CARTA Distrito 1960 -O canto do ambiente - 1

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Pediu-nos o Companheiro Governadorque promovêssemos, na opinião pública,a imagem de que o Rotary se preocupacom o Ambiente.

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2 Julho 2003

O Rotário mais informadopode ser mais actuante.

“Ó mar salgado, quanto do teusal são lágrimas de Portugal!”(Fernando Pessoa, in Mensagem)

“Se cada cidadão do mundovivesse como um francês, se-riam necessários mais doisplanetas como a Terra”(Thierry Thouvenot, in L’ecologist)

potencia a introdução de doenças e de espécies exóticas de forma tãorápida que a maioria dos ecossistemas soçobra antes de se reequilibrar.Poluição química e radioactiva. Neste campo o homem tem vindo a criare a usar substâncias sintéticas em tão grande escala que está a perder ocontrole dessas mesmas substâncias a nível do organismo humano e mes-mo na biosfera. No que diz respeito à radioactividade, também esta umanovidade se pensarmos na nossa estada na terra, não está sob controle etem vindo a provocar muitas mortes, não se tendo muita noção dos limitesque pode vir a atingir o seu mau uso.Aumento exponencial do lixo, que tem crescido a um ritmo alucinante so-bretudo em países desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento, proveni-ente de um consumo desenfreado que leva a uma taxa muito maior deconsumo de matérias primas e ao mesmo tempo acarreta o problema acres-cido de nos livrarmos dos seus resíduos,alguns deles com esperanças de vida deséculos sem que haja possibilidade deserem reciclados.Crescimento desgovernado e irreflectido dapopulação. A falta do controlo de natali-dade vai, se não houver inflexão nos nú-meros, conduzir a uma Terra ingovernávelem que os recursos serão tão escassos e tão disputados que grandes hor-rores nos esperam.Por tudo o que se disse, e pelo que não foi dito mas se subentende, sãograndes as responsabilidades do ser humano no estado calamitoso a que onosso planeta chegou.Parece que o primeiro grande passo é admitirmos que assim é, para quepossamos de forma inteligente, rápida, eficaz e sem recuos facultar à Terratempo e capacidade de se reequilibrar e podermos participar (com ela) naconstrução de uma matriz ambiental onde os nossos descendentes possamter uma vida relativamente humana, tal como a entendemos.

Folha da Sub-comissão Preserve o Planeta Terra,da Comissão dos Serviços à Comunidade

Responsável pela Sub-Comissão e pelos conteúdos:José Rodrigues (Rotary Clube de Sesimbra)

Tel.: 21 084 16 64 • Email: jose.rodrigues.60@netvisao.pt

www.naturlink.pt A poluição invisívelwww.Iambiente.pt (Mohamed Bouguerra)/Inst. PIAGETwww.infoambiente.com Estudos sobre contaminaçãowww.ambientebrasil.com.br ambiental na Península Ibéricawww.planetark.org (Ricardo Prego & outros)/Inst. PIAGET

Ficha Técnica Sites e l ivros de interesse

Frases do mês

Pediu-nos o Companheiro Governadorque promovêssemos, na opinião públi-ca, a imagem de que o Rotary se preo-cupa com o Ambiente.Considerámos que para se poder atingireste desiderato teríamos de forçosamen-te, e em simultâneo com as acções parao exterior, de investir na discussão dotema no seio do movimento.Surgiu, então a ideia, que nos pareceu amelhor de entre outras, de promover eelaborar esta folha informativa: O cantodo ambiente.Canto, físico, onde de forma continuadase vai poder falar das várias temáticasde que o Ambiente é formado, enten-dendo-o para o defender.O Canto, voz, de quem se interessa eaproveita o ensejo para deitar à discussãosobre tudo o que à Biosfera concerne.Contamos todos os meses chegar aoscompanheiros com um novo exemplar, eambicionamos que este contribua parauma reflexão pessoal, familiar e de ClubeRotário.Queremos falar-lhes dos problemas queafectam a nossa Terra, e que urge tomarconsciência, caso não queiramos deixarhipotecado o futuro dos nossos descen-dentes.Assim a Folha será constituída por umtexto (ou dois) sobre o tema do mês. Umbloco com gráficos que pretendem daruma ideia dos dados e da sua evoluçãono que concerne ao assunto abordado.Haverá lugar para um espaço de promo-ção das acções da Sub-comissão (e senecessário da Comissão) e por fim pore-mos à disposição algumas frases de re-flexão e uma lista de livros e sites onde,quem deseje, pode aprofundar o tema.Esperamos que o trabalho que venhamosa desenvolver seja do agrado de todos,e estaremos sempre abertos a criticas esugestões que levem a que o Canto doAmbiente cumpra de forma plena os pro-pósitos para que foi criada.

1Julho 2003

Tema: O Homem, factor de alteração ambiental

Sub-Comissão Preservar o Planeta Terra • N.º 1 - JulhoComissãoServiços à ComunidadeDistrito 1960

Editorial Intervenção do homemno ambienteCom a aparição do homo sapiens na terra, iniciou-se um processo de interferênciadinâmica e progressiva que tem levado à degradação ambiental que vivemos nostempos actuais. Primeiro milénio a milénio, depois com intervalos de séculos, eagora de décadas, a intervenção do homem no ambiente tem tido incrementos cadavez mais rápidos e agressivos.

O impacto que se tem verificado não tem tido um progressãolinear, tendo-se, isso sim, assistido a eventos fundamentais

para a evolução do ser humano que tem acarretado consigoenormes saltos evolutivos, e com eles maior vandalismo am-biental: consumo de carne na alimentação; invenção da roda;invenção da escrita; primeira revolução energética e industri-

al, após a qual outras se têm sucedido em catadupa e avançosinusitados no âmbito da medicina.

De uma coisa podemos estar certos: O desequilibro da biosfera acontece devido àintervenção massiva do homem nos ecossistemas onde se vai instalando, ou sejaem todo o planeta, senão atente-se:Mudanças climáticas a nível global cuja causa são o lançamento na atmosfera degases de efeito estufa provenientes das actividades humanas, especialmente Meta-no e Dióxido de Carbono;Escassez de água potável, que se tem gasto de forma desregrada e poluído asreservas, tornando-as impróprias para consumo de forma natural. Os rios têm vindoa ser fieis depositários de todos os tipos de lixos sobrantes;Impacto fortíssimo nos mares, devido a um excesso de pesca e a um grau de polui-ção insustentável das águas marinhas;Degradação dos solos, porque se desflorestou sem controle; para arranjar áreasde agricultura, para fazer exploração de madeiras sem repor as árvores cortadas;para se produzir pastagens ou, ainda, para disponibilizar solos para o crescimentodas urbes que normalmente escolhem os locais de melhor qualidade para se insta-larem. Do ponto de vista químico os solos agricultados, e não só, estão a ser seve-ramente agredidos já que se usam fertilizantes e pesticidas sem regra, ao mesmotempo que neles se depositam sem condições os lixos maisperigosos;Perda de Biodiversidade que tem vindo a acontecer a pas-sos largos devido à eliminação progressiva de habitats, à eli-minação ou introdução de espécies em ecossistemas de queo homem não faz a mínima ideia de como funcionam, nemque relações existem entre as espécies presentes. A Globali-zação também não é estranha a este processo de empobreci-mento genético, já que a velocidade a que se fazem viagens ese transportam mercadorias entre terras tão distantes, que