AULA 6 Planejamento Como Princípio Pedagógico do Trabalho Coletivo Prof a. Dr a. Rita Borges.

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AULA 6Planejamento Como

Princípio Pedagógico doTrabalho Coletivo

Profa. Dra. Rita Borges

Vamos Estudar...

• Os diferentes atores e sujeitos que fazem parte do ambiente escolar.

• Pressupostos para o desenvolvimento do trabalho pedagógico coletivo e suas principais dificuldades.

Iniciando!!

• O que você sabe sobre o planejamento como

• princípio do trabalho pedagógico coletivo?

Observe a imagem abaixo. O que esta representa?

• Imaginemos, que você more sozinho (a), e vai realizar uma obra, na cozinha da sua casa.

• Para essa razão, será necessário que você mude sua geladeira de lugar. O que você faz? Tenta carregar sozinho? Ou busca ajuda de amigos, parentes ou vizinhos?

. Uma constatação que fazemos sempre é que não somos seres isolados. Vivemos em grupos sociais, e por essa razão, devemos estabelecer relações de cooperação com aqueles que nos cercam?

• Sabemos que nem sempre essa convivência é fácil, porém com uma boa dose de solidariedade e amor ao próximo, tudo é possível, pois como ilustra a imagem abaixo, “a união faz a força” não acham?

• Agora, como será que as ações coletivas, ocorrem na escola?

• É o que veremos a partir de agora!!!

Os diferentes atores e sujeitos que fazem parte

do ambiente escolar

• Todas as ações da escola partem do pressuposto que são de natureza coletiva, mesmo que estas sejam decididas e executadas de forma individualizada, elas tem por objetivo, a formação do aluno.

Um exemplo disso são as ações dos professores, que embora ocorram de forma individualizada, pois cada um está em sua sala de aula, estas buscam a formação dos alunos, no que se refere aos valores, idéias e conhecimentos dos mesmos, que ao final, serão o objeto de sua formação.

• Na prática diária, percebemos que, nem sempre as ações educativas, ocorrem de forma ordenada, pois existe a ausência de um planejamento coletivo.

• Por essa razão, é de grande importância se pensar neste que é um elemento importante na organização do trabalho pedagógico.

Aí vem a questão:

• Como desenvolver um planejamento coletivo na escola, se esta é composta por pessoas com diferentes trajetórias profissionais e pessoais, diferentes expectativas com relação à profissão, níveis de compromisso e de frustrações em relação ao trabalho, além da existência de situações em que há competição entre esses sujeitos?

• Esse é com certeza um grande desafio!

• Fica claro, que devemos considerar o coletivo de uma escola, como um ambiente complexo, portanto somente a realização de um planejamento participativo, permite experimentar o desafio de lidar e liderar as diferenças, e a partir daí, se construir uma que aproveite tais diferenças em prol do coletivo.

O planejamento em três princípios

• Conforme afirma Vasconcelos (2006), “todos têm oportunidade de se expressar, inclusive aqueles que geralmente não falam, mas que estão acreditando, estão querendo”.

Planejamento como princípio prático

• A participação e o envolvimento de todos nas decisões relativas ao planejamento não se reduz as questões de ordem técnica e operacional, mas se constitui na ação que atribui sentido ao trabalho pedagógico, o leva todos os envolvidos a ter compromisso com as opções feitas.

• Planejar o trabalho pedagógico significa, portanto, repensar a própria prática para que ela se produza de forma coletiva, isto passa, necessariamente, pelo exercício coletivo da reflexão e da proposição de alternativas.

• Porém, para repensar esse planejamento, deve-se ir além, e pensar em um projeto educativo que compreenda a escola e suas finalidades.

• Assim, conseguiremos planejar as ações pedagógicas, inclusive, de forma coletiva significa, buscando encontrar unidade na diversidade, isto é, trabalhar, ao mesmo tempo com a identidade e com a diferença.

• Dando continuidade a tais questões, vamos agora abordar pressupostos para o desenvolvimento do trabalho pedagógico coletivo

• Vamos lá???

Pressupostos para o desenvolvimento do trabalhopedagógico coletivo e suas principais

dificuldades

• Entende-se por trabalho coletivo, aquele que é realizado pelo grupo de pessoas que compõe a escola – diretores, coordenadores, professores, funcionários, alunos, membros do Conselho de Escola e demais representantes da comunidade

• A realização do trabalho coletivo, não pressupõe somente a existência de profissionais que atuem lado a lado numa mesma Escola, mas exige educadores que tenham princípios e objetivos comuns.

Vale ressaltar que...

• A prática pedagógica atual seja marcada por elementos contraditórios, por pertencerem as diferentes das diferentes tendências da Educação Escolar.

• Por essa razão, é necessário, assim, que os educadores discutam e reflitam sobre alguns elementos curriculares básicos: educador, professor, aluno, Escola, sociedade, objetivos, conteúdos, métodos de ensino e avaliação.

• É preciso também haver um certo consenso entre os docentes, pois estes elementos são percebidos de acordo com correntes pedagógicas diferentes como a da escola tradicional, da escola nova, o tecnicismo e as tendências progressistas, pois estas apresentam divergências entre si.

• Deve-se buscar construção do trabalho coletivo, para que este deixe de ser dado pelo Estado, passe necessariamente, pela cidadania dos educadores escolares.

• Assim, o “coletivo” existente no interior das unidades escolares, passa a fazer parte do “coletivo” do contexto social e vice-versa.

• Precisamos ressaltar que o trabalho coletivo é fruto de da elaboração de um planejamento, que contribua para a elaboração da Proposta Educacional da Escola, que precisa ser incorporada à ação de cada educador e, bem como, deve estar registrada em um documento, fruto de um processo de planejamento coletivo.

Principais dificuldades do trabalho pedagógico coletivo nas escolas

• Ao se pensar em um trabalho coletivo nas escolas de ensino básico, deve-se levar em consideração alguns elementos que atrapalham, ou até inviabilizam o desenvolvimento dessa proposta atualmente, segundo Pimenta (2005).

• Vivemos em uma sociedade que valoriza o individualismo das pessoas, pois essa é uma idéia difundida pelo capitalismo vigente.

• Já que essa conduta é vigente na sociedade, automaticamente também se reflete no ambiente escolar.

• Percebemos que os cursos de formação para a licenciatura, não realizam suas propostas pedagógicas de forma coletiva, e acabam recebendo uma formação fragmentada, e com pouca visão da totalidade do currículo escolar.

• A inexistência de um trabalho coletivo articulado entre os órgãos que a Secretaria Estadual de Educação, o que acaba levando a solicitações contraditórias, ou idênticas vindas de órgãos diferentes.

• Falta de professores nas escolas públicas, ocasionando uma improvisação e alta rotatividade de profissionais nas unidades escolares, o que dificulta a organização administrativa pedagógica;

Com isso...

• Falta de lideranças no ambiente escolar que coordenem o trabalho coletivo, fundamentado na formação de um tipo de cidadão.

Planejamento participativo

• Faltam professores que vivenciem uma proposta curricular interdisciplinar, na qual esta seja uma prática real, não um conceito abstrato, contribuindo assim, para a elaboração de uma proposta pedagógica coletiva e concreta.

E também...

• O grande desestímulo por seguir a profissão do magistério atualmente, e que já vem se manifestando de longa data.

Portanto

• Estes são alguns pontos que merecem uma reflexão por parte de todos os educadores atuais, pois a melhoria em nosso sistema educacional depende também de nossas atitudes diante da profissão.

E agora, finalizando...Aprendemos que:

• A educação, ocorre em um ambiente marcado pela diversidade e heterogeneidade.

• Cada elemento que participa desse processo, tem uma experiência, uma expectativa, um desejo. É preciso, no entanto, unir essa diversidade em prol de um planejamento coletivo, pois assim poderemos tornar real, a escola democrática e inclusiva que desejamos

Como nos diz Paulo Freire

• “As chamadas minorias, por exemplo, precisam reconhecer que, no fundo, elas são a maioria. O caminho para assumir-se como maioria está em trabalhar as semelhanças entre si e não só as diferenças e assim criar a unidade na diversidade, fora da qual não vejo como aperfeiçoar-se e até como construir-se uma democracia substantiva, radical.”

Vamos aos textos complementares????