Post on 29-Jul-2015
1
ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
YANG ZHUO JIE
COMPUTAÇÃO EM NUVEM – UMA SOLUÇÃO VOLTADA PARA
EMPRESAS EM FUSÃO HORIZONTAL
São Paulo
Setembro/2011
2
ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
YANG ZHUO JIE
COMPUTAÇÃO EM NUVEM – UMA SOLUÇÃO VOLTADA PARA
EMPRESAS EM FUSÃO HORIZONTAL
Monografia apresentada à Escola Politécnica daUniversidade de São Paulo para a obtenção doTítulo de Especialista em Gestão da Tecnologia daInformação.
ORIENTADORES: Profº. André Leme Fleury e Profº. Cláudio Luis Cruz de Oliveira
São Paulo
Setembro/2011
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por ter fornecido condições físicas e conhecimentos necessáriospara o trabalho de conclusão de curso.
Aos meus pais e familiares.
Aos professores orientadores André Fleury e Cláudio de Oliveira, que contribuíram com os seusconhecimentos e tempo dedicado neste trabalho.
Ao meu “coach”, desenvolvedor de pessoas da empresa em que trabalho (Marcelo Lira). Por terme apoiado e incentivado nesta jornada profissional.
A todos os professores e colegas de curso de gestão da tecnologia da informação (GPTI 6) daVanzolini/USP.
Ao gestor da área de TI da empresa em que foi realizado o trabalho de contextualização e análise.Sem ele o trabalho não teria continuado e tudo que foi feito teria de ser revisto novamente.
A todos os colegas de trabalho da PricewaterhouseCoopers, que certamente contribuíram deforma direta e indiretamente a evolução deste trabalho.
Muito obrigado a todos pelo que fizeram.
4
RESUMO
Com o cenário mundial globalizado, altamente competitivo e crises financeiras mundiais
ocorrendo com mais freqüência, as empresas estão adotando novas estratégias competitivas. Uma
das principais estratégias é a fusão entre empresas. Hoje, o mundo dos negócios reconhece a
importância da TI para o sucesso da estratégia da empresa, entretanto, os custos dos serviços de
TI e a demora de implementação de projetos são os principais obstáculos para o crescimento de
uma empresa.
Com o avanço das novas tecnologias e as necessidades de se adaptar em um ambiente
altamente dinâmico. Este trabalho será contextualizado no departamento de tecnologia da
informação de uma empresa em que está ocorrendo uma fusão. A idéia é propor uma solução de
tecnologias que atende as suas necessidades de mudança, visando à redução dos custos e da
complexidade de implementação de projetos da TI.
O objetivo do trabalho é estudar os possíveis ganhos se a empresa adotar a computação
em nuvem. Trazer uma visão mais clara sobre o cenário da TI nas empresas, Datacenter,
virtualização e principalmente a computação em nuvem.
A metodologia aplicada foi o desenvolvimento de duas ferramentas de diagnósticos.
Sendo que a primeira ferramenta visa analisar o nível de aderência da computação em nuvem e
utiliza a revisão de literatura para o desenvolvimento da ferramenta. A segunda ferramenta é
composta de um modelo de avaliação da infraestrutura virtualizada da FORRESTER
RESEARCH (2009).
Os resultados dos dois diagnósticos demonstraram uma boa aderência da solução em
nuvem para o momento atual da empresa. O nível de maturidade é considerado apto a utilização
das tecnologias em nuvem, mas, precisam ter certos cuidados conforme os diagnósticos.
Com a conclusão do trabalho, conseguimos alcançar os objetivos definidos inicialmente
em trazer uma visão mais clara dos temas relacionados a TI e computação em nuvem. As duas
ferramentas de diagnóstico foram bem úteis para os objetivos de validar a solução e identificar se
a empresa está madura ou preparada para a solução em nuvem.
Palavras-chave: Computação em nuvem, Virtualização, Datacenter, TI, Infraestrutura.
5
ABSTRACT
With the globalized world, highly competitive and global financial crises occurring more
frequently, companies are adopting new competitive strategies. One of the main strategies is
corporate merger. Nowadays, the business world recognizes the importance of IT to the success
of the company's strategies. However, the costs of IT services and slow implementation of
projects are the main obstacles to the growth of a company.
The advancement of new technologies and needs to self adapt in a highly dynamic
environment. This work will be contextualized in the information technology department of a
company in a merger. The idea is to propose a technology solution that meets your needs change,
aimed at reducing costs and complexity of implementing IT projects.
The main objective is to study the possible gains if the company adopt cloud computing.
Bring a clearer view on the scenario of IT in the companies, datacenter, virtualization and cloud
computing mainly.
The methodology applied was the development of two diagnostic tools. Which, the first
tool aims to analyze the level of adherence of the cloud computing and uses literature review to
develop the tool. The second tool consists of an evaluation model for virtualized infrastructure at
Forrester Research (2009).
The results of the two diagnoses have shown a good adherence of the cloud solution for
the company present moment. The maturity level is eligible to use the cloud technologies, but
need some care as the diagnosis.
With the completion of the work we have achieved the goals initially set to bring a clearer
view of the issues related to IT and cloud computing. The two diagnostic tools were very useful
for the purposes of validating the solution and see if the company is mature ou ready for the
cloud solution.
Keywords: Cloud computing, Virtualization, Datacenter, IT, Infrastructure.
6
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 12
1.1 Empresa estudada........................................................................................................... 131.2 Problema ......................................................................................................................... 141.3 Objetivo ........................................................................................................................... 141.4 Justificativa ..................................................................................................................... 151.5 Visão Geral da Estrutura do Trabalho ........................................................................ 16
2. REVISÃO DE LITERATURA.............................................................................................. 17
2.1 Datacenters ..................................................................................................................... 172.1.1 Cenário atual dos Datacenter e infraestrutura de TI nas organizações ............................ 182.1.2 Categorias de Datacenter ................................................................................................. 192.1.3 Serviços do Datacenter .................................................................................................... 20
2.2 Virtualização ................................................................................................................... 232.2.1 Conceito de Virtualização . .............................................................................................. 24
2.3 Computação em nuvem. ................................................................................................. 252.3.1 Conceito de Computação em Nuvem ............................................................................... 262.3.2 Modelos de implementação da computação em nuvens ................................................... 282.3.3 Categorias de serviços da computação em nuvens ........................................................... 292.3.4 Migrar para a computação em nuvens .............................................................................. 342.3.5 Custo total de propriedade para a TI ................................................................................. 362.3.6 Vantagens, riscos e desvantagens ..................................................................................... 37
2.4 Modelo de análise de maturidade de infraestrutura ................................................... 432.4.1 Infrastructure Virtualization Maturity Model................................................................... 43
2.5 Aplicação da solução na prática (case) ........................................................................ 45
3. SOLUÇÃO PROPOSTA ....................................................................................................... 473.1 Estratégia e modelo de diagnóstico da solução em nuvem .............................................. 483.2 Diagnóstico - Infrastructure Virtualization Maturity Model............................................ 55
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................... 594.1 Resultado do diagnóstico da solução em nuvem............................................................... 594.2 Resultado da avaliação da infraestrutura........................................................................... 65
5. CONCLUSÕES ...................................................................................................................... 67
6. REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS..................................................................................... 69.7. ANEXOS ................................................................................................................................. 71
7
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Fusão entre as empresas A e B, originando a empresa C ............................................. 13
Figura 2: Serviços de Datacenter ................................................................................................. 23
Figura 3: Consolidação de servidores em um único com alto grau de utilização e
otimização..................................................................................................................................... 25
Figura 4: Exemplo de nuvem híbrida ........................................................................................... 29
Figura 5: 11 categorias ou padrões de tecnologia sob serviço da computação em nuvem............ 32
Figura 6: Papéis desempenhados na arquitetura em nuvem (IaaS, PaaS e SaaS) ......................... 33
Figura 7: Interação do IaaS, PaaS e SaaS ..................................................................................... 34
Figura 8: Visão da primeira ferramenta de diagnóstico de aderência........................................... 52
Figura 9: Modelo de apresentação de resultado da ferramenta de diagnóstico – critério
desempenho .................................................................................................................................. 54
Figura 10: Resultado do critério desempenho............................................................................... 60
Figura 11: Resultado do critério disponibilidade.......................................................................... 60
Figura 12: Resultado do critério escalabilidade............................................................................ 61
Figura 13: Resultado do critério segurança e conformidade......................................................... 61
Figura 14: Resultado do critério Gerenciamento........................................................................... 62
Figura 15: Resultado do critério custos......................................................................................... 63
Figura 16: Resultado da soma dos 6 critérios ............................................................................... 63
8
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Vantagens, benefícios esperados e desvantagens da computação em nuvem............... 37
Tabela 2: Revisão bibliográfica e formulação das questões ......................................................... 48
Tabela 3: Pontuação do modelo de diagnóstico da solução em nuvem ....................................... 51
Tabela 4: Recomendação de pontuação mínima .......................................................................... 53
Tabela 5: Pilar implementação ..................................................................................................... 55
Tabela 6: Pilar processos .............................................................................................................. 56
Tabela 7: Avaliação final do estágio de maturidade da infraestrutura ......................................... 57
Tabela 8: Resultado da avaliação final do estágio de maturidade da infraestrutura .................... 65
9
LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS
ANS – Acordo de Nível de Serviço
CIO – Chief Information Officer
CPU – Central Processing Unit
EAI – Enterprise Application Integration
ROI – Return on Investment
SLA – Service Level Agreement
TCO – Total Cost of Onwership
VM – Virtual machine
10
GLOSSÁRIO
ANS – Acordo de nível de serviço – um acordo estabelecido em um contrato no qual detalha onível de serviços mínimo acordado geralmente entre um provedor e o seu cliente. Este acordotem fins legais e comerciais.
API – (Application Programming Interface) - Interface de Programação de Aplicativos é umconjunto de rotinas e padrões estabelecidos por um software. API pode ser entendida como umainterface gráfica do usuário, ou uma interface de um sistema operacional ou programa.
Backup – pode ser traduzido como cópia de segurança dos dados. Podendo ser recuperadoquando ocorrer incidentes com os dados originais.
Business case – Pode ser definido como uma forma profissional de criar modelos de negócio quejustifiquem os investimentos necessários para aprovação de projetos estratégico e que agregamvalor ao negócio.
CIO – (Chief Information Officer) – é um cargo dado a um responsável que administraespecialmente a área de Tecnologia da Informação (TI).
CPU – (Central Processing Unit) - Unidade Central de Processamento é uma unidaderesponsável pelo processamento, pode ser conhecido como processador ou chip.
Due diligence – é um processo de análise e avaliação detalhada de informações pertinentes paraapontar os principais pontos críticos e relevantes existentes na estrutura ou solução, identificarriscos, determinar a melhor forma e estratégia.
Firewall – pode ser traduzido como “parede de fogo”, uma barreira de proteção compostasomente por software ou por hardware e software juntos. O firewall aplica as políticas desegurança da informação e serviços que incluem detecção de intrusos, prevenção, monitoramentoe filtragem de pacotes de dados.
Hardware – é a parte física de diversos componentes eletrônicos, circuitos integrados, placas eque se comunicam através de barramento.
ROI – (Return on Investment) que trabalha a relação entre o dinheiro ganho ou perdido baseadoem um investimento e o montante de dinheiro aplicado.
SLA – (Service Level Agreement) – é o mesmo que ANS.
Software – é um componente lógico e intangível que executam instruções a exemplo, umprograma de computadores.
Tablet – um aparelho eletrônico de fácil portabilidade pode ser associado a um mini computadorcom tela sensível ao toque e sem teclado físico acoplado. O aparelho possui algumasfuncionalidades similares a dos computadores pessoais e dos telefones inteligentes.
11
TCO – (Total Cost of Ownership) – Custo Total de Propriedade é uma estimativa financeira emque analisa as dimensões de custo direto e indireto de um investimento.
TI – Tecnologia da Informação ou IT (Information Technology) – área especialista que prove egerencia as informações através de pessoas, sistemas, aplicações e infraestrutura.
Virtual first – é uma definição criada pela consultoria Forrester Reseach, que significa a mudançade mentalidade dentro de uma organização através da implantação padrão de servidor paraservidor virtual
VM - (Virtual Machine) - máquinas virtuais é o nome dado para computadores ou máquinasfictícios que são criadas através de software de simulação, sendo que o ponto importante é queessa máquina não é física.
12
1. INTRODUÇÃO
Ao longo das últimas décadas o mercado mundial se tornou altamente globalizado e
competitivo. Empresas locais e mundiais disputam a mesma fatia do mercado consumidor. E
como não bastasse esta dificuldade, o estouro da bolha das empresas pontocom nos Estados
Unidos em 2000 e a crise financeira mundial de 2008 e 2009 colocou em situação de risco a
sobrevivência das empresas. A competição pela sobrevivência e por mais espaço no mercado
levou as empresas a mudança de estratégia competitiva optando pela fusão entre elas.
Empresas globalizadas possuem departamentos de tecnologia da informação,
independentemente do seu tamanho ou relevância para o negócio. Sabe-se que o departamento de
tecnologia da informação terá um papel importante para o sucesso da estratégia da empresa.
Para comprovar esta importância, em uma pesquisa realizada pela Information
Tecnnology Governance Institute (ITGI, 2009) em parceria com a consultoria
Pricewatehousecoopers, avaliou qual a importância de considerar a TI para o êxito da estratégia
ou visão da empresa. Foram entrevistados mais de 250 executivos entre grandes e pequenas
empresas de diversos setores industriais em 22 países.
O resultado dessa pesquisa demonstrou que 13% dos entrevistados não consideraram a TI
importante para a sua estratégia ou visão. Outra parcela de 36 % dos entrevistados aponta que a
TI é algo importante a ser considerado e em sua maioria com 51% dos entrevistados afirmam que
a TI é muito importante para o sucesso da estratégia da empresa.
Buscando melhor entender a importância da TI ao negócio e sua relevância ao negócio. O
objeto deste estudo está concentrado em um cenário de fusão entre duas grandes empresas de
alimentos e considerando a TI como uma peça fundamental. Este trabalho será contextualizado
no departamento de tecnologia da informação e pretende apresentar uma proposta de solução para
a alta administração com o principal objetivo de alcançar as metas e visões pretendidas com a
fusão das duas empresas.
13
1.1 Empresa estudada
A empresa a ser estudada está passando por grandes desafios, pois, ela está entrando em
um processo de fusão entre duas grandes companhias do mesmo setor de produção e de venda de
produtos alimentícios. Basicamente, a fusão ocorre quando a empresa “A” funde com a empresa
“B” dando a origem a uma empresa “C”. O mesmo processo deverá ocorrer com a consolidação
das áreas de tecnologia da informação em um único departamento. Abaixo ilustramos na figura 1,
o processo de fusão das TI.
Figura 1: Fusão entre as empresas A e B, originando a empresa C.
(Fonte: Criado pelo autor)
De acordo com a classificação proposta por Myers e Marcus (1995, apud MATIAS,
1996), estas duas empresas adotaram a estratégia de fusão do tipo horizontal. Neste tipo de fusão,
as empresas que se fundem operam no mesmo setor de negócio e são concorrentes uma da outra.
A fusão neste caso geralmente visa buscar redução de custos e aumento da eficiência operacional
através da obtenção de economias de escala. E, este tipo de fusão geralmente é regulado pelo
governo ou por órgãos reguladores, isto devido à redução da competição em uma determinada
indústria, podendo levar à criação de um monopólio ou cartel.
Sendo assim descrito, o processo de fusão da empresa escolhida se encaixa perfeitamente
no tipo de fusão horizontal, visto que ambas as empresas operam o mesmo tipo de negócio. Os
produtos da empresa “A” ainda competem com os produtos da empresa “B”, entretanto, há
14
alguns produtos que não competem entre elas por estarem focados em determinados públicos,
faixas etárias ou regiões.
Com essa união estratégica, o faturamento dessas duas empresas é estimado em bilhões de
reais. Por enquanto, essa nova empresa atente somente ao mercado nacional brasileiro. Sabe-se
que a empresa pensa em expandir futuramente os seus negócios em outros mercados
internacionais.
1.2 Problema
Os principais objetivos ao fundir os departamentos de tecnologia da informação das duas
companhias são ganhar eficiências e reduzir custos, conforme explicado anteriormente. Surge
então como desafio para a nova empresa compreender e agir da melhor maneira para consolidar
diversas infraestruturas, redes de informáticas, domínios, licenças, Datacenter e serviços de
suporte e manutenção em diferentes localidades. Isto deverá exigir um grande número de projetos
e investimentos o que poderia inviabilizar a redução de custo.
Outros desafios identificados no departamento são as limitações de recursos humanos e
principalmente de recursos financeiros. Por outro lado, a área de TI já apresenta um alto custo
operacional e há uma grande pressão da alta administração em reduzir custos. A questão a ser
respondida é como reduzir custos operacionais sem diminuir a eficiência dos serviços de TI
durante a consolidação dos departamentos e com foco em corte de custos ao longo do tempo. Que
complexidades e desafios o departamento de TI enfrentará e que soluções podem ajudar-los a
alcançar os objetivos definidos nessa fusão.
1.3 Objetivo
O objeto do trabalho é estudar os possíveis ganhos a curto, médio e longo prazo se a
empresa adotar a computação em nuvem analisando as duas seguintes perspectivas: redução de
custo e agilidade na implementação de uma nova infraestrutura de TI. Trazer uma visão mais
clara sobre o cenário da TI nas empresas, Datacenter, virtualização e principalmente a
computação em nuvem.
15
Analisaremos o departamento de tecnologia da informação da empresa “A”, pois é ela que
está incorporando os processos e serviços de tecnologia da informação da empresa “B”.
Outra frente será analisar o nível de aderência da solução computação em nuvem para o
departamento de TI e também descobrir se esta proposta esta alinhado com as estratégias da
empresa “A”. Antes de uma tomada de decisão em cima desta proposta, entende-se que
terceirização da infraestrutura e de seus serviços de TI pode gerar ou não gerar valor agregado da
TI para o negócio. Portanto, o primeiro passos desta proposta é fazer um diagnóstico da solução
voltado para a empresa.
De forma a atingir os objetivos propostos, será elaborada e apresentada uma visão mais
clara da solução, de forma a facilitar para alta administração tomada de decisões com foco mais
estratégico. Um exemplo típico é gastar milhões em uma solução comum e cara e depois perceber
que existe uma alternativa que atende as suas premissas como custo e agilidade de
implementação. Por este motivo, a computação em nuvem é uma alternativa que não pode ser
descartada.
Outro ponto é saber se a empresa está preparada para virtualização ou migração de seus
serviços para as nuvens e em qual estágio de virtualização da infraestrutura o departamento de
tecnologia da informação se encontra. Caso contrário, poderá ser um caso de migração para as
nuvens que acarretará graves problemas operacionais ou então incorrerá em altos custos. Esta
análise visa qualificar a TI para a computação em nuvem, caso não seja qualificado iremos fazer
algumas recomendações de acordo com os questionários respondidos. Os resultados dessa análise
irão direcionar certos cuidados na etapa de virtualização ou migração de seus serviços de TI para
as nuvens.
1.4 Justificativa
Os principais beneficiados desse trabalho serão os gestores de TI e especialmente a alta
administração, pois estaremos efetuando uma pré-análise de uma de solução para a organização
analisando o nível de aderência.
Através desse trabalho, os executivos poderão entender melhor o conceito de computação
em nuvem, quais os ganhos, riscos e possíveis problemas que era poderá trazer. Além disso,
16
muitos deles terão uma visão mais clara do papel desempenhando pela TI dentro de uma
organização.
1.5 Visão Geral da Estrutura do Trabalho
Este trabalho será organizado da seguinte maneira:
Capítulo 1 – Introdução: contextualização do cenário referente à empresa a ser
estudada, incluindo a formulação do problema real, o objetivo e justificativa do
trabalho.
Capítulo 2 – Revisão de Literatura: este capítulo é utilizado referências teóricas
visando à sustentação do desenvolvimento do trabalho. A revisão está composta
em conceitos de Datacenters, virtualização, computação em nuvem e modelo de
análise de maturidade da infraestrutura virtualizada focado em serviços de TI.
Capítulo 3 – Solução Proposta: Após a revisão de literatura este capítulo é
apresentado o desenvolvimento de uma metodologia de diagnóstico, coleta e
análise dos dados.
Capítulo 4 – Resultados e discussões: Neste capítulo, são apresentados os
resultados e discussões em consideração a solução proposta.
Capítulo 5 – Conclusões: Apresenta as considerações finais do trabalho.
Capítulo 6 e 7 – Referências e Anexos: descreve as referências bibliográficas
utilizadas no desenvolvimento desse trabalho e incluindo anexos no último
capítulo.
17
2. REVISÃO DE LITERATURA
Esta revisão de literatura apresenta alguns conceitos importantes para as análises
propostas anteriormente, tais como Datacenter e virtualização, pois, uma vez conhecendo esses
dois conceitos o leitor terá mais facilidade em entender a solução proposta, que é computação em
nuvem.
No sub-capítulo 2.3.6 abordaremos algumas questões de benefícios, riscos e desvantagens
da computação em nuvem a serem consideradas no diagnóstico da solução voltada para a
empresa em fusão.
Por fim, no capítulo 2.5 aplicação da solução na prática descreve um caso de sucesso em
uma empresa em fusão e que adotou a computação em nuvem obtendo bons resultados.
2.1 Datacenters
Segundo Veras (2009), um Datacenter é composto por um conjunto integrado de
componentes de alta tecnologia que permite fornecer serviços de infraestrutura de valor agregado
como processamento e armazenamento de dados, em larga escala para todo tipo de organização.
“Os Datacenters hospedam recursos computacionais críticos em um ambiente
necessariamente controlado e sob gerenciamento centralizado que permite suportar
aplicações empresarias. É comum pensar o Datacenter em nível dos dispositivos que o
compõem como servidores, storage, componentes de rede, etc. Uma visão mais adequada
deve pensá-lo em termos de serviços. A qualidade dos dispositivos utilizados irá
influenciar os níveis de serviço que serão entregues às aplicações e aos processos.”
(VERAS, 2009, pág. 46)
18
2.1.1 Cenário atual dos Datacenter e infraestrutura de TI nas organizações
Taurion (2009) cita que alguns estudos têm demonstrado que as pequenas e médias
empresas gastam 70% do seu tempo gerenciando a complexidade dos recursos de TI e 30 % em
atividades focadas no negócio. Coyle (2011) destaca que cerca de 70% do orçamento de TI é
gasto em infraestrutura e automação. Ambos seguem a mesma linha de raciocínio que na
realidade não traz valor agregado para o negócio e não ajudam no crescimento da empresa.
Veras (2009) ilustra mais um cenário ao afirmar que uma grande parte das organizações
de médio e grande porte possui um Datacenter próprio e com o aumento da demanda cada vez
maior por capacidade de processamento e de armazenamento fizeram com que os atuais
Datacenter existentes atingirem a capacidade máxima.
Devido ao aumento de demandas de processamento, armazenamento e normas de
fiscalização sobre a recuperação do negócio em caso de desastre, incluindo a consolidação ou a
realocação dos projetos, as organizações estão repensando seriamente a arquitetura e o
planejamento do Datacenter. Existem riscos de que as mudanças acabem provocando grande
impacto nos níveis de serviços fornecidos e nos custos de operações de TI.
Veras (2011, pág. 22) conclui que:
“O ritmo das mudanças no cenário globalizado exige das organizações uma
maior flexibilidade para inovar e, portanto, a manunteção de uma infraestrutura de TI
cada vez mais adaptável. As mudanças alteram os processos organizacionais que, por sua
vez, alteram as necessidades de infraestrutura de TI. Por exemplo, determinada empresa
acaba de ser adquirida por outra. A rapidez necessária para aperfeiçoar e adequar os
novos processos das duas organizações, agora transformadas em uma, exige que a
infraestrutura de TI esteja pronta para a mudança.”
19
2.1.2 Categorias de Datacenter
Para Veras (2009), há duas maneiras de categorizar o Datacenter: pelo porte do
Datacenter ou pela posse de propriedade do Datacenter.
1. Categorização pelo porte: neste caso, não há distinção se o Datacenter é privado ou
operando em terceiros o que vale é o tamanho dele. Citamos abaixo a classificação
utilizada, sendo que a ordem de tamanho vai declinando do Datacenter empresarial até
o armário de servidores.
Datacenter empresarial.
Datacenter de médio porte.
Datacenter local.
Sala de servidores.
Armário de servidores.
2. Categorização pela propriedade: esta categoria está distribuída em duas grandes
modalidades de Datacenter:
Enterprise Datacenter (EDC), esta modalidade de Datacenter é a mais
comum. O Datacenter pertence e é operado por organizações privadas,
instituições ou agências governamentais, com o principal objetivo de
armazenar dados resultantes de operações de processamento interno e
também o processamento de dados de aplicações voltadas para a Internet.
Internet Datacenter (IDC), para esta modalidade o Datacenter pertence e é
operado por um provedor de serviços de telecomunicação, por operadoras de
telefonia ou por outros tipos de prestadores de serviços que utilizam a
Internet como o principal meio de comunicação. O objetivo principal do
IDC é fornecer diversos tipos de serviços de conexão, processamento,
armazenamento e hospedagem para os equipamentos das organizações.
O IDC pode fazer parte de um plano de contingência dentro de uma
organização. Pois, a organização pode utilizar a modalidade Enterprice
20
Datacenter (EDC) e os equipamentos do site backup poderiam estar
hospedado em uma modalidade Internet Datacenter (IDC).
A modalidade de serviços de Datacenter do IDC pode ramificar em dois
tipos de serviços principais:
Co-location: a organização ou o cliente contrata o espaço físico e a
infraestrutura de energia e de telecomunicação. Entretanto os
servidores, as aplicações, os equipamentos, o gerenciamento, o
monitoramento, e o suporte técnico são de responsabilidade da
própria organização. Normalmente, as responsabilidades de cada lado
são estabelecidas em um contrato, onde claramente é definido os
escopos de serviços, os termos e as condições de ambas as partes.
Hosting: este tipo serviço do IDC oferece uma linha de serviços
voltada para organizações que queiram melhorar os seus
investimentos em hardware e software. Este serviço de hospedagem
permite que à organização a utilização da infraestrutura do
Datacenter (servidores, storage e unidades de backup) e podendo
contar com a ajuda de profissionais para o suporte.
2.1.3 Serviços do Datacenter
O Datacenter é o principal componente central de serviços de TI dentro de uma
organização. Pois, hospeda os recursos computacionais críticos em um ambiente
obrigatoriamente controlados e sob gerenciamento centralizado para suportar as aplicações
empresariais.
É comum visualizar o Datacenter como uma infraestrutura composta por diversos
dispositivos (servidores, storage, componentes de rede, etc). Entretanto, Veras (2009) cita que a
visão mais adequada de pensá-lo é em termos de serviços de TI. A qualidade desses dispositivos
pode influenciar os níveis de serviços que serão entregues às aplicações, aos processos e ao
negócio.
21
Os projetos que envolvem o Datacenter precisam considerar 5 tipos de critérios para
atingir as metas empresariais. Citamos abaixo (Veras, 2009):
Desempenho.
Disponibilidade.
Escalabilidade (capacidade).
Segurança e conformidade.
Gerenciamento.
Para os critérios citados, estes devem ser adotados no dimensionamento dos diversos
dispositivos integrados que compõem o Datacenter tendo o principal objetivo de definir a
qualidade dos serviços de TI fornecidos.
Os componentes externos como instalação, energia, refrigeração, gerenciamento físico
também podem influenciar na qualidade dos serviços. Os principais serviços de TI fornecidos
pelo Datacenter e que permitam atingir os níveis de serviços mínimo da organização segundo
Veras (2011) são:
1. Serviços de rede: este serviço envolve a conexão entre os componentes internos
com o mundo exterior do Datacenter. As conexões são realizadas mediantes a
distribuição de switches (equipamentos inteligentes que enviam pacotes de dados
ao destino correto). Os switches são dispositivos importantes em um projeto de
conectividade IP e geralmente são utilizados em várias camadas para definir a
hierarquia do Datacenter.
2. Serviços de segurança: os serviços de segurança envolvem os serviços de firewall
(dispositivo que aplica as políticas de segurança), que possibilita o controle da
navegação do usuário. Podendo negar acesso do usuário a aplicações e sites
inapropriado ou restrito e ela pode incorporar sistemas que permitem aos gestores
monitorarem as atividades de cada usuário. Outros serviços providos do firewall
incluem também serviços de detecção de intrusos, prevenção e filtragem de
pacotes de dados.
22
3. Serviços de processamento: Os dispositivos envolvidos neste serviço são os
servidores que podem utilizar diversas arquiteturas, sistemas operacionais e
processadores, que respondem diretamente pelo desempenho do Datacenter.
4. Serviços de armazenamento: o serviço envolve o armazenamento de dados em
unidades conhecida como storage. As redes de armazenamento e dispositivos de
conexão ao storage são componentes de integração importantes dessa arquitetura.
Há uma relação entre os níveis de serviço para disponibilidade e segurança, pois
são dependentes dos serviço de armazenamento.
5. Serviços de virtualização: entende-se que os serviços de virtualização permitem
que servidores físicos rodem diversas aplicações em diferentes sistemas
operacionais, otimizando a utilização dos recursos computacionais (processamento
e memória). Os sistemas operacionais de virtualização e suas funcionalidades são
aspectos importantes para este tipo de serviço.
6. Serviços de aplicação: Este serviço apresenta as funcionalidades de load-
balancing (balanceamento de carga dos servidores), SSL - secure socket layer
(camada de proteção e criptografia), offloading (liberação da capacidade de
processamento do CPU) e caching (aumento da velocidade de processamento para
futuras requisições de serviços).
7. Serviços de alta disponibilidade (high availability – HA) e recuperação de
desastres (disaster recorvery – DR): São serviços essenciais para obtenção da alta
disponibilidade e recuperação de desastres. O passo inclui a análise e seleção do
site de contingência e a conexão com o site oficial. Estão incluído nessa análise
políticas, softwares e dispositivos de restauração de backup e da replicação.
8. Serviços de automação e gerenciamento: para este de serviço, há o
envolvimento de toda a malha de gerenciamento incluindo o NOC (networking
operation center), que realiza o monitoramento e administração de todo o
ambiente de TI, desde o hardware até os aspectos de automação de patches
(correções) de sistema operacional. O gerenciamento deve possibilitar uma
operação assistida 24x7 (24 horas por 7 dias) e inclusive a possibilidade de
executar ações remotamente. O planejamento e o controle da produção devem
23
garantir e envolver a execução dos processos de TI como as paradas programadas,
execução de Jobs e rotinas periódicas.
Figura 2: Serviços de Datacenter
(Fonte: VERAS, 2011)
2.2 Virtualização
Para entender a importância desse tema, Veras (2009) afirma que a virtualização é a peça-
chave do modelo de computação em nuvem. Taurion (2011) ressalta que a virtualização é o
primeiro passo para computação em nuvem e após esta primeira etapa de virtualização a empresa
deve concentrar em melhorias operacionais e em mecanismos que permitam alocação de recursos
computacionais ao usuário de forma mais rápida e automática. O autor ainda reforça que
virtualização dos servidores não significa computação em nuvem e cita a exemplo que a
virtualização pode gerar novos problemas de gestão e conseqüentemente aumentos dos custos
operacionais, conforme descrito abaixo:
“Muitas empresas adotaram a virtualização com o objetivo de consolidar seus
servidores e de reduzir seus custos de hardware e energia. Ou mesmo para evitar a
construção de um novo Datacenter, pela proliferação de servidores físicos. Entretanto,
logo descobriram que passar, por exemplo, de 100 servidores físicos para 50 servidores -
24
mas com 300 ou mais servidores lógicos virtualizados ... criava imensos problemas de
gestão com conseqüentes aumentos de custos.”
Taurion (2011, site)
2.2.1 Conceito de Virtualização
A virtualização de servidores físicos é um serviço que permite que diversas aplicações
sejam rodadas em diferentes sistemas operacionais de forma a otimizar a utilização dos recursos
computacionais de processamento e memória. (VERAS, 2009).
Para Veras (2009), a virtualização apresenta benefícios claros de serem percebidos pelas
equipes de TI. A maior dificuldade é convencer a alta administração sobre os benefícios que
podem trazer através de um ambiente virtualizado. Pois, segundo o autor a adoção da arquitetura
exige uma quebra de paradigma no processo de comprar servidores físicos a cada nova demanda
através de uma nova forma de aquisição que implica um custo inicialmente maior e que ao longo
do tempo trará uma série de benefícios e facilidades.
Basicamente Veras (2009) identificou 4 tipos de virtualização:
- Virtualização de servidores.
- Virtualização das aplicações.
- Virtualização de desktops.
- Virtualização de storage.
Desses 4 tipos, a virtualização de servidores é a mais comum. Este processo é um
processo de consolidação de diversos servidores físicos e subutilizados em um servidor único
com alto grau de utilização e otimização dos recursos computacionais com o objetivo de reduzir a
complexidade de gerenciamento, o espaço de físico, consumo de energias. Logo abaixo
ilustramos na figura 3, o processo de virtualização descrito:
25
Figura 3: Consolidação de servidores em um único com alto
grau de utilização e otimização.
(Fonte: VERAS, 2011)
As primeiras iniciativas de virtualização de servidores ou do Datacenter devem ser
executadas através de projetos de virtualização e precisam considerar uma boa análise de custo e
benefício. O mesmo pode ser utilizado pelos gestores da área para justificar as vantagens e os
benefícios que podem trazer ao negócio. (VERAS, 2009)
2.3 Computação em nuvem
Em uma publicação do IT WEB (2009), os CIOs (Chief Information Officer) ou
executivos de TI precisam realizar 4 principais atividades antes de adotar a solução computação
em nuvens; estas atividades estão descritas a seguir:
1. Entender o que é realmente a computação em nuvens.
2. Reconhecer onde se encontram os benefícios e riscos do modelo para direcionar as
estratégias na nuvem.
3. Saber como a computação em nuvem influenciará o ambiente de TI de sua
empresa.
4. Identificar como estão, hoje, as soluções em nuvem e tentar prever quando essas
aplicações terão maturidade suficiente para serem adotadas.
26
Este capítulo abordará os itens 1, 2 e 3 visando o objetivo principal de entender a
computação em nuvem, avaliar os benefícios, riscos e desvantagem do modelo e saber como ela
irá alterar o ambiente de TI da empresa. Taurion (2009), ao descrever o seu livro “computação
em nuvem: transformando o mundo da tecnologia da informação” ele prevê que nos próximos
anos o mercado de computação em nuvens estará mais maduro e também no radar de muitas
organizações, sejam elas pequenas, médias ou grandes.
2.3.1 Conceito de Computação em Nuvem
Taurion (2009) define a computação em nuvem como um ambiente de computação
baseado em uma imensa rede de servidores virtuais ou físicos, onde um conjunto de recursos que
incluem capacidade de processamento, armazenamento, conectividade, plataformas, aplicações e
serviços são disponibilizados na Internet. A idéia da computação em nuvem é permitir que os
mesmos arquivos possam ser acessados por qualquer equipamento eletrônico como smartphones,
PCs, nootebooks e tablets, pois estes arquivos estão disponíveis em servidores web.
Veras (2009) defende que a computação em nuvem depende do funcionamento de um
conjunto de Datacenters dinâmicos que para funcionar sob demanda e precisam essencialmente
da virtualização.
Linthicum (2009) define a computação em nuvem sendo um modelo pay-per-use ( paga
pelo uso) com acesso à rede sob demanda em um conjunto compartilhado de recursos de
computacionais configuráveis a exemplo, redes, servidores, armazenamento, aplicativos e
serviços que podem ser rapidamente fornecidos e liberados com esforço mínimo de
gerenciamento ou de interação com o provedor de serviços.
A computação em nuvem demanda mudanças nas arquiteturas tecnológicas, processos de
governança, modelos de gestão e relacionamento com os usuários e clientes. A adoção da
computação em nuvem deve seguir uma estratégia bem definida. De maneira geral, uma grande
empresa começa por uma nuvem privada, de modo exploratório, com casos bem definidos e
restritos.
As características que definem o conjunto de tecnologia da computação em nuvem no
ponto de vista de Taurion (2009) são:
27
Abstração da infraestrutura e a distribuição geográfica dos sistemas: exigência de
recursos administrativos e gerenciais que permitem autonomia de gestão e operação entre os
diversos sites distribuídos;
Heterogeneidade dos sistemas: não se pode exigir que os sistemas que constituem uma
nuvem sejam da mesma tecnologia;
Escalabilidade: possibilita que as nuvens sejam dinâmicas e crescentes conforme a
medida que mais sistemas sejam incorporadas.
Adaptabilidade: permite que a nuvem se autorreconfigurar sempre que um determinado
nó se tornar indisponível.
Considerando outro ponto de vista, Linthicum (2009) cita que o modelo de computação
em nuvem é composto por cinco características fundamentais; são elas:
Serviços de auto-atendimento sob demanda: um consumidor pode provisionar
capacidade computacional, tais como o tempo do servidor e de armazenamento de rede sem a
necessidade de interação humana com o provedor de cada serviço.
Acesso à rede ubíqua: os recursos estão disponíveis na rede e são acessados através de
mecanismos padrão que promovem o uso de plataformas cliente heterogêneos do tipo fina ou
grossa (por exemplo, telefones celulares, laptops e PDAs).
Recursos diversos independentemente de localidade: os recursos disponibilizados
pelos provedores de nuvens são agrupados para atender todos os consumidores/clientes através de
um modelo multi-inquilino, com diferentes recursos físicos e virtuais atribuídos dinamicamente e
de acordo com a demanda do consumidor. O cliente geralmente não tem controle ou
conhecimento da localização exata dos recursos disponibilizados. Exemplos de recursos incluem
o armazenamento, processamento, memória, largura de banda de rede, e máquinas virtuais.
Elasticidade ágil: a capacidade computacional pode ser aumentada ou liberada
rapidamente. Para o consumidor, as capacidades computacionais disponíveis em formato de
aluguel, muitas vezes parecem ser infinitos podendo ser adquirido a qualquer quantidade e a
qualquer momento.
28
Paga somente o que é usado: recursos são cobrados através de um medidor ou por um
modelo de faturamento baseada em publicidade que visa promover o uso otimizado dos recursos.
Exemplos disso, a medição de armazenamento, a largura de banda e os recursos de
computacionais consumidos são faturados na contas de usuários ativos mensalmente.
2.3.2 Modelos de implementação da computação em nuvens
Linthicum (2009) afirma que as abordagens da computação em nuvem não são iguais e
existem 4 tipos de modelos de implementação, que embora sejam diferentes, continuam a ser
consideradas como computação em nuvem. Abaixo, identificamos os quatro tipos de modelo de
implementação em nuvem.
Nuvem privada: a infraestrutura da nuvem é de propriedade ou arrendada para uma única
organização e a sua operação é exclusivo.
Nuvem comunitária: a infraestrutura da nuvem é compartilhada por várias organizações
e suportando uma comunidade específica que tem compartilhado as mesmas preocupações (por
exemplo, a missão, os requisitos de segurança, política e considerações de conformidade).
Nuvem Pública: a infraestrutura da nuvem é de propriedade de uma organização em que
vende serviços em nuvem para o público em geral ou para grandes indústrias.
Nuvem híbrida: a infraestrutura de nuvem neste caso é uma composição de duas ou
mais nuvens (pública, comunitária, ou pública) que são consideradas como entidade única, mas
estão unidas pela tecnologia padronizada ou proprietário e que permitem que os dados e a
portabilidade de aplicações.
29
Figura 4: Exemplo de nuvem híbrida
(Fonte: VERAS, 2011)
Linthicum (2009) avalia que muitas empresas irão descobrir que as nuvens privadas são a
melhor solução para sua situação, aproveitando os benefícios da computação em nuvem, mas
dentro de seu próprio modelo de segurança.
2.3.3 Categorias de serviços da computação em nuvens
De acordo com Linthicum (2009) e INFORWORLD (2010), a computação em nuvens
está dividida em 11 categorias ou padrões de tecnologia sob serviço. Até o presente momento,
muitas destas categorias tornaram mais conhecidas. Citamos abaixo as 11 categorias
identificadas:
1. Storage-as-a-service (Armazenamento como um serviço): também conhecido como
espaço em disco sob demanda. É a capacidade de utilizar o armazenamento que existe
fisicamente em um local remoto, mas é logicamente um recurso de armazenamento
local para qualquer aplicação que necessite de armazenamento. Este é o componente
mais primitivo da computação em nuvem e é um dos padrões mais utilizado pelos
demais padrões da computação em nuvem. Exemplos: Cloud Storage da Nirvanix,
NetApp solutions e Symantec Storage-as-a-Service.
30
2. Database-as-a-service “DaaS” (Banco de dados como um serviço): fornece a
capacidade de alavancar os serviços de um banco de dados hospedados remotamente,
compartilhá-lo com outros usuários e tê-lo logicamente funcionando como se o banco
de dados fosse local. Diferentes modelos são oferecidos por diferentes fornecedores,
mas o poder é aproveitar a tecnologia de banco de dados que tipicamente custam
milhares de dólares em licenças de hardware e software. Exemplos: Relational
Database Service (RDS), EnterpriseDB (cloud edition) e SimpleDB da Amazon e
SQL Azure da Microsoft
3. Information-as-a-service (Informação como um serviço): é a capacidade de
consumir qualquer tipo de informação, hospedado remotamente, através de uma
interface bem definida como uma API. Exemplos incluem informações sobre ações de
preços, validação de endereços, e relatórios de crédito.
4. Process-as-a-service “PRaaS” (Processos como um serviço): é um recurso remoto
que pode ligar muitos recursos em conjunto, tais como serviços e dados, seja
hospedado no mesmo recurso de computação em nuvem ou remotamente, para criar
processos de negócios. Você pode pensar em um processo de negócio como uma meta
aplicativo que abrange sistemas, aproveitando os principais serviços e informações
que são combinadas em uma seqüência para formar um processo. Estes processos são
tipicamente mais fáceis de mudar do que são as aplicações e, assim, proporcionar
agilidade para aqueles que aproveitarem esses motores de processo que são entregues
sob demanda.
5. Application-as-a-service “AaaS” (Aplicação como um serviço) ou Software-as-a-
service “SaaS” (Software como um serviço) : é qualquer aplicação que é entregue por
meio da plataforma da Web para um usuário final, geralmente aproveitando a
aplicação através de um navegador. Enquanto muitas pessoas associam a aplicação
como serviço sendo aplicativos empresariais, como Salesforce SFA, os aplicativos de
automação de escritório são de fato as aplicações como um serviço. Exemplos:
incluindo o Google Docs, Gmail , Google Calendar e Microsoft Office Live.
6. Platform-as-a-service “PaaS” (Plataforma como um serviço) é uma plataforma
completa, incluindo o desenvolvimento de aplicativos, desenvolvimento de interface,
31
desenvolvimento de banco de dados, armazenamento, teste e assim por diante,
entregues através de uma plataforma hospedados remotamente aos assinantes. Com
base no modelo de compartilhamento de tempo tradicional, moderna plataforma como
serviço, provedores fornecem a capacidade de criar aplicações de classe empresarial
para uso local ou sob demanda para um preço de subscrição pequeno ou
gratuitamente. Exemplos desse serviço: AppEngine do Google e Azure da Microsoft
7. Integration-as-a-service (Integração como um serviço) é a capacidade de entregar
uma pilha de integração completa da nuvem, incluindo a interface com as aplicações,
a mediação semântica, controle de fluxo, design, integração e assim por diante. Em
essência, a integração como um serviço inclui a maioria das características e funções
encontradas dentro de integração de aplicativos corporativos tradicionais (EAI –
Enterprise Application Integration) a tecnologia, mas fornecido como um serviço.
8. Security-as-a-service (Segurança como um serviço) é a capacidade de provedores de
prestarem serviços de segurança central remotamente através da Internet. Enquanto os
serviços de segurança típicos fornecidas são rudimentares, serviços mais sofisticados,
tais como gerenciamentos de identidade estão se tornando disponíveis. Exemplos:
Hosted Web Security e Hosted Email Security da Websense e McAfee Security-as-a-
Service
9. Management/governance-as-a-service “MaaS e GaaS” (Gerenciamento/governança
como um serviço) são qualquer serviço sob demanda que fornece a capacidade de
gerenciar um ou mais serviços em nuvem. Estes dois serviços são tipicamente coisas
simples como topologia, utilização de recursos de virtualização e gerenciamento de
tempo de subida. Sistemas de governança estão se tornando disponíveis, bem como,
oferecendo, por exemplo, a capacidade de aplicar políticas definidas em dados e
serviços.
10. Testing-as-a-service “TaaS” (Ensaio como um serviço) é a habilidade de teste local
ou de entrega em nuvens utilizando software de teste e serviços que são hospedados
remotamente. Enquanto, um serviço de nuvem exige testes em si mesmo, sistemas de
teste como serviço possuem a habilidade de testar outros aplicativos em nuvem, tais
32
como, sites e sistemas corporativos internos. E eles não exigem um hardware ou
software dentro da empresa. Exemplos: Testing-as-a-Service solution da HP
11. Infrastructure-as-a-service “IaaS” (Infraestrutura como um serviço) é o mesmo que
Datacenter como um serviço, ou é a capacidade de acessar remotamente recursos de
computacionais de um Datacenter. Essencialmente, você aluga um ou mais servidores
físicos que são próprios e com propósito prático definido. A diferença dessa
abordagem em relação à computação em nuvem é que em vez de usar uma interface
de serviços fechados, você tem acesso a todas as máquinas e software. Exemplos:
Amazon EC2 e Blue cloud da IBM.
Para facilitar o entendimento visual dos serviços citados, a figura 5 apresenta todas as
categorias de serviços identificados por Linthicum (2009):
Figura 5: 11 categorias ou padrões de tecnologia sob serviço da computação em nuvem
(Fonte: LINTHICUM, 2009)
Taurion (2009) identificou outro tipo de categoria de serviço, o Backup-as-a-service
(BaaS). O conceito do backup como um serviço na realidade é um exemplo de software como um
serviço. A principal diferença é que o backup como um serviço é voltado para um processo mais
adequado para proteção e recuperação de dados. Toda esta complexidade de gestão de backup e
33
de capital de alto custo para as empresas não geram procedimentos adequados de backup e, por
isso poderia gerar riscos de perda de informações valiosas localizados nos computadores
pessoais. Exemplos desse serviço: Backup as a Service solution da Symantec.
Veras (2011) entende que a infraestrutura como um serviço (IaaS), a plataforma como um
serviço (PaaS) e o software como um serviço (SaaS) são os três principais serviços e mais
comum para a computação em nuvem. Para entender melhor o porquê estes três serviços são mais
comuns, ilustramos abaixo os papéis desempenhados por elas através da arquitetura computação
em nuvem:
Figura 6: Papéis desempenhados na arquitetura em nuvem (IaaS, PaaS e SaaS)
(Fonte: VERAS, 2011)
O provedor de serviço em nuvem é responsável por disponibilizar, gerenciar e monitorar
toda a estrutura da solução, assim, isenta esse tipo de responsabilidade dos desenvolvedores e
usuários finais. O mesmo provedor pode ficar responsável pelos três tipos de serviços ou
compartilhar as responsabilidade com outros provedores. Podemos exemplificar as
responsabilidades compartilhada sendo que o provedor A, é responsável pela infraestrutura e o
provedor B fica responsável pela plataforma e software como um serviço.
A interação desses três tipos de serviço pode ser resumida conforme a figura 7 abaixo:
34
Figura 7: Interação do IaaS, PaaS e SaaS
(Fonte: VERAS, 2011 adaptado pelo autor)
2.3.4 Migrar para a computação em nuvens
Segundo um estudo da Unisys (2011), 44 % dos profissionais e gestores de TI
entrevistados nesta pesquisa afirmam que em 2011 a computação em nuvens será a iniciativa e
prioridade número 1 nas suas respectivas empresas. Nessa mesma pesquisa, uma parcela de 41%
dessas empresas vê a solução em nuvem como suporte a dispositivos móveis e uma alternativa
em segurança virtual. Outra pesquisa do GARTNER (2011) apontou que o CIOs colocaram a
computação em nuvens e a virtualização como as top tecnologias prioritárias.
Baseando nessas informações podemos perceber que há uma clara intenção das empresas
de adotarem esta solução, pois, elas acreditam que irão ganhar novos mercados e conquistar
novos clientes através de soluções móveis e enxergam que a computação em nuvens está mais
segura e madura.
ISACA (2009) e Taurion (2009) afirmam que esta nova tecnologia promete não somente
reduzir custos, mas também abrir novas oportunidades para as empresas a otimizar processos,
aumentar a inovação e maior foco no negócio. Ela permite aumentar a produtividade e
transformar os processos de negócio através de meios que antes eram muito caras.
35
Por outro lado Taurion (2009) sugere que antes de adotar esta solução é preciso
desenvolver um plano de ação que deve contemplar profundas análises referentes à sua
infraestrutura efetuando, uma análise de “due diligence”, visando entender as potencialidades e
restrições do ambiente tecnológico atual das empresas.
Taurion (2009) cita algumas análises básicas do processo “due diligence” antes de uma
possível migração para a solução conforme descrito abaixo:
Ao adotar a solução em nuvens, os acordos de níveis de serviços (SLA) serão
mantidos, melhorados ou piorados?
Análise de custo x benefícios; a infraestrutura do novo data center possui a
capacidade de operar em nuvens de forma eficaz, a um custo menor que no
modelo atual?
Quais serviços poderão ser ofertados nas nuvens?
Quais são as restrições de banda do data center atual?
Qual o nível de conhecimento da equipe atual diante da solução em computação
em nuvens?
Que outras tecnologias adicionais deverão ser adquiridas?
Podem existir aplicações legadas que não poderão ser virtualizados?
A capacidade computacional do data center pode não ser suficiente para torná-lo
apto a operar em nuvens?
Quais restrições regulatórios e legais?
Taurion (2009) prevê a expansão da computação em nuvem no mundo e tornará os atuais
Datacenters obsoletos, já que ele espera que pequenas e médias empresas deixem de focar na
operação dos Datacenters. Quando as grandes empresas irão continuar a operar seus Datacenters,
entretanto, devem adotar o conceito de nuvem dentro da organização.
O sub-capítulo a seguir apresentará as questões de análise que ajudarão a responder ou a
entender quais as implicações possam ocorrer e quais os ganhos que poderão trazer ao adotar este
novo modelo de ambiente computacional
36
2.3.5 Custo total de propriedade para a TI
Para Linthicum (2009) e ISACA (2009), as empresas deverão comparar os seus custos
atuais contra os custos nas nuvens e considerar modelos de TCO (Total Cost of Onwership) para
entender se os serviços em nuvem vão oferecer o benefício potencial para a empresa.
O Total Cost of Onwership segundo Veras (2011), é um conceito de custo total de
propriedade que foi adaptado pela consultoria Gartner com o objetivo de entender os custos reais
da infraestrutura de TI. Os gestores de TI acreditavam que o custo de manter toda a
infraestrutura e redes era muita caras, entretanto havia a dificuldade de medir os custos devido à
existência de aspectos subjetivos de difícil mensuração.
Em resumo a idéia principal de adaptar o TCO na área de TI foi a de medir o custo total
ao longo do ciclo de vida de uma solução tecnológica e não somente o custo de aquisição, esta
análise considera dois principais componentes de custos (diretos e indireto). Nste conceito de
TCO, segundo o autor, há uma ligação direta com o conceito de ROI (Return on Investment) que
trabalha a relação entre o dinheiro ganho ou perdido baseado em um investimento e o montante
de dinheiro aplicado. Abaixo descrevemos os dois principais componentes do TCO.
Custos Diretos: estes custos são fáceis de serem identificados e medidos.
Exemplos de custo direto são: hardware, software, materiais, mão de obra e
serviços.
Custos Indiretos: neste caso, são custos difíceis de serem identificados e medidos
e há ocasiões em que elas podem estar subestimadas. Os exemplos de custos
indiretos são: qual o custo de parada de um equipamento e que podem afetar ao
negócio, depreciação e manutenção de equipamentos, etc. Entende-se que o custo
direto influencia no custo indireto, pois se um equipamento de baixa qualidade
cria um tempo de parada maior em relação a um equipamento de boa qualidade,
certamente os custos indiretos irão aumentar.
Por fim, o modelo de TCO da Gartner cita que os custos da infraestrutura e serviços de TI
devem ser dimensionados em quatro categorias (planejamento, aquisição, operação e
manutenção/alienação).
37
2.3.6 Vantagens, riscos e desvantagens
Para Taurion (2009) e Linthicum (2009), o fator redução de custo não deve ser único para
uma tomada de decisão, é preciso considerar outros pontos como vantagens, riscos e
desvantagens. E durante esta revisão, percebeu-se que os benefícios, riscos e desvantagens do
modelo de computação em nuvem se encaixam perfeitamente nas 5 categorias (Desempenho,
Disponibilidade, Escalabilidade, Gerenciamento e Segurança e Conformidade) mencionadas por
Veras (2009).
Visando trazer uma visão mais simplificada dessa análise de vantagem e desvantagem,
uma publicação da GARTNER (2010) listou uma série de vantagens, benefícios esperados e
desvantagens como pontos importantes a serem considerados antes de implementar a computação
a nuvens em um modelo tradicional de terceirização. Segue abaixo a tabela 1 com as descrições
detalhadas das vantagens, benefícios esperados e desvantagens.
Vantagens:
1. Você pagar por aquilo que foi utilizado. (teoricamente)*2. Os custos derivam de um orçamento operacional.3. Funcionalidades mais básicas que você realmente precisa.4. Não há preocupações operacionais.5. Nenhuma sobrecarga da infraestrutura.6. Menor custo de total de propriedade - TCO (teoricamente)*7. Implementações de TI mais rápidas8 . Integração mais fácil (teoricamente)*
* Teoricamente: quer dizer que na teoria isto pode ocorrer ou não ocorrer nas diferentesempresasBenefícios esperados:
1. Menor necessidade de desempenho computacional (porque 80% das pessoas não precisam de80% das funcionalidades do software)2. Menor custo potencial, pois as pessoas gostam de pagar por menos coisas)3. Você paga apenas pelo que você usa, pois as pessoas estão pagando por tecnologias muitasvezes não utilizadas. (teoricamente)*4. A transmissão ocorre através de servidores do provedor, pois as pessoas perceberam que elesusam apenas 20% da sua capacidade de servidor.5. Toda a gestão será realizada pelas equipes do provedor, pois as pessoas descobriram que omaior componente de custo de TI são as pessoas.
38
Desvantagens:
1. Inexistência de valor patrimonial2. Menor gerenciamento central da TI3. Muitas funcionalidade básica (às vezes real e às vezes percebida)4. Gerenciamento de fornecedores (incluindo a supervisão da sua gestão operacional)5. Maior preocupações com a segurança.6. Incerteza do TCO ao logo do tempo.
Tabela 1: Vantagens, benefícios esperados e desvantagens da computação em nuvem
(Fonte: GARTNER (2010) adaptado pelo autor)
Para ter outra visão das vantagens de desvantagens, é disponibilizada abaixo uma nova
visão de vantagens e desvantagens em que adotamos os cinco critérios de infraestrutura de TI
(Desempenho, Disponibilidade, Escalabilidade, Segurança e Conformidade e Gerenciamento) de
Veras (2009) conforme citados anteriormente, e incluímos o critério de custo citado pelos autores
por Taurion (2009) e Linthicum (2009).
1. Desempenho
a. Provedores de serviços de nuvens prometem alto desempenho operacional e
tempo de resposta (TAURION, 2009).
b. Agilidade na prototipação, desenvolvimento, implantação e mudanças de
sistemas(GARTNER, 2010; TAURION, 2009; LINTHICUM, 2009).
c. A computação em nuvem possui a capacidade de gerenciamento e
provisionamento de serviços de TI em um único dia. Em comparação aos
tradicionais projetos de TI podem exigir semanas ou meses para serem
implementados. (ISACA, 2009; GARTNER, 2010; LINTHICUM, 2009).
d. Os provedores de computação em nuvens possuem a infraestrutura para
acomodar os requisitos de TI para o acesso de alta velocidade, armazenamento
e aplicações. ( ISACA, 2009; LINTHICUM, 2009).
2. Disponibilidade
39
a. Empresas que adotaram a computação em nuvem retornaram as atividades
operacionais no menor tempo de indisponibilidade ou em caso de desastre.
(TECHWORLD, 2011).
b. O modelo atual de licença de uso do software, onde o usuário paga
antecipadamente o direito de uso do software e caso o software deixe de
funcionar ou fique indisponível, o usuário não tem direito de ressarcimento.
Mas no modelo de serviço em nuvem, o cliente pode exigir níveis de serviço
do provedor e se não forem cumpridas o cliente será ressarcido. (TAURION,
2009).
c. Os provedores de nuvem, muitas vezes assumem a responsabilidade de
tratamento da informação que é uma parte crítica do negócio. A falha na
execução dos acordados níveis de serviço podem afetar a disponibilidade, o
que pode causar um alto impacto nos negócios. (ISACA, 2009).
3. Escalabilidade (capacidade)
a. Máquinas virtuais rodam em qualquer parte da nuvem, desta forma há uma
clara otimização do ambiente com respeito ao uso de recursos disponíveis na
infraestrutura. (VERAS, 2009; TAURION, 2009).
b. Com capacidade ilimitada, os serviços em nuvem oferecem maior flexibilidade
e escalabilidade de acordo com as necessidades de TI. Os recursos de
computacionais são criados sob demanda e que permitem picos de tráfego e a
redução de tempo para implementar novos serviços. No modelo atual, muitas
vezes para aumentar recursos computacionais envolve em um processo de
seleção e aquisição de servidores. (TAURION, 2009; ISACA 2009;
GARTNER, 2010)
4. Segurança & Conformidade
a. Conformidade com os regulamentos e leis em diferentes regiões geográficas
pode ser visto como um novo desafio para as empresas. Pois, não há
preocupação com a localização física das informações das empresas (ISACA,
2009; TAURION, 2009)
40
b. Manter informações confidenciais em provedores terceirizados cria riscos de
confidencialidade o que pode representar uma ameaça significativa a exemplo
a proteção de propriedade intelectual e segredos comerciais. (ISACA, 2009;
TAURION, 2009)
c. Os riscos da segurança da informação associado na computação em nuvem não
são novos, e podem ser encontrados no cotidiano das empresas atuais. Os
problemas de segurança da informação como invasão, roubo de dados,
espionagem e outros ocorrem freqüentemente nas empresas. (ISACA, 2009)
5. Gerenciamento - (gerenciamento de recursos computacionais)
a. Redução da complexidade operacional dos serviços de TI (GARTNER, 2010;
TAURION, 2010)
b. Há riscos de algumas aplicações/sistemas legados encontradas dentro das
empresas não poderem ir para as nuvens. O que poderia aumentar a
complexidade de gerenciamento. (TAURION, 2009)
c. A computação em nuvem facilidade de integração de sistemas ( GARTNER,
2010)
6. Custos
a. O modelo de custo dos serviços de TI na computação em nuvem é um modelo
em que você paga por aquilo que é consumido. Sendo assim as empresas irão
pagar o que é consumido em serviços de TI similar aos modelos de custo como
a eletricidade, o gás, a água e os serviços de telefonia em dados e voz.
(ISACA, 2009; TAURION, 2009; GARTNER, 2010)
b. A computação em nuvens poderá ajudar as empresas com a redução de custos
em termos de desperdício de recursos de TI. (ISACA, 2009; TAURION, 2009)
c. A computação em nuvem possui a capacidade de gerenciamento e
provisionamento de serviços de TI em um único dia. Em comparação aos
tradicionais projetos de TI podem exigir semanas ou meses para serem
implementados. Há um impacto fundamental sobre a agilidade de um negócio
no corte de custos associados com atrasos de tempo. (ISACA, 2009).
41
d. Aumento dos custos de gerenciamento e supervisão do provedor (GARTNER,
2010).
e. Os custos diretos e indiretos serão reduzidos (TAURION, 2009; GARTNER,
2010; LINTHICUM, 2009)
f. Menor custo para desenvolver, implementar, operar, ou alterar os sistemas
(considerando a dinâmica carga de trabalho e modelos de precificação)
(GARTNER, 2010; TAURION, 2009)
Taurion (2009) cita que os maiores desafios da computação em nuvens continuam sendo a
segurança da informação e privacidade. Entretanto, ISACA (2009) argumenta que os riscos da
segurança da informação associado na computação em nuvem não são novos, e podem ser
encontrados no cotidiano das empresas atuais.
Os problemas de segurança da informação como invasão, roubo de dados, espionagem e
entre outros ainda ocorrem freqüentemente nas empresas. Para se defender é preciso investir em
segurança da informação, ajustar as suas políticas da empresa e procedimentos para atender às
necessidades do negócio no modelo de nuvens.
Outros riscos identificados, mas não associados ao conceito de computação de nuvem é o
certo cuidado com as propostas ou contratos de computação em nuvem. Os contratos devem ser
elaborados com uma devida atenção para não incorrerem custos adicionais ou problemas que
possam afetar ao negócio e apresentando o objetivo principal de mitigar os riscos contratuais.
(TAURION, 2009). Visando mitigar os riscos contratuais a consultoria Gartner recomenda 9
pontos de atenção quando fechar um contrato com o provedor (Computerworld, 2011):
1. Funcionamento: apresentação de garantias de desempenho de níveis de serviço
descrito no contrato
2. Penalidades para os ANS não cumpridos: o não cumprimento dos acordo de
nível de serviços ANS deve estar acompanhados de multas financeiras, mecânicas
de contabilização e níveis de solução previstos em contrato.
42
3. Atenção com exclusões de penalidades para ANS: a principal idéia é gerenciar
os riscos, os fornecedores que costumam inserir critérios rígidos de exclusão de
penalidades nos contratos.
4. Segurança: assegurar que os níveis de segurança do provedor estejam no mesmo
nível de segurança aceitável ou mais eficiente, especialmente, em relação aos
requisitos de conformidade legal.
5. Continuidade nos negócios e recuperação de desastres: os contratos de serviços
em nuvens devem conter cláusulas sobre recuperação de desastres e
responsabilidade de fazer backup dos dados do cliente.
6. Condições de privacidade de dados: o contrato deve exigir que o provedor
cumpra os regulamentos de privacidade de informações pessoais em nome da
organização. Os contratos devem conter todos os requisitos do cliente (inclusive
como documentação para efeitos de auditoria).
7. Suspensão de serviço: tomar certos cuidados com alguns contratos que prevêem
que, se o atraso de pagamento for superior a 30 dias, o serviço pode ser suspenso.
A ação a ser tomada é a negociação de um acordo, no qual o pagamento, em
qualquer litígio, não deve levar a uma suspensão do serviço.
8. Rescisão: os clientes/usuários devem negociar uma antecedência de seis meses
para um aviso de suspensão do serviço.
9. Responsabilidades: a maioria dos contratos restringe responsabilidade ao máximo
do valor das faturas nos últimos 12 meses. Por isso, companhias devem negociar
uma proteção maior.
Em resumo a conformidade com os regulamentos e leis em diferentes regiões geográficas
pode ser um desafio para as empresas. Neste momento há pouco precedente ou entendimento
legal sobre a responsabilidade em nuvem. É fundamental obter aconselhamento jurídico
apropriado para garantir que o contrato especifique as áreas onde o provedor de nuvem é
responsável, ou seja, descrevendo as responsabilidade de cada lado. (ISACA, 2009)
43
2.4 Modelo de análise de maturidade de infraestrutura
Conforme dito anteriormente, a virtualização é o primeiro passo e uma das etapas mais
importante para a computação em nuvem. Entretanto, é preciso conhecer em qual estágio de
virtualização uma empresa ou a TI se encontra. Sendo assim, a FORRESTER RESEARCH
(2009) desenvolveu um modelo de avaliação do nível de maturidade da infraestrutura
virtualizada, conhecida como Infrastructure Virtualization Maturity Model (IVMM).
A Forrester é uma consultoria independente e uma das mais reconhecida no mercado
americano, assim como as consultorias Gartner, Pricewaterhousecoopers, Delloite, Mckinsey e
entre outras consultorias, elas divulgam pesquisas de mercado, tendências, e inclusive
metodologias de análise e avaliação para chegar ao resultado em uma pesquisa.
2.4.1 Infrastructure Virtualization Maturity Model
Este modelo de avaliação segue um padrão de experiência e entrevistas que a consultoria
Forrester Research realizou e concluiu que a Infrastructure Virtualization Maturity Model está
dividido em quatro estágios de maturidade. A consultoria entendeu que muitas organizações
devem passar por cada estágio de maturidade e depois se preparar para o próximo nível de
automação, implementação e evolução. Abaixo descrevemos os estágios citados:
Estágio 1: Aclimatação – neste estágio a maioria das empresas inicia o caminho
da virtualização de servidores. Elas começam a aprender, a experimentar e a testar
como a tecnologia funciona e geralmente em aplicações mais simples e não
críticos.
A virtualização começa com a implementação de teste e desenvolvimento antes de
mover do ambiente de produção. É nesse estágio que a recuperação de desastres
(Disaster Recovery) é testada em aplicações menos críticas. As aplicações
escolhidas geralmente são fáceis de lidar, com poucos usuários, baixo requisito de
desempenho e baixo impacto ao negócio. Uma das principais atividades é a
consolidação de servidores e recuperação de desastre.
Estágio 2: Consolidação – é nesse estágio que as empresas se tornam mais
confiantes com o conceito de virtualização e estabilidade da tecnologia de
44
virtualização escolhida e elas começam a mudar para uma implementação mais
estratégica. Esta etapa é identificada quando uma organização muda sua
mentalidade de implantação padrão de servidor para servidor virtual, também
conhecido como política de "virtual first". A partir desse ponto a empresa não
precisa fazer um business case para justificar investimento em virtualização.
Estágio 3: Melhoria de processos – para esse estágio pode-se perceber que a
virtualização permite a melhoria de processos. O negócio começa a visualizar os
benefícios disponibilizados pela infraestrutura de virtualização, como a migração
ao vivo, serviços de backup, agendamento de recursos e modelos de VM
(máquinas virtuais).
O uso crescente dessas tecnologias leva a melhorias de processo principais, tais
como gerenciamento de mudanças, gerenciamento de incidentes e
implementações. A empresa começa a explorar ao máximo o proveito destas
tecnologias e o número de máquinas virtuais sob gestão cresce dramaticamente e
os processos pré-existentes simplesmente não podem gerenciar o crescimento de
forma eficaz.
Durante este estágio, as empresas começam a levar a sério sobre o ciclo de vida de
gerenciamento de máquinas virtuais. Elas também começam a virtualizar
aplicações que exigem alto desempenho, onde pode não haver redução de custos
de hardware. Mesmo que a máquina virtual ocupe todo um servidor físico, os
benefícios para o gerenciamento contínuo e a recuperação de desastre compensam.
Estágio 4: Automação – com o amadurecimento dos processos as empresas
descobrem que a chave para controlar e gerenciar a expansão das VMs estão
baseadas em políticas de automação que reduz o trabalho manual, dirigindo-se ao
cliente ou usuário o auto-atendimento. Há automação de movimentos para tarefas
de nível mais alto, pois a organização começa a gerenciar o seu ambiente virtual e
prepará-lo para tratar este conjunto necessidades como um serviço de nuvem
interna.
Enfim, FORRESTER RESEARCH (2009) recomenda que as empresas avaliem em qual
estágio de maturidade elas se encontram antes de adotar os próximos passos. A mesma
45
consultoria disponibilizou o modelo Infrastructure Virtualization Maturity voltado para uma
avaliação individual considerando duas categorias importantes para o negócio (implementação e
processos). Este modelo será detalhado no capítulo 3.2 Diagnóstico - Infrastructure
Virtualization Maturity Model.
2.5 Aplicação da solução na prática (case)
Nóbrega (2010) publicou uma reportagem de um caso em que duas empresas estavam em
momentos de fusão e que adotaram na prática a computação em nuvem para ganhar eficiência de
implantação sem interferir na produtividade da empresa. Vale apena ressaltar que a fusão ocorreu
entre duas empresas, entretanto, existia uma terceira empresa que foi adquirida no mesmo ano da
fusão.
Na mesma reportagem, foram citados os desafios do novo departamento de tecnologia da
informação na questão de consolidar 3 infraestruturas, 3 redes de informáticas, 3 domínio, 9
sistemas, com limitações de recursos computacionais e ainda posicionadas em diferentes
localidades.
De acordo com a reportagem, a tomada de decisão de adotar a computação em nuvens
seguiu as perspectivas de redução de custo e agilidade na implantação. Outro fator que contribuiu
no sucesso dessa migração foi o comprometimento da administração nessa solução e parcerias
estratégica com fornecedores de nuvens, destaca o autor.
Principais benefícios obtidos pela empresa ao adotar a computação em nuvem são citados,
conforme descrito abaixo:
Migração sem downtime (tempo de parada) significativo em comparação com
outras transições anteriores;
Garantia de disponibilidade de dados e backup das informações com mais
segurança;
Queda muito significativo na quantidade de spam nos correios eletrônicos;
Redução do número de licenças e de servidores necessários nas operações.
46
Aumento na flexibilidade de acesso ao e-mail e outras informações
importantes;
Redução na complexidade operacional e na gestão da TI.
TECHWORLD (2011) cita que há outro motivo de as empresas adotarem a computação
em nuvem além dos custos prometidos, o tempo menor de recuperação também foi um fator
decisivo para adoção de tecnologia em nuvens. Neste caso, a empresa visualizou os reais
benefícios do backup das informações.
47
3. SOLUÇÃO PROPOSTA
Este capítulo tem o objetivo principal de apresentar as duas principais ferramentas de
diagnóstico. Desenvolvidos e adaptados pelo autor, estas ferramentas têm como objetivo
contribuir com o processo de tomada de decisão, pois, a primeira ferramenta concentra-se em
analisar se a solução computação em nuvem é boa e aderente para a empresa. Quando a segunda,
concentra-se em avaliar se a empresa está pronta para adotar esta tecnologia, ou seja, a solução
em nuvem pode ser vantajosa para a empresa, entretanto, a infraestrutura atual da empresa não
permite a migração imediata para as tecnologias em nuvem.
Vale ressaltar que a primeira ferramenta estabelece o diagnóstico e avaliação da aderência
da computação em nuvem voltada para a empresa estudada em momento de fusão. O
desenvolvimento desta ferramenta abrangeu pontos importantes relacionados da virtualização,
Datacenter e computação em nuvem estudada na revisão de literatura.
A metodologia de desenvolvimento da primeira ferramenta de diagnóstico de aderência
iniciou com a revisão de literatura e prosseguiu com a criação de um protótipo. Nesse protótipo
foram considerados os 5 critérios (Desempenho, Disponibilidade, Escalabilidade, Segurança e
Conformidade e Gerenciamento) para atingir metas empresariais por meio de serviços de TI
citados por Veras (2009) e inclusive o critério de custos citado pelos autores Taurion (2009),
Gartner (2010) e Linthicum (2009).
Esta primeira ferramenta de diagnóstico foi testada e aplicada sucessivamente até chegar a
um modelo final. Os testes iniciaram com especialistas que acompanham tecnologias e por
consultores de estratégias operacionais e de TI. Onde, cada um deles contribuiu com as suas
sugestões de melhorias.
A segunda ferramenta de diagnóstico será o modelo de avaliação Infrastructure
Virtualization Maturity Model (IVMM) da Forrester Research e adaptado pelo autor. A aplicação
da ferramenta em por objetivo diagnosticar em qual estágio a empresa “A” descrita no capítulo 1
se encontra em relação à virtualização da infraestrutura, pois, com este diagnóstico será possível
direcionar algumas ações necessárias para migrar ao próximo estágio ou podendo até adotar
imediatamente a solução em nuvem.
Quando a segunda ferramenta de diagnostico de infraestrutura de TI, traduzimos e
adaptamos ao modelo em formato automático e prático de resposta e inclusive com o resultado do
48
diagnóstico ao final da avaliação. A metodologia de desenvolvimento dessa segunda ferramenta
foi criada pela consultoria Forrester que utilizou suas experiências e entrevistas para chegar ao
modelo final conforme citados na revisão de literatura.
Buscando validar a sua utilidade e aplicabilidade, ambas as ferramentas serão utilizadas
em uma entrevista com o principal gestor da área de TI da empresa “A”. O gestor da TI possui
aproximadamente 1 ano de empresa e possui bons conhecimentos em tecnologia da informação.
Ao responder os questionários do modelo Infrastructure Virtualization Maturity Model o gestor
poderá consultar as equipes internas para sanar dúvidas quando a sua infraestrutura e
posteriormente escolher a resposta mais adequada no seu entendimento.
Os resultados e as discussões serão apresentados no capítulo 4.
3.1 Estratégia e modelo de diagnóstico da solução em nuvem
A estratégia de diagnóstico da solução em nuvem será criada a partir das principais
constatações provenientes da revisão de literatura, incluindo as vantagens e desvantagens
baseadas nos seis critérios citados anteriormente (Desempenho, Disponibilidade, Escalabilidade,
Segurança e Conformidade, Gerenciamento e Custos). Portanto, ilustramos na tabela 2 a
formulação de 25 questões e subdivididos nos seis critérios abordados.
CritériosRevisão Bibliográfica
(identificados na computação em nuvens)Questões
1. Desempenho
Provedores de serviços de nuvens prometem altodesempenho operacional e tempo de resposta(TAURION, 2009)
Se o tempo de resposta e odesempenho operacional atrasarem emalguns milessegundos, o impacto será?
Agilidade na prototipação, desenvolvimento,implantação e mudanças de sistemas (GARTNER,2010; TAURION, 2009; LINTHICUM, 2009)
Se o tempo necessário paraprototipação, desenvolvimento,implantação e mudanças de sistemasdiminuírem em 15%, o impacto será?
A computação em nuvem possui a capacidade degerenciamento e provisionamento de serviços de TI emum único dia. Em comparação aos tradicionais projetosde TI podem exigir semanas ou meses para seremimplementados. (ISACA, 2009; GARTNER, 2010;LINTHICUM, 2009)
Se o tempo necessário para aimplementação de novos projetos de TIfor menor a exemplo em um único dia,o impacto será?
49
Os provedores de computação em nuvens possuem ainfraestrutura para acomodar os requisitos de TI para oacesso de alta velocidade, armazenamento e aplicações.(ISACA, 2009; LINTHICUM, 2009)
Caso os provedores de computação emnuvem disponibilizem melhoresinfraestrutura para acomodar osrequisitos de TI, o impacto será?
2.Disponibilidade
Empresas que adotaram a computação em nuvemretornaram as atividades operacionais no menor tempode indisponibilidade ou em caso de desastre.(TECHWORLD, 2011)
Se aumentarem as possibilidades outempo de recuperação de dados emcaso de desastre, o impacto será?
O modelo atual de licença de uso do software, onde ousuário paga antecipadamente o direito de uso dosoftware e caso o software deixe de funcionar ou fiqueindisponível, o usuário não tem direito deressarcimento. Mas no modelo de serviço em nuvem, ocliente pode exigir níveis de serviço do provedor e senão forem cumpridas o cliente será ressarcido.(TAURION, 2009)
Caso um aplicativo de baixo a médiocriticidade fique indisponível poralguns minutos, o impacto para suaempresa será?
Caso um aplicativo crítico fiqueindisponível por um tempo poucomaior em relação aos níveis deserviços acordados mensais, mesmocom o ressarcimento financeirolimitado pelo contrato, o impacto será?
Os provedores de nuvem, muitas vezes assumem aresponsabilidade de tratamento da informação que éuma parte crítica do negócio. A falha na execução dosacordados níveis de serviço podem afetar adisponibilidade, o que pode causar um alto impacto nonegócios. (ISACA, 2009)
Caso os acordos de nível de serviçovigentes piorar em 5% em comparaçãocom a média mensal, o impacto será?
Caso os acordos de nível de serviçovigentes melhorar em 15% emcomparação com a média mensal, oimpacto será?
3.Escalabilidade(capacidade)
Máquinas virtuais rodam em qualquer parte da nuvem,desta forma há uma clara otimização do ambiente comrespeito ao uso de recursos disponíveis nainfraestrutura. (VERAS, 2009; TAURION, 2009)
Caso haja uma melhora na utilizaçãodos recursos disponíveis nainfraestrutura, o impacto será?
Com capacidade ilimitada, o serviço em nuvem oferecemaior flexibilidade e escalabilidade de acordo com asnecessidades de TI. Os recursos de computacionais sãocriadas sob demanda e que permitem picos de tráfego ea redução de tempo para implementar novos serviços.No modelo atual, muitas vezes para aumentar recursoscomputacionais envolve em um processo de seleção eaquisição de servidores. (TAURION, 2009; ISACA,2009; GARTNER, 2010)
Caso você tenha a possibilidade deaumentar os recursos computacionaisem momentos de pico sem anecessidade de adquirir novosservidores, o impacto será?
4. Segurança &Conformidade
Conformidade com os regulamentos e leis emdiferentes regiões geográficas pode ser visto como umnovo desafio para as empresas. Pois, não hápreocupação com a localização física das informaçõesdas empresas (ISACA, 2009; TAURION, 2009)
Caso a localização física dasinformações da empresa fique emdiferentes regiões geográfica dopróprio país, o impacto será?
50
Se você desconhece a localizaçãogeográfica o qual as informações desua empresa estão armazenadas, oimpacto será?
Manter informações confidenciais em provedoresterceirizados cria riscos de confidencialidade o quepode representar uma ameaça significativa a exemplo aproteção de propriedade intelectual e segredoscomerciais. (ISACA, 2009; TAURION, 2009)
Manter informações confidencias emprovedores terceirizados cria riscos deconfidencialidade. Considere asituação atual do seu Datacenter comoINTERNO ou TERCEIRIZADO, oimpacto será?
Os riscos da segurança da informação associado nacomputação em nuvem não são novos, e podem serencontrados no cotidiano das empresas atuais. Osproblemas de segurança da informação como invasão,roubo de dados, espionagem e outros ocorremfreqüentemente nas empresas. (ISACA, 2009)
Caso você tenha um aumento desegurança da informação ao adotar ainfraestrutura de um provedor já comdispositivo de firewall, mecanismo decontrole de acesso, garantia daintegridade da informação ecertificação, impacto será?
5.Gerenciamento -(gerenciamento
de recursoscomputacionais)
Redução da complexidade operacional dos serviços deTI. (GARTNER, 2010; TAURION, 2010)
Caso a complexidade operacional doserviços de TI seja reduzida, o impactoserá?
Há riscos de algumas aplicações/sistemas legadosencontradas dentro das empresas não poderem ir paraas nuvens. O que poderia aumentar a complexidade degerenciamento. (TAURION, 2009)
Caso não seja mais possível manter esuportar aplicações legadas de longasdatas na sua empresa, o impacto será?
A computação em nuvem facilidade de integração desistemas (GARTNER, 2010)
Caso você tenha uma ganho com asfacilidades de integração de sistemasda empresa, o impacto será?
6. Custos
O modelo de custo dos serviços de TI na computaçãoem nuvem é um modelo em que você paga por aquiloque é consumido. Sendo assim as empresas irão pagaro que é consumido em serviços de TI similar aosmodelos de custo como a eletricidade, o gás, a água eos serviços de telefonia em dados e voz. (ISACA,2009; TAURION, 2009; GARTNER, 2010)
Se o modelo de custo dos serviços deTI da sua empresa migrarem para omodelo baseado no que é consumido,similar aos modelos de custo como aeletricidade, o gás, a água e os serviçosde telefonia em dados e voz, o impactoserá?
A computação em nuvens poderá ajudar as empresascom a redução de custos em termos de desperdício derecursos de TI. (ISACA, 2009; TAURION, 2009)
Caso seja reduzido o desperdício derecursos de TI da empresa, o impactoserá?
A computação em nuvem possui a capacidade degerenciamento e provisionamento de serviços de TI emum único dia. Em comparação aos tradicionais projetosde TI podem exigir semanas ou meses para seremimplementados. Há um impacto fundamental sobre aagilidade de um negócio no corte de custos associadoscom atrasos de tempo. (ISACA, 2009)
Caso a velocidade de implementaçãode serviços de TI seja agilizada nonegócio e com corte de custoassociados com atrasos de tempo, oimpacto será?
Aumento dos custos de gerenciamento e supervisão doprovedor (GARTNER, 2010)
Caso os custos de gerenciamento esupervisão de fornecedores de TItorne-se parte fundamental dodepartamento de TI, o impacto será?
Os custos diretos e indiretos serão reduzidos(TAURION, 2009; GARTNER, 2010;LINTHICUM, 2009)
Caso ocorra uma redução de custosindiretos (Energia, aluguel,depreciação, seguros, manutenção deequipamentos), o impacto será?
51
Caso ocorra uma redução de custosdiretos ( Mão-de-obra, serviçoscontratados e materiais), o impactoserá?
Menor custo para desenvolver, implementar, operar, oualterar os sistemas (considerando a dinâmica carga detrabalho e modelos de precificação). (GARTNER,2010; TAURION, 2009)
Caso aconteça a redução de custos dedesenvolvimento implementação,operação ou alterações de sistemas, oimpacto será?
Tabela 2: Revisão bibliográfica e formulação das questões
(Fonte: criado pelo autor)
As questões elaboradas irão questionar qual será o impacto que a empresa ver na solução
em nuvem. As possibilidades de respostas sobre o impacto de cada aspecto analisado incluem
quatro visões distintas, conforme abaixo.
Visões de impacto:
Positivo – aponta que a solução traz benefícios positivos a empresa.
Negativo – neste caso, a solução traz impacto negativo a empresa.
Indiferente – a questão se aplica, mas é nulo em impacto positivo ou negativo.
N/A – quer dizer que a questão não se aplica para a empresa.
Para os impactos positivos e negativos, atribuímos três graus de intensidade (Baixo,
Médio e Alto) do impacto o que ela pode causar para uma empresa analisada. A vantagem de
atribuir os graus de intensidade é que podemos diferenciar, por exemplo, um impacto positivo
alto de um impacto negativo baixo.
Após esta segunda etapa de trabalho, atribuímos uma pontuação para cada impacto e a sua
intensidade. Para melhor o entendimento dessa pontuação, ilustramos abaixo a tabela 3 utilizada
para pontuar cada questão e as 8 respostas possíveis e com suas pontuações atribuídas.
IMPACTO Pontuação Descrição do Impacto
Positivo ALTO 15 (+++)PositivoPositivo MÉDIO 10 (++)PositivoPositivo BAIXO 5 (+) PositivoN/A 0 Nulo
52
Indiferente 0 NuloNegativo BAIXO -5 (-)NegativoNegativo MÉDIO -10 (- -)NegativoNegativo ALTO -15 (- - -)Negativo
Tabela 3: Pontuação do modelo de diagnóstico da solução em nuvem
Fonte: (Criado pelo autor)
Ao disponibilizar a lista de questões utilizando os pontos identificados e citados, a
exemplo, (Critério, Revisão Bibliográfica, Questão e Pontuação da Pergunta). Também, a
ferramenta disponibiliza um campo opcional em branco para descrever a justificativa da resposta
escolhida.
Figura 8: Visão da primeira ferramenta de diagnóstico de aderência
(Fonte: criado pelo autor)
Outro ponto importante ao formular esta ferramenta é que podemos somar a pontuação
das perguntas ligadas a exemplo individualmente por critério (Desempenho, Disponibilidade,
53
Elasticidade, Segurança e Conformidade, Gerenciamento e Custos) e saber em qual desses
critérios a empresa tem mais benefício ou dificuldade. Para exemplificar melhor, no caso de
serem resultados fortemente positivos no aspecto desempenho, isto sugere que a estratégia de
virtualização da empresa pode ser fortemente beneficiada caso esta adote a tecnologia em nuvens.
Por outro lado, ao longo dessa revisão percebemos que há necessidade de ter alguma
vantagem significativa em cada critério. Por isso, acreditamos e recomendamos que os 5
primeiros critérios (Desempenho, Disponibilidade, Elasticidade, Segurança e Conformidade e
Gerenciamento) devem ter pelo menos 20% de impacto positivo em pontuação e o critério custo
pelo menos 50% de impacto positivo em pontuação, pois o critério de custo apresenta mais
vantagem do que desvantagem. Busca-se com isto evitar sugerir para a empresa a tomada de
decisões em direção a virtualização sem que esta esteja efetivamente madura
Citamos um exemplo, se um critério apresentar uma pontuação de impacto positivo acima
de zero, mas abaixo dos 20% recomendados. Podemos entender que o critério é positivo, mas
representa pouca vantagem para a empresa estudada.
Através dessas questões levantadas. Abaixo detalhamos a tabela 4, referente aos pontos
citados acima, considerando o critério avaliado, a quantidade de perguntas, a pontuação mínima e
a máxima possível do critério, recomendação de percentual positivo mínimo da pergunta e
pontuação recomendada já com o cálculo estabelecido.
CRITÉRIOSQtde de
perguntas
PontuaçãoMÍNIMApossível
PontuaçãoMÁXIMA
possível
Recomendaçãode % positivo
mínimo da pergunta )
Pontuaçãomínima
recomendada1. Desempenho 4 -60 60 20% 122. Disponibilidade 5 -75 75 20% 153. Escalabilidade(capacidade)
2-30 30 20% 6
4. Segurança &Conformidade
4-60 60 20% 12
5. Gerenciamento -(gerenciamento derecursos computacionais)
3-45 45 20% 9
6. Custos 7 -105 105 50% 52,5
Soma dos 6 Critérios 25 -375 375 35% 112,5
((5*20%)/5 + 50% )/2 =35% - soma dos critérios
Tabela 4: Recomendação de pontuação mínima
Fonte: (Criado pelo autor)
54
Quando ao modelo de apresentação desse diagnóstico iremos apresentar uma análise
individual por critério e no final a somatória geral dos 6 critérios e comparar-lo se a solução
atingiu os 35% de pontuação positivo recomendado para os 6 critérios somados.
Ilustramos como exemplo na figura 9, o modelo de apresentação de resultado da
ferramenta de diagnóstico somente o critério (1. Desempenho). Podemos comparar este modelo
de apresentação com uma espécie de “termômetro”. Onde quando mais próximo da pontuação
máxima positivo, mais vantajoso será para a empresa naquele critério.
Figura 9: Modelo de apresentação de resultado da ferramenta de diagnóstico
– critério desempenho
Fonte: (Criado pelo autor)
Com a apresentação dessa ferramenta, esperamos obter ao final dessa análise os
resultados em que indique se a solução em nuvem é aderente ou não aderente para a empresa
estudada. Entender e apontar o qual ou quais critérios a empresa pode-se obter em benefícios ou
dificuldades ao adotar a nova tecnologia.
55
3.2 Diagnóstico - Infrastructure Virtualization Maturity Model
Buscando complementar a análise anterior e fortalecer o diagnóstico da infraestrutura
atual. Realizaremos uma avaliação do estágio de virtualização da empresa descrita no capítulo 1,
adotamos o modelo IVMM que foi disponibilizado pela consultoria Forrester Research, sendo
que é o mesmo modelo de pesquisa padrão adotado por ela em pesquisas de maturidade da
infraestrutura de TI em virtualização para as diversas empresas existentes no mercado americano.
O modelo é muito simples de entender, pois ela está baseada em uma série de questões
elaboradas através de experiências e pesquisas com empresas realizadas pela consultoria. Estas
perguntas estão classificadas em dois pilares (Pilar Implementação e Pilar Processos), isto porque
o modelo de diagnóstico visa entender qual é o seu nível de implementação da virtualização e
qual o nível de integração com os processos de TI.
Para cada questão é atribuída uma pontuação específica, mas não única e geralmente
restringida em duas ou quatro alternativas. Este formato de pontuação varia de questão para
questão, pois a exemplo, as questões que tem um peso maior em relação às outras são atribuídas
pontuações maiores.
Abaixo nas tabelas 5 e 6 ilustramos o modelo IVMM nos pilares implementação e
processos, já com suas respectivas questões e forma de pontuação. E ao final de cada pilar,
somamos o total da pontuação.
Implementação
Questões Forma de pontuação Resposta
Qual é o percentual do seu ambiente de teste ou desenvolvimento évirtual?
1 = 00-25%2 = 26-50%3 = 51-75%4 = 76-100%
Qual é o percentual do seu ambiente de produção é virtual?
1 = 00-25%2 = 26-50%3 = 51-75%4 = 76-100%
Qual é o percentual de servidores crítico é virtual?
1 = 00-25%2 = 26-50%3 = 51-75%4 = 76-100%
Você possui um patrocinador (Dono) focado na implementação davirtualização?
0 = Não3 = Sim
Você disponibiliza todas as máquinas virtuais a partir da rede dearmazenamento (Storage)?
0 = Não2 = Sim
56
Qual é o seu percentual alvo de utilização do servidor dearmazenamento virtual?
1 = <10%2 = 10-30%3 = 31-60%4 = >60%
Quantas máquinas virtuais você implanta em um host(hospedagem) físico?
1 = <102 = 10-203 = 21-304 = >30
TOTAL
Tabela 5: Pilar implementação
(Fonte: FORRESTER RESEACH (2009) adaptado pelo autor)
Processos
QuestõesForma depontuação Resposta
Você utiliza live migration (permite que a máquina virtualseja rodado em diferentes máquinas físicas sem adesconexão com o cliente ou aplicação)
0 = Não1 = Sim
Você utiliza a alocação automática, por exemplo, alocaçãode recursos computacionais
0 = Não2 = Sim
Você utiliza templates de máquinas virtuais para propagaralterações na produção
0 = Não1 = Sim
Servidores virtuais têm reduzido o número de pessoas ouferramentas necessárias para implantar novos sistemas?
0 = Não2 = Sim
Você usou servidores virtuais para simplificar o dia-a-diacomo mudanças de patch (correções) ou de sistema?
0 = Não2 = Sim
Você virtualizaria os aplicativos, mesmo se eles exigem umservidor virtual dedicado?
0 = Não1 = Sim
Você ficou responsável financeiramente pelos benefícios davirtualização em sua empresa?
0 = Não1 = Sim
Você gerencia a melhoria de ANS-Acordo de Nível deServiço no seu ambiente virtual (ex. melhoria dedisponibilidade)?
0 = Não2 = Sim
Você gerencia ou aloca os custos com base no consumo derecursos virtual?
0 = Não2 = Sim
Você está usando alguma ferramenta de virtualizaçãootimizado para gerenciamento de backups em máquinasvirtuais?
0 = Não1 = Sim
Você está usando alguma ferramenta de virtualizaçãootimizado para o monitoramento de máquinas virtuais?
0 = Não1 = Sim
Você está usando alguma ferramenta de virtualizaçãootimizado para a migração de máquinas virtuais?
0 = Não1 = Sim
Você está usando alguma ferramenta de virtualizaçãootimizado para o planejamento de capacidade?
0 = Não1 = Sim
Você está usando alguma ferramenta de virtualizaçãootimizado para o gerenciamento da alta disponibilidade?
0 = Não1 = Sim
57
Será que toda a máquina virtual que você implanta começacom um modelo aprovado de uma biblioteca formal, que émantido e atualizado centralmente?
0 = Não1 = Sim
Você já implementou um portal de auto-atendimento para oprovisionamento VMs Máquina virtuais?
0 = Não1 = Sim
Os seus testes e desenvolvimento possuem prazo devalidade?
0 = Não1 = Sim
Você já implementou alguma política de virtualização, porexemplo, a "virtual first"? (virtual first - organização mudasua mentalidade de implantação padrão de servidor paraservidor virtual)
0 = Não2 = Sim
Você possui um arquiteto de infra-estrutura virtual?0 = Não1 = Sim
TOTAL
Tabela 6: Pilar processos
(Fonte: FORRESTER RESEACH (2009) adaptado pelo autor)
Ao responder todo o questionário, teremos o total de pontuação para cada pilar. E em
seguida, é feito um cálculo para descobrir em que estágio a empresa se encontra. O cálculo é
realizado através da somatória do total de pontuação do pilar implementação mais o total de
pontuação do pilar processo. Após, esta pontuação é multiplicado por 2 dando à origem da
pontuação final do nível de maturidade da empresa pesquisada. Disponibilizamos abaixo a
formula de cálculo para simplificar o entendimento.
Fórmula de cálculo: (Total Implementação + Total Processos) X 2 = Pontuação final do
nível de maturidade
Com esta pontuação final, podemos identificar em que nível de maturidade a empresa se
encontra. Na tabela 7, ilustramos as pontuações possíveis e seus respectivos estágios de
maturidade associado à pontuação.
Estágio 1 -ACLIMATAÇÃO
Estágio 2 -CONSOLIDAÇÃO
Estágio 3 -MELHORIA DE
PROCESSOS
Estágio 4 -AUTOMAÇÃO
1 a 25 pontos 26 a 50 pontos 51 a 75 pontos 76 a 100 pontos
Tabela 7: Avaliação final do estágio de maturidade da infraestrutura
(Fonte: FORRESTER RESEACH (2009) adaptado pelo autor)
58
Os pontos de atenção e recomendações ao utilizar a ferramenta IVMM são:
1. A entrevista do IVMM deverá ser respondida por uma pessoa com um perfil mais técnico.
2. A ferramenta foi adaptada de forma automática, possibilitando respostas que incluem a
validação de dados e em formato de janela de opções definidas por cada questão.
3. Em caso de dúvidas, o entrevistado poderá solicitar auxilio das equipes de TI que tenham
conhecimentos da situação atual da empresa, ou que tenham mais tempo de casa. Após,
ele deverá escolher a resposta mais adequada.
4. Tomar certos cuidados em questões não respondidas, pois a ferramenta poderá interpretar
a questão com uma pontuação nula. Podendo causar uma distorção no resultado final da
avaliação
5. Ao responder completamente o questionário, o resultado final da avaliação de estágio de
infraestrutura é exibido, pois a ferramenta efetua o cálculo final e associa
automaticamente ao estágio que ela se encontra consultando a tabela de pontuações.
59
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Neste capítulo iremos discutir os resultados obtidos e avaliar se as duas ferramentas de
diagnósticos funcionaram e se serviram como ferramentas eficazes para este trabalho.
Sobre a entrevista, no primeiro contato com o gestor da TI da empresa estudada a
possibilidade de fazer a entrevista pessoalmente com o gestor foi descartada devido as suas
atividades no negócio.
Para viabilizar a entrevista e os diagnósticos, foi elaborado um email de forma sintetizada
e objetiva com as explicações do trabalho e as recomendações de uso das ferramentas.
Posteriormente, no corpo do email foram anexadas as duas ferramentas de diagnóstico e
encaminhado ao gestor da TI. Também, foi definida a utilização do telefone para tirar dúvidas em
relação à aplicação da ferramenta quando ocorrer este evento. Neste caso, o uso do telefone não
foi necessário. A entrevista ocorreu na semana de 25 de Agosto a 31 de Agosto de 2011, onde o
último dia dessa mesma semana recebemos de volta as duas ferramentas já devidamente
respondidas.
4.1 Resultado do diagnóstico da solução em nuvem
Os resultados do primeiro diagnóstico de aderência da solução em nuvem através dos 6
critérios deverão estar baseados na pontuação positiva, nula e negativa. O significado dessas
pontuações é descrita abaixo:
Positiva: A área de T.I possui a percepção de que as VANTAGENS têm um peso maior
sobre as DESVANTAGENS.
Nula: A área de T.I não nota diferença entre VANTAGENS e DESVANTAGENS.
Negativa: A área de T.I avaliou que os RISCOS e as DESVANTAGENS pesam mais que
as VANTAGENS.
Após a entrevista conforme descrito anteriormente, as próximas figuras descrevem os
resultados dessa análise que foram baseadas nas 25 questões elaboradas. Com isso, a organização
e a apresentação dos resultados serão por critérios e por último será apresentado uma figura com
60
a consolidação dos 6 critérios. Enquanto isso, as setas localizadas nas figuras apontam o
percentual de pontuação positivo recomendado. Segue abaixo os resultados obtidos:
Figura 10: Resultado do critério desempenho.
(Fonte: Criado pelo autor)
Critério 1 - (Desempenho) apresentou um resultado final de 35 pontos positivos e acima
dos 20% de resultados positivos que é de 12 pontos, conforme a recomendação. Portanto, o
critério desempenho da computação em nuvem é vantajoso para empresa.
Isto significa que a empresa poderá obter agilidade na prototipação, desenvolvimento,
implantação e mudanças de sistemas (GARTNER, 2010; TAURION, 2009; LINTHICUM,
2009). A capacidade de gerenciamento e provisionamento de serviços de TI em um único dia
(ISACA, 2009; GARTNER, 2010; LINTHICUM, 2009). Obtenção de infraestrutura para
acomodar os requisitos de TI para o acesso de alta velocidade, armazenamento e aplicações
(ISACA, 2009; LINTHICUM, 2009).
Figura 11: Resultado do critério disponibilidade.
(Fonte: Criado pelo autor)
Critério 2 - (Disponibilidade) apresentou um resultado final nulo. Portanto, o critério
disponibilidade não representa uma condição favorável ou desfavorável para empresa. As
maiorias das questões respondidas apontam impactos negativos significativos na empresa.
61
Entretanto, pode-se perceber que a empresa classificou positivo alto a possibilidade de
que a computação em nuvem retornem as atividades operacionais no menor tempo de
indisponibilidade ou em caso de desastre (TECHWORLD, 2011).
Figura 12: Resultado do critério escalabilidade.
(Fonte: Criado pelo autor)
Critério 3 - (Escalabilidade) apresentou um resultado final positivo e com a pontuação
positiva no máximo. Portanto, o critério escalabilidade da computação em nuvem é muito
vantajoso para empresa.
Isto significa que a empresa ver benefícios quando a otimização do ambiente com respeito
ao uso de recursos disponíveis na infraestrutura (VERAS, 2009; TAURION, 2009).
Há também a percepção de obter benefícios em maior flexibilidade e escalabilidade de
acordo com as necessidades de TI. Permitindo picos de tráfego e a redução de tempo para
implementar novos serviços sem passar em um processo de seleção e aquisição de servidores
(TAURION, 2009; ISACA 2009; GARTNER, 2010).
Figura 13: Resultado do critério segurança e conformidade.
(Fonte: Criado pelo autor)
62
Critério 4 - (Segurança & conformidade) apresentou um resultado final positivo com 5
pontos, entretanto abaixo dos 20% de resultados positivos que é de 12 pontos, conforme a
recomendação. O resultado positivo atribuído nesse critério foi devido a questões que foram
respondidas sendo indiferente para a empresa, ou seja, a questão é aplicável para empresa, mas
ela avaliou que não é uma vantagem ou uma desvantagem.
Isto significa que a empresa não vê grandes riscos com a localização física das
informações que estão associados nos temas de conformidade e regulamentos (ISACA, 2009;
TAURION, 2009).
O único benefício esperado pela empresa nesse critério é a possibilidade de aumento de
segurança da informação ao adotar a estrutura e ambiente de segurança do provedor em
comparação com o modelo atual (ISACA, 2009).
Figura 14: Resultado do critério Gerenciamento.
(Fonte: Criado pelo autor)
Critério 5 - (Gerenciamento) apresentou um resultado final positivo de 25 pontos e acima
dos 20% de resultados positivos recomendados que é de 9 pontos. Portanto, o formato de
gerenciamento da computação em nuvem é bastante vantajoso para empresa.
Os benefícios esperados pela empresa são: a redução da complexidade operacional dos
serviços de TI (GARTNER, 2010; TAURION, 2010). E a facilidade de integração de sistemas
(GARTNER, 2010).
63
Figura 15: Resultado do critério custos.
(Fonte: Criado pelo autor)
Critério 6 - (Custos) apresentou um resultado final bastante positivo com 95 pontos,
próximo da pontuação máxima de 105 pontos e acima dos 52,5 pontos de recomendação.
Portanto, a empresa avaliou que o modelo de computação em nuvem está alinhado com as suas
estratégias em redução de custo. Muitos pontos abordados pelas questões para este critério são
altamente significativos para a ela.
Para ter uma idéia dos pontos abordados pelas as questões, a empresa vê uma clara
vantagem no modelo de custo da computação em nuvem baseado em consumo (ISACA, 2009;
TAURION, 2009; GARTNER, 2010). Redução de desperdícios de recursos de TI (ISACA, 2009;
TAURION, 2009).
A avaliação dos benefícios que a empresa espera obter inclui a redução de custos diretos e
indiretos (TAURION, 2009; GARTNER, 2010; LINTHICUM, 2009).
Vale destacar em um dos benefícios que ela espera obter é o maior gerenciamento e
supervisão dos provedores e fornecedores de serviços de TI, mesmo com o aumento de custos
para gerir-los (GARTNER, 2010).
Figura 16: Resultado da soma dos 6 critérios.
(Fonte: Criado pelo autor)
64
Avaliação final dos 6 critérios – (Soma dos 6 critérios) apontou que a solução computação
em nuvem é aderente para a empresa com 190 pontos, já que ela ficou acima dos 35% de
recomendação que é de 112,5 pontos.
Em resumo o significado desse primeiro diagnóstico ou avaliação final de aderência
conclui que as o ritmo das mudanças no cenário globalizado exige da empresa uma maior
flexibilidade para inovar e, portanto, o modelo de computação em nuvem cria uma infraestrutura
de TI cada vez mais adaptável para os novos processos da organização, segundo a avaliação.
Veras (2011, pág. 22).
Desta maneira, podemos sugerir algumas recomendações para esta empresa:
1 – Continuar com a melhoria dos processos e serviços de TI, sempre focando nos 6
critérios de forma conjunta e não individualmente.
2 – A adoção de novas tecnologias exige conhecimentos especializados, portanto, não se
deve tomar decisão com pouco conhecimento ou porque as outras empresas fazem e todas devem
seguir juntas.
3 – Entender a estratégia da empresa e avaliar o todo ambiente interno e externo que ela
se encontra, antes de prosseguir com a estratégia da TI.
4 – Estar sempre preparado para as mudanças do mercado e principalmente quando o
assunto é tecnologias.
Para maiores detalhes das respostas do primeiro diagnóstico de aderência da solução em
nuvem, consulte o ANEXO A – Tabela de Questões Respondidas (Diagnóstico dos 6 critérios).
65
4.2 Resultado avaliação da infraestrutura
Por outro lado, buscando evitar problemas ou dificuldades de implementação das
tecnologias em nuvem, é relevante aplicar o modelo IVMM tendo como objetivo complementar a
análise da empresa na questão se ela está preparada para esta tecnologia.
Com a aplicação do modelo IVMM, a análise da maturidade da infraestrutura da empresa
“A” pode ser definida como um dos 4 tipos de estágios (Aclimatação, Consolidação, Melhoria de
processos e Automação).
Após a realização da entrevista com o principal gestor de TI e com apoio da equipe de TI,
o pilar implementação obteve a pontuação 21 pontos e o pilar processos obteve 16 pontos.
Com esses dados efetuamos o cálculo abaixo para chegar à pontuação final e utilizando a
(tabela 7: Avaliação final do estágio de maturidade da infraestrutura) anterior, podemos definir o
estágio da empresa.
(21 pontos + 16 pontos) vezes 2 = 74 pontos
Implementação: 21
Processos: 16
Pontuação do nível dematuridade
74Estágio 3 - Melhoria
de processos
Tabela 8: Resultado da avaliação final do estágio de maturidade da infraestrutura
(Fonte: criado pelo autor)
A pontuação final da empresa é 74 pontos, isto quer dizer que ela está no estágio de
melhoria de processos. A empresa entende que os benefícios da virtualização permitem a
melhoria de processos de negócio. Citamos a exemplos de melhoria de processos o
gerenciamento de mudanças, o gerenciamento de incidentes e implementações, o gerenciamento
de capacidade, o gerenciamento de disponibilidade, etc.
Com o auxilio da revisão de literatura percebemos que a empresa começa a virtualizar
aplicações que exigem alto desempenho, onde pode não haver redução de custos de hardware.
Mesmo que necessite de uma máquina virtual dedicada, os benefícios para o gerenciamento
66
contínuo e a recuperação de desastre compensam no ponto de vista dessa avaliação.
(FORRESTER RESEACH, 2009)
No estágio 3, a empresa também tem a percepção clara e separa a carga ou peso de
trabalho de diferentes unidades de negócio, por exemplo, os seus próprios sistemas físicos e
virtuais. Já no estágio 4 que é o próximo passo alvo da empresa “A”. A TI começam a
compartilhar sistemas físicos e de alocação de custos para as áreas de negócio sendo uma forma
de prestar contas de recursos computacionais utilizados, ou seja, já é um modelo baseado em
consumo.
A gestão da TI já tira proveito dos benefícios das ferramentas de automação para
gerenciamento de máquinas virtuais. Em resumo para obter um bom aproveitamento da
computação em nuvem, a empresa deverá avançar para o próximo estágio 4, que é automação. Já
que as ferramentas de automações são cruciais para gerenciar as máquinas virtuais existentes,
senão, conforme dito pelo Taurion (2011) a empresa poderá gerar novas complexidades
gerenciais e conseqüentemente aumento de custos.
A empresa necessitará também de fornecedores de nuvens para alcançar os seus objetivos
de controlar o seu ambiente virtualizado. Não recomendamos prosseguir para o próximo estágio
sem ter alguns parceiros estratégicos conforme citado pelo estudo de caso. Ela já pode adotar os
benefícios de softwares como um serviço a exemplo, Microsoft Live Office e Google
Applications. E, servidores em nuvem dedicada para correio eletrônico. Com essas
recomendações espera-se a redução do número de licenças e de servidores necessários nas
operações.
Com a implantação dessa proposta na empresa estudada, ela conseguirá atingir os
objetivos defendidos pela estratégia de fusão.
Para maiores detalhes das respostas do segundo diagnóstico, consulte o ANEXO B –
Tabela de Questões Respondidas (Diagnóstico do modelo IVMM).
A avaliação final desse trabalho e das duas ferramentas pode ser dito como válida e
proveitosa. Após os dois diagnósticos, podemos perceber que há uma boa relação entre elas. As
ferramentas de maneira em geral funcionaram e atenderam as necessidades desse trabalho
definido no início. Pois, as ferramentas de diagnóstico atingiram os objetivos de validar a solução
e identificar se a empresa está madura ou preparada para a solução em nuvem.
67
5. CONCLUSÕES
Através deste trabalho conseguimos alcançar os objetivos de trazer um entendimento mais
claro sobre o cenário da TI nas empresas, Datacenter, virtualização e principalmente a
computação em nuvem que foi proposto como uma solução voltada à empresa em fusão.
Este estudo demonstrou que a empresa em análise poderá ter ganhos ao longo do tempo
como a redução de custo e redução da complexidade gerencial na TI.
Após os dois diagnósticos de aderência da solução em nuvem e a análise de maturidade da
infraestrutura virtualizada. Podemos concluir que a solução em nuvem é uma solução altamente
benéfica e eficiente para a organização em termos de custos e agilidade de implementação. Já que
ele se enquadrou no estágio de melhoria de processos e podendo adotar a computação em nuvem.
Num outro ponto conclusivo. Para que a solução proposta funcione é preciso ter o
comprometimento e o entendimento de todos do departamento TI. E, em relação à alta
administração ela também deverá exercer um papel importante para o sucesso desta nova
implementação de tecnologias. Isto porque, é a alta administração que irá direcionar as estratégias
da organização e a TI deverá desdobrar estas estratégias em estratégias de TI.
Tanto para a empresa em que apresentamos a proposta ou quando para as diversas
empresas do mercado. Acreditamos que este trabalho servirá como uma referência inicial para
justificar os investimentos em virtualização ou os investimentos em computação em nuvem. Para
cada empresa diferente em termos de tamanho, publico alvo e tipo de indústria, ela poderá efetuar
uma análise mais detalhada da solução e adaptá-lo em condições de seu próprio ambiente. O
modelo de computação em nuvem demonstrará uma nova forma de valorização da TI e gerar
novos valores ao negócio.
As ferramentas poderão ser aplicadas novamente quando, por exemplo, uma empresa
estiver mais confiante de seus novos avanços em infraestrutura ou nível de maturidade na
utilização da virtualização. Não podemos esquecer que o ambiente empresarial poderá mudar e
conseqüentemente o nível de aderência da solução sofreria alterações. Por isso, seria uma nova
indicação de análise da solução para o momento.
Para sugestões de próximos trabalhos, recomendamos o estudo de casos de sucessos e
casos de não sucesso com a implementação dessa nova tecnologia em nuvem. Saber onde as
68
empresas acertaram ou onde elas erraram ao migrar para as nuvens e assim descobrir os pontos
mais críticos e comuns para serem evitados ou mitigados.
69
6. REFERÊNCIAS
COMPUTERWORLD. Gartner recomenda 9 pontos de atenção em contratos de cloud. 2011. Disponível em:
<http://computerworld.uol.com.br/negocios/2011/05/25/gartner-recomenda-9-pontos-de-atencao-em-contratos-de-
cloud/#ir>
Acessado em: 09/08/2011
COYLE, David. Computação na nuvem segue na prioridade dos CIOs no Brasil. 2011. Disponível em:
<http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?=&infoid=25794&sid=97#ir>
Acessado em: 15/08/2011
FORRESTER, RESEARCH. Assess Your Infrastructure Virtualization Maturity. 2009. Disponível em:
<http://www.fstech.co.uk/fst/whitepapers/Assess%20yourself%20-%20Virtualisation.pdf>
Acessado em: 01/07/2011
GARTNER. Cloud Computing: The Next Generation of Outsourcing. 2010. Disponível em:
<http://www.vmwaregrid.com/cloudreadiness/cds/assets/Gartner_Cloud_Computing_The_Next_Gen_of_Outsourcin
g.pdf>
Acessado em: 16/06/2011
GARTNER. Gartner Executive Programs Worldwide Survey of More Than 2,000 CIOs Identifies Cloud
Computing as Top Technology Priority for CIOs in 2011. 2011. Disponível em:
<http://www.gartner.com/it/page.jsp?id=1526414>
Acessado em: 01/07/2011
INFORWORLD, EUA. Cloud computing: onze categorias de Cloud Computing. 2010. Disponível em:
<http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/2010/03/03/11-categorias-de-cloud-computing/>
Acessado em: 09/08/2011
ISACA. Cloud Computing: Business Benefits with Security, Governance and Assurance, 2009. Disponível em:
<http://www.isaca.org>
Acessado em: 09/08/2011.
IT WEB, CIO precisa balancear riscos e benefícios antes de adotar computação em nuvem. 2009. Disponível
em: <http://itweb.com.br/35145/cio-precisa-balancear-riscos-e-beneficios-antes-de-adotar-computacao-em-nuvem/>
Acessado em: 02/07/2011
70
ITGI, An Executive View of IT Governance, 2009. Disponível em:
<http://www.isaca.org/Knowledge-Center/Research/Documents/An-Executive-View-of-IT-Gov-Research.pdf>
Acessado em: 08/06/2011
LINTHICUM, David S. Cloud Computing And SOA Convergence In Your Enterprise: A Step-by-step Guide.
1ª Ed. Estados Unidos: Addison Wesley, 2009.
MATIAS, Alberto Borges; BARRETO , Antonio Carlos Pizarro de Mattos; GORGATI , Vlamir, FUSÕES E
AQUISIÇÕES NO BRASIL ATUAL: POSSIBILIDADES DE OCORRÊNCIA DE UMA ONDA, 1996.
Disponível em: <http://www.cepefin.org.br/publicados_pdf/fusoes_aquisicoes_brasil_atual.pdf>
Acessado em: 09/06/2011
NÓBREGA, João. Cloud Computing Forum: Artsecrets acelera fusão na Generis. 2010. Disponível em:
<http://www.computerworld.com.pt/2010/11/30/artsecrets-acelera-fusao-na-generis/>
Acessado em: 09/07/2011
TAURION, Cezar. Cloud Computing: Computação em Nuvem: Transformando o Mundo da Tecnologia da
Informação. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2009
TAURION, Da Virtualização à Computação em Nuvem: um road map, 2011. Disponível em:
<http://imasters.com.br/artigo/20262/cloud/da-virtualizacao-a-computacao-em-nuvem-um-road-map>
Acessado em: 04/07/2011
TECHWORLD.COM. Empresas que usam nuvem retornam mais rápido após falhas graves. 2011. Disponível
em: <http://idgnow.uol.com.br/computacao_corporativa/2011/01/10/empresas-que-usam-nuvem-retornam-mais-rapi
do-apos -falhas-graves/>
Acessado em: 14/08/2011
UNISYS. Pesquisa: cloud computing é maior prioridade de TI em 2011. 2011. Disponível em:
<http://computerworld.uol.com.br/gestao/2011/01/26/pesquisa-cloud-computing-e-maior-prioridade-de-ti-em-2011/>
Acessado em: 09/07/2011
VERAS, Manoel. Datacenter - Componente Central da Infraestrutura de TI. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Brasport,
2009.
VERAS, Manoel. Virtualização: componente central do Datacenter. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Brasport. 2011.
71
7. ANEXOS
ANEXO A – Tabela de Questões Respondidas (Diagnóstico dos 6 critérios)
CritériosRevisão Bibliográfica
(identificados na computação emnuvens)
Pergunta
Resposta(no pontode vista
para a suaempresa)
Justificativa
(opcional)
Pontuação dapergun
ta
Pontuação
(PorCritério)
1. Desempenho
Provedores de serviços de nuvensprometem alto desempenhooperacional e tempo de resposta(TAURION, 2009)
Se o tempo de resposta eo desempenhooperacional atrasaremem algunsmilessegundos, oimpacto será?
NegativoBAIXO
-5
35
Agilidade na prototipação,desenvolvimento, implantação emudanças de sistemas(GARTNER,2010;TAURION, 2009; LINTHICUM,2009)
Se o tempo necessáriopara prototipação,desenvolvimento,implantação e mudançasde sistemas diminuir em15%, o impacto será?
PositivoMÉDIO
10
A computação em nuvem possui acapacidade de gerenciamento eprovisionamento de serviços de TIem um único dia. Em comparaçãoaos tradicionais projetos de TI podemexigir semanas ou meses para seremimplementados. (ISACA, 2009;GARTNER, 2010; LINTHICUM, 2009)
Se o tempo necessáriopara a implementação denovos projetos de TI formenor a exemplo em umúnico dia, o impactoserá?
PositivoALTO
15
Os provedores de computação emnuvens possuem a infraestrutura paraacomodar os requisitos de TI para oacesso de alta velocidade,armazenamento e aplicações. (ISACA , 2009; LINTHICUM, 2009)
Caso os provedores decomputação em nuvemdisponibilizem melhoresinfraestrutura paraacomodar os requisitosde TI, o impacto será?
PositivoALTO
15
2.Disponibilidade
Empresas que adotaram acomputação em nuvem retornaramas atividades operacionais no menortempo de indisponibilidade ou emcaso de desastre. (TECHWORLD,2011)
Se aumentarem aspossibilidades ou tempode recuperação de dadosem caso de desastre, oimpacto será?
PositivoALTO
15
0
O modelo atual de licença de uso dosoftware, onde o usuário pagaantecipadamente o direito de uso dosoftware e caso o software deixe defuncionar ou fique indisponível, ousuário não tem direito deressarcimento. Mas no modelo deserviço em nuvem, o cliente podeexigir níveis de serviço do provedor ese não forem cumpridas o clienteserá ressarcido. (TAURION, 2009)
Caso um aplicativo debaixo a médio criticidadefique indisponível poralguns minutos, oimpacto para suaempresa será?
NegativoBAIXO
-5
Caso um aplicativo críticofique indisponível por umtempo pouco maior emrelação aos níveis deserviços acordadosmensais, mesmo com oressarcimento financeirolimitado pelo contrato, oimpacto será?
NegativoALTO
-15
72
Os provedores de nuvem, muitasvezes assumem a responsabilidadede tratamento da informação que éuma parte crítica do negócio. A falhana execução dos acordados níveis deserviço podem afetar adisponibilidade, o que pode causarum alto impacto nos negócios.(ISACA, 2009)
Caso os acordos de nívelde serviço vigentespiorarem em 5% emcomparação com a médiamensal, o impacto será?
NegativoMÉDIO
-10
Caso os acordos de nívelde serviço vigentesmelhorarem em 15% emcomparação com a médiamensal, o impacto será?
PositivoALTO
15
3. Escalabilidade(capacidade)
Máquinas virtuais rodam em qualquerparte da nuvem, desta forma há umaclara otimização do ambiente comrespeito ao uso de recursosdisponíveis na infraestrutura.(VERAS, 2009; TAURION, 2009)
Caso haja uma melhorana utilização dosrecursos disponíveis nainfraestrutura, o impactoserá?
PositivoALTO
15
30
Com capacidade ilimitada, osserviços em nuvem oferece maiorflexibilidade e escalabilidade deacordo com as necessidades de TI.Os recursos de computacionais sãocriadas sob demanda e que permitempicos de tráfego e a redução detempo para implementar novosserviços. No modelo atual, muitasvezes para aumentar recursoscomputacionais envolve em umprocesso de seleção e aquisição deservidores.(TAURION, 2009; ISACA2009; GARTNER, 2010)
Caso você tenha apossibilidade deaumentar os recursoscomputacionais emmomentos de pico sem anecessidade de adquirirnovos servidores, oimpacto será?
PositivoALTO
15
4. Segurança &Conformidade
Conformidade com os regulamentose leis em diferentes regiõesgeográficas pode ser visto como umnovo desafio para as empresas. Pois,não há preocupação com alocalização física das informaçõesdas empresas. (ISACA, 2009;TAURION, 2009)
Caso a localização físicadas informações daempresa fique emdiferentes regiõesgeográfica do própriopaís, o impacto será?
Indiferente 0
5
Se você desconhece alocalização geográfica oqual as informações desua empresa estãoarmazenadas, o impactoserá?
Indiferente 0
Manter informações confidenciais emprovedores terceirizados cria riscosde confidencialidade o que poderepresentar uma ameaça significativaa exemplo a proteção de propriedadeintelectual e segredos comerciais.(ISACA, 2009; TAURION, 2009)
Manter informaçõesconfidencias emprovedores terceirizadoscria riscos deconfidencialidade.Considere a situaçãoatual do seu Datacentercomo INTERNO ouTERCEIRIZADO, oimpacto será?
NegativoMÉDIO
-10
Os riscos da segurança dainformação associado na computaçãoem nuvem não são novos, e podemser encontrados no cotidiano dasempresas atuais. Os problemas desegurança da informação comoinvasão, roubo de dados,espionagem e outros ocorremfreqüentemente nas empresas.(ISACA, 2009)
Caso você tenha umaumento de segurançada informação ao adotara infraestrutura de umprovedor já comdispositivo de firewall,mecanismo de controlede acesso, garantia daintegridade dainformação e certificação,impacto será?
PositivoALTO
15
5.Gerenciamento -(gerenciamento
de recursos
Redução da complexidadeoperacional dos serviços de TI(GARTNER, 2010; TAURION, 2010)
Caso a complexidadeoperacional do serviçosde TI seja reduzida, oimpacto será?
PositivoALTO
15 25
73
computacionais) Há riscos de algumasaplicações/sistemas legadosencontradas dentro das empresasnão poderem ir para as nuvens. Oque poderia aumentar acomplexidade de gerenciamento.(TAURION, 2009)
Caso não seja maispossível manter esuportar aplicaçõeslegadas de longas datasna sua empresa, oimpacto será?
NegativoBAIXO
-5
A computação em nuvem facilidadede integração de sistemas (GARTNER, 2010)
Caso você tenha umaganho com as facilidadesde integração desistemas da empresa, oimpacto será?
PositivoALTO
15
6. Custos
O modelo de custo dos serviços de TIna computação em nuvem é ummodelo em que você paga por aquiloque é consumido. Sendo assim asempresas irão pagar o que éconsumido em serviços de TI similaraos modelos de custo como aeletricidade, o gás, a água e osserviços de telefonia em dados e voz.(ISACA, 2009; TAURION, 2009;GARTNER, 2010)
Se o modelo de custodos serviços de TI da suaempresa migrarem para omodelo baseado no queé consumido, similar aosmodelos de custo como aeletricidade, o gás, aágua e os serviços detelefonia em dados e voz,o impacto será?
PositivoMÉDIO
10
95
A computação em nuvens poderáajudar as empresas com a reduçãode custos em termos de desperdíciode recursos de TI. (ISACA, 2009;TAURION, 2009)
Caso seja reduzido odesperdício de recursosde TI da empresa, oimpacto será?
PositivoALTO
15
A computação em nuvem possui acapacidade de gerenciamento eprovisionamento de serviços de TIem um único dia. Em comparaçãoaos tradicionais projetos de TI podemexigir semanas ou meses para seremimplementados. Há um impactofundamental sobre a agilidade de umnegócio no corte de custosassociados com atrasos de tempo.(ISACA, 2009)
Caso a velocidade deimplementação deserviços de TI sejaagilizada no negócio ecom corte de custoassociados com atrasosde tempo, o impactoserá?
PositivoALTO
15
Aumento dos custos degerenciamento e supervisão doprovedor (GARTNER, 2010)
Caso os custos degerenciamento esupervisão defornecedores de TI torne-se parte fundamental dodepartamento de TI, oimpacto será?
PositivoMÉDIO
10
Os custos diretos e indiretos serãoreduzidos (TAURION, 2009)(GARTNER, 2010; LINTHICUM,2009)
Caso ocorra umaredução de custosindiretos (Energia,aluguel, depreciação,seguros, manutenção deequipamentos), o impactoserá?
PositivoALTO
15
Caso ocorra umaredução de custos diretos( Mão-de-obra, serviçoscontratados e materiais),o impacto será?
PositivoALTO
15
Menor custo para desenvolver,implementar, operar, ou alterar ossistemas (considerando a dinâmicacarga de trabalho e modelos deprecificação) (GARTNER, 2010;TAURION, 2009)
Caso aconteça a reduçãode custos dedesenvolvimentoimplementação, operaçãoou alterações desistemas, o impactoserá?
PositivoALTO
15
Pontuação Final
190
74
ANEXO B – Tabela de Questões Respondidas (Diagnóstico do modelo IVMM)
Implementação
Questões Forma de pontuação Resposta
Qual é o percentual do seu ambiente de teste ou desenvolvimento évirtual?
1 = 00-25%2 = 26-50%3 = 51-75%4 = 76-100%
4
Qual é o percentual do seu ambiente de produção é virtual?
1 = 00-25%2 = 26-50%3 = 51-75%4 = 76-100%
3
Qual é o percentual de servidores crítico é virtual?
1 = 00-25%2 = 26-50%3 = 51-75%4 = 76-100%
3
Você possui um patrocinador (Dono) focado na implementação davirtualização?
0 = Não3 = Sim
3
Você disponibiliza todas as máquinas virtuais a partir da rede dearmazenamento (Storage)?
0 = Não2 = Sim
2
Qual é o seu percentual alvo de utilização do servidor dearmazenamento virtual?
1 = <10%2 = 10-30%3 = 31-60%4 = >60%
4
Quantas máquinas virtuais você implanta em um host(hospedagem) físico?
1 = <102 = 10-203 = 21-304 = >30
2
TOTAL 21
Processos
Questões Forma de pontuação Resposta
Você utiliza live migration (permite que a máquina virtual sejarodado em diferentes máquinas físicas sem a desconexão com ocliente ou aplicação)
0 = Não1 = Sim
1
Você utiliza a alocação automática, por exemplo alocação derecursos computacionais
0 = Não2 = Sim
2
Você utiliza templates de máquinas virtuais para propagaralterações na produção
0 = Não1 = Sim
1
Servidores virtuais têm reduzido o número de pessoas ouferramentas necessárias para implantar novos sistemas?
0 = Não2 = Sim
2
Você usou servidores virtuais para simplificar o dia-a-dia comomudanças de patch (correções) ou de sistema?
0 = Não2 = Sim
2
Você virtualizaria os aplicativos, mesmo se eles exigem um servidorvirtual dedicado?
0 = Não1 = Sim
0
Você ficou responsável financeiramente pelos benefícios davirtualização em sua empresa?
0 = Não1 = Sim
0
Você gerencia a melhoria de ANS-Acordo de Nível de Serviço noseu ambiente virtual (ex. melhoria de disponibilidade)?
0 = Não2 = Sim
0
Você gerencia ou aloca os custos com base no consumo derecursos virtual?
0 = Não2 = Sim
2
Você está usando alguma ferramenta de virtualização otimizadopara gerenciamento de backups em máquinas virtuais?
0 = Não1 = Sim
1
75
Você está usando alguma ferramenta de virtualização otimizadopara o monitoramento de máquinas virtuais?
0 = Não1 = Sim
1
Você está usando alguma ferramenta de virtualização otimizadopara a migração de máquinas virtuais?
0 = Não1 = Sim
1
Você está usando alguma ferramenta de virtualização otimizadopara o planejamento de capacidade?
0 = Não1 = Sim
0
Você está usando alguma ferramenta de virtualização otimizadopara o gerenciamento da alta disponibilidade?
0 = Não1 = Sim
0
Será que toda a máquina virtual que você implanta começa com ummodelo aprovado de uma biblioteca formal, que é mantido eatualizado centralmente?
0 = Não1 = Sim
1
Você já implementou um portal de auto-atendimento para oprovisionamento VMs Máquina virtuais?
0 = Não1 = Sim
0
Os seus testes e desenvolvimento possuem prazo de validade?0 = Não1 = Sim
1
Você já implementou alguma política de virtualização, por exemplo a"virtual first"? (virtual first - organização muda sua mentalidade deimplantação padrão de servidor para servidor virtual)
0 = Não2 = Sim
0
Você possui um arquiteto de infra-estrutura virtual?0 = Não1 = Sim
1
TOTAL 16