Post on 16-Apr-2020
A na C ar t axo
L I S N AVE , E s t a l e i r os
N ava i s S A
DIA MUNDIAL DA
SENSIBILIZAÇÃO PARA A
CORROSÃO
Novas Tendências na Construção
e Reparação Naval
24-04-2014
Protecção anti-corrosiva por pintura na indústria marítima
atingiu ponto de viragem.
INTRODUÇÃO
Obrigatoriedade de protecção anti-corrosiva por pintura
segundo normas técnicas de referência, aplicáveis a:
Tanques de lastro
IMO PSPC
Guidelines para R&M
Espaços vazios
(void spaces)
IMO PSPC VS
Tanques de carga (petroleiros)
IMO PSPC COT
Custos com a corrosão marinha a nível mundial representam
50-80 B$ por ano (NACE)
INDÚSTRIA MARÍTIMA MUNDIAL
Nos Estados
Unidos
Os custos de corrosão
em navios: ~60%
4,4B$ A nível mundial
Os custos de corrosão
em navios: 30-48 B$
A frota mundial tem crescido significativamente ao longo dos
anos
INDÚSTRIA MARÍTIMA MUNDIAL
Cerca de 90% do comércio
mundial é transportado por via
marítima.
INDÚSTRIA MARÍTIMA MUNDIAL
Transporte de todo o tipo de
carga, em navios especializados,
por todo o mundo.
Autoridade mundial, integrada na ONU, reguladora do desempenho da indústria marítima (Shipping) nas áreas
Da Segurança (Safety)
Da Protecção (Security)
Do Ambiente (Environment)
INTERNATIONAL MARITIME
ORGANIZATION (IMO)
Criação de normas reguladoras, adoptadas e
implementadas mundialmente, assegurando um
funcionamento justo e eficaz da indústria
marítima.
Na área da Segurança:
Convenção Internacional para a Protecção da Vida no
Mar,
SOLAS (Safety Of Life At Sea), 1974
Anos 90 – reconhecida a importância de prevenir falhas
precoces dos sistemas de pintura em áreas estruturalmente
críticas nos navios.
INTERNATIONAL MARITIME
ORGANIZATION (IMO)
Risco para a estabilidade estrutural dos navios
Corrosão, diminuição da resistência mecânica
C o l i s ã o ( C o l l i s i o n ) – C o l i s ã o c o m ou t r o s n a v i o s , e m n a v e g a ç ã o , a n c o r a d o o u a m o r a d o .
C o n t a c t o ( C o n t ac t ) – C o l i s ã o c om u m a e n t id a d e e x t e r n a , e xc lu i n d o ou t r os n a v i os ( c o l i s ã o ) o u o fu n d o d o m a r ( n a u f ra g a d o/ e n c a lh a d o ) , c om o p o r e xe m p lo p l a t a f o rm a s o u u n id a d e s d e p e r fu r a ç ã o , f i x a s o u e m n a v e g a ç ã o
F o g o /E xp l o s ã o ( F i re / E xp l o s i o n ) – p e rd a p o r f o g o o u e xp l o s ã o , e m q u e e s s e é o p r im e i r o e ve n t o re p or t a d o . S e oc o r r e r d e p o is d e u m a c o l i s ã o ou c on t a c t o , é i n c l u í d o n e s s a s c a t e g o r i a s .
A f u n d a m e n t o ( F o un d e r i n g ) – i n c lu i a fu n d a m e n t os r e s u l t a d o d e c on d i ç õe s a t m os f é r i c a s a d ve r s a s , a b e r t u r a d e r o m b os o u p a r t i r - s e e m d u a s p a r t e s p o r c a u s a s n ã o l i s t a d a s n a s c a t e g o r i a s a n t e r i o r e s .
N a u f ra g a d o /E n c a lh a d o ( W re c k e d/ St r an de d )– p e rd a p o r a r ra s t o n o fu n d o d o m a r , e m b a n c os d e a r e ia , n a c o s t a o u e m d e s t ro ç o s s u b m e r s o s .
C a s c o /E q u ip a m e n t o ( H ul l / M a ch i n e r y ) – D a n o s o u f a l h a s n o c a s c o o u e q u ip a m e n t o s n ã o a t r ib u í ve i s a n e n h u m a d a s c a t e g o r i a s a n t e r i o r e s .
D e s a p a re c i d o ( M i s s i n g ) – d e s a p a re c i m e n t o d o n a v i o s e m q u a l q u e r i n f o r m a ç ã o s o b r e o s e u d e s t i n o .
O u t r o s ( O t h e r s )– I n c lu i p e rd a s d e gu e r ra ( ou a c t os h o s t i s ) o u o u t r a s q u e n ã o s ã o c l a s s i f i c á v e i s .
CAUSAS DE PERDA DE NAVIOS
Falhas de pintura precoces passam a ser consideradas um
assunto de Segurança no Mar.
INTERNATIONAL MARITIME
ORGANIZATION (IMO)
Arranjo estrutural e acessibi l idade
Perda de resistência mecânica
IMO MSC.216 (82), Dezembro 2006
Adoptada emenda à Convenção Internacional para a Protecção da Vida
no Mar, SOLAS (Convention for the Safety of Life At Sea) II-1/3-2.
Obrigatória a protecção anticorrosiva por pintura segundo a
norma de referência IMO PSPC, durante a construção dos
navios
IMO PSPC - Performance Standard for Protective Coatings for dedicated seawater
ballast tanks in all types of ships and double –side skin spaces of bulk carriers,
(resolução MSC.215(82), Dezembro de 2006)
Aplicável a tanques de lastro dedicados de todos os navios
com mais de 500 GT e aos espaços do duplo costado de
navios graneleiros (bulk carriers) com mais de 150m
Aplicável a navios entregues a partir de Julho de 2012.
IMO PSPC – TANQUES DE LASTRO
A norma estabelece requisitos técnicos para a selecção,
aplicação e inspecção de forma a garantir um tempo de vida
de 15 anos para o esquema de pintura, numa condição
“Boa”/”Good”, ou seja condição com alguma corrosão
localizada (m inor spot rusting).
A IACS, International Association of Classification Societies ,
incluiu os requisitos da norma nas suas regras gerais de
construção de graneleiros e petroleiros:
IACS Common Structural Rules (documento UI SC223)
A norma define criteriosamente cinco itens-chave:
IMO PSPC – TANQUES DE LASTRO
IMO PSPC – TANQUES DE LASTRO
Selecção do esquema de pintura
•Pré-qualificação e certificação de esquemas (testes laboratoriais)
•Definição de especificação padrão (tipo genérico, nº demãos, espessuras secas)
Preparação de
Superfície Primária
•Primário de oficina aprovado (compatibilidade)
•Condições de aplicação do primário
•Critérios de aceitação da superfície (grau preparação, rugosidade, contaminação, limpeza)
Preparação de
Superfície Secundária
•Pré-preparação do aço
•Preparação de superfície requerida (consoante compatibilidade )
•Critérios de aceitação da superfície (grau preparação, rugosidade, contaminação, limpeza)
•Condições de pintura (ventilação, condições ambientais, reparações)
Inspecção
•Qualificação dos inspectores de pintura
•Definidos pontos de inspecção, métodos de inspecção e critérios de aceitação (normas ISO)
Coating Technical File-CTF
•Base de dados contendo toda a informação relevante na protecção anticorrosiva dos compartimentos abrangidos (especificações de pintura e trabalho, fichas técnicas de produtos, registos de trabalho, relatórios de inspecção, procedimentos de manutenção e reparação)
•Deverá ser mantido a bordo e durante o tempo de vida do navio
IMO PSPC – TANQUES DE LASTRO
Administração ou seus
Representantes
(Sociedades Classificadoras)
Estaleiros de Construção
Responsáveis pelo Navio
Fabricantes de Tintas
– Verificar esquema pintura
– Verificar qualificação inspector
– Aprovar CTF após construção
– Criar CTF e inserir dados de
construção
– Inspector de pintura qualificado
– Fornecer esquemas de pintura
aprovados (IMO PSPC
Compliant)
– Manter CTF durante tempo de
vida do navio
IMO MSC.244 (83), Outubro 2007
IMO PSPC VS - Performance Standard for Protective Coatings for void
spaces on bulk carriers and oil tankers, aplicável a espaços vazios (void
spaces) de graneleiros e petroleiros
A norma segue os mesmos requisitos da IMO PSPC
IMO PSPC VS – ESPAÇOS VAZIOS
IMO MSC.291 (87), Maio de 2010
Adoptada emenda à Convenção Internacional para a Protecção da Vida no Mar, SOLAS (Convention for the Safety of Life At Sea) I I -1/3-11.
Resolução, aplicável a tanques de carga de petroleiros (crude oil carriers) , contratados para construção a partir de Janeiro de 2013 ou entregues após 1 de Janeiro de 2016.
Obrigatória a protecção contra a corrosão dos tanques de carga de petroleiros por um dos meios:
Pintura, durante a construção dos navios;
Meios alternativos, uso de aço resistente à corrosão, integridade estrutural do navio por 25 anos;
Regime de excepção, transporte de cargas em que se prove que não causam corrosão (lista a aprovar pela IMO).
IMO PSPC COT – TANQUES DE CARGA
(PETROLEIROS)
Pintura durante a construção dos navios de acordo com a norma IMO
PSPC COT - Performance Standard for Protective Coatings for Cargo Oil
Tanks of crude oil tankers (resolução IMO MSC.288 (87) de Maio 2010)
Mesma metodologia da norma IMO PSPC, com a diferença de permitir um
tratamento parcial dos tanques de carga (convés/”tecto” e fundo)
IMO PSPC COT – TANQUES DE CARGA
(PETROLEIROS)
Navio sem carga – probabilidade de corrosão por picada
(pitting), no fundo
Navio carregado – probabilidade de corrosão devida ao
ciclo térmico, no tecto (tanktop)
IMO MSC.1/Circ.1330, Junho 2009
“Guidelines for Maintenance and Repair of protective coatings”
Os tanques de lastro são sujeitos a inspecções regulares,
inseridas nas inspecções obrigatórias das Sociedades
Classificadoras
As áreas são avaliadas quanto à sua condição, considerando a
sua localização e especificidade estrutural
São definidos os requisitos mínimos para os trabalhos de
reparação e manutenção.
MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO
MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO
•Trabalhos de maior dimensão, implicando paragem de serviço (docagem)
•Uso de recursos especializados
•Restaurar a condição "Fair" ou "Poor" para "Good"
Manutenção
• Pequenos trabalhos, realizados pela tripulação
•Uso de recursos existentes a bordo
•Manter a condição "Good" ou "Fair"
Reparação
“Good” – Bom, condição com alguma corrosão localizada (Minor spot rusting)
“Fair” – Razoável, falhas localizadas do esquema de pintura em reforços, soldaduras e/ou corrosão generalizada em 20%
da área em análise,
“Poor” – Pobre, falha generalizada do esquema de pintura, acima dos 20% ou corrosão/cascão (heavy scale) em 10% ou
mais da área em análise.
Coat ing Technical F i le (CTF ) - actual i zado com a documentação re lat iva aos
t raba lhos e fec tuados
MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO
Segurança
Contaminação por sais solúveis
Corrosão/cascão
Corrosão perfurante
Temperatura
Condensação
Ventilação
Compatibilidade de sistemas
Sequência de tarefas
Critérios de aceitação
Segurança
Contaminação por sais solúveis
Corrosão/cascão
Corrosão perfurante
Temperatura
Condensação
Ventilação
Compatibilidade de sistemas
Retoques
Protecção catódica
Sequência de tarefas
Critérios de aceitação
REPARAÇÃO
Normas técnicas de protecção anticorrosiva por pintura da
IMO
CONCLUSÃO
•Aumento dos custos de produção
•Aumento dos tempos de entrega
•Burocratização do processo
•Ganhos de qualidade marginais para o aumento dos custos verificado
•Diminuição dos trabalhos de substituição de aço
Contras
•Uniformização de práticas entre estaleiros concorrentes
•Aumento da qualidade do trabalho executado
•Aumento da segurança do navio
•Aumento de trabalhos de tratamento de superfície
Prós
UM GRANDE PASSO À FRENTE NO COMBATE À CORROSÃO!
OBRIGADA PELA ATENÇÃO!
Contacto
ana.cartaxo@lisnave.pt
Tlm. +351 926946265