Definições de Economia, Método e Diagrama do Fluxo Circular Professor Julio Cesar Araujo da Silva...

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Definições de Economia, Método e Diagrama do Fluxo Circular

Professor Julio Cesar Araujo da Silva Junior

Chapecó, 2014

DEFINIÇÕES DE ECONOMIA

Recursos da sociedade são escassos, por isso devem ser gerenciados.

Escassez: a sociedade tem recursos limitados, não podendo produzir todos os bens e serviços desejados.

Economia: estudo de como a sociedade administra seus recursos escassos.

Economia é a ciência que estuda a produção, distribuição, comercialização e consumo de bens e serviços;

DEFINIÇÕES DE ECONOMIA

Ciência do abastecimento que trata da arte da aquisição (Aristóteles);

Economia é o ramo do conhecimento essencialmente voltado para a melhor administração do Estado, sob o objetivo central de promover seu fortalecimento (autores pós-renascentistas);

Economia é uma ciência social que estuda a administração dos recursos escassos entre uso alternativos e fins competitivos (Paul Samuelson - neokeynesiano);

Economia é a arte de pensar (Antônio Delfim Neto);

A Economia examina a ação individual e social, em seus aspectos mais estritamente ligados à obtenção e ao uso dos elementos materiais do bem estar. Assim, de um lado, é um estudo da riqueza; e, de outro, e mais importante, uma parte do estudo do homem (Alfred Marshall);

SOBRE OS ECONOMISTAS

Exemplos de atuação dos economistas: analisam como as pessoas tomam decisões (o quanto trabalham, compram, poupam ou investem suas economias, etc);

Exemplos do que os economistas estudam: crescimento da renda média, inflação e taxa de desemprego, entre outros.

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

Princípio 1: As pessoas enfrentam tradeoffs

Tradeoff: define uma situação de escolha conflitante, quando uma ação econômica visa a resolução de um determinado problema, acarretando outros, ou seja, a tomada de decisões exige escolher um objetivo em detrimento a outros.

Eficiência: a sociedade está obtendo o máximo que pode de seus recursos escassos;

Igualdade: os benefícios advindos destes recursos estão sendo distribuídos uniformemente entre os membros da sociedade;

Quando o governo distribui renda dos ricos para os pobres, reduz a recompensa pelo trabalho árduo;

com isso, as pessoas podem vir a trabalhar menos e produzir menos bens e serviços. Em outras

palavras, quando o governo tenta cortar o bolo econômico em fatias iguais, o bolo pode diminuir

de tamanho.

Os custos envolvidos por parte da empresa para não poluir o ambiente, levam a menores salários, ou menores lucros.

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

Princípio 2: O custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para obtê-la

Custo de Oportunidade: qualquer coisa que se tenha de abrir mão para se obter algum item.

Ou seja, a transferência dos fatores de produção de um bem X para produzir um bem Y.

Também chamado de custo de produção alternativo, por representar o custo da produção alternativa sacrificada.

É de se esperar que os custos de oportunidade sejam crescentes, dado o aumento da produção de determinado bem implicar que os fatores de produção transferidos de outros bens se tornem cada vez menos aptos para a nova finalidade.

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

Pessoa Racional: aquela que, sistemática e objetivamente, faz o máximo para alcançar seus objetivos.

Mudanças Marginais: pequenos ajustes incrementais a um plano de ação existente.

Margem = extremos Outro conceito de Mudanças Marginais: ajustes ao redor dos

extremos.

Pessoas comparam os benefícios marginais com os custos marginais ao tomar decisões (somente executam ação se o Benefício Marginal ultrapassa o Custo Marginal);

Princípio 3: As pessoas racionais pensam na margem

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

Incentivo: algo que induz a pessoa a agir.

O efeito do preço sobre o comportamento de consumidores e produtores é crucial para entender como a economia de mercado aloca recursos escassos.

Exemplo: o imposto sobre a gasolina é um incentivo ao uso de carros menores, que consomem menos gasolina. Por isso, carros menores são mais usados na Europa, onde os impostos sobre a gasolina são altos, que nos EUA, onde os impostos sobre a gasolina são menores.

Princípio 4: As pessoas reagem a incentivos

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

O comércio permite que as pessoas se especializem na atividade em que são melhores.

Ao comercializarem com os outros, as pessoas podem comprar uma maior variedade de bens e serviços a um custo menor.

Princípio 5: O comércio pode ser bom para todos

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

Um sistema econômico pode ser definido como a forma política, social e econômica pela qual está organizada uma sociedade.

É um sistema de organização da produção, distribuição e consumo de todos os bens e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria em seu padrão de vida.

Os elementos básicos de um sistema econômico são: a) estoque de recursos produtivos ou fatores de produção: capital,

terra, trabalho, reservas naturais e tecnologia;b) complexo de unidades de produção: constituído pelas empresas;c) conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais:

base da organização da sociedade;

Princípio 6: Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

Os sistemas econômicos podem ser classificados em:a) sistema capitalista, ou economia de mercado: regido pelas forças de

mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores da produção;

b) sistema socialista, ou economia centralizada: nesse sistema, questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores da produção, chamados nessas economias de meios de produção, englobando os bens de capital, terra, prédios, bancos e matérias-primas;

A maioria dos países que tiveram economias de planejamento central abandonaram este sistema e estão tentando desenvolver economias de mercado, após o fim da União Soviética em 1992;

Princípio 6: Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

Os países organizam-se segundo esses dois sistemas, ou alguma forma intermediária entre eles.

Pelo menos até o início do século XX, prevalecia nas economias ocidentais o sistema de concorrência pura (liberalismo), em que não havia intervenção do Estado na atividade econômica.

A partir de 1930, os sistemas de economia mista, no qual ainda prevalecem as forças de mercado, porém com atuação do Estado, tanto na alocação e distribuição de recursos como na própria produção de bens e serviços, passaram a predominar.

Princípio 6: Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

Nas economias de mercado, as decisões do planejador central são substituídas pelas decisões de milhões de empresas e famílias, ao contrário das economias centralizadas, onde essas questões são decididas por um órgão central de planejamento.

As empresas decidem quem contratar e o que produzir.

As famílias decidem em que empresas trabalhar e o que comprar com seus rendimentos.

Essas empresas e famílias interagem no mercado, em que os preços e o interesse próprio guiam suas decisões.

Princípio 6: Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

O economista Adam Smith (1723-1790), em seu livro “A Riqueza das Nações”, publicado em 1776, fez a observação mais famosa da ciência econômica: “... as famílias e as empresas, ao interagirem nos mercados, agem como se fossem guiadas por uma ‘mão invisível’ que as leva a resultados de mercado desejáveis”.

Em qualquer mercado, o comprador observa o preço ao determinar a demanda e o vendedor analisa o preço ao decidir a oferta.

Como resultado dessas decisões, os preços de mercado refletem não só o valor de um bem para uma sociedade, mas também o custo de sua manufatura.

Para Adam Smith os preços se ajustam para direcionar a oferta e a demanda, de modo a alcançar resultados que, em muitos casos, maximizam o bem-estar da sociedade como um todo.

Princípio 6: Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

Segundo Adam Smith cada indivíduo não tem a intenção de promover o interesse público, nem sabe o quanto o está promovendo... não pensa senão no próprio ganho, e neste caso, como em muitos outros casos, é conduzido por uma mão invisível a promover um fim que não fazia parte de sua intenção.

E nem sempre é pior para a sociedade que não fizesse parte.

Ao perseguir seu próprio interesse, ele frequentemente promove o interesse da sociedade de modo mais eficaz do que faria se realmente se prestasse a promovê-lo.

Adam Smith prega que os participantes da economia são motivados por seus próprios interesses e que a “mão invisível” do mercado conduz estes interesses de maneira que seja promovido o bem-estar econômico geral.

Princípio 7: Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

Um dos motivos da necessidade da existência de governo é que a mão invisível poderá fazer maravilhas apenas se o governo garantir o cumprimento das regras e mantiver as instituições (regras formais e informais) principais da economia.

As economias de mercado precisam das instituições para garantir o direito de propriedade de modo que os indivíduos tenham condições de possuir e controlar os recursos escassos.

Outro motivo pelo qual a existência de governo se faz necessária é que apesar da mão invisível ser poderosa ela não é onipotente.

Embora os mercados sejam geralmente um boa maneira de organizar a atividade econômica, esta regra está sujeita a algumas exceções importantes.

Princípio 7: Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

Há dois motivos genéricos para que um governo intervenha na economia: promover a eficiência e a igualdade.

A maioria das políticas tem por objetivo aumentar o bolo econômico ou mudar a maneira como este é dividido.

Embora a mão invisível geralmente leve mercados a alocar recursos de forma eficiente para maximizar o tamanho do bolo econômico, isso nem sempre ocorre.

Falhas de Mercado: referem-se a uma situação em que o mercado, por si só, não consegue produzir uma alocação eficiente de recursos.

Princípio 7: Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

Possível causa das falhas de mercado é a externalidade, que é o impacto das ações de uma pessoa sobre o bem-estar dos que estão próximos (podem ser positivas ou negativas). Exemplo: poluição.

Outra causa das falhas de mercado é o poder de mercado, que se refere a capacidade de uma pessoa (ou um pequeno grupo de pessoas) influenciar indevidamente os preços de mercado.

Quando há externalidades ou poder de mercado, políticas públicas bem concebidas podem aumentar a eficiência econômica.

Políticas públicas como o Imposto de Renda e o INSS tem como objetivo atingir uma distribuição mais igualitária do bem-estar econômico.

Princípio 7: Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

Em geral, quase todas as variações de padrão de vida podem ser atribuídas a diferenças de produtividade entre países.

Produtividade: quantidade de bens e serviços produzidos por unidade de insumo de mão de obra.

Em países onde trabalhadores podem produzir uma grande quantidade de bens e serviços por unidade de tempo, a maioria das pessoas desfruta de padrões de vida elevados.

Em nações onde trabalhadores são menos produtivos, a maioria das pessoas precisa enfrentar uma existência com maior escassez e, portanto, menos confortável.

Princípio 8: O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

A taxa de crescimento do produto determina a taxa crescimento da renda média.

A verdadeira heroína dos trabalhadores norte-americanos é sua produtividade crescente.

Para elevarem os padrões de vida, os formuladores de políticas precisam elevar a produtividade, garantindo que os trabalhadores tenham uma boa educação, disponham de ferramentas de que precisam para produzir bens e serviços e tenham acesso à melhor tecnologia disponível.

Princípio 8: O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

Os fatores de produção, trabalho, capacidade empresarial, terra, capital e tecnologia, são remunerados da seguinte forma:

Princípio 8: O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços

FATOR DE PRODUÇÃO

TIPO DE REMUNERAÇÃO

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

Inflação: um aumento no nível geral de preços da economia.

Como uma inflação elevada impõe diversos custos à sociedade, mantê-la em níveis baixos é um objetivo dos formuladores de políticas econômicas de todo o mundo.

O que causa a inflação? Em quase todos os casos de inflação elevada ou persistente, o culpado é o mesmo – um aumento da quantidade de moeda.

Quando um governo emite grandes quantidades de moeda, o valor desta diminui.

Princípio 9: Os preços sobem quando o governo emite moeda demais

DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

No curto prazo: o aumento da quantidade de moeda na economia estimula o nível geral de consumo e, portanto, a demanda por bens e serviços.

O aumento da demanda pode, com o tempo, levar as empresas a aumentarem seus preços, porém, nesse ínterim, esse aumento também incentiva as empresas a contratar mais mão de obra e a aumentar a quantidade de bens e serviços produzidos. Maior contratação significa menos desemprego.

Tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego Curva de Phillips.

Este tradeoff de curto prazo é de grande importância para a análise do ciclo de negócios: flutuações irregulares e imprevisíveis na atividade econômica, medidas pela produção de bens e serviços ou pelo número de pessoas empregadas.

Princípio 10: A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego

ECONOMISTA COMO CIENTISTA

Economistas estudam economia da mesma forma que um físico estuda a matéria e um biólogo a vida: desenvolvem teorias, colhem dados e então analisam esses dados para confirmar ou refutar suas teorias.

A essência da ciência é o método científico – o desenvolvimento e o teste imparcial de teorias sobre como funciona o mundo.

Albert Einstein: “A Ciência nada mais é do que o refinamento do pensamento cotidiano”.

Economistas não podem efetuar testes em laboratório, por isso prestam atenção aos experimentos que a história oferece. Exemplo: uma guerra no Oriente Médio interrompe o fluxo de petróleo, e os preços dessa mercadoria explodem em todo o mundo;

Economistas recorrem a hipóteses: para estudar os efeitos do comércio internacional, supõem que o mundo consiste em dois países e cada um produz apenas dois bens.

FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO: FLUXOS REAIS E MONETÁRIOS

O Diagrama do Fluxo do Circular é um modelo visual da economia que mostra como o dinheiro circula pelos mercados entre as famílias e as empresas;

Neste modelo, a economia é simplificada para incluir apenas dois tipos de tomadores de decisões: famílias e empresas.

As empresas produzem bens e serviços usando insumos como trabalho, terra e capital (prédios e máquinas), os quais são chamados fatores de produção. As famílias são proprietárias dos fatores de produção e consomem todos os bens e serviços que as empresas produzem.

As famílias e as empresas interagem em dois tipos de mercado: nos mercados de bens e serviços, as famílias são compradoras e as empresas vendedoras. As famílias compram os bens e serviços que as empresas produzem. Nos mercados de fatores de produção, as famílias são vendedoras e as empresas compradoras. Nesses mercados, as famílias fornecem os insumos que as empresas usam para produzir bens e serviços.

FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO: FLUXOS REAIS E MONETÁRIOS

Os dois conjuntos de flechas do diagrama de fluxo circular são distintos, mas estão relacionados: O conjunto externo representa o fluxo de insumos e produtos (as famílias vendem o uso de seu trabalho, terra e capital para as empresas nos mercados de fatores de produção e as empresas então utilizam estes fatores para produzir bens e serviços, os quais, por sua vez, são vendidos para as famílias no mercado de bens e serviços). O conjunto interno do diagrama representa o fluxo correspondente de dinheiro (as famílias gastam dinheiro para comprar bens e serviços das empresas e as empresas usam parte da receita dessas vendas para pagar pelos fatores de produção, como salário de seus trabalhadores. O que sobra é o lucro dos proprietários da empresa, que são também membros das famílias).

FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO: FLUXOS REAIS E MONETÁRIOS

Famílias Empresas

Mercado de bens e serviços

Mercado de fatores de produção

Demanda de bens e serviços

Demanda de serviços dos

fatores de produção

Oferta de bens e serviços

Oferta de serviços dos

fatores de produção

Pagamento dos bens e serviçosPagamento dos bens e serviços

Remuneração dos fatores de produçãoRemuneração dos fatores de produção

Fluxo monetárioFluxo monetárioFluxo realFluxo real

CONCEITOS – GRANDES ÁREAS DA TEORIA ECONÔMICA

• Microeconomia (Teoria de Preços): analisa a formação de preços no mercado, ou seja, como a empresa e o consumidor interagem e decidem qual o preço e a quantidade de determinado bem ou serviço, em mercados específicos.

• Macroeconomia: enfoca o comportamento da economia como um todo, considerando variáveis globais como consumo agregado, renda nacional e investimentos globais, por exemplo.

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CONCEITOS – MICROCONOMIA

A Análise Microeconômica:

Estuda o funcionamento da oferta e da demanda na formação do preço de mercado, ou seja, o preço obtido pela interação do conjunto de consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um dado bem ou serviço;

Preocupa-se com a formação de preços de bens e serviços (como petróleo, arroz e automóveis), e de fatores de produção (salários, aluguéis, lucros) em mercados específicos (de acordo com suas estruturas).

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CONCEITOS – CUSTO ECONÔMICO

Custos implícitos ou custos de oportunidade: dependem das alternativas perdidas podendo estar claramente estabelecidos (como no caso dos pagamentos monetários) ou necessitando ser estimados, através do cálculo da melhor alternativa não realizada.

Custo Contábil X Custo Econômico• Os economistas estão interessados em estudar como as empresas tomam

decisões de produção e de determinação de preço. Como essas decisões se baseiam em custos tanto explícitos quanto implícitos, eles incluem os dois tipos ao calcular o custo das empresas.

• Em geral, contadores, que possuem a função acompanhar o fluxo financeiro que entra e sai da empresa, não medem os custos implícitos.

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APLICAÇÕES DA ANÁLISE MICROECONÔMICA

Em relação à política econômica, a teoria microeconômica pode contribuir na análise e tomada de decisões das seguintes questões:

a) avaliação de projetos de investimentos públicos;

b) efeitos de impostos sobre mercados específicos;

c) política de subsídios (nos preços de produtos como trigo e leite, ou na compra de insumos como máquinas, fertilizantes);

d) fixação do salário mínimo;

e) controle de preços;

f) política salarial;

g) política de tarifas públicas (água, luz e outras);

h) política de preços públicos (como petróleo, aço);

i) lei antitruste (controle de lucros de monopólios e oligopólios);

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DIVISÃO DO ESTUDO MICROECONÔMICO

Análise da Demanda Teoria da Demanda de uma mercadoria ou serviço: divide-se em teoria do

consumidor (demanda individual) e teoria da demanda de mercado;

Análise da Oferta Teoria da Oferta de um bem ou serviço: divide-se em oferta da firma individual e

oferta de mercado.

Dentro da análise da oferta da firma são abordadas a teoria da produção, que analisa as relações entre quantidades físicas do produto e os fatores de produção, e a teoria dos custos de produção, que incorpora, além das quantidades físicas, os preços dos insumos.

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DIVISÃO DO ESTUDO MICROECONÔMICO Análise das Estruturas de Mercado A partir da demanda e da oferta de mercado, são determinados o preço e a

quantidade de equilíbrio de um dado bem ou serviço.

O preço e a quantidade, entretanto, dependerão da particular forma ou estrutura desse mercado, ou seja, se ele é competitivo, com muitas empresas produzindo um dado produto, ou concentrado em poucas ou em única empresa.

Na análise das estruturas de mercado, avaliam-se os efeitos da oferta e da demanda, tanto no mercado de bens e serviços como no mercado de fatores de produção.

As estruturas do mercado de bens e serviços são: a) concorrência perfeita;

b) concorrência imperfeita ou monopolística;c) monopólio;d) oligopólio;

As estruturas do mercado de fatores de produção são:

a) concorrência perfeita; b) concorrência imperfeita;

c) monopsônio;d) oligopsônio

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Conceitos Chaves: Tradeoff: situação de escolha conflitante, que implica renúncia a

algo em prol de um objetivo. Custo de oportunidade: o que se abre mão para obtenção de algo. Mudanças Marginais: pequenos ajustes incrementais a um plano

de ação. Economia de Mercado: economia com tomada de decisões

descentralizadas de famílias e empresas quanto a sua interação nos mercados de bens e serviços.

Falha de mercado: situação em que o mercado não consegue agir com eficiência.

Externalidade: impacto de uma ação sobre o bem-estar de um terceiro que não toma parte nela.

Poder de Mercado: capacidade de influência de um único agente econômico (ou pequeno grupo).

Produtividade: quantidade produzida por hora de trabalho de um trabalhador.

Inflação: aumento do nível geral de preços de um economia. Recursos Escassos: natureza limitada dos recursos de uma

sociedade.

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Obrigado!

Bibliografia Utilizada: VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; GARCIA, Manuel E.

Fundamentos de economia. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008, páginas: 1-15.

MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. 5ª. Edição. São Paulo. Cengage Learning Edições.