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Avaliação Fonoaudiológica em Neurologia / Educação: Linguagem e

Fonologia.

Fgo. Dr. Fábio Henrique PinheiroFonoaudiológo. Doutor em Educação UNESP/SP.

Pós Doutor Universidad Católica de Valencia/ESP.

•Integridade e maturação biológica

•As funções cerebrais responsáveis pela linguagem estãolocalizadas principalmente no córtex cerebral.

Córtex auditivo primário (processamento auditivo inicial)Córtex parieto-temporal (codificação fonológica),Córtex frontal ântero –inferior (associação semântica),Área pré –motora (codificação e programação articulatória),Córtex motor inferior (execução da fala).

(Grigorenko, 2001)

LINGUAGEM

O processamento da linguagem envolve:

FONÉTICA

Estuda os sons como entidades físico-articulatórias isoladas (aparelho fonador). Estudo da articulação, da acústica e da

percepção dos sons utilizados em línguas específicas.

FONOLOGIA

Estuda o sistema sonoro de um idioma. Ao estudar a maneira como os fones (sons) se organizam dentro de uma língua,

classifica-os em unidades capazes de distinguir significados, chamadas fonemas.

LOOP FONOLÓGICO

Arquivo ou estoque fonológico (traço mnésico)

Processo de controle articulatório (ensaio subvocal ou conversão fonema-

grafema).

LOOP FONOLÓGICO

AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ORAL

Analisar material verbal novo;- Permitir a aprendizagem de novas palavras;

- Gerar representações duradouras de uma nova palavra (Memória Longa Duração).

LOOP FONOLÓGICO

Aquisição da linguagem escrita

Aquisição da capacidade da leitura;Manipulação fonológica de material lido – consciência

fonológica;Leitura de palavras novas (não familiares – análise

fonológica explícita).

Palavra Falada

Sistema de Análise Acústica

Reconhecimento da Palavra

Sistema Semântico

Sistema de Produção Fonêmica da PalavraCódigo Fonêmico Construção Fonêmica

Memória Fonêmica

Pronúncia

•Plosivas: p, t, k, b, d, e g ---------- 1ano e 6 meses - 1 ano e 8 meses

•Nasais: m, n e ñ ---------- 1 ano e 6 meses - 1 ano e 8 meses

•Fricativas: v, f, s, z, S, Z ---------- 1 ano e 8 meses - 2 anos e 10 meses

•Líquidas: l, R, lh, r ---------- 3 anos - 4 anos e 2 meses

Aquisição fonológica do português

Ordem de aquisição dos fonemas

•Nomeação de objetos ou figuras, com o maior número possível de fonemas

•Repetição de sons isolados ou sílabas

•Repetição de vocábulos

•Repetição de frases

AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA

Triagem Geral

•Emissão de série de palavras, como: contar, nomear os dias da semana, nomear as cores de uma cartela.

•Respostas e perguntas.

•Conversa

•Procedimentos específicos: ABFW, YAVAS...

AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA

Encaminhamentos

MultiprofissionalPlanejamento TerapeuticoIntervenção específica

•É uma alteração miofuncional oral, ou seja, umcomprometimento motor que possui uma causa orgânica. Porexemplo: a perda de um dente pode fazer com que os sons dealguns fonemas se alterem durante sua produção; a presença defreio lingual curto, mais conhecido como "língua presa", impedea movimentação adequada da língua para a produção de certosfonemas; a mal oclusão dentária; além disso, a própriaincoordenação dos movimentos dos músculos da face podeocasionar dificuldades na fala.

Desvios no desenvolvimento da fala

DESVIO FONÉTICO

•É uma desorganização no sistema de sons da criança, não tendonenhuma relação com comprometimentos orgânicos que afetema produção da fala. Crianças com desvio fonológico apresentamalterações no seu desenvolvimento fonológico sem causaaparente.•Caracteriza-se pela fala espontânea quase ininteligível, comlinguagem bem desenvolvida e ausência de anormalidadesanatômicas ou fisiológicas nos mecanismos de produção da fala.

•Ocorre quando existe a presença de alteração motora e falta decompreensão dos fonemas durante a fala.

Desvios no desenvolvimento da fala

DESVIO FONOLÓGICO

DESVIO FONÉTICO-FONOLÓGICO

•O transtorno fonológico é definido como uma dificuldadequanto à aquisição dos sons da fala esperados para o estágio dodesenvolvimento e próprios da idade. Pode envolver erros naprodução, uso, representação ou organização dos fonemas, tais

como substituições de um som por outro ou omissões de sons..

Desvios no desenvolvimento da fala

TRANSTORNO FONOLÓGICO

TRANSTORNOS FONOLÓGICOS

Transtorno de linguagem que afeta, especificamente, aapropriação do sistema fonológico;

Alteração na produção de fala quanto à codificação eplanejamento fonológico, mas não na execução do movimento;

Ocorrência de processos fonológicos não esperados para aidade;

Risco para apresentar dificuldades no aprendizado dalinguagem escrita.Catts (1993), Larrivee & Catts (1999), Leitão & Fletcher (2004

PercepçãoNomeaçãoRepetiçãoArmazenamento eRecuperaçãoAcesso á informação

TRANSTORNO FONOLÓGICO

Memória de Trabalho Fonológica

TRANSTORNOS FONOLÓGICOS

Tipos de erros podem ser classificado em:

Omissões: quando o som não é produzido onde deveriaocorrer, tornando-se ausente esse som;

Substituição: quando o som é substituído por outro;

Distorção: quando a produção do fonema assemelha-se aemissão correta, porém com certa distorção;

TRANSTORNOS FONOLÓGICOS

Podem ser classificado em:

Inversão: quando a ordem dos fonemas se encontramalteradas, num mesmo vocabulário;

Inserção: quando um som (fonema) é inserido no vocábulo.

Aproximadamente 2 a 3% das crianças de 6 a 7 anosapresentam um transtorno fonológico de moderado a severo,embora a prevalência de formas mais leves destes transtornosseja superior. A prevalência cai para 0,5% por volta dos 17 anos.

•É uma dificuldade persistente para adquirir e desenvolver a falae a linguagem. Aparentemente a criança possuiu todas ascondições para falar, mas ela não consegue ou apresenta muitadificuldade neste processo.

•Não existe perda auditiva, alteração no desenvolvimentocognitivo e motor da fala, síndromes, distúrbios abrangentes dodesenvolvimento, alterações neurossensoriais, lesõesneurológicas adquiridas ou qualquer outra patologia quejustifique essa dificuldade (Befi-Lopes, 2004).

DISTÚRBIO ESPECÍFICO DE LINGUAGEM

DEFINIÇÃO

•O diagnóstico é multidisciplinar e caracteriza-se por umdiagnóstico de exclusão, ou seja, deve-se descartar apossibilidade de qualquer outra patologia antes de se afirmarque a criança apresenta exclusivamente um distúrbio delinguagem.

•Segundo Chevrie-Muller (2007), na avaliação de linguagem estadeve ser examinada em suas modalidades expressivas ereceptivas e seus diferentes aspectos: fonológico, lexical,morfossintático, semântico e pragmático. Esse exame permitiráclassificar o tipo e avaliar a gravidade do distúrbio.

DISTÚRBIO ESPECÍFICO DE LINGUAGEM

DIAGNÓSTICO

•Pesquisas atuais indicam que estas crianças podem ter umfuncionamento anormal da área cerebral responsável peloprocessamento da linguagem, ou seja o cérebro destas crianças,parece não ser apto para aprender e para processar a linguagem.

•Pesquisas americanas mostram ainda, que a influência genéticaparece se relacionar com a organização das áreas cerebraisresponsáveis pela linguagem. Este funcionamento anormal não édetectado em exames convencionais para o estudo do cérebro,como tomografia computadorizada ou ressonância magnética(em geral, estes exames são normais).

DISTÚRBIO ESPECÍFICO DE LINGUAGEM

ETIOLOGIA

• O aparecimento da fala é lento ou atrasado

(ENCAMINHAMENTO ENTRE 2 E 3 ANOS)

• A compreensão pode ser normal ou pode estar alterada;

• Dificuldade em combinar palavras para formar frases;

• Presença de alterações fonológicas (troca de sons na fala);

•Alterações morfossintáticas: estruturar adequadamente umafrase, dificuldade com verbos, preposições;

DISTÚRBIO ESPECÍFICO DE LINGUAGEM

SINAIS INDICATIVOS:

• Flexionamento verbal e nominal ausente ou inadequado;

• Dificuldade na organização seqüencial das palavras nas frases(inverte a ordem das palavras);

•Fala ininteligível – os familiares não conseguem entender o quea criança está falando;

•Vocabulário restrito – dificuldade para aprender novas palavras;

• Podem aparecer disfluências, como hesitações, repetições desilabas e de palavras (sinais parecidos com uma gagueira);

DISTÚRBIO ESPECÍFICO DE LINGUAGEM

SINAIS INDICATIVOS:

• Não conseguem relatar fatos, recontar uma história;

• Dificuldade para compreender piadas, duplo sentido;

•Apresentar sérias dificuldades para aprender a leiturae escrita – transtornos de aprendizagem;

• Se há problemas semelhantes na família;

DISTÚRBIO ESPECÍFICO DE LINGUAGEM

SINAIS INDICATIVOS:

• O atraso no aparecimento da linguagem oral pode, muitas vezes, sero sinal de problemas auditivos, ou falta de estímulos ou ainda pode sero sinal de transtornos mais globais no desenvolvimento como oAutismo e a Deficiência Intelectual.

•Este Distúrbio também pode desencadear problemas sócio-emocionais: geralmente são crianças que acabam se isolando dosamigos, apresentam um prejuízo no processo de socialização. Existematé pesquisas que mostram que estas crianças são depressivas.

DISTÚRBIO ESPECÍFICO DE LINGUAGEM

IMPORTANTE

•O Distúrbio Específico de Linguagem pode gerar consequênciaspara o processo de aprendizagem da escrita e leitura – estascrianças geralmente não conseguem se alfabetizar na idadeprevista e possuem sérias dificuldades para acompanhar asatividades em sala de aula.

•Não conseguem compreender a relação entre o som e aescrita. A aquisição e o desenvolvimento da linguagem oral sãodeterminantes para o aprendizado da leitura e escrita.

DISTÚRBIO ESPECÍFICO DE LINGUAGEM

IMPORTANTE

•Encaminhamento precoce para avaliação e intervenção;

•Os estímulos visuais ajudam a compensar uma possível dificuldade decompreensão oral e as situações concretas, contextualizadas tambémauxiliam;

•Repetir várias vezes até que a criança compreenda. Se necessário,utilizar sinônimos e dar exemplos;

•Utilizar frases curtas no início e torná-las mais complexas pouco apouco, conforme o desenvolvimento da criança;

•Usar da linguagem corporal (expressão facial, gestos...);

DISTÚRBIO ESPECÍFICO DE LINGUAGEM

COMO AUXILIAR?

Obrigado!

Contato:fabiohenriquepinheiro@yahoo.com.br