75 como Diretor Presidente; Jaky Diwan, casado,administrador de empresas, RG 9.093.557-3 SSP/SP, CPF/MF 057.155.158-07 como Diretor Vice-Presidente;ambos brasileiros e residentes em São Paulo e com mandato de 03 anos e vigente até 30/04/2017, podendoser reeleitos, e declararam que não estão incursos em nenhum crime que os impeça de exercer atividademercantil. O valor dos honorários dos Diretores será fixado em Assembleia a ser realizada oportunamente.AGE: (i) Alterar a denominação social para Trapani Participações S.A., alterando o Artigo 1º do EstatutoSocial. (ii) Nova redação do Estatuto Social. Encerramento: Nada mais. São Paulo, 30.04.2014. Acionistas:Isaac Hamoui e Jaky Diwan. Isaac Hamoui: Presidente, Jaky Diwan: Secretário. JUCESP 347.317/14-5 em02.09.14. Flávia Regina Britto - Secretária Geral em Exercício.
Cortesia Auto Posto e Serviços Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Renovação daLicença de Operação ,30009368 vál. até 11/09/2019, para Combustíveis e Lubrificantes paraVeículos, com. varejista sito a Avenida Sapopemba, 1213 -Vila Regente Feijó - São Paulo/SP
Construtora OAS S.A.CNPJ/MF nº 14.310.577/0001-04 – NIRE 35.3.0044723-9
Ata da Assembleia Geral Extraordinária Realizada em 25/08/20141. Data, hora e local: Realizada no dia 25/08/2014, às 15 horas, na sede social da Companhia, em SP/SP, na AvenidaAngélica, nº 2.330/2.346/2.364, 7º andar, sala 720, bairro Consolação, CEP 01228-200.2. Convocação e presença: Dis-pensada a publicação de editais de convocação, na forma do disposto no § 4º do artigo 124, da Lei no 6.404/76 (“LSA”), porestarem presentes à assembleia acionistas representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas constantesdo Livro de Presença dos Acionistas. 3. Mesa: Assumiu a presidência dos trabalhos o Senhor Dilson de Cerqueira PaivaFilho e convidou o Senhor José Maurício Sollero Filho para secretariá-lo. 4. Ordem do dia:Deliberar sobre a alteração doendereço da filial da Companhia na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro.5.Deliberações:Após a discussãodas matérias, as acionistas presentes, por unanimidade de votos e sem quaisquer restrições, deliberaram o quanto segue:5.1. Aprovar a alteração do endereço da filial da Companhia na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, dePraia de Botafogo, n° 440, 5° andar, sala 501, 17º andar, sala 1701, 18º andar, sala 1801 e 19º andar, sala 1901, BairroBotafogo, CEP: 22250-040 para Praia de Botafogo, n° 440, salas 2001, 1901, 1801, 1701 e 1601, Bairro Botafogo, CEP:22.250-040. Por essa razão, segue como Anexo I a presente ata a relação atualizada de filiais e sucursais da Companhia.6. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, foi encerrada a assembleia, da qual se lavrou a presente ata que,lida e achada conforme, foi assinada por todos.Mesa: Dilson de Cerqueira Paiva Filho - Presidente; José Maurício SolleroFilho - Secretário. Acionistas Presentes:OAS S.A. e OAS Engenharia S.A.São Paulo, 25/08/2014. Jucesp nº 362.194/14-2em 10/09/2014. Flavia Regina Britto-Secretária Geral
soa
DECLARAÇÃO À PRAÇAA empresa NA’AMAT PIONEIRAS - CENTRO SÃO PAULO
Ç, inscrita no CNPJ n° 61.053.880/0001-59,
com sede à Rua São Martinho, nº 48, Barra Funda - São Paulo-SP, CEP: 01202-020, COMUNICA oextravio dos Livros Diários de nºs 01 a 18.
Knoths Comercial e Comunicação Ltda., CNPJ n° 00.774.678/0001-21, IM n° 13014,comunica o extravio das notas fiscais: Série A, numeradas de 250 a 300. Santana deParnaíba (SP), 11/09/2014.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA DA SERRA/SPAVISO DE LICITAÇÃO - LEILAO Nº 01/2014
De conformidade com a necessidade deste Município, faço público, para conhecimento dos interessados, que se acha aberta,na Prefeitura deste Municipio, o Edital de Leilão nº 01/2014, para realizacao de leilão público para alienação de bens inservíveisno Município de Santa Maria da Serra, pelo tipo de maior lance por lote, regida pela Lei Federal nº 8.666/93, suas alteraçõese demais dispositivos legais expressos no item 3, deste Edital. O início do leilão dar-se-á às 14:00 horas, do dia 20 de outubrode 2014, na Prefeitura Municipal, sito à Praça Santo Zani, nº 30, nesta cidade. A Pasta Técnica contendo o Edital e seusrespectivos anexos deverá ser retirada no Setor de Licitação, sito à Praça Santo Zani, nº 30, Paço Municipal desta cidade, apartir do dia 15-09-2014, a qual será fornecida das 09:00 às 15:00 horas. Para conhecimento do público, expede-se o presenteEdital, que será publicado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, do Município de Santa Maria da Serra, em jornal degrande circulação no estado e no Município e afixado em Quadro de Avisos, no saguão do Paço Municipal.Santa Maria da Serra, 12 de setembro de 2014. a) JOSIAS ZANI NETO - Prefeito do Município de Santa Maria da Serra.
SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADA DE PREÇOSA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para execução de Reforma de Prédio Escolar: TOMADA DE PREÇOS Nº - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/ PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA).72/00276/14/02 - EE Prof.Celio Luiz Negrini - Estrada da Pedra Branca, s/n – Cep: 9792-000 - Montanhao - São Bernardo do Campo/SP - 180 - R$ 76.287,00 - R$ 7.628,00 - 09:30 - 30/09/2014. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE,na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 15/09/2014, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Os interessados poderão adquirir o CD-ROM referente às Planilhas, ao custo de R$ 3,00 (três reais), na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, dentro do horário de expe-diente, das 08:30 às 17:00 horas. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues, juntamente com a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e a garantia de participação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer,rigorosamente, ao estabelecido no edital. ANTONIO HENRIQUE FILHO - Respondendo pela Presidência da FDE - PORTARIA FDE Nº 138/2014.
SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO
FDE AVISA: Pregão Eletrônico de Registro de Preços Nº 36/00989/14/05OBJETO: AQUISIÇÃO DE PROTELIVRO: ETIQUETA ADESIVA PARA PROTEÇÃO DE LOMBADA DE LIVROS.AFUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para:Aquisição de Protelivro: Etiqueta Adesiva para Proteção de Lombada de Livros. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 15/09/2014, no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verifi car o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. Asessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 29/09/2014, às 09:30 horas e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente. Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados.A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 15/09/2014, até o momento anterior ao início da sessão pública.ANTONIO HENRIQUE FILHO - Respondendo pela Presidência da FDE - PORTARIA FDE Nº 138/2014.
EDITAL
A Câmara dos Dirigentes Lojistas do Shopping Center Iguatemi - CDL, nos termos do art. 31 dos Estatutos Sociais, comunica que se acham à disposição dos associados da CDL, para exame, Balan-ços, Relatórios da Diretoria e os pareceres do Conselho Fiscal, referentes aos exercícios 2013/2014.
Câmara dos Dirigentes Lojistas do Shopping Center Iguatemi - CDL – A Diretoria
EDITAL DE CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
A Diretoria da Câmara dos Dirigentes Lojistas do Shopping Center Iguatemi - CDL, na forma do art.29 do Estatuto Social, convoca os Senhores Associados para a Assembleia Geral Ordinária, a realizar-se à Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.128 – loja 1, no dia 30 de setembro de 2014, instalando-se em 1a convocação, às 10h30. Não havendo “quorum” fica, desde já, estabelecida a segunda convo-cação, para o mesmo dia e local, às 11h30, a fim de deliberar sobre a seguinte Ordem do Dia:1. Aprovação das contas referentes aos exercícios sociais 2013/2014.
Câmara dos Dirigentes Lojistas do Shopping Center Iguatemi - CDL – A Diretoria
Concorrência CP-012-4-0150Objeto: Ampliação da SE Balsas – Etapa TR2 230/69/13,8 kV – 100 MVAe entrada de linha 69 kV para Balsas III, localizada no Estado do Maranhão,incluindo projeto executivo e SPCS, execução das obras civis e montagemeletromecânica, e fornecimento total de equipamentos e materiais. Modalidade:Concorrência. Tipo: Menor Preço, em regime de Empreitada Integral. Edital adisposição dos interessados a partir da publicação deste Aviso, nos endereçoshttp://www.eln.gov.br e www.eletrobras.com, sem ônus, ou no SCN Quadra06, Conjunto A, Bloco C, sala 601, Entrada Norte 2, Asa Norte – Brasília-DF,das 09:00 horas as 12:00 horas, e das 14:00 horas as 17:00 horas, em meiomagnético, ao preço de R$ 300,00 (trezentos reais), mediante o comprovante dedeposito identificado, junto ao Banco do Brasil S/A – 001, agência 3064-3, contacorrente 106150-X, utilizando como código do depósito a sua inscrição no CNPJou CPF. Data para recebimento e abertura dos documentos de habilitação erecebimento de propostas: 31/10/2014, às 10 hs (dez horas) no SCN Quadra 06,Conjunto A, Miniauditório, 1º subsolo, Entrada Norte 2, Asa Norte – Brasília/DF.
Ricardo Gonçalves RiosDiretor de Gestão Corporativa
AVISO DE LICITAÇÃO
Ministério deMinas e Energia
Terra Nova Rodobens IncorporadoraImobiliária - Feira de Santana III - SPE Ltda
CNPJ Nº 09.499.527/0002-68- NIRE 35.222.122.25012ª ALTERAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DE CONTRATO SOCIAL
Data 01.08.2014.Local São José do Rio Preto.A totalidade dos sócios daTERRANOVARODOBENSINCORPORADORA IMOBILIÁRIA - FEIRA DE SANTANA III - SPE LTDA, com sede em São Josédo Rio Preto-SP, na Avenida Francisco das Chagas de Oliveira, nº 2500, sala 13B, Higienópolis, CEP15.085-485, DELIBERAM, reduzir o capital social, conforme artigo 1082, II do Código Civil, deR$3.611.800,00 para R$1.861.000,00, representando uma redução de R$1.750.000,00, que serãodevolvidos até 29.08.2014, em moeda corrente nacional, à sócia Rodobens Negócios ImobiliáriosS/A.Sócios: Rodobens Negócios Imobiliários S/A e Carlos Bianconi.
Cyrela Tecnisa de Investimento Imobiliário Ltda.CNPJ/MF nº 02.965.130/0001-94 - NIRE 35.215.508.954
Extrato da Ata de Reunião de Sócios realizada no dia 26/08/2014Data, Hora e Local: 26/08/2014, às 10 horas, na sede social,Avenida Engenheiro Roberto Zuccolo, nº 555, 1º andar, sala1001, parte, Vila Leopoldina, São Paulo/SP. Convocação: Dispensada. Presença: Totalidade do capital social.Mesa: Ra-fael Novellino - Presidente, Claudio Carvalho de Lima - Secretário. Deliberações Aprovadas: 1. Redução do capital so-cial em R$ 500.000,00, considerados excessivos em relação ao objeto, com o cancelamento de 500.000 quotas, com valornominal de R$ 1,00 cada uma, sendo 250.000 quotas de titularidade da sócia Cyrela Brazil Realty S/A Empreendi-mentos e Participações; 249.924 quotas de titularidade da sócia Tecnisa Engenharia e Comércio Ltda.; e 76quotas de titularidade do sócioMeyer Joseph Nigri, os quais receberão o valor da redução em moeda corrente do país,a título de restituição do valor das quotas canceladas. Passando o capital social de R$ 3.622.411,00 para R$ 3.122.411,00.2. Autorizar os administradores a assinar os documentos necessários para a restituição dos valores devidos em razão daredução de capital, após o quê, os sócios arquivarão a alteração do contrato social consignando o novo valor do capitalsocial. Encerramento. Nada mais, lavrou-se a ata. São Paulo, 26/08/2014. Sócios: Cyrela Brazil Realty S/A Em-preendimentos e Participações p.p. Rafael Novellino, Sandra Esthy Attié Petzenbaum, Claudio Carvalho de Lima;Meyer Joseph Nigri p.p. Joseph Meyer Nigri; Tecnisa Engenharia e Comércio Ltda. - Joseph Meyer Nigri.
São JoséDesenvolvimento Imobiliário 29 Ltda.CNPJ 09.298.073/0001-86 -NIRE 35.221.993.192
ATADEREUNIÃODESÓCIOSNo dia 01/08/2014, às 10 horas, na sede social de São José Desenvolvimento Imobiliário 29 Ltda., localizada na AvenidaIndependência, 4.764 (sala 2), Éden, Sorocaba/SP, reuniu-se a totalidade dos sócios da empresa,Alberto Jorge Filho,MauroCunha Silvestri, Mendes e Mustafá Participações Ltda., neste ato representada por seu administrador Ataliba Mustafá,Renald Cury, Carlos Alberto Galemneck Lia e Marco Antonio Reynol, para tratarem de redução do capital da sociedade.Inicialmente, foram eleitos presidente e secretário da reunião, respectivamente, os sóciosAlberto Jorge Filho eMauro CunhaSilvestri. Depois de amplamente debatido o assunto, resolveram os sócios aprovar, por unanimidade, a redução do capitalsocial, com fundamento no artigo 1.082, II, do Código Civil, por ser o mesmo excessivo em relação ao objeto da sociedade,dos R$ 9.973.100,00 atuais, para R$ 7.479.835,00.A redução de capital, no valor de R$ 2.493.265,00 corresponde à partedas quotas de capital social da sócia Mendes e Mustafá Participações Ltda. e será feita em mediante a transferência àreferida sócia de elementos ativos e passivos, constituídos por moeda nacional corrente e bens imóveis, sendo que somentese tornará eficaz se, após o decurso do prazo de 90 dias contados da data da publicação da presente ata, for atendido odisposto no artigo 1.084,§ 2º, do Código Civil.Nadamais havendo a ser tratado ou debatido, os sócios deram por encerradaa reunião, lavrando-se a presente ata, assinada por todos. Sorocaba/SP, 01/08/2014. Alberto Jorge Filho; Mauro CunhaSilvestri; Renald Cury; Carlos Alberto Galembeck Lia; Marco Antonio Reynol; Mendes e Mustafá Participações Ltda.AtalibaMustafá -Administrador
ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIA – ASFA ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIA – ASF torna público que se acha aberto procedimentolicitatório de SELEÇÃO DE FORNECEDORES – COLETA DE PREÇO Nº 024/2014, PROCESSOASF Nº 056/2014, OBJETIVANDO O REGISTRO DE PREÇOS PARA EVENTUAL PRESTAÇÃODE SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM GUARDA E VIGILÂNCIA NÃO ARMADA, A SEREXECUTADO NAS UNIDADES DE SAÚDE GERIDAS PELA ASSOCIAÇÃO SAÚDE DAFAMÍLIA, PELO CRITÉRIO MENOR PREÇO GLOBAL. O edital na íntegra poderá serconsultado no sítio ASF: www.saudedafamilia.org e ou retirado na sede da Associação, situadaà Praça Mal. Cordeiro de Farias, 65, Tel: (11) 3154.7050. Informações no endereçoeletrônico:licitacoesasf@saudedafamilia.org | Data da Sessão Pública: 22/09/2014,às 9:30h –Local da Sessão: Associação Saúde da Família, Praça Mal. Cordeiro de Farias, 65 – Higienópolis– São Paulo/SP.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO/SPAVISO DE LICITAÇÃO - Tomada de Preços nº 016/2014
De conformidade com solicitação de Secretaria Municipal de Educação, faço público, para conhecimentodos interessados, que se acha aberta, na Prefeitura deste Município, a Tomada de Preços nº 016/2014,visando a contratação de empresa para Reforma da EMEB ANTONIO DA SILVA BENEVIDES, pelotipo de menor preço, regida pela Lei Federal nº 8.666/93, suas alterações e demais dispositivos legaisexpressos no Edital. Os envelopes dos licitantes com a documentação e a proposta deverão serentregues no Departamento de Compras e Licitações, sito à Rua Valentim Amaral, 748, nesta cidade,até as 11:00 horas, do 30 de setembro de 2014. O início da abertura dos envelopes será às 15:30horas, do dia 30 de setembro de 2014, na Sala de Abertura de Licitações, sita à Rua Valentim Amaral,748, nesta cidade. Para conhecimento do público, expede-se o presente Edital, que será publicado pelaImprensa Oficial do Estado de São Paulo, do Município de São Pedro, em jornal de grande circulaçãono estado e no Município e afixado em Quadro de Avisos, no saguão do Paço Municipal. São Pedro, 12de setembro de 2014. HÉLIO DONIZETE ZANATTA - Prefeito Municipal.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO/SPAVISO DE LICITAÇÃO
Tomada de Preços nº 015/2014De conformidade com solicitação de Secretaria Municipal de Educação, faço público, para conhecimentodos interessados, que se acha aberta, na Prefeitura deste Município, a Tomada de Preços nº 015/2014,visando a contratação de empresa para Ampliação da EMEIF PROF. ABDALA RAHAL FARHATNETO, pelo tipo de menor preço, regida pela Lei Federal nº 8.666/93, suas alterações e demaisdispositivos legais expressos no Edital. Os envelopes dos licitantes com a documentação e a propostadeverão ser entregues no Departamento de Compras e Licitações, sito à Rua Valentim Amaral, 748,nesta cidade, até as 11:00 horas, do 30 de setembro de 2014. O início da abertura dos envelopes seráàs 14:00 horas, do dia 30 de setembro de 2014, na Sala de Abertura de Licitações, sita à Rua ValentimAmaral, 748, nesta cidade. Para conhecimento do público, expede-se o presente Edital, que serápublicado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, do Município de São Pedro, em jornal de grandecirculação no estado e no Município e afixado em Quadro de Avisos, no saguão do Paço Municipal.São Pedro, 12 de setembro de 2014. HÉLIO DONIZETE ZANATTA - Prefeito Municipal
PREFEITURAMUNICIPAL DE BIRIGUIEDITAL Nº 156/2.014 – PREGÃO PRESENCIALNº 131/2.014. OBJETO:- Registro de preços paraaquisição de gêneros alimentícios grãos, farináceos eoutros destinados à Central Municipal de AlimentaçãoEscolar da Secretaria de Educação pelo período de12 meses. Data da Abertura- 26/09/2.014, às 13:30horas. Melhores informações poderão ser obtidasjunto a Seção de Licitações na Rua Santos Dumont nº28, Centro, ou pelo telefone (018) 3643-6126. O Editalpoderá ser lido naquela Seção e retirado gratuitamenteno site www.birigui.sp.gov.br, Pedro Felício EstradaBernabé,PrefeitoMunicipal, Birigui, 12/09/2014.
Aviso de Registro de Chapas concorrentes ao CRA-SP e ao CFAOPresidente da Comissão Permanente Eleitoral do Conselho Regional deAdministração, tendo em vistao disposto no Capítulo IV art. 9º do Regulamento das Eleições do Sistema CFA/CRAs, aprovado pelaResolução Normativa CFA nº 438, de 20 de dezembro de 2013, torna público que foram deferidos ospedidos e registradas as Chapas apresentadas perante o CRA-SP para o preenchimento de vagas deConselheiros Regionais Efetivos e Suplentes a partir de 2015, como segue: Conselheiros RegionaisMandatos de 4 (quatro) anos, 2015/2018,CHAPA1 Efetivos : Paulo Roberto Segatelli Câmara,AntonioTadeu Pagliuso, Antonio Vico Mañas, Vicente Picarelli Filho, Arlindo Vicente Junior e Joao Batista PereiraJunior Respectivos Suplentes : Roberto Sousa Gonzalez , Nelson Reinaldo Pratti,Miguel de MouraSilveira Junior, Diogo de Souza Dias, Donizetti Tadeu Moretti e Alvaro Augusto Araújo Mello CHAPA 2Efetivos: Murilo Lemos de Lemos, João Paulo de Andrade Vergueiro, Paulo Cesar Rufino, MauricioNeves Patomatti, Bruno Luís Lima de Carvalho e Sônia Bonilha Homrich Von Koss RespectivosSuplentes : Gabriel Di Giacomo Galo, João Henrique Locomaco Motta Florence, Maria de LourdesTavares da Silva, Carlos Eduardo Arantes de Barros, Alessandro Scotoni Levy e Virginia Dias Lessa.CHAPA 3 Efetivos:Idalberto Chiavenato, Claudia Marcia de Jesus Forte, Paulo Gaspar Schlittler, SilvioPires de Paula, Francisco Rafael Pescuma e Mauro José Aita Respectivos Suplentes: Fernando deCarvalho Cardoso, João Luiz de Souza Lima, José Vicente Messiano, Ana akemi Ikeda, Silvio JoséMoura e Silva e Antonio Carlos Cassarro. São Paulo, 13 de setembro de 2014. Adm. Teresinha CovasLisboa, CRA-SP nº 18974 - Coordenadora da Comissão Permanente Eleitoral do CRA-SP.
CONSELHO REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃODE SÃO PAULO
MUNICÍPIO DE NOVA ODESSAAVISO DE EDITAL DE LICITAÇÃO
BENJAMIM BILL VIEIRA DE SOUZA, Prefeito do Município de Nova Odessa, tornapúblico que se acha aberto Pregão Presencial nº. 102/PP/2014 que será realizada na sala dereuniões da Prefeitura Municipal de Nova Odessa, situada a Avenida João Pessoa, 777, Centro,Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000, iniciando-se a sessão no dia 01/10/2014, às 9h15min, e tempor objeto Registro de Preços para futuras e eventuais aquisições de lousas interativas e projetores,incluindo mão de obra para instalação e configuração do ambiente (lousa, projetor e computador) ecapacitação presencial dos professores. Informações poderão ser obtidas das 8h00min às 16h30min,no endereço acima mencionado ou através do telefone (19) 3476.8602. O edital estará disponívelpara download no seguinte link de acesso: http://www.novaodessa.sp.gov.br/Licitacoes.aspx.
Nova Odessa, 12 de setembro de 2014.Setor de Suprimentos e Licitações
PREFEITURAMUNICIPAL DE BIRIGUIEdital nº 58/2.014–ConcorrênciaPúblicanº 05/2.014.
Objeto:- Execução da obra de recapeamento asfáltico do tipoCBUQ(ConcretoBetuminosoUsinadoàQuente)emruasdobairroVila Xavier e Centro, com fornecimento de mão de obra, materiaise equipamentos, conforme Memoriais Descritivos, PlanilhasOrçamentárias Cronogramas Físicos-Financeiros e ProjetosfornecidospelaSecretariadeObras.CritériodeJulgamento:-menorpreço global. ENCERRAMENTO EABERTURA:- 21/10/2.014, às08h30min. O Edital e seus Anexos na íntegra poderá ser retiradogratuitamente através do site www.birigui.sp.gov.br., ou na SeçãodeLicitaçõesnovalordeR$30,00 (trinta reais).ENCERRAMENTODA VENDA: 16/10/2.014. INFORMAÇÕES:- Seção de Licitaçõesna Rua Santos Dumont nº 28 ou pelos telefones (018) 3643.6125- 3643 6126, Birigui, 12/09/2.014, Pedro Felício Estrada Bernabé,PrefeitoMunicipal.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOSECRETARIA DO MEIO AMBIENTE
Acha-se aberta na Secretaria do Meio Ambiente, Coordenadoria de Parques Urbanos, a licitaçãona modalidade Concorrência nº 02/2014/CPU, Processo nº 243/2014, destinada à permissão deuso de imóvel para lanchonete e trailer, visando à comercialização de alimentos nas áreasinternas do Parque Villa-Lobos. O recebimento dos envelopes de proposta e habilitação dar-se-áem sessão pública, a ser realizada no dia 27/10/2014 às 09h00, na Secretaria do Meio Ambiente,sito à Av. Prof. Frederico Hermann Junior, 345 – prédio 6 – 2º andar – sala do reuniões, Alto dePinheiros – São Paulo – SP. Os interessados poderão consultar o Edital completo nos sites http://www.e-negociospublicos.com.br ou www.ambiente.sp.gov.br. Podendo ainda ser retirado, em horáriocomercial, no Centro de Licitações e Contratos, do Departamento de Suprimentos e Apoio à Gestãode Contratos, da Coordenadoria de Administração, à Av. Prof. Frederico Hermann Júnior, 345 –prédio 1 – 6º andar, Alto de Pinheiros – São Paulo – SP, comparecendo munidos de CD ou pen-drive.Maiores esclarecimentos: (11) 3133-3979 ou e-mail: licitacoes@ambiente.sp.gov.br. É importanteo acesso frequente aos sites: www.ambiente.sp.gov.br e www.e-negociospublicos.com.br, umavez que eventuais questionamentos sobre o edital e devidos esclarecimentos serão ali divulgados.
PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA DE CAMPOS DO JORDÃOREABERTURA DE LICITAÇÃO - Processo nº 9.446/2014-5 - Interessado: Secretaria Municipal de Obras e Vias Públicas. Assunto: Retomada da Tomada de Preços nº 017/2014. COMUNICADO - Reabertura da Tomada de Preços nº 017/2014. Objeto: contratação de empresa de engenharia especializada para a execução de obras de infraestrutura urbana em vias do Município no Jardim Frei Orestes, Vila Santo Antonio e Jardim Leonor Mendes de Barros, nesta cidade. Na qualidade de Presidente do certame em epígrafe, COMUNICO a reabertura da licitação na modalidade Tomada de Preços nº 017/2014a realizar-se no dia 30/09/2014, às 10h00, na sala de licitações localizada na Avenida Frei Orestes Girardi, nº 893 - térreo - Vila Abernéssia - Campos do Jordão - SP, podendo participar todos os interessados que atendam as exigências contidas no Instrumento Convocatório que está à disposição através do e-mail: net.compras@hotmail.com.. Campos do Jordão, 11 de setembro de 2014. LUCINÉIA GOMES DA SILVA PAULINO BRAGA - CPL - Presidente
AVISO DE EDITAL - PREGÃO PRESENCIAL N° 053/2014OBJETO: REFERENTE AO REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÕES FUTURAS DE MATERIAISDE ALVENARIA, ELÉTRICO E HIDRÁULICO, PARA USO DE TODAS AS SECRETARIAS DAPREFEITURA MUNICIPAL DE REGISTRO, PELO PERÍODO DE 12 (DOZE) MESES. IMPORTANTE:RECEBIMENTO DA DECLARAÇÃO DE PLENO ATENDIMENTO AOS REQUISITOS DE HABILITAÇÃO,A DECLARAÇÃO DE MICROEMPRESA OU EMPRESA DE PEQUENO PORTE (SE FOR O CASO) EENVELOPES DE PROPOSTA E HABILITAÇÃO: até o dia 29/09/2014. CREDENCIAMENTO:início às 09:00 horas do dia 29/09/2014. TÉRMINO DO CREDENCIAMENTO se dará com aabertura do primeiro Envelope – Proposta de Preços, com início previsto para às 09:30 horas.Este horário poderá ser dilatado, desde que haja licitantes presentes a serem credenciados.INÍCIO PREVISTO DA SESSÃO PÚBLICA: às 09:30 horas do dia 29/09/2014. FORMALIZAÇÃODE CONSULTAS: Pelo telefone (13) 3828-1000, r. 1032, ou Tel/Fax (13) 3821-2565 ou peloe-mail priscila_compras@registro.sp.gov.br. O Edital completo poderá ser obtido pelosinteressados na Seção Técnica de Compras e Licitação, de segunda a sexta-feira, no horáriode 08:30 às 17:00 horas ou pelo endereço eletrônico da Prefeitura Municipal de Registrowww.registro.sp.gov.br, opção “Editais e Licitações”.
Registro, 11 de setembro de 2014. Débora GoetzSecretária Municipal da Administração
Requerente: Santa Marina Saúde Ltda. – Autofalência. Requerido: Santa Marina Saúde Ltda. – Autofalência.
Praça da Sé, 399 – 4° Andar – Conjunto 401 – Sé – 1ª Vara de Falências.
Requerente: Bulltec Comércio Importação e Exportação Ltda. Requerido: C Tec Correntes e Engrenagens
Ltda. EPP. Rua Eneias Luis Carlos Barbanti, 119 – Freguesia do Ó – 1ª Vara de Falências.
Requerente: Banco Fibra S/A. Requerido: Brastubo Indústria e Comércio de Produtos Plásticos e Siderúrgi-
cos S/A. Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1.234 – 13° Andar – Jardim Paulistano – 2ª Vara de Falências.
Requerente: José Angelo Trettel. Requerido: Miquelina Bar e Arte Eireli EPP. Rua Antonio Lombardo, 412 –
Jardim Santa Terezinha (Zona Leste) – 2ª Vara de Falências.
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia
12 de setembro de 2014, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação
extrajudicial e recuperação judicial:
SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃODEPARTAMENTO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
EXTRATO DE PUBLICAÇÃO - EDITAL Nº 064/2014CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 004/2014 - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 6251/2014
TIPO: EMPREITADA PELO MENOR PREÇO POR LOTEA Prefeitura da Estância Turística do Município de Ibiúna, estado de São Paulo, através daA Prefeitura da Estância Turística do Município de Ibiúna, estado de São Paulo, por ordem doSenhor Prefeito nos autos do Processo administrativo de nº 064/2014, torna pública que seacha aberta licitação na modalidade de Concorrência Pública de nº004/2014, do tipo menor preçopor lote, nos termos do Edital de nº064/2014 e seus anexos. OBJETO: Contratação de empresapara prestação de serviços do sistema de limpeza pública e manejo de resíduos do municípiode Ibiúna, estado de São Paulo, compreendendo: a coleta e o transporte de resíduos sólidos; alimpeza de vias e logradouros públicos e demais atividades correlatas; a operação, manutençãoe monitoramento do aterro sanitário municipal; e a coleta, transporte, tratamento e disposiçãofinal de resíduos de serviços de saúde (RSS), conforme projeto, planilhas e anexos deste Edital.DATA/HORA/LOCAL DA SESSÃO PÚBLICA: Dia 23 de Outubro de 2014 às 09hs30min, naSala de Abertura de Procedimentos Licitatórios, Paço Municipal, sito a Avenida Manoel de OliveiraCarvalho, nº 51, Centro, na cidade de Ibiúna – SP. UNIDADE REQUISITANTE:- SECRETARIADE DESENVOLVIMENTO URBANO. A pasta contendo o Edital e os respectivos anexos destalicitação poderão ser retirados junto ao Departamento de Licitações e Contratos Administrativosdesta Prefeitura Municipal, no horário compreendido das 09h00 as 16h00 de Segunda a Sexta-Feira, mediante o pagamento do custo de reprodução no importe de R$ 30,00 (trinta reais), oupelo endereço eletrônico licitacaoibiuna@gmail.com, mediante solicitação. Informações sobreesta licitação poderá ser obtida, pelos telefones (15) 3248.9900 – Ramal 9905 e 9914. Extratode Publicação, Jornal de grande circulação (Diário do Comércio) – Imprensa Oficial do Estado deSão Paulo.
PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE IBIÚNA
Mulheres em ação para aprimoraros micro e pequenos negócios
Ministro Afif apresenta portal para melhorar a capacitação dos empreendedo re s
Paulo Pampolin/Hype
Afif: entrosamento dainiciativa privadacom o poder público émuito importante.
Um grupo de empresá-
rias, denominado Mu-
lheres do Brasil, apre-
sentou em São Paulo, na sex-
ta-feira, ao ministro da Secre-
tar ia da Micro e Pequena
Empresa, Guilherme Afif Do-
mingos, o projeto de um portal
que reunirá informações para
melhorar a capacitação dos
empreendedores brasileiros.
Um grande portal, batizado
de Empresa Simples, está sen-
do desenvolvido e deverá ser
anunciado até o fim do mês.
Várias ferramentas desse por-
tal facilitarão a vida do empre-
endedor, como os processos
de abertura e encerramento
de empresas. Haverá uma
área para busca de crédito,
participação em licitações e
até de oferta e procura de bens
e serviços prestados pelas
e m p re s a s .
As empreendedoras disse-
ram ao ministro que o despre-
paro para gerir o próprio negó-
cio é um dos motivos para o in-
sucesso do empresário. “Os
empreendedores só buscam
ajuda quando estão com pro-
b le m a s”, disse a diretora da
Bold, Gabriela Hunnicutt, inte-
grante do grupo.
Elas mostraram que 1,5%
das pequenas brasileiras ex-
portam e que, mesmo diante
da evolução do mercado inter-
no, essa experiência não é
bem aproveitada no exterior.
“O gigantismo do mercado in-
terno não cria DNA para o mer-
cado externo”, afirmou ela.
Afif explicou que os meca-
nismos de exportação pelas
micro e pequena empresas se-
rão simplificados”. Outra no-
vidade é a possibilidade da ex-
portação de serviços, onde as
empresas podem dobrar seus
faturamentos no Simples.
O ministro disse que é im-
portante o entrosamento da
iniciativa privada com o Poder
Público. “Essas mulheres, li-
deradas por Luiza Helena Tra-
jano, do Magazine Luiza, vão
ajudar a criar um portal que
capacite os empreendedores
das micro e pequenas empre-
sas para o mundo dos negó-
cios”. (DC)
20 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2014
FIQUE POR DENTRO
Angela Crespo é jornalista especializada em consumo; e-mail:doislados@dcomercio.com.br
Manual de boas práticas traz informações sobre ética e valores
Fabricante de produtos e salão de belezaterão de indenizar mulher que tevecabelos danificados
PESQUISA
OProcon-SP está realizando
pesquisa para levantar os
principais problemas dos
consumidores com contratos de
prestação de serviços das
escolas particulares da capital.
O objetivo é, além de registrar
as reclamações, fazer um
monitoramento prévio destes
relatos para montar um ranking
das escolas particulares e das
universidades e traçar
estratégias de cumprimento do
Código de Defesa do
C o n s u m i d o r.
SEGURO
ATerceira Turma do Superior
Tribunal de Justiça (STJ)
reconheceu que o CDC pode ser
aplicado nos contratos de
seguro empresarial,
na hipótese em que a empresa
contrata seguro para a proteção
de seus próprios bens sem o
integrar nos produtos e serviços
que oferece.
A decisão foi tomada em
julgamento de recurso especial
interposto contra acórdão do
Tribunal de Justiça de
São Paulo (TJSP).
ANIVERSÁRIO
No dia 11 de
s e t e m b ro
comemorou-se o 24º
ano da aprovação da
Lei 8.078 (Código de
Defesa do
Consumidor), que
reconheceu os
direitos básicos dos
consumidores e
impôs
re s p o n s a b i l i d a d e
civil aos
fornecedores de
produtos e serviços.
Em todos estes anos
se tentou modificar a
lei, mas ela ainda se
mantém intacta,
embora tramitam no
Senado algumas
propostas de
alterações no CDC,
elaboradas por
comissão de juristas.
O objetivo é a
modernização, visto
que algumas práticas
– como o comércio
virtual – não existiam
quando o Código
entrou em vigor.
Outra proposta é a de
estabelecer medidas
para conter o
s u p e re n d i v i d a m e n t o.
EM SUA TERCEIRA EDIÇÃO,O PRÊMIO D E S TA C A AS OUVIDORIAS QUE
BUSCAM I N O VA Ç Õ E S E
T R A N S PA R Ê N C I A NO RELACIONAMENTO
COM SEUS CLIENTES.
Prêmio reconhece as melhoresouvidorias do País
Dez empresas foram
condecoradas no
Prêmio de Ouvido-
rias Brasil 2014 du-
rante o Congresso Nacional
das Relações Empresa-Clien-
te (Conarec), que aconteceu
na semana passada em São
Paulo e reuniu mais de 4 mil
profissionais das áreas de
atendimento ao consumidor.
Foram ainda premiados qua-
tro destaques e a Agência Na-
cional de Saúde (ANS) rece-
beu menção honrosa. “O prê-
mio tem como proposta reco-
nhecer as ouvidorias que têm
buscado inovações e, princi-
palmente, transparência no
relacionamento com seus sta-
keh o ld e rs ”, afirmou Lucia Fa-
ria, VP do Comitê de Ouvido-
rias da Associação Brasileira
de Relações Empresa-Cliente
(Abrarec) e ouvidora da Algar
Tech durante a solenidade de
p re m i a ç ã o.
O Prêmio de Ouvidorias Bra-
sil está em sua terceira edição
e é uma iniciativa da Abrarec e
do Grupo Padrão. As empresas
premiadas foram Banco do
Brasil, Banco Votorantim, Bra-
desco, Bradesco Seguros,
CCR-Via Oeste, DPaschoal,
Fundação Pró-Sangue, Itaú
Unibanco, Sem Parar e Triunfo
Concepa. O destaque de ouvi-
doria do setor privado ficou
com a TecBan; o de melhor con-
tribuição para o desenvolvi-
mento das ouvidorias no Brasil
para Jorge Hage Sobrinho, mi-
nistro-chefe da Controladoria
Geral da União (CGU); o de lide-
rança empresarial mais com-
prometida com a causa da ou-
vidoria para Roberto Setubal,
do Itaú; e o destaque ouvidora
com atuação em prol da im-
plantação e valorização das
ouvidorias para Stael Riani, ex-
ouvidora da Agência Nacional
de Saúde (ANS).
Voz do clienteForam inscritos mais de 50
cases e o que diferencia as em-
presas vencedoras das de-
mais é que suas ouvidorias
conseguem levar para dentro
das corporações a voz do
cliente, visando ao aprimora-
mento de processos, produtos
e serviços. “É imprescindível a
autonomia do ouvidor para
que resultados sejam alcan-
çados e, principalmente, para
se restabelecer o equilíbrio
das relações empresas-clien-
t es ”, destacou mais uma vez
Lúcia Faria.
“Quando a empresa conse-
gue compreender a importân-
cia da ouvidoria, os resultados
são perceptíveis”, comentou
Marcelo Linardi, ouvidor do
Banco Votorantim. A empresa
no primeiro semestre do ano
passado decidiu redesenhar a
estrutura de sua ouvidoria e as
consequências positivas des-
se ato já estão sendo contabi-
lizadas. Além do prêmio, que,
conforme Linardi “r a ti f i c o u
que estão no caminho certo”,
os números de reclamações
de clientes nos órgãos públi-
cos de defesa do consumidor
vem caindo. No Procon-SP, por
exemplo, no período de janei-
ro a 10 de setembro deste ano,
houve queda de aproximada-
mente 15% em relação ao
mesmo período do ano passa-
do, conforme dados do Siste-
ma Nacional de Defesa do
Consumidor (Sindec), que
reúne as informações dos Pro-
cons de todo o País e é organi-
Fabricante de produtos e salão de beleza foram
condenados, solidariamente, a pagar R$ 10 mil por danos
morais a uma consumidora que teve o couro cabeludo
queimado após utilizar produto para fazer “luzes”. A decisão é
da 2ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa
Catarina, que manteve sentença da comarca da Capital.
A mulher conta, na ação, que após 20 minutos da aplicação
do produto sentiu que a cabeça queimava. Ela sofreu
intoxicação, perdeu bastante cabelo, teve dermatite e
fissuras.
Em sua defesa, o salão de beleza alegou que utilizou a
fórmula segundo as instruções da embalagem. No entanto, a
empresa fabricante argumentou que não
tem a obrigação de fiscalizar a utilização
do produto, mas apenas de advertir sobre
as possíveis reações adversas. Ela jogou a
culpa na cabeleireira, que não soube
utilizar corretamente o produto.
Para o Tribunal de Justiça, o dano moral
não está atrelado somente às sequelas
físicas, mas aos sentimentos de angústia,
sofrimento e dor decorrentes do uso do
produto. O juiz relator da causa também
afirmou que as provas apontaram o
produto como causador do dano.
“Não é possível conceber que [o recorrente] dê ao ramo
negocial sobre o qual se apoia tão pouca importância, a ponto
de supor que os consumidores – que adquirem seus produtos
com a intenção de melhoria estética – não se sintam
moralmente abalados quando, ao invés de embelezar os
cabelos, o uso do cosmético ocasiona perda maciça de fios de
cabelo, queimadura no couro cabeludo e intoxicação. Mantém-
se, pois, o dever de indenizar.”
Fonte: Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC)
S M A RT P H O N E S
Pesquisa da GSMA, associação mundial das
operadoras de telefonia móvel, aponta que
em seis anos haverá 6 bilhões de smartphones no
mundo. Atualmente, tem pouco mais de 2 bi-
lhões. Ou seja, até 2020 o número irá triplicar.
Os países em desenvolvimento são responsá-
veis por 66% do mercado global e, daqui a seis
anos, responderão por 80% das vendas de telefo-
nes inteligentes. O Brasil, hoje, ocupa a terceira po-
sição em usuários de smartphones, com 141,8 mi-
lhões. À sua frente, China, com 692,2 milhões e Es-
tados Unidos, com 196,8 milhões.
LOCAÇÃO
OProjeto de Lei 7074/14, em análise na Câma-
ra dos Deputados, reduz o valor da multa a
ser paga por locatário de imóvel urbano em caso
de rescisão antecipada do contrato. O texto, de
autoria do deputado Márcio França (PSB-SP), de-
termina que a multa não poderá ultrapassar o va-
lor correspondente a um mês de aluguel.
Atualmente, conforme a Agência Câmara, pela
Lei 8.245/91, no caso de rescisão unilateral ante-
cipada, pedida pelo inquilino, ele é obrigado a pa-
gar multa proporcional ao período restante do
contrato. Para França, trata-se de “um ônus de-
masiado grave para o locatário e que tem possi-
bilitado enriquecimento sem causa ou injusto dos
locadores dos bens”.
zado pelo Departamento de
Proteção e Defesa do Consu-
midor (DPDC), um dos braços
da Secretaria Nacional do
Consumidor do Ministério da
Justiça (Senacon-MJ). “Red u-
zimos também consideravel-
mente as queixas no Banco
Central”, aponta Linardi.
Linardi, que atua há dez anos
com ouvidoria no setor finan-
ceiro, foi contratado para de-
senvolver o novo projeto de ou-
vidoria do Banco Votorantim.
“No primeiro momento traça-
mos um plano de 220 dias e a
reformulação que seria traba-
lhada no período foi focada em
pessoas (capacitação, perfil,
ferramentas, engajamento).”
Para ele, o analista de ouvido-
ria deve ser criterioso, conhe-
cer os direitos do consumidor e
buscar solução para o conflito
com base na negociação.
De acordo com ele, até en-
tão a ouvidoria do banco não
tinha a capacidade de gerar a
voz do consumidor dentro da
companhia. Hoje, isso já é pas-
sado. “A voz do cliente já está
internalizada na instituição e
foi criado o fórum mensal da
qualidade e ouvidoria, que
avalia a qualidade do atendi-
mento e a qualidade regulató-
ria. As demandas produzidas
no fórum são levadas para um
comitê, com reunião mensal e
a participação de diretores
execut ivos .” Linardi acres-
centa que a diretoria do banco
tem dado autonomia e inde-
pendência para a ouvidoria e o
diálogo tem sido transparen-
te. “Somos cientes de que ou-
vidoria não pode ser intransi-
gente. As melhorias em toda a
empresa vão ocorrendo com o
passar do tempo.”
Oouvidor, seja ele do setor público ou privado,
tem agora o “Manual de Boas Práticas Ouvi-
dorias Brasil”. Ele foi lançado durante o evento de
premiação dos ouvidores e tem como proposta
“oferecer informações ao cidadão sobre a insti-
tuição ouvidoria e sua relação com consumido-
res, fornecedores, colaboradores, comunidade e
usuários de produtos e serviços”.
O manual foi produzido pelo Comitê de Ou-
vidorias da Abrarec e traz, entre outras infor-
mações, o conceito e a missão da ouvidoria,
os principais valores, ética profissional, a dife-
rença entre vários canais de atendimento,
vinculação e subordinação do ouvidor, perfil e
escolha do ouvidor, etc. “A publicação conse-
guiu traduzir de forma transparente e clara os
princípios e conceitos da ouvidoria. Ainda, o
que a empresa precisa tomar cuidado e qual a
estrutura necessária para montar uma ouvi-
doria”, ressalta Lúcia Faria. Defensora da ins-
tituição ouvidoria, Lúcia acrescenta que esse
departamento, ao trabalhar de forma estraté-
gica, alimenta a governança e ajuda a empre-
sa a evitar perdas e passivos em qualquer es-
fera e até no incremento de receita. “E, claro,
colabora na melhoria do relacionamento com
seus stackholders“. A VP do Comitê de Ouvi-
dorias da Abrarec destacou a frase de um dos
palestrantes durante painel sobre ouvidoria
no Conarec, o diretor do Bradesco Seguros,
Eugênio Velasques, que disse: “Cliente é mais
que Deus. Deus perdoa. Cliente, não”.