Post on 05-Jul-2015
Parque Natural Do Vale De
Guadiana
Trabalho Realizado
por:
Adriana Banza, nº1
Bruno Caixeirinho, nº
6
Com este trabalho esperamos dar a conhecer este
parque natural que se situa tão perto do nosso concelho.
E também tirar algumas dúvidas acerca deste parque
que alguns não conhecem.
Introdução
Foi criado em finais de 1995, abrangendo 69.600 hectares, parte no concelho de Serpa e parte no de Mértola. Acompanha o curso do rio entre a queda de água do Pulo do Lobo e a confluência com a ribeira do Vascão (que separa o
Alentejo do Algarve). Foi criada com o objectivo de assegurar a protecção de um património notável, tanto natural, como
construído. Abrange a zona ribeirinha do Guadiana, com os seus açudes e moinhos, bem como Mértola, a vila-museu. Inclui
ainda o antigo complexo mineiro de São Domingos com a plataforma da via férrea por onde o minério era levado para o
porto fluvial do Pomarão, a jusante de Mértola. O vale do Guadiana é um importante corredor para as aves migratórias.
Aqui existem importantes concentrações de águia-de-Bonelli, abutre do Egipto e bufo-real, para além das cegonhas
comuns e das raras e esquivas cegonhas negras.
Natureza | Áreas Protegidas
Espécies Principais do Parque
Natural do Vale do Guadiana
Francelho das
Torres
Bufo Real
Águia de Bonelli
O Grande Rio do Sul
Passeios na Natureza - Parque
Natural do Vale do Guadiana
Um leito desenhado entre montes quentes
ibéricos com cheiro mediterrânico. É o
Guadiana e os seus afluentes que guardam
os melhores segredos deste parque natural.
De animais raros e plantas, de paisagens e
de história e cultura não fosse Mértola uma
terra filha deste rio. Mas também há o
Alentejo dos montados de azinho e dos
campos cerealíferos onde moram abetardas.
Uma área vasta e pouco habitada, no Alentejo
profundo, onde corre o troço mais selvagem e acidentado
do Guadiana em Portugal. Uma região onde o Estio escalda
e a chuva é tímida ao longo do ano. Por isso, uma certa
aridez na paisagem, com a sua beleza particular, animada
com as águas do grande rio e de alguns afluentes, cheios
de vida. Mas não de uma vida qualquer, pois nelas se
regista uma das maiores diversidades de peixes
dulçaquícolas e migradores em águas interiores de
Portugal. Das cerca de 22 espécies, nove são endémicas da
Península Ibérica, das quais três — o ameaçado
saramugo a boga-do-Guadiana o barbo-de-cabeça-
pequena (Barbus microcephalus) — estão
restringidos a esta bacia hidrográfica. E este foi o
último rio em Portugal a servir de morada a um peixe
de fisionomia excêntrica: o grande solho ou esturjão
(Acipenser sturio), actualmente extinto no
país, depois de terem sido aqui pescados os últimos
exemplares no final da década de 1970.
Vales de vida selvagem
Os vales encaixados do Guadiana e
afluentes, desde a ribeira do Vascão à de
Terges e Cobres, albergam uma não
menos rica diversidade de plantas e de
animais terrestres. Em parte significativa
dos seus troços, as características de
relevo, menos propícias à actividade
agrícola, proporcionaram a manutenção
de formações vegetais nativas
mediterrânicas de grande diversidade
florística.
Já a vila de Mértola alberga uma das
maiores colónias nacionais de francelho-
das-torres (Falco naumanni). É uma
pequena espécie de falcão, especialista
na captura de insectos, que inverna em
África e regressa na Primavera. Várias
dezenas de casais utilizam para nidificar
as cavidades do castelo.
Após quilómetros de terra batida descobre-se um local emblemático do vale do Guadiana de grande beleza natural. É o Pulo do Lobo, o
afunilamento do caudal do rio por uma passagem estreita entre peculiares formações rochosas e uma queda de água com grande força de corrente. Com um “salto”, um lobo (hoje extinto na área)
passaria o rio.
Há um acesso para cada margem. Enquanto o da direita, mais utilizado, acede a um balcão com vista sobre a queda de água, a partir da margem esquerda, e olhando para sul, percepciona-se
outro cenário magnífico: o leito actual — chamado de “corredoira” — escavado pela erosão no fundo de um outro mais antigo, e que
se estende assim por cerca de 10 quilómetros, a lembrar um passado em que o rio corria numa cota superior, com as margens mais afastadas, devido ao maior nível do mar verificado antes da
última grande glaciação.
O Pulo do Lobo
O troço médio do vale do Guadiana possui um
evidente interesse
faunístico, florístico, geomorfológico, paisagístic
o e histórico-cultural.
Estes factores, conjugados com a circunstância
de a identidade desta paisagem se encontrar
ameaçada pelo progressivo desaparecimento
dos sistemas tradicionais de utilização do
solo, justificaram a sua classificação, como
forma de salvaguardar os valores existentes e
promover o desenvolvimento sustentado da
região.
No Parque Natural do Vale do
Guadiana, podem encontrar-se
muitas espécies de
animais, incluindo cegonhas
brancas e pretas, bufos
reais, grifos, abutres
negros, grous, águias
reais, abelharucos, garças
reais, perdizes, ginetas, javalis, l
ontras, ratos mascarilhas e
sapos parteiros.
Diversidade de
Espécies
I - Caracterização da Área Protegida
Criação
Decreto Regulamentar Nº 28/95 de 18 de
Novembro, (Cria o P.N.V.G.)
Outra legislação
Decreto Lei Nº 140/99 de 24 de Abril, (Sítio Natura
2000 do Guadiana e Zona de Protecção
Especial do Guadiana)
Superfície
69.773 ha. - Núcleo de Informação Geográfica
Localização Geográfica
Região Alentejo
Distrito de Beja : Concelho de Mértola (Freguesias:
Alcaria Ruiva*, Corte
Pinto*, Espírito Santo*, Mértola, Santana de
Cambas*, S.João dos
Caldeireiros*);Concelho de Serpa (Freguesias:
Santa Maria*, São Salvador*)
*Só parte dentro da Área Protegida.
Relevo
Altitude máxima 370 m
Altitude mínima 9 m
Clima: Tipicamente mediterrâneo, com verões quentes e secos e
invernos pouco
chuvosos e frios. É aqui que se verificam as mais baixas
precipitações do
país e os mais elevados níveis de insolação e temperatura
Valor Natural:
Troço médio do rio Guadiana, compreendendo uma grande
diversidade de
habitats que vão desde o rio sujeito a marés, bancos de vasa e
areia,
formações ripícolas e rupícolas, matos, azinhal, pinhal, áreas
agrícolas com
culturas arvenses, cereais e pastagens. Grande interesse do ponto
de vista
ecológico e ambiental.
Grande diversidade faunística, destacando-se os grupos de
Clima e Valor Natural
Biodiversidade: Parque Natural do
Vale do Guadiana protege espécies
em extinção
Mértola, Beja, 21 Maio
O Parque Natural do Vale do Guadiana (PNVG), no concelho alentejano de Mértola, está a
desenvolver três projectos de conservação da biodiversidade para proteger o coelho-bravo e
espécies em extinção como o peixe saramugo e a ave abetarda.
Os projectos vão estar em destaque, segunda-feira, nas comemorações do Dia Internacional
da Biodiversidade, que decorrem em Mértola (Beja) e contam com a presença do ministro do
Ambiente, Francisco Nunes Correia.
Pedro Rocha, biólogo e director do PNVG, explicou hoje à agência Lusa que os projectos em
curso há vários anos pretendem "salvaguardar a biodiversidade " daquele parque natural.
"Trata-se de uma zona protegida onde existem várias espécies que é urgente proteger e
salvaguardar, porque têm estatutos de conservação altamente desfavoráveis e correm o risco
de extinção", precisou.
Entre estas espécies, contam-se a abetarda e o sisão, duas aves ameaçadas a nível
mundial, o saramugo, que só existe no rio Guadiana e está "criticamente" em perigo de
extinção, e o coelho-bravo, alimento essencial para outras espécies também em extinção.