Post on 08-Feb-2019
1
EXPOSTOS
CASOS(Apresentam a
doença)
CONTROLES(Não apresentam
a doença)
CASOS/CONTROLESEXPOSIÇÃO AO FATOR DE RISCO POPULAÇÃO
SIM
SIM
NÃO
NÃO
TEMPO
PESQUISA
Estimativado risco associado
à exposição
Delineamento de estudo caso-controle
Estudo casos-controle: definição
⚫ Parte (ou censo) do conjunto de casos diagnosticados da doença em estudo;
⚫ Ao mesmo tempo seleciona outro grupo: controle – não afetado pelo agravo em estudo;
⚫ Compara-se os dois grupos em relação aos fatores de exposição para se obter informações sobre da relação causa efeito.
⚫ E se eu quisesse estudar os fatores que levam a mulher a não fazer o pré-natal?
⚫ Quem seriam os casos e controles?
⚫ E os fatores a serem estudados?
Casos e Controles
⚫ Foram considerados casos as mulheres residentes
em Pelotas, RS, que não realizaram pré-natal e
tiveram filho(s) nascido(s) vivo(s) nos anos de 2009
e 2010.
⚫ Os controles foram as mulheres residentes em
Pelotas que realizaram pré-natal e tiveram filho(s)
nascido(s) vivo(s) nesse mesmo período.
5
Fatores a serem estudados
⚫ As variáveis (maternas) selecionadas foram:
◼ Idade (contínua);
◼ Estado civil autodeclarado (casada; separada; solteira;
viúva);
◼ Escolaridade em anos de estudo (< 4; quatro a sete; oito a
11; ≥ 12);
◼ Ocupação da mãe quanto ao trabalho;
◼ Número de filhos nascidos vivos e mortos (número
absoluto);
◼ Duração da gestação em semanas (< 22; 22 a 27; 28 a 31;
32 a 36; 37 a 41; ≥ 42); e
◼ Endereço de residência (região administrativa). 6
Definir claramente o desfecho (casos)
▪ Conceitualmente:
Definição precisa de quem será caso; ◆ Estabelecer critérios diagnósticos precisos e◆ Definir espectro da doença a ser estudado.
▪ Operacionalmente:
Formas de captação (hospitalar, populacional)◆ Auto-referidos◆ Screening, bases de dados
Seleção dos casos
⚫ Foram considerados casos as mulheres residentes em
Pelotas, RS, que não realizaram pré-natal e tiveram filho(s) nascido(s) vivo(s) nos anos de 2009 e 2010.
Definição dos Controles (Premissas)
Os controles devem ser vistos como uma amostra da
população que produziu os casos
• Base populacional semelhante a dos casos (simulando uma coorte)
• Acurácia semelhante (mesma qualidade de informação que os casos)
• Não exclusão da oportunidade de estar sob risco de exposição
Seleção dos controles
⚫ Foram selecionados como controles:
⚫ Os controles foram as mulheres residentes em Pelotas que
realizaram pré-natal e tiveram filho(s) nascido(s) vivo(s) nesse mesmo período.
Variáveis de exposição (Variáveis independentes)
⚫ Fatores maternos:
⚫ Idade, Escolaridade, trabalho, Estado civil
⚫ Número de filhos vivos e mortos
⚫ Duração da gestação (semanas)
⚫ Endereço: distância da residência ao serviço de saúde
Aferição da exposição
⚫ Como na maioria das vezes, é retrospectiva, é necessário muito cuidado para aferição (viés de informação (memória, motivação, respondente, observador -cegamento,...), status de exposição (controles da mesma base populacional de onde os casos se originaram).
Escolaridade materna
(exposição)Sem pré-natal
(desfecho)
Escolaridade Materna
179 CASOSSem pré-natal
537 CONTROLES
Pré-natal +
CASOS/CONTROLES
Exposição
TEMPO
PESQUISA
Estimativado risco
associado à níveis de escolaridade
Delineamento de estudo caso-controle
Exposição
Não-exposição
Não-exposição
Medida de associação em estudos do tipo caso-controle
Escolaridade
materna
Sem PN (179) PN (537) Total
BAIXA 22 28
ALTA 14 81
TOTAL
Razão de Chances ou Odds Ratio (OR)
OR = (22/14) / (28/81) = 1,57 / 0,35
OR (razão chances) = 4,54
chance exp casos /chance exp controles
Escolaridade
materna
Sem PN (179) PN (537) Total
BAIXA 22 28
ALTA 14 81
TOTAL
Medida de Associação em estudos Caso Controle
CHANCE DE EXPOSIÇÃO EM
NAO DOENTES
CHANCE DE EXPOSIÇÃO EM
DOENTES
não expostosdoentes
(c )
expostosnão doentes
(b)
não expostos
não doentes(d)
RAZÃO DE CHANCES =
expostosdoentes
(a)
OR = (a/c)/(b/d) = ad/bc
Quando a doença é rara, a razão de chance de doença
(OR) e o risco relativo (RR) são
semelhantes
E quanto ao confundimento nos estudos caso-controle?
Confundimento
exposição desfecho
fator
Escolaridade materna
Sem pré-natal
Idade?
Trabalho?
Fatores de confundimento
Estratégia 1:pareamento
As crianças do estudo foram pareadas segundo idade materna
Estratégia 2: ajuste na análise multivariada, para controlar o confundimento
E quanto aos vieses nos estudos caso-controle?
Quando ocorre viés?
Lembrar que temos dois grandes grupos:
1. Viés de seleção
2. Viés de informação (ou classificação)
Ex: ao investigarem o histórico materno de escolaridade, é possível
que os pesquisadores tenham sido particularmente criteriosos com
as mães que não fizeram pré-natal.
Essa é uma tendência amplamente conhecida pelos pesquisadores.
Isso tende a superestimar a exposição nos casos em relação aos
controles.
Viés de classificação (aferição, informação)
Como evitá-lo?
Não informando aos pesquisadores responsáveispela investigação quais mulheres não fizeram pré-natal> Estudo “cego”.
Mães que não fizeram pré-natal podem ter maisdificuldade de lembrar certos fatos (pelo seu perfil),por exemplo – anos de escolaridade
Nesta situação, pode-se superestimar o número de casosexpostos em relação ao número de controles expostos.
Viés de classificação: memória
CASO-CONTROLE X COORTE
•Diferença fundamental: característica que identifica os indivíduos
que participarão da investigação (seleção)
✓•Estudos de coorte: Exposição
✓Estudos caso-controle: Doença
•Exemplo: exposição a R-X e risco de leucemia
-Coorte: indivíduos identificados a partir da exposição ou não a R-X
-Caso-controle: indivíduos identificados a partir de ter ou não leucemia
ESTUDOS DE COORTE E CASO-CONTROLE
Estudo caso-controle
↓
Doença
Presente(casos)
Ausente(controle)
→Estudo
de
coorteFator
Presente(expostos)
Ausente(não expostos)
a b
c d
Caso-controle aninhado a uma coorte
POPULAÇÃO
Posição do investigadorCoorte prospectiva
COORTE SEM DOENÇA
EXPOSTA
COORTE SEM DOENÇA
NÃO EXPOSTA
TEMPO
DOENTES
DOENTES
NÃO DOENTES
TEMPO
NÃO DOENTES
The Association Between Cervical Human Papillomavirus
Infection and Subsequent HIV Acquisition in Tanzanian
and Ugandan Women: A Nested Case-Control Study
⚫ Objective. This study was performed to analyze the associations between cervical human papillomavirus
(HPV) infection and human immunodeficiency virus (HIV) acquisition, using cervical samples from
previous studies in Tanzania and Uganda.
⚫ Methods. A total of 161 adult women who acquired HIV infection during follow-up and 464 individually
matched HIV-seronegative controls were selected from 5 cohorts of women working in bars and
recreational facilities. Stored cervical samples were tested for 37 HPV genotypes, using a polymerase
chain reaction assay (Roche Linear Array genotyping assay). Multivariate matched analysis using
conditional logistic regression was performed to evaluate HPV infection, persistence, and clearance as
predictors of HIV acquisition.
⚫ Results. HIV seroconverters were significantly more likely than controls to frequently drink alcohol and to
be infected with Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, or herpes simplex virus type 2. There was
no evidence of an association between HIV acquisition and any detectable HPV at the visit prior to HIV
seroconversion (adjusted odds ratio, 1.02; 95% confidence interval, .66–1.57) or between HIV acquisition
and persistent HPV infection (defined as 2 positive HPV genotype–specific test results at least 6 months
apart), cleared HPV infection (defined as a positive HPV test result followed by negative HPV genotype–
specific test result), or newly acquired HPV infection, compared with HPV-negative women.
⚫ Conclusions. There was no evidence of association between HPV infection status and subsequent HIV
acquisition. These results stand in contrast to other observational studies.
⚫ Keywords. human papillomavirus; HIV (transmission, prevention); Sub-Saharan Africa.
EXPOSTOS:HPV +
NÃO EXPOSTOS:
HPV NEG
161
CASOSHIV+
464
CONTROLESHIV neg
Posição do investigadorCaso controle aninhado
4000 Mulheres HIV neg seguidas em coortes para avaliar HIV e DST
EXPOSTOS:HPV +
NÃO EXPOSTOS:
HPV NEG
Estudo caso-controle aninhado
• É desenvolvido no interior de um estudo coorte prospectivo
• Utiliza-se como casos os indivíduos que se tornaram doentes no período
• E como controles, uma amostra aleatória da coorte original (sem a doença).
Maior validade interna
⚫ Pouco viés de seleção, porque os controles
realmente são originários da população de
referência
⚫ Menos viés de classificação, porque as exposições
estão armazenadas com possibilidade de serem
resgatadas