CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE E...

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Profª. MSc. Marta Cristina WachowiczEspecialista em Psicologia do Trabalho

Mestre em Engenharia de Produção-Ergonomia

CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE E

SEGURANÇA DO TRABALHO

ERGONOMIAHistórico Mundial e Nacional da Ergonomia

Normas Regulamentadoras

ERGONOMIA

1. Histórico e NR 17

2. Aspectos Físicos Ambientais

3. Organização do Trabalho

4. Ergonomia Cognitiva

5. Layout e Antropometria

6. Análise Ergonômica do Trabalho

REFERÊNCIAS

CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

CLOT, Y. A função psicológica do trabalho. Petrópolis, RJ: Vozes,2006.

CODO, W. Indivíduo, trabalho e sofrimento. Petrópolis: Vozes, 1993.

CODO, W. (org.). O trabalho enlouquece? Um encontro entre a clínica e o trabalho. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.

COUTO, H. de A. Ergonomia aplicada ao trabalho: o manual técnico da máquina humana. Belo Horizonte: Ergo Editora, 1996. (vol I e II).

CYBIS, W.; BETIOL, A. H.; FAUST, R. Ergonomia e usabilidade: conhecimentos, métodos e aplicações. São Paulo: Novatec, 2007.

DAVEL, E.;VASCONCELOS, J. (org.) Recursos humanos: subjetividade. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

DEJOURS, C. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. São Paulo: Cortez – Oboré, 1992.

DEJOURS, C.; ABDOUCHELI, E.; JAYET, C. Psicodinâmica do trabalho: contribuições da escola Dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. São Paulo: Atlas, 1994.

FALZON, P. (editor) Ergonomia. São Paulo: Blucher, 2007.

FISCHER, F. M.; MORENO, C. R. de C.; ROTENBERG, L. Trabalho em turnos e noturno na sociedade 24 horas. São Paulo: Atheneu, 2004.

FRANÇA, A. C. L.; RODRIGUES, A. L. Stress e trabalho: uma abordagem psicossomática. São Paulo: Atlas, 1999.

GAIGHER FILHO, G.; MELLO, S. I.L. LER/DORT: a psicossomatização no processo de surgimento e agravamento. São Paulo: LTR, 2001.

GLINA, D. M. R.; ROCHA, L. E. (Orgs.) Saúde mental no trabalho: desafios e soluções. São Paulo: VK, 2000.

GUIMARÃES, L.A.M.; GRUBITS, S. Série saúde mental e trabalho (orgs). São Paulo: Casa do psicólogo, 2000. (vol. I, II, III)

IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgar Blucher, 2000.

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MATTOS, U. A. de O.; MASCULO, F. S. (org.). Higiene e segurança do trabalho. Rio de Janeiro: Elsevier-Abepro, 2011.

MENDES, R. Patologia do trabalho. Rio de Janeiro: Atheneu, 1995.

RAMAZZINI, B. As doenças dos trabalhadores. São Paulo: FUNDACENTRO, 2000.

REYNER, J. H. Medicina psiônica: estudo e tratamento dos fatores causativos da doença. São Paulo: Cultrix, 2005

RODRIGUES, M. V. C. Qualidade de vida no trabalho. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

ROSSI, A.M.; PERREWÉ, P.L.; SAUTER, S.L. Stress e qualidade de vida no trabalho: perspectivas atuais da saúde ocupacional. São Paulo: Atlas, 2005.

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO. São Paulo: IOB, 1996. (inclui as Portarias MTb n.3.214, de 08.06.78).

WACHOWICZ, M. C. Segurança, saúde & ergonomia. Curitiba: IBPEX, 2007.WISNER, A. A inteligência no trabalho: textos selecionados de ergonomia. São Paulo: FUNDACENTRO, 1994.

WISNER, A. Por dentro do trabalho. São Paulo: FTD, Oboré, 1987.

SITES de PESQUISAwww.protecao.com.br

www.mtb.gov.br ou www.trabalho.gov.br

www.anamt.com.br

www.previdenciasocial.gov.br ou www.mpas.gov.br

www.anvisa.gov.br

www.fundacentro.gov.br

www.ergonomia.com.br

www.amb.gov.br

www.saude.gov.br

www.fiocruz.br

www.saudeetrabalho.com.br

HISTÓRICO

NORMA REGULAMENTADORA 17

Aula 1

TRABALHO - origem

Vem do latim tripalium

Significa aparelho de tortura formado por três paus aguçados munidos de uma ponta de ferro, no qual os agricultores batem o trigo e o milho para rasgar e esfiapar.

TRABALHO - origem

A palavra trabalho foi considerada por muito tempo como padecimento, sofrimento, pena, labuta ou castigo.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Período (1760 a 1850)

Trabalho artesanal (onde o homem detem todo o processo) dá lugar a um processo industrial com profundas modificações sociais.

Máquina Industrial à Vapor

Indústria têxtil do final do século XIX

A Administração Científica é

planejada para obter o máximo

esforço do trabalhador.

- Jornada: 12, 14, 16 horas/dia

- Crianças na produção industrial

- Salários baixos

- Falta de higiene e esgotamento físico

- Foco na produtividade

- Subalimentação e acidentes de trabalho

-Hierarquia rígida

-Comunicação burocrática

• Insirir foto do Chaplin

Tempos Modernos – 1936 Charles Chaplin

Controle de Tempos e Movimentos

Lutas operárias que marcaram os avanços para a melhoria das

condições de trabalho

9 - supressão da caderneta operária

11 – lei de higiene e segurança

13 – projeto de lei para redução do tempo de trabalho das mulheres

Lutas operárias que marcaram os avanços para a melhoria das

condições de trabalho

15 – lei sobre acidentes de trabalho

23 – jornada de 8 h nas minas

27 – repouso semanal

Histórico Mundial

1556 – Georgius Agrícola

“De Re Mettalica”. Estuda vários problemas da extração e a fundição do ouro e da prata, e também os acidentes de trabalho e doenças mais comuns entre os mineiros.

Histórico Mundial

1557 – ParacelsoPrecursor do estudo sistêmico das

doenças (lepra, gota, epilepsia). Monografia sobre a relação saúde e trabalho (métodos de trabalho, manuseio de substâncias, intoxicações por mercúrio.

Histórico Mundial

1700 – Bernardino Ramazzini

Pai da Medicina do Trabalho

“A doença dos Trabalhadores”

Sistematiza e classifica as doenças através da natureza e do grau de nexo com o trabalho.

Histórico Mundial

1700 – Bernardino Ramazzini

Sugere prescrições médicas preventivas ou curativas contra as doenças dos operários.

Determina critérios de sistematização para a Patologia do Trabalho

TecnopatiasDoenças diretamente causadas pela

nocividade da matéria manipulada que dão origem às doenças profissionais.

MesopatiasDoenças produzidas pelas condições

de trabalho: posições forçadas, inadequadas, de pé, sentado, inclinado, encurvado.

Richard Schilling (inglês) desenvolve classificação própria agrupando as doenças como:

CAUSADAS ou AGRAVADAS

pelo trabalho Estes estudos são para fins médico-

legais na prestação de benefícios de seguro.

I - Trabalho com Causa Necessária Intoxicação por chumbo, silicose.

II – Trabalho como Fator Contributivo, mas não Necessário Doença coronariana, varizes dos membros inferiores, doenças do aparelho locomotor.

III – Trabalho como Provocador de um Distúrbio Latente ou Agravador de Doença jáEstabelecida

Bronquite crônica, úlcera péptica, eczema, doenças mentais.

Histórico Mundial

1802 – Inglaterra (Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes)

Limite de 12 h de trabalho por dia. Proíbe o trabalho noturno. Torna obrigatória a ventilação do ambiente de trabalho e a lavagem das paredes da fábrica 2x ao ano.

Histórico Mundial1833 – Primeira norma promulgada

pelo parlamento britânico.Fixa 9 anos a idade mínima para o

trabalho. Limite de 12 h de trabalho por dia e 69 h por semana. Proíbe o trabalho noturno para menores de 18 anos e exige a realização de exames médicos de todas as crianças trabalhadoras.

Histórico Mundial1834 – Dr. Robert BakerPrimeiro Inspetor Médico de Fábricas.

1842 – Escócia. Primeiro Médico de Fábrica da indústria têxtil. Função de submeter menores trabalhadores a exames médicos admissionais e periódicos.

Histórico Mundial

1897 – Órgão do Ministério do Trabalho da Inglaterra

Realiza exames médicos admissionais e periódicos, notifica e investiga casos de doenças profissionais.

Histórico Mundial

1919 – OIT

Organização Internacional do Trabalho, hoje vinculada à Organização nas Nações Unidas – ONU.

1950 – Comitê misto OIT e OMS

Define as funções da Medicina do Trabalho.

PROMOVER e MANTER o mais alto grau de bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores de todas as ocupações.

PREVENIR entre os trabalhadores os desvios de saúde causados pelas condições de trabalho.

PROTEGER os trabalhadores em seus empregos contra riscos resultantes de fatores/agentes prejudiciais a sua saúde.

COLOCAR e MANTER o trabalhador em um trabalho adequado às aptidões fisiológicas/psicológicas.

ADAPTAR o trabalho ao homem e cada homem a sua atividade.

HISTÓRICO DO TRABALHO

BRASIL

Histórico Brasil

1869 – 1815 Período Colonial Atividade industrial se restringe à

produção de açúcar (engenhos) e mineração que utiliza técnicas muito rudimentares.

Após 1808 instalam-se as fábricas.

Histórico Brasil

1530 - Primeira máquina a vapor Fiação São Luiz, em Itú (SP)

1890 - Criação do Conselho de Saúde Pública, que estabelece a primeira legislação sobre as condições de trabalho industrial.

Histórico Brasil

1919 - Lei de Acidentes do Trabalho Determina a intervenção do Estado nas condições de consumo da força de trabalho.

Histórico Brasil

1920 - Fiação Maria Zélia (SP) Contrata médico para dar atenção à saúde aos trabalhadores.

1923 - Regulamento Sanitário Federal (Reforma Carlos Chagas)

Insere a higiene profissional e industrial no âmbito de saúde pública.

Histórico Brasil

1930 - Criação do Ministério do Trabalho (MT)

As questões da saúde e segurança dos trabalhadores passa para o âmbito deste Ministério, onde permanece até hoje.

Histórico Brasil

1972 – É editada a Portaria nº. 3.237 Cria o “Programa de Valorização do Trabalhador” que obriga algumas empresas a oferecer serviços médicos conforme o grau de risco e o número de empregados.

Histórico Brasil

1934 - Criação da Inspetoria de Higiene e Segurança no Trabalho

Transforma-se, com os anos em Serviço, Divisão, Departamento e, atualmente, em Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST/MT).

Histórico Brasil

1972 – É editada a Portaria nº. 3.237 cria o “Programa de Valorização do Trabalhador”, obriga algumas empresas a criar serviços médicos conforme o grau de risco e o número de empregados.

Histórico Brasil

1972 – Inicia assim um programa de formação de médicos do trabalho através de cursos ministrados pela FUNDACENTRO (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho).

Histórico Brasil

1977 – Lei nº. 6.514 regulamenta o Capítulo V (artigos 154 a 201) da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Trata da segurança e da saúde dos trabalhadores.

Histórico Brasil

1978 – O Ministério do Trabalho aprova a Portaria nº. 3.214 com as 28 Normas Regulamentadoras (NR).

Todas relativas à segurança e medicina do trabalho.

Histórico Brasil

1988 – Aprovação da Portaria nº. 3.067 com 5 Normas Regulamentadoras Rurais (NRR), estabelecendo a obrigatoriedade de contratação de médico do trabalho em empresas rurais com mais de 300 empregados.

Histórico Brasil

1991 – Através do Decreto nº. 127, o Brasil ratifica a Convenção nº. 161/85 (OIT) que trata dos serviços de saúde no trabalho.

A primeira lista de doenças profissionais reconhecidas e indenizáveis, elaborada pela OIT conta com apenas 3 doenças (Convenção nº. 18, 1925).

A segunda apresenta 10 doenças (Convenção nº. 42, 1934).

A terceira são 15 doenças listadas (Convenção nº. 121, 1964).

Quando da revisão da lista de 1964, ocorrida em 1980, ela é ampliada para 29 doenças ou grupos de doenças.

CID 10Código Internacional de Doenças

DSM IVManual de Diagnóstico e Estatístico de

Transtornos Mentais

NÃO É PRECISO ADOECER PELO TRABALHO, MUITO MENOS MORRER

PELO TRABALHO, E QUIÇÁ, NEM VIVER PELO TRABALHO...

HÁ SEM DÚVIDA, OUTRAS FORMAS DE VIVER A VIDA.

ESTE DEVIR PODE COMEÇAR HOJE. (MENDES, 2001)

ERGONOMIA

ERGONOMIA

Ferramenta eficaz na promoção de ações preventivas

para a Saúde Ocupacional

O que é ERGONOMIA?

Etimologia

ERGO = TrabalhoNOMOS = Lei ou Regra

É o estudo do relacionamento entre homem e seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos deste relacionamento.(IIDA, 2005)

As relações do homem durante o trabalho com o seu ambiente natural.

O polonês W. Jastrzebowski (1857) nomeia “Esboço da Ergonomia ou Ciência do Trabalho baseada sobre as Verdadeiras Avaliações das Ciências da Natureza”.

Conjunto dos conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários para a concepção de ferramentas, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, de segurança e de eficácia.(WISNER, 1987)

É o estudo do comportamento do homem no seu trabalho, convertendo-se

o mesmo homem no sujeito-objeto, ou ainda, como o estudo das relações entre

o homem no trabalho e seu ambiente.(GRANDJEAN, 2005)

Estudo multidisciplinar do trabalho humano que tenta descobrir as leis para melhor poder formular as regras.

A ergonomia é conhecimento e ação; o conhecimento é científico e se esforça para chegar a modelos explicativos gerais; a ação visa melhor adaptar o trabalho aos trabalhadores. (CAZAMIAN)

OBJETO DA ERGONOMIA

Estudo do complexo formado pelo operador humano e seu trabalho.

OBJETIVO DA ERGONOMIA

Adaptar o trabalho ao homem e não o contrário.

O termo Ergonomia foi oficialmente adotado na Inglaterra em 1949, ano da fundação da Ergonomic Research Society.

A Ergonomia teve impulso em função do desenvolvimento tecnológico do século XX, principalmente, após a 2ª. Guerra Mundial.

Enfoque da Ergonomia

- O homem no processo de trabalho- Eliminação de riscos e esforços- Maximização do conforto e eficiência do sistema

A ERGONOMIA considera

As capacidade humanas e seus limites:

- Capacidade física e a força muscular.- Dimensões corporais.

A ERGONOMIA considera

- Possibilidades de interpretação das informações pelo aparelho sensorial (visão, audição, temperatura...).- Capacidade de tratamento das informações em termos de rapidez e de complexidade.

Contribuições ERGONÔMICAS

- Melhorar as condições ambientais.- Aumentar a motivação, seguranças, conforto, satisfação e autonomia do trabalhador.- Enriquecer as tarefas para reduzir o estresse.

Contribuições ERGONÔMICAS

- Reduzir o retrabalho e o absenteísmo.- Evitar riscos de acidentes de trabalho.- Reduzir as doenças ocupacionais.

A Ergonomia analisa as exigências das tarefas e os diferentes fatores que influenciam as relações:

Homem & Trabalho

As características materiais do trabalho como peso dos instrumentos, forças a exercer, disposição dos comandos e as dimensões dos diferentes elementos constituintes do posto de trabalho.

Intervenções Ergonômicas

ProdutoOtimização de máquinas e ferramentas.

Design.

Postos de TrabalhoSistema homem-máquina no ambiente

físico.

Intervenções Ergonômicas

MovimentosBiomecânica – posturas, cadeira, uso da

coluna e do computador.

CorreçãoReplanejamento de situações que

apresentam problemas ou disfunções.

Intervenções Ergonômicas

Concepção ou Preventiva

Propostas no planejamento de máquinas, mobiliário, produtos.

Produção

Oferecer o mínimo de riscos, esforço e repetitividade com eficiência.

Intervenções Ergonômicas

Cognitiva ou Informacional

Organização do trabalho.

A Ergonomia objetiva através de sua ação, resolver os problemas da relação homem, máquina, equipamentos, ferramentas, programação do trabalho, instruções e informações, solucionando os conflitos entre o humano e o tecnológico, entre a inteligência natural e a artificial nos sistemas homens-máquinas.

Com base no enfoque sistêmico e informacional, a Ergonomia com tecnologia operativa trata de definir para projetos de produtos, estações de trabalho, sistemas de controle e de informação, diálogos computadorizados, organização do trabalho, operacionalização da tarefa e programas instrucionais os seguintes parâmetros:

InterfaciaisConfiguração, morfologia, arranjo

físico, dimensões, alcances de máquinas, equipamentos, consoles, bancadas, painéis e mobiliário.

InstrumentaisPadronização, compatibilização e

consistência.

InformacionaisVisibilidade, legibilidade, compreensão

e quantidade de informação, padronização, componentes sígnicos (caracteres alfanuméricos e símbolos iconográficos), sistemas de sinalização de segurança ou de orientação (painéis, telas e monitores).

AcionaisConfiguração, conformação,

apreensibilidade, dimensões, movimentação e resistência de comandos manuais e pediosos.

ComunicacionaisArticulação e padronização de

mensagens verbais por alto-falantes, microfones e telefonia; qualidade de equipamentos de comunicação oral.

CognitivosSignificação das mensagens,

processamento de informações, coerência dos estímulos, das instruções e das ações e decisões evolvidas na tarefa, compatibilidade entre a quantidade de informações, complexidade e/ou riscos envolvidos na tarefa.

MovimentacionaisLimites de peso para levantamento e

transporte manual de cargas segundo a distância horizontal da carga em relação à região lombar da coluna vertebral; o curso vertical ao levantar ou abaixar cargas conformação e frequência de manipulação da carga.

Espaciais ou ArquiteturaisAeração, insolação e iluminação do

ambiente; isolamento acústico e térmico; layout e áreas de circulação das estações de trabalho; cores do ambiente e do mobiliário.

Físico-ambientais

Iluminação, ruído, temperatura, vibração, radiação, pressão, dentro dos limites da higiene e segurança do trabalho, e considerando as especificidades da tarefa.

Químico-ambientais

Toxidade, vapores, aerodispersóides, agentes bioquímicos (bactérias, fungos, vírus), respeitando padrões de assepsia, higiene e saúde.

SecuritáriosControle de riscos e acidentes, pela

manutenção de máquinas e equipamentos, utilização de EPI adequados e EPC, através da supervisão constante da instalação de dutos, alarmes e da planta industrial.

OperacionaisProgramação da tarefa, interações

formais e informais, ritmo, repetitividade, autonomia, pausas, supervisão, precisão e tolerância das atividades da tarefa, controles de qualidade, dimensionamento de equipes.

Organizacionais

Parcelamento, isolamento, participação, gestão, avaliação, jornada, horário, turnos e escala de trabalho, seleção e treinamento de pessoal.

Instrucionais

Programas de treinamento, procedimentos de execução da tarefa, reciclagens e avaliações.

Urbanos

Planejamento e projeto do espaço, sinalização e transporte; áreas de circulação, de integração, de repouso e de lazer.

Psicossociais

Conflitos entre indivíduos e grupos sociais, dificuldades de comunicação e interações interpessoais; falta de opções de descontração e lazer.

O objetivo maior da Ergonomia érecuperar o sentido antropológico do trabalho, gerar o conhecimento atuante e reformador que impede a alienação do trabalhador, valorizar o trabalho como agir humano através do qual o homem se transforma e transforma a sociedade, como livre expressão da atividade criadora, como superação dos limites da natureza pela espécie humana.

NORMA REGULAMENTADORA 17

NORMAS REGULAMENTADORAS

O Ministro de Estado do Trabalho, no uso de suas atribuições legais, considerando o disposto no Art. 200 da Consolidação das Leis do Trabalho, com redação dada pela Lei nº. 6.514, de 22 de dezembro de 1977, resolve:

NORMAS REGULAMENTADORAS

Art. 1º. Aprovar as Normas Regulamentadoras – NR – do Capítulo V, Título II, da CLT, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho.

NORMA REGULAMENTADORA 17

Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 Portaria MTPS n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990 Portaria SIT n.º 08, de 30 de março de 2007 Portaria SIT n.º 09, de 30 de março de 2007 Portaria SIT n.º 13, de 21 de junho de 2007

NORMA REGULAMENTADORA 17

17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalhoàs características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança edesempenho eficiente.

NORMA REGULAMENTADORA 17

17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, aomobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.

NORMA REGULAMENTADORA 17

17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.

NORMA REGULAMENTADORA 17

17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.

17.3. Mobiliário dos postos de trabalho.

17.4. Equipamentos dos postos de trabalho.

17.5. Condições ambientais de trabalho.

NORMA REGULAMENTADORA 17

17.6. Organização do trabalho.

ANEXO ITRABALHO DOS OPERADORES DE CHECKOUT(Aprovado pela Portaria SIT n.º 08, de 30 de março de 2007)

NORMA REGULAMENTADORA 17

ANEXO IITRABALHO EM TELEATENDIMENTO/TELEMARKETING(Aprovado pela Portaria SIT n.º 09, de 30 de março de 2007)