Atuação fonoaudiológica no atendimento domiciliar

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Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 8, nº 14, agosto de 2015 38 Atuação fonoaudiológica no atendimento domiciliar http://dx.doi.org/10.15601/1983-7631/rt.v8n14p38-51 Thamiris de Souza Fonseca * Rachel Ferreira Loiola * Érica Patiele Pereira Coelho * Resumo O atendimento domiciliar é caracterizado por um conjunto de ações voltadas para a promoção à saúde, a prevenção, a tratamento de doenças e a reabilitação prestadas em domicílio, a fim de garantir a continuidade das redes de atenção à saúde. Objetivo: verificar como tem sido apresentada nos periódicos nacionais de saúde a atuação do fonoaudiólogo no atendimento domiciliar. Métodos: revisão integrativa de literatura, com uma busca detalhada sobre o atendimento fonoaudiológico domiciliar de artigos compreendidos no período de janeiro de 2007 a abril de 2014 publicados em território nacional que citavam a atuação fonoaudiólógica em domicílio. Resultados: de todos os artigos encontrados, foram considerados 6 artigos sobre a atuação do profissional fonoaudiólogo no atendimento domiciliar. Quanto às regiões de publicação, os estados que mais contém publicação são: São Paulo, com 2 publicações e Bahia, também com 2 publicações. Dentre os profissionais envolvidos no atendimento, os que mais apareceram nas pesquisas foram: médicos (4), enfermeiros (4) e fisioterapeutas (4). Das patologias vinculadas ao atendimento domiciliar, a mais atendida foi aquela relacionada às doenças neurológicas, totalizando 4. O tipo de serviço fonoaudiológico mais encontrado foi o de intervenções em adultos. O setor de atendimento mais encontrado na pesquisa foi o público. Conclusões: foi possível verificar que a atuação fonoaudiológica no atendimento domiciliar é de extrema importância, mas ainda é escassa o número de publicações nesta área, dentre os diversos fatores, pelo reduzido número de profissionais que nela atuam. Palavras-chave: assistência domiciliar; serviços de assistência domiciliar; fonoaudiologia; pacientes domiciliares; idoso. * Graduanda do curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. [email protected] * Mestre e doutora em Linguística pela Universidade Federal de Minas Gerais. Fonoaudóloga pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. [email protected] * Graduanda do curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. [email protected]

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Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 8, nº 14, agosto de 2015 38

Atuação fonoaudiológica

no atendimento domiciliar http://dx.doi.org/10.15601/1983-7631/rt.v8n14p38-51

Thamiris de Souza Fonseca*

Rachel Ferreira Loiola*

Érica Patiele Pereira Coelho*

Resumo

O atendimento domiciliar é caracterizado por um conjunto de ações voltadas para a

promoção à saúde, a prevenção, a tratamento de doenças e a reabilitação prestadas

em domicílio, a fim de garantir a continuidade das redes de atenção à saúde.

Objetivo: verificar como tem sido apresentada nos periódicos nacionais de saúde a

atuação do fonoaudiólogo no atendimento domiciliar. Métodos: revisão integrativa de

literatura, com uma busca detalhada sobre o atendimento fonoaudiológico domiciliar

de artigos compreendidos no período de janeiro de 2007 a abril de 2014 publicados

em território nacional que citavam a atuação fonoaudiólógica em domicílio. Resultados:

de todos os artigos encontrados, foram considerados 6 artigos sobre a atuação do

profissional fonoaudiólogo no atendimento domiciliar. Quanto às regiões de publicação,

os estados que mais contém publicação são: São Paulo, com 2 publicações e Bahia,

também com 2 publicações. Dentre os profissionais envolvidos no atendimento, os que

mais apareceram nas pesquisas foram: médicos (4), enfermeiros (4) e fisioterapeutas

(4). Das patologias vinculadas ao atendimento domiciliar, a mais atendida foi aquela

relacionada às doenças neurológicas, totalizando 4. O tipo de serviço fonoaudiológico

mais encontrado foi o de intervenções em adultos. O setor de atendimento mais

encontrado na pesquisa foi o público. Conclusões: foi possível verificar que a atuação

fonoaudiológica no atendimento domiciliar é de extrema importância, mas ainda é

escassa o número de publicações nesta área, dentre os diversos fatores, pelo

reduzido número de profissionais que nela atuam.

Palavras-chave: assistência domiciliar; serviços de assistência domiciliar; fonoaudiologia;

pacientes domiciliares; idoso.

* Graduanda do curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix.

[email protected] * Mestre e doutora em Linguística pela Universidade Federal de Minas Gerais. Fonoaudóloga pelo Centro

Universitário Metodista Izabela Hendrix. [email protected] * Graduanda do curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix.

[email protected]

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Introdução

No atendimento domiciliar, existem dois setores de atendimento: o público e o privado.

O atendimento domiciliar na rede pública, conhecido como Serviço de Atenção

Domiciliar (SAD), surgiu com o intuito de minimizar problemas encontrados no Sistema

Único de Saúde (SUS) e de proporcionar um atendimento com foco na promoção,

prevenção e humanização (SILVA et al., 2005). No setor privado, o atendimento

domiciliar é mais conhecido como “home care”, cujo objetivo é promover, conservar

e/ou restaurar a saúde (FABRÍCIO, 2004).

A Portaria 963, de 27 de maio de 2013, Brasil (2013) descreve que a Atenção

Domiciliar tem por objetivo reorganizar o processo de trabalho das equipes que

prestam cuidado domiciliar na Atenção Básica, na Atenção Ambulatorial, nos serviços

de urgência e emergência e no serviço hospitalar, com vistas a reduzir a demanda por

atendimento hospitalar e/ou o período de permanência de usuários internados, a

humanização da atenção, a desinstitucionalização e a ampliação da autonomia dos

usuários. O ambiente hospitalar, por ser muito debilitante, pode dificultar o sucesso de

um tratamento. Por isso, cada vez mais cresce o número de pessoas que procuram o

atendimento domiciliar. (DUARTE, DIOGO, 2000; TORRE, VERGEL, BRITO, 1998).

O Ministério da Saúde, BRASIL (2013) descreve que a Atenção Domiciliar é uma nova

modalidade de Atenção à Saúde, substitutiva ou complementar às já existentes.

Caracteriza-se por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e

tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de

continuidade de cuidados de forma integrada às redes de Atenção à Saúde.

O Serviço de Atenção Domiciliar surgiu na década de 1950, nos Estados Unidos da

América (EUA), com foco primeiramente na redução de custos. Em 1965, o programa

foi modificado, com a finalidade de proporcionar benefícios aos pacientes. No Brasil,

surgiu em 1967, no estado de São Paulo, com o objetivo de minimizar o número de

leitos e desospitalizar pessoas com doenças crônicas no Hospital do Servidor Público

Estadual (SERAFIM, RIBEIRO, 2011; TAVOLARI, FERNANDES, MEDINA, 2000).

De acordo com Fabrício et al, (2004), existem três definições para Atendimento

Domiciliar: a) visita domiciliar - que tem como objetivo elaborar um plano assistencial

visando à recuperação e/ou reabilitação do paciente e, também, avaliar o ambiente e

as necessidades da família; b) atendimento domiciliar - atividades desenvolvidas pelos

profissionais na residência do paciente envolvendo a promoção e prevenção à saúde,

exigindo formação técnica para exercer essa atividade; e c) internação domiciliar -

atividades realizadas pela equipe e/ou pelo profissional da saúde, contando com

recursos humanos, equipamentos, materiais e medicamentos.

O Ministério da saúde, BRASIL (2013) descreve que o SAD é composto por uma

equipe multidisciplinar que inclui: médico, enfermeiro, fisioterapeuta, nutricionista,

psicólogo, assistente social, fonoaudiólogo, odontólogo, farmacêutico e terapeuta

ocupacional. Segundo a Portaria 963, de 27 de maio de 2013, art. 9°, a Equipe

Multiprofissional de Apoio (EMAP) tem composição mínima de três profissionais de nível

superior, escolhidos dentre as ocupações citadas acima.

Em 2008, foi criado o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), cujo objetivo era

ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica, bem como sua

resolubilidade, apoiando a inserção da Estratégia de Saúde da Família (ESF) na rede

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de serviços e o processo de territorialização e regionalização, a partir da Atenção

Básica. O fonoaudiólogo atua por meio de oficinas, orientações quanto ao aleitamento

materno e intervenções coletivas (ALMEIDA, REIS, 2010; BRASIL, 2008).

Em relação ao perfil de pacientes atendidos no ambiente domiciliar, tem-se percebido

cada vez mais a necessidade dos pacientes idosos serem beneficiados com esse

atendimento, devido ao aumento deste segmento da população.

No Brasil, há uma maior prevalência de pacientes idosos atendidos em domicílio,

sendo um dos fatores mais prevalentes a dificuldade de locomoção, a maior

incidência de doenças crônicas e de disfagia, que podem levar à ocorrência

pneumonia aspirativa e desnutrição (FREITAS et al., 2007; MENDES, TCHAKMAKIAN,

2009; PERROCA, EK, 2004).

A inserção da Fonoaudiologia em intervenções domiciliares ainda é recente. Tem-se

tem pesquisado pouco sobre esse tipo de intervenção. Com isso, sua participação

ainda é discreta na equipe multiprofissional de apoio (SILVA; MUSSE; NEMR, 2009).

Das patologias atendidas, destacam-se: doenças em estágio terminal, doenças crônicas

não transmissíveis, distúrbios neurológicos adquiridos por acidente vascular encefálico

(AVE) e de tronco cerebral, queimaduras de face e região cervical, traumas de face,

neuropatias, traumas crânio-encefálicos, doenças degenerativas, traumatismos

raquimedulares, câncer de cabeça e pescoço e distúrbios de deglutição. É importante

que existam profissionais capacitados para atender a essas patologias, de modo a

contribuir para promover a qualidade de vida dos pacientes (LIGOCKI et al., 2008;

TORRE, VERGEL, BRITO, 1998).

Devido à importância do atendimento domiciliar, este trabalho teve por objetivo

verificar como tem sido apresentada nos periódicos nacionais de saúde a atuação do

fonoaudiólogo no atendimento domiciliar.

Método

Consiste em um estudo de revisão integrativa de literatura. Buscou-se detalhadar os

artigos científicos por meio do Bireme e do Google Acadêmico. A busca foi feita

utilizando os descritores do Decs: serviços de assistência domiciliar, Fonoaudiologia e

home care, assistência domiciliar e serviço fonoaudiológico de atendimento domiciliar.

Os critérios de inclusão adotados contemplaram artigos publicados no período de

2000 a 2014, sendo que o primeiro artigo encontrado ocorreu apenas em janeiro de

2007. A partir de então, as análises passaram a contemplar os artigos de 2007 a

2014, os publicados em território nacional e que citavam a atuação fonoaudiológica

na pesquisa.

Os critérios de exclusão foram: documentos publicados fora do período delimitado,

que não continham os descritores acima adotados, que não foram publicados em

território nacional ou que não citavam a atuação fonoaudiológica na pesquisa. Cada

artigo selecionado foi analisado quanto aos seguintes aspectos:

1. Patologia atendida. Foram descritas as patologias envolvidas no atendimento

domiciliar, divididas a partir das seguintes categorias:

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. Doenças neurológicas: AVE (acidente vascular encefálico) e tronco cerebral,

trauma de face, neuropatias, TCE (traumatismo crânio encefálico), doenças

degenerativas, TRM (traumatismos raquimedulares), demência, Parkinson, ELA

(esclerose lateral amiotrófica), polineuropatia, PC (paralisia cerebral) e

Alzheimer.

. Doenças sistêmicas: câncer, desordens gastrointestinais, desordens renais,

desordens urológicas, HIV, subnutrição, sepse, desidratação, desnutrição,

doenças cardiológicas, HAS (hipertensão arterial sistêmica) e diabetes.

. Doenças respiratórias: ITR (irritação do trato respiratório), PCR (parada

cardiorrespiratória), doenças pulmonares e otorrinolaringológicas.

. Doenças emocionais e psiquiátricas: depressão e doenças psiquiátricas.

2. Tipo de serviço pela faixa etária do grupo atendido. Neste item, foi explicado

como é a atuação do fonoaudiólogo no Atendimento Domiciliar, sendo

estabelecido os seguintes critérios: intervenções em crianças (orientações sobre

o desenvolvimento infantil, para que haja promoção e prevenção da saúde);

intervenções em adultos, (o fonoaudiólogo atua na reabilitação das alterações

da comunicação e na prevenção da disfagia, por meio de avaliação e

reabilitação).

3. Profissionais envolvidos no atendimento. Relato das formações dos

pesquisadores dos artigos.

4. Região de publicação. Descrição da região de publicação de cada artigo.

5. Setor de atendimento. Identificação se a pesquisa foi realizada em setor

privado ou no SUS.

Para facilitar a análise dos dados, foram anotadas as informações em uma tabela no

Excel por meio de conta simples, sob a forma de gráficos.

Resultados

A partir dos critérios estabelecidos, foram encontrados e analisados seis artigos

contendo informações referentes à inserção do fonoaudiólogo no Atendimento

Domiciliar. Observou-se quanto às regiões, que duas publicações foram desenvolvidas

no estado de São Paulo, duas publicações na Bahia, uma em Minas Gerais e uma no

Rio Grande do Sul (Figura 1).

Nas pesquisas analisadas dos profissionais envolvidos no Atendimento Domiciliar,

observou-se que quatro são médicos, quatro são fisioterapeutas, quatro são

enfermeiros, três são fonoaudiólogos, três são psicólogo, três são técnicos de

enfermagem, dois são nutricionistas, dois são odontólogos, dois são terapeutas

ocupacionais e dois são assistentes sociais.

Dentre os profissionais que mais aparecem nas pesquisas sobre o Atendimento

Domiciliar, citam-se: médicos, fisioterapeutas e enfermeiros. Apurou-se que a

Fonoaudiologia ainda tem uma participação discreta nas publicações sobre o

Atendimento Domiciliar (Figura 2).

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Figura 1 - Quantidade publicação por região

Figura 2 - Quantidade de profissionais envolvidos no atendimento

Das patologias atendidas, quatro são doenças neurológicas, duas são doenças

sistêmicas, duas são doenças respiratórias e duas são doenças emocionais e

psiquiátricas. As patologias mais atendidas são as doenças neurológicas (Figura 3).

Dos tipos de serviços descritos pela faixa etária do grupo atendido descritos no

Atendimento Domiciliar, cinco são de intervenções em adultos e um é intervenção em

criança. Observou-se que as intervenções em adultos foram os procedimentos mais

realizados pelos fonoaudiólogos no ambiente domiciliar (Figura 4).

Em relação aos setores envolvidos, três referem-se ao SUS, dois não contêm

especificações no artigo e um refere-se ao atendimento do setor privado. O setor com

maior prevalência é o Sistema Único de Saúde. Foi alta a porcentagem relevante de

setor não declarado, sendo um deles realizado por meio de visitas domiciliares, não

vinculado a nenhum setor de atendimento. O outro artigo contém pesquisa com

fonoaudiólogos no qual a única restrição da pesquisa era a de profissional trabalhar

com pacientes traqueostomizados. Por último, aparece o setor privado (Figura 5).

4

4

4

3

3

3

2

2

2

2

0 1 2 3 4 5

Médico

Fisioterapeuta

Enfermeiro

Fonoaudiólogo

Psicólogo

Técnico de enfermagem

Nutricionista

Odontólogos

Terapeuta Ocupacional

Assistênte SocialMédico

Fisioterapeuta

Enfermeiro

Fonoaudiólogo

Psicólogo

Técnico de enfermagem

Nutricionista

Odontólogos

Terapeuta Ocupacional

Assistênte Social

2

2

1

1

0 0,5 1 1,5 2 2,5

São Paulo

Bahia

Minas Gerais

Rio Grande do Sul

São Paulo

Bahia

Minas Gerais

Rio Grande do Sul

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Figura 3 - Quantidade de patologias atendidas

Figura 4 - Quantidade do tipo de serviço pela faixa etária de grupo atendido

Figura 5 - Percentual referente aos setores de atendimentos

4

2

2

2

0 1 2 3 4 5

Doenças neurológicas

Doenças sistêmicas

Doenças respiratórias

Doenças emocionais e psiquiátricas

Doenças neurológicas

Doenças sistêmicas

Doenças respiratórias

Doenças emocionais e psiquiátricas

5

1

0 2 4 6

Intervenções em adultos

Intervenções em crianças

Intervenções em adultos

Intervenções em crianças

3

2

1

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5

SUS

Não relatado

Privado

SUS

Não relatado

Privado

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Discussão

Pôde-se observar que existe escassez de publicação sobre a atuação do

fonoaudiólogo no atendimento domiciliar. Da análise realizada, foi possível observar

que o estado de São Paulo e o estado da Bahia foram os estados que mais

publicaram sobre o assunto desta pesquisa. No primeiro, isso pode ter ocorrido devido

ao elevado número de fonoaudiólogos em relação às demais regiões, 11.920, contra

1.295 da Bahia, 4.098 de Minas Gerais e 2.102 do Rio Grande do Sul. Em relação ao

estado da Bahia, a grande quantidade de publicações pode ser atribuída ao interesse

dos profissionais (FREITAS et al., 2007; CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA,

2014; LIGOCKI et al., 2008).

Os profissionais mais citados nas pesquisas sobre o atendimento fonoaudiológico

domiciliar foram os médicos, os enfermeiros e os fisioterapeutas, podendo ser estes

os profissionais mais atuantes neste tipo de intervenção. O médico é o profissional

centralizador das condições clínicas dos pacientes, responsável por encaminhar os

pacientes para os profissionais da reabilitação. É de extrema importância que haja um

atendimento multiprofissional no ambiente domiciliar, pois cada um dos profissionais

poderá contribuir para a recuperação e reabilitação dos pacientes, promovendo, assim,

sua qualidade de vida. Isso é favorecido pela troca de informações entre os membros

que compõem a equipe. É importante que a família participe das intervenções junto

com a equipe, pois na ausência dos profissionais, esta é que será responsável pelos

cuidados com o paciente. Como é recente a inserção da Fonoaudiologia na

intervenção domiciliar, justifica-se essa participação de modo discreto, o que pode

explicar o reduzido número de publicações sobre o assunto. Existem poucas

referências ao profissional fonoaudiólogo nos artigos publicados em outras áreas

sobre o atendimento domiciliar (FABRÍCIO et al., 2004; GOULART et al., 2010; SILVA,

MUSSE, NEMR, 2009; TAVOLARI, FERNANDES, MEDINA, 2000).

Em uma pesquisa realizada por Ligocki et al. (2008), houve um número significante de

pacientes com diagnósticos neurológicos. Outras pesquisas confirmaram que o

paciente mais atendido no ambiente domiciliar é o portador de doenças neurológicas.

Foi realizado um levantamento de dados nos prontuários de pacientes do Hospital de

Pronto Socorro João XXIII (HPSJXXIII) atendidos em seus domicílios pela Fundação

Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) entre os meses de janeiro e setembro

de 2006, por meio de um protocolo de busca de dados semiestruturados. Dos 17

prontuários analisados, sete (41,17%) continham dados relativos a alterações da

comunicação, especificamente da deglutição, que justificam a intervenção

fonoaudiológica, determinando a necessidade da atuação deste profissional na equipe

domiciliar.

A citação da doença neurológica em pesquisas também obteve maior relevância em

um estudo realizado por Silva, Musse e Nemr (2009), na cidade de Salvador. A

pesquisa ocorreu por meio da aplicação de questionário às empresas, aos

fonoaudiólogos e aos pacientes atendidos com fonoaudiólogo, de janeiro a março de

2006. O tempo médio de funcionamento das empresas foi 9,17 anos. A média de

pacientes atendidos por fonoaudiólogo foi 14,33 com média de 3,17 fonoaudiólogos

atendendo por empresa. Os profissionais presentes totalizaram 100% das empresas,

compreendendo médicos e fisioterapeutas. Os fonoaudiólogos trabalham por prestação

de serviço, com valor médio de R$33,00 por atendimento. A maioria dos pacientes é

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de mulheres, idosas, com diagnóstico de doença neurológica: AVE (39,1%) e

demências (19,1%). Os fonoaudiólogos são, em sua maioria, mulheres, jovens e

graduadas no próprio estado.

Especificando melhor os tipos de doenças frequentemente atendidos em domicílio,

Ligocki et. al. (2008), citam aquelas em estágio terminal, crônicas não transmissíveis,

distúrbios neurológicos adquiridos por acidente vascular encefálico (AVE) e de tronco

cerebral, queimaduras de face e região cervical, traumas de face, neuropatias, traumas

crânio-encefálico, doenças degenerativas, traumatismos raquimedulares, câncer de

cabeça e pescoço e distúrbios de deglutição. É importante contar com profissionais

capacitados para atender a essas patologias, contribuindo para promover a qualidade

de vida dos pacientes.

As doenças sistêmicas foram citadas em duas pesquisas. A mais comum é a

Hipertensão Arterial Sistêmica, que, de acordo com o Ministério da Saúde (2006),

acomete cerca de 50% a 70% das pessoas idosas, constituindo-se em um dos fatores

capazes de desenvolver as doenças cardiovasculares. É considerada uma consequência

normal do envelhecimento.

No estudo realizado, as doenças respiratórias foram citadas em duas pesquisas. No

idoso, é a segunda maior causa de internação, ressaltando-se a importância da

prevenção com vacinação e a ocorrência de pneumonia (MAIA, et. al., 2006). Para a

prevenção da pneumonia aspirativa, o fonoaudiólogo pode atuar quanto às avaliações

da deglutição, por meio do Protocolo de Avaliação do Risco para Disfagia (PARD), que

vai identificar os riscos para disfagia e os riscos de aspiração e orientar os familiares

e o paciente sobre a postura adequada durante a alimentação, consistência, utensílios

e forma de oferta das dietas (NAKAMURA, BELLO, 2000; PADOVANI et al., 2007, 2013).

Das patologias atendidas no domicílio, duas são doenças emocionais e psiquiátricas.

Dentre elas, destaca-se a depressão, que de acordo com o Ministério da Saúde

(2006), acomete de 3% a 11% da população, com maior prevalência em mulheres,

sendo as pessoas idosas mais vulneráveis à doença. O isolamento é um dos fatores

de risco para desencadear a depressão. Como consequência, ocorre o suicídio. Ou

seja, é importante que esses pacientes sejam atendidos em seu domicílio, para que

haja maior apoio e carinho da família, evitando agravar seu quadro de saúde.

O tipo de atuação fonoaudiológica mais encontrado nas intervenções domiciliares foi

a de reabilitação da disfagia. Tal ocorrência pode se justificar pela maior prevalência

de pacientes idosos atendidos em domicílio no Brasil, pois as sequelas são frequentes,

desencadeadas nas doenças neurológicas - mais especificadamente, os AVEs. Estudo

realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu revelou que,

dentre os 102 pacientes avaliados clinicamente por fonoaudiólogos, 76,5%

apresentaram disfagia no momento da avaliação. Observou-se que pelo menos um

terço dos pacientes avaliados apresentava pelo menos seis dias de instalação da AVE.

Com isso, é possível constatar a importância da atuação fonoaudiológica em pacientes

com sequelas de AVE (FABRÍCIO et al., 2004; SCHELP et al., 2004).

Sobre o perfil da população mais atendida no ambiente domiciliar, destacam-se os

idosos, em função do envelhecimento natural das fibras nervosas e musculares, que

causa degeneração fisiológica do mecanismo da deglutição e alteração das funções

orofaciais. Tais modificações de acordo com Acosta e Cardoso (2012) são

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caracterizadas como presbifagia. Neste estudo, este foi o público de maior prevalência

dos profissionais nos atendimentos da Fonoaudiologia em ambiente domiciliar.

Outra atuação fonoaudiológica encontrada nas pesquisas prende-se à reabilitação da

alteração da comunicação adquirida. Com o envelhecimento natural, ocorrem

modificações nas habilidades de comunicação, que diferem em cada individuo, pois

dependem das condições de saúde, da história de vida, da estrutura socioeconômica

e cultural e da profissão. As alterações de linguagem adquiridas podem estar

associadas a uma patologia neurológica – geralmente, ao AVE. As mais comuns são:

afasias, isto é, alteração na expressão e/ou compreensão da linguagem oral e escrita,

em decorrência de déficits sensoriais, intelectuais ou psiquiátricos; apraxia e disartria,

que são distúrbios neurológicos da fala (GALLI, OLIVEIRA, DELIBERATO, 2010; MAC-KAY,

2010; MANSUR, MACHADO, 2010) presbifonia, que é o envelhecimento natural da voz;

e presbiacusia, que é a diminuição da audição, relacionada ao envelhecimento. O

fonoaudiólogo pode realizar avaliações audiológicas com audiômetro portáteis, mas a

atuação domiciliar mais frequente nas intervenções fonoaudiológicas de audição

baseia-se nas orientações da necessidade do uso de Amplificação Sonora Individual

(AASI). Quando já se faz o uso deste recurso, o fonoaudiólogo avalia como está

sendo feito a limpeza, bem como o uso do AASI (LEME, 2000).

Um dos fatores responsáveis pelo fato de o idoso ser o paciente mais atendido no

ambiente domiciliar relaciona-se a sua dificuldade de locomoção, devido à diminuição

do equilíbrio a e lentidão na realização dos movimentos. Os riscos de quedas podem

estar associados às alterações fisiológicas normais do envelhecimento e aos riscos

dependentes das condições sociais e ambientais, como escorregões e piso em falso.

Se o idoso apresentar algum problema na marcha e no equilíbrio, fica mais

predisposto a esses fatores (FABRÍCIO, RODRIGUES, JUNIOR, 2004; MELLO, PERRACINI,

2000).

No estudo realizado, encontrou-se uma atuação fonoaudiológica relacionada à

intervenção infantil. Goulart et al. (2010) destacam a importância da equipe

fonoaudiológica atuar nas orientações sobre o desenvolvimento infantil, para que haja

promoção e prevenção da saúde, mediante a criação de mudanças de hábitos que

visem a melhorar a comunicação da criança. Também é importante que o profissional

fonoaudiólogo, quando necessário, faça o encaminhamento do paciente ao profissional

adequado.

Observou-se maior prevalência de artigos publicados sobre o setor de atendimento

público. Sugere-se que isso ocorra devido ao serviço público não conseguir atender à

todas as demandas oferecidas, com isso o atendimento privado passa a existir a fim

de complementar e/ou funcionar como um serviço alternativo aos serviços públicos

oferecidos (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 2014).

Esta pesquisa permitirá fornecer dados importantes para ampliar o conhecimento sobre

como funciona a atuação do fonoaudiólogo no atendimento domiciliar.

As publicações sobre a inserção da Fonoaudiologia no ambiente domiciliar ainda são

escassas, tendo, assim, participação discreta na literatura e, consequentemente, nos

atendimentos. Por isso, é importante que este trabalho seja divulgado no meio

científico, também a partir da publicação de artigos para oferecer mais conhecimentos

sobre a atuação do fonoaudiólogo na habilitação/ reabilitação dos pacientes neste

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tipo de serviço. Destaca-se, ainda, a importância de ampliar os conhecimentos sobre o

atendimento domiciliar, bem como de se inserir a Fonoaudiologia na equipe, pelo

crescente número de idosos no Brasil, principais pacientes beneficiados pelo

atendimento domiciliar.

Conclusão

Por meio deste estudo, foi possível verificar escassez de publicação dos

fonoaudiólogos quanto aos atendimentos domiciliares. Pode-se sugerir que é reduzido

o número de profissionais atuantes na área.

Dentre os seis artigos analisados, pode-se perceber quanto às regiões que os estados

de São Paulo e da Bahia são os que mais publicaram sobre o assunto, o primeiro

pelo número elevado de fonoaudiólogos e o segundo, provavelmente, pelo interesse

dos profissionais. Os profissionais mais citados na pesquisa sobre o assunto foram os

médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, podendo ser os que mais atuam na área. As

patologias mais atendidas destacadas nas pesquisas foram aquelas relacionadas às

doenças neurológicas. Quanto à atuação fonoaudiológica no ambiente domiciliar, as

mais encontradas foram a reabilitação de disfagia e a reabilitação da comunicação da

linguagem adquirida, talvez, em consequência do aumento do número de idosos na

população atendida em domicilio. Dos setores de atendimentos, observou-se na

pesquisa a prevalência de publicação no setor público.

Destaca-se que a Fonoaudiologia é pouco citada em artigos de outras áreas

relacionadas ao atendimento domiciliar. Assim, é importante que existam mais

publicações citando o profissional fonoaudiólogo no ambiente domiciliar, pois ele irá

atuar buscando a prevenção e a promoção da saúde do paciente e da família.

Speech Therapy Acting in Home Care

Abstract

Home care is characterized by a set of actions for the promotion of health, prevention

and treatment of illness and rehabilitation provided at home, in order to ensure

continuity of health care network. The point of this research is to check how the

speech therapist has been presented in journals of health in the role of home care. It

was made a study of integrative literature review with a detailed search of scientific

articles. There were selected articles between January 2007 and April 2014 that were

published in the national territory and quoted as speech acting in home care. There

were selected 6 articles about acting of professional speech therapist. As it matters to

the publishing regions, the states that mostly published were: Sao Paulo – with two (2)

publications and Bahia with two (2) publications too. Between the professionals involved

in treatment mostly who appeared in the researches were : doctors (4), nurses (4) ,

and physical therapists (4). As it belongs to the pathologies, the most attended was

the one related to the neurological diseases, totalizing 4. The kind of speech therapy

service mostly found was the one of adult interventions. The sector of treatment

mostly found in the research was the public. Through this study was possible to verify

that the acting of Phonoaudiology in home care is extremely important, but there is a

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Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 8, nº 14, agosto de 2015 48

lack of publication about this area, among the factors is the reduced number of

professionals that act on it.

Keywords: home care; home care services; speech; home patients; elderly.

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Recebido em 05 de maio de 2015.

Aceito em 12 de julho de 2015.