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    ESCOLA POLITCNICA DA UNIVERSIDADE DE SO PAULO

    FUNDAO CARLOS ALBERTO VANZOLINICURSO DE ESPECIALIZAO EM GESTO DA TECNOLOGIA DA INFORMAO

    YANG ZHUO JIE

    COMPUTAO EM NUVEM UMA SOLUO VOLTADA PARA

    EMPRESAS EM FUSO HORIZONTAL

    So Paulo

    Setembro/2011

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    ESCOLA POLITCNICA DA UNIVERSIDADE DE SO PAULO

    FUNDAO CARLOS ALBERTO VANZOLINICURSO DE ESPECIALIZAO EM GESTO DA TECNOLOGIA DA INFORMAO

    YANG ZHUO JIE

    COMPUTAO EM NUVEM UMA SOLUO VOLTADA PARA

    EMPRESAS EM FUSO HORIZONTAL

    Monografia apresentada Escola Politcnica daUniversidade de So Paulo para a obteno doTtulo de Especialista em Gesto da Tecnologia daInformao.

    ORIENTADORES: Prof. Andr Leme Fleury e Prof. Cludio Luis Cruz de Oliveira

    So Paulo

    Setembro/2011

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    AGRADECIMENTOS

    Agradeo primeiramente a Deus, por ter fornecido condies fsicas e conhecimentos necessriospara o trabalho de concluso de curso.

    Aos meus pais e familiares.

    Aos professores orientadores Andr Fleury e Cludio de Oliveira, que contriburam com os seusconhecimentos e tempo dedicado neste trabalho.

    Ao meu coach, desenvolvedor de pessoas da empresa em que trabalho (Marcelo Lira). Por terme apoiado e incentivado nesta jornada profissional.

    A todos os professores e colegas de curso de gesto da tecnologia da informao (GPTI 6) daVanzolini/USP.

    Ao gestor da rea de TI da empresa em que foi realizado o trabalho de contextualizao e anlise.Sem ele o trabalho no teria continuado e tudo que foi feito teria de ser revisto novamente.

    A todos os colegas de trabalho da PricewaterhouseCoopers, que certamente contriburam deforma direta e indiretamente a evoluo deste trabalho.

    Muito obrigado a todos pelo que fizeram.

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    RESUMO

    Com o cenrio mundial globalizado, altamente competitivo e crises financeiras mundiaisocorrendo com mais freqncia, as empresas esto adotando novas estratgias competitivas. Uma

    das principais estratgias a fuso entre empresas. Hoje, o mundo dos negcios reconhece a

    importncia da TI para o sucesso da estratgia da empresa, entretanto, os custos dos servios de

    TI e a demora de implementao de projetos so os principais obstculos para o crescimento de

    uma empresa.

    Com o avano das novas tecnologias e as necessidades de se adaptar em um ambiente

    altamente dinmico. Este trabalho ser contextualizado no departamento de tecnologia dainformao de uma empresa em que est ocorrendo uma fuso. A idia propor uma soluo de

    tecnologias que atende as suas necessidades de mudana, visando reduo dos custos e da

    complexidade de implementao de projetos da TI.

    O objetivo do trabalho estudar os possveis ganhos se a empresa adotar a computao

    em nuvem. Trazer uma viso mais clara sobre o cenrio da TI nas empresas, Datacenter,

    virtualizao e principalmente a computao em nuvem.

    A metodologia aplicada foi o desenvolvimento de duas ferramentas de diagnsticos.

    Sendo que a primeira ferramenta visa analisar o nvel de aderncia da computao em nuvem e

    utiliza a reviso de literatura para o desenvolvimento da ferramenta. A segunda ferramenta

    composta de um modelo de avaliao da infraestrutura virtualizada da FORRESTER

    RESEARCH (2009).

    Os resultados dos dois diagnsticos demonstraram uma boa aderncia da soluo em

    nuvem para o momento atual da empresa. O nvel de maturidade considerado apto a utilizao

    das tecnologias em nuvem, mas, precisam ter certos cuidados conforme os diagnsticos.

    Com a concluso do trabalho, conseguimos alcanar os objetivos definidos inicialmente

    em trazer uma viso mais clara dos temas relacionados a TI e computao em nuvem. As duas

    ferramentas de diagnstico foram bem teis para os objetivos de validar a soluo e identificar se

    a empresa est madura ou preparada para a soluo em nuvem.

    Palavras-chave: Computao em nuvem, Virtualizao, Datacenter, TI, Infraestrutura.

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    ABSTRACT

    With the globalized world, highly competitive and global financial crises occurring more

    frequently, companies are adopting new competitive strategies. One of the main strategies is

    corporate merger. Nowadays, the business world recognizes the importance of IT to the success

    of the company's strategies. However, the costs of IT services and slow implementation of

    projects are the main obstacles to the growth of a company.

    The advancement of new technologies and needs to self adapt in a highly dynamic

    environment. This work will be contextualized in the information technology department of acompany in a merger. The idea is to propose a technology solution that meets your needs change,

    aimed at reducing costs and complexity of implementing IT projects.

    The main objective is to study the possible gains if the company adopt cloud computing.

    Bring a clearer view on the scenario of IT in the companies, datacenter, virtualization and cloud

    computing mainly.

    The methodology applied was the development of two diagnostic tools. Which, the first

    tool aims to analyze the level of adherence of the cloud computing and uses literature review to

    develop the tool. The second tool consists of an evaluation model for virtualized infrastructure at

    Forrester Research (2009).

    The results of the two diagnoses have shown a good adherence of the cloud solution for

    the company present moment. The maturity level is eligible to use the cloud technologies, but

    need some care as the diagnosis.

    With the completion of the work we have achieved the goals initially set to bring a clearer

    view of the issues related to IT and cloud computing. The two diagnostic tools were very useful

    for the purposes of validating the solution and see if the company is mature ou ready for the

    cloud solution.

    Keywords: Cloud computing, Virtualization, Datacenter, IT, Infrastructure.

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    SUMRIO

    1. INTRODUO....................................................................................................................... 12

    1.1 Empresa estudada........................................................................................................... 131.2 Problema ......................................................................................................................... 141.3 Objetivo ........................................................................................................................... 141.4 Justificativa ..................................................................................................................... 151.5 Viso Geral da Estrutura do Trabalho ........................................................................ 16

    2. REVISO DE LITERATURA.............................................................................................. 17

    2.1 Datacenters ..................................................................................................................... 17

    2.1.1 Cenrio atual dos Datacenter e infraestrutura de TI nas organizaes ............................ 182.1.2 Categorias de Datacenter ................................................................................................. 192.1.3 Servios do Datacenter .................................................................................................... 20

    2.2 Virtualizao ................................................................................................................... 232.2.1 Conceito de Virtualizao . .............................................................................................. 24

    2.3 Computao em nuvem. ................................................................................................. 252.3.1 Conceito de Computao em Nuvem ............................................................................... 262.3.2 Modelos de implementao da computao em nuvens ................................................... 282.3.3 Categorias de servios da computao em nuvens ........................................................... 29

    2.3.4 Migrar para a computao em nuvens .............................................................................. 342.3.5 Custo total de propriedade para a TI ................................................................................. 362.3.6 Vantagens, riscos e desvantagens ..................................................................................... 37

    2.4 Modelo de anlise de maturidade de infraestrutura ................................................... 432.4.1 Infrastructure Virtualization Maturity Model................................................................... 43

    2.5 Aplicao da soluo na prtica (case) ........................................................................ 45

    3. SOLUO PROPOSTA ....................................................................................................... 473.1 Estratgia e modelo de diagnstico da soluo em nuvem .............................................. 48

    3.2 Diagnstico - Infrastructure Virtualization Maturity Model............................................ 55

    4. RESULTADOS E DISCUSSO ........................................................................................... 594.1 Resultado do diagnstico da soluo em nuvem............................................................... 594.2 Resultado da avaliao da infraestrutura........................................................................... 65

    5. CONCLUSES ...................................................................................................................... 67

    6. REFERNCIAS BILIOGRFICAS..................................................................................... 69.7. ANEXOS ................................................................................................................................. 71

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1: Fuso entre as empresas A e B, originando a empresa C ............................................. 13

    Figura 2: Servios de Datacenter ................................................................................................. 23

    Figura 3: Consolidao de servidores em um nico com alto grau de utilizao e

    otimizao..................................................................................................................................... 25

    Figura 4: Exemplo de nuvem hbrida ........................................................................................... 29

    Figura 5: 11 categorias ou padres de tecnologia sob servio da computao em nuvem............ 32

    Figura 6: Papis desempenhados na arquitetura em nuvem (IaaS, PaaS e SaaS) ......................... 33

    Figura 7: Interao do IaaS, PaaS e SaaS ..................................................................................... 34

    Figura 8: Viso da primeira ferramenta de diagnstico de aderncia........................................... 52

    Figura 9: Modelo de apresentao de resultado da ferramenta de diagnstico critrio

    desempenho .................................................................................................................................. 54

    Figura 10: Resultado do critrio desempenho............................................................................... 60

    Figura 11: Resultado do critrio disponibilidade.......................................................................... 60

    Figura 12: Resultado do critrio escalabilidade............................................................................ 61

    Figura 13: Resultado do critrio segurana e conformidade......................................................... 61

    Figura 14: Resultado do critrio Gerenciamento........................................................................... 62

    Figura 15: Resultado do critrio custos......................................................................................... 63

    Figura 16: Resultado da soma dos 6 critrios ............................................................................... 63

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1: Vantagens, benefcios esperados e desvantagens da computao em nuvem............... 37

    Tabela 2: Reviso bibliogrfica e formulao das questes ......................................................... 48

    Tabela 3: Pontuao do modelo de diagnstico da soluo em nuvem ....................................... 51

    Tabela 4: Recomendao de pontuao mnima .......................................................................... 53

    Tabela 5: Pilar implementao ..................................................................................................... 55

    Tabela 6: Pilar processos .............................................................................................................. 56Tabela 7: Avaliao final do estgio de maturidade da infraestrutura ......................................... 57

    Tabela 8: Resultado da avaliao final do estgio de maturidade da infraestrutura .................... 65

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    LISTA DE ABREVIAES E SIGLAS

    ANS Acordo de Nvel de Servio

    CIO Chief Information Officer

    CPU Central Processing Unit

    EAI Enterprise Application Integration

    ROI Return on Investment

    SLA Service Level Agreement

    TCO Total Cost of Onwership

    VM Virtual machine

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    GLOSSRIO

    ANS Acordo de nvel de servio um acordo estabelecido em um contrato no qual detalha onvel de servios mnimo acordado geralmente entre um provedor e o seu cliente. Este acordotem fins legais e comerciais.

    API (Application Programming Interface) - Interface de Programao de Aplicativos umconjunto de rotinas e padres estabelecidos por um software. API pode ser entendida como umainterface grfica do usurio, ou uma interface de um sistema operacional ou programa.

    Backup pode ser traduzido como cpia de segurana dos dados. Podendo ser recuperadoquando ocorrer incidentes com os dados originais.

    Business case Pode ser definido como uma forma profissional de criar modelos de negcio quejustifiquem os investimentos necessrios para aprovao de projetos estratgico e que agregamvalor ao negcio.

    CIO (Chief Information Officer) um cargo dado a um responsvel que administraespecialmente a rea de Tecnologia da Informao (TI).

    CPU (Central Processing Unit) - Unidade Central de Processamento uma unidaderesponsvel pelo processamento, pode ser conhecido como processador ou chip.

    Due diligence um processo de anlise e avaliao detalhada de informaes pertinentes paraapontar os principais pontos crticos e relevantes existentes na estrutura ou soluo, identificarriscos, determinar a melhor forma e estratgia.

    Firewall pode ser traduzido como parede de fogo, uma barreira de proteo compostasomente por software ou por hardware e software juntos. O firewall aplica as polticas desegurana da informao e servios que incluem deteco de intrusos, preveno, monitoramentoe filtragem de pacotes de dados.

    Hardware a parte fsica de diversos componentes eletrnicos, circuitos integrados, placas eque se comunicam atravs de barramento.

    ROI (Return on Investment) que trabalha a relao entre o dinheiro ganho ou perdido baseadoem um investimento e o montante de dinheiro aplicado.

    SLA (Service Level Agreement) o mesmo que ANS.

    Software um componente lgico e intangvel que executam instrues a exemplo, umprograma de computadores.

    Tablet um aparelho eletrnico de fcil portabilidade pode ser associado a um mini computadorcom tela sensvel ao toque e sem teclado fsico acoplado. O aparelho possui algumasfuncionalidades similares a dos computadores pessoais e dos telefones inteligentes.

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    TCO (Total Cost of Ownership) Custo Total de Propriedade uma estimativa financeira emque analisa as dimenses de custo direto e indireto de um investimento.

    TI Tecnologia da Informao ou IT (Information Technology) rea especialista que prove egerencia as informaes atravs de pessoas, sistemas, aplicaes e infraestrutura.

    Virtual first uma definio criada pela consultoria Forrester Reseach, que significa a mudanade mentalidade dentro de uma organizao atravs da implantao padro de servidor paraservidor virtual

    VM - (Virtual Machine) - mquinas virtuais o nome dado para computadores ou mquinasfictcios que so criadas atravs de software de simulao, sendo que o ponto importante que

    essa mquina no fsica.

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    1. INTRODUO

    Ao longo das ltimas dcadas o mercado mundial se tornou altamente globalizado e

    competitivo. Empresas locais e mundiais disputam a mesma fatia do mercado consumidor. E

    como no bastasse esta dificuldade, o estouro da bolha das empresas pontocom nos Estados

    Unidos em 2000 e a crise financeira mundial de 2008 e 2009 colocou em situao de risco a

    sobrevivncia das empresas. A competio pela sobrevivncia e por mais espao no mercado

    levou as empresas a mudana de estratgia competitiva optando pela fuso entre elas.

    Empresas globalizadas possuem departamentos de tecnologia da informao,

    independentemente do seu tamanho ou relevncia para o negcio. Sabe-se que o departamento detecnologia da informao ter um papel importante para o sucesso da estratgia da empresa.

    Para comprovar esta importncia, em uma pesquisa realizada pela Information

    Tecnnology Governance Institute (ITGI, 2009) em parceria com a consultoria

    Pricewatehousecoopers, avaliou qual a importncia de considerar a TI para o xito da estratgia

    ou viso da empresa. Foram entrevistados mais de 250 executivos entre grandes e pequenas

    empresas de diversos setores industriais em 22 pases.

    O resultado dessa pesquisa demonstrou que 13% dos entrevistados no consideraram a TI

    importante para a sua estratgia ou viso. Outra parcela de 36 % dos entrevistados aponta que a

    TI algo importante a ser considerado e em sua maioria com 51% dos entrevistados afirmam que

    a TI muito importante para o sucesso da estratgia da empresa.

    Buscando melhor entender a importncia da TI ao negcio e sua relevncia ao negcio. O

    objeto deste estudo est concentrado em um cenrio de fuso entre duas grandes empresas de

    alimentos e considerando a TI como uma pea fundamental. Este trabalho ser contextualizado

    no departamento de tecnologia da informao e pretende apresentar uma proposta de soluo para

    a alta administrao com o principal objetivo de alcanar as metas e vises pretendidas com a

    fuso das duas empresas.

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    1.1 Empresa estudada

    A empresa a ser estudada est passando por grandes desafios, pois, ela est entrando em

    um processo de fuso entre duas grandes companhias do mesmo setor de produo e de venda de

    produtos alimentcios. Basicamente, a fuso ocorre quando a empresa A funde com a empresa

    B dando a origem a uma empresa C. O mesmo processo dever ocorrer com a consolidao

    das reas de tecnologia da informao em um nico departamento. Abaixo ilustramos na figura 1,

    o processo de fuso das TI.

    Figura 1: Fuso entre as empresas A e B, originando a empresa C.

    (Fonte: Criado pelo autor)

    De acordo com a classificao proposta por Myers e Marcus (1995, apud MATIAS,

    1996), estas duas empresas adotaram a estratgia de fuso do tipo horizontal. Neste tipo de fuso,

    as empresas que se fundem operam no mesmo setor de negcio e so concorrentes uma da outra.

    A fuso neste caso geralmente visa buscar reduo de custos e aumento da eficincia operacionalatravs da obteno de economias de escala. E, este tipo de fuso geralmente regulado pelo

    governo ou por rgos reguladores, isto devido reduo da competio em uma determinada

    indstria, podendo levar criao de um monoplio ou cartel.

    Sendo assim descrito, o processo de fuso da empresa escolhida se encaixa perfeitamente

    no tipo de fuso horizontal, visto que ambas as empresas operam o mesmo tipo de negcio. Os

    produtos da empresa A ainda competem com os produtos da empresa B, entretanto, h

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    alguns produtos que no competem entre elas por estarem focados em determinados pblicos,

    faixas etrias ou regies.

    Com essa unio estratgica, o faturamento dessas duas empresas estimado em bilhes de

    reais. Por enquanto, essa nova empresa atente somente ao mercado nacional brasileiro. Sabe-se

    que a empresa pensa em expandir futuramente os seus negcios em outros mercados

    internacionais.

    1.2 Problema

    Os principais objetivos ao fundir os departamentos de tecnologia da informao das duas

    companhias so ganhar eficincias e reduzir custos, conforme explicado anteriormente. Surge

    ento como desafio para a nova empresa compreender e agir da melhor maneira para consolidar

    diversas infraestruturas, redes de informticas, domnios, licenas, Datacenter e servios de

    suporte e manuteno em diferentes localidades. Isto dever exigir um grande nmero de projetos

    e investimentos o que poderia inviabilizar a reduo de custo.

    Outros desafios identificados no departamento so as limitaes de recursos humanos e

    principalmente de recursos financeiros. Por outro lado, a rea de TI j apresenta um alto custo

    operacional e h uma grande presso da alta administrao em reduzir custos. A questo a ser

    respondida como reduzir custos operacionais sem diminuir a eficincia dos servios de TI

    durante a consolidao dos departamentos e com foco em corte de custos ao longo do tempo. Que

    complexidades e desafios o departamento de TI enfrentar e que solues podem ajudar-los a

    alcanar os objetivos definidos nessa fuso.

    1.3 Objetivo

    O objeto do trabalho estudar os possveis ganhos a curto, mdio e longo prazo se a

    empresa adotar a computao em nuvem analisando as duas seguintes perspectivas: reduo de

    custo e agilidade na implementao de uma nova infraestrutura de TI. Trazer uma viso mais

    clara sobre o cenrio da TI nas empresas, Datacenter, virtualizao e principalmente a

    computao em nuvem.

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    Analisaremos o departamento de tecnologia da informao da empresa A, pois ela que

    est incorporando os processos e servios de tecnologia da informao da empresa B.

    Outra frente ser analisar o nvel de aderncia da soluo computao em nuvem para o

    departamento de TI e tambm descobrir se esta proposta esta alinhado com as estratgias da

    empresa A. Antes de uma tomada de deciso em cima desta proposta, entende-se que

    terceirizao da infraestrutura e de seus servios de TI pode gerar ou no gerar valor agregado da

    TI para o negcio. Portanto, o primeiro passos desta proposta fazer um diagnstico da soluo

    voltado para a empresa.

    De forma a atingir os objetivos propostos, ser elaborada e apresentada uma viso maisclara da soluo, de forma a facilitar para alta administrao tomada de decises com foco mais

    estratgico. Um exemplo tpico gastar milhes em uma soluo comum e cara e depois perceber

    que existe uma alternativa que atende as suas premissas como custo e agilidade de

    implementao. Por este motivo, a computao em nuvem uma alternativa que no pode ser

    descartada.

    Outro ponto saber se a empresa est preparada para virtualizao ou migrao de seus

    servios para as nuvens e em qual estgio de virtualizao da infraestrutura o departamento detecnologia da informao se encontra. Caso contrrio, poder ser um caso de migrao para as

    nuvens que acarretar graves problemas operacionais ou ento incorrer em altos custos. Esta

    anlise visa qualificar a TI para a computao em nuvem, caso no seja qualificado iremos fazer

    algumas recomendaes de acordo com os questionrios respondidos. Os resultados dessa anlise

    iro direcionar certos cuidados na etapa de virtualizao ou migrao de seus servios de TI para

    as nuvens.

    1.4 Justificativa

    Os principais beneficiados desse trabalho sero os gestores de TI e especialmente a alta

    administrao, pois estaremos efetuando uma pr-anlise de uma de soluo para a organizao

    analisando o nvel de aderncia.

    Atravs desse trabalho, os executivos podero entender melhor o conceito de computao

    em nuvem, quais os ganhos, riscos e possveis problemas que era poder trazer. Alm disso,

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    muitos deles tero uma viso mais clara do papel desempenhando pela TI dentro de uma

    organizao.

    1.5 Viso Geral da Estrutura do Trabalho

    Este trabalho ser organizado da seguinte maneira:

    Captulo 1 Introduo: contextualizao do cenrio referente empresa a ser

    estudada, incluindo a formulao do problema real, o objetivo e justificativa do

    trabalho.

    Captulo 2 Reviso de Literatura: este captulo utilizado referncias tericas

    visando sustentao do desenvolvimento do trabalho. A reviso est composta

    em conceitos de Datacenters, virtualizao, computao em nuvem e modelo de

    anlise de maturidade da infraestrutura virtualizada focado em servios de TI.

    Captulo 3 Soluo Proposta: Aps a reviso de literatura este captulo

    apresentado o desenvolvimento de uma metodologia de diagnstico, coleta e

    anlise dos dados.

    Captulo 4 Resultados e discusses: Neste captulo, so apresentados os

    resultados e discusses em considerao a soluo proposta.

    Captulo 5 Concluses: Apresenta as consideraes finais do trabalho.

    Captulo 6 e 7 Referncias e Anexos: descreve as referncias bibliogrficas

    utilizadas no desenvolvimento desse trabalho e incluindo anexos no ltimo

    captulo.

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    2. REVISO DE LITERATURA

    Esta reviso de literatura apresenta alguns conceitos importantes para as anlises

    propostas anteriormente, tais como Datacenter e virtualizao, pois, uma vez conhecendo esses

    dois conceitos o leitor ter mais facilidade em entender a soluo proposta, que computao em

    nuvem.

    No sub-captulo 2.3.6 abordaremos algumas questes de benefcios, riscos e desvantagens

    da computao em nuvem a serem consideradas no diagnstico da soluo voltada para a

    empresa em fuso.

    Por fim, no captulo 2.5 aplicao da soluo na prtica descreve um caso de sucesso em

    uma empresa em fuso e que adotou a computao em nuvem obtendo bons resultados.

    2.1 Datacenters

    Segundo Veras (2009), um Datacenter composto por um conjunto integrado de

    componentes de alta tecnologia que permite fornecer servios de infraestrutura de valor agregado

    como processamento e armazenamento de dados, em larga escala para todo tipo de organizao.

    Os Datacenters hospedam recursos computacionais crticos em um ambiente

    necessariamente controlado e sob gerenciamento centralizado que permite suportar

    aplicaes empresarias. comum pensar o Datacenter em nvel dos dispositivos que o

    compem como servidores, storage, componentes de rede, etc. Uma viso mais adequada

    deve pens-lo em termos de servios. A qualidade dos dispositivos utilizados ir

    influenciar os nveis de servio que sero entregues s aplicaes e aos processos.

    (VERAS, 2009, pg. 46)

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    2.1.1 Cenrio atual dos Datacenter e infraestrutura de TI nas organizaes

    Taurion (2009) cita que alguns estudos tm demonstrado que as pequenas e mdias

    empresas gastam 70% do seu tempo gerenciando a complexidade dos recursos de TI e 30 % em

    atividades focadas no negcio. Coyle (2011) destaca que cerca de 70% do oramento de TI

    gasto em infraestrutura e automao. Ambos seguem a mesma linha de raciocnio que na

    realidade no traz valor agregado para o negcio e no ajudam no crescimento da empresa.

    Veras (2009) ilustra mais um cenrio ao afirmar que uma grande parte das organizaes

    de mdio e grande porte possui um Datacenter prprio e com o aumento da demanda cada vez

    maior por capacidade de processamento e de armazenamento fizeram com que os atuaisDatacenter existentes atingirem a capacidade mxima.

    Devido ao aumento de demandas de processamento, armazenamento e normas de

    fiscalizao sobre a recuperao do negcio em caso de desastre, incluindo a consolidao ou a

    realocao dos projetos, as organizaes esto repensando seriamente a arquitetura e o

    planejamento do Datacenter. Existem riscos de que as mudanas acabem provocando grande

    impacto nos nveis de servios fornecidos e nos custos de operaes de TI.

    Veras (2011, pg. 22) conclui que:

    O ritmo das mudanas no cenrio globalizado exige das organizaes uma

    maior flexibilidade para inovar e, portanto, a manunteo de uma infraestrutura de TI

    cada vez mais adaptvel. As mudanas alteram os processos organizacionais que, por sua

    vez, alteram as necessidades de infraestrutura de TI. Por exemplo, determinada empresa

    acaba de ser adquirida por outra. A rapidez necessria para aperfeioar e adequar os

    novos processos das duas organizaes, agora transformadas em uma, exige que a

    infraestrutura de TI esteja pronta para a mudana.

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    2.1.2 Categorias de Datacenter

    Para Veras (2009), h duas maneiras de categorizar o Datacenter: pelo porte do

    Datacenter ou pela posse de propriedade do Datacenter.

    1. Categorizao pelo porte: neste caso, no h distino se o Datacenter privado ou

    operando em terceiros o que vale o tamanho dele. Citamos abaixo a classificao

    utilizada, sendo que a ordem de tamanho vai declinando do Datacenter empresarial at

    o armrio de servidores.

    Datacenter empresarial.

    Datacenter de mdio porte.

    Datacenter local.

    Sala de servidores.

    Armrio de servidores.

    2. Categorizao pela propriedade: esta categoria est distribuda em duas grandes

    modalidades de Datacenter:

    Enterprise Datacenter (EDC), esta modalidade de Datacenter a mais

    comum. O Datacenter pertence e operado por organizaes privadas,

    instituies ou agncias governamentais, com o principal objetivo de

    armazenar dados resultantes de operaes de processamento interno e

    tambm o processamento de dados de aplicaes voltadas para a Internet.

    Internet Datacenter (IDC), para esta modalidade o Datacenter pertence e

    operado por um provedor de servios de telecomunicao, por operadoras detelefonia ou por outros tipos de prestadores de servios que utilizam a

    Internet como o principal meio de comunicao. O objetivo principal do

    IDC fornecer diversos tipos de servios de conexo, processamento,

    armazenamento e hospedagem para os equipamentos das organizaes.

    O IDC pode fazer parte de um plano de contingncia dentro de uma

    organizao. Pois, a organizao pode utilizar a modalidade Enterprice

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    Datacenter (EDC) e os equipamentos do site backup poderiam estar

    hospedado em uma modalidade InternetDatacenter (IDC).

    A modalidade de servios de Datacenter do IDC pode ramificar em dois

    tipos de servios principais:

    Co-location: a organizao ou o cliente contrata o espao fsico e a

    infraestrutura de energia e de telecomunicao. Entretanto os

    servidores, as aplicaes, os equipamentos, o gerenciamento, o

    monitoramento, e o suporte tcnico so de responsabilidade da

    prpria organizao. Normalmente, as responsabilidades de cada ladoso estabelecidas em um contrato, onde claramente definido os

    escopos de servios, os termos e as condies de ambas as partes.

    Hosting: este tipo servio do IDC oferece uma linha de servios

    voltada para organizaes que queiram melhorar os seus

    investimentos em hardware e software. Este servio de hospedagem

    permite que organizao a utilizao da infraestrutura do

    Datacenter (servidores, storage e unidades de backup) e podendocontar com a ajuda de profissionais para o suporte.

    2.1.3 Servios do Datacenter

    O Datacenter o principal componente central de servios de TI dentro de uma

    organizao. Pois, hospeda os recursos computacionais crticos em um ambiente

    obrigatoriamente controlados e sob gerenciamento centralizado para suportar as aplicaes

    empresariais.

    comum visualizar o Datacenter como uma infraestrutura composta por diversos

    dispositivos (servidores, storage, componentes de rede, etc). Entretanto, Veras (2009) cita que a

    viso mais adequada de pens-lo em termos de servios de TI. A qualidade desses dispositivos

    pode influenciar os nveis de servios que sero entregues s aplicaes, aos processos e ao

    negcio.

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    Os projetos que envolvem o Datacenter precisam considerar 5 tipos de critrios para

    atingir as metas empresariais. Citamos abaixo (Veras, 2009):

    Desempenho.

    Disponibilidade.

    Escalabilidade (capacidade).

    Segurana e conformidade.

    Gerenciamento.

    Para os critrios citados, estes devem ser adotados no dimensionamento dos diversos

    dispositivos integrados que compem o Datacenter tendo o principal objetivo de definir a

    qualidade dos servios de TI fornecidos.

    Os componentes externos como instalao, energia, refrigerao, gerenciamento fsico

    tambm podem influenciar na qualidade dos servios. Os principais servios de TI fornecidos

    pelo Datacenter e que permitam atingir os nveis de servios mnimo da organizao segundo

    Veras (2011) so:

    1. Servios de rede: este servio envolve a conexo entre os componentes internos

    com o mundo exterior do Datacenter. As conexes so realizadas mediantes a

    distribuio de switches (equipamentos inteligentes que enviam pacotes de dados

    ao destino correto). Os switches so dispositivos importantes em um projeto de

    conectividade IP e geralmente so utilizados em vrias camadas para definir a

    hierarquia do Datacenter.

    2. Servios de segurana: os servios de segurana envolvem os servios de firewall

    (dispositivo que aplica as polticas de segurana), que possibilita o controle da

    navegao do usurio. Podendo negar acesso do usurio a aplicaes e sites

    inapropriado ou restrito e ela pode incorporar sistemas que permitem aos gestores

    monitorarem as atividades de cada usurio. Outros servios providos do firewall

    incluem tambm servios de deteco de intrusos, preveno e filtragem de

    pacotes de dados.

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    3. Servios de processamento: Os dispositivos envolvidos neste servio so os

    servidores que podem utilizar diversas arquiteturas, sistemas operacionais eprocessadores, que respondem diretamente pelo desempenho do Datacenter.

    4. Servios de armazenamento: o servio envolve o armazenamento de dados em

    unidades conhecida como storage. As redes de armazenamento e dispositivos de

    conexo ao storage so componentes de integrao importantes dessa arquitetura.

    H uma relao entre os nveis de servio para disponibilidade e segurana, pois

    so dependentes dos servio de armazenamento.

    5. Servios de virtualizao: entende-se que os servios de virtualizao permitemque servidores fsicos rodem diversas aplicaes em diferentes sistemas

    operacionais, otimizando a utilizao dos recursos computacionais (processamento

    e memria). Os sistemas operacionais de virtualizao e suas funcionalidades so

    aspectos importantes para este tipo de servio.

    6. Servios de aplicao: Este servio apresenta as funcionalidades de load-

    balancing (balanceamento de carga dos servidores), SSL - secure socket layer

    (camada de proteo e criptografia), offloading (liberao da capacidade deprocessamento do CPU) e caching (aumento da velocidade de processamento para

    futuras requisies de servios).

    7. Servios de alta disponibilidade (high availability HA) e recuperao de

    desastres (disaster recorvery DR): So servios essenciais para obteno da alta

    disponibilidade e recuperao de desastres. O passo inclui a anlise e seleo do

    site de contingncia e a conexo com o site oficial. Esto includo nessa anlise

    polticas, softwares e dispositivos de restaurao de backup e da replicao.

    8. Servios de automao e gerenciamento: para este de servio, h o

    envolvimento de toda a malha de gerenciamento incluindo o NOC (networking

    operation center), que realiza o monitoramento e administrao de todo o

    ambiente de TI, desde o hardware at os aspectos de automao de patches

    (correes) de sistema operacional. O gerenciamento deve possibilitar uma

    operao assistida 24x7 (24 horas por 7 dias) e inclusive a possibilidade de

    executar aes remotamente. O planejamento e o controle da produo devem

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    garantir e envolver a execuo dos processos de TI como as paradas programadas,

    execuo de Jobs e rotinas peridicas.

    Figura 2: Servios de Datacenter

    (Fonte: VERAS, 2011)

    2.2 Virtualizao

    Para entender a importncia desse tema, Veras (2009) afirma que a virtualizao a pea-

    chave do modelo de computao em nuvem. Taurion (2011) ressalta que a virtualizao o

    primeiro passo para computao em nuvem e aps esta primeira etapa de virtualizao a empresa

    deve concentrar em melhorias operacionais e em mecanismos que permitam alocao de recursos

    computacionais ao usurio de forma mais rpida e automtica. O autor ainda refora que

    virtualizao dos servidores no significa computao em nuvem e cita a exemplo que avirtualizao pode gerar novos problemas de gesto e conseqentemente aumentos dos custos

    operacionais, conforme descrito abaixo:

    Muitas empresas adotaram a virtualizao com o objetivo de consolidar seus

    servidores e de reduzir seus custos de hardware e energia. Ou mesmo para evitar a

    construo de um novo Datacenter, pela proliferao de servidores fsicos. Entretanto,

    logo descobriram que passar, por exemplo, de 100 servidores fsicos para 50 servidores -

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    mas com 300 ou mais servidores lgicos virtualizados ... criava imensos problemas de

    gesto com conseqentes aumentos de custos.

    Taurion (2011, site)

    2.2.1 Conceito de Virtualizao

    A virtualizao de servidores fsicos um servio que permite que diversas aplicaes

    sejam rodadas em diferentes sistemas operacionais de forma a otimizar a utilizao dos recursos

    computacionais de processamento e memria. (VERAS, 2009).

    Para Veras (2009), a virtualizao apresenta benefcios claros de serem percebidos pelas

    equipes de TI. A maior dificuldade convencer a alta administrao sobre os benefcios que

    podem trazer atravs de um ambiente virtualizado. Pois, segundo o autor a adoo da arquitetura

    exige uma quebra de paradigma no processo de comprar servidores fsicos a cada nova demanda

    atravs de uma nova forma de aquisio que implica um custo inicialmente maior e que ao longo

    do tempo trar uma srie de benefcios e facilidades.

    Basicamente Veras (2009) identificou 4 tipos de virtualizao:

    - Virtualizao de servidores.- Virtualizao das aplicaes.

    - Virtualizao de desktops.

    - Virtualizao de storage.

    Desses 4 tipos, a virtualizao de servidores a mais comum. Este processo um

    processo de consolidao de diversos servidores fsicos e subutilizados em um servidor nico

    com alto grau de utilizao e otimizao dos recursos computacionais com o objetivo de reduzir a

    complexidade de gerenciamento, o espao de fsico, consumo de energias. Logo abaixo

    ilustramos na figura 3, o processo de virtualizao descrito:

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    Figura 3: Consolidao de servidores em um nico com alto

    grau de utilizao e otimizao.

    (Fonte: VERAS, 2011)

    As primeiras iniciativas de virtualizao de servidores ou do Datacenter devem ser

    executadas atravs de projetos de virtualizao e precisam considerar uma boa anlise de custo e

    benefcio. O mesmo pode ser utilizado pelos gestores da rea para justificar as vantagens e os

    benefcios que podem trazer ao negcio. (VERAS, 2009)

    2.3 Computao em nuvem

    Em uma publicao do IT WEB (2009), os CIOs (Chief Information Officer) ou

    executivos de TI precisam realizar 4 principais atividades antes de adotar a soluo computao

    em nuvens; estas atividades esto descritas a seguir:

    1. Entender o que realmente a computao em nuvens.

    2. Reconhecer onde se encontram os benefcios e riscos do modelo para direcionar as

    estratgias na nuvem.

    3. Saber como a computao em nuvem influenciar o ambiente de TI de sua

    empresa.

    4. Identificar como esto, hoje, as solues em nuvem e tentar prever quando essas

    aplicaes tero maturidade suficiente para serem adotadas.

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    Este captulo abordar os itens 1, 2 e 3 visando o objetivo principal de entender a

    computao em nuvem, avaliar os benefcios, riscos e desvantagem do modelo e saber como elair alterar o ambiente de TI da empresa. Taurion (2009), ao descrever o seu livro computao

    em nuvem: transformando o mundo da tecnologia da informao ele prev que nos prximos

    anos o mercado de computao em nuvens estar mais maduro e tambm no radar de muitas

    organizaes, sejam elas pequenas, mdias ou grandes.

    2.3.1 Conceito de Computao em Nuvem

    Taurion (2009) define a computao em nuvem como um ambiente de computao

    baseado em uma imensa rede de servidores virtuais ou fsicos, onde um conjunto de recursos que

    incluem capacidade de processamento, armazenamento, conectividade, plataformas, aplicaes e

    servios so disponibilizados na Internet. A idia da computao em nuvem permitir que os

    mesmos arquivos possam ser acessados por qualquer equipamento eletrnico como smartphones,

    PCs, nootebooks e tablets, pois estes arquivos esto disponveis em servidores web.

    Veras (2009) defende que a computao em nuvem depende do funcionamento de um

    conjunto de Datacenters dinmicos que para funcionar sob demanda e precisam essencialmente

    da virtualizao.

    Linthicum (2009) define a computao em nuvem sendo um modelo pay-per-use ( paga

    pelo uso) com acesso rede sob demanda em um conjunto compartilhado de recursos de

    computacionais configurveis a exemplo, redes, servidores, armazenamento, aplicativos e

    servios que podem ser rapidamente fornecidos e liberados com esforo mnimo de

    gerenciamento ou de interao com o provedor de servios.

    A computao em nuvem demanda mudanas nas arquiteturas tecnolgicas, processos de

    governana, modelos de gesto e relacionamento com os usurios e clientes. A adoo da

    computao em nuvem deve seguir uma estratgia bem definida. De maneira geral, uma grande

    empresa comea por uma nuvem privada, de modo exploratrio, com casos bem definidos e

    restritos.

    As caractersticas que definem o conjunto de tecnologia da computao em nuvem no

    ponto de vista de Taurion (2009) so:

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    Abstrao da infraestrutura e a distribuio geogrfica dos sistemas: exigncia de

    recursos administrativos e gerenciais que permitem autonomia de gesto e operao entre osdiversos sites distribudos;

    Heterogeneidade dos sistemas: no se pode exigir que os sistemas que constituem uma

    nuvem sejam da mesma tecnologia;

    Escalabilidade: possibilita que as nuvens sejam dinmicas e crescentes conforme a

    medida que mais sistemas sejam incorporadas.

    Adaptabilidade: permite que a nuvem se autorreconfigurar sempre que um determinado

    n se tornar indisponvel.

    Considerando outro ponto de vista, Linthicum (2009) cita que o modelo de computao

    em nuvem composto por cinco caractersticas fundamentais; so elas:

    Servios de auto-atendimento sob demanda: um consumidor pode provisionar

    capacidade computacional, tais como o tempo do servidor e de armazenamento de rede sem a

    necessidade de interao humana com o provedor de cada servio.Acesso rede ubqua: os recursos esto disponveis na rede e so acessados atravs de

    mecanismos padro que promovem o uso de plataformas cliente heterogneos do tipo fina ou

    grossa (por exemplo, telefones celulares, laptops e PDAs).

    Recursos diversos independentemente de localidade: os recursos disponibilizados

    pelos provedores de nuvens so agrupados para atender todos os consumidores/clientes atravs de

    um modelo multi-inquilino, com diferentes recursos fsicos e virtuais atribudos dinamicamente e

    de acordo com a demanda do consumidor. O cliente geralmente no tem controle ouconhecimento da localizao exata dos recursos disponibilizados. Exemplos de recursos incluem

    o armazenamento, processamento, memria, largura de banda de rede, e mquinas virtuais.

    Elasticidade gil: a capacidade computacional pode ser aumentada ou liberada

    rapidamente. Para o consumidor, as capacidades computacionais disponveis em formato de

    aluguel, muitas vezes parecem ser infinitos podendo ser adquirido a qualquer quantidade e a

    qualquer momento.

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    Paga somente o que usado: recursos so cobrados atravs de um medidor ou por um

    modelo de faturamento baseada em publicidade que visa promover o uso otimizado dos recursos.Exemplos disso, a medio de armazenamento, a largura de banda e os recursos de

    computacionais consumidos so faturados na contas de usurios ativos mensalmente.

    2.3.2 Modelos de implementao da computao em nuvens

    Linthicum (2009) afirma que as abordagens da computao em nuvem no so iguais e

    existem 4 tipos de modelos de implementao, que embora sejam diferentes, continuam a ser

    consideradas como computao em nuvem. Abaixo, identificamos os quatro tipos de modelo de

    implementao em nuvem.

    Nuvem privada: a infraestrutura da nuvem de propriedade ou arrendada para uma nica

    organizao e a sua operao exclusivo.

    Nuvem comunitria: a infraestrutura da nuvem compartilhada por vrias organizaes

    e suportando uma comunidade especfica que tem compartilhado as mesmas preocupaes (por

    exemplo, a misso, os requisitos de segurana, poltica e consideraes de conformidade).

    Nuvem Pblica: a infraestrutura da nuvem de propriedade de uma organizao em que

    vende servios em nuvem para o pblico em geral ou para grandes indstrias.

    Nuvem hbrida: a infraestrutura de nuvem neste caso uma composio de duas ou

    mais nuvens (pblica, comunitria, ou pblica) que so consideradas como entidade nica, mas

    esto unidas pela tecnologia padronizada ou proprietrio e que permitem que os dados e a

    portabilidade de aplicaes.

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    Figura 4: Exemplo de nuvem hbrida

    (Fonte: VERAS, 2011)

    Linthicum (2009) avalia que muitas empresas iro descobrir que as nuvens privadas so a

    melhor soluo para sua situao, aproveitando os benefcios da computao em nuvem, mas

    dentro de seu prprio modelo de segurana.

    2.3.3 Categorias de servios da computao em nuvens

    De acordo com Linthicum (2009) e INFORWORLD (2010), a computao em nuvens

    est dividida em 11 categorias ou padres de tecnologia sob servio. At o presente momento,

    muitas destas categorias tornaram mais conhecidas. Citamos abaixo as 11 categorias

    identificadas:

    1. Storage-as-a-service (Armazenamento como um servio): tambm conhecido como

    espao em disco sob demanda. a capacidade de utilizar o armazenamento que existe

    fisicamente em um local remoto, mas logicamente um recurso de armazenamento

    local para qualquer aplicao que necessite de armazenamento. Este o componente

    mais primitivo da computao em nuvem e um dos padres mais utilizado pelos

    demais padres da computao em nuvem. Exemplos: Cloud Storage da Nirvanix,

    NetApp solutions e Symantec Storage-as-a-Service.

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    2. Database-as-a-service DaaS (Banco de dados como um servio): fornece a

    capacidade de alavancar os servios de um banco de dados hospedados remotamente,compartilh-lo com outros usurios e t-lo logicamente funcionando como se o banco

    de dados fosse local. Diferentes modelos so oferecidos por diferentes fornecedores,

    mas o poder aproveitar a tecnologia de banco de dados que tipicamente custam

    milhares de dlares em licenas de hardware e software. Exemplos: Relational

    Database Service (RDS), EnterpriseDB (cloud edition) e SimpleDB da Amazon e

    SQL Azure da Microsoft

    3. Information-as-a-service (Informao como um servio): a capacidade deconsumir qualquer tipo de informao, hospedado remotamente, atravs de uma

    interface bem definida como uma API. Exemplos incluem informaes sobre aes de

    preos, validao de endereos, e relatrios de crdito.

    4. Process-as-a-service PRaaS (Processos como um servio): um recurso remoto

    que pode ligar muitos recursos em conjunto, tais como servios e dados, seja

    hospedado no mesmo recurso de computao em nuvem ou remotamente, para criar

    processos de negcios. Voc pode pensar em um processo de negcio como uma meta

    aplicativo que abrange sistemas, aproveitando os principais servios e informaes

    que so combinadas em uma seqncia para formar um processo. Estes processos so

    tipicamente mais fceis de mudar do que so as aplicaes e, assim, proporcionar

    agilidade para aqueles que aproveitarem esses motores de processo que so entregues

    sob demanda.

    5. Application-as-a-service AaaS (Aplicao como um servio) ou Software-as-a-

    service SaaS (Software como um servio) : qualquer aplicao que entregue por

    meio da plataforma da Web para um usurio final, geralmente aproveitando a

    aplicao atravs de um navegador. Enquanto muitas pessoas associam a aplicao

    como servio sendo aplicativos empresariais, como Salesforce SFA, os aplicativos de

    automao de escritrio so de fato as aplicaes como um servio. Exemplos:

    incluindo o Google Docs, Gmail , Google Calendar e Microsoft Office Live.

    6. Platform-as-a-service PaaS (Plataforma como um servio) uma plataforma

    completa, incluindo o desenvolvimento de aplicativos, desenvolvimento de interface,

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    desenvolvimento de banco de dados, armazenamento, teste e assim por diante,

    entregues atravs de uma plataforma hospedados remotamente aos assinantes. Combase no modelo de compartilhamento de tempo tradicional, moderna plataforma como

    servio, provedores fornecem a capacidade de criar aplicaes de classe empresarial

    para uso local ou sob demanda para um preo de subscrio pequeno ou

    gratuitamente. Exemplos desse servio: AppEngine do Google e Azure da Microsoft

    7. Integration-as-a-service (Integrao como um servio) a capacidade de entregar

    uma pilha de integrao completa da nuvem, incluindo a interface com as aplicaes,

    a mediao semntica, controle de fluxo, design, integrao e assim por diante. Emessncia, a integrao como um servio inclui a maioria das caractersticas e funes

    encontradas dentro de integrao de aplicativos corporativos tradicionais (EAI

    Enterprise Application Integration) a tecnologia, mas fornecido como um servio.

    8. Security-as-a-service (Segurana como um servio) a capacidade de provedores de

    prestarem servios de segurana central remotamente atravs da Internet. Enquanto os

    servios de segurana tpicos fornecidas so rudimentares, servios mais sofisticados,

    tais como gerenciamentos de identidade esto se tornando disponveis. Exemplos:

    Hosted Web Security e Hosted Email Security da Websense e McAfee Security-as-a-

    Service

    9. Management/governance-as-a-service MaaS e GaaS (Gerenciamento/governana

    como um servio) so qualquer servio sob demanda que fornece a capacidade de

    gerenciar um ou mais servios em nuvem. Estes dois servios so tipicamente coisas

    simples como topologia, utilizao de recursos de virtualizao e gerenciamento de

    tempo de subida. Sistemas de governana esto se tornando disponveis, bem como,

    oferecendo, por exemplo, a capacidade de aplicar polticas definidas em dados e

    servios.

    10. Testing-as-a-service TaaS (Ensaio como um servio) a habilidade de teste local

    ou de entrega em nuvens utilizando software de teste e servios que so hospedados

    remotamente. Enquanto, um servio de nuvem exige testes em si mesmo, sistemas de

    teste como servio possuem a habilidade de testar outros aplicativos em nuvem, tais

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    como, sites e sistemas corporativos internos. E eles no exigem um hardware ou

    software dentro da empresa. Exemplos: Testing-as-a-Service solution da HP

    11. Infrastructure-as-a-service IaaS (Infraestrutura como um servio) o mesmo que

    Datacenter como um servio, ou a capacidade de acessar remotamente recursos de

    computacionais de um Datacenter. Essencialmente, voc aluga um ou mais servidores

    fsicos que so prprios e com propsito prtico definido. A diferena dessa

    abordagem em relao computao em nuvem que em vez de usar uma interface

    de servios fechados, voc tem acesso a todas as mquinas e software. Exemplos:

    Amazon EC2 e Blue cloud da IBM.

    Para facilitar o entendimento visual dos servios citados, a figura 5 apresenta todas as

    categorias de servios identificados por Linthicum (2009):

    Figura 5: 11 categorias ou padres de tecnologia sob servio da computao em nuvem

    (Fonte: LINTHICUM, 2009)

    Taurion (2009) identificou outro tipo de categoria de servio, o Backup-as-a-service

    (BaaS). O conceito do backup como um servio na realidade um exemplo de software como um

    servio. A principal diferena que o backup como um servio voltado para um processo mais

    adequado para proteo e recuperao de dados. Toda esta complexidade de gesto de backup e

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    de capital de alto custo para as empresas no geram procedimentos adequados de backup e, por

    isso poderia gerar riscos de perda de informaes valiosas localizados nos computadorespessoais. Exemplos desse servio: Backup as a Service solution da Symantec.

    Veras (2011) entende que a infraestrutura como um servio (IaaS), a plataforma como um

    servio (PaaS) e o software como um servio (SaaS) so os trs principais servios e mais

    comum para a computao em nuvem. Para entender melhor o porqu estes trs servios so mais

    comuns, ilustramos abaixo os papis desempenhados por elas atravs da arquitetura computao

    em nuvem:

    Figura 6: Papis desempenhados na arquitetura em nuvem (IaaS, PaaS e SaaS)

    (Fonte: VERAS, 2011)

    O provedor de servio em nuvem responsvel por disponibilizar, gerenciar e monitorartoda a estrutura da soluo, assim, isenta esse tipo de responsabilidade dos desenvolvedores e

    usurios finais. O mesmo provedor pode ficar responsvel pelos trs tipos de servios ou

    compartilhar as responsabilidade com outros provedores. Podemos exemplificar as

    responsabilidades compartilhada sendo que o provedor A, responsvel pela infraestrutura e o

    provedor B fica responsvel pela plataforma e software como um servio.

    A interao desses trs tipos de servio pode ser resumida conforme a figura 7 abaixo:

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    Figura 7: Interao do IaaS, PaaS e SaaS

    (Fonte: VERAS, 2011 adaptado pelo autor)

    2.3.4 Migrar para a computao em nuvens

    Segundo um estudo da Unisys (2011), 44 % dos profissionais e gestores de TI

    entrevistados nesta pesquisa afirmam que em 2011 a computao em nuvens ser a iniciativa e

    prioridade nmero 1 nas suas respectivas empresas. Nessa mesma pesquisa, uma parcela de 41%

    dessas empresas v a soluo em nuvem como suporte a dispositivos mveis e uma alternativa

    em segurana virtual. Outra pesquisa do GARTNER (2011) apontou que o CIOs colocaram a

    computao em nuvens e a virtualizao como as top tecnologias prioritrias.

    Baseando nessas informaes podemos perceber que h uma clara inteno das empresas

    de adotarem esta soluo, pois, elas acreditam que iro ganhar novos mercados e conquistar

    novos clientes atravs de solues mveis e enxergam que a computao em nuvens est mais

    segura e madura.

    ISACA (2009) e Taurion (2009) afirmam que esta nova tecnologia promete no somente

    reduzir custos, mas tambm abrir novas oportunidades para as empresas a otimizar processos,

    aumentar a inovao e maior foco no negcio. Ela permite aumentar a produtividade e

    transformar os processos de negcio atravs de meios que antes eram muito caras.

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    Por outro lado Taurion (2009) sugere que antes de adotar esta soluo preciso

    desenvolver um plano de ao que deve contemplar profundas anlises referentes suainfraestrutura efetuando, uma anlise de due diligence, visando entender as potencialidades e

    restries do ambiente tecnolgico atual das empresas.

    Taurion (2009) cita algumas anlises bsicas do processo due diligence antes de uma

    possvel migrao para a soluo conforme descrito abaixo:

    Ao adotar a soluo em nuvens, os acordos de nveis de servios (SLA) sero

    mantidos, melhorados ou piorados?

    Anlise de custo x benefcios; a infraestrutura do novo data center possui a

    capacidade de operar em nuvens de forma eficaz, a um custo menor que no

    modelo atual?

    Quais servios podero ser ofertados nas nuvens?

    Quais so as restries de banda do data center atual?

    Qual o nvel de conhecimento da equipe atual diante da soluo em computao

    em nuvens?

    Que outras tecnologias adicionais devero ser adquiridas?

    Podem existir aplicaes legadas que no podero ser virtualizados?

    A capacidade computacional do data center pode no ser suficiente para torn-lo

    apto a operar em nuvens?

    Quais restries regulatrios e legais?

    Taurion (2009) prev a expanso da computao em nuvem no mundo e tornar os atuais

    Datacenters obsoletos, j que ele espera que pequenas e mdias empresas deixem de focar na

    operao dos Datacenters. Quando as grandes empresas iro continuar a operar seus Datacenters,

    entretanto, devem adotar o conceito de nuvem dentro da organizao.

    O sub-captulo a seguir apresentar as questes de anlise que ajudaro a responder ou a

    entender quais as implicaes possam ocorrer e quais os ganhos que podero trazer ao adotar este

    novo modelo de ambiente computacional

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    2.3.5 Custo total de propriedade para a TI

    Para Linthicum (2009) e ISACA (2009), as empresas devero comparar os seus custos

    atuais contra os custos nas nuvens e considerar modelos de TCO (Total Cost of Onwership) para

    entender se os servios em nuvem vo oferecer o benefcio potencial para a empresa.

    O Total Cost of Onwership segundo Veras (2011), um conceito de custo total de

    propriedade que foi adaptado pela consultoria Gartner com o objetivo de entender os custos reais

    da infraestrutura de TI. Os gestores de TI acreditavam que o custo de manter toda a

    infraestrutura e redes era muita caras, entretanto havia a dificuldade de medir os custos devido

    existncia de aspectos subjetivos de difcil mensurao.

    Em resumo a idia principal de adaptar o TCO na rea de TI foi a de medir o custo total

    ao longo do ciclo de vida de uma soluo tecnolgica e no somente o custo de aquisio, esta

    anlise considera dois principais componentes de custos (diretos e indireto). Nste conceito de

    TCO, segundo o autor, h uma ligao direta com o conceito de ROI (Return on Investment) que

    trabalha a relao entre o dinheiro ganho ou perdido baseado em um investimento e o montante

    de dinheiro aplicado. Abaixo descrevemos os dois principais componentes do TCO.

    Custos Diretos: estes custos so fceis de serem identificados e medidos.

    Exemplos de custo direto so: hardware, software, materiais, mo de obra e

    servios.

    Custos Indiretos: neste caso, so custos difceis de serem identificados e medidos

    e h ocasies em que elas podem estar subestimadas. Os exemplos de custos

    indiretos so: qual o custo de parada de um equipamento e que podem afetar ao

    negcio, depreciao e manuteno de equipamentos, etc. Entende-se que o custo

    direto influencia no custo indireto, pois se um equipamento de baixa qualidade

    cria um tempo de parada maior em relao a um equipamento de boa qualidade,

    certamente os custos indiretos iro aumentar.

    Por fim, o modelo de TCO da Gartner cita que os custos da infraestrutura e servios de TI

    devem ser dimensionados em quatro categorias (planejamento, aquisio, operao e

    manuteno/alienao).

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    2.3.6 Vantagens, riscos e desvantagens

    Para Taurion (2009) e Linthicum (2009), o fator reduo de custo no deve ser nico para

    uma tomada de deciso, preciso considerar outros pontos como vantagens, riscos e

    desvantagens. E durante esta reviso, percebeu-se que os benefcios, riscos e desvantagens do

    modelo de computao em nuvem se encaixam perfeitamente nas 5 categorias (Desempenho,

    Disponibilidade, Escalabilidade, Gerenciamento e Segurana e Conformidade) mencionadas por

    Veras (2009).

    Visando trazer uma viso mais simplificada dessa anlise de vantagem e desvantagem,

    uma publicao da GARTNER (2010) listou uma srie de vantagens, benefcios esperados edesvantagens como pontos importantes a serem considerados antes de implementar a computao

    a nuvens em um modelo tradicional de terceirizao. Segue abaixo a tabela 1 com as descries

    detalhadas das vantagens, benefcios esperados e desvantagens.

    Vantagens:

    1. Voc pagar por aquilo que foi utilizado. (teoricamente)*2. Os custos derivam de um oramento operacional.3. Funcionalidades mais bsicas que voc realmente precisa.

    4. No h preocupaes operacionais.5. Nenhuma sobrecarga da infraestrutura.6. Menor custo de total de propriedade - TCO (teoricamente)*7. Implementaes de TI mais rpidas8 . Integrao mais fcil (teoricamente)*

    * Teoricamente: quer dizer que na teoria isto pode ocorrer ou no ocorrer nas diferentesempresasBenefcios esperados:

    1. Menor necessidade de desempenho computacional (porque 80% das pessoas no precisam de80% das funcionalidades do software)

    2. Menor custo potencial, pois as pessoas gostam de pagar por menos coisas)3. Voc paga apenas pelo que voc usa, pois as pessoas esto pagando por tecnologias muitasvezes no utilizadas. (teoricamente)*4. A transmisso ocorre atravs de servidores do provedor, pois as pessoas perceberam que elesusam apenas 20% da sua capacidade de servidor.5. Toda a gesto ser realizada pelas equipes do provedor, pois as pessoas descobriram que omaior componente de custo de TI so as pessoas.

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    Desvantagens:

    1. Inexistncia de valor patrimonial2. Menor gerenciamento central da TI3. Muitas funcionalidade bsica (s vezes real e s vezes percebida)4. Gerenciamento de fornecedores (incluindo a superviso da sua gesto operacional)5. Maior preocupaes com a segurana.6. Incerteza do TCO ao logo do tempo.

    Tabela 1: Vantagens, benefcios esperados e desvantagens da computao em nuvem

    (Fonte: GARTNER (2010) adaptado pelo autor)

    Para ter outra viso das vantagens de desvantagens, disponibilizada abaixo uma nova

    viso de vantagens e desvantagens em que adotamos os cinco critrios de infraestrutura de TI

    (Desempenho, Disponibilidade, Escalabilidade, Segurana e Conformidade e Gerenciamento) de

    Veras (2009) conforme citados anteriormente, e inclumos o critrio de custo citado pelos autores

    por Taurion (2009) e Linthicum (2009).

    1. Desempenho

    a. Provedores de servios de nuvens prometem alto desempenho operacional e

    tempo de resposta (TAURION, 2009).

    b. Agilidade na prototipao, desenvolvimento, implantao e mudanas de

    sistemas(GARTNER, 2010; TAURION, 2009; LINTHICUM, 2009).

    c. A computao em nuvem possui a capacidade de gerenciamento e

    provisionamento de servios de TI em um nico dia. Em comparao aostradicionais projetos de TI podem exigir semanas ou meses para serem

    implementados. (ISACA, 2009; GARTNER, 2010; LINTHICUM, 2009).

    d. Os provedores de computao em nuvens possuem a infraestrutura para

    acomodar os requisitos de TI para o acesso de alta velocidade, armazenamento

    e aplicaes. ( ISACA, 2009; LINTHICUM, 2009).

    2. Disponibilidade

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    a. Empresas que adotaram a computao em nuvem retornaram as atividades

    operacionais no menor tempo de indisponibilidade ou em caso de desastre.(TECHWORLD, 2011).

    b. O modelo atual de licena de uso do software, onde o usurio paga

    antecipadamente o direito de uso do software e caso o software deixe de

    funcionar ou fique indisponvel, o usurio no tem direito de ressarcimento.

    Mas no modelo de servio em nuvem, o cliente pode exigir nveis de servio

    do provedor e se no forem cumpridas o cliente ser ressarcido. (TAURION,

    2009).c. Os provedores de nuvem, muitas vezes assumem a responsabilidade de

    tratamento da informao que uma parte crtica do negcio. A falha na

    execuo dos acordados nveis de servio podem afetar a disponibilidade, o

    que pode causar um alto impacto nos negcios. (ISACA, 2009).

    3. Escalabilidade (capacidade)

    a. Mquinas virtuais rodam em qualquer parte da nuvem, desta forma h uma

    clara otimizao do ambiente com respeito ao uso de recursos disponveis na

    infraestrutura. (VERAS, 2009; TAURION, 2009).

    b. Com capacidade ilimitada, os servios em nuvem oferecem maior flexibilidade

    e escalabilidade de acordo com as necessidades de TI. Os recursos de

    computacionais so criados sob demanda e que permitem picos de trfego e a

    reduo de tempo para implementar novos servios. No modelo atual, muitas

    vezes para aumentar recursos computacionais envolve em um processo de

    seleo e aquisio de servidores. (TAURION, 2009; ISACA 2009;

    GARTNER, 2010)

    4. Segurana & Conformidade

    a. Conformidade com os regulamentos e leis em diferentes regies geogrficas

    pode ser visto como um novo desafio para as empresas. Pois, no h

    preocupao com a localizao fsica das informaes das empresas (ISACA,

    2009; TAURION, 2009)

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    b. Manter informaes confidenciais em provedores terceirizados cria riscos de

    confidencialidade o que pode representar uma ameaa significativa a exemploa proteo de propriedade intelectual e segredos comerciais. (ISACA, 2009;

    TAURION, 2009)

    c. Os riscos da segurana da informao associado na computao em nuvem no

    so novos, e podem ser encontrados no cotidiano das empresas atuais. Os

    problemas de segurana da informao como invaso, roubo de dados,

    espionagem e outros ocorrem freqentemente nas empresas. (ISACA, 2009)

    5. Gerenciamento - (gerenciamento de recursos computacionais)

    a. Reduo da complexidade operacional dos servios de TI (GARTNER, 2010;

    TAURION, 2010)

    b. H riscos de algumas aplicaes/sistemas legados encontradas dentro das

    empresas no poderem ir para as nuvens. O que poderia aumentar a

    complexidade de gerenciamento. (TAURION, 2009)

    c. A computao em nuvem facilidade de integrao de sistemas ( GARTNER,

    2010)

    6. Custos

    a. O modelo de custo dos servios de TI na computao em nuvem um modelo

    em que voc paga por aquilo que consumido. Sendo assim as empresas iro

    pagar o que consumido em servios de TI similar aos modelos de custo como

    a eletricidade, o gs, a gua e os servios de telefonia em dados e voz.

    (ISACA, 2009; TAURION, 2009; GARTNER, 2010)b. A computao em nuvens poder ajudar as empresas com a reduo de custos

    em termos de desperdcio de recursos de TI. (ISACA, 2009; TAURION, 2009)

    c. A computao em nuvem possui a capacidade de gerenciamento e

    provisionamento de servios de TI em um nico dia. Em comparao aos

    tradicionais projetos de TI podem exigir semanas ou meses para serem

    implementados. H um impacto fundamental sobre a agilidade de um negcio

    no corte de custos associados com atrasos de tempo. (ISACA, 2009).

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    d. Aumento dos custos de gerenciamento e superviso do provedor (GARTNER,

    2010).

    e. Os custos diretos e indiretos sero reduzidos (TAURION, 2009; GARTNER,

    2010; LINTHICUM, 2009)

    f. Menor custo para desenvolver, implementar, operar, ou alterar os sistemas

    (considerando a dinmica carga de trabalho e modelos de precificao)

    (GARTNER, 2010; TAURION, 2009)

    Taurion (2009) cita que os maiores desafios da computao em nuvens continuam sendo a

    segurana da informao e privacidade. Entretanto, ISACA (2009) argumenta que os riscos da

    segurana da informao associado na computao em nuvem no so novos, e podem ser

    encontrados no cotidiano das empresas atuais.

    Os problemas de segurana da informao como invaso, roubo de dados, espionagem e

    entre outros ainda ocorrem freqentemente nas empresas. Para se defender preciso investir em

    segurana da informao, ajustar as suas polticas da empresa e procedimentos para atender s

    necessidades do negcio no modelo de nuvens.

    Outros riscos identificados, mas no associados ao conceito de computao de nuvem o

    certo cuidado com as propostas ou contratos de computao em nuvem. Os contratos devem ser

    elaborados com uma devida ateno para no incorrerem custos adicionais ou problemas que

    possam afetar ao negcio e apresentando o objetivo principal de mitigar os riscos contratuais.

    (TAURION, 2009). Visando mitigar os riscos contratuais a consultoria Gartner recomenda 9

    pontos de ateno quando fechar um contrato com o provedor (Computerworld, 2011):

    1. Funcionamento: apresentao de garantias de desempenho de nveis de servio

    descrito no contrato

    2. Penalidades para os ANS no cumpridos: o no cumprimento dos acordo de

    nvel de servios ANS deve estar acompanhados de multas financeiras, mecnicas

    de contabilizao e nveis de soluo previstos em contrato.

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    3. Ateno com excluses de penalidades para ANS: a principal idia gerenciar

    os riscos, os fornecedores que costumam inserir critrios rgidos de excluso depenalidades nos contratos.

    4. Segurana: assegurar que os nveis de segurana do provedor estejam no mesmo

    nvel de segurana aceitvel ou mais eficiente, especialmente, em relao aos

    requisitos de conformidade legal.

    5. Continuidade nos negcios e recuperao de desastres: os contratos de servios

    em nuvens devem conter clusulas sobre recuperao de desastres e

    responsabilidade de fazer backup dos dados do cliente.

    6. Condies de privacidade de dados: o contrato deve exigir que o provedor

    cumpra os regulamentos de privacidade de informaes pessoais em nome da

    organizao. Os contratos devem conter todos os requisitos do cliente (inclusive

    como documentao para efeitos de auditoria).

    7. Suspenso de servio: tomar certos cuidados com alguns contratos que prevem

    que, se o atraso de pagamento for superior a 30 dias, o servio pode ser suspenso.

    A ao a ser tomada a negociao de um acordo, no qual o pagamento, em

    qualquer litgio, no deve levar a uma suspenso do servio.

    8. Resciso: os clientes/usurios devem negociar uma antecedncia de seis meses

    para um aviso de suspenso do servio.

    9. Responsabilidades: a maioria dos contratos restringe responsabilidade ao mximo

    do valor das faturas nos ltimos 12 meses. Por isso, companhias devem negociar

    uma proteo maior.

    Em resumo a conformidade com os regulamentos e leis em diferentes regies geogrficas

    pode ser um desafio para as empresas. Neste momento h pouco precedente ou entendimento

    legal sobre a responsabilidade em nuvem. fundamental obter aconselhamento jurdico

    apropriado para garantir que o contrato especifique as reas onde o provedor de nuvem

    responsvel, ou seja, descrevendo as responsabilidade de cada lado. (ISACA, 2009)

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    2.4 Modelo de anlise de maturidade de infraestrutura

    Conforme dito anteriormente, a virtualizao o primeiro passo e uma das etapas mais

    importante para a computao em nuvem. Entretanto, preciso conhecer em qual estgio de

    virtualizao uma empresa ou a TI se encontra. Sendo assim, a FORRESTER RESEARCH

    (2009) desenvolveu um modelo de avaliao do nvel de maturidade da infraestrutura

    virtualizada, conhecida como Infrastructure Virtualization Maturity Model (IVMM).

    A Forrester uma consultoria independente e uma das mais reconhecida no mercado

    americano, assim como as consultorias Gartner, Pricewaterhousecoopers, Delloite, Mckinsey e

    entre outras consultorias, elas divulgam pesquisas de mercado, tendncias, e inclusivemetodologias de anlise e avaliao para chegar ao resultado em uma pesquisa.

    2.4.1 Infrastructure Virtualization Maturity Model

    Este modelo de avaliao segue um padro de experincia e entrevistas que a consultoria

    Forrester Research realizou e concluiu que a Infrastructure Virtualization Maturity Model est

    dividido em quatro estgios de maturidade. A consultoria entendeu que muitas organizaes

    devem passar por cada estgio de maturidade e depois se preparar para o prximo nvel de

    automao, implementao e evoluo. Abaixo descrevemos os estgios citados:

    Estgio 1: Aclimatao neste estgio a maioria das empresas inicia o caminho

    da virtualizao de servidores. Elas comeam a aprender, a experimentar e a testar

    como a tecnologia funciona e geralmente em aplicaes mais simples e no

    crticos.

    A virtualizao comea com a implementao de teste e desenvolvimento antes demover do ambiente de produo. nesse estgio que a recuperao de desastres

    (Disaster Recovery) testada em aplicaes menos crticas. As aplicaes

    escolhidas geralmente so fceis de lidar, com poucos usurios, baixo requisito de

    desempenho e baixo impacto ao negcio. Uma das principais atividades a

    consolidao de servidores e recuperao de desastre.

    Estgio 2: Consolidao nesse estgio que as empresas se tornam mais

    confiantes com o conceito de virtualizao e estabilidade da tecnologia de

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    virtualizao escolhida e elas comeam a mudar para uma implementao mais

    estratgica. Esta etapa identificada quando uma organizao muda suamentalidade de implantao padro de servidor para servidor virtual, tambm

    conhecido como poltica de "virtual first". A partir desse ponto a empresa no

    precisa fazer um business case para justificar investimento em virtualizao.

    Estgio 3: Melhoria de processos para esse estgio pode-se perceber que a

    virtualizao permite a melhoria de processos. O negcio comea a visualizar os

    benefcios disponibilizados pela infraestrutura de virtualizao, como a migrao

    ao vivo, servios de backup, agendamento de recursos e modelos de VM(mquinas virtuais).

    O uso crescente dessas tecnologias leva a melhorias de processo principais, tais

    como gerenciamento de mudanas, gerenciamento de incidentes e

    implementaes. A empresa comea a explorar ao mximo o proveito destas

    tecnologias e o nmero de mquinas virtuais sob gesto cresce dramaticamente e

    os processos pr-existentes simplesmente no podem gerenciar o crescimento de

    forma eficaz.Durante este estgio, as empresas comeam a levar a srio sobre o ciclo de vida de

    gerenciamento de mquinas virtuais. Elas tambm comeam a virtualizar

    aplicaes que exigem alto desempenho, onde pode no haver reduo de custos

    de hardware. Mesmo que a mquina virtual ocupe todo um servidor fsico, os

    benefcios para o gerenciamento contnuo e a recuperao de desastre compensam.

    Estgio 4: Automao com o amadurecimento dos processos as empresas

    descobrem que a chave para controlar e gerenciar a expanso das VMs estobaseadas em polticas de automao que reduz o trabalho manual, dirigindo-se ao

    cliente ou usurio o auto-atendimento. H automao de movimentos para tarefas

    de nvel mais alto, pois a organizao comea a gerenciar o seu ambiente virtual e

    prepar-lo para tratar este conjunto necessidades como um servio de nuvem

    interna.

    Enfim, FORRESTER RESEARCH (2009) recomenda que as empresas avaliem em qual

    estgio de maturidade elas se encontram antes de adotar os prximos passos. A mesma

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    consultoria disponibilizou o modelo Infrastructure Virtualization Maturity voltado para uma

    avaliao individual considerando duas categorias importantes para o negcio (implementao eprocessos). Este modelo ser detalhado no captulo 3.2 Diagnstico - Infrastructure

    Virtualization Maturity Model.

    2.5 Aplicao da soluo na prtica (case)

    Nbrega (2010) publicou uma reportagem de um caso em que duas empresas estavam em

    momentos de fuso e que adotaram na prtica a computao em nuvem para ganhar eficincia de

    implantao sem interferir na produtividade da empresa. Vale apena ressaltar que a fuso ocorreu

    entre duas empresas, entretanto, existia uma terceira empresa que foi adquirida no mesmo ano da

    fuso.

    Na mesma reportagem, foram citados os desafios do novo departamento de tecnologia da

    informao na questo de consolidar 3 infraestruturas, 3 redes de informticas, 3 domnio, 9

    sistemas, com limitaes de recursos computacionais e ainda posicionadas em diferentes

    localidades.

    De acordo com a reportagem, a tomada de deciso de adotar a computao em nuvens

    seguiu as perspectivas de reduo de custo e agilidade na implantao. Outro fator que contribuiu

    no sucesso dessa migrao foi o comprometimento da administrao nessa soluo e parcerias

    estratgica com fornecedores de nuvens, destaca o autor.

    Principais benefcios obtidos pela empresa ao adotar a computao em nuvem so citados,

    conforme descrito abaixo:

    Migrao sem downtime (tempo de parada) significativo em comparao comoutras transies anteriores;

    Garantia de disponibilidade de dados e backup das informaes com mais

    segurana;

    Queda muito significativo na quantidade de spam nos correios eletrnicos;

    Reduo do nmero de licenas e de servidores necessrios nas operaes.

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    Aumento na flexibilidade de acesso ao e-mail e outras informaes

    importantes;

    Reduo na complexidade operacional e na gesto da TI.

    TECHWORLD (2011) cita que h outro motivo de as empresas adotarem a computao

    em nuvem alm dos custos prometidos, o tempo menor de recuperao tambm foi um fator

    decisivo para adoo de tecnologia em nuvens. Neste caso, a empresa visualizou os reais

    benefcios do backup das informaes.

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    3. SOLUO PROPOSTA

    Este captulo tem o objetivo principal de apresentar as duas principais ferramentas dediagnstico. Desenvolvidos e adaptados pelo autor, estas ferramentas tm como objetivo

    contribuir com o processo de tomada de deciso, pois, a primeira ferramenta concentra-se em

    analisar se a soluo computao em nuvem boa e aderente para a empresa. Quando a segunda,

    concentra-se em avaliar se a empresa est pronta para adotar esta tecnologia, ou seja, a soluo

    em nuvem pode ser vantajosa para a empresa, entretanto, a infraestrutura atual da empresa no

    permite a migrao imediata para as tecnologias em nuvem.

    Vale ressaltar que a primeira ferramenta estabelece o diagnstico e avaliao da adernciada computao em nuvem voltada para a empresa estudada em momento de fuso. O

    desenvolvimento desta ferramenta abrangeu pontos importantes relacionados da virtualizao,

    Datacenter e computao em nuvem estudada na reviso de literatura.

    A metodologia de desenvolvimento da primeira ferramenta de diagnstico de aderncia

    iniciou com a reviso de literatura e prosseguiu com a criao de um prottipo. Nesse prottipo

    foram considerados os 5 critrios (Desempenho, Disponibilidade, Escalabilidade, Segurana e

    Conformidade e Gerenciamento) para atingir metas empresariais por meio de servios de TI

    citados por Veras (2009) e inclusive o critrio de custos citado pelos autores Taurion (2009),

    Gartner (2010) e Linthicum (2009).

    Esta primeira ferramenta de diagnstico foi testada e aplicada sucessivamente at chegar a

    um modelo final. Os testes iniciaram com especialistas que acompanham tecnologias e por

    consultores de estratgias operacionais e de TI. Onde, cada um deles contribuiu com as suas

    sugestes de melhorias.

    A segunda ferramenta de diagnstico ser o modelo de avaliao InfrastructureVirtualization Maturity Model (IVMM) da Forrester Research e adaptado pelo autor. A aplicao

    da ferramenta em por objetivo diagnosticar em qual estgio a empresa A descrita no captulo 1

    se encontra em relao virtualizao da infraestrutura, pois, com este diagnstico ser possvel

    direcionar algumas aes necessrias para migrar ao prximo estgio ou podendo at adotar

    imediatamente a soluo em nuvem.

    Quando a segunda ferramenta de diagnostico de infraestrutura de TI, traduzimos e

    adaptamos ao modelo em formato automtico e prtico de resposta e inclusive com o resultado do

  • 8/2/2019 Computao em Nuvem - Uma Soluo Voltada Para as Empresas em Fuso Horizontal _ Yang _ v.FINAL_1.01

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    diagnstico ao final da avaliao. A metodologia de desenvolvimento dessa segunda ferramenta

    foi criada pela consultoria Forrester que utilizou suas experincias e entrevistas para chegar aomodelo final conforme citados na reviso de literatura.

    Buscando validar a sua utilidade e aplicabilidade, ambas as ferramentas sero utilizadas

    em uma entrevista com o principal gestor da rea de TI da empresa A. O gestor da TI possui

    aproximadamente 1 ano de empresa e possui bons conhecimentos em tecnologia da informao.

    Ao responder os questionrios do modelo Infrastructure Virtualization Maturity Model o gestor

    poder consultar as equipes internas para sanar dvidas quando a sua infraestrutura e

    posteriormente escolher a resposta mais adequada no seu entendimento.Os resultados e as discusses sero apresentados no captulo 4.

    3.1 Estratgia e modelo de diagnstico da soluo em nuvem

    A estratgia de diagnstico da soluo em nuvem ser criada a partir das principais

    constataes provenientes da reviso de literatura, incluindo as vantagens e desvantagens

    baseadas nos seis critrios citados anteriormente (Desempenho, Disponibilidade, Escalabilidade,

    Segurana e Conformidade, Gerenciamento e Custos). Portanto, ilustramos na tabela 2 a

    formulao de 25 questes e subdivididos nos seis critrios abordados.

    CritriosReviso Bibliogrfica

    (identificados na computao em nuvens)Questes

    1. Desempenho

    Provedores de servios de nuvens prometem altodesempenho operacional e tempo de resposta(TAURION, 2009)

    Se o tempo de resposta e odesempenho operacional atrasarem emalguns milessegundos, o impacto ser?

    Agilidade na prototipao, desenvolvimento,implantao e mudanas de sistemas (GARTNER,2010; TAURION, 2009; LINTHICUM, 2009)

    Se o tempo necessrio paraprototipao, desenvolvimento,implantao e mudanas de sistemasdimi